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2º aula- 30/09/2022
Contactos da professora: notaria@sofiahenriques.pt/ 913036091
ANO2SUBTURMA@AFDL.PT – e-mail da subturma
P M
I A
S B
N C
Caso 1
Daniel contraiu casamento, em Maio de 2000, com Eduarda, viúva de
seu irmão uterino, Guilherme.
Dois anos depois, Eduarda falece e, em Junho de 2002, Daniel
contraiu novo casamento com Hermengarda, filha do anterior
casamento de Eduarda.
Em março de 2004, Daniel sofre um acidente de viação que lhe é
fatal.
Em agosto de 2005, Hermengarda vem a contrair novo casamento
com Ivo, seu antigo namorado
1. Aprecie as relações de parentesco e afinidade e seus efeitos em
sede de impedimentos matrimoniais.
2. Imagine que Ivo é filho do anterior casamento de Daniel com
Eduarda- parentesco da linha colateral em 2º grau (artigo 1602
c)- não podem casar
3. Imagine agora que Ivo é filho de um anterior casamento de
Daniel (anterior ao seu casamento com Eduarda).
Irmão uterino- aquele que é filho só da mesma mãe.
Afinidade linha colateral em 1º grau não existe
D E
H I
d-e- casados- linha colateral em 2º grau- podem casar (relação de
afinidade mantem-se)
e-h parentesco em linha reta 1º grau
d e h- afinidade em linha reta 1º grau
i e h- afinidade em linha reta em 1º grau
tio D não pode receber da sobrinha- há impedimento, a sanção é do
1640/2
Daniel e contraiu casamento com Eduarda (víuva de seu irmão
uterino Guilherme). O casamento é definido como o “contrato
celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família
mediante uma plena comunhão de vida”- artigo 1577º do CC.
O casamento caracteriza-se pela contratualidade, pela assunção do
compromisso reciproco de plena comunhão de vida, pela
pessoalidade e pela solenidade.
Não obstante a fixação injuntiva dos efeitos essenciais do casamento
(arts. 1618, 1698, 16999, as partes gozam de alguma margem de
autonomia; podem decidir quando e com quem querem casar: ou
seja, tal como está disposto no , artigo 1600 do CC “Têm capacidade
para contrair casamentos todos aqueles em que não se verifique
algum dos impedimentos previstos na lei.
Impedimentos matrimoniais são circunstâncias que de qualquer
modo obstam à realização do casamento. Estas proibições de casar
estão sujeitas a um princípio de tipicidade: são apenas as que se
encontram previstas na lei (art. 1600). Havendo impedimentos
matrimoniais, o casamento não deve ser realizado. Se, apesar disso,
vier a ser celebrado, a não observância das regras sobre
impedimentos pode determinar a anulabilidade do ato, tal como está
disposto no artigo 1631/a
Caso 21
Em Janeiro de 1995, Ana, de 15 anos, e Bernardo, de 19 anos,
casaram civilmente sem consentimento dos pais, Ana era filha de
Manuela, e Bernardo tinha sido adotado plenamente por Daniela e
Carlos.
O casamento não correu bem e o divórcio foi decretado em Julho de
1998.
Em Março de 1999, Bernardo casou com Eva, perante um pároco,
sem ter corrido previamente o processo preliminar de publicações,
visto que Eva esta em iminência de morte. Eva melhorou da sua
doença, julgavam erradamente ser incurável e fatal e doou a
Bernardo o seu apartamento no Algarve.
Em abril de 1999, descobriram que Eva era a filha biológica de Carlos,
sem contudo estar estabelecida a paternidade.
O Conservador do Registo Civil recusou-se a transcrever o
casamento.
Uns dias depois do casamento, Eva descobriu que Bernardo é
impotente.
Em Maio de 2000, Fernanda, que há muitos anos queria casar com
Bernardo, aproveitando a ocasião de este estar a ser ameaçado pelos
seus credores, propôs-lhe novamente casamento, declarando que
após o mesmo lhe faria uma doação no valor das suas dívidas. Sem
outra solução, Bernardo aceitou e casaram em julho de 2000.
