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2ª questão
Direito Penal Comum
Valor: 5 pontos
O crime tipificado no artigo 342 do Código Penal admite pluralidade subjetiva ativa?
3ª questão
4ª questão
5ª questão
6ª questão
Direito Processual Penal
Valor: 5 pontos
Antonio e Manoel respondem a ação penal por infração ao art. 155, § 4°, inciso IV do Código
Penal, tendo o fato criminoso que ensejou a acusação ocorrido no Rio de Janeiro, no dia
9.11.91. O processo tem seu curso regular, culminando com a absolvição dos réus. Ciente da
sentença, o Ministério Público, mediante petição, apela, tempestivamente, contra a mesma,
fazendo-o em recurso amplo, uma vez que insurgiu-se contra a absolvição de ambos os
acusados. No entanto, ao ofertar suas razões de apelante, a Promotoria de Justiça vem a
postular, somente, a condenação de Antonio, conformando-se com a absolvição de Manoel.
Podia fazê-lo?
RESPOSTA OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA.
7ª questão
Direito Processual Penal
Valor: 5 pontos
Qual a natureza jurídica da atribuição do órgãode atuação do ministe'rio Público no processo
penal?
Quais as consequências práticas, para o processo penal, da atuação do órgão de execução do
Ministério Público destituído de atribuição?
RESPOSTAS OBJETIVAMENTE JUSTIFICADAS.
11ª questão
Direito Processual Civil
Valor: 5 pontos
Existe conexão entre a ação de alimentos da Lei n° 5.478/68 e a ação revisional, de modificação
ou de exoneração? E entre a ação de separação judicial e o pedido de conversão em divórcio?
RESPOSTA OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA.
12ª questão
Direito Processual Civil
Valor: 5 pontos
Perante o juízo de família, SINFRÔNIO, menor impúbere, intentou ação de investigação de
paternidade em face de TÍCIO, convolada em ação de alimentos, em segredo de justiça, com
base na legislação pertinente, porque casado o réu ao tempo da concepção, que foi julgada
procedente e confirmada em grau de apelação. Em face de ter falecido o réu-alimentante no
curso do processo do recurso, de que decorreria o reconhecimento pleno iure da paternidade
incipiente investigada, o órgão do Tribunal de Justiça facultou aos herdeiros de Tício a ação
tendente a impugná-la.
OPINE, COMO MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, SOBRE O CABIMENTO, OU
NÃO, DESTA AÇÃO, INDICANDO, SE FOR O CASO, O SEU FUNDAMENTO LEGAL
RESPOSTA OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA.
14ª questão
Direito Comercial
Valor: 5 pontos
"A" e "B" constituiram regularmente uma sociedade de corretagem, com contrato devidamente
registrado.
No interesse e em nome da sociedade, "A" e "B" emitiram uma nota promissória em favor de
"C".
Vencido o título e não tendo sido pago, foi levado a protesto e, em razão disso, "C" requereu a
falência da sociedade.
Citada, a sociedade não apresentou defesa e nem efetuou depósito da quantia correspondente ao
crédito reclamado.
Os autos foram com vista ao representante do Ministério Público.
Como opinaria?
RESPOSTA OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA.
2ª FASE - 1995
Raimundo, servente de pedreiro, após exaustivo dia de trabalho, encontra Valdo, seu antigo
desafeto, na subida do morro. Este, aos gritos, lhe dá um ultimatum: deverá abandonar a favela
com sua família, no dia seguinte. Acrescenta, às gargalhadas, que a casa de Raimundo já fora
por ele próprio, Valdo, incendiada naquela tarde. Encolerizado, após constatar a destruição total
de seu barraco, e de todos os seus pertences, Raimundo leva mulher e filhos para a casa de
vizinhos e sai à procura de Valdo. Avistando-o nas proximidades do bar, esgueira-se entre o
casario, e salta a sua frente, rasgando-lhe o ventre com a peixeira, sobrevindo, quase de
imediato, a morte. Pronunciado, recorre, postulando a supressão das qualificadoras reconhecidas
e a desclassificação do crime para o tipo privilegiado. A pretensão recursal deve prosperar?
Hilton e seu irmão Cleilton resolveram cortar de seu quintal um enorme pinheiro que obstava
futura construção. Para tanto, providenciaram pesada serra, que ambos passaram a manejar
desajeitadamente. Em determinado momento, a árvore tombou, vindo a cair sobre o terreno
vizinho, e atingindo gravemente a Jair, criança que ali brincava. Assustados, Hilton e Cleilton
apressaram-se a deixar o local, no automóvel de seu pai Antonio, a quem relataram,
resumidamente, o ocorrido. Este, então, após constatar a gravidade dos ferimentos do menor,
decidiu também afastar-se de casa para evitar o constrangimento da situação. Quando,
finalmente, a mãe de Jair veio a socorrê-lo já não havia mais condições de salvação para a
criança.
José é processado e condenado a 06 (seis) anos de reclusão pelo I Tribunal do Júri da Comarca
da Capital (Rio de Janeiro) por violação do artigo 121 do Código Penal. Apela, com
fundamento no artigo 593, III, "d" do Código de Processo Penal, para o Tribunal de Justiça do
Estado do Rio de Janeiro, onde, na 3ª Câmara Criminal, seu recurso vem a ser desprovido por
unanimidade de votos. A decisão transita em julgado. Posteriormente, o condenado, por seu
defensor constituído, requer, perante a Seção Criminal do mesmo Tribunal, revisão criminal,
juntando, então, novas e evidentes provas de sua inocência.
Pergunta-se:
Como deve proceder o Tribunal desde que entenda procedente o pedido revisional?
Caio, interdito, proprietário de um apartamento e de uma grande casa, requereu por seu pai e
curador autorização judicial para venda da casa à empresa imobiliária que apresentara boa
proposta de compra, tendo em vista não só o preço oferecido, mas também os altos custos de
manutenção do referido imóvel. Esclareceu o requerente que o produto da venda seria aplicado
em caderneta de poupança cujo rendimento seria empregado na conservação do apartamento,
utilizado como residência, e no custeio de despesas pessoais. Opine.
Marcos e Marcelo herdaram de seu pai extensa área de terras. Ao promoverem o reparo e
colocação de cercas na propriedade, constataram que parte dela havia sido cortada por estrada
de rodagem estadual. Marcos e Marcelo moveram ação contra o órgão responsável pela
construção da estrada, pedindo indenização não só pela área que passou a constituir o leito da
estrada, como também pela parte que restou apartada da propriedade em razão do traçado da
rodovia e que, por tal motivo, tornou-se imprestável aos fins econômicos da propriedade. O
órgão estadual contestou, alegando não terem Marcos e Marcelo direito a qualquer indenização,
visto que o formal de partilha, que apresentaram como prova de sua propriedade, não estava
registrado no Cartório do Registro de Imóveis, não cabendo, por outro lado, indenização senão
pela área ocupada pela estrada. Opine.
Encerrada execução por quantia certa fundada em título extrajudicial, com a satisfação do
crédito exeqüendo pela entrega de dinheiro, pode proveitosamente pretender o executado, que
não ofereceu embargos à execução, reaver a importância recebida pelo exeqüente, mediante
alegação e prova de ser nulo o ato em que se baseou a execução?
a) a restituição, em dinheiro, referente a bens vendidos ao falido nos quinze dias anteriores ao
requerimento de falência, se faz antes do pagamento dos encargos da massa?
Marido e mulher, casados pelo regime da comunhão universal de bens, são titulares de conta
conjunta em um estabelecimento bancário. Emitido um cheque pelo marido, sem suficiente
provisão de fundos, pode o credor ajuizar execução contra a mulher alegando sua
responsabilidade solidária?
Trace paralelo entre o controle concentrado da constitucionalidade das leis e a ação declaratória
de constitucionalidade.
Pergunta-se:
José da Silva impetrou mandado de segurança em 20.03.95 contra ato do Exmo. Governador do
Estado que o demitiu do cargo de Agente Administrativo em 10.12.94. Requereu a concessão de
liminar pois o prejuízo que teria com seu afastamento do cargo seria enorme, haja vista que sua
família ficaria em situação de dificuldade, já que teria perdido sua única fonte de renda.
Pleiteou, ao final, sua reintegração no cargo de que fora demitido, na medida em que não se lhe
assegurou ampla defesa na órbita administrativa, uma vez que restaram indeferidas, no processo
administrativo disciplinar, sua representação por advogado e a oitiva de testemunhas sob o crivo
do contraditório. Requereu, ao ultimar a petição inicial, a condenação da autoridade impetrada,
na qualidade de pessoa física autora do ato ilegal, em custas e honorários advocatícios.
Pergunta-se:
c) O mandado de segurança foi ajuizado no prazo legal? Indique e justifique qual a natureza
deste prazo.
d) Qual o recurso ou a medida cabível contra decisão que concede a liminar? E contra a que
denega?
Que entende por cláusulas exorbitantes? Qual a sua natureza jurídica? Ofereça dois exemplos.
Comente-os.
João Luiz, Promotor de Justiça, exerceu, durante o mês de abril, em substituição ao Promotor
Titular, a Curadoria de Justiça junto à 5ª Vara de Família. No dia 30 de abril - que caiu numa
quinta-feira - foi aberta vista ao Ministério Público de um processo extremamente complexo
para opinamento final. João Luiz entendeu que não lhe cabia opinar na hipótese, até porque, no
dia 1º de maio, feriado nacional, iniciava-se o seu período de férias. Reassumindo a Curadoria,
o Promotor Titular discordou da posição de seu antecessor e suscitou dúvida de atribuição.
Formule parecer dirimindo a hipótese.
6ª questão: Princípios Institucionais do Ministério Público - Valor: 60 pontos
c) Atuando como fiscal da lei (custos legis) e antes da prolação da sentença, pode o órgão do
Ministério Público, no curso de uma ação civil pública, que tem por objeto a defesa de direitos
individuais homogêneos, celebrar compromisso de ajustamento de conduta mediante concessões
mútuas com a parte ré?
1ª FASE - 13/12/98
01) Enquanto Caio está assistindo a um filme em um dos cinemas da cidade, alguém alerta, aos
gritos, acerca da existência de fogo. Caio, assustado, não havendo contribuído para aquele fato,
nem podendo evitá-lo, sai em desabalada carreira e fere Tício gravemente. Descobre-se, porém,
que não existia incêndio. A respeito dessa situação hipotética, é correto afirmar que, com sua
conduta, Caio
a) assumiu o risco de produzir lesões em Tício e, por isso, deve responder a título de preterdolo.
b) agiu no exercício regular de um direito.
c) agiu em estado de necessidade putativo.
d) somente poderá responder pelas lesões que produziu em Tício a título de culpa.
02) Tibúrcio subtraiu para si coisa alheia móvel mediante violência contra a pessoa. Por se tratar
de réu primário, com bons antecedentes, maior de dezoito e menor de vinte e um anos de idade,
o juiz, atento aos ditames do art. 59 do Código Penal (CP), fixou a pena-base no mínimo legal
(quatro anos de reclusão), desconsiderando a atenuante da menoridade prevista no art. 65 do CP.
