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MERITISSIO JUIZ DE DIREITO DA SECCAO CIVEL DO

TRIBUNAL JUDICIAL DA CIDADE DE MAPUTO

José Brandão, maior, casado, de nacionalidade moçambicana, residente no bairro Ndlavela,


autor, doravante designado por (A), neste acto representado pelo seu mandatário judicial,
conforme procuração em anexo, vem, ao abrigo do nº 5 do art. 200 da lei da família da lei nº
22/2019, de 11 de Dezembro, LS, fazer seguir a presente

ACÇÃO DECLARATIVA CONSTITUTIVA EM PEOCESSO ORDINARIO

Contra,

Antónia Pedro, casada, de nacionalidade moçambicana, residente no bairo Khongolote, Q.


nº 69, célula ´´C``, casa nº 157, réu, doravante (R), Que se deduz nos termos e com os
fundamentos seguintes:

DOS FACTOS

O A e o R. contraíram casamento civil no dia 16 de Fevereiro de 2020, na Conservatória do


Registo Civil da cidade de Maputo, pelo regime de comunhão de adquiridos.

II

A e R. vivem separados de facto desde de 22 de novembro de 2021 , como corolário de


desentendimentos conjugais resultantes de violação grave dos deveres conjugais por parte da
R.

III

A R., em resultado do consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tem agredido fisicamente o


A, prática que vem sendo regular, tendo uma dessas vezes o A, urgentemente, precisado de
uma intervenção médica, pela gravidade das lesões que sofrera.

IV

Além das agressões, fundamentou a separação de facto a situação em que se encontraram as


partes em, em que o A flagrou a R envolvendo-se sexualmente com outro indivíduo vizinho.

V
O flagra referido no artigo antecedente da presente peça teve o testemunho dos vizinhos mais
próximos da casa onde residiam as partes.

DO DIREITO:

VI

Ao consumir excessivamente bebida alcoólicas e agredir fisicamente o A., a R. torna


insuportável a comunhão de habitação, violando, assim, o nº1 do art. 100 da lei da família
que impõe o dever de comunhão de cama, mesa e habitação aos cônjuges.

VII

Nos termos da al. a) do nº 2 do art. 100 da lei de família, é fundamento bastante para que o
cônjuge abandonar a residência conjugal o facto de haver maus tratos inflingidos pelo
cônjuge ou que este tenha vida indigna, o que se verifica no comportamento das R.

VIII

Nos termos do da última parte do o nº1 do art. 97 da lei de família, constiutui um dos deveres
do cônjuge a fidelidade.

IX

A violência doméstica, o adultério, constituem fundamentos bastantes para fazer seguir a


presente acção de divórcio litigioso, ao abrigo do art. 186 n° 1 al a) e b) aplicável pela
remissão dada pelo art. 200 n° 5 da lei da família.

Houve tentativa de reconciliação familiar, sendo todas frustradas, pois, o réu sempre
continuou com o seu comportamento violento e desonroso, não existindo, assim,
possibilidade de manutenção dessa relação conjugal – art. 187 n° 1 da lei da família.

DO PEDIDO:

O autor, pede que a presente acção seja julgada procedente e em consequência:

a) Ser declarado dissolvido o casamento celebrado entre A. e R.;


b) Ser a R. declarada a única e exclusiva culpada pela dissolução do casamento, com todos
os efeitos legais.

Valor da acção: 30.000.00mts (Trinta mil meticais).

Junta: Procuração forense, 1 documento (certidão de registo do casamento), duplicados


legais.

Testemunhas:

- Filipe Jeremias Nhauche, casado, residente no bairro Khongolote, contacável por


87453642536

- Marcelo Dionísio Muzila, solteiro, residente no bairro Khongolote, encanador, contactável


por 87438464946

Maputo, aos 12 de maio de 2023

O mandatário

(wilson Moisés Sitoe)

C.P. nº 20201574

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