Definição ➢ São as estruturas provisórias, geralmente de madeira, destinadas a dar forma e suporte aos elementos de concreto até a sua solidificação. Além da madeira, que pode ser reutilizada várias vezes, tem sido difundido, ultimamente, o uso de fôrmas metálicas e mistas, combinando elementos de madeira com peças metálicas, plásticos e pré-moldados. Porque Usar? ➢ a utilização de mão de obra de treinamento relativamente fácil (carpinteiro); ➢ o uso de equipamentos e complementos pouco complexos e relativamente baratos (serras manuais e mecânicas, furadeiras, martelos etc.); ➢ boa resistência a impactos e ao manuseio (transporte e armazenagem); ➢ ser de material reciclável, possível a reutilização, características físicas e químicas condizentes com o uso (mínima variação dimensional devido à temperatura, não- tóxica, etc.). ➢ As restrições ao uso de madeira como elemento de sustentação e de molde para concreto armado se referem ao tipo de obra e condições de uso. Formas de Tábuas Formas com Compensados ➢ Normalmente são usadas em substituição às tábuas nos painéis das fôrmas dos elementos de concreto armado. ➢ São apropriadas para o concreto aparente, apresentando um acabamento superior ao conseguido com painéis de tábuas. ➢ Nas obras correntes são utilizadas chapas resinadas, por serem mais baratas e nas obras onde se requer melhor acabamento, exige-se o uso de chapas plastificadas, que embora de maior custo, obtém-se um maior número de reaproveitamento. Formas com Compensados ➢ No caso da utilização de chapas é recomendável estudar o projeto de fôrmas a fim de otimizar o corte de maneira a reduzir as perdas. ➢ As bordas cortadas devem ser pintadas com tinta apropriada para evitar a infiltração de umidade e elementos químicos do concreto entre as lâminas, principal fator de deterioração das chapas. Formas com Compensados Formas com Compensados Complementos ➢ Os complementos e acessórios são utilizados para reforçar e sustentar (solidarizar) os painéis de tábuas e de chapas compensadas e podem ser peças únicas de madeira ou metálicas ou, ainda, conjuntos de peças de madeira e metal, como por exemplo: guias, talas de emenda, cunhas, placas de apoio, chapuzes, gravatas, escoras (mão-francesa), espaçadores, estais, tirantes etc. Nos casos das peças de madeira, pode-se usar: sarrafos de ½”x2”; ripas de 1”x2”, 1”x3”; caibros de 2”x3”, 3”x4”, 2”x4”, 4”x5”; pontaletes de 2”x2”, 3”x3”, 4”x4”, etc. Complementos Formas metálicas ➢ Chapas metálicas de diversas espessuras depende das dimensões dos elementos a concretar e dos esforços que deverão resistir. ➢ Os painéis metálicos são indicados para a fabricação de elementos de concreto pré-moldados e as fôrmas permanecem fixas durante as fases de armação, lançamento, adensamento e cura. Em geral possuem vibradores acoplados nas próprias fôrmas. ➢ Nas obras os elementos metálicos mais usados são as escoras e travamentos. Os investimentos são maiores, porém elas são duráveis. Formas metálicas Formas metálicas Formas metálicas Formas mistas ➢ Geralmente são painéis de madeira com travamentos e escoramentos metálicos. As partes metálicas têm durabilidade quase que infinita (se bem cuidadas) e enquanto nas peças de madeira é restrita a uma obra em particular ou com algum aproveitamento para outras obras. Formas mistas Formas - Cuidados Para a execução de fôrmas na obra alguns cuidados devem ser levados em conta previamente a elaboração das fôrmas, como por exemplo: ➢ o recebimento e estocagem das peças brutas de madeira e dos compensados; ➢ a existência do projeto estrutural completo com a indicação das prumadas e embutidos das instalações prediais (água, esgoto, elétrica, telefone etc.) e do projeto de fôrmas; ➢ preferencialmente, a existência de uma carpintaria (central de fôrmas) com todos os equipamentos e bancadas necessários. Formas - Cuidados Além disso, deve-se seguir as seguintes condições: ➢ Obedecer criteriosamente à planta de fôrmas do projeto estrutural; ➢ Ser dimensionadas para resistir aos esforços: * Peso próprio das formas; * Peso próprio das armaduras e do concreto; * Peso próprio dos operários e equipamentos; * Vibrações devido ao adensamento; ➢ As fôrmas devem ser estanques, não permitindo a passagem de argamassa pelas frestas das tábuas; ➢ Devem ser executadas de modo a possibilitar o maior número possível de reutilizações, proporcionando economia no material e mão de obra. Formas - Pilares TRANSFERÊNCIA DE EIXOS: ➢ Atenção na transferência dos eixos do piso anterior (no caso de edificação com pavimento tipo) para a laje em execução e do nível de referência, de forma a garantir a geometria da obra (prumos e níveis) exatamente como está prevista no projeto. Formas - Pilares Formas - Pilares ➢ No caso de um pilar retangular, os painéis A e B são compostos por chapas de madeira compensadas com dois sarrafos pregados nas laterais, que são chamados de sarrafos de pressão. ➢ Estes sarrafos têm como objetivo sustentar os painéis C e D. ➢ Os painéis C e D, também chamados de fundos