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Fábio M. Júnior
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Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação
dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
§ 1º Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com
intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de
obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem
autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do
produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: (Redação dada
pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada
pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
§ 2º Na mesma pena do § 1º incorre quem, com o intuito de lucro
direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no
País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra
intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de
autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do
produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra
intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares
dos direitos ou de quem os represente. (Redação dada pela Lei nº
10.695, de 1º.7.2003)
§ 3º Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante
cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que
permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para
recebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem
formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou indireto, sem
autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista intérprete
ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os represente:
(Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela
Lei nº 10.695, de 1
SUMÁRIO

A MULHER NA LITERATURA

A TRAJETÓRIA DE GRANDES AUTORAS NA


LITERATURA
TEXTO PARA DEBATE
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
3 TEXTOS SOBRE
A LUTA DAS MULHERES BRASILEIRAS NA
LITERATURA
1 TEXTO SOBRE O USO DE PSEUDÔNIMOS
POR AUTORAS NA LITERATURA
GABARITO
SUGESTÃO DE PAINEL ESCRITO
MÚSICA E INTERPRETAÇÃO
GABARITO
1- CLARICE LISPECTOR
2- CAÇA PALAVRAS
3-GABARITO
4- PAINEL COLETIVO
5- RACHEL DE QUEIROZ
6- CAÇA PALAVRAS
7- GABARITO
8-PAINEL COLETIVO
9- CORA CORALINA
10- CAÇA PALAVRAS
11- GABARITO
12- PAINEL COLETIVO
13- RUTH ROCHA
14- CAÇA PALAVRAS
15- GABARITO
16- PAINEL COLETIVO
17-CECÍLIA MEIRELES
18- CAÇA PALAVRAS
19- GABARITO
20- PAINEL COLETIVO
21-CAROLINA MARIA DE JESUS
22- CAÇA PALAVRAS
23- GABARITO
24- PAINEL COLETIVO
PAINÉIS COLETIVOS
CAÇA PALAVRAS

MULHERES NA
LITERATURA
CARO PROFESSOR(A)

Cada Mural tem 20 partes, sendo cada parte uma folha a4.
Pensando em ajudá-lo(a), a equipe ART IDEIA preparou
esses murais relacionados AS MULHERES NA LITERATURA ,
com 20 peças, ou seja, cada aluno irá pintar 1 folha ou
mais....com legendas das cores.
DICA: Deixe que os alunos recortem o contorno das folhas
(desenhos).
Não faça para os alunos.
MULHERES
NA LITERATURA

MULHERES NA LITERATURA
TEXTO PARA DEBATE

Mulheres escritoras: A trajetória de grandes


autoras na literatura
Uma das perguntas essenciais para começarmos a discutir o papel da mulher na literatura nacional e

TESTE SEUS CONHECIMENTOS

A LUTA DAS MULHERES BRASILEIRAS NA LITERATURA


A maior luta das mulheres brasileiras na literatura tem sido a busca por igualdade de gênero e o
reconhecimento de suas obras no mundo literário, que por muito tempo foi dominado por homens. Veja a
seguir algumas questões sobre essa luta:

1-Qual é o principal obstáculo enfrentado pelas mulheres na literatura brasileira?


a) Falta de talento
b) Falta de oportunidades
c) Falta de recursos financeiros
d) Falta de tempo

2-Qual foi o movimento literário que surgiu nos anos 1970 e lutou pela igualdade de gênero na literatura?
a) Modernismo
b) Tropicália
c) Marginais
d) Escritoras Brasileiras

3-Qual é a escritora brasileira mais vendida da atualidade?


a) Lygia Fagundes Telles
b) Adélia Prado
c) Martha Medeiros
d) Clarice Lispector

4-Qual foi o primeiro romance brasileiro escrito por uma mulher a ser publicado?
a) "O Quinze", de Rachel de Queiroz
b) "Lucíola", de José de Alencar
c) "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis
d) "Dom Casmurro", de Machado de Assis

5-Qual escritora brasileira foi a primeira a ganhar o Prêmio Jabuti na categoria poesia?
a) Adélia Prado
b) Hilda Hilst
c) Cecília Meireles GABARITO
d) Lygia Fagundes Telles

1-Resposta: b) Falta de oportunidades. As mulheres muitas vezes não têm as mesmas


oportunidades que os homens na literatura, seja na publicação, divulgação ou reconhecimento de
suas obras.
2- Resposta: c) Marginais. O movimento literário Marginais surgiu nos anos 1970 e lutou pela
igualdade de gênero na literatura, com destaque para as mulheres.

3- Resposta: c) Martha Medeiros. Ela é a escritora brasileira mais vendida da atualidade, com mais
de 2 milhões de exemplares vendidos.

4- Resposta: b) "Lucíola", de José de Alencar. O romance foi escrito por uma mulher, mas publicado
sob o nome de um homem.

5- Resposta: a) Adélia Prado. Ela foi a primeira escritora brasileira a ganhar o Prêmio Jabuti na
categoria poesia, em 1978.

