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RESPOSTA: De acordo com o Artigo 1600º do Código Civil, “Têm capacidade para
contrair casamento todos aqueles em quem se não verifique algum dos impedimentos
matrimoniais previstos na lei.” Neste caso, estamos perante um impedimento dirimente
absoluto, previsto no artigo 1601, dada a falta de idade núbil da nubente Amália (que só
tem 15 anos). Esta situação não pode ser autorizada pelos pais, somente quando maiores
de 16 anos (art.º 1612). Desta forma, o casamento em questão é anulável, à luz do artigo
1631 alínea a). No entanto, partindo do princípio de que em fevereiro de 2020, Amália
já era maior de idade, esta pode validar o casamento e sanar a anulabilidade do mesmo,
como disposto no artigo 1633º, alínea a), sendo que os dois requisitos são já ser maior
de idade, e ir ao notário com, no mínimo, 2 testemunhas. Sendo que Amália cumpre os
requisitos, o casamento passa a ser válido e não mais anulável. Assim sendo, mesmo
que Carlota, sendo tia e, portanto, parente colateral em 3º grau de Bernardo, tenha
legitimidade para pedir a anulação do casamento (artigo 1639º nº1), não o poderia fazer
porque a) este foi confirmado, e b) não o poderia fazer de toda a forma já que, de acordo
com o artigo 1643 alínea a) só o poderia fazer até Amália atingir a maioridade.
RESPOSTA: De acordo com o artigo 1781 alínea b), atendendo à alteração das
faculdades mentais de Afonso, Benedita tem fundamentos para iniciar o processo de
divórcio litigioso e pelo artigo 1783 nº 1 2ª parte verificamos que ela tem legitimidade
para tal. Através do artigo 1788º concluímos que “O divórcio dissolve o casamento e
tem juridicamente os mesmos efeitos da dissolução por morte, salvas as exceções
consagradas na lei.”
Recuando um pouco, através do 1584º, verificamos que Benedita e Cristóvão têm uma
relação de afinidade, em 1º grau, como definido pelos artigos 1580º e 1585º. Desta
forma, a princípio, e atendendo ao disposto nos artigos 1600º e 1602º alínea d), o
casamento de Benedita e Cristóvão seria anulável por um impedimento dirimente
relativo. No entanto, o artigo 1585º especifica que os laços de afinidade não cessam
com a morte, no entanto eles cessam sim com o divórcio, sendo uma das exceções do
artigo 1788º. Em conclusão, à data do casamento de Benedita e Cristóvão, como
Benedita e Afonso estavam já divorciados, não existe esse impedimento dirimente
relativo e então o casamento é válido.