Com base na situação descrita, assinale a opção correta.
03) Quanto ao tempo de duração da execução de pena privativa de liberdade, assinale a opção
correta.
05) Acerca dos efeitos da sentença penal condenatória, assinale a opção correta.
a) Uma vez transitada em julgado, poderá o interessado pleitear a reparação do dano, por meio
de procedimento ordinário, no juízo civil.
b) Nos crimes praticados por servidor público, com abuso de poder ou violação de dever para
com a administração pública, se aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou
superior a um ano, a condenação acarretará, automaticamente, a perda do cargo ou da função
pública.
c) O pai que praticar crime contra o filho menor somente ficará sujeito à perda do pátrio poder
se o crime for, concomitantemente, doloso e sujeito a pena de reclusão.
d) Por expressa vedação constitucional, a sentença penal condenatória não pode gerar confisco
de qualquer natureza.
a) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Mas esse
princípio não se aplica às contravenções penais.
b) A lei excepcional e a lei temporária são aplicáveis aos fatos ocorridos após a sua revogação,
ainda que isso resulte em situação mais gravosa para o réu.
c) A aplicação da lei penal no espaço rege-se, exclusivamente, pelo princípio da territorialidade.
d) Aplica-se aos crimes hediondos o princípio da anterioridade.
a) Ao definir o tempo do crime, a lei penal brasileira adotou a teoria mista, decorrente da
conciliação da teoria da atividade com a teoria do resultado.
b) A pena cumprida no exterior, qualquer que seja a sua espécie ou duração, impede a execução
da pena a ser cumprida no Brasil pelo mesmo fato.
c) A contagem do prazo na lei penal brasileira se faz com a inclusão do dia do começo,
contando-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum, que é o essênio.
d) Ao definir o lugar do crime, a lei brasileira adotou a teoria da ubiqüidade.
I - Tanto a desistência voluntária quanto o arrependimento eficaz precisam ser voluntários, mas
não necessitam ser espontâneos.
II - No crime de roubo, desde que não resulte lesão corporal de natureza grave à vítima, se for
reparado o dano ou restituída a coisa até o recebimento da denúncia por ato voluntário do agente
a pena será reduzida de um a dois terços.
III - Se a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a consumação do crime, está-se
diante do crime impossível.
IV - O preterdolo é a única hipótese de responsabilidade penal objetiva acatada pela lei penal
brasileira.
a) I e III
b) II e IV
c) I, II e III
d) I, III e IV.
I - Ao prescrever que o erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo,
mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei, o CP abrange o erro de tipo
essencial, mas não o erro de tipo acidental.
II - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, enquanto o erro
sobre a ilicitude do fato exclui a culpabilidade.
III - O ordenamento jurídico deve ser, necessariamente, um conjunto de normas harmônicas,
não se compreendendo que possa, em seu íntimo, apresentar dissonâncias. O ilícito penal não é
constitutivo, mas, simplesmente, complementar; de forma que a conduta considerada lícita em
qualquer campo jurídico terá também licitude na esfera penal. Isso pode ser indicado como
fundamento da excludente de ilicitude do exercício regular de direito.
IV - Uma diferença entre o estado de necessidade e a legítima defesa reside em que, na legítima
defesa, há reação contra agressão; no estado de necessidade, existe ação em razão de um perigo
e não de uma agressão; acresce-se, ainda, que, na legítima defesa, pressupõe-se uma agressão
humana e, no estado de necessidade, não.
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
11) O rapto violento ou mediante fraude, previsto no art. 219 do CP, é crime contra os
costumes. Para que haja sua consumação, faz-se necessário que
a) haja a prática efetiva de ato libidinoso com a mulher honesta, que é a finalidade última do
agente.
b) haja, tão-somente, a subtração da mulher honesta, nada importando que se a afaste de sua
esfera de proteção legal.
c) a mulher honesta seja arrebatada para fora de sua órbita normal de vida, de modo a recair sob
o poder do agente.
d) a ofendida permaneça por longo lapso de tempo à mercê do agente, ainda que não afastada da
sua órbita normal de vida.
12) Dois indivíduos, previamente ajustados, saem de um supermercado, com mercadorias, sem
passar pelo caixa, vindo um deles a ser preso em flagrante no estacionamento do supermercado,
com parte das mercadorias, enquanto seu comparsa consegue fugir com o restante das
mercadorias. Com relação à situação apresentada, é correto afirmar que o indivíduo preso em
flagrante
a) responderá por furto tentado.
b) responderá por furto consumado.
c) responderá por furto privilegiado.
d) não responderá por qualquer ilícito, pois a hipótese configura crime impossível.
a) O crime de estelionato, que pressupõe conduta fraudulenta do agente com o fim de obtenção
de vantagem ilícita, tem por objetividade jurídica a fé pública.
b) Configura crime de estelionato o descumprimento de contrato, quando o pagamento da obra
ou do serviço se dá de forma antecipada, o que faz presumir a má-fé do contratado, se este não
executa o serviço no prazo avençado.
c) A emissão de cheque sem a pertinente provisão de fundos configura, em qualquer hipótese,
crime.
d) O crime de estelionato, quando na modalidade de fraude no pagamento por meio de cheque,
consuma-se no momento e local em que o banco sacado recusa o seu pagamento.
a) Se o sujeito, mediante violência ou grave ameaça, pretende que a vítima realize determinado
comportamento para que dela obtenha vantagem econômica devida, estará incidindo no crime
de extorsão dita comum ou in genere.
b) A extorsão mediante seqüestro consuma-se com a privação da liberdade de locomoção da
vítima por espaço de tempo juridicamente relevante, sendo de todo despiciendo que o agente
obtenha, efetivamente, a vantagem pretendida.
c) O crime de extorsão indireta admite a modalidade tentada.
d) A extorsão mediante seqüestro, simples ou qualificada, tentada ou consumada, é crime
hediondo, o que impede que o seu autor seja beneficiado com a anistia, a graça, o indulto, a
fiança ou a liberdade provisória.
a) O crime de exercício arbitrário das próprias razões é crime de forma livre, admitindo
qualquer meio de execução.
b) O crime de condescendência criminosa é omissivo próprio, sendo inadmissível a forma
tentada.
c) É indispensável à configuração do crime de desacato que o sujeito passivo secundário (o
funcionário público) sinta-se ofendido, menosprezado em sua função, com a conduta do sujeito
ativo ou que resulte abalado o prestígio ou a autoridade da função pública.
d) A agravante genérica da violação do dever funcional não incide na apenação do crime de
peculato.
a) I e III.
b) II e IV.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
a) I e III.
b) III e IV.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
I - Para que se consume o crime de abuso de incapazes, faz-se necessário, tão-somente, que o
sujeito passivo pratique ato suscetível de produzir efeito jurídico, em prejuízo próprio ou de
terceiro, sendo irrelevante que o sujeito ativo ou o terceiro obtenha o proveito visado.
II - É isento de pena o neto que comete crime de roubo contra o avô.
III - Somente o homem pode ser autor material ou intelectual do crime de estupro.
IV - A relação existente entre ato libidinoso e conjunção carnal pode ser estabelecida em uma
relação de gênero a espécie, sendo a conjunção carnal uma espécie do gênero ato libidinoso.
A quantidade de itens certos é igual a:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
a) Nos crimes contra o patrimônio, o inquérito policial só poderá ter início mediante
requerimento ou notitia criminis do ofendido ou de seu representante legal.
b) Mesmo com o advento da Constituição Federal (CF) de 1988, não há que se falar em
contraditório no curso do inquérito policial.
c) Em regra, não pode a autoridade policial arquivar autos de inquérito policial, mas poderá
fazê-lo, se ficar demonstrada, por prova cabal, a inexistência do crime.
d) É nulo o inquérito policial, se faltar a nomeação de curador ao réu maior de dezoito e menor
de vinte e um anos de idade.
a) São três as suas modalidades: flagrante próprio, flagrante impróprio e flagrante presumido,
sendo legais todas elas.
b) Não se admite a prisão em flagrante nos crimes sujeitos a ação penal privada.
c) Nos crimes permanentes, enquanto não cessada a permanência, não pode o agente ser preso
em flagrante delito.
d) É ilegal a prisão decorrente de flagrante esperado.
a) No processo penal, não dependem de prova os fatos afirmados pelo autor e confessados pelo
réu e aqueles admitidos no processo como incontroversos.
b) O ascendente e o descendente do acusado podem, em qualquer hipótese, recusar-se a depor.
c) Os fatos, ainda que axiomáticos, isto é, evidentes por si mesmos, precisam ser provados.
d) Pelo sistema da íntima convicção ou certeza moral do juiz, é livre a apreciação da prova e
prescindível a fundamentação da decisão que a acata ou refuta.
27) Caio foi denunciado perante a 1.a Vara Criminal de Brasília. A peça foi recebida pelo juiz
titular, que realizou o interrogatório do réu, presidindo a fase instrutória do processo. Encerrada
a instrução do feito, foi prolatada sentença condenatória pelo juiz substituto daquela Vara. De
acordo com a lei processual penal, assinale a opção correta.
a) A sentença é nula, porque foi prolatada por juiz que não presidiu a instrução do feito, em
desacordo com o princípio da identidade física do juiz.
b) A sentença é nula, porque viola o princípio do juiz natural.
c) A sentença é nula, porque ao juiz substituto é vedada a prolação de decisão definitiva ou
terminativa.
d) Não há nulidade na sentença, porque não se faz exigível a identidade física do juiz.
29) Quanto ao juiz, ao Ministério Público, ao acusado e ao seu defensor, assinale a opção
correta.
30) Ao receber uma denúncia por crime de furto lastreada em inquérito policial, o juiz entendeu
que os fatos apurados no procedimento inquisitório não configuravam o crime de furto, mas o
crime de roubo, razão pela qual recebeu a denúncia com a capitulação que entendia acertada. A
respeito desse caso, a decisão judicial foi
a) acertada, pois a denúncia expressa mero juízo provisório de culpa (lato sensu), cabendo, tanto
ao Ministério Público, no momento de ofertá-la, quanto ao juiz, no momento de recebê-la, a
correta adaptação legal da conduta delituosa.
b) incorreta, pois, verificando a inadequação da peça acusatória aos fatos apurados, cumpria-lhe
determinar a devolução dos autos ao Ministério Público para que este providenciasse denúncia
substitutiva.
c) correta, porém, se dela discordar o Ministério Público, poderá interpor recurso em sentido
estrito.
d) incorreta, pois não cabe ao juiz, ao receber a denúncia, atribuir-lhe nova classificação do
crime.
31) Tício foi preso em flagrante delito de tráfico ilícito de substância entorpecente. De acordo
com a legislação de regência, Tício
I - Tício está sendo processado pela prática de crime contra o patrimônio, tendo a denúncia
descrito, em ampla narrativa, crime de furto. No curso da instrução, a prova evidenciou a
ocorrência, na verdade, de crime de roubo e não de crime de furto. Nesse caso, poderá o juiz
proferir sentença sem a necessidade de aditamento da denúncia.
II - Na denúncia por crime de homicídio qualificado pela futilidade do motivo, basta que a peça
acusatória descreva o tipo do homicídio simples, sendo irrelevante, nesse momento, a descrição
dos fatos que qualificam o crime.