TESTE SEUS CONHECIMENTOS

A LUTA DAS MULHERES BRASILEIRAS NA LITERATURA


A literatura brasileira também foi marcada por grandes mulheres escritoras que lutaram por espaço e
reconhecimento em um meio predominantemente masculino. A seguir, veja um pouco sobre a luta das
mulheres brasileiras na literatura, além de algumas de suas representantes:
1-Qual a primeira escritora da literatura mundial de que se tem conhecimento?
a) Jane Austen
b) Emily Bronte
c) Sappho de Lesbos
d) Mary Shelley

2-Qual a primeira escritora brasileira a publicar um livro?


a) Adélia Prado
b) Rachel de Queiroz
c) Maria Firmina dos Reis
d) Clarice Lispector

3-Quem é a escritora responsável pelo romance "Quarto de Despejo", que relata a vida de uma catadora de
papel?
a) Cecília Meireles
b) Carolina Maria de Jesus
c) Lygia Fagundes Telles
d) Hilda Hilst

4-Qual escritora é responsável pelo livro "As Meninas", que retrata a vida de três jovens estudantes em meio à
Ditadura Militar?
a) Lygia Fagundes Telles
b) Clarice Lispector
c) Ana Maria Machado
d) Rachel de Queiroz

5-Quem é a escritora responsável pela obra "Casa de Bonecas", que aborda temas como o machismo e o papel
da mulher na sociedade?
a) Lygia Fagundes Telles
b) Adélia Prado
c) Nélida Piñon GABARITO
d) Maria José Dupré
1-Resposta: c) Sappho de Lesbos. Ela é considerada a primeira autora da literatura
mundial de que se tem conhecimento. Ela viveu na Grécia.
2- Resposta: c) Maria Firmina dos Reis. Ela publicou o romance "Úrsula" em 1859,
sendo considerada a primeira escritora brasileira a publicar um livro.
3- Resposta: b) Carolina Maria de Jesus. "Quarto de Despejo" foi publicado em 1960 e
se tornou um marco na literatura brasileira ao retratar a vida de uma mulher negra e
pobre.
4- Resposta: a) Lygia Fagundes Telles. “As Meninas” foram publicadas em 1973 e se
tornou uma importante obra na literatura brasileira ao abordar temas como a
repressão e a censura durante a Ditadura Militar.
5- Resposta: c) Nélida Piñon. "Casa de Bonecas" foi publicado em 1969 e é considerado
um importante livro para a literatura brasileira ao tratar de temas feministas.

TESTE SEUS CONHECIMENTOS

A LUTA DAS MULHERES BRASILEIRAS NA LITERATURA


A literatura brasileira é marcada pela presença de grandes escritoras que lutaram e ainda lutam por seus
espaços no mundo literário. Desde a primeira escritora brasileira, Nísia Floresta, até as autoras
contemporâneas, as mulheres têm mostrado sua força e talento na literatura. Veja a seguir uma breve
trajetória da luta das mulheres brasileiras na literatura:

1-Quem foi a primeira escritora brasileira?


a) Rachel de Queiroz
b) Nélida Piñon
c) Clarice Lispector
d) Nísia Floresta

2-Qual foi o primeiro livro de poesia publicado por uma mulher brasileira?
a) "Meu Livro de Cordel", de Cora Coralina
b) "O Lago dos Cisnes", de Hilda Hilst
c) "Murmúrios, Vozes, Sombras", de Cecília Meireles
d) "Nós", de Adélia Prado

3-Quem foi a primeira escritora negra brasileira a ter sua obra publicada?
a) Carolina Maria de Jesus
b) Conceição Evaristo
c) Elisa Lucinda
d) Lima Barreto

4-Qual escritora brasileira foi a primeira a ganhar o Prêmio Jabuti na categoria romance?
a) Clarice Lispector
b) Lygia Fagundes Telles
c) Rachel de Queiroz
d) Hilda Hilst

5-Quem foi a primeira escritora brasileira a ter sua obra adaptada para o cinema?
a) Adélia Prado
b) Clarice Lispector
c) Lygia Fagundes Telles GABARITO
d) Rachel de Queiroz
1-Resposta: d) Nísia Floresta. Ela nasceu em 1810, no Rio Grande do Norte, e é
considerada a primeira escritora brasileira. Ela escreveu sobre educação e direitos das
mulheres.

2- Resposta: c) "Murmúrios, Vozes, Sombras", de Cecília Meireles. O livro foi publicado


em 1919

3- Resposta: a) Carolina Maria de Jesus. Ela publicou "Quarto de Despejo: Diário de


uma Favelada" em 1960.

4- Resposta: c) Rachel de Queiroz. Ela ganhou o Prêmio Jabuti em 1957, com o


romance "O Quinze".

5- Resposta: a) Adélia Prado. O livro "Bagagem" da autora foi adaptado para o cinema
em 2011, com o mesmo nome.

TESTE SEUS CONHECIMENTOS

O USO DE PSEUDÔNIMOS POR AUTORAS NA


LITERATURA
O uso de pseudônimos por autoras na literatura tem sido uma estratégia comum para contornar
preconceitos de gênero e aumentar as chances de publicação e reconhecimento de suas obras. Muitas
mulheres escritoras utilizaram pseudônimos para esconder suas identidades femininas e serem levadas a
sério como autoras.

