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Tecnologia da Construção

Prof. Me. Jefferson Teixeira Olea Homrich


Jefferson.homrich@unidep.edu.br

AULA 06
Estrutura

Pato Branco, Setembro de 2021.


Definição
➢ São as estruturas provisórias, geralmente de madeira, destinadas a dar
forma e suporte aos elementos de concreto até a sua solidificação. Além
da madeira, que pode ser reutilizada várias vezes, tem sido difundido,
ultimamente, o uso de fôrmas metálicas e mistas, combinando elementos
de madeira com peças metálicas, plásticos e pré-moldados.
Porque Usar?
➢ a utilização de mão de obra de treinamento relativamente fácil (carpinteiro);
➢ o uso de equipamentos e complementos pouco complexos e relativamente
baratos (serras manuais e mecânicas, furadeiras, martelos etc.);
➢ boa resistência a impactos e ao manuseio (transporte e armazenagem);
➢ ser de material reciclável, possível a reutilização, características físicas e químicas
condizentes com o uso (mínima variação dimensional devido à temperatura, não-
tóxica, etc.).
➢ As restrições ao uso de madeira como elemento de sustentação e de molde para
concreto armado se referem ao tipo de obra e condições de uso.
Formas de Tábuas
Formas com Compensados
➢ Normalmente são usadas em substituição às tábuas nos painéis das
fôrmas dos elementos de concreto armado.
➢ São apropriadas para o concreto aparente, apresentando um acabamento
superior ao conseguido com painéis de tábuas.
➢ Nas obras correntes são utilizadas chapas resinadas, por serem mais
baratas e nas obras onde se requer melhor acabamento, exige-se o uso de
chapas plastificadas, que embora de maior custo, obtém-se um maior
número de reaproveitamento.
Formas com Compensados
➢ No caso da utilização de chapas é recomendável estudar o projeto de
fôrmas a fim de otimizar o corte de maneira a reduzir as perdas.
➢ As bordas cortadas devem ser pintadas com tinta apropriada para evitar a
infiltração de umidade e elementos químicos do concreto entre as
lâminas, principal fator de deterioração das chapas.
Formas com Compensados
Formas com Compensados
Complementos
➢ Os complementos e acessórios são utilizados para reforçar e sustentar
(solidarizar) os painéis de tábuas e de chapas compensadas e podem ser
peças únicas de madeira ou metálicas ou, ainda, conjuntos de peças de
madeira e metal, como por exemplo: guias, talas de emenda, cunhas,
placas de apoio, chapuzes, gravatas, escoras (mão-francesa), espaçadores,
estais, tirantes etc. Nos casos das peças de madeira, pode-se usar:
sarrafos de ½”x2”; ripas de 1”x2”, 1”x3”; caibros de 2”x3”, 3”x4”, 2”x4”,
4”x5”; pontaletes de 2”x2”, 3”x3”, 4”x4”, etc.
Complementos
Formas metálicas
➢ Chapas metálicas de diversas espessuras depende das dimensões dos
elementos a concretar e dos esforços que deverão resistir.
➢ Os painéis metálicos são indicados para a fabricação de elementos de
concreto pré-moldados e as fôrmas permanecem fixas durante as fases de
armação, lançamento, adensamento e cura. Em geral possuem vibradores
acoplados nas próprias fôrmas.
➢ Nas obras os elementos metálicos mais usados são as escoras e
travamentos. Os investimentos são maiores, porém elas são duráveis.
Formas metálicas
Formas metálicas
Formas metálicas
Formas mistas
➢ Geralmente são painéis de madeira com travamentos e escoramentos
metálicos. As partes metálicas têm durabilidade quase que infinita (se
bem cuidadas) e enquanto nas peças de madeira é restrita a uma obra em
particular ou com algum aproveitamento para outras obras.
Formas mistas
Formas - Cuidados
Para a execução de fôrmas na obra alguns cuidados devem ser levados em
conta previamente a elaboração das fôrmas, como por exemplo:
➢ o recebimento e estocagem das peças brutas de madeira e dos
compensados;
➢ a existência do projeto estrutural completo com a indicação das
prumadas e embutidos das instalações prediais (água, esgoto, elétrica,
telefone etc.) e do projeto de fôrmas;
➢ preferencialmente, a existência de uma carpintaria (central de fôrmas)
com todos os equipamentos e bancadas necessários.
Formas - Cuidados
Além disso, deve-se seguir as seguintes condições:
➢ Obedecer criteriosamente à planta de fôrmas do projeto estrutural;
➢ Ser dimensionadas para resistir aos esforços:
* Peso próprio das formas;
* Peso próprio das armaduras e do concreto;
* Peso próprio dos operários e equipamentos;
* Vibrações devido ao adensamento;
➢ As fôrmas devem ser estanques, não permitindo a passagem de
argamassa pelas frestas das tábuas;
➢ Devem ser executadas de modo a possibilitar o maior número possível de
reutilizações, proporcionando economia no material e mão de obra.
Formas - Pilares
TRANSFERÊNCIA DE EIXOS:
➢ Atenção na transferência dos eixos do piso anterior (no caso de edificação
com pavimento tipo) para a laje em execução e do nível de referência, de
forma a garantir a geometria da obra (prumos e níveis) exatamente como
está prevista no projeto.
Formas - Pilares
Formas - Pilares
➢ No caso de um pilar retangular, os painéis A e B são compostos por
chapas de madeira compensadas com dois sarrafos pregados nas laterais,
que são chamados de sarrafos de pressão.
➢ Estes sarrafos têm como objetivo sustentar os painéis C e D.
