Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISBN 978-65-995956-3-9
22-101128 CDD-B869.98
Sol Figueiredo
Fundadora do Coletivo e
Organizadora da Coletânea
Agradecimentos
Apresentação
Em janeiro de 2021, por ocasião do Fórum Social Mundial
(FSM) 2021, o Canal Sororidade inscreveu a Iniciativa
“Campanha por Mais Mulheres Escritoras” com o objetivo de
garantir espaço às mulheres que sempre tiveram desejo de
publicar os seus textos, mas nunca tiveram oportunidade, muitas
vezes com os seus escritos guardados na gaveta, no caderninho,
ou mesmo no HD do computador. Desta forma, após aprovação
pelo FSM, foi apresentada a Iniciativa na Ágora do FSM na
semana de 23 a 31 de janeiro de 2021 com a “Campanha por
Mais Mulheres Escritoras”, a qual passou a ser divulgada nas
redes sociais com inscrições gratuitas para o e-book, do dia 30
de janeiro até 17 de fevereiro, quando completamos as 100
vagas para a Coletânea “Mulheres Maravilhosas - volume I”.
Um Grupo "Mulheres Maravilhosas" foi criado no aplicativo
WhatsApp em fevereiro com todas inscritas na coletânea. Então,
o Canal Sororidade organizou e divulgou essas escritoras a partir
de 06 de fevereiro, quando foram realizados seis “Encontros
Virtuais das Escritoras da Coletânea Mulheres Maravilhosas”
até 6 março de 2021. Desta forma, o Lançamento do volume I
foi marcado como a Ação Pública 1 na agenda do FSM2021 e
aconteceu no Dia Internacional da Mulher, em 08 de março de
2021 com a presença da Prefaciadora Lilian Rocha e demais
escritoras da obra. Como a Ação Pública 2 no FSM 2021
realizamos a publicação do e-book gratuito da “Coletânea
Mulheres Maravilhosas volume II” no Dia da Escritora e Dia da
Mulher Negra Latino-americana e Caribenha em 25 de julho de
2021, obra com a participação de 165 mulheres escritoras.
Tivemos a honra e a alegria de ter a querida poeta e escritora
Lilian Rocha assinando o prefácio novamente.
7
Mulheres Maravilhosas na
SOL Figueiredo
Presidente da ALB Campos dos Goytacazes RJ
Criadora do Canal Sororidade e do Coletivo Mulheres Maravilhosas
8
Mulheres Maravilhosas na
Prefácio
9
Mulheres Maravilhosas na
10
Mulheres Maravilhosas na
11
Mulheres Maravilhosas na
12
Mulheres Maravilhosas na
Autoras da Coletânea
13
Mulheres Maravilhosas na
Ada Pedreira...18
Adriana S. Araújo... 20
Ana Maria Castelo Branco... 22
Andrea Barreto...24
Andreia de Souza Guerra...26
Ângela de Mérice ... 28
Anivair Maria de O. Gaia... 30
Annemarie Heltai...32
Baurete Carvalho...34
Beatriz Borges... 36
Carla Pepe... 38
Carmem Teresa Elias... 40
Carmo Prestes... 42
Catarina Labouré...44
Cecília Ugalde... 46
Cida Ventura... 48
Cintia Silva... 50
Claudia Ricardo do Nascimento... 52
Claudia Valeria Rojas... 54
Cynthia Porto...56
Dilma Barrozo... 58
Dryyca Marques... 60
Edna Teixeira Fattori... 62
Elaína Cristina Araújo de Maria... 64
Estélia Meg.... 66
Evelin Cordeiro... 68
Fernanda Aparecida O. S.S... 70
14
Mulheres Maravilhosas na
Flavia Cunha... 72
Giuliana Almeida... 74
Glauce Oliveira... 76
Gleice Ferreira... 78
Glenda Brum de Oliveira... 80
Heliene Rosa ... 82
Helô Miléo Martins... 84
Inês Lucinda... 86
Ioneida Braga... 88
Irá Rodrigues... 90
Isa Martins... 92
Jacqueline Souza... 94
Janete Flores... 96
Joelice Dantas... 98
Joelma Correia ... 100
Josiane Gaia Pimenta... 102
Joyce Lima... 104
Jusmaria da Cunha Carvalho... 106
L.H. Lourenço... 108
Larissa Scomparim... 110
Leni Zilioto... 112
Liege Esteves... 114
Lu Galvão... 116
Luciana Moura... 118
Lufague – Lúcia Guedes... 120
Luma de Oliveira Kraemer... 122
Marcelle Camargo... 124
15
Mulheres Maravilhosas na
16
Mulheres Maravilhosas na
17
Mulheres Maravilhosas na
18
Mulheres Maravilhosas na
A PINTORA DO BRASIL
19
Mulheres Maravilhosas na
20
Mulheres Maravilhosas na
IMAGEM FEMININA
21
Mulheres Maravilhosas na
22
Mulheres Maravilhosas na
Renovação da linguagem
Buscando experimentação
Liberdade criadora
Poesia e declamação
Ruptura com o passado
Bem naquela ocasião
23
Mulheres Maravilhosas na
24
Mulheres Maravilhosas na
MULHERES REVOLUCIONÁRIAS
Onde está a voz da mulher? Ela foi silenciada.