1-Qual é a razão mais comum para as mulheres escritoras usarem pseudônimos?


a) Para garantir que seus livros sejam publicados
b) Para esconder sua identidade de gênero
c) Para evitar críticas negativas dos leitores
d) Para aumentar a vendagem de seus livros

2-Qual escritora brasileira usou o pseudônimo de Maria da Glória para publicar seus livros?
a) Rachel de Queiroz
b) Lygia Fagundes Telles
c) Clarice Lispector
d) Adélia Prado

3-Por que o uso de pseudônimos por mulheres escritoras ainda é necessário nos dias de hoje?

GABARITO
1-Resposta: b) Para esconder sua identidade de gênero e serem levadas a sério como
autoras.

2- Resposta: c) Clarice Lispector. Ela usou o pseudônimo de Maria da Glória para publicar
seus primeiros contos.

3-Sugestão de Resposta:
O uso de pseudônimos por mulheres escritoras ainda é necessário nos dias de hoje, pois
ainda existe preconceito de gênero no mundo literário e muitas mulheres não são levadas a
sério como autoras simplesmente por serem mulheres. Além disso, a maioria dos prêmios
literários e da lista de best-sellers são dominados por homens, o que torna mais difícil para
as mulheres escritoras conquistarem seu espaço e serem reconhecidas por seus trabalhos. O
uso de pseudônimos permite que as mulheres mantenham sua privacidade e anonimato,
possibilitando que suas obras sejam julgadas apenas pela qualidade literária, sem
preconceitos em relação ao gênero.
SUGESTÃO DE PAINEL
ESCRITO

Quais são algumas medidas que podem ser adotadas


para promover a igualdade de gênero na literatura
brasileira?

1-Incentivar a leitura de obras escritas por mulheres, principalmente nas


escolas e bibliotecas públicas.

2-Criar políticas públicas de incentivo à produção literária feminina, como


editais de fomento e programas de bolsas de estudo.

3-Ampliar a visibilidade das mulheres escritoras nos meios de comunicação e


na indústria editorial, por meio de entrevistas, reportagens e resenhas de
livros.

4-Promover concursos e prêmios literários exclusivos para mulheres,


incentivando a participação e o reconhecimento de suas obras.

5-Formar grupos de apoio e redes de solidariedade entre mulheres escritoras,


para compartilhar experiências, recursos e conhecimentos.

6-Conscientizar a sociedade em geral sobre a importância do trabalho das


mulheres na literatura, valorizando suas obras e combatendo o preconceito de
gênero.

7-Incentivar a inclusão de mulheres em eventos literários, como feiras de livro


e festivais de literatura, como palestrantes, debatedoras e organizadoras.

8-Fomentar a criação de editoras voltadas exclusivamente para publicação de


obras escritas por mulheres.

9-Incentivar a participação de mulheres em grupos de leitura e clubes de


livros.

10-Criar espaços de discussão sobre as obras e a representação das mulheres


na literatura, como clubes de debate e grupos de estudos.
Adotando essas medidas, a literatura brasileira poderá se tornar cada vez
mais inclusiva e diversa, garantindo a igualdade de oportunidades para
homens e mulheres escritores.

PARA TODAS AS MULHERES

Mariana Nolasco

Abafaram nossa voz

Mas esqueceram de que não estamos sós

Abafaram nossa voz

Mas esqueceram de que não estamos sós

Essa vai, pra todas as mulheres

Marianas, índias, brancas, negras, pardas, indianas

Essa vai pra você que sentiu aí no peito

O quanto é essencial ter no mínimo respeito

Essa dor é secular e em algum momento há de curar

Diga sim, para o fim, de uma era irracional, patriarcal

Abafaram nossa voz

Mas esqueceram de que não estamos sós

Abafaram nossa voz

Mas esqueceram de que não estamos sós

Abafaram nossa voz

Mas esqueceram de que não estamos sós

Então eu canto, pra que em todo canto, encanto de ser livre

De falar, possa chegar não mais calar

Então eu canto, pra que em todo canto, encanto de ser livre

De falar, possa chegar não mais calar

Abafaram nossa voz

Mas esqueceram de que não estamos sós

Então eu canto, pra que em todo canto, encanto de ser livre

De falar, possa chegar não mais calar


INTERPRETANDO A
CANÇÃO

Assista ao videoclipe da música "Pra todas as Mulheres" de Mariana Nolasco e responda as


seguintes questões:

1-Qual é o tema principal da música "Para todas as Mulheres"?


a) O amor romântico entre um casal.
b) A liberdade e empoderamento feminino.
c) A luta por direitos iguais para homens e mulheres.
d) A importância da amizade entre mulheres.

2-Qual é a mensagem principal da música?


a) As mulheres devem ser submissas aos homens.
b) As mulheres devem ser independentes e confiantes em si mesmas.
c) As mulheres devem se esforçar para agradar os homens.
d) As mulheres devem aceitar as injustiças sociais sem questionar.

3-Qual é a opinião da cantora Mariana Nolasco sobre as mulheres?


a) Ela acredita que as mulheres devem ser oprimidas pelos homens.
b) Ela acredita que as mulheres são inferiores aos homens.
c) Ela acredita que as mulheres são fortes e capazes de conquistar seus sonhos.
d) Ela não expressa uma opinião clara sobre as mulheres.

4-Use sua imaginação e ilustre a música: Pra todas as Mulheres


GABARITO

Resposta: b) A liberdade e empoderamento feminino.