III - Caio e Tibúrcio foram condenados por lesões corporais de natureza grave, mas apenas Caio
recorreu da sentença condenatória. Nesse caso, se o Tribunal absolvê-lo com fundamento na
inexistência do fato-crime deverá estender os efeitos da decisão a Tibúrcio, sem necessidade de
que este o requeira e a despeito de a decisão já haver operado, quanto a ele, o trânsito em
julgado.
IV - É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não-argüida no recurso da
acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
I - O recurso em sentido estrito, que deverá sempre ser interposto no prazo de cinco dias, não
terá efeito suspensivo.
II - Se o réu é condenado por crime de homicídio qualificado a vinte anos de reclusão e a mais
oito anos de reclusão por crime de estupro conexo àquele, poderá apresentar protesto por novo
júri, mas, nesse caso o protesto não alcançará a decisão relativa ao crime de estupro.
III - Turíbio foi pronunciado por crime de homicídio simples na forma tentada cometido contra
Tiburtino. Transitada em julgado a decisão de pronúncia, Tiburtino veio a falecer em
conseqüência das lesões que Turíbio lhe impingiu. Nesse caso, ante a imutabilidade da decisão
de pronúncia, Turíbio deverá ser julgado por crime de homicídio simples na forma tentada.
IV - Os julgamentos do Tribunal do Júri só podem ser realizados com a presença do acusado em
plenário.
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
a) I e IV.
b) I, II e III.
c) I, II e IV.
d) II, III e IV.
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
36) Quanto à proteção da pessoa dos filhos menores, julgue os itens a seguir.
a) I e II.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.
a) O comodatário não poderá recobrar do comodante as despesas feitas com o uso da coisa
emprestada.
b) O testamento feito por incapaz é nulo, mas convalida-se pela cessação da causa de
incapacidade.
c) É proibido o testamento conjuntivo, porque é inadmissível o pacto sucessório no
ordenamento jurídico pátrio.
d) Não havendo descendentes ou ascendentes do de cujus, o companheiro, na união estável, na
ordem da vocação hereditária, tem preferência sobre os colaterais.
38) Acerca do regime da comunhão parcial de bens, julgue os itens que se seguem.
I - Pode ser adotado por ocasião da naturalização, pelo estrangeiro casado, observadas as
formalidades legais.
II - Pode ser adotado por pessoas que dependem, para se casar, de autorização judicial.
III - Exclui as obrigações provenientes de atos ilícitos.
IV - Comunicam-se os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e IV.
I - A falência pode ser requerida pelo credor com título de crédito não-vencido.
II - A sentença que declarar a falência fixará, necessariamente, seu termo legal.
III - O Ministério Público, com exclusividade, pode requerer a prisão do falido que deixar de
cumprir qualquer dos deveres impostos pela lei falimentar.
IV - O juízo universal da falência não exerce sua vis attractiva sobre o processo de execução de
dívida ativa da fazenda pública.
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
a) A sentença que declara a interdição deve ser inscrita no registro das pessoas naturais.
b) O tutor dirige a pessoa e administra os bens do menor que não incide no pátrio poder do pai
ou da mãe.
c) A nomeação de tutor pode ser feita por escritura pública.
d) O Ministério Público pode, em qualquer caso, promover a interdição.
a) não tem direito a usucapião a viúva do empregado que ocupava o imóvel por permissão do
patrão, proprietário do bem.
b) é irrelevante, para o usucapião extraordinário, a má-fé do possuidor.
c) as causas que impedem ou suspendem a prescrição se aplicam ao usucapião, mas não as
causas que a interrompem.
d) o usucapião ordinário de bens móveis se verifica em três anos.
42) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Código Civil, julgue os itens a
seguir.
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
44) A, solteira, conviveu por mais de cinco anos com B, casado, até que, em 1998, deu à luz um
filho de B, o qual a abandonou, para viver exclusivamente com a esposa, da qual nunca se
afastara. A convivência sempre fora oculta dos amigos dos conviventes. Representando o filho,
A propôs ação de investigação de paternidade, que foi julgada procedente e encontra-se em grau
de recurso. Em seguida, A ficou desempregada e ingressou com pedido de alimentos para ela e
para a criança. Assinale a opção correspondente ao posicionamento correto a ser adotado, como
Promotor de Justiça, no que tange aos alimentos.
a) Oficiar pelo deferimento de alimentos para mãe e filho, em face do permissivo da Lei n.º
9.278/96.
b) Oficiar pelo indeferimento de ambos os pedidos, porque as relações entre os conviventes
foram secretas e adulterinas, bem como porque a sentença que reconheceu a paternidade ainda
pode ser reformada.
c) Oficiar pelo deferimento apenas de alimentos provisionais, quanto ao filho, e pelo
indeferimento à ex-convivente, porque as relações entre os conviventes foram secretas e
adulterinas.
d) Oficiar pelo deferimento de alimentos definitivos ao filho e pelo indeferimento quanto a A,
porque as relações entre os ex-conviventes foram secretas e adulterinas.
a) Ao possuidor de má-fé é assegurado o direito de retenção da coisa principal, pelo valor das
benfeitorias necessárias.
b) O possuidor de boa-fé poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias úteis e
o direito ao levantamento das benfeitorias voluptuárias.
c) Ocorre a aquisição a título universal quando a transmissão da propriedade recai em um ou em
vários bens individualizados.
d) O direito do usufrutuário é real, temporário e transmissível.
a) A Lei de Introdução ao Código Civil não distingue a correção do erro, dentro da vacatio legis,
da correção na vigência da lei.
b) O nascituro não pode receber doação porque não adquiriu personalidade.
c) Ao pródigo não é permitido contrair matrimônio.
d) O ordenamento jurídico pátrio não abriga o instituto da restitutio in integrum.
a) proibição de contratar com a administração pública, pelo período de até três anos,
cancelamento de registro ou autorização e multa diária.
b) suspensão parcial ou total das atividades, destruição ou inutilização do produto e prisão
simples.
c) advertência, suspensão do registro, licença ou autorização, multa e detenção.
d) multa simples, prisão simples e perda de benefícios fiscais.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) II, III e IV.
I - Quando age em nome próprio, defendendo interesse alheio, a posição jurídica do Ministério
Público é a de substituto processual.
II - Quando age como parte, o Ministério Público tem o prazo em dobro para contestar.
III - O Ministério Público tem legitimação para propor ação rescisória de sentença, nos casos de
omissão de sua audiência, quando sua intervenção era obrigatória.
IV - Intervindo como custos legis, o Ministério Público não poderá recorrer, salvo quando
houver interesse de incapazes.
a) I e II.
b) II e III.
c) II e IV.
d) III e IV.
53) Para o exercício de suas atribuições, nos procedimentos de sua competência o Ministério
Público poderá
I - ter livre acesso a qualquer local público ou privado, respeitadas as normas constitucionais
pertinentes à inviolabilidade do domicílio.
II - requisitar condução coercitiva de testemunha, no caso de ausência injustificada.
III - presidir inquérito policial.
IV - realizar inspeções e diligências investigatórias.
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e IV.
a) Para que haja acolhimento da exceção de coisa julgada, devem concorrer entre as duas causas
a identidade das partes, o pedido e a causa de pedir.
b) A sentença faz coisa julgada sobre o pedido, mas não se circunscreve aos limites da lide.
c) Não faz coisa julgada a apreciação da prejudicial, decidida incidentemente no processo.
d) À coisa julgada nas ações de estado é atribuída a eficácia erga omnes.
I - É nula de pleno direito a sentença em processo que correr à revelia do réu citado, sem a
observância das prescrições legais.
II - Da decisão que anula todo o processo cabe agravo de instrumento.
III - É imprescindível a argüição de nulidade absoluta pelas partes.
IV - A nulidade relativa deve ser argüida pela parte a quem interesse sua decretação.
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.
a) A ausência de contestação pelo réu pode estabelecer a verdade formal da afirmação do autor.
b) Quando o autor renuncia ao direito sobre que se funda a ação, ocorre a extinção do processo
com julgamento do mérito.
c) Quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal, o processo será extinto
sem julgamento do mérito.
d) Quando as partes transigem, o processo é extinto sem julgamento do mérito.
a) interromper a prescrição.
b) prevenir a competência, nos casos previstos em lei.
c) tornar inadmissível a ampliação do pedido sem o consentimento do réu.
d) ensejar litispendência.
I - A decisão saneadora é cabível quando for o caso de extinção do processo sem julgamento do
mérito.
II - A decisão saneadora contém um juízo positivo de legitimidade do exercício do direito da
ação, de constituição e de desenvolvimento válido do processo.
III - Nos feitos em que deva intervir, o Ministério Público terá vista dos autos na fase das
providências preliminares apenas quando sua intimação for requerida pelas partes.
IV - Do despacho saneador irrecorrido decorre preclusão consumativa.
a) I e III.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
a) pelos tribunais superiores, em face de ato de governo local, contestado e julgado válido
perante o tribunal estadual.
b) perante os juizados especiais cíveis ou criminais competentes para o julgamento e a execução
das causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, desde
que suscitada de natureza constitucional no processo.
c) pelos tribunais regionais, fundamentando o recurso em dissídio jurisprudencial.
d) por tribunal estadual, quando definitiva de mérito, que negar vigência a lei federal.
64) Requerida a medida cautelar de produção antecipada de provas pelo Ministério Público,
tendo por objeto exame pericial acerca de falsidade de documento, para embasar ação civil
pública, o juiz determinou nova perícia, porque o laudo pericial não lhe pareceu suficientemente
elucidativo. Nessa hipótese,
a) assistirá o interditando nos autos do procedimento quando o curador à lide for o requerente.
b) somente participará da interdição se os legitimados forem parentes próximos do interditando.
c) não intervirá no procedimento no caso em que o tutor do interditando promover a curatela.
d) representará o interditando nos autos do procedimento, atuando como seu defensor.
a) I e II.
b) III e IV.
c) I, II e III.
d) II, III e IV.
a) A decretação de nulidade pode ser invocada pela parte que lhe deu causa.
b) A ilegitimidade de parte somente pode ser apreciada por ocasião do saneamento do processo.
c) É permitida a cumulação de vários pedidos incompatíveis entre si no mesmo processo, desde
que adotado o procedimento ordinário.
d) Da decisão que indeferir petição inicial poderá ser interposta apelação.
a) STF.
b) STJ.
c) Tribunal Regional Federal da 1.ª Região.
d) Juiz Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
73) A CF vigente
74) Um tribunal integrado por dezesseis desembargadores tem em sua composição, por força da
CF,
a) uma vaga para membro do Ministério Público, uma vaga para advogado e uma vaga
preenchida alternadamente por membro do Ministério Público e por advogado.
b) duas vagas para membro do Ministério Público e uma vaga para advogado.
c) uma vaga para membro do Ministério Público e duas vagas para advogado.
d) duas vagas para membro do Ministério Público e duas vagas para advogado.
a) A União pode cobrar taxas dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.
b) A União não pode cobrar contribuições de melhoria.
c) Não há dois tributos com a mesma base de cálculo.
d) O Tribunal de Justiça pode, por resolução, majorar ou criar custas e emolumentos judiciais e
extrajudiciais.
a) historicidade.
b) inalienabilidade.
c) onerosidade.
d) imprescritibilidade.
a) A contribuição para custeio do sistema confederativo é tributo fixado por assembléia sindical.
b) As contribuições assistenciais não podem ser instituídas por sentença normativa.
c) Os sindicatos, como as associações, podem cobrar mensalidades de seus associados.
d) A CF veda a instituição de qualquer tributo para custeio do sistema sindical.