Entre ideias, criatividade feminina... vozes sufocadas...
Semana de arte moderna.
Mulher? Cadê?
25
Mulheres Maravilhosas na
26
Mulheres Maravilhosas na
27
Mulheres Maravilhosas na
28
Mulheres Maravilhosas na
Vem poeta…
29
Mulheres Maravilhosas na
30
Mulheres Maravilhosas na
ARTE MODERNA
Quero homenagear
Essas mulheres maravilhosas
Que fizeram o Brasil se orgulhar.
Tarsila do Amaral que do Abaporu é autora
Anita com sua linda obra “O homem amarelo”
Mas não foi fácil, foram batalhadoras
Foram criticadas, porém não desistiram.
Hoje são reconhecidas mundialmente.
Então mulheres:
- Sejam Tarsilas, sejam Anitas, sejam Marílias,
Sejam eternas,
Sejam Mulheres Maravilhosas da Arte Moderna!
31
Mulheres Maravilhosas na
32
Mulheres Maravilhosas na
33
Mulheres Maravilhosas na
34
Mulheres Maravilhosas na
TARSILA DO AMARAL,
PINTORA SEM IGUAL!
35
Mulheres Maravilhosas na
36
Mulheres Maravilhosas na
MULHERES ARTEIRAS
Elas insistem
na construção de pontes.
37
Mulheres Maravilhosas na
38
Mulheres Maravilhosas na
Carla Pepe
39
Mulheres Maravilhosas na
40
Mulheres Maravilhosas na
COREOGRAFIAS
Alma forte!
41
Mulheres Maravilhosas na
42
Mulheres Maravilhosas na
SEMANA DE 22:
O DESPERTAR DE UMA NOVA ERA
43
Mulheres Maravilhosas na
44
Mulheres Maravilhosas na
Se eu namoro você,
Namoro também a vida,
Pois ela é meu bem-querer
E você, minha querida!
45
Mulheres Maravilhosas na
46
Mulheres Maravilhosas na
“PEQUENAS” COISAS
47
Mulheres Maravilhosas na
48
Mulheres Maravilhosas na
COMPLETUDE DA VIDA
49
Mulheres Maravilhosas na
50
Mulheres Maravilhosas na
AVANTE MARIAS!
51
Mulheres Maravilhosas na
52
Mulheres Maravilhosas na
53
Mulheres Maravilhosas na
54
Mulheres Maravilhosas na
Te busco no ar,
No som do mar
Em cada canto,
Num conto.
Te encontro,
Num simples verso,
Nos sonhos de criança,
No brilho das estrelas,
Nas noites de luar.
Arrebata coração,
Emoção que transcende,
Sentimento jubiloso.
No encontro
Caneta e papel
Transformam em utopia,
Versos e prosas
No reverso da palavra,
Sacio sede de poeta.