de pilar, são compostos por chapas de madeira compensadas e geralmente dois sarrafos. ➢ Estes sarrafos têm como finalidade unir as chapas e facilitar a montagem das formas. Formas - Pilares ➢ Na montagem são colocados dois pontaletes 3 “x 3”, um de cada lado do painel. Estes pontaletes deverão ser aprumados, ou seja, colocados perfeitamente na posição vertical. Isto é conseguido com o auxílio de sarrafos de madeira ou aprumadores tubulares. ➢ Estes pontaletes são “apontados”, ou seja, pregados de maneira provisória, no painel A ou no painel B. Em seguida, são encaixados os painéis C e D. Com estes três painéis montados, inicia-se a colocação das armaduras. Finalizada esta etapa, fecha-se a forma com o último painel e executa-se o travamento dos mesmos. Formas - Pilares Formas - Pilares ➢ Os painéis são estruturados verticalmente com pontaletes e longarinas de madeira, que são travados através de tensores e barras de ferro. Em muitos casos, prefere-se utilizar apenas as longarinas no lugar dos pontaletes. ➢ A longarina de travamento, também chamada de sanduíche de madeira, é composta de dois sarrafos de 1 “x 4” pregados entre eles através de “bolachas”, que são fabricadas com retalhos de chapas de madeira compensadas Formas - Pilares Formas - Pilares Formas - Pilares Formas - Pilares Formas - Pilares Formas - Pilares Formas - Pilares Formas - Pilares Formas - Pilares Formas - Vigas ➢ As fôrmas das vigas podem ser lançadas após a concretagem dos pilares ou no conjunto de fôrmas pilares, vigas e lajes para serem concretadas ao mesmo tempo. O usual é lançar as fôrmas de vigas a partir das cabeças dos pilares com apoios intermediários em garfos ou escoras. Formas - Vigas Formas - Vigas Formas - Vigas Formas - Vigas Formas - Vigas Formas - Laje ➢ Os procedimentos para lançamento das fôrmas das lajes dependem do tipo de laje que vai ser executada e geralmente fazem parte do conjunto de atividades da execução das fôrmas de vigas e pilares. A exceção de lajes pre-moldadas que são lançadas a posteriori da concretagem das vigas é usual, nos demais casos, (pré-fabricadas, moldadas in loco) providenciar a execução dos moldes em conjunto com as vigas, para serem solidarizadas na concretagem. Formas - Laje Formas - Laje Formas - Laje Formas - Laje Formas - Laje Formas - Laje Esquema geral Escoramento ➢ O escoramento com madeira é geralmente mais barato, em razão da grande oferta do material no mercado e além disso, as peças podem ser reaproveitadas em outras partes da obra; ➢ É o tipo de escoramento mais utilizado fora dos grandes centros urbanos. Porém, as peças sofrem deformações mais facilmente, inclusive pelas condições atmosféricas, além de serem de um material combustível. Escoramento ➢ Tronco: sistema mais rudimentar, geralmente se utilizam troncos de eucalipto de Ø 10 cm. O material é heterogêneo, e as peças diferentes entre si. O ajuste de altura deve ser feito com cunhas de madeira. Escoramento Escoramento ➢ Pontalete/caibro: mais difundido, o sistema utiliza escoras com seção quadrada (3"x 3") e feitas de pinho, material mais homogêneo. As peças são padronizadas, produzidas com madeira beneficiada, que confere maior capacidade de carga. Escoramento Metálico ➢ As escoras industrializadas metálicas possuem maior capacidade de carga e maior durabilidade. Isso se traduz na necessidade de menos peças para o escoramento, possibilitando maior mobilidade à equipe na laje. Geralmente possuem roscas que permitem o ajuste fino da altura das peças. São dois os principais sistemas de escoramento metálico: Escoramento Metálico Escoramento ➢ Fôrmas e escoramentos devem ser removidos de acordo com o plano de desforma previamente estabelecido e de maneira a não comprometer a segurança e o desempenho em serviço da estrutura. ➢ Para efetuar sua remoção devem ser considerados os seguintes aspectos: ➢ peso próprio da estrutura ou da parte a ser suportada por um determinado elemento estrutural; ➢ cargas devidas a fôrmas ainda não retiradas de outros elementos estruturais (pavimentos); Escoramento ➢ sobrecargas de execução, como movimentação de operários e material sobre o elemento estrutural; ➢ seqüência de retirada das fôrmas e escoramentos e a possível permanência de escoramentos localizados; ➢ operações particulares e localizadas de retirada de fôrmas (como locais de difícil acesso); ➢ condições ambientais a que será submetido o concreto após a retirada das fôrmas e as condições de cura; ➢ possíveis exigências relativas a tratamentos superficiais posteriores. Escoramento Procedimento para Desforma ➢ Respeitar o tempo de cura para início da desforma, que segundo a norma de execução de concreto armado, dado por: ✓ 3 dias para retirada de fôrmas de faces laterais; ✓ 7 dias para retirada de fôrmas de fundo; ✓ 21 dias para retirada total do escoramento; ➢ Execução do reescoramento; ➢ Retirada dos painéis com cuidado; ➢ Limpeza e reparo dos painéis; ➢ Transporte dos painéis para o local de montagem; ➢ Verificação do concreto das pelas desformadas. Escoramento