Resposta: b) As mulheres devem ser independentes e confiantes em si
mesmas.
Resposta: c) Ela acredita que as mulheres são fortes e capazes de
conquistar seus sonhos.
DEBATE SOBRE A
MÚSICA

Professor,
Divida a turma em 4 grupos de dê uma pergunta para cada grupo ler refletir e
discutir.
Ao final reúna todos os grupos e cada grupo fará as apresentações relacionadas à
sua pergunta.

1. Na música Para todas as Mulheres de Mariana Nolasco, encontramos uma crítica


social.
Descreva com suas palavras.

2. "Para todas a mulheres


Mariana, índias, brancas
Negras, pardas, indianas
Essa vai pra você que sentiu aí
no peito
O quanto é essencial ter no
mínimo respeito"

Neste trecho da música encontramos citações de várias etnias, faça uma pesquisa e
cite exemplos de mulheres que lutaram ou lutam pelos seus direitos e de seu povo.

3- Explique o que significa:


“Essa dor é secular e em algum momento há de curar
Diga sim, para o fim, de uma era irracional, patriarcal”

4- Explique o que significa:


“Então eu canto, pra que em todo canto, encanto de ser livre
De falar, possa chegar não mais calar”
SUGESTÕES E COMPLEMENTOS DE RESPOSTAS
RELACIONADAS AO DEBATE DA MÚSICA

1- Graças à política pública de enfrentamento à violência contra a mulher, bem como as


delegacias das mulheres, os centros de atendimento às mulheres vítimas de violência, a
Casa Abrigo, os núcleos especializados dentro do Sistema de Justiça e, principalmente a
própria Lei Maria da Penha. A exposição na mídia, de certa forma, também tem ajudado
as mulheres a perder o medo de denunciar. Antes não havia nenhum mecanismo que as
protegesse, e normalmente a denúncia caía num vácuo. Hoje, ela sabe que, além da
punição, haverá também o apoio e o acolhimento dessas instituições. Ela não está mais
sozinha. 

2- É essencial mudar a mentalidade, a cultura da violência. Nossa sociedade é violenta


contra as minorias sujeitas de direito. Por isso é tão importante compreender que a
culpa da violência sexual nunca é das mulheres. Isso é mais um preconceito que a
sociedade machista nos impõe. Por isso é fundamental educar os meninos desde cedo
ensinando a importância do respeito. Até hoje eles aprendem que uma menina que se
veste de uma determinada forma está provocando, e que eles têm uma pretensa
autorização para fazer uso daquele corpo que está sendo exposto. Temos que interferir
nesse processo.

3- A violência contra a mulher é um problema social grave, complexo, visto que ocorre
independente de classe social, credo, raça, etnia, idade, nível de escolaridade. E
dependendo da classe social, o machismo se expressa de formas diferentes. Entre os
mais pobres, por exemplo, o meio de autoafirmação passa muito pelo predomínio do
homem sobre a mulher. Isso porque um homem com poucos recursos financeiros
acaba, de alguma forma, buscando na sua masculinidade intrínseca um meio de
afirmação baseado na tradição secular. Ele acredita que já nasceu “superior” à mulher.

4- Em primeiro lugar, a família nunca deve fechar os olhos para a situação. Quando
acontece a violência doméstica, a família pode contribuir muito apoiando a vítima,
dando condições e coragem para que ela faça a denúncia e consiga sair do ciclo de
violência. O suporte familiar é fundamental.
MULHERES NANão se calar -Denunciar.
LITERATURA
CLARICE LISPECTOR
Clarice Lispector (1920-1977) foi uma importante escritora brasileira. Sua produção
marcou a literatura do século XX e seu estilo intimista popularizou as narrativas
psicológicas no Brasil.

Lispector é um marco em nosso Modernismo e suas obras continuam entre as mais


lidas no país. A autora, vale lembrar, figura como uma das primeiras autoras a ganhar
notoriedade nacional, ao lado de grandes nomes, como Rachel de Queiroz e Cecília
Meireles, tendo, portanto, também um papel fundamental para desconstruir
preconceitos e ampliar o horizonte para tantas outras mulheres na literatura.
Clarice Lispector nasceu na Ucrânia, em 1920. Entretanto, já em 1922, a autora veio
para o Brasil com sua família, que fugia da Guerra Civil Russa e da perseguição
crescente aos judeus na Europa.

A autora passou boa parte da infância em Recife, capital de Pernambuco, e sua vida
adulta foi predominantemente vivida no Rio de Janeiro. Lispector também foi
jornalista e exerceu funções diplomáticas. Suas crônicas, publicadas nos jornais da
época e posteriormente reunidas em livros, são ainda hoje lidas e consideradas
importantes retratados da vida cotidiana do Rio de Janeiro de então.

Enquanto escritora de obras literárias, Clarice Lispector alcançou grande importância


como uma das fundadoras da literatura intimista no Brasil, tornando-se uma das
prosadoras mais lidas do país.

No ano de 1977, vitimada por um câncer, a autora faleceu na cidade carioca, deixando
dois filhos e uma vasta obra que marcaria para sempre a literatura brasileira.
CAÇA PALAVRAS

Leia o texto CLARICE LISPECTOR e As palavras deste caça palavras estão


descubra as palavras grifadas nesse escondidas na horizontal, vertical e
caça palavras diagonal, sem palavras ao contrário.