83) Assinale a opção correta acerca do processo legislativo, conforme disciplinado na CF.
a) O projeto de lei cujo veto presidencial for derrubado deverá ser encaminhado ao presidente
do Senado Federal, para promulgação, logo após a deliberação do Congresso Nacional.
b) O Senado Federal é sempre a Casa revisora dos projetos de lei de iniciativa do presidente da
República, do STF e dos tribunais superiores.
c) Qualquer texto ou expressão de projeto de lei pode ser vetado pelo presidente da República.
d) A matéria constante de projeto de lei ou de emenda constitucional somente poderá constituir
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
85) É correto afirmar que a desapropriação de um imóvel rural, com prévia e justa indenização
em títulos da dívida agrária, é feita
a) legalidade objetiva.
b) verdade real.
c) informalidade.
d) oficialidade.
92) Não constitui um dos princípios que regem a licitação, qualquer que seja a sua modalidade,
a
a) forma escrita.
b) competência.
c) causa ou motivo.
d) finalidade.
94) Os bens públicos destinam-se ao uso comum do povo ou a uso especial. Em qualquer desses
casos, o Estado interfere como poder administrador, disciplinando e policiando a conduta do
público e dos usuários especiais, a fim de assegurar a conservação dos bens e possibilitar sua
normal utilização, tanto pela coletividade quanto pelos indivíduos, bem como, ainda, pelas
repartições administrativas. Com relação a esse assunto, assinale a opção correta.
a) Permissão de uso é o ato negocial, bilateral, discricionário e formal por meio do qual a
administração faculta ao particular a utilização individual de determinado bem público.
b) Autorização de uso é o ato unilateral, formal e precário pelo qual a administração atribui a
determinada pessoa direito de fruir de um bem público, com exclusividade, nas condições
convencionadas.
c) Uso especial é todo aquele pelo qual, por um título individual, a administração atribui a
determinada pessoa direito de fruir de um bem público, com exclusividade, sem que se exija
qualquer condição para o uso.
d) Autorização de uso é o ato unilateral, formal e precário pelo qual a administração consente na
prática de determinada atividade individual incidente sobre um bem público.
a) I e II.
b) II e V.
c) I, III e IV.
d) I, III e V.
97) É correto afirmar que a absolvição criminal só afastará o ato punitivo, no âmbito da
administração,
98) Assinale a opção que apresenta meio de controle judiciário ou judicial dos atos
administrativos de qualquer dos poderes, pelo qual o autor defende direito próprio e não
interesse da coletividade ou interesses difusos.
a) habeas data
b) ação popular
c) ação direta de inconstitucionalidade
d) ação civil pública
99) O direito de retomada coativa do serviço pelo poder concedente, durante o prazo da
concessão, por motivo de interesse público, é o direito de
a) reversão.
b) retrocessão.
c) encampação.
d) tredestinação.
a) impróprios do Estado.
b) administrativos.
c) públicos.
d) de utilidade pública.
GABARITO
1-C 2-E 3-E 4-A 5-D 6-B 7-C 8-A 9-B 10-C
11-D 12-A 13-E 14-A 15-D 16-B 17-A 18-B 19-C 20-E
21-A 22-B 23-B 24-C 25-D 26-A 27-E 28-D 29-A 30-E
31-D 32-C 33-A 34-D 35-B 36-E 37-A 38-D 39-C 40-B
41-A 42-C 43-A 44-E 45-C 46-D 47-B 48-D 49-E 50-D
51-B 52-C 53-B 54-E 55-E 56-D 57-A 58-B 59-A 60-C
61-E 62-C 63-D 64-A 65-B 66-B 67-D 68-C 69-C 70-E
71-B 72-E 73-A 74-D 75-B 76-C 77-E 78-C 79-A 80-E
81-C 82-E 83-D 84-E 85-A 86-C 87-A 88-C 89-B 90-D
91-A 92-D 93-B 94-C 95-D 96-C 97-B 98-D 99-E 100-A
2ª FASE - 1998
PRIMEIRA:
Quais os requisitos para o pleno êxito da ação regressiva da Administração contra o causador
direto do dano?
SEGUNDA:
TERCEIRA:
Dissertação:
"A INDISPONIBILIDADE COMO FUNDAMENTO DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO".
QUESTÕES TEÓRICO-PRÁTICAS:
PRIMEIRA:
Sandra manteve uma relação afetiva temporária com Jaime, tendo sido concebida, neste
período, uma criança que, ao nascer, foi registrada apenas pela mãe. Dois anos mais tarde,
Jaime reconheceu a criança, Célia, por escritura pública, passando a visitá-la esporadicamente.
Célia sempre morou na companhia materna, na casa de Diva, colega de trabalho de Sandra, que
alugava quartos em seu apartamento, onde a menina vivia cercada de carinho por todos. Sandra
foi acometida por grave enfermidade, vindo a falecer após dois anos de intenso tratamento.
Célia permaneceu, após a morte da mãe, na residência de Diva, mas sabe que sua guarda está
sendo disputada por Jaime e pelos familiares de Sandra. Se a menor manifestar interesse em
permanecer na companhia de Diva, você, como Representante do Ministério Público, como se
manifestaria no processo em que a guarda estiver sendo discutida?
SEGUNDA:
Em janeiro de 1995, José, servidor estadual, adquiriu sua casa própria, obtendo, para tanto, um
financiamento, sob garantia hipotecária, para pagamento em 180 prestações. O contrato previa
que as prestações seriam corrigidas pelos índices da poupança, a cada 12 meses. Desde 1995 a
remuneração de José não sofreu correção, mas as prestações do financiamento do apartamento
já foram corrigidas em três oportunidades. Tendo três filhos menores, em idade escolar, José
está prestes a parar de pagar o financiamento, em razão de suas dificuldades financeiras. Estas
circunstâncias autorizariam a revisão do contrato, com fundamento na onerosidade excessiva?
Justificar.
TERCEIRA:
Maria, esposa de Joaquim, foi acometida, após quinze anos de casamento realizado sob o
regime da comunhão universal, de doença degenerativa. Quando isto ocorreu o casal tinha
quatro filhos. Joaquim cuidou dos filhos e da mulher, mas esta, pouco tempo depois, passou a
ter vida vegetativa, sendo permanentemente acompanhada por serviços médicos especializados,
dentro do lar. Joaquim, industrial de bom nível, envolveu-se afetivamente com Aurora e desse
relacionamento nasceram dois filhos, reconhecidos por ambos os genitores. Joaquim atendia às
necessidades econômicas das duas famílias e passou a dividir seu tempo entre as duas moradias.
Vinte anos após a manifestação da doença de Maria, Joaquim faleceu repentinamente, tendo
deixado considerável patrimônio. Aberta sua sucessão, apresentam-se pleiteando direitos os seis
filhos, bem como Aurora e Maria, esta representada por Curador. Analise, fundamentadamente,
como deverá ser processada a divisão do patrimônio deixado por Joaquim.
DISSERTAÇÃO:
DISSERTAÇÃO:
PRIMEIRA QUESTÃO:
Oficiando como custos legis em processo onde se debate questão de cunho eminentemente
patrimonial, está o Ministério Público legitimado a interpor recurso adesivo? Justifique.
SEGUNDA QUESTÃO:
O que você entende por ação de caráter dúplice? Cite dois exemplos.
TERCEIRA QUESTÃO:
"A" planeja e organiza uma agressão a "B", que será executada por "C" dentro da própria
residência da vítima, previamente vigiada por "D", residência na qual "C" ingressará com um
chicote e um revólver, ambos fornecidos por "E". "C" penetra na casa onde, consoante o plano
estabelecido, a partir das informações recolhidas por "D", além da vítima "B", só habitaria a
empregada "F".
Quais serão as conseqüências jurídico-penais para todos os envolvidos, a partir das seguintes
hipóteses:
1) "C" agride "B" e da agressão resulta incapacidade para as ocupações habituais por mais de
trinta dias;
6) "C" agride "B" e destrói valiosa peça de arte que lhe decorava a residência.
O que significa afirmar que o princípio da culpabilidade funciona como limite ao jus puniendi
estatal?
No dia 25 de dezembro do ano de 1987, por volta das 13:30 horas, no corredor do nono andar
do prédio situado na rua X-9, nº 666, bloco A-4, no bairro Tirolês, nesta Comarca da Capital,
PETRÚCIO PEREIRA PENA matou a tiros de revólver o soldado Amadeus Ângelo Amado,
quando este procurava prendê-lo, por ser criminoso foragido da Penitenciária "Cândido
Conceição".
Denunciado, pronunciado e libelado como incurso nas sanções do artigo 121, caput, e nas do
artigo 329, caput, ambos do Código Penal Brasileiro, foi o mesmo levado a julgamento perante
o Tribunal do Júri no dia 19 de dezembro do ano de 1991, do qual saiu agraciado com uma
solução absolutória, vez que o Conselho de Sentença publicou veredicto que conformou as
ações delituosas que lhe eram creditadas ao abrigo da excludente da legítima defesa própria.
O Dr. Promotor de Justiça, inconformado com o desate, valendo-se do permissivo do artigo 593,
III, "d", do Código de Processo Penal, articulou recurso de apelação pedindo provimento para
cassar a decisão colegiada, por ele acoimada de manifestamente contrária à prova dos autos, vez
que a execução dos delitos fora presenciada por quatro testemunhas, uníssonas em afirmar que o
apelado dera causa à morte da vítima quando procurava fugir da operação policial que buscava
prendê-lo; e que, ademais, restara inquestionável ser o mesmo efetivamente foragido da
Penitenciária "Cândido Conceição", onde estava a cumprir penas por outros delitos.
A instância revisora acatou as razões do apelo e cassou a decisão do Júri, acrescentando que o
veredicto popular não encontrava apoio fático em qualquer elemento objetivo que se pudesse
inferir da prova dos autos.
Julgado novamente, desta feita no dia 16 de agosto do ano de 1993, restou condenado a purgar
uma pena de 11 (onze) anos e 06 (seis) meses de reclusão e uma outra de 11 (onze) meses de
detenção, por ter o novo Conselho de Sentença proferido veredicto que agasalhou a pretensão
deduzida no libelo.
Dizendo-se inconformado com o segundo desate o réu aviou recurso de apelação, com alegado
supedâneo no artigo 593, III, "d", do Código de Processo Penal.
Ao fundamentar suas razões de recorrer, além de pedir a cassação do veredicto popular, por ele
tachado de manifestamente contrário à prova dos autos, argüiu, em sede de preliminar, a
ocorrência de duas causas de nulidade, a saber:
Qual o procedimento adequado para impugnar a decisão que denega a liberdade provisória
admitida pelo artigo 310, parágrafo único, do Código de Processo Penal? Justifique.
