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Direito

Processual Civil – Erik Navarro


Teoria Geral Do Processo

Olá, amigos e amigas! Tudo bem? Pois é, nessa unidade de estudo nós

vamos estudar os aspectos mais introdutórios do processo civil brasileiro. As

fontes formais e materiais do processo, a aplicação das normas processuais,

os institutos fundamentais e os princípios fundamentais de processo civil.

O que é muito importante aqui?

Quando a gente fala das fontes, a polêmica toda da doutrina é saber qual o

papel ocupado pela jurisprudência. Isso vai ser muito importante, porque vai

bater, lá na frente, na força dos precedentes. Então, é um tema que você

precisa prestar atenção.

Quando a gente fala de aplicação das normas processuais, todas as

discussões pertencem à aplicação da norma processual no tempo, ou as

chamadas regras de direito processual intertemporal. Isso é muito importante,

porque nós tivemos uma mudança de Código.

Em 2016, entra em vigor o novo Código de Processo Civil (CPC). E tem várias

questões polêmicas com o Superior Tribunal de Justiça (STJ) resolvendo com

bastante firmeza, principalmente, questões temporais recursais, já que o

regime dos recursos mudou bastante. Existe agora, por exemplo, os

honorários recursais e assim por diante.

Quando a gente vai falar das normas fundamentais, nós temos que lembrar

que todo processo é construído em cima de alguns institutos fundamentais:

jurisdição, processo, ação e defesa. Eu colocaria outro elemento aí, que é a

tutela jurisdicional, que no fim das contas, é aquilo que a gente quer quando

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nos valemos do processo.

Aí existe uma gama enorme de princípios, que foram muito reforçados pelo

novo CPC, com um capítulo só para eles, inclusive, repetindo, alguns princípios

já estavam na Constituição (CF/1988). Nós temos novidades interessantes,

principalmente, o princípio da cooperação, princípio da boa-fé e, claro, nunca

esquecer do princípio síntese de todos os princípios, que é o princípio do

devido processo legal, que em uma visão moderna incorpora o contraditório

como direito de influência.

Então, não se fala mais, no processo civil moderno, em contraditório apenas

como informação e reação, não, é muito mais do que isso. É não decidir sem

ouvir as partes, em hipótese alguma, pois as partes têm direito de participar da

formação do convencimento do juiz.

O processo deixa de ser um processo adversarial, inquisitório - no Brasil ele é

mais inquisitório do que adversarial, vocês vão ver isso nas aulas - e passa a

ser um modelo cooperativo de processo. A condução do processo é paritária,

não é só pelas partes, não é só pelo juiz, mas, sim, pelas partes e pelo juiz,

colaborando para a obtenção de uma decisão de mérito, efetiva, justa e em

prazo razoável. Então, a decisão final é do juiz, mas a condução do processo

até chegar lá é paritária, entre o juiz e as partes.

Uma questão importante, a gente vai trazer isso ao longo do estudo dessa

Unidade toda é: estudar os princípios processuais sim, mas apenas na parte

teórica não, sempre trazer aspectos práticos que consideramos importantes.

Vamos falar da isonomia, da paridade de armas, que a igualdade no processo

tem que ser igualdade material.

Mas, como isso se reflete na legislação e na jurisprudência?

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Então, nós vamos falar, por exemplo, da carga dinâmica da prova, para resolver

hipossuficiências probatórias.

Vai estudar o princípio do contraditório? Ótimo!

Como o STJ tem decidido a questão da prova emprestada? Será que essa

decisão respeita a visão moderna de contraditório? Sim ou não?

Todas essas questões nós vamos enfrentar e nos aventurar juntos ao longo de

toda essa unidade de estudo. Eu espero que você se divirta bastante e, mais

do que isso, eu espero que você retenha o conhecimento necessário para

passar no concurso público, porque é isso que a gente quer e é isso que você

vai conseguir.

A gente se vê lá! Um abraço!

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