CLARICE LISPECTOR

C V P N D T E A C L A R I C E I N Y T G M G
E S C R I T O R A L E L I T E R Á R I A S E
W O T N O P R E C O N C E I T O S A N T L P
T T F E O S I E G E M O D E R N I S M O T B
D F I G U R A M H A O E D E Q L A P I R I R
R H F U N D A D O R A S U V R O I S T R E A
O L I A D W S O O V R S I B B N E V S T I S
C R Ô N I C A S R R A D N R F C I T R E L I
A F U N D A M E N T A L A Â E F O A D O I L
L E A D O O H U W P A S N E B A T I A S S E
T A C M S P I N L R W C H C Y A S E S A P I
O N A H Í I I E N H I T B R D W E P E U E R
J O R N A L I S T A E G R O N P A H E T C A
L N S A A U I T H P E R S E G U I Ç Ã O T N
E N L I T E R A T U R A E H D T L R H R O S
O D I P L O M Á T I C A S S D C U I E A R N

GABARITO CAÇA PALAVRAS


P C L A R I E C
E S C R I T O R A L I T
E R Á RI A S
OP R E C O N C E I
T OS
S MO D E
R NI S MO B
F I G U R A L R
F U NDA DOR A S V OI E A
O I B N V T S
C R ÔN I C A S R D R F R L I
F U N DA ME NT A L A Â A OI L
A U S N T S E
M L C A A P I
Í H I D U E R
J OR N A L I S T A E O T C A
I P E R S E G U I Ç Ã OT
L I T E R A T U R A E R O
DI P L OMÁ T I C A S S A R
 AUTORA  LISPECTOR
 BRASILEIRA  LITERATURA
 CLARICE  LITERÁRIAS
 CRÔNICAS  LIVROS
 DIPLOMÁTICAS  MODERNISMO
 ESCRITORA  MULHERES
 FAMÍLIA  OBRAS
 FIGURA  PERSEGUIÇÃO
 FUNDADORAS  PRECONCEITOS
 FUNDAMENTAL  PROSADORAS
 INFÂNCIA  RETRATADOS
 JORNALISTA  VIDA

PAINEL COLETIVO
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4
5
4

3
1
4
4

2
5
2
2

7
9
1
7
1

4
8
6
RACHEL DE QUEIROZ
Rachel de Queiroz foi uma importante escritora nordestina que fez parte do movimento modernista
e ficou conhecida pela postura aguerrida. No dia 4 de agosto 1977, foi eleita para a Academia
Brasileira de Letras, se tornando a primeira mulher a ocupar uma cadeira na instituição.

Nascida em Fortaleza, capital cearense, em 1910, Rachel mudou-se para o Rio de Janeiro com os
pais, para fugir da seca que assolou a região em 1915. Sua passagem pela cidade maravilhosa foi
breve, em seguida mudou-se para Belém do Pará e retornou para o Ceará após dois anos. Rachel de
Queiroz é uma prestigiada escritora brasileira que foi precoce em tudo. Ela nasceu no Ceará em 17
de novembro de 1910 e formou-se professora com apenas 15 anos.

Como presenciava a seca que assolava a sua terra naquela época, com 20 anos escreveu uma de
suas maiores obras, o livro “O Quinze”, que aborda a triste realidade dos retirantes que fugiam da
seca nordestina. Pelo livro, ela recebeu um prêmio da Fundação Graça Aranha e a obra ficou
conhecida nas maiores capitais.

Ao longo da vida, Rachel de Queiroz escreveu muitos livros, foi tradutora, autora de peças de teatro,
professora e jornalista, ou seja, teve uma vida dedicada às letras. Também escreveu deliciosos livros
infantis, como “O menino mágico”, vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura Infantil em 1969,
“Andira” e “Cafute & Pena-de-prata”. Esses livros foram inspirados nas histórias que ela contava para
os netos.

Foi a primeira brasileira a entrar para a Academia Brasileira de Letras.

Engajada em movimentos políticos, a escritora integrou o Partido Comunista Brasileiro. Em 1935,


Rachel foi presa em meio à repressão do governo de Getúlio Vargas, o que deu origem ao seu
terceiro romance, 'Caminho de Pedras'. Anos depois voltou à política com posicionamentos
contraditórios, foi convidada para representar o Ministério da Educação no governo Jânio Quadros,
apoiou a deposição de João Goulart e fez parte do diretório da Arena (Aliança Renovadora Nacional),
partido apoiador da ditadura militar. Em 2003, a escritora faleceu aos 92 anos no Rio de Janeiro,
vítima de problemas cardíacos.
CAÇA PALAVRAS

Leia o texto RAQUEL DE QUEIROZ e As palavras deste caça palavras estão


descubra as palavras grifadas nesse escondidas na horizontal, vertical e
caça palavras diagonal, sem palavras ao contrário.
RACHEL DE QUEIROZ

O M U L H E R H A C O W I N F A N T I S E E
P D H A C T R M I N I S T É R I O Q W A I P
R M E T N O I A S C E P B C S L U S K U T T
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O E E D U C A Ç Ã O N B R A S I L E I R A N
E M A R A V I L H O S A O N A S E C A S S S

