O Grupo Itacolomi é caracterizado pela deposição de rochas como arenitos, conglomerados

e pelitos, que foram acumulados em um ambiente de bacia sedimentar durante o processo

de inversão tectônica. Essas rochas indicam condições de deposição variadas, incluindo a
presença de sistemas fluviais, ambientes costeiros e áreas de sedimentação marinha rasa.

Uma característica notável do Grupo Itacolomi é a presença significativa de grãos de zircão

detríticos com idades entre 2,3 e 2,05 bilhões de anos, sugerindo uma fonte de sedimentos
diferente daquelas encontradas nas unidades mais antigas da Bacia de Minas. Isso sugere
que a área de proveniência dos sedimentos mudou durante o período de deposição do
Grupo Itacolomi.

● A evolução da Bacia de Minas é marcada por diferentes fases:

Margem Passiva: A formação inicial da Bacia de Minas envolveu a deposição de

sedimentos clásticos, como conglomerados, arenitos e argilitos, ao longo das bordas de
crátons pré-existentes. Esses sedimentos indicam a formação de uma margem passiva,
onde os detritos erodidos das áreas elevadas foram depositados em bacias sedimentares.

Fase de Subsidência Térmica: Durante essa fase, ocorreu a deposição de rochas

carbonáticas (calcários) e a formação da Formação Ferrífera Banda Cauê, que é rica em
depósitos de minério de ferro. Essa fase indica um ambiente de águas rasas e calmas,
propício para a deposição desses tipos de rochas.

Inversão Tectônica: Em um estágio posterior, houve a inversão tectônica da bacia,

resultando na deformação das rochas e na formação de estruturas como dobras e falhas.
Isso também levou à deposição de rochas de origem mais distante, como os
conglomerados do Grupo Sabará, indicando um ambiente tectonicamente ativo.

● A orogenia de acreção de Minas é um evento geológico significativo que ocorreu na

região do Quadrilátero Ferrífero, localizado no estado de Minas Gerais, Brasil. Essa
orogenia refere-se ao processo de colisão e acreção (junção) de diferentes blocos
continentais durante o período geológico conhecido como Paleoproterozoico.

Durante a orogenia de acreção de Minas, por volta de 2,1 bilhões de anos atrás, ocorreu a
colisão de crátons, que são áreas estáveis de crosta continental, levando à formação de
montanhas, dobras e falhas na crosta terrestre. Esse processo resultou na formação de
estruturas geológicas complexas, como dobras e empurrões, bem como na migração e
deformação de rochas sedimentares e ígneas.

A orogenia de acreção de Minas teve um papel fundamental na evolução geológica da

região do Quadrilátero Ferrífero, influenciando a deposição de sedimentos, a formação de
estruturas tectônicas e a intrusão de rochas magmáticas. Além disso, teve um impacto
significativo na composição e distribuição dos minerais presentes na região, incluindo
importantes depósitos de minério de ferro encontrados no Quadrilátero Ferrífero.