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Faculdade de Direito
Direito dos Registos e Notariado
I Teste
Grupo I: 7 Valores
Nome Completo: António Bernardo Fanuel Maganda Mumbissane Fabião Cunha Muianga.
Correcção: António Bernardo (nomes próprio) Munguambe (apelido). Pode se ter também a
opção de Bruna Munguambe (apelidos). Números 1 e 3 do artigo 129 CRC. Os apelidos devem
se associar à filiação e no caso vertente só temos a maternidade. Se alguém optasse em
suprir a omissão da paternidade devia explicar o mecanismo de estabelecimento da
paternidade aplicável aos dados fornecidos.
Sexo: masculino.
Residência: Pemba
Pai……………………………………………………………………………………
Avós paternos……………………………………………………………………………………
Este assento foi lavrado com base em declaração da Elisa Munguambe, irmã da Bruna
Munguambe, residente em Chokwe que assina comigo conservador
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Legitimidade da declarante incorrecta. O nascimento ocorreu há mais de um ano aplicando-se
o número 1 do artigo 124 CRC: ele próprio por ser maior de 14 anos ou outras pessoas nos
termos ai previstos.
Assento: 40/2014
No dia três de Março de dois mil e catorze, nesta conservatória, perante mim Manuel Didier
Malunga, conservador, compareceu João Pedro Malume, casado com Rita Pedro Malume e
declarou que, da sua livre vontade, reconhece como seu filho Adriano Paulo, de 9 anos, natural
de Pemba onde reside.
O assento de nascimento do Adriano Pedro já havia sido lavrado em 2008 por declaração da
Josefina Matola, irmã da mãe Lúcia Matola, falecida seis meses após o nascimento do Adriano.
O Conservador do Registo Civil da Maxixe estabeleceu, na altura, a maternidade da mãe
mediante declaração da mãe constante de um requerimento feito em vida, dirigido a
Conservatória com reconhecimento presencial da assinatura perante o Notário.
Quanto à legitimidade para declarar o nascimento: número do citado artigo 124 pois em 2008
o filho tinha 6 anos. Quanto à maternidade, o documento apresentado não foi o legal pois as
regras de estabelecimento da maternidade não prevêem aquela via.
No caso vertente poderia seguir pela investigação da maternidade nos termos previstos nos
artigos 224 e seguintes da Lei da Família.
Temos uma perfilhação antes de registo de nascimento. Esta situação deve ser corrigida pois
a perfilhação só pode ser feita averbada após o registo de nascimento do filho. O conservador
recebeu certamente um testamento após a morte do progenitor e recebeu um outro
testamento revogatório. Este aspecto é que tem interesse pois o artigo 266 da Lei da Família
preconiza a irrevogabilidade da perfilhação mesmo quando se revogue o testamento.
Conclui-se que com a entrada do registo em 2008, estampa-se a perfilhação já feita.
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Maxixe, 3/3/14
Boa sorte
M. Setembro de 14
M. Didier Malunga