GABARITO CAÇA PALAVRAS

M U L H E R I N F A N T I S
P M I N I S T É R I O Q A
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S D H A O V N E O Q
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A S R O I A N A T C A S O
D T I R T S C R H D A Z
A A A M O V I M E N T O S E G
S R L E
J O R N A L I S T A M
E D U C A Ç Ã O B R A S I L E I R A
M A R A V I L H O S A S E C A
 ACADEMIA  MULHER
 AUTORA  OBRAS
 BRASILEIRA  PASSAGEM
 EDUCAÇÃO  PRESTIGIADA
 ESCRITORA  PROFESSORA
 HISTÓRIAS  QUEIROZ
 INFANTIS  QUINZE
 JORNALISTA  RACHEL
 LIVROS  REALIDADE
 MARAVILHOSA  ROMANCE
 MINISTÉRIO  SECA
 MODERNISTA  TEATRO
 MOVIMENTOS  TERRA

PAINEL COLETIVO
4
7
7
7
6

6
3
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6
10
8
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CORA CORALINA
Quem, na Cidade de Goiás/GO, não conhecia os doces da senhorinha do casarão à beira do rio Vermelho? Apesar
de ser doceira de mão cheia, foi por meio das palavras que Cora Coralina ganhou o Brasil. A poetisa, que publicou
seu primeiro livro com quase 76 anos, nasceu Anna Lins dos Guimarães Peixoto em 20 de agosto de 1889.
Aninha era uma criança feia, de aparência frágil. Seu pai faleceu pouco tempo depois de ela nascer, e ela era a
penúltima, de quatro irmãs. Veja só o que ela disse sobre a infância, em entrevista para um documentário: “Eu não
era compreendida como criança. Não havia nos adultos daquele tempo o conhecimento do que era criança, dos
direitos de ser criança. E todos queriam me torcer e me enquadrar dentro daquele padrão, o critério deles era o
certo e o melhor. De modo que eu não sabia o que era ser feliz ou infeliz”.
Como boa parte das moças daquela época, Aninha só pôde frequentar a escola por quatro anos. Mas foi o
suficiente para que descobrisse as letras e, com elas, a forma de expressar seu espírito livre e rebelde. Aos 14 anos,
deu a si mesma o nome Cora Coralina, com o qual passou a assinar os contos e poemas que publicava em
periódicos da cidade.
Pouco depois, começou a frequentar Clube Literário Goiano. E, em uma das reuniões, conheceu Cantídio Tolentino
de Figueiredo Bretas, advogado e chefe de polícia. Os dois se apaixonaram, mas o relacionamento não era bem-
visto. Naquele tempo, o divórcio não existia e, portanto, Cantídio ainda era casado, aos olhos da Lei. Para o
escândalo da cidade, em 1911, Aninha foi embora com aquele homem, passando a viver no interior de São Paulo
como sua mulher.
Por 45 anos, ela viveu longe de sua cidade natal. No estado de São Paulo, casou-se oficialmente com Cantídio, criou
suas filhas e filhos, enviuvou. Chegou a publicar uma ou outra contribuição em jornais interioranos, mas muito
pouco. Naquele tempo, seus escritos ficavam guardados, à espera de virem à luz algum dia.
E então, em 1956, já com os filhos criados, ela voltou sozinha à Cidade de Goiás para refazer sua vida. Já não era
mais Aninha – assumira definitivamente o nome de Cora Coralina. Para se sustentar, começou a fazer doces. Com o
dinheiro das vendas, conseguiu comprar de volta o casarão à beira do rio, onde nascera e se criara, e lá viveu os
anos seguintes de sua vida.
O primeiro livro publicado
Depois que enviuvou, em 1934, Cora mudou-se para a capital paulista com os filhos e começou a trabalhar
vendendo livros da Editora José Olympio. E foi justamente por essa editora que publicou o seu primeiro livro,
“Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”, em 1965. A obra, que teve a segunda edição publicada pelas Oficinas
Gráficas da Universidade Federal de Goiás, chegou às mãos de Carlos Drummond de Andrade, que se encantou
com sua simplicidade, beleza e autenticidade. Bastou um grande elogio do escritor publicado no jornal para que
todo o Brasil começasse a ler e a admirar Cora Coralina.
Os últimos anos
Cora publicou mais três livros, “Meu livro de cordel”, “Vintém de cobre – Meias Confissões de Aninha” (que lhe
valeu o prêmio Juca Pato) e “Estórias da casa velha da ponte”. Em 1983, recebeu o título de Doutora Honoris Causa
da Universidade Federal de Goiás (UFG) – segundo ela, o momento mais importante de sua vida.
Se você pensou que, depois de ficar famosa, ela passou a se dedicar exclusivamente à poesia, se enganou. A
irrequieta Cora foi doceira até o fim da vida. Por sinal, até hoje as doceiras da cidade preparam doces glaçados com
a técnica aprimorada por ela.
Cora morreu em Goiânia, onde estava hospitalizada por causa de uma pneumonia, em 10 de abril de 1985. O
casarão à beira do rio Vermelho virou um museu em sua homenagem.
Que o exemplo de Cora, que nunca se deixou limitar por convenções sociais, inspire meninas de todo o Brasil. E
CAÇA PALAVRAS
que a sua história continue a nos lembrar que, enquanto houver vida e coragem, é sempre tempo de recomeçar.

