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O perigo das redes sociais

A internet e as redes sociais criaram um espaço infinito para a livre circulação de ideias
e opiniões. O reboque, nesse território é instalado tribunais instantâneos que elevam ou
enterram as reputações de celebridades e gente comum sem a menor piedade.  Nesse
meio é possível ter acessos aos mais brilhantes pensadores e conhecer gente bacana
para, no clique seguinte, entrar na mira do pior dos criminosos ou ser vítima do mais
insuspeito mau-caráter.
Atualmente, bilhões de pessoas fazem uso de redes sociais todos os dias. Seja para
comunicação, entretenimento ou informação, é inegável que essas plataformas são
dominantes no âmbito virtual. Então, redes sociais podem ser vistas como qualquer
coisa, menos como simples locais para postar mensagens e curtir fotos.
Parece irônico falar em exposição nas redes sociais, já que esse é um dos principais
propósitos dessas plataformas: postar suas fotos, falar sobre a sua vida, mostrar sua
rotina, expor aquilo que você gosta (e o que você não gosta), entre outras coisas, é o
que se espera de um perfil nas redes sociais. Mas a exposição excessiva é um
problema real. Há uma grande quantidade de crimes cometidos com ajuda de
informações obtidas por aquilo que as próprias vítimas postam em seus perfis.
Falar excessivamente sobre sua rotina, sobre a vida das pessoas da sua casa, os bens
que vocês possuem e o que gostam de fazer dá aos criminosos dicas valiosas sobre o
que fazer e como agir para prejudicar e ferir a você e aqueles que você ama e o que
você tem.
Vale destacar também que a dependência do uso das redes sociais pode se tornar algo
contínuo. Como essas plataformas são movidas por likes, comentários e quanta
atenção você consegue obter, há uma forte indução das áreas do cérebro responsáveis
pelo prazer (a dopamina) ligadas a esses fatores. Ou seja: você começa a depender
desses likes para sentir mais e mais prazer, e quanto mais você obtém essa sensação,
mais precisa dela.
Na verdade, o impacto das redes sociais no cérebro humano possui várias
similaridades com o que é causado por vários tipos de drogas. Elas distorcem o
sistema de recompensa e mantêm os usuários cada vez mais dependentes delas.
Depois dessas informações sobre os riscos envolvidos no uso das redes sociais mais
variadas, é importante saber dosar não só o que você posta nelas, mas o próprio
tempo que você gasta nessas plataformas.
Crimes cometidos nas redes sociais
Infelizmente, nem todos usam as redes sociais para a sua real finalidade: conectar-se
com outras pessoas. O ambiente online se torna cada dia mais, um terreno aberto aos
delitos virtuais.
Enganam-se quem pensa que o mundo virtual é livre de leis e de regras. Desde 2014,
o espaço cibernético é regido pelo Marco Civil da Internet, que determina os direitos e
deveres do internauta. A legislação prevê, ainda, punições a quem comete crimes
virtuais, com o amparo do Código Penal e do Código Civil.
Muitos dos crimes cometidos nas redes sociais já eram, e continuam sendo, os
mesmos praticados no mundo real. A diferença, é que os criminosos encontram na
Internet a facilidade de se esconderem atrás de perfis anônimos para cometer seus
delitos. Há, ainda, quem atua com perfis reais, desconhecendo a legislação ou
acreditando que seu ato passará impune. Quem sofre um ataque nas redes sociais
deve denunciar e fazer valer seus direitos. No entanto, nem todos sabem que estão
sendo vítimas de um crime virtual. Os principais delitos na Internet são relacionados
aos crimes contra a honra (injúria, difamação e calúnia), contra a liberdade pessoal e à
falsidade ideológica:
INJÚRIA: ofender, xingar, chamar alguém de algo que se considera ofensivo, atingindo
sua honra.
DIFAMAÇÃO: afirmar que alguém cometeu algo desonroso, como a traição, afetando
sua reputação.
AMEAÇA: ameaçar alguém, por escrito, palavra ou gesto. É um crime contra a
liberdade pessoal.
FALSIDADE IDEOLÓGICA: criar um perfil falso nas redes sociais se passando por
outra pessoa.

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