➢ Os painéis C e D, também chamados de fundos de pilar, são compostos
por chapas de madeira compensadas e geralmente dois sarrafos.
➢ Estes sarrafos têm como finalidade unir as chapas e facilitar a montagem
das formas.
Formas - Pilares
➢ Na montagem são colocados dois pontaletes 3 “x 3”, um de cada lado do
painel. Estes pontaletes deverão ser aprumados, ou seja, colocados
perfeitamente na posição vertical. Isto é conseguido com o auxílio de
sarrafos de madeira ou aprumadores tubulares.
➢ Estes pontaletes são “apontados”, ou seja, pregados de maneira
provisória, no painel A ou no painel B. Em seguida, são encaixados os
painéis C e D. Com estes três painéis montados, inicia-se a colocação das
armaduras. Finalizada esta etapa, fecha-se a forma com o último painel e
executa-se o travamento dos mesmos.
Formas - Pilares
Formas - Pilares
➢ Os painéis são estruturados verticalmente com pontaletes e longarinas de
madeira, que são travados através de tensores e barras de ferro. Em muitos
casos, prefere-se utilizar apenas as longarinas no lugar dos pontaletes.
➢ A longarina de travamento, também chamada de sanduíche de madeira, é
composta de dois sarrafos de 1 “x 4” pregados entre eles através de
“bolachas”, que são fabricadas com retalhos de chapas de madeira
compensadas
Formas - Pilares
Formas - Pilares
Formas - Pilares
Formas - Pilares
Formas - Pilares
Formas - Pilares
Formas - Pilares
Formas - Pilares
Formas - Pilares
Formas - Vigas
➢ As fôrmas das vigas podem ser lançadas após a concretagem dos pilares
ou no conjunto de fôrmas pilares, vigas e lajes para serem concretadas ao
mesmo tempo. O usual é lançar as fôrmas de vigas a partir das cabeças
dos pilares com apoios intermediários em garfos ou escoras.
Formas - Vigas
Formas - Vigas
Formas - Vigas
Formas - Vigas
Formas - Vigas
Formas - Laje
➢ Os procedimentos para lançamento das fôrmas das lajes dependem do
tipo de laje que vai ser executada e geralmente fazem parte do conjunto
de atividades da execução das fôrmas de vigas e pilares. A exceção de
lajes pre-moldadas que são lançadas a posteriori da concretagem das
vigas é usual, nos demais casos, (pré-fabricadas, moldadas in loco)
providenciar a execução dos moldes em conjunto com as vigas, para
serem solidarizadas na concretagem.
Formas - Laje
Formas - Laje
Formas - Laje
Formas - Laje
Formas - Laje
Formas - Laje
Esquema geral
Escoramento
➢ O escoramento com madeira é geralmente mais barato, em razão
da grande oferta do material no mercado e além disso, as peças
podem ser reaproveitadas em outras partes da obra;
➢ É o tipo de escoramento mais utilizado fora dos grandes centros
urbanos. Porém, as peças sofrem deformações mais facilmente,
inclusive pelas condições atmosféricas, além de serem de um
material combustível.
Escoramento
➢ Tronco: sistema mais rudimentar, geralmente se utilizam troncos de
eucalipto de Ø 10 cm. O material é heterogêneo, e as peças
diferentes entre si. O ajuste de altura deve ser feito com cunhas de
madeira.
Escoramento
Escoramento
➢ Pontalete/caibro: mais difundido, o sistema utiliza escoras com
seção quadrada (3"x 3") e feitas de pinho, material mais
homogêneo. As peças são padronizadas, produzidas com madeira
beneficiada, que confere maior capacidade de carga.
Escoramento Metálico
➢ As escoras industrializadas metálicas possuem maior capacidade de
carga e maior durabilidade. Isso se traduz na necessidade de menos
peças para o escoramento, possibilitando maior mobilidade à
equipe na laje. Geralmente possuem roscas que permitem o ajuste
fino da altura das peças. São dois os principais sistemas de
escoramento metálico:
Escoramento Metálico
Escoramento
➢ Fôrmas e escoramentos devem ser removidos de acordo com o
plano de desforma previamente estabelecido e de maneira a não
comprometer a segurança e o desempenho em serviço da
estrutura.
➢ Para efetuar sua remoção devem ser considerados os seguintes
aspectos:
➢ peso próprio da estrutura ou da parte a ser suportada por um determinado
elemento estrutural;
➢ cargas devidas a fôrmas ainda não retiradas de outros elementos estruturais
(pavimentos);
Escoramento
➢ sobrecargas de execução, como movimentação de operários e material sobre
o elemento estrutural;
➢ seqüência de retirada das fôrmas e escoramentos e a possível permanência
de escoramentos localizados;
➢ operações particulares e localizadas de retirada de fôrmas (como locais de
difícil acesso);
➢ condições ambientais a que será submetido o concreto após a retirada das
fôrmas e as condições de cura;
➢ possíveis exigências relativas a tratamentos superficiais posteriores.
Escoramento
Procedimento para Desforma
➢ Respeitar o tempo de cura para início da desforma, que segundo a norma de
execução de concreto armado, dado por:
✓ 3 dias para retirada de fôrmas de faces laterais;
✓ 7 dias para retirada de fôrmas de fundo;
✓ 21 dias para retirada total do escoramento;
➢ Execução do reescoramento;
➢ Retirada dos painéis com cuidado;
➢ Limpeza e reparo dos painéis;
➢ Transporte dos painéis para o local de montagem;
➢ Verificação do concreto das pelas desformadas.
Escoramento

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