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CORA CORALINA

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 ADMIRAR  JORNAIS
 ANINHA  LETRAS
BRASIL
  LITERÁRIO
 CONHECIMENTO  LIVRO
 CONTOS  LUZ
 CORALINA  MULHER
 DOUTORA  OFICINAS
 EDITORA  PALAVRAS
 ESCOLA  POEMAS
 ESCRITOS  POESIA
 EXPRESSAR  POETISA
 FAMOSA  RECOMEÇAR
 HISTÓRIA  SIMPLICIDADE
 INFÂNCIA  VIDA

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RUTH ROCHA
A autora de Marcelo, Marmelo, Martelo, que apresentou a gerações de brasileirinhos o prazer
de ler, foi, ela mesma, uma apaixonada por livros.

Ruth Machado Lousada Rocha ou, simplesmente, Ruth Rocha, nasceu em São Paulo/SP no dia
2 de março de 1931. Seu encontro definitivo com a literatura, ainda criança, foi com as
histórias de Monteiro Lobato. Na adolescência, devorava as obras de mestres como Machado
de Assis, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa e Guimarães Rosa.

De leitora a escritora, foi um pulo, certo? Não foi bem assim. Ruth primeiro formou-se em
Ciências Políticas e Sociais, com pós-graduação em Orientação Educacional. Entre 1956 e
1972, trabalhou como orientadora educacional no Colégio Rio Branco.

Foi nessa época – mais precisamente, em 1968 – que ela começou a escrever sobre educação
para a revista Cláudia, da Editora Abril. Logo foi convidada a colaborar também com a revista
Recreio, da mesma editora, voltada ao público infantojuvenil. Foi lá que ela publicou suas
primeiras histórias para crianças.

Em 1973, Ruth Rocha assumiu a direção editorial da Divisão Infantojuvenil da Abril. Três anos
depois, lançou seu primeiro livro: Palavras, Muitas Palavras. Ainda em 1976, publicou seu
grande sucesso: Marcelo, Marmelo, Martelo e Outras Histórias, que teve mais de 70 edições e
vendeu mais de 20 milhões de exemplares.

Uma autora revolucionária

Num tempo em que as histórias infantis eram povoadas por mocinhos e vilões, com finais em
que o bem triunfava e o mal era punido de forma exemplar, Ruth fez uma verdadeira
revolução. Suas obras contavam a vida de gente como a gente, com virtudes e defeitos. Os
finais não impunham uma moral, mas convidavam à reflexão e ao pensamento crítico. Além
disso, com suas histórias sobre reizinhos, ela criticou corajosamente o autoritarismo, em plena
ditadura.

Defensora dos direitos das crianças, Ruth Rocha escreveu, em parceria com Otávio Roth, a
Declaração Universal dos Direitos Humanos Para Crianças, lançada na sede da Organização
das Nações Unidas em Nova Iorque, em 1988.

Uma carreira longa e bem-sucedida

Em mais de 50 anos de carreira, Ruth teve mais de duzentos títulos publicados e já foi
CAÇA PALAVRAS
traduzida para vinte e cinco idiomas. Também assinou a tradução de uma centena de títulos
infantojuvenis e foi coautora de vários livros didáticos.

Leia o texto RUTH ROCHA e


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RUTH ROCHA

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 APAIXONADA  LER
 AUTORA  LITERATURA
 CRIANÇAS  LIVROS
 DEFENSORA  OBRAS
 DIDÁTICOS  PALAVRAS
 DIREITOS  PENSAMENTO
 EDITORA  REVISTA
 EDUCAÇÃO  REVOLUÇÃO
 ESCREVER  ROCHA
 ESCRITORA  RUTH
 HISTÓRIAS  SUCESSO
 INFANTIS  TÍTULOS
 LEITORA  VIRTUDES

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CECÍLIA MEIRELES
Cecília Meireles foi uma grande escritora, uma das maiores do Brasil. Tinha um carinho todo especial
pelas crianças, mas também se dedicou a escrever poemas para os adultos.

Poesia Ou Isto ou Aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol


ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo …
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
O poema acima faz parte do grande número de obras que Cecília Meireles deixou. Ela é considerada
a principal poetisa do século 20. Foi Cecília que fundou a primeira biblioteca infantil do Brasil e
publicou poemas inesquecíveis para crianças, como O mosquito escreve e Colar de Carolina. Os
versos de Cecília conseguem despertar nas crianças o interesse pela poesia e também encantam os
marmanjos que já são apaixonados pela boa literatura.
Uma infância solitária
Ela nasceu no Rio de Janeiro, em 7 de novembro de 1901. O começo de sua vida foi marcado por
tragédias: o pai morreu antes do seu nascimento; a mãe, quando ela tinha três anos. Os três irmãos
também faleceram. Por isso, foi criada sozinha, pela avó materna.
Na infância, sentia-se muito só. As crianças a chamavam para brincar, mas a avó nunca deixava, tinha
medo que sua menina adoecesse.
Cecília era estudiosa e adorava ler. Aos nove anos, escreveu seus primeiros versos. Interessou-se
também pela música e começou a aprender canto, violão e violino.
De professora a escritora
Aos 16 anos, formou-se professora. Lançou seu primeiro livro, chamado Espectros, com 18 anos.
Ao longo de sua caminhada de poetisa, jornalista, cronista e contadora de histórias, Cecília Meireles
dedicou-se à educação, estudou o folclore, comandou um programa sobre literatura no rádio, viajou
pelo mundo e lançou dezenas de livros. Em 1934, realizou um sonho: fundou a primeira biblioteca
infantil do Brasil, no pavilhão Mourisco, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
Ela faleceu no Rio de Janeiro em 9 de novembro de 1964, deixando três filhas e um legado
inestimável para a literatura brasileira.
CAÇA PALAVRAS