55
Mulheres Maravilhosas na
56
Mulheres Maravilhosas na
MAR DE LETRAS
(Soneto Futurista a Agostinho Rodrigues)
57
Mulheres Maravilhosas na
58
Mulheres Maravilhosas na
DE ZAZÁ A PAGU
59
Mulheres Maravilhosas na
60
Mulheres Maravilhosas na
ARTE MULHER
Não sabe de tudo, na verdade, não sabe quase nada
vive numa tela artística
Se move fluida como aquarela no pincel
aprendendo apreciar cada cor da paleta.
A menina mulher
por si só é uma arte
salta aos olhos
enche os pulmões
acelera o coração
hipnotiza o olhar.
61
Mulheres Maravilhosas na
62
Mulheres Maravilhosas na
FIM DE TARDE
63
Mulheres Maravilhosas na
64
Mulheres Maravilhosas na
65
Mulheres Maravilhosas na
66
Mulheres Maravilhosas na
67
Mulheres Maravilhosas na
68
Mulheres Maravilhosas na
quais faziam com que ele, muito pantanoso, ficasse mais seco e sua
bela grama verde crescesse exuberantemente.
A beldade do campo atraía as crianças do bairro, de modo
que todas as tardes a menina cacheada crespa se reunia com os
meninos e meninas e passava horas brincando, contando estórias de
fantasmas e folclore brasileiro.
Brincadeiras vão e vêm, e bem se sabe que a prática do
bullying é comum entre os pequenos. Foi então que os apelidos da
menina cacheada crespa se iniciaram e a amiga loira dos cabelos
lisos disse: - Olha lá a juba de leão!
As risadas da amiga loira dos cabelos lisos, bem como das
demais crianças, ecoaram na cabeça da menina cacheada crespa. -
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Noutra vez, a menina dos cabelos castanhos lisos e o menino
que ironicamente também era cacheado crespo, disseram à menina
cacheada crespa: - Lá vem a cabelo de Bombril!
Então todos meninos e meninas, habituados à sociedade
ocidental burguesa, estranharam o distinto, o singular. Então eles
riram: -HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Novamente, a menina cacheada crespa, pranteando, voltou
para casa. Então a pequena passou a arrancar os cabelos, pois não
aceitava que era cacheada crespa. Por que com ela? Por que ela
também não poderia ter cabelo liso? Por quê?!
Anos se passaram e o conflito da menina cacheada crespa
permaneceu por muito tempo. Ela então cresceu e decidiu alisar os
cabelos, escondendo aquilo que havia de mais gracioso nela. Sua
identidade. Embora de cabelos lisos, a menina cacheada crespa
ainda não se sentia confortável consigo mesma, tentava
neuroticamente manter seus cabelos alinhados. Até que se cansou.
Foram anos de autoconhecimento e amadurecimento, ainda
que arduamente, o aprendizado por meio desse processo serviu para
que a menina cacheada crespa compreendesse que a sociedade
ocidental burguesa jamais conseguiria compreender a sua beleza
distinta e única. Portanto, fazia-se necessária a aceitação de sua
diversidade, implicando, desta forma, na desconstrução do conceito
de beleza em uma sociedade ocidental burguesa. A menina cacheada
crespa libertou sua identidade e aceitou a sua linda juba de leão.
69
Mulheres Maravilhosas na
70
Mulheres Maravilhosas na
Eu ou você.
Moderno, colorido e arrojado.
Brasileiro, elogiado por muitos!
Pintado por uma mulher.
Muito além do seu tempo.
Corajosa, ousada
Que lutou!
Por suas ideias e ideais.
Contra tudo e todos!
Mostrando que podemos pintar o mundo.
Olhando Abaporu.
De baixo para cima parece gigante.
De cima para baixo.
Tem um rosto tímido e indefinido.
Como nós, mulheres.
Que por muitos fizemos!
E por vezes somos reprimidas.
Mesmo coloridas, por vezes não somos notadas!
Continuamos seguindo atrás dos nossos coloridos
sonhos.
71
Mulheres Maravilhosas na
72
Mulheres Maravilhosas na
73
Mulheres Maravilhosas na
74
Mulheres Maravilhosas na
REVOLUÇÃO
ANTROPOFAGIA
75
Mulheres Maravilhosas na
76
Mulheres Maravilhosas na
77
Mulheres Maravilhosas na
Caminha pelo mundo das artes e é ela que lhe abre possibilidades,
traz esperança. Se sente atriz quando está no palco, este pode ser
em qualquer lugar. Tem profunda ligação com as palavras, com a
poesia. Leitora de contos e poesias, se entregando a elas. E assim, a
cada dia, se torna mulher.
78
Mulheres Maravilhosas na
A CRIAÇÃO
79
Mulheres Maravilhosas na
80
Mulheres Maravilhosas na
BRASILIDADE
81
Mulheres Maravilhosas na
82
Mulheres Maravilhosas na
FLORES NUAS
Se eu voasse
Pelos céus azuis
Em liberdade
Se eu deixasse
O vento me levar nua
pelas ruas da cidade
Só pousaria
Em canteiros multicores
Para buscar em meio às flores
O âmago de minha essência
Aquilo que sou de verdade.
83
Mulheres Maravilhosas na
84
Mulheres Maravilhosas na
85
Mulheres Maravilhosas na
86
Mulheres Maravilhosas na
CAMINHANTES DA TERRA
87
Mulheres Maravilhosas na
88
Mulheres Maravilhosas na
89
Mulheres Maravilhosas na
90
Mulheres Maravilhosas na
AS UTOPIAS DA VIDA
91
Mulheres Maravilhosas na
Isa Martins é autora do livro de contos “Marias que vão e que não vão
com as outras”. Participou de coletâneas e em
@isamartins.entrelinhas vive a troca de mundos literários e desafios
da escrita.
92
Mulheres Maravilhosas na
93
Mulheres Maravilhosas na
94
Mulheres Maravilhosas na
95
Mulheres Maravilhosas na
FILA DE ESPERA
Enquanto estou aqui esperando por atendimento,
Tem muitos olhares colados em mim, é normal sabe,
96
Mulheres Maravilhosas na
Sempre que alguém chega numa delegacia todo mundo olha, ainda
mais hoje, que é sábado, que a delegacia da mulher tá fechada,
a delegacia da mulher só funciona de segunda à sexta,
é por isso que hoje eu estou aqui nessa delegacia comum,
a outra só funciona no máximo até sexta-feira, até às 18 horas.
97
Mulheres Maravilhosas na
98
Mulheres Maravilhosas na
ANITA MALFATTI:
O ESTOPIM DA VANGUARDA DO
MODERNISMO BRASILEIRO
99
Mulheres Maravilhosas na
100
Mulheres Maravilhosas na
101
Mulheres Maravilhosas na
102
Mulheres Maravilhosas na
LEMBRANÇA DE INFÂNCIA
Abaporu,
Que ser curioso és tu!
No primário muitas vezes te desenhei,
Releituras e versões que de ti criei.
Você era diferente
E mesmo assim tinha beleza.
Assim conheci Tarsila do Amaral
E sua obra sensacional.
No ensino médio de um teatro participei
Na Semana de Arte Moderna eu atuei
E assim aprendi que Tarsila do Amaral
Participou desse evento fenomenal
Para a visão brasileira transformar
E assim o modernismo
Veio no Brasil inovar.
103
Mulheres Maravilhosas na
104
Mulheres Maravilhosas na
PURA ARTE
105
Mulheres Maravilhosas na
106
Mulheres Maravilhosas na
REFLORIR DE LUZ
As ocultas sementes
Mesmo dormentes
Aguardam o germinar
A flor adormecida
Poderá voltar à vida
Num feliz desabrochar.
107
Mulheres Maravilhosas na
108
Mulheres Maravilhosas na
REVOLUÇÃO CULTURAL
Acróstico: SEMANA DA ARTE MODERNA
109
Mulheres Maravilhosas na
110
Mulheres Maravilhosas na
111
Mulheres Maravilhosas na
112
Mulheres Maravilhosas na
BANHO DE MEL
Cada um seu sabor,
seu cheiro,
sua lembrança,
sua história,
sua pele.
Um é maracujá,
outro é rosas brancas.
A você?
Ao declarar eu te amo,
dediquei rosas vermelhas.
Ocupei grande parte do meu tempo
perfumando minha pele
em pétalas e águas de aromas
feito orvalho sedoso escorrendo
languidamente em meu corpo.
Aconchego. Afeto.
Marcas de uma história
em sabores. Amores.
Cada um o seu perfume.
O seu?
Rosas vermelhas.
Eu amo você? Eu sinto!
Em aromas,
em sabores,
em palavras sussurradas
e em pele perfumada.
Você? Meu leitor!
Com doce toque em carinhos
pousados e pausados
feito pôr do sol preguiçoso,
decifraste o desejo despertado por
rosas vermelhas e um banho de mel.
113
Mulheres Maravilhosas na
114
Mulheres Maravilhosas na
ARTE MODERNA
Na desconstrução do velho
Vibra o traço cubista
Em gestos descalços das bailarinas
A visão da arquitetura futurista
115
Mulheres Maravilhosas na
116
Mulheres Maravilhosas na
117
Mulheres Maravilhosas na
118
Mulheres Maravilhosas na
MODERNIAS
No tempo do silenciamento
Insistência do apagamento existencial
Mulheres pulsantes sobrevivem jornadas
No tempo do falocentrismo de gatilho disparado
Na esquina de casa, agora há pouco
A bala dilacerou um coração materno
No tempo em que falaste “Você é louca”
Bruxas e feiticeiras foram ateadas na fogueira
Ouvi sua gargalhada cortante
No tempo em que nasceste ensinaram a passar, lavar e
cozinhar
Ser dona de casa é futuro promissor
Edificar um lar e anular-se para o seu varão
No tempo em que romperam seu hímen a força
Seu grito ecoou surdo
Estupro do seu corpo, templo sagrado
No tempo em que escreveste sua poesia
Mas tiveste que publicar com codinome macho
Não há escritoras aceitas no mercado literário
O tempo que passou persiste com a retórica de sempre
Não há lirismo para o útero da humanidade
Não há eufemismo para o aborto paternal
Não há métrica quando negligenciamos corpos menstruados
A poesia explica o vexame gramatical com seus versos livres
A poesia está no inverso secundarizado
Malfattis, Pagus, Tarsilas renascem.
Em cada apagar das luzes do patriarcado na estrofe dos
verbetes
Existir e resistir.
119
Mulheres Maravilhosas na
120
Mulheres Maravilhosas na
A revolução escandalosa
A arte diferenciada e revolucionária
Na pintura, música, poesia, literatura...
A beleza que quebra paradigmas
A linguagem da subjetiva liberdade
O entender da nossa própria identidade
O novo surgimento em movimento
Um moderno olhar sobre a arte
Em todo ver, sentir e fruir
Sem o formalismo conservador
Sem a erudição sistêmica acadêmica
Um doce flerte de coragem e atitude
Futurista, surrealista, impressionista
O expressar solto, cotidiano, nacionalista
A estética do modernismo irreverente
"Futuristas endiabrados" contestadores
Estratégicos e guerreiros responsáveis
Por essa fonte fluida que hoje bebemos.
121
Mulheres Maravilhosas na
122
Mulheres Maravilhosas na
OUSADIA
Através da revolução
Artistas tiveram mais inspiração
Sua forma de execução
Trouxe ao mundo uma nova visão
A industrialização e evolução
Influenciou nessa reconstrução
E mostrou transformação
Como luta pela liberdade de expressão
O imaginário, o fantasioso
O sentimento de um povo
Ilustrado pelo surrealismo
Cubismo e expressionismo
123
Mulheres Maravilhosas na
124
Mulheres Maravilhosas na
125
Mulheres Maravilhosas na
126
Mulheres Maravilhosas na
127
Mulheres Maravilhosas na
128
Mulheres Maravilhosas na
Semana de 22
Espetáculo garantido, já que se faziam presentes
Mulheres fortes com sexto sentido
Apresentando obras que para muitos eram sem sentido.
Nada disso meu/minha amigo (a),
A força de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Zita Aita
Mostraram que
O
Dia da Arte Moderna
Era
Realmente para encarecidamente
Normalizar e lançar a nova era da mulher na
Arte.
129
Mulheres Maravilhosas na
130
Mulheres Maravilhosas na
ANITA MALFATTI
131
Mulheres Maravilhosas na
132
Mulheres Maravilhosas na
133
Mulheres Maravilhosas na
134
Mulheres Maravilhosas na
135
Mulheres Maravilhosas na
FIGURA FEMININA
Uma semana como outra qualquer?
Era uma semana de lutas resultante.
136
Mulheres Maravilhosas na
137
Mulheres Maravilhosas na
138
Mulheres Maravilhosas na
ASAS DE LIBERDADE
139
Mulheres Maravilhosas na
140
Mulheres Maravilhosas na
SONHO DE MULHER
Ai meu coração...
A pulsar como louco com batidas aceleradas,
Transbordante de emoções a sufocar meus sentidos,
Porque sentiu a sua presença marcante e inesquecível.
141
Mulheres Maravilhosas na
142
Mulheres Maravilhosas na
ARTE MODERNA
Acróstico
Ao pequeno som
Refletindo atrás das
Telas do pequeno
Estúdio há uma coisa...
143
Mulheres Maravilhosas na
144
Mulheres Maravilhosas na
O POETA ARQUITETA
O poeta recita,
alegra,
injeta,
atravessa,
remaneja,
entrega,
incita.
E ainda, explica:
145
Mulheres Maravilhosas na
146
Mulheres Maravilhosas na
ECO...
Nunca gostei de esperar
Esperar que o mundo se acabe
Esperar a intuição
a ação
a reação
Cuido de esperar
Com cuidado
“Salvar"?
Talvez não seja esta a palavra certa
Salvação não confere liberdade,
ademais,
Educação não é religião.
147
Mulheres Maravilhosas na
148
Mulheres Maravilhosas na
Ao pular o muro....
149
Mulheres Maravilhosas na
150
Mulheres Maravilhosas na
SAUDADES
151
Mulheres Maravilhosas na
152
Mulheres Maravilhosas na
153
Mulheres Maravilhosas na
154
Mulheres Maravilhosas na
A HISTÓRICA SEMANA
155
Mulheres Maravilhosas na
156
Mulheres Maravilhosas na
157
Mulheres Maravilhosas na
158
Mulheres Maravilhosas na
IN-CERTEZAS
159
Mulheres Maravilhosas na
160
Mulheres Maravilhosas na
161
Mulheres Maravilhosas na
PANELAS DE BARRO
Em um lugar simples e singelo, do interior de Pernambuco, a menina
desenvolveu com suas mãos pequenas e ágeis a arte de modelar o
162
Mulheres Maravilhosas na
163
Mulheres Maravilhosas na
164
Mulheres Maravilhosas na
165
Mulheres Maravilhosas na
166
Mulheres Maravilhosas na
167
Mulheres Maravilhosas na
168
Mulheres Maravilhosas na
SEMPRE ARTE
Na história da arte,
169
Mulheres Maravilhosas na
170
Mulheres Maravilhosas na
ILUSTRE BRASILEIRA
171
Mulheres Maravilhosas na
172
Mulheres Maravilhosas na
MULHERES VULCÂNICAS
Somos potências que abrasam o mundo
com narrativas dialéticas e artísticas.
Desde a Semana de Arte Moderna de 1922,
somos vanguarda em várias estéticas.
173
Mulheres Maravilhosas na
174
Mulheres Maravilhosas na
HAICAIS
É reconstrução
Liberdade brasileira
Arte cultural
***
Padrões rompidos
Uma nova visão da Arte
Aranhas e Sapos
***
Processos artísticos
Ruptura com passado
Foi alvo de críticas
***
Não basta só a técnica
Mudança do padrão d’Arte
Ideia no grito
***
Livre de padrões
Mostrar mais formas de estilos
Criações modernas
***
São buscas pessoais
Evento provocou choque
Artista em nova época
175
Mulheres Maravilhosas na
176
Mulheres Maravilhosas na
177
Mulheres Maravilhosas na
178
Mulheres Maravilhosas na
179
Mulheres Maravilhosas na
180
Mulheres Maravilhosas na
181
Mulheres Maravilhosas na
182
Mulheres Maravilhosas na
SERTANEJA
183
Mulheres Maravilhosas na
184
Mulheres Maravilhosas na
PINTANDO LETRAS
185
Mulheres Maravilhosas na
186
Mulheres Maravilhosas na
MÃOS DE CONCHA
As montanhas entrelaçadas prometiam proteger seus
moradores com suas muralhas de pedra e brisa, de verdes
colinas e suaves aromas entre os quintais separados pelas
histórias e esperas. Na casa da menina, transpiração, alegria e
correria, vassoura na mão redimia uma sina, que não entendia.
Ao redor do som o instante faz e desfaz, o clima úmido seco,
impregnava o caminho da eternidade. De súbito a gritaria, e
não era a chegada do cavalo que conduzia os balaios de capim
e o homem de barba branca, que acordava ao chegar. A
menina lerda, percebeu logo a sonoridade estridente vinda do
galinheiro. Enquanto ela corria pra cima o calor fumegante na
espera das águas de dezembro, assim acalmavam se todos,
todos que habitavam em moradias. Esta sensação era correlata
à ação. O que acontecia, as galinhas nervosas lutavam por um
objeto de desejo, de fúria. A menina tímida é medrosa, só ela
como testemunha e coube a ela uma atitude enérgica, apartou
com autoridade a disputa injusta e tirou com a coragem, que
não lhe cabia, arrancou do bico dilacerante aquela vida inútil,
esmagado e desfalecido. Seu corpinho sutil desfalece entre as
mãos da criança e acomoda-se na concha da entrega e da
esperança. Aquele instante sutil nenhum dos dois, menina e
pássaro em seus delicados mundos, esqueceriam.
É quando a vida não permite decisões, a menina lerda e boba,
se vê seguindo um voo de valor ainda imensurável. Dividida
entre a escola, os afazeres e conversas com coleguinhas da
rua, ela cuidava do pássaro por quinze dias na clandestinidade
até após mais quinze dias, ele com autonomia se reconhecer
nas mãos conchinhas e ambos respirar coragem no alçar voos
em direção aos seus destinos. O pássaro caído ao se levantar
me disse, adeus.
187
Mulheres Maravilhosas na
188
Mulheres Maravilhosas na
189
Mulheres Maravilhosas na
190
Mulheres Maravilhosas na
MULHERES MARAVILHOSAS DE 22
Acróstico: “Viva, Centenário”
191
Mulheres Maravilhosas na
192
Mulheres Maravilhosas na
SHOW TIME
Nascemos, crescemos
Somos canções contra
o esquecimento
Abrem-se as cortinas
da Senhora do Vazio
O Eterno Retorno
virou trambolho
Não é louvável
Mas é real
Viva o terceiro sinal
193
Mulheres Maravilhosas na
194
Mulheres Maravilhosas na
QUEM É ELA?
Ah querida, você nasceu
Em um tempo que fez seu
Sinalizando a igualdade
E fortalecendo a arte
195
Mulheres Maravilhosas na
196
Mulheres Maravilhosas na
SORRISO AMARELO
197
Mulheres Maravilhosas na
198
Mulheres Maravilhosas na
PAGU
Zazá na infância
Pagu, uma homenagem
Através de um poema
Quem era Pagu:
Jornalista, romancista, desenhista, poetisa
Militante, repórter, incentivadora cultural
Pagu, uma mulher empoderada
Quebrou os tabus de uma época conservadora
Pagu, a musa do Modernismo
Suas obras de artes foram o tudo
Quando não se podia fazer nada
Pagu, uma mulher atual
Seu último poema, uma grandeza sem igual
Nada, nada, nada, nada mais do que nada
Pagu Nothing 1962
Patrícia Rehder Galvão.
199
Mulheres Maravilhosas na
200
Mulheres Maravilhosas na
A SONHADORA BEATRIZ
Esta história começa com uma menina chamada Beatriz, de 9 anos
de idade, que gostava de fazer os outros felizes e sempre buscava
ajudar a todos. Muito sonhadora, ela passava horas olhando para a
imensidão do céu azul e imaginando como poderia tornar o mundo
melhor para se viver. Ela morava com seus pais, que tinham uma
plantação de milho vigorosa e bonita. Toda tarde, o pai trazia espigas
de milhos para sua filha, a qual pulava de alegria, abraçando seu pai
e correndo para mostrar para sua mãe.
Beatriz estudava de manhã, acordava cedo e, quando
chegava da escola, almoçava e corria a brincar debaixo do pé de
manga. Organizava suas bonecas de milho em fila, pegava o livro e
começava ensinar o que tinha aprendido na escola. Ela amava fazer
isso. Os pais perguntavam o que ela queria ser quando crescer e ela
simplesmente dizia: “Quero ser professora e ajudar a todos que
querem aprender”.
O tempo foi passando, ela ingressou na faculdade, conheceu
o mundo da pesquisa educacional inclusiva e se apaixonou. Ela tinha
uma professora que era sua inspiração. Beatriz começou a
desenvolver projetos educativos com foco em Dislexia. A universitária
amava passar o dia auxiliando na aprendizagem dos alunos com
dislexia. Entretanto, devido a uma pandemia, causada pelo Covid-19,
a jovem começou a ficar triste, porque sentia falta de estimular e
ajudar a aprendizagem dos alunos com dislexia.
Um dia, ela estava conversando com um amigo sobre como a
tecnologia é importante para aprendizagem e acabou tendo uma
ideia: desenvolver uma página educativa no Instagram. Ela começou
a pesquisar, desenvolver planejamentos e buscar práticas educativas
que auxiliassem o processo de ensino-aprendizagem de estudantes
com Dislexia. Ela buscou englobar a temática quarentena/pandemia
nas postagens e levar aprendizagem com otimismo para pais,
professores e principalmente aprendentes com Dislexia.
Hoje em dia, ela percebe que a quarentena foi uma abertura
de um novo horizonte para trilhar seu sonho de infância e que,
mesmo diante desta situação, podemos continuar ensinando e
possibilitando o aprendizado.
201
Mulheres Maravilhosas na
202
Mulheres Maravilhosas na
203
Mulheres Maravilhosas na
204
Mulheres Maravilhosas na
K. B. LUDA
A transgressão nas palavras de Patrícia, jornalista com perfil
comunista assumido, que em 22 esteve inserida na semana
modernista, de onde trouxe no peito um grande amor, vivenciado. E
em 30 formalizado na Consolação, diante dos pensamentos
ancestrais sepultados, marca até a biografia de Rudá.
205
Mulheres Maravilhosas na
206
Mulheres Maravilhosas na
INTENSA
207
Mulheres Maravilhosas na
208
Mulheres Maravilhosas na
Liberdade de mulher
Dançar, sorrir e cantar
Até mesmo, pintar
Com cores vibrantes
Vermelho, Roxo, verde e amarelo
Bastante enraizado
Da cultura Brasileira
Cores se misturam
Logo vem, inspiração
Para uma tela pintar
Abraço, meu pé de jacarandá
Em alegre fantasia
Uma poesia rimar
209
Mulheres Maravilhosas na
210
Mulheres Maravilhosas na
Elas estiveram lá
E não se pode negar.
Mulher, o sonho transforma em realidade.
A NEGRA brasileira
Mora no MORRO DA FAVELA.
Essa é a moradia do povo rico brasileiro
revelada pela artista mulher!
211
Mulheres Maravilhosas na
212
Mulheres Maravilhosas na
MULHER!!!
213
Mulheres Maravilhosas na
214
Mulheres Maravilhosas na
215
Mulheres Maravilhosas na
216
Mulheres Maravilhosas na
TESSITURA FEMININA
Coautoras do tecido da vida, geram vida e arte
E a tessitura feminina remodelou atitudes
Tecendo resistências
Alinhavando sonhos
Costurando concretudes
E paira uma interrogação
Onde estamos?
Quem fomos?
Quem somos?
Antonieta Santos, Maria Firmina dos Reis e tantas outras
mais
A tessitura feminina atravessou o Chronos
E já se comemora o Centenário da Arte Moderna
Pelas mãos de Tarsila do Amaral
Pagu e Anita Malfatti
Enxergamos a Arte Moderna
Luzes e cores fortes
A exaltação do que é nosso
Com temática nacional
Mas é preciso dar visibilidade à arte feminina
Dar lugar à reparação
Cessar com a visão monolítica de raça, gênero e classe
Contrapor-se a essa perpetuação
217
Mulheres Maravilhosas na
2022
218