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Entrevista A Senhora Delça e A Senhora Rosa
Entrevista A Senhora Delça e A Senhora Rosa
Pergunta 2: poderia nos dizer como foi feito o processo de expropriação das casas,
particularmente da tua?
R: Sim, a nossa retirada foi feita da seguinte forma, veio o responsável pelo projeto explicou nos
que estava se para construir uma estrada e que a mesma ia passar das nossas casas e que por
conta disso teríamos que sair daquela zona para uma outra, neste caso chiahango, e após a isso
começaram a fazer a avalição das nossas casas para posterior indemnização.
Pergunta 3: quanto recebeu de indemnização, ficou satisfeito com o valor que recebeu tendo em
conta o espaço que tinha no antigo bairro e o que lhe foi atribuído?
R: Sinceramente não fiquei nada satisfeita com a indemnização, primeiro porque no antigo bairro
eu tinha um espaço de 50x20 em que além de ter minha casa tinha também a minha pequena
machamba em que conseguia ter minhas culturas para alimentação, mas já aqui onde estamos o
espaço que tenho e pequeno demais, isso nem chega 30x15, acho que e 27x12, segundo porque o
valor que me foi dado foi de 380 mil meticais para uma casa de 2 quartos e sala e uma varanda
na minha opinião não equivale a casa que tinha sem contar as arvores que eu tinha, que aquando
da avaliação da casa foram registadas no sentido de que iam me reembolsar por elas também, por
conta de desses motivos quase chorei quando chegamos aqui, mas já não havia nada para fazer
so podíamos aceitar.
Pergunta 4: achas que avaliações foram claras e iguais para todos, no sentido de que todos
compartilham do mesmo sentimento de desapontamento?
R: Na sua maioria sim, mas houveram pessoas que saíram felizes com a remoção porque
ganharam mais que a casa valia, mas quanto aos terrenos atribuídos todos ganharam espaços
muito pequenos comparados com os que tinham antes.
Pergunta 4: Houve uma irregularidade na questão dos próprios terrenos aquando das atribuições?
Sim, houve o caso de atribuição do mesmo terreno para duas pessoas, eu próprio passei por isso,
o espaço em que estou tinha sido atribuído a me e ao mesmo tempo a uma outra pessoa, e para
poder ficar com espaço tive que andar atrás do processo com as entidades locais e como ve
provei que sou “proprietária do espaço”. Mas o mesmo não aconteceu no terreno vizinho em que
duas pessoas foram atribuídas o mesmo espaço e por não haver solução, dividiram o espaço ao
meio.