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CECÍLIA MEIRELES

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GABARITO CAÇA PALAVRAS


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 AQUILO  INFANTIL
 BIBLIOTECA  ISTO
 BRASILEIRA  LITERATURA
 BRINCAR  LIVRO
 CAMINHADA  MEIRELES
 CARINHO  MÚSICA
 CECÍLIA  POEMA
 CHUVA  POESIA
 CRONISTA  PROFESSORA
 DESPERTAR  SOL
 ESCRITORA  TEMPO
 ESPECTROS  VERSOS
 FOLCLORE  VIDA
 INESQUECÍVEIS

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CAROLINA MARIA DE JESUS
Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, no interior de Minas Gerais, em 14 de março de
1914. Neta de escravos e filha de uma lavadeira analfabeta, cresceu em uma família muito pobre,
com mais sete irmãos.
Por incentivo de uma freguesa de sua mãe, teve a chance de frequentar a escola por dois anos. Foi
pouco tempo, mas o suficiente para que ela se apaixonasse pelas letras de forma definitiva. Veio daí
o seu hábito de ler tudo o que caísse em suas mãos, e de registrar sua vida, pensamentos e
percepções por escrito.
Aos 23 anos, Carolina mudou-se para a capital paulista. Durante algum tempo, trabalhou como
doméstica. Depois passou a ser catadora de material reciclável.
Em 1941, Carolina experimentou pela primeira vez o prazer de ver seus textos publicados. Ela
enviou a um jornal um poema em homenagem a Getúlio Vargas e conseguiu vê-lo impresso, junto
com sua foto. Mandou outro, e mais outro, e logo ficou conhecida como “a poetisa negra”.
Apesar disso, ela não tinha uma vida fácil. Moradora da favela do Canindé, tirava do lixo, sozinha, o
sustento dos três filhos, frutos de três relacionamentos diferentes. Casar, ela não queria – um
marido poderia tolher seu desejo de ler e escrever.
Enfim, escritora
Em 1958, tudo mudou. Audálio Dantas, jornalista da Folha da Noite, foi ao Canindé para fazer uma
reportagem sobre as difíceis condições de quem morava lá e, por acaso, escolheu a casa de Carolina
para visitar.
Audálio ficou encantado com a história da catadora de lixo que amava ler e escrever, e
impressionadíssimo com todo o material que ela reunia em mais de vinte cadernos totalmente
preenchidos. Começou a publicar trechos daqueles escritos no jornal. O sucesso foi tanto que os
textos foram parar também na revista O Cruzeiro.
E então, em 1960, com edição de Audálio Dantas, foi publicado o livro autobiográfico “Quarto de
despejo: diário de uma favelada”. O livro tornou-se um best-seller, com 3 milhões de exemplares
vendidos e tradução para 16 idiomas. Carolina conquistou a admiração de estrelas da literatura,
como Clarice Lispector. Foi homenageada pela Academia Paulista de Letras e pela Academia de
Letras da Faculdade de Direito de São Paulo. Na Argentina, recebeu a Orden Caballero Del Tornillo.
Graças a “Quarto de despejo”, Carolina conseguiu sair da favela com os filhos. Ela continuou
publicando livros, mas eles não tiveram uma recepção tão boa quanto o primeiro. Quando morreu,
em 13 de fevereiro de 1977, tinha sido praticamente esquecida pelo mercado editorial.
Carolina teve várias de suas obras publicadas postumamente. Foi objeto de diversas biografias e
tema de muitos trabalhos acadêmicos. Em 25 de fevereiro de 2021, recebeu o título de Doutora
Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 25 de fevereiro de 2021.
Carolina ousou sonhar para além do que se esperava de uma mulher, negra e favelada. Que seu
exemplo continue fazendo brotar escritoras em qualquer ambiente, por mais inóspito que seja.
Sobre Quarto de despejo: diário de uma favelada
Com linguagem simples e sem preocupação com regras gramaticais, Quarto de despejo retrata a
vida extremamente sofrida de Carolina e de seus filhos na favela do Canindé, e revela uma
narradora de olhar afiado e crítico. A fome, a miséria e a discriminação por ser mulher, negra, mãe
CAÇA PALAVRAS

Leia o texto CAROLINA MARIA DE As palavras deste caça palavras estão


JESUS e descubra as palavras escondidas na horizontal, vertical e
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CAROLINA MARIA DE JESUS

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 ADMIRAÇÃO  LAVADEIRA
 ANALFABETA  LETRAS
 CAROLINA  LINGUAGEM
 CATADORA  LITERATURA
 EDITORIAL  MISÉRIA
 ESCOLA  PENSAMENTOS
 ESCREVER  PRAZER
 ESTRELAS  REPORTAGEM
 FAVELADA  SACRAMENTO
 FOME  SONHAR
 HISTÓRIA  SUCESSO
 INCENTIVO  TEMPO
 JESUS TEXTOS

 PAINEL COLETIVO
JORNALISTA  TRANSFORMADORA
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