O que diferencia os embargos infringentes dos embargos de nulidade e quem tem legitimidade
para interpô-los? Justifique.
2ª FASE - 1993
PROVA ESCRITA
DISSERTAÇÃO:
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE.
QUESTÕES:
DIREITO CIVIL
2. Ao contestar pedido de conversão de separação judicial em divórci0o, a mulher impugnou a
pretensão do autor, alegando que ele:
a) descumpriu o acordo celebrado à época da separação, ao pleitear a mudança da guarda dos
filhos menores;
b) não paga alimentos suficientes à prole incapaz e nunca atualizou a verba alimentícia;
c) há diversos bens a serem partilhados entre as partes.
Recebendo vista dos autos, qual deve ser a manifestação do membro do Ministério Público?
DIREITO PENAL
4. Fiscal fazendário solicitou ao dono de uma loja de móveis US$ 10.000,00 (dez mil dólares
americanos) para não lavrar auto de infração e imposição de multa vultosa ante a existência de
situação fiscal irregular. O dono da loja, fingindo concordar em pagar a importância pedida,
comunicou o fato à polícia, que prendeu o fiscal quando o proprietário do estabelecimento
simulou a entrega da quantia mencionada. Configurou-se, ou não, fato típico?
DIREITO CONSTITUCIONAL
5. Que se entende por desincompatibilização e qual o sistema adotado pela Constituição
Federal?
PROVA PRÁTICA
1. Os investigadores João Pedro e José Bento, ambos lotados no 1º Distrito Policial da cidade de
São Paulo, à vista de informação anônima de que Antonio Donizete vendia entorpecentes nas
proximidades de uma lanchonete, na Praia do Gonzaga em Santos, para lá se dirigiram. No
local, o investigador João Pedro apresentou-se para Antonio Donizete e, dizendo-se usuário de
droga, simulou dele adquirir 2 (dois) pacaus de maconha, dando-lhe voz de prisão no momento
em que a venda se concretizava. Nessa oportunidade, em poder de Antonio Donizete foram
apreendidos outros 10 (dez) pacaus de maconha, cada um deles com 1 (um) grama dessa
substância tóxica.
2. Antonio Donizete, por trazer consigo e ter em depósito, sem autorização legal substância
entorpecente, foi denunciado na Comarca de Santos, por infração ao artigo 12 da Lei n.
6.368/76.
3. Recebida a denúncia, após o interrogatório do réu, ingressou ele com pedido de alvará de
soltura, sustentando:
I - a nulidade do auto de prisão em flagrante, por:
a) incompetência ratione loci da autoridade policial que lavrou o flagrante, visto ter sido lavrado
no 1º Distrito Policial da cidade de São Paulo;
b) não ter sido arrolada testemunha estranha aos quadros policiais e constar da peça flagrancial,
além de seu interrogatório, onde negou os fatos e da ouvida do condutor do preso (investigador
João Pedro), a oitiva de apenas uma testemunha, o investigador José Bento;
c) tratar-se de hipótese de flagrante preparado, uma vez que o condutor do preso participou
diretamente do suposto "negócio escuso";
d) ter sido ilegal a apreensão dos 15 (quinze) pacaus de maconha, ocorrida em sua residência,
posto que efetivada sem mandado de busca e apreensão;
e) ter o auto de prisão em flagrante sido lavrado 20 (vinte) horas após sua prisão, ocasião em
que lhe foi entregue a nota de culpa;
f) ter o auto de prisão em flagrante sido lavrado com base no laudo de constatação efetuado pelo
próprio condutor do preso;
g) violação ao princípio contraditório, uma vez que não foi permitido a seu advogado proceder a
reperguntas ao condutor do preso e à única testemunha ouvida;
II - a ocorrência de constrangimento ilegal por excesso de prazo, eis que os prazos devem ser
contados separadamente, e ele se encontra preso há 30 (trinta e oito) dias, sem que ainda tenha
sido proferido despacho saneador a que se refere o artigo 23 da Lei n. 6.368/76. III - fazer ele
jus à concessão de fiança, em razão de a autoridade policial ter classificado o crime, na nota de
culpa, como sendo o do artigo 16 da Lei n. 6.368/76. IV - assistir em seu benefício o princípio
da presunção de inocência, consagrado no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal de
1988.
4. O Juiz do processo determinou que os autos fossem com vista ao Dr. Promotor de Justiça.
QUESTÃO PRÁTICA:
2a FASE
DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL
1. No dia 4 de janeiro de 1998 na localidade de Lomba Alta, na Comarca da Capital, JOÃO
MATOSO, 26 anos, e ERNESIO CALO, 19 anos, durante uma domingueira que se realizava no
Clube "Formiga", atraíram MALVA, 13 anos, a um lugar ermo e, ali, o primeiro, mediante
violência, constrangeu-a à conjunção carnal, ao tempo em que praticava outros atos libidinosos.
ERNESTO CALO presenciava. a cena e vigiava o local, até que JOCA. MAURO, pai de
MALVA, que a procurava há algum tempo, encontrou-a desmaiada. Percebendo que os
agressoras fugiam, deixou a filha e saiu em perseguição de ambos e, ao alcançar JOÃO
MATOSO, passou a agredi-lo com diversos golpes de faca até que terceiros intervieram. A
agressão, que aconteceu próximo do Clube, provocou generalizado tumulto envolvendo
indeterminado número de pessoas que se agrediam, física e verbalmente, sem a possibilidade,
de identificar-se grupos contendores. O entrevero, que se prolongou por mais de meia hora, só
terminou quando a autoridade policial deu voz de prisão aos briguentos SOLA, CARLÃO,
ANTENOR, JÓ, JAFÉ, AMARILDO, ERNESTO CALO, MARIETA e CÉSAR. AMARILDO
evadiu-se do local no seu veículo Chevete, tomando a direção do centro da cidade e, após
violento "cavalo de pau", colidiu com uma residência em Bom Jesus, causando ferimentos em
JANDIRA, 10 anos, que brincava no local. Preso, foi conduzido com os demais ao Distrito
Policial de Lomba Alta, sendo os dois últimos, em seguida, internados no Hospital Regional da
Comarca de São José. JOCA MAURO, que também participou da briga, não foi preso porque
fugiu ao perceber a chegada da polícia. JOÃO MATOSO foi desde logo encaminhado ao
Hospital, dada a gravidade dos ferimentos. O corpo de um dos partícipes foi encaminhado ao
Instituto Médico Legal, sendo identificado como ADAMASTOR DAS DORES, 14 anos de
idade. CARLÃO, já na delegacia, sob a alegação de que tinha direito a fiança, ofereceu R$
300,00 para o delegado NAUDI e diante da recusa deste, passou a ofendê-lo, chamando-o pelo
apelido de "pé de porco", provocando riso nos presentes. Foram apreendidos dezoito cigarros de
maconha na posse de JAFÉ. Em poder de JÓ foi apreendido um revólver calibre 38, HS, sem
munição e sem registro. A autoridade policial lavrou o Auto de prisão em Flagrante e o remeteu
a juízo.
3. No dia 15 de fevereiro de 1998 os autos foram com vistas ao órgão do Ministério Público,
que ofereceu denúncia - recebida no dia 20 do mesmo mês -, sobre os fatos narrados nos itens 1
e 2, inclusive aqueles praticados contra MALVA. Durante a instrução evidenciou-se que:
MARIETA, segundo prova testemunhal, esteve impossibilitada para as ocupações habituais por
mais de trinta dias;
JOÃO MATOSO morreu de infecção hospitalar no dia 20 de março de 1998 no Hospital
Regional da Comarca de São José, onde ainda estava internado;
submetidos a exame de insanidade mental, verificou-se que SOLA era, por doença mental, ao
tempo dos fatos, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito dos mesmos, e MARIETA,
embora apresentasse perturbação da saúde mental, não era inteiramente incapaz de entender o
caráter ilícito dos fatos; o Auto de Prisão em Flagrante foi anulado porque NAUDI, Sargento da
Polícia Militar, e que respondia pela Delegacia de Lomba Alta, só o remeteu a juízo quatro dias
após a prisão, mantendo os envolvidos presos durante esse tempo; este não ofereceram
representação pela ocorrência;
JÓ, preso na Comarca de Blumenau, SC, em virtude de preventiva já decretada, foi requisitado
para interrogatório, sem a formal citação; a defesa, na prévia argüiu a nulidade do processo,
porque não observado o disposto no artigo 353 do Código de Processo Penal; o réu, ao ser
interrogado, alegou completo desconhecimento da acusação e negou sua participação nos fatos;
alguns dias antes da inquirição das testemunhas da acusação, o defensor constituído por
CARLÃO renunciou ao mandato em petição dirigida ao juiz, que ao despachá-la, nomeou
defensor dativo ao réu, o qual passou a atuar com eficiência em todos os atos; a esposa de
JOÃO MATOSO, após a morte deste, habilitou-se como assistente da acusação; apesar da
manifestação contrária do Ministério Público, que entendia incidir a proibição do artigo 270 do
Código de Processo Penal, o juiz deferiu o pedido.
Expedido mandado de citação, o réu ERNESTO CALO não foi encontrado no endereço dos
autos, razão por que se procedeu à citação por edital, com prazo de 5 dias; o edital foi afixado
no lugar de costume, mas não publicado na imprensa por falta de recursos; diante do não
comparecimento do réu, o juiz declarou-o revel; no prazo da defesa prévia, advogado
regularmente constituído argüiu a nulidade do processo porque o escrivão não havia certificado
a respeito da afixação do edital;
JOCA MAURO, residente em Monte Verde, São José, argüiu a incompetência do juízo para o
processo e julgamento das infrações a ele imputadas por que o Clube "Formiga" está situado na
divisa entre os municípios de Florianópolis e São José, defendendo a aplicação do artigo 72 do
Código de Processo Penal; o pedido foi recusado;
NAUDI, em sua defesa, argüiu a nulidade do processo porque não houve prévio inquérito sobre
o fato a ele imputado, sendo vedado ao Ministério Público em procedimento instaurado com
outra finalidade, incluir na denúncia pessoa não investigada oficialmente;
ADAMILTON, que foi visto junto ao caixa antes dos fatos, admitiu apenas a subtração de um
cheque de sua propriedade, o qual emitira momentos antes para pagamento de despesas; nada
foi apreendido em seu poder;
6
- A regeneração do manguezal, visando a recomposição de ecossistema relativamente
semelhante ao preexistente é possível de ser realizada.
7 - Para a realização de projeto de recuperação ambiental é necessário projeto específico, com
tempo, recursos humanos e financeiros compatíveis, além de ações voltadas a impedir que
interferências sobre o ecossistema se repitam.
