Codificação do Direito, Escola Histórica e da Exegese e Positivismo Jurídico
Prof. Dr. Thiago Rodrigues Pereira trodrigues@autonoma.pt
❖ Escola Histórica do Direito por C. F. von Savigny
▪ Individualidade e Variedade do Homem;
▪ Irracionalidade das Forças Históricas; ▪ Pessimismo Antropológico; ▪ Amor pelo Passado; ▪ Sentido da Tradição (Volksgeist)
Prof. Dr. Thiago Rodrigues Pereira trodrigues@autonoma.pt
❖ O Iluminismo e o Código Civil Napoleônico
Prof. Dr. Thiago Rodrigues Pereira trodrigues@autonoma.pt
❖ Escola da Exegese
▪ Inversões das posições tradicionais entre direito positivo e natural;
▪ Concepção rigidamente estatal do Direito; ▪ Interpretação da lei fundada na intenção do legislador*; ▪ Identificação do Direito com a lei; ▪ Respeito pelo princípio da autoridade. ▪ OBS: Difere da interpretação com base na “vontade da lei” Prof. Dr. Thiago Rodrigues Pereira trodrigues@autonoma.pt ❖ O(s) Positivismo(s) Jurídico(s) ▪ Ideológico - “o direito positivo possui força obrigatória, devendo ser por todo obedecido e aplicado pelos juízes, independentemente de um ‘julgamento’ acerca dos escrúpulos morais que o envolvem. Vale dizer, deve ser observado ou aplicado pelo simples fato de ser direito, sendo indiferente o seu conteúdo. (...) é identificado nas versões juspositivistas do séc. XIX, que denomino como positivismo primevo ou primitivo, na escola da Exegese. Neste contexto, lei e direito tornam-se a mesma realidade e a jurisdição é considerada uma atividade mecânica de aplicação legislativa”.(Lenio Streck, Lições de Crítica Hermenêutica do Direito) Prof. Dr. Thiago Rodrigues Pereira trodrigues@autonoma.pt ❖ O(s) Positivismo(s) Jurídico(s) ▪ Teórico - “Trata-se da estrutura do ordenamento jurídico e do arcabouço teórico para sua compreensão. Como exemplo (...) a concepção legislativa, coativa e imperativa do direito bem como a ideia de coerência e completude do sistema. No que diz respeito às fontes, o direito seria formado de forma exclusiva e predominantemente por preceitos legislativos, (...) também participa do horizonte positivista do século XIX. Segundo essa corrente, que o direito é confundido com a lei, enquanto fonte formal emanada por um poder legislativo. Texto igual a norma (...).Todavia, Bobbio diferencia o positivismo enquanto teoria daquele de matiz ideológica, em virtude de que o apego à lei não seria um comando de ordem moral, mas sim, de natureza meramente teórica: trata-se de um imperativo do dedutivismo conceitual.” (Lenio Streck, idem) Prof. Dr. Thiago Rodrigues Pereira trodrigues@autonoma.pt ❖ O(s) Positivismo(s) Jurídico(s) ▪ Metodológico - “O direito não deve ser caracterizado de acordo com propriedades valorativas, mas, sim conforme propriedades descritivas. As proposições utilizadas pelos juristas para descrever o direito não implicam em juízos valorativos. Ao contrário, elas estão fundamentadas apenas em critérios de verificação observáveis empiricamente. (Lenio Streck, idem) Por essa vertente, pode o juiz decidir em alguns casos mesmo que inexista uma previsão legal unívoca, podendo inclusive deixar de aplicar uma lei se a considerar moralmente injusta, sem que isso represente qualquer problema em termos teóricos. Essa discricionariedade judicial não seria um problema, mas uma constatação observável empiricamente. Essa seria uma contestação teoricamente neutra, a forma como se resolve determinados problemas. Prof. Dr. Thiago Rodrigues Pereira trodrigues@autonoma.pt ❖ Em qual positivismo Hans Kelsen estaria? ▪ Kelsen, diferente da maiorias do que seus críticos afirmam, justamente por não ter sido bem compreendido (ou lido), ele não estaria no ideológico, mas no metodológico! Dentro de sua teoria havia espaço para decisões discricionárias, e isso era perfeitamente admitido por Kelsen, como sendo algo inevitável. E partir do seu pensamento que nascerem teses como a livre apreciação da prova, livre convencimento do juiz, decisão conforme a consciência do julgador. Falta a essa teoria uma obrigação do juiz ter que decidir segundo um padrão normativo prévio. Prof. Dr. Thiago Rodrigues Pereira trodrigues@autonoma.pt