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Era uma vez dois irmãos corvos

Que por infortúnio, ficaram órfãos

Apenas um para o outro

Cuidaram de si

Até que por descuido

A vida os separou sem interlúdio

Os separando um do outro.

Sozinho um dos irmãos foi levado

Ensinado a viver no ódio do sangue

Um caminho onde seu coração engoliria a luz

Suas penas com um preto cinzado

Mas algo ainda brilhava.

A esperança da irmã

Que foi levada

Viveu solitária porem sem precisar mendigar mais grãos

Recebeu seus mimos e delicadeza

Suas penas cinza claras


Com saudade teve que ver partir

Mesmo com seus sua vida contraria ao do irmão

Teve que enfrentar a mesma tristeza

Por mais que desfrutasse de companhia

Ainda se sentia sozinha, perdida

Mas levava a culpa da responsabilidade

De sua separação.

Mas seu irmão nunca a culpara, sempre lutara, para de novo encontra-la

O manteve são. Quando finalmente conseguiu, se juntou a sua nova família então

Sua força de novo restaurada, seu coração de pedra virou doce

A cor de suas penas novamente entrara em harmonia

Ao se sentir incompleto, por um simples instante aceitou um convite desgastante

Voltou para sua guerra

A deixou, de novo, sozinha e preocupada, seu irmão podia nunca mais voltar.

O irmão lutava novamente com


seu desejo egoísta

Fraquejou, seu monstro tomou

Suas penas cinzas se escurecendo


de novo, o levou a se esquecer

Seu lado carrasco se encontrou


violentamente com seu lado doce,
que o despedaçou em cheio, pois
agora se sentia responsável por
tudo aquilo

Cinzas sem compaixão, tomaram


casas e cidades, não havia
problema até perceber que
chegara na sua, para onde iria de
voltar
Finalmente entendeu, lutar a guerra dos outros, levaria tudo que era seu

Por se vender, vendeu sem querer, o seu amor, que agora em agonia, seu coração destruído se
caiu em desolação

Seu maior erro foi ter, ter lutado, sem honra, sem rosário, lutou por nada, e isso lhe levou
tudo, lhe deixando o nada, que era o motivo de ter lutado

Seus olhos se tingiram de vermelho escarlate, a cor do sangue de seus irmãos.

Sua irmã por sua vez

Encontrou o amor

Sentiu sua felicidade

Mas a viu perecer

De novo sozinha, seu irmão que prometera não sair mais de seu lado

Não estava lá

Por tamanha tristeza

Desgraçada com a vida

Suas penas com um fosco

Tentada pela loucura

Enfrentou sua vida sozinha sem ceder

E isso a concedeu penas brancas tão claras como a neve do leste

Encarou que seu irmão poderia nunca mais voltar

E fez a escolha mais difícil de todas

Mudou de ninho

Longe daquele conhecido

Foi o melhor para o seu futuro passarinho.

Já o irmão

Em seu ódio perdeu a razão

Que quando acordou se pendeu

Em grande lamentação

Vendeu sem pensar

sua alma a um ermitão

Que lhe prometeu redenção

Seu desejo cumpriria sem hesitação.


Tomou sua vida

Sendo privando de uma morte digna

O sol o rejeitou

O vazio o consumiu.

Seguindo pra sempre com essa escuridão em seu coração

Com suas penas tão densas como a noite de seu coração amaldiçoado.

E assim os dois corvos, se


tornaram o verso um do
outro.

A irmã viu a O irmão viu a


vida e a tristeza e a
felicidade, mas morte, mas
também a também a
tristeza e dor, vida e a
mas no pior felicidade,
dos mas ficou
sentimentos se preso em
manteve forte, seus
conquistando sentimentos
o dia, assim negativos,
nunca mais sendo
sentindo arremessado
solidão, por seu ódio
apenas na
saudade do eternidade
irmão. da escuridão.

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