Resposta da professora
IMPEDIMENTO ENTRE FERNANDA E BERNARDO- artigo 1601 c)- o
casamento anterior não dissolvido, católico ou civil, ainda que o
respetivo assento não tenha sido lavrado no registo do estado civil
não tendo o casamento anterior de Bernardo e Eva sido dissolvido,
constitui um impedimento dirimente absoluto Bernardo e Fernanda
contraírem matrimonio- não pode estar casado com duas pessoas ao
mesmo tempo- uma vez que o casamento foi celebrado, gera
anulabilidade (casamento anulável produz efeitos)- segundo o artigo
1631 a)- têm legitimidade para intentar a ação de anulação fundada
em impedimento dirimente ou prosseguir para ela- os cônjuges
(Fernanda e bernardo), qualquer parente deles na linha reta (Daniela
E Carlos) , o Ministério Público e Eva (primeiro cônjuge do infrator- n
o caso de bigamia)- artigo 1639/1
Artigo 1643 c)
Artigo 1633 alínea c)
180 dias
14/10/2022
Artigo 1618- artigo importante- proíbe
Artigo 1792- todas as doações que ocorreram entre casados,
caducam com o divorcio
Artigo 1760- doações para casamento
Artigo 1766- doação entre casado
Caso 9
Nuno e Matilde conheceram-se numa viagem a Paris e, no cimo da
Torre Eiffel, trocaram juras de amor eterno. Após uma semana de
intenso romance, regressaram a Portugal e, no aeroporto, Nuno
pediu Matilde em casamento, tendo esta logo aceite.
Nesse momento, combinaram que casariam no dia seguinte a
Matilde defender a tese de mestrado que se encontrava a preparar.
Nuno organizaria, entretanto, todos os preparativos do casamento.
E assim aconteceu. Nuno encomendou o copo de água, sinalizando o
negócio com 2. 500 euros e reservou a lua-de-mel, tendo pago para
tal 2.000 euros.
Matilde escolheu Sónia, a sua colega de viagem a Paris, para
madrinha, a qual lhes ofereceu, como prenda de casamento, o
vestido de noiva, no valor de 1. 500 euros.
Nuno, na véspera da entrega da tese, ofereceu a Matilde um anel de
noivado de diamantes, no valor de 4.000 euros.
No período entre a entrega da tese e a sua defesa, Matilde envolveu-
se amorosamente com o seu orientador, Óscar. As cenas românticas
entre os dois foram presenciadas por Nuno, quando decidiu fazer
uma surpresa a Matilde.
Nuno comunicou a todos os convidados que já não haverá
casamento.
Quid Juris?
Caso 26
Anastácia e Bernardino são casados no regime da comunhão de
adquiridos, e Anastácia recebe, por doação, uma jarra chinesa, que
coloca na sala. Algum tempo depois, Anastácia decide vendê-la.
1. Quid júris?
2. E se Anastácia tivesse comprado a jarra e mais tarde a doasse à
sua amiga, Claúdia?
Caso 27
Carlos e Dora casaram em 1994. Carlos é, desde 1990, titular de uma
empresa, cujo objeto de atividade é a compra de imóveis para
revenda.
No âmbito dessa atividade, Carlos adquire uma vivenda em Sintra,
que agora pretende vender a um cliente da sua empresa. Dora,
interessada naquela vivenda para sua residência, diz que não autoriza
essa venda.
1. Quid iuris?
Carlos e Dora casaram em 1994. O casamento constitui uma relação
jurídica familiar (art. 1576º) e é possível defini-lo como “um contrato
celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família
mediante uma plena comunhão de vida” (art. 1577º do CC).
Decreto lei- 272/2001 13 de outubro- mas tem alterações de 2019 (Diário da Republica
eletrónico)º
Artigo 1691- (dividas que responsabilizam ambos os cônjuges) tem de ser conjugado com o art.
1695º (bens que correspondem por essa dívida)
O artigo 1692º deve ser remetido para o art. 1696º
Dividas não tem a haver com quem as contrai no casamento- o casal é um só para pagar as
dívidas- ónus da prova (se não quiser ser pago em conjunto tem de ser provado o ónus da
prova). dividas foram contraídas na constancia do matrimónio
Artigo- 1726 – o bem vai assumir a maior das prestações (se for bem comum ou próprio)
Artigo 1723- alínea c): mais acórdão de unificação de jurisprudência do STJ- 12/2015-
importante para as orais
Artigo 1724- alínea b
Artigo 1727- artigo mais prático, não tem tanto relevância teórica, nem na faculdade
IGNORA ISTO LEO- a professora leu um caso em voz alta e foi isto que eu apanhei, mas está
uma confusão e não tenho o enunciado
Estabelecimento da filiação-
E casou-se com F
Mabito de natureza, criminal Fernado maus tratos- proibiçãi de contacto
Afastamento de casa de família durante 1 ano e meio