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Produção Textual – Unidade 3

O texto argumentativo
Professores:
Felipe Guimarães
Thamires Batista
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA REDAÇÃO - ENEM

2. Compreender a proposta de
redação e aplicar conceitos das 3. Selecionar, relacionar,
1. Demonstrar domínio da várias áreas de conhecimento organizar e interpretar
modalidade escrita formal para desenvolver o tema, informações, fatos, opiniões e
da língua portuguesa dentro dos limites estruturais argumentos em defesa de um
do texto dissertativo- ponto de vista
argumentativo em prosa

4. Demonstrar conhecimento 5. Elaborar proposta de


dos mecanismos linguísticos intervenção para o problema
necessários para a abordado, respeitando os
argumentação direitos humanos
O QUE É UM TEXTO DISSERTATIVO-
ARGUMENTATIVO?
• O texto dissertativo-argumentativo é uma espécie
de texto que une dois tipos textuais.
• A tipologia textual está relacionada com a forma como
um texto apresenta-se e é caracterizada pela presença de
certos traços linguísticos predominantes.
• Este tipo de texto é caracterizado pela exposição e
análise um determinado assunto de forma coesa e
coerente (dissertação) e pela expressão de uma postura
crítica (argumentação).
Exemplo:
“A rotina, na maioria das vezes, é criticada e
desvalorizada. Tentamos sempre evitá-la, pois a
associamos à monotonia e à falta de criatividade,
à falta de emoção. Mas a rotina tem sua beleza.
Ela nos traz segurança. A rotina nos propicia a
certeza, o sossego e evita surpresas que nem
sempre podem ser agradáveis. A rotina permite
o planejamento, permite antecipação e preparo.”
Planejando um texto argumentativo
• Identificar o tema
• Identificar ou definir sua tese
• Identificar seu posicionamento
• Selecionar informações para dar suporte à tese
Roleta-russa, agora no ar
São Paulo acrescenta continuamente requintes à roleta-
russa em que se transformou a vida na cidade. Antes, o
paulistano já sabia que, se escapasse de assalto, poderia cair em
um sequestro (relâmpago ou duradouro, que a roleta-russa é
sofisticada).
Se não fosse sequestrado, teria o carro roubado. Se ficasse
com o carro, afundaria em algum dos alagamentos bíblicos do
cotidiano. Se não naufragasse, ficaria preso em um
congestionamento cinematográfico. E, se nada disso ocorresse,
ainda haveria na agulha a bala de cair no buraco do metrô e ter o
cadáver resgatado apenas uma semana ou dez dias depois. Soma-
se agora à roleta-russa até o ato de fugir dela ao deixar a cidade
por via aérea. Sempre há o risco de levar para ir ao Rio ou a
Salvador o mesmo tempo que cidadãos normais tardam para ir
de Nova York a Londres (ou até Tóquio).
Roleta-russa, agora no ar
O caos aéreo serviu para acentuar outra característica dos
paulistas (na verdade, comum a 99% dos brasileiros): em vez de
enfrentar o problema, tratam de acomodar-se a ele. No lugar de
drásticos protestos contra o apagão dos voos, o brasileiro faz estoque de
livros, de iPods ou de "games" para celular -e aguenta o tranco na
roleta-russa dos aeroportos. Já já alguém vai escrever o manual de
auto-ajuda: "Como passar o dia em Congonhas e ser feliz". Nem em
aeroporto do interior do Haiti admite-se que a chuva possa ser motivo
para interrupção dos voos. Aqui, aceita-se tranquilamente medir o
volume de água na pista para autorizar ou não voos no mais
movimentado aeroporto da pátria esculhambada.
Coisa de comédia, que, no entanto, se incorporou aos usos e
costumes do país, como se fosse parte da paisagem. Como as favelas, as
balas perdidas, os assaltos, os sequestros, a educação em frangalhos, a
saúde profundamente doente, os políticos corruptos...
(ROSSI, Clóvis. Folha de São Paulo, 20/03/2007)
Roleta-russa, agora no ar
• TEMA: Caos aéreo
• TESE: “Viajar de avião agora é parte da roleta-russa em
que se transformou a vida na cidade, além do que as
pessoas mais se acomodam a ela do que a enfrentam.”
• ARGUMENTOS:
▫ 1) “Sempre há o risco de levar para ir ao Rio ou a Salvador o
mesmo tempo que cidadãos normais tardam para ir de
Nova York a Londres (ou até Tóquio).”
▫ 2) “No lugar de drásticos protestos contra o apagão dos
voos, o brasileiro faz estoque de livros, de iPods ou de
“games” para celular – e aguenta o tranco na roleta-russa
dos aeroportos.”
Como elaborar argumentos?
Um meio de elaboramos argumentos é transformar a nossa tese em uma pergunta. Por
exemplo:

• TEMA: Caos aéreo


• TESE: Ao caos da cidade soma-se o caos aéreo, ao qual a população já se acostuma.
▫ “Viajar de avião agora é parte da roleta-russa em que se transformou a vida na
cidade, além do que as pessoas mais se acomodam a ela do que a enfrentam.”
• PERGUNTA: Por que viagens aéreas são consideradas caóticas? Como a população
lida com este caos?
• ARGUMENTOS:
▫ 1) Os voos domésticos podem custar ao passageiro tanto tempo quanto voos
internacionais, uma vez que inúmeros imprevistos podem acontecer.
 “Sempre há o risco de levar para ir ao Rio ou a Salvador o mesmo tempo que cidadãos
normais tardam para ir de Nova York a Londres (ou até Tóquio).”
▫ 2) Acostumada com o caos, tanto na cidade quanto nos aeroportos, a população
não protesta. Em vez disso, se acomoda e utiliza de diversas distrações para lidar
com ele.
 “No lugar de drásticos protestos contra o apagão dos voos, o brasileiro faz estoque de
livros, de iPods ou de “games” para celular – e aguenta o tranco na roleta-russa dos
aeroportos.”
5 min

Exercício 1
• Escolha uma das palavras listadas.

CRIMINALIDADE – HOMOFOBIA – FAMÍLIA –


INCLUSÃO/EXCLUSÃO SOCIAL –MOBILIDADE URBANA –
DIREITOS HUMANOS – BULLYING – TECNOLOGIA –
INTOLERÂNCIA – DESEMPREGO -VIOLÊNCIA

• a) delimite-a, ou seja, faça um recorte do assunto,


indicando que aspecto(s) será(ão) abordado(s);
• b) elabore uma tese, isto é, uma frase verbal, que
contenha seu posicionamento sobre cada tema já
delimitado.
5 min

Exercício 2
• Formule 3 argumentos para sua tese.
7 min

Exercício 3
• Elabore um parágrafo usando os argumentos
planejados.
Produção Textual – Unidade 4

O tópico frasal
Professores:
Felipe Guimarães
Thamires Batista
Tópico frasal
• Todo parágrafo deve girar em torno de uma
ideia principal: o tópico frasal (TF). Essa ideia
sintetiza o conteúdo do parágrafo na medida em
que expressa, de maneira sucinta, a informação
mais relevante do mesmo. Vem expressa por
meio de uma frase verbal, que orienta ou
governa o resto do parágrafo. A partir do tópico
frasal, nascem outros períodos secundários ou
periféricos.
Tópico frasal
• Costuma aparecer no início do parágrafo:

“A tortura é um ato imoral e constitui crime. Embora não


exista ainda nas leis penais a definição de “crime de
tortura”, torturar um preso ou detido é abuso de
autoridade somado a agressões e lesões corporais,
podendo qualificar-se como homicídio, quando a vítima
da tortura vem a morrer. Como tem sido denunciado
com grande frequência, policiais incompetentes,
incapazes de realizar uma investigação séria, usam a
tortura para obrigar o preso a confessar um crime. A
confissão obtida desta forma não tem valor legal e o
torturador fica sujeito a severas punições.”
Tópico frasal
• Pode aparecer (raramente) no meio do parágrafo:

“Em muitas partes do mundo ocidental a pessoa significa o indivíduo


envolto pela pele. No norte da Europa, por exemplo, a pele e mesmo
as roupas da pessoa não podem ser tocadas, sem permissão, por um
estranho. Em algumas partes da França, o mero toque de outra
pessoa, durante uma briga, costuma ser legalmente definido como
assalto. Para os árabes, a localização da pessoa, em relação ao corpo,
é bem diferente. A pessoa fica bem no interior do corpo, mas não
está completamente protegida, porque pode ser tocada pelo insulto;
a pessoa está protegida contra o ataque físico dos outros, mas não
contra as palavras. A dissociação entre corpo e pessoa explica o
costume, na Arábia Saudita, de amputar publicamente a mão do
ladrão (castigo físico, sem ferir a pessoa). ”
Tópico frasal
• Pode aparecer (raramente) no final do parágrafo:

“Vai o gado na estrada mansamente, rota segura e limpa, chã e larga batida e
tranquila, ao tom monótono dos ‘eias’! dos vaqueiros. Caem as patas no chão em
bulha compassada. Na vaga doçura dos olhos dilatados transluz a inconsciente
resignação das alimárias, oscilantes as cabeças, pendente a margem dos
perigalhos, as aspas no ar em silva rasteira por sobre o dorso da manda. Dir-se-ia
a paciência da marcha, abstrata de si mesma, ao tintintar dos chocalhos, em
pachorrenta andadura, espertada automaticamente pela vara dos boiadeiros. Eis
senão quando, não se atina por quê, a um acidente mínimo, um bicho inofensivo que
passa a fugir, um grito de um pássaro na capoeira, o estalido de uma rama no
arvoredo, se sobressalta uma das reses, abala, desfecha a correr, e após ela se
arremessa, em doida arrancada, atropeladamente, o gado todo. Nada mais o
reprime. Nem brados, nem aguilhadas, o detém, nem tropeços, voltas aos barrancos
por d’avante. E lá vai incessantemente, o pânico em desfilada, como se os demônios
o tangessem, léguas e léguas, até que, exausto o alento, esmorece e cessa, afinal, a
carreira, como começou, pela cessação do seu impulso. Eis o estouro da boiada ”
Tópico frasal
• Em alguns casos, pode estar implícito:

• “Na Idade Média, as aulas da Universidade de Paris começavam às cinco horas da


manhã. As primeiras atividades constavam de palestras extraordinárias; eram as
mais importantes palestras do dia. Após várias palestras regulares, havia pequeno
lanche; depois os estudantes assistiam a leituras extraordinárias, dadas à tarde
pelos professores menos importantes, os quais geralmente tinham de 14 a 15 anos. O
estudante gastava 10 ou 12 horas diárias com os professores, assistindo às aulas até
à tardinha, quando ocorriam eventos esportivos. Depois dos esportes, o dia escolar
prosseguia: existiam, ainda, as tarefas de copiar, recopiar e memorizar notas, até a
luz permitir. Havia pouco intervalo no calendário escolar; as férias de Natal eram
de aproximadamente três semanas, e as férias de verão, apenas de um mês.”

• Formulando um tópico frasal para esse parágrafo, teríamos: O longo dia escolar na
Universidade de Paris, durante a Idade Média, requeria muita dedicação dos
estudantes.
Tópico frasal
• Existem 18 maneiras de expressar um tópico frasal. Listaremos aqui
apenas as mais relevantes.