9 - O primeiro aterro na margem direita do rio ocorreu em agosto de 1988, era área de mangue,
com objetivo de loteamento, conforme ocorrência nº 2.397 lavrada pela FATMA. Em 28 de
fevereiro de 1989 a FATMA emitiu o Auto de Infração nº 2.624, por aterro nas margens do rio e
em área de manguezal. Em 19 de março de 1989 a FATMA emitiu Auto de Infração nº 4.351
por aterro nas margens e construção de muro, na margem direita, para contenção do rio. Em 04
de abril de 1991 a FATMA emitiu o Auto de Infração nº 219 e o Termo de Embargo nº 134, por
implantação de loteamento e camping sem licenciamento ambiental e aterro na faixa marginal
de rio. Em 03 de dezembro de 1991 a FATMA indeferiu solicitação de construção de muro na
margem oposta ao camping.
NOTAR BEM: Para efeito de correção será considerada especialmente a fundamentação legal,
concisão e coerência do raciocínio.
"Consentimento do ofendido".
a) O militar Antônio praticou delito(s)? Qual(is)? Em caso afirmativo, ele responderá como
autor, co-autor ou partícipe? Faça a capitulação legal de sua conduta indicando eventual espécie
de concurso de crimes.
b) João praticou delito(s)? Qual(is)? Em caso afirmativo, ele responderá como autor, co-autor
ou partícipe? Faça a capitulação legal de sua conduta indicando eventual espécie de concurso de
crimes.
c) Pedro praticou delito(s)? Qual(is)? Em caso afirmativo, ele responderá como autor, co-autor
ou partícipe? Faça a capitulação legal de sua conduta indicando eventual espécie de concurso de
crimes.
2ª ETAPA
Vistos, etc.
Benvólio Teobaldo
Juiz Sumariante do Primeiro Tribunal do Júri
INSTRUÇÕES
O que você entende por reformatio in pejus indireta ? Que instituto de nosso direito processual
penal a contempla e qual sua limitação ? Resposta objetivamente justificada .
2ª ETAPA
O restaurante Bom Bocado Ltda., regularmente representado, ajuizou uma ação de natureza
indenizatória contra o Sr. Aparício de Almeida, objetivando a reparação pelos prejuízos
causados por seu filho Felipe de Almeida, de 19 (dezenove) anos de idade, que, juntamente com
outros dois jovens identificados em inquérito criminal, em atos de vandalismo, destruiu parte da
fachada do imóvel do estabelecimento, implicando seu fechamento temporário para a realização
dos reparos necessários, requerendo, por esses prejuízos, a quantia de R$ 27.000,00 (vinte e sete
mil reais).
Em defesa, o requerido alegou que seu filho tinha bens próprios (fato verdadeiro) e, por isso, a
ação deveria ter sido proposta contra ele, devidamente assistido pelo próprio demandado, em
razão de sua relativa incapacidade.
Entendeu ainda que, sendo na hipótese três os autores do ato ilícito, a ação deveria ter sido
proposta contra os três e o valor da indenização deveria ser proporcionalmente suportado por
todos eles, montante de R$ 9.000,00 (nove mil reais) para cada um.
Responda em poucas palavras, se seriam procedentes as alegações do Sr. Aparício ? Por quê ?
O Sr. Administrador Regional do Município de Juiz de Fora, no dia 20/04/2000, notificou a Sra.
Maria Aparecida para que providenciasse a demolição de um muro construído irregularmente,
sob o fundamento de estar o mesmo invadindo a via pública. Inconformada com a notificação, a
Sra. Maria Aparecida, em 21/05/2000, impetrou mandado de segurança contra o ato da referida
autoridade coatora que, segundo alega, é ilegal e abusivo, pois, o muro em questão não foi
construído na via pública e sim no imóvel, situado na rua Ipanema, nº 145, do qual detém a
posse. A impetrante instruiu o mandado de segurança com a escritura pública de promessa de
compra e venda do referido imóvel.
Pergunta-se: É cabível o mandado de segurança? Justifique a resposta.
2ª ETAPA
PROVA DE DIREITO CONSTITUCIONAL
OBSERVAÇÕES:
Descreva sucintamente a distinção entre controle de constitucionalidade por via de ação e de exceção.
Cite um, apenas um, dispositivo constitucional, (basta citar o número, não é necessário transcrever o
teor), que seja pertinente a cada um dos enunciados abaixo:
2ª ETAPA
A "limitação administrativa" é um dos meios que o Estado dispõe para intervir na propriedade
privada, mediante a imposição unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de
direitos ou de atividades particulares às exigências do bem-estar social. Nesse caso, a
intervenção gera direito à indenização? Justifique.
O que se entende por "fato do príncipe" e "fato da administração", no tocante aos contratos
administrativos?
I - assim como o Poder Constituinte que promulgou a vigente Constituição Federal, diz-se
originário o Poder Constituinte Estadual que promulgou a atual Constituição do Estado de
Minas Gerais;
II - a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios
e Distrito Federal, não admite a incorporação de um Estado membro por outro, com a
conseqüente extinção do Estado incorporado;
III - classifica-se como semi-rígida a vigente Constituição brasileira porquanto, sendo rígida em
alguns de seus aspectos essenciais, admite alterações ordinárias em determinadas categorias de
suas normas, como ora se dá com as emendas constitucionais em votação no Congresso
Nacional;
IV - a proposta de emenda à Constituição através de iniciativa popular, forma de exercício da
soberania pelo povo, não está expressa e especificamente prevista na Constituição Federal;
V - dentre os sistemas de controle de constitucionalidade existentes, o Brasil adota o
jurisdicional, combinando os critérios difuso e concentrado.
a) somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público;
b) a soberania assegurada aos veredictos do tribunal do júri não impede que, em
determinada circunstância, possa o tribunal "ad quem" reformá-los quanto ao mérito;
c) a condenação criminal transitada em julgado enseja a perda ou suspensão dos direitos
políticos enquanto durarem seus efeitos;
d) é inconstitucional a ação da autoridade policial que, sem ordem judicial e sem o
consentimento do morador, penetra na casa deste à noite para prendê-lo em flagrante delito;
e) a vigente Constituição Federal admite a pena de morte na hipótese de guerra declarada.
I - normas constitucionais de eficácia contida, segundo a doutrina pátria, são aquelas que têm
aplicabilidade imediata, integral e plena, mas que podem ter reduzido seu alcance pela atividade
do legislador infraconstitucional;
II - sendo a forma republicada um dos princípios constitucionais do Estado brasileiro, a ser
observado e assegurado, a Constituição Federal veda, nas chamadas cláusulas pétreas, emenda
tendente a aboli-la;
III - o princípio da harmonia entre os poderes, além de pressupor cortesia no trato recíproco e
respeito às respectivas faculdades e prerrogativas entre seus titulares, pressupõe que, nas
questões de alta relevância, quando a decisão de um Poder implicar em extraordinária
sobrecarga material a outro, seus titulares devem ajustar previamente sua materialização;
IV - os analfabetos podem se alistar e votar, mas são inelegíveis;
V - a Constituição Federal consagra plena liberdade ideológica aos partidos políticos não lhes
impondo neste sentido qualquer ressalva.
I - o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo assim definido tanto na
Constituição Federal quanto na Estadual;
II - tratando-se de investidura em cargo comissionado declarado em lei de livre nomeação e
exoneração, a prática do nepotismo é plenamente liberada porque legal e legítima, não violando
assim qualquer dos princípios constitucionais que regem a Administração Pública;
III - o Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas
após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, que terá o prazo máximo de sessenta dias,
contados da instauração do processo, para proferir decisão final;
IV - o Ministério Público dos Territórios, compreendido pelo Ministério Público da União, em
consonância com este não forma lista tríplice para escolha do seu Procurador-Geral de Justiça, o
qual , a exemplo do Procurador-Geral da República, também é indicado pelo Presidente da
República dentre os integrantes da respectiva carreira;
V - legislar sobre Direito Tributário é competência exclusiva da União;
a) para que se possa obter indenização do Estado, em face de atos comissivos de seus
agentes, além do dano, é necessário provar o nexo de causalidade entre o dano e a ação dolosa
ou culposa do agente.
b) para que se possa obter indenização do Estado, em face de atos comissivos de seus
agentes, além do dano, é necessário provar o nexo de causalidade entre o dano e a ação dolosa
do agente.
c) para que se possa obter indenização do Estado, em face de atos comissivos de seus
agentes, além do dano, é necessário provar o nexo de causalidade entre o dano e a ação ilegal do
agente.
d) para que se possa obter indenização do Estado, em face de atos comissivos de seus
agentes, além do dano, é necessário provar o nexo de causalidade entre o dano e a ação do
agente.
e) para que se possa obter indenização do Estado, em face de atos comissivos de seus
agentes, além do dano, é necessário provar o nexo de causalidade entre o dano e a ação do
agente, bem como a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal.
a) por força física irresistível, vis absoluta, devem-se entender aquelas hipóteses em que
opera sobre o autor uma força externa de tal proporção que o faz intervir como um mera massa
mecânica;
b) o indivíduo que deliberadamente procura um estado de incapacidade psíquica de conduta
realiza uma conduta (a de procurar esse estado), que pode ser típica quando for causa direta do
resultado;
c) é possível atuar tanto em legítima defesa como em estado de necessidade contra os
movimentos praticados por quem se encontra em estado de incapacidade psíquica de conduta;
d) não se pode ser partícipe dos movimentos de quem não é psiquicamente capaz de
vontade;
e) nos tipos em que se faz necessária a intervenção de uma pluralidade de pessoas não se
computa aquele que não pratica conduta.
a) crime próprio, só pode ser praticado pelo homem, não admitindo a co-autoria ou
participação da mulher;
b) para a consumação do crime não se exige a ejaculação, ou seja, o ato sexual completo,
sendo indispensável, todavia, que haja introdução, ainda que parcial, do órgão copulador do
agente na vagina da vítima;
c) objeto da tutela penal é a liberdade sexual da mulher honesta;
d) crime unissubsistente, admite a tentativa, embora seja difícil sua comprovação na prática;
e) todas as assertivas são falsas.
14 - O motorista "A", acompanhado pelo passageiro "B", distraiu-se ao acender um
cigarro e acabou por atropelar o pedestre "C", provocando-lhe importantes
traumatismos. Em seguida, induzido pelo acompanhante "B", "A" deixou de prestar
socorro a "C", o mesmo fazendo, evidentemente, o indutor. Considerando que o pedestre
veio a falecer horas mais tarde em virtude dos ferimentos sofridos, assinale a resposta
correta:
a) "A" responderá por homicídio culposo, funcionando a omissão de socorro como causa
especial de aumento de pena, nos termos do Código de Trânsito brasileiro; "B" responderá pela
prática de omissão de socorro, prevista no art. 135 do Código Penal;
b) ambos responderão nos termos do Código de Trânsito: "A" por homicídio culposo em
concurso material com a omissão de socorro e "B" exclusivamente pela prática de omissão de
socorro;
c) "A" responderá por homicídio culposo, funcionando a omissão de socorro como causa
especial de aumento de pena, nos termos do Código de Trânsito; "B" se sujeitará às mesmas
sanções, porém na qualidade de partícipe;
d) "A" responderá por homicídio culposo em concurso material com a omissão de socorro,
tipificados pelo Código de Trânsito brasileiro; "B" responderá pela prática de omissão de
socorro, prevista no art. 135 do Código Penal;
e) "A" responderá por homicídio culposo, funcionando a omissão de socorro como causa
especial de aumento de pena, nos termos do Código de Trânsito; "B" não responderá pela fato
diante da atipicidade de sua conduta.
a) as denominadas teorias absolutas entendem que a pena só pode se justificar por razões de
justiça ou necessidade moral, figurando Kant e Hegel como dois de seus principais defensores;
b) os postulados teóricos abraçados pela escola positiva a levam a adotar a teoria da
prevenção geral;
c) a concepção da pena como prevenção geral positiva é defendida pelas teorias estrutural-
funcionalista e sistêmica;
d) para as teorias relativas, a pena não se justifica por si mesma, mas somente na medida em
que se cumpre os fins legitimadores do controle da delinqüência;
e) as teorias mistas preconizam que a pena estatal é retribuição proporcionada ao delito, com
vistas à evitar futuros delitos e à propiciar a ressocialização do autor.
a) na teoria dos elementos negativos do tipo o erro de tipo permissivo é tratado como erro de
tipo excludente do dolo;
b) pela teoria psicológica da culpabilidade o erro de tipo permissivo afeta o dolo;
c) o erro de permissão afeta a consciência da ilicitude;
d) pela teoria da culpabilidade que remete à consequência jurídica o erro de tipo permissivo
afeta o dolo;
e) o erro de tipo permissivo evitável implica a punição do agente por crime culposo se
previsto em lei.
1) "A" presenciou o momento em que "B" desferiu um golpe de faca contra "C",
ferindo-o gravemente. Procurando prender o agressor, "A" partiu em sua perseguição,
logrando êxito em deter a pessoa de "D", sósia perfeito do agente "B", conduzindo-o
contra a vontade até o distrito policial. A conduta de "A", que em tese caracteriza crime
contra a liberdade individual, amolda-se em qual das hipóteses abaixo:
a) Cassar, novamente, a decisão, por ser manifestamente contrária à prova dos autos,
submetendo o réu a novo julgamento, já que no caso de decisões arbitrárias, totalmente
dissociadas das provas existentes nos autos, há que se conceder ao Tribunal do Júri, pela
segunda e derradeira vez, outra oportunidade para ajustar seu veredicto.
b) Cassar, novamente, a decisão, pois se somente o réu apelou, não tendo havido recurso do
Ministério Público, não pode o Tribunal do Júri, em segundo julgamento, agravar sua pena.
c) Anular a decisão, pois, apesar da Constituição Federal ter consagrado a soberania do Júri,
não podem os Jurados responder aos quesitos de forma diferente da que responderam no
primeiro julgamento, a não ser para beneficiar o réu.
d) Não admitir a apelação, eis que o princípio da proibição da reformatio in pejus não
alcança as decisões do Tribunal do Júri, em virtude da soberania dos veredictos, não se
admitindo segunda apelação fundada na manifesta contrariedade do julgado à prova dos autos,
mesmo que o primeiro inconformismo haja acarretado pena mais áspera.
e) Dar provimento parcial à apelação, apenas para extirpar a qualificadora, restabelecendo a
decisão anterior do Tribunal Popular, mais favorável ao réu.
22 - Contra a decisão que rejeita a denúncia ou a queixa, nos crimes definidos na Lei nº
5.250, de 9 de fevereiro de 1967, que regula a liberdade de manifestação do pensamento e
de informação, cabe:
a) apelação;
b) recurso em sentido estrito;
c) carta testemunhal;
d) habeas corpus;
e) agravo.
a) apelação;
b) recurso em sentido estrito;
c) carta testemunhal;
d) habeas corpus;
e) agravo.
25 - O juiz deve se dar por suspeito e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das
partes em demanda que:
a)O titular da ação penal exerce um direito subjetivo processual, diverso do direito subjetivo
material, e formalmente conexo a uma pretensão insatisfeita;
b) É o direito de ação um direito autônomo, abstrato e instrumental, cujo titular é o Estado,
através do Ministério Público, e, excepcionalmente, do ofendido, ou de quem tenha qualidade
para representá-lo;
c)As condições para o exercício da ação penal, chamadas de condições de procedibilidade,
dividem-se em específicas e genéricas, sendo as primeiras sempre exigíveis, não importando se
pública ou privada a ação, e as últimas exigíveis somente nos casos em que a lei penal ou
processual as reclamar;
d) A possibilidade jurídica do pedido é uma das condições da ação e significa que a
pretensão punitiva deve derivar de fato típico, previsto no ordenamento jurídico, referindo-se
tanto à infração quanto à pena pedida pelo Ministério Público ou pelo ofendido;
e)Pelo princípio da indisponibilidade, uma vez proposta a ação penal pública, não pode mais o
Ministério Público desistir da ação, o que não o impede de pedir a absolvição do acusado, no
momento oportuno, desde que não haja provas suficientes para autorizar um decreto
condenatório.
a) liberdade assistida;
b) obrigação de reparar o dano, quando se tratar de ato infracional com reflexos
patrimoniais;
c) prestação de serviços à comunidade, por período não excedente a 6 (seis) meses;
d) prestação de trabalho forçado, conforme as aptidões do adolescente por, no máximo, 8
( oito) horas semanais;
e) internação em estabelecimento educacional.
31 - Em sociedade por cotas de responsabilidade limitada, três dos quatro sócios integralizaram
seu respectivo aporte, ficando o quarto inadimplente, em relação a 20% de sua contribuição.
Como foram mal os negócios de administração imobiliária de que cuidava a sociedade, tornou-
se ela insolvente, sendo suas dívidas superiores ao capital social. Diante disso, pode-se
asseverar que em eventual processo:
32 - Um indivíduo emitiu cheque ao portador cedendo a coação irresistível. O cheque foi dado
em pagamento a compra realizada pelo coator. O vendedor, por sua vez, utilizou o título para
pagar um de seus fornecedores. O emitente, a seu turno, sustara o cheque, que, evidentemente,
não foi pago pelo banco. Acionado o emitente pelo fornecedor acima referido, defendeu-se ele
alegando que sofrera coação, sendo, pois, o cheque ato jurídico anulável. Pode-se afirmar que:
a) a defesa não será vitoriosa, uma vez que, entrando o título em circulação e caindo em
mãos de terceiro de boa fé, a este não poderão ser opostas exceções pessoais, cabíveis contra o
primeiro titular;
b) o emitente deverá reconvir, a fim de anular o cheque;
c) o emitente deverá chamar ao processo a pessoa que o coagira a assinar o cheque;
d) a defesa será vitoriosa, incumbindo-lhe requerer a anulação do cheque, uma vez que se
trata de vício leve;
e) o terceiro de boa fé poderá anular o título, cobrando do emitente.
a) os municípios;
b) as autarquias;
c) as empresas públicas;
d) as fundações;
e) os Estados Federados.
34 - Aponte a alternativa que dê seqüência correta à seguinte afirmação. "Um indivíduo, ao
completar 21 anos, poderá...."
35 - Um menor púbere, maliciosamente ocultando sua própria idade, tomou empréstimo nas
mãos de um conhecido. Não sendo paga a dívida, o credor poderá acionar o:
a) menor, que responderá com seu patrimônio, por não poder, neste caso, opor a exceção do
senatusconsulto macedoniano;
b) assistente do menor, que responderá com seu patrimônio, por não poder, neste caso, opor
exceção do senatusconsulto macedoniano;
c) menor e ou seu assistente, que poderão opor a exceção do senatusconsulto macedoniano;
d) representante legal do menor, que, ouvido o MP, terá seu patrimônio penhorado por força
do senatusconsulto macedoniano;
e) assistente e o menor em conjunto, que responderão com seu respectivo patrimônio.
36 - A teoria da imprevisão:
37 - Tristão e Isolda eram casados. Durante a primeira gravidez de Isolda, Tristão faleceu. Com
base nisso, pode-se afirmar que:
39 - O único caso de ato jurídico, eivado de defeito grave, cuja anulação deve ser
requerida dentro de certo prazo decadencial, diz respeito:
40 - Roderico arredou sua cerca alguns metros para dentro das terras de Tróilo. Passados alguns
meses, este, por suas próprias mãos, voltou com a cerca para seu lugar de origem. Roderico,
imediatamente, propôs ação de reintegração de posse contra Tróilo. Pode-se asseverar, diante
do quadro que:
a) Roderico será vitorioso, uma vez que já não cabia a autodefesa da posse;
b) Tróilo será vitorioso, se lançar mão do caráter dúplice da possessória;
c) Tróilo será vitorioso, uma vez que prove ser o verdadeiro dono da faixa invadida;
d) Roderico será vitorioso, se provar que comprara o imóvel com a cerca;
e) Tróilo será vitorioso, uma vez que a ação proposta deveria ter sido a reivindicatória.
a) indeferida a petição inicial, pode o juiz, após o autor apelar, reformar sua própria decisão
no prazo de 48 horas;
b) a sentença que decreta a interdição produz efeito desde logo, embora sujeita a apelação;
c) a sentença proferida contra a União, o Estado e o Município está sujeita ao duplo grau de
jurisdição;
d) a desistência da ação não impede o prosseguimento da reconvenção;
e) os embargos de declaração interrompem o prazo para o oferecimento de outros recursos,
apenas para a parte que o interpôs.
a) qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
b) o prazo para se contestar a ação popular é de 15 quinze dias;
c) o Ministério Público, na ação popular, pode assumir a defesa do ato impugnado ou dos
seus autores;
d) a sentença, na ação popular, terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes", exceto
no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova;
e) A ação popular não visa à defesa dos interesses da coletividade.
I - é uma das funções institucionais do Ministério Público promover o inquérito civil público e a
ação civil pública, para proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros
interesses difusos e coletivos;
II - constitui pressuposto da ação civil pública o dano ou a ameaça de dano a interesse difuso ou
coletivo;
III - a ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de
obrigação de fazer ou não fazer;
IV - não haverá o adiantamento de custas; emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras
despesas;
V - a sentença civil fará coisa julgada "erga omnes", exceto se a ação for julgada improcedente
por deficiência de provas.
46 - Quando o autor deixar de promover os atos e diligências que lhe competir, por mais
de trinta dias, o Juiz deverá, nos termos legais:
48 - Com relação à alteração do pedido, formulado pelo autor da ação, é certo afirmar:
a) O Procurador-Geral de Justiça.
b) O Conselho Superior do Ministério Público.
c) A Câmara de Procuradores de Justiça.
d) O Corregedor-Geral do Ministério Público.
e) O Procurador-Geral de Justiça, após prévia emissão de parecer da Assessoria Especial.
No que concerne à Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, que estabelece normas para as
eleições:
a) Constitui reincidência a prática de nova infração ambiental cometida pelo mesmo agente
no período de três anos, classificada como: específica - cometimento de infração da mesma
natureza; ou genérica - o cometimento de infração ambiental de natureza diversa.
b) São sanções restritivas de direito, dentre outras, aplicáveis às pessoas físicas ou jurídicas,
a perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais.
c) A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação
da qualidade do meio ambiente.
d) A existência de culpa é pressuposto para que o infrator seja obrigado à reparação do dano
causado ao meio ambiente, afetado por sua atividade.
e) O pagamento de multa por infração ambiental imposta pelos Municípios substitui a
aplicação de penalidade pecuniária pelo órgão federal, em decorrência do mesmo fato,
respeitados os limites estabelecidos no Decreto nº 3.179/99.
a) Compete ao Juiz Estadual, nas comarcas que não sejam sede de vara da Justiça Federal,
processar e julgar ação civil pública, ainda que a União figure no processo.
b) A responsabilidade no âmbito da defesa ambiental é objetiva.
c) Na proteção do patrimônio cultural, efetuada por meio da ação civil pública, não é
necessário o prévio tombamento do bem;
d) O inquérito civil não constitui pressuposto processual para o ajuizamento da ação civil
pública.
e) Na ação civil pública, o Ministério Público não poderá ser parte passiva da relação
processual, enquanto órgão estatal desprovido de personalidade jurídica.
Gabaritos
01 D 06 D
02 D 07 C
03 C 08 A
04 E 09 B
05 C 10 D
DIREITO PENAL
11 D 16 B
12 C 17 D
13 B 18 D
14 A 19 Anulada
15 A 20 D
21 D 26 A
22 A 27 B
23 D 28 C
24 D 29 E
25 B 30 D
31 E 36 B
32 A 37 A
33 C 38 C
34 B 39 A
35 A 40 B
41 E 46 B
42 E 47 C
43 D 48 E
44 E 49 D
45 C 50 A
LEGISLAÇÃO ESPECIAL
51 E 56 A
52 C 57 D
53 E 58 E
54 C 59 C
55 D 60 D
2ª ETAPA
Discorra sobre o conjunto dos caracteres subjetivos do tipo (tipo subjetivo), na perspectiva da
teoria finalista da ação.
Antônio Sá Bido, bem reputado comerciante e político da pequena comarca de Paraíso, ficou
em situação desconfortável com a prisão em flagrante da traficante Minerva Kemada, com
quem mantinha inconfessáveis negócios.
Com o interrogatório da traficante designado para o dia 22 de agosto de 1994, aumentou o
temor de Sá Bido em ser por ela delatado. Sem alternativas, procurou pelos carcereiros Aquino
Vido e Botelho Incana e propôs a ambos a eliminação de Minerva Kemada mediante o
pagamento de certa quantia em dinheiro. Acertada a empreitada criminosa, Sá Bido efetuou o
pagamento do preço combinado, exigindo apenas que o homicídio ocorresse antes da data
designada para o interrogatório.
Para não levantar suspeitas, Aquino Vido e Botelho Incana decidiram matar a traficante com o
emprego de veneno, que seria ministrado em pequenas doses durante cada refeição servida a
ela.
Chegado o dia do interrogatório, tendo o organismo de Minerva Kemada suportado
surpreendentemente os efeitos do veneno, ela compareceu em juízo e optou por manter-se em
silêncio.
Sá Bido, que até então estava furioso com o descumprimento do acordo por parte dos
carcereiros, sentiu-se aliviado e imediatamente informou a eles que não mais desejava a
consumação do crime.
Inobstante a contra-ordem recebida. Aquino Vido e Botelho Incana, com medo de serem
desmascarados no futuro, continuaram persistindo na conduta até que, no dia 12 de setembro
daquele mesmo ano, ministraram a dose que finalmente determinou a morte de Minerva
Kemada.
Descoberto a causa da morte da vítima, foram os três julgados e condenados pela prática de
homicídio doloso duplamente qualificado (mediante paga a emprego de veneno).
O advogado de Sá Bido interpôs recurso de apelação sob o argumento de que a decisão
contrariou manifestamente a prova dos autos porque seu cliente não interferiu na escolha do
meio empregado pelos agentes, sendo descabida em relação a ele a qualificadora do emprego de
veneno. Argumentou também que ele não poderia responder pelo crime consumado, pois após o
interrogatório da traficante determinou que o plano homicida fosse abortado, sendo de
responsabilidade exclusiva dos executores o resultado morte. Por fim, requereu a modificação
da parte dispositiva da sentença que determinou o cumprimento integral da pena em regime
fechado.
Lado outro, o advogado dos executores interpôs recurso de apelação com o exclusivo objetivo
de afastar da sentença o comando que impôs igualmente o cumprimento integral da pena em
regime fechado.
Como Promotor de Justiça, analise a conduta dos três condenados e as alegações de seus
advogados.
PRIMEIRA QUESTÃO:
(Valor: quatro pontos)
Para vingar-se de sua mãe, Jocasta, que havia matado seu pai, Laio, Édipo resolve eliminá-la,
chamando, para com ele praticar o delito, seu inseparável amigo Pólibo, a quem promete um
quilo de ouro pela realização da empreitada criminosa. Os dois planejam detidamente o delito,
resolvendo, inclusive, atirar ao mesmo tempo em Jocasta. Na noite de 13 (treze) de agosto de
1994, na cidade e comarca de Tebas, Édipo e Pólibo, após se embriagarem, vão, então até a
residência de Jocasta, onde ficam à sua espera, sabedores de que, por volta das vinte e uma
horas, sairá ela para uma festa. Ambos permanecem escondidos atrás das frondosas árvores do
jardim da residência, até que Jocasta aparece, acompanhada de seu amante Creonte, de sua filha
Antígona, com sete anos de idade, e do octogenário adivinho Tirésias, que, inclusive, havia
alertado Jocasta para que tivesse cuidado naquele dia, eis que os astros conspiravam contra sua
pessoa. Neste momento, Pólibo percebe que, desgraçadamente, esquecera sua arma de fogo em
casa. Édipo, ainda escondido, deixa Jocasta passar por ele, instante em que saca seu revólver
calibre 38 e dispara contra ela pelas costas. Entretanto, erra o alvo, atingindo Tirésias, que vem
a falecer. Creonte, pretendendo defender Jocasta, tira da bainha sua adaga e vai na direção de
Édipo, mas é contido por Pólibo, que nele desfere socos e pontapés, arrancando-lhe a adaga das
mãos e vazando com ela seus olhos, deixando Creonte definitivamente cego. Édipo atira pela
segunda vez, desta feita acertando Jocasta de forma letal. Finalmente, Pólibo ameaça matar
Antígona e Creonte, se os dois não desaparecerem para sempre. Em seguida, Édipo e Pólibo
fogem. Édipo já havia sido condenado, pelo delito de lesões corporais, por sentença transitada
em julgado na comarca de Corinto, em 14 (quatorze) de agosto de 1990. Com fundamento em
tais acontecimentos, o Juiz de Direito da Comarca de Tebas pronunciou Édipo e Pólibo nas
sanções do art. 121, §2º, incisos I e IV, combinado com o art. 29 e art. 73, do Código Penal;
art. 129, § 2º, inciso III, combinado com o art. 29, do Código Penal; art. 121 § 2º, incisos I e
IV, combinado com o art. 29, do Código Penal e art. 147 combinado com o art. 29, do Código
Penal, todos combinados com art. 69, do Mesmo diploma legal. COMO PROMOTOR
DE JUSTIÇA DA COMARCA DE TEBAS, ELABORE UM OU MAIS LIBELOS
RELATIVOS AOS FATOS, ADUZINDO, INCLUSIVE, EVENTUAIS
CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES CONSTANTES DA NARRATIVA .
SEGUNDA QUESTÃO:
(Valor: dois pontos)
TERCEIRA QUESTÃO:
(Valor: dois pontos)
O Juiz de Direito Dalmo Castelo, da Comarca de Santa Henriqueta de Jocorucunga, recebe
denúncia ofertada contra o cidadão João Fubá, como incurso nas penas do art. 171 caput c/c 71
do Código Penal, determinando a expedição de carta precatória para citação e interrogatório na
Comarca de Ganha Pouco. Dias antes da audiência de inquirição das testemunhas de acusação e
defesa, o Dr. Dalmo Castelo Vê deferido seu pedido de aposentadoria e passa a atuar como
advogado na mesma comarca em que judicou. Meses após, João Fubá é condenado a um ano e
dois meses de reclusão naquele mesmo processo e resolve contratar o agora advogado Dr.
Dalmo Castelo para interpor recurso de apelação e apresentar as respectivas razões. Indaga-se:
Existirá algum óbice à atuação do referido advogado como defensor do apelante? Por que?
Resposta objetivamente justificada.
QUARTA QUESTÃO
(Valor: dois pontos)
INSTRUÇÕES GERAIS
QUESTÕES
1) Em contrato de seguro, havia duas cláusulas antinômicas. Uma impressa, a outra manuscrita.
Ambas admitiam dupla interpretação: em favor do segurado e em favor da seguradora.
Pergunta-se: Qual das duas cláusulas será aplicada ? Por quê ? A favor de quem será
interpretada a cláusula aplicada ? Com base em qual princípio ?
(valor: dois pontos)
2) O Sr. Pedro Bonaparte, pretendendo adquirir a casa própria, celebrou contrato de compra e
venda com a Imobiliária "Casa Nostra", relativamente a determinado imóvel. Para a conclusão
do negócio, após o pagamento do preço convencionado, firmaram as partes contratantes a
respectiva escritura de compra e venda, fazendo-o em 10 de março de 1999. A vendedora
entregou as chaves ao comprador, que passou a residir no imóvel, desde então.
Ao levá-la a registro, o comprador tomou conhecimento que o mesmo imóvel havia sido
vendido também a José e a Júnior, menores impúberes, representados por seu pai, nos termos da
escritura de compra e venda, datada de 14 de maio de 1999, devidamente transcrita.
Por este fato, Pedro ajuizou ação reivindicatória contra os menores, sob a alegação de que a
escritura de compra e venda, passada em seu nome, demonstrava a anterioridade de sua
aquisição, assim como o demonstrava o fato de ter recebido as chaves da vendedora, juntando,
afinal, documento firmado pela imobiliária, dando plena e geral quitação do preço contratado
para a aquisição do imóvel.
Em breves linhas, dê sua opinião sobre o caso em tela.
(valor: dois pontos)
Senhor(a) candidato(a):
1ª Questão (Dissertação).
Tema: Eficácia das Normas Constitucionais e Tutela das Situações Jurídicas Subjetivas.
(valor: quatro pontos)
Destarte, tendo em vista os limites do Poder Constituinte Decorrente e a faixa de autonomia dos
Estados membros, responda fundamentadamente: relativamente à normatização de cunho
sócio ideológicos a Constituição Federal reservou, na área de competência comum, espaço para
as Constituições Estaduais?
(valor: dois pontos)
4ª Questão: Destaque um, apenas um, (não precisa transcrever, basta citar o número)
dispositivo da Constituição Federal que, em cada uma das hipóteses abaixo, objetivamente
expresse, contenha ou se informe princípio ou elemento constitucional referido:
a) princípio da proporcionalidade: ___________________________
b) elemento formal de aplicabilidade: _________________________
c) princípio da publicidade: _________________________________
d) elemento limitativo: _____________________________________
(valor: dois pontos)
2ª) Aceitando-se a corrente doutrinária que entende não haver, em regra, discrição do
administrador para invalidar ou convalidar ato administrativo viciado, indaga-se: qual seria a
hipótese de exceção?