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Fábio M. Júnior
Violação de direito autoral
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação
dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
§ 1º Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com
intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de
obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem
autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do
produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: (Redação dada
pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada
pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
§ 2º Na mesma pena do § 1º incorre quem, com o intuito de lucro
direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no
País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra
intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de
autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do
produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra
intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares
dos direitos ou de quem os represente. (Redação dada pela Lei nº
10.695, de 1º.7.2003)
§ 3º Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante
cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que
permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para
recebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem
formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou indireto, sem
autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista intérprete
ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os represente:
(Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela
Lei nº 10.695, de 1
SUMÁRIO
A MULHER NA LITERATURA
MULHERES NA
LITERATURA
CARO PROFESSOR(A)
Cada Mural tem 20 partes, sendo cada parte uma folha a4.
Pensando em ajudá-lo(a), a equipe ART IDEIA preparou
esses murais relacionados AS MULHERES NA LITERATURA ,
com 20 peças, ou seja, cada aluno irá pintar 1 folha ou
mais....com legendas das cores.
DICA: Deixe que os alunos recortem o contorno das folhas
(desenhos).
Não faça para os alunos.
MULHERES
NA LITERATURA
MULHERES NA LITERATURA
TEXTO PARA DEBATE
2-Qual foi o movimento literário que surgiu nos anos 1970 e lutou pela igualdade de gênero na literatura?
a) Modernismo
b) Tropicália
c) Marginais
d) Escritoras Brasileiras
4-Qual foi o primeiro romance brasileiro escrito por uma mulher a ser publicado?
a) "O Quinze", de Rachel de Queiroz
b) "Lucíola", de José de Alencar
c) "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis
d) "Dom Casmurro", de Machado de Assis
5-Qual escritora brasileira foi a primeira a ganhar o Prêmio Jabuti na categoria poesia?
a) Adélia Prado
b) Hilda Hilst
c) Cecília Meireles GABARITO
d) Lygia Fagundes Telles
3- Resposta: c) Martha Medeiros. Ela é a escritora brasileira mais vendida da atualidade, com mais
de 2 milhões de exemplares vendidos.
4- Resposta: b) "Lucíola", de José de Alencar. O romance foi escrito por uma mulher, mas publicado
sob o nome de um homem.
5- Resposta: a) Adélia Prado. Ela foi a primeira escritora brasileira a ganhar o Prêmio Jabuti na
categoria poesia, em 1978.
3-Quem é a escritora responsável pelo romance "Quarto de Despejo", que relata a vida de uma catadora de
papel?
a) Cecília Meireles
b) Carolina Maria de Jesus
c) Lygia Fagundes Telles
d) Hilda Hilst
4-Qual escritora é responsável pelo livro "As Meninas", que retrata a vida de três jovens estudantes em meio à
Ditadura Militar?
a) Lygia Fagundes Telles
b) Clarice Lispector
c) Ana Maria Machado
d) Rachel de Queiroz
5-Quem é a escritora responsável pela obra "Casa de Bonecas", que aborda temas como o machismo e o papel
da mulher na sociedade?
a) Lygia Fagundes Telles
b) Adélia Prado
c) Nélida Piñon GABARITO
d) Maria José Dupré
1-Resposta: c) Sappho de Lesbos. Ela é considerada a primeira autora da literatura
mundial de que se tem conhecimento. Ela viveu na Grécia.
2- Resposta: c) Maria Firmina dos Reis. Ela publicou o romance "Úrsula" em 1859,
sendo considerada a primeira escritora brasileira a publicar um livro.
3- Resposta: b) Carolina Maria de Jesus. "Quarto de Despejo" foi publicado em 1960 e
se tornou um marco na literatura brasileira ao retratar a vida de uma mulher negra e
pobre.
4- Resposta: a) Lygia Fagundes Telles. “As Meninas” foram publicadas em 1973 e se
tornou uma importante obra na literatura brasileira ao abordar temas como a
repressão e a censura durante a Ditadura Militar.
5- Resposta: c) Nélida Piñon. "Casa de Bonecas" foi publicado em 1969 e é considerado
um importante livro para a literatura brasileira ao tratar de temas feministas.
2-Qual foi o primeiro livro de poesia publicado por uma mulher brasileira?
a) "Meu Livro de Cordel", de Cora Coralina
b) "O Lago dos Cisnes", de Hilda Hilst
c) "Murmúrios, Vozes, Sombras", de Cecília Meireles
d) "Nós", de Adélia Prado
3-Quem foi a primeira escritora negra brasileira a ter sua obra publicada?
a) Carolina Maria de Jesus
b) Conceição Evaristo
c) Elisa Lucinda
d) Lima Barreto
4-Qual escritora brasileira foi a primeira a ganhar o Prêmio Jabuti na categoria romance?
a) Clarice Lispector
b) Lygia Fagundes Telles
c) Rachel de Queiroz
d) Hilda Hilst
5-Quem foi a primeira escritora brasileira a ter sua obra adaptada para o cinema?
a) Adélia Prado
b) Clarice Lispector
c) Lygia Fagundes Telles GABARITO
d) Rachel de Queiroz
1-Resposta: d) Nísia Floresta. Ela nasceu em 1810, no Rio Grande do Norte, e é
considerada a primeira escritora brasileira. Ela escreveu sobre educação e direitos das
mulheres.
5- Resposta: a) Adélia Prado. O livro "Bagagem" da autora foi adaptado para o cinema
em 2011, com o mesmo nome.
2-Qual escritora brasileira usou o pseudônimo de Maria da Glória para publicar seus livros?
a) Rachel de Queiroz
b) Lygia Fagundes Telles
c) Clarice Lispector
d) Adélia Prado
3-Por que o uso de pseudônimos por mulheres escritoras ainda é necessário nos dias de hoje?
GABARITO
1-Resposta: b) Para esconder sua identidade de gênero e serem levadas a sério como
autoras.
2- Resposta: c) Clarice Lispector. Ela usou o pseudônimo de Maria da Glória para publicar
seus primeiros contos.
3-Sugestão de Resposta:
O uso de pseudônimos por mulheres escritoras ainda é necessário nos dias de hoje, pois
ainda existe preconceito de gênero no mundo literário e muitas mulheres não são levadas a
sério como autoras simplesmente por serem mulheres. Além disso, a maioria dos prêmios
literários e da lista de best-sellers são dominados por homens, o que torna mais difícil para
as mulheres escritoras conquistarem seu espaço e serem reconhecidas por seus trabalhos. O
uso de pseudônimos permite que as mulheres mantenham sua privacidade e anonimato,
possibilitando que suas obras sejam julgadas apenas pela qualidade literária, sem
preconceitos em relação ao gênero.
SUGESTÃO DE PAINEL
ESCRITO
Mariana Nolasco
Professor,
Divida a turma em 4 grupos de dê uma pergunta para cada grupo ler refletir e
discutir.
Ao final reúna todos os grupos e cada grupo fará as apresentações relacionadas à
sua pergunta.
Neste trecho da música encontramos citações de várias etnias, faça uma pesquisa e
cite exemplos de mulheres que lutaram ou lutam pelos seus direitos e de seu povo.
3- A violência contra a mulher é um problema social grave, complexo, visto que ocorre
independente de classe social, credo, raça, etnia, idade, nível de escolaridade. E
dependendo da classe social, o machismo se expressa de formas diferentes. Entre os
mais pobres, por exemplo, o meio de autoafirmação passa muito pelo predomínio do
homem sobre a mulher. Isso porque um homem com poucos recursos financeiros
acaba, de alguma forma, buscando na sua masculinidade intrínseca um meio de
afirmação baseado na tradição secular. Ele acredita que já nasceu “superior” à mulher.
4- Em primeiro lugar, a família nunca deve fechar os olhos para a situação. Quando
acontece a violência doméstica, a família pode contribuir muito apoiando a vítima,
dando condições e coragem para que ela faça a denúncia e consiga sair do ciclo de
violência. O suporte familiar é fundamental.
MULHERES NANão se calar -Denunciar.
LITERATURA
CLARICE LISPECTOR
Clarice Lispector (1920-1977) foi uma importante escritora brasileira. Sua produção
marcou a literatura do século XX e seu estilo intimista popularizou as narrativas
psicológicas no Brasil.
A autora passou boa parte da infância em Recife, capital de Pernambuco, e sua vida
adulta foi predominantemente vivida no Rio de Janeiro. Lispector também foi
jornalista e exerceu funções diplomáticas. Suas crônicas, publicadas nos jornais da
época e posteriormente reunidas em livros, são ainda hoje lidas e consideradas
importantes retratados da vida cotidiana do Rio de Janeiro de então.
No ano de 1977, vitimada por um câncer, a autora faleceu na cidade carioca, deixando
dois filhos e uma vasta obra que marcaria para sempre a literatura brasileira.
CAÇA PALAVRAS
CLARICE LISPECTOR
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RACHEL DE QUEIROZ
Rachel de Queiroz foi uma importante escritora nordestina que fez parte do movimento modernista
e ficou conhecida pela postura aguerrida. No dia 4 de agosto 1977, foi eleita para a Academia
Brasileira de Letras, se tornando a primeira mulher a ocupar uma cadeira na instituição.
Nascida em Fortaleza, capital cearense, em 1910, Rachel mudou-se para o Rio de Janeiro com os
pais, para fugir da seca que assolou a região em 1915. Sua passagem pela cidade maravilhosa foi
breve, em seguida mudou-se para Belém do Pará e retornou para o Ceará após dois anos. Rachel de
Queiroz é uma prestigiada escritora brasileira que foi precoce em tudo. Ela nasceu no Ceará em 17
de novembro de 1910 e formou-se professora com apenas 15 anos.
Como presenciava a seca que assolava a sua terra naquela época, com 20 anos escreveu uma de
suas maiores obras, o livro “O Quinze”, que aborda a triste realidade dos retirantes que fugiam da
seca nordestina. Pelo livro, ela recebeu um prêmio da Fundação Graça Aranha e a obra ficou
conhecida nas maiores capitais.
Ao longo da vida, Rachel de Queiroz escreveu muitos livros, foi tradutora, autora de peças de teatro,
professora e jornalista, ou seja, teve uma vida dedicada às letras. Também escreveu deliciosos livros
infantis, como “O menino mágico”, vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura Infantil em 1969,
“Andira” e “Cafute & Pena-de-prata”. Esses livros foram inspirados nas histórias que ela contava para
os netos.
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ACADEMIA MULHER
AUTORA OBRAS
BRASILEIRA PASSAGEM
EDUCAÇÃO PRESTIGIADA
ESCRITORA PROFESSORA
HISTÓRIAS QUEIROZ
INFANTIS QUINZE
JORNALISTA RACHEL
LIVROS REALIDADE
MARAVILHOSA ROMANCE
MINISTÉRIO SECA
MODERNISTA TEATRO
MOVIMENTOS TERRA
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CORA CORALINA
Quem, na Cidade de Goiás/GO, não conhecia os doces da senhorinha do casarão à beira do rio Vermelho? Apesar
de ser doceira de mão cheia, foi por meio das palavras que Cora Coralina ganhou o Brasil. A poetisa, que publicou
seu primeiro livro com quase 76 anos, nasceu Anna Lins dos Guimarães Peixoto em 20 de agosto de 1889.
Aninha era uma criança feia, de aparência frágil. Seu pai faleceu pouco tempo depois de ela nascer, e ela era a
penúltima, de quatro irmãs. Veja só o que ela disse sobre a infância, em entrevista para um documentário: “Eu não
era compreendida como criança. Não havia nos adultos daquele tempo o conhecimento do que era criança, dos
direitos de ser criança. E todos queriam me torcer e me enquadrar dentro daquele padrão, o critério deles era o
certo e o melhor. De modo que eu não sabia o que era ser feliz ou infeliz”.
Como boa parte das moças daquela época, Aninha só pôde frequentar a escola por quatro anos. Mas foi o
suficiente para que descobrisse as letras e, com elas, a forma de expressar seu espírito livre e rebelde. Aos 14 anos,
deu a si mesma o nome Cora Coralina, com o qual passou a assinar os contos e poemas que publicava em
periódicos da cidade.
Pouco depois, começou a frequentar Clube Literário Goiano. E, em uma das reuniões, conheceu Cantídio Tolentino
de Figueiredo Bretas, advogado e chefe de polícia. Os dois se apaixonaram, mas o relacionamento não era bem-
visto. Naquele tempo, o divórcio não existia e, portanto, Cantídio ainda era casado, aos olhos da Lei. Para o
escândalo da cidade, em 1911, Aninha foi embora com aquele homem, passando a viver no interior de São Paulo
como sua mulher.
Por 45 anos, ela viveu longe de sua cidade natal. No estado de São Paulo, casou-se oficialmente com Cantídio, criou
suas filhas e filhos, enviuvou. Chegou a publicar uma ou outra contribuição em jornais interioranos, mas muito
pouco. Naquele tempo, seus escritos ficavam guardados, à espera de virem à luz algum dia.
E então, em 1956, já com os filhos criados, ela voltou sozinha à Cidade de Goiás para refazer sua vida. Já não era
mais Aninha – assumira definitivamente o nome de Cora Coralina. Para se sustentar, começou a fazer doces. Com o
dinheiro das vendas, conseguiu comprar de volta o casarão à beira do rio, onde nascera e se criara, e lá viveu os
anos seguintes de sua vida.
O primeiro livro publicado
Depois que enviuvou, em 1934, Cora mudou-se para a capital paulista com os filhos e começou a trabalhar
vendendo livros da Editora José Olympio. E foi justamente por essa editora que publicou o seu primeiro livro,
“Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”, em 1965. A obra, que teve a segunda edição publicada pelas Oficinas
Gráficas da Universidade Federal de Goiás, chegou às mãos de Carlos Drummond de Andrade, que se encantou
com sua simplicidade, beleza e autenticidade. Bastou um grande elogio do escritor publicado no jornal para que
todo o Brasil começasse a ler e a admirar Cora Coralina.
Os últimos anos
Cora publicou mais três livros, “Meu livro de cordel”, “Vintém de cobre – Meias Confissões de Aninha” (que lhe
valeu o prêmio Juca Pato) e “Estórias da casa velha da ponte”. Em 1983, recebeu o título de Doutora Honoris Causa
da Universidade Federal de Goiás (UFG) – segundo ela, o momento mais importante de sua vida.
Se você pensou que, depois de ficar famosa, ela passou a se dedicar exclusivamente à poesia, se enganou. A
irrequieta Cora foi doceira até o fim da vida. Por sinal, até hoje as doceiras da cidade preparam doces glaçados com
a técnica aprimorada por ela.
Cora morreu em Goiânia, onde estava hospitalizada por causa de uma pneumonia, em 10 de abril de 1985. O
casarão à beira do rio Vermelho virou um museu em sua homenagem.
Que o exemplo de Cora, que nunca se deixou limitar por convenções sociais, inspire meninas de todo o Brasil. E
CAÇA PALAVRAS
que a sua história continue a nos lembrar que, enquanto houver vida e coragem, é sempre tempo de recomeçar.
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ADMIRAR JORNAIS
ANINHA LETRAS
BRASIL
LITERÁRIO
CONHECIMENTO LIVRO
CONTOS LUZ
CORALINA MULHER
DOUTORA OFICINAS
EDITORA PALAVRAS
ESCOLA POEMAS
ESCRITOS POESIA
EXPRESSAR POETISA
FAMOSA RECOMEÇAR
HISTÓRIA SIMPLICIDADE
INFÂNCIA VIDA
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RUTH ROCHA
A autora de Marcelo, Marmelo, Martelo, que apresentou a gerações de brasileirinhos o prazer
de ler, foi, ela mesma, uma apaixonada por livros.
Ruth Machado Lousada Rocha ou, simplesmente, Ruth Rocha, nasceu em São Paulo/SP no dia
2 de março de 1931. Seu encontro definitivo com a literatura, ainda criança, foi com as
histórias de Monteiro Lobato. Na adolescência, devorava as obras de mestres como Machado
de Assis, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa e Guimarães Rosa.
De leitora a escritora, foi um pulo, certo? Não foi bem assim. Ruth primeiro formou-se em
Ciências Políticas e Sociais, com pós-graduação em Orientação Educacional. Entre 1956 e
1972, trabalhou como orientadora educacional no Colégio Rio Branco.
Foi nessa época – mais precisamente, em 1968 – que ela começou a escrever sobre educação
para a revista Cláudia, da Editora Abril. Logo foi convidada a colaborar também com a revista
Recreio, da mesma editora, voltada ao público infantojuvenil. Foi lá que ela publicou suas
primeiras histórias para crianças.
Em 1973, Ruth Rocha assumiu a direção editorial da Divisão Infantojuvenil da Abril. Três anos
depois, lançou seu primeiro livro: Palavras, Muitas Palavras. Ainda em 1976, publicou seu
grande sucesso: Marcelo, Marmelo, Martelo e Outras Histórias, que teve mais de 70 edições e
vendeu mais de 20 milhões de exemplares.
Num tempo em que as histórias infantis eram povoadas por mocinhos e vilões, com finais em
que o bem triunfava e o mal era punido de forma exemplar, Ruth fez uma verdadeira
revolução. Suas obras contavam a vida de gente como a gente, com virtudes e defeitos. Os
finais não impunham uma moral, mas convidavam à reflexão e ao pensamento crítico. Além
disso, com suas histórias sobre reizinhos, ela criticou corajosamente o autoritarismo, em plena
ditadura.
Defensora dos direitos das crianças, Ruth Rocha escreveu, em parceria com Otávio Roth, a
Declaração Universal dos Direitos Humanos Para Crianças, lançada na sede da Organização
das Nações Unidas em Nova Iorque, em 1988.
Em mais de 50 anos de carreira, Ruth teve mais de duzentos títulos publicados e já foi
CAÇA PALAVRAS
traduzida para vinte e cinco idiomas. Também assinou a tradução de uma centena de títulos
infantojuvenis e foi coautora de vários livros didáticos.
RUTH ROCHA
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Ç I A C R I A N Ç A S S A
à A S U C E S S O D
O S D E F E N S O R A A
APAIXONADA LER
AUTORA LITERATURA
CRIANÇAS LIVROS
DEFENSORA OBRAS
DIDÁTICOS PALAVRAS
DIREITOS PENSAMENTO
EDITORA REVISTA
EDUCAÇÃO REVOLUÇÃO
ESCREVER ROCHA
ESCRITORA RUTH
HISTÓRIAS SUCESSO
INFANTIS TÍTULOS
LEITORA VIRTUDES
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CECÍLIA MEIRELES
Cecília Meireles foi uma grande escritora, uma das maiores do Brasil. Tinha um carinho todo especial
pelas crianças, mas também se dedicou a escrever poemas para os adultos.
CECÍLIA MEIRELES
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Q C H R E W T L A N O L S A S E A E E I C T
U T O F R T E I V H N M N T O P M S T E L I
E R S H U S W O E O N Ú A I O B P E C P O L
C O N C W L O T R Q E S P T E E R Í O F R N
Í S B V A W I E S C R I T O R A L E H W E N
V O E D E N A C O M F C E T T I S M A W B S
E L C A V I D A S R C A A U A I D U Y T U K
I T L I H B R I N C A R R T A T E V V O O S
S N E A C T E N O R A A Y M E I P O E D W N
AQUILO INFANTIL
BIBLIOTECA ISTO
BRASILEIRA LITERATURA
BRINCAR LIVRO
CAMINHADA MEIRELES
CARINHO MÚSICA
CECÍLIA POEMA
CHUVA POESIA
CRONISTA PROFESSORA
DESPERTAR SOL
ESCRITORA TEMPO
ESPECTROS VERSOS
FOLCLORE VIDA
INESQUECÍVEIS
PAINEL COLETIVO
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CAROLINA MARIA DE JESUS
Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, no interior de Minas Gerais, em 14 de março de
1914. Neta de escravos e filha de uma lavadeira analfabeta, cresceu em uma família muito pobre,
com mais sete irmãos.
Por incentivo de uma freguesa de sua mãe, teve a chance de frequentar a escola por dois anos. Foi
pouco tempo, mas o suficiente para que ela se apaixonasse pelas letras de forma definitiva. Veio daí
o seu hábito de ler tudo o que caísse em suas mãos, e de registrar sua vida, pensamentos e
percepções por escrito.
Aos 23 anos, Carolina mudou-se para a capital paulista. Durante algum tempo, trabalhou como
doméstica. Depois passou a ser catadora de material reciclável.
Em 1941, Carolina experimentou pela primeira vez o prazer de ver seus textos publicados. Ela
enviou a um jornal um poema em homenagem a Getúlio Vargas e conseguiu vê-lo impresso, junto
com sua foto. Mandou outro, e mais outro, e logo ficou conhecida como “a poetisa negra”.
Apesar disso, ela não tinha uma vida fácil. Moradora da favela do Canindé, tirava do lixo, sozinha, o
sustento dos três filhos, frutos de três relacionamentos diferentes. Casar, ela não queria – um
marido poderia tolher seu desejo de ler e escrever.
Enfim, escritora
Em 1958, tudo mudou. Audálio Dantas, jornalista da Folha da Noite, foi ao Canindé para fazer uma
reportagem sobre as difíceis condições de quem morava lá e, por acaso, escolheu a casa de Carolina
para visitar.
Audálio ficou encantado com a história da catadora de lixo que amava ler e escrever, e
impressionadíssimo com todo o material que ela reunia em mais de vinte cadernos totalmente
preenchidos. Começou a publicar trechos daqueles escritos no jornal. O sucesso foi tanto que os
textos foram parar também na revista O Cruzeiro.
E então, em 1960, com edição de Audálio Dantas, foi publicado o livro autobiográfico “Quarto de
despejo: diário de uma favelada”. O livro tornou-se um best-seller, com 3 milhões de exemplares
vendidos e tradução para 16 idiomas. Carolina conquistou a admiração de estrelas da literatura,
como Clarice Lispector. Foi homenageada pela Academia Paulista de Letras e pela Academia de
Letras da Faculdade de Direito de São Paulo. Na Argentina, recebeu a Orden Caballero Del Tornillo.
Graças a “Quarto de despejo”, Carolina conseguiu sair da favela com os filhos. Ela continuou
publicando livros, mas eles não tiveram uma recepção tão boa quanto o primeiro. Quando morreu,
em 13 de fevereiro de 1977, tinha sido praticamente esquecida pelo mercado editorial.
Carolina teve várias de suas obras publicadas postumamente. Foi objeto de diversas biografias e
tema de muitos trabalhos acadêmicos. Em 25 de fevereiro de 2021, recebeu o título de Doutora
Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 25 de fevereiro de 2021.
Carolina ousou sonhar para além do que se esperava de uma mulher, negra e favelada. Que seu
exemplo continue fazendo brotar escritoras em qualquer ambiente, por mais inóspito que seja.
Sobre Quarto de despejo: diário de uma favelada
Com linguagem simples e sem preocupação com regras gramaticais, Quarto de despejo retrata a
vida extremamente sofrida de Carolina e de seus filhos na favela do Canindé, e revela uma
narradora de olhar afiado e crítico. A fome, a miséria e a discriminação por ser mulher, negra, mãe
CAÇA PALAVRAS
O A U A E L E T R A S F T H D P P E I R H P
T R A N S F O R M A D O R A A E D T R S E E
A N A L F A B E T A L M A A P I E I G L S H
P A H B E L D I S S S E R Y T R R V W C C I
I H O R S R T M S O O S L O V S P M F A O S
S S E C E O O U I T N L R I N E E I A R L T
H A N I J P C A E R H I A E P R N S V O A Ó
T C C S E E O X E O A N E V R U S É E L O R
W R H O S M T R B L R Ç R W A Y A R L I E I
O A I S U O E C T S A F Ã G Z D M I A N S A
P M O E S T R E L A S O T O E N E A D A C A
T E E N L I N G U A G E M O R A N I A R R A
E N I N C E N T I V O E I T P R T P R P E W
M T V C A T A D O R A W M A N G O I D A V L
P O L I T E R A T U R A R N N T S A N D E A
O I T A N T E J O R N A L I S T A F D R R S
GABARITO CAÇA PALAVRAS
L E T R A S F E
T R A N S F O R M A D O R A D E
A N A L F A B E T A M I S H
D S E T C C I
R M S O O P M F A O S
S E U I T N L R E I A R L T
A J P C E R H I A P N S V O A Ó
C E E O X A N V R S É E L R
R S T R L R Ç R A A R L I E I
A S U O T Ã G Z D M I A N S A
M O E S T R E L A S O E E A D A C
T E L I N G U A G E M R A N I A R
E N I N C E N T I V O E T R E
M T C A T A D O R A M O A V
P O L I T E R A T U R A S E
O J O R N A L I S T A R
ADMIRAÇÃO LAVADEIRA
ANALFABETA LETRAS
CAROLINA LINGUAGEM
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HISTÓRIA SUCESSO
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JESUS TEXTOS
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JORNALISTA TRANSFORMADORA
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