1. Uma declaração (tema: liberação da maconha)


É um grave erro a liberação da maconha. Provocará de imediato violenta
elevação do consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda
exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação
de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda.
2. Definição (tema: o mito)
O mito, entre os povos primitivos, é uma forma de se situar no mundo, isto é,
de encontrar o seu lugar entre os demais seres da natureza. É um modo
ingênuo, fantasioso, anterior a toda reflexão e não-crítico de estabelecer
algumas verdades que não só explicam parte dos fenômenos naturais ou
mesmo a construção cultural, mas que dão, também, as formas da ação
humana.
Tópico frasal
3. Divisão (tema: exclusão social)
Predominam ainda no Brasil duas convicções errôneas sobre o problema da
exclusão social: a de que ela deve ser enfrentada apenas pelo poder público
e a de que sua superação envolve muitos recursos e esforços
extraordinários. Experiências relatadas nesta Folha mostram que o
combate à marginalidade social em Nova York vem contando com
intensivos esforços do poder público e ampla participação da iniciativa
privada.
4. Oposição (tema: a educação no Brasil)
De um lado, professores mal pagos, desestimulados, esquecidos pelo governo.
De outro, gastos excessivos com computadores, antenas parabólicas,
aparelhos de videocassete. É este o paradoxo que vive hoje a educação no
Brasil.
5. Uma pergunta (tema: a saúde no Brasil)
Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil? Os
contribuintes já estão cansados de tirar dinheiro do bolso para tapar um
buraco que parece não ter fim. A cada ano, somos lesados por novos
impostos para alimentar um sistema que só parece piorar.
Tópico frasal
6. Citação de forma indireta (tema: consumismo)
Para Marx a religião é o ópio do povo. Raymond Aron deu
o troco: o marxismo é o ópio dos intelectuais. Mas nos
Estados Unidos o ópio do povo é mesmo ir às compras.
Como as modas americanas são contagiosas, é bom ver
de que se trata.
7. Exposição de ponto de vista oposto (tema: o
provão)
O ministro da Educação se esforça para convencer de que o
provão é fundamental para a melhoria da qualidade do
ensino superior. Para isso, vem ocupando generosos
espaços na mídia e fazendo milionária campanha
publicitária, ensinando como gastar mal o dinheiro que
deveria ser investido na educação.
Tópico frasal
8. Comparação (tema: reforma agrária)
O tema da reforma agrária está presente há bastante tempo nas
discussões sobre os problemas mais graves que afetam o Brasil.
Numa comparação entre o movimento pela abolição da escravidão
no Brasil, no final do século passado e, atualmente, o movimento
pela reforma agrária, podemos perceber algumas semelhanças.
Como na época da abolição da escravidão existiam elementos
favoráveis e contrários a ela, também hoje há os que são a favor e os
que contra a implantação da reforma agrária no Brasil.
9. Exemplificação / ilustração (tema: aborto)
O Jornal do Comércio, de Manaus, publicou um anúncio em que uma
jovem de dezoito anos, já mãe de duas filhas, dizia estar grávida mas
não queria a criança. Ela a entregaria a quem se dispusesse a pagar
sua ligação de trompas. Preferia dar o filho a ter que fazer um
aborto. O tema é tabu no Brasil. (...)
Exercício 1
Escreva dois tópicos frasais (interrogação e
declaração inicial) a respeito do seguinte tema:

• O trabalho da mulher fora de casa.


Exercício 2
• Leia com atenção os parágrafos a seguir
apresentados, destaque os tópicos frasais e
classifique-os:
Exercício 2
a) O plano nacional de desenvolvimento previsto para os próximos
quatro anos, batizado de Avança Brasil pelos marqueteiros oficiais e
registrado no cartório da burocracia federal pelo nome de Plano
Plurianual (PPA), conseguiu um ano de pesquisas e estudos técnicos
de consultorias privadas. Durante a elaboração, o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão pagou 14 milhões de reais a um
consórcio liderado pela Booz-Allen & Hamilton, pela Construtora
Bechtel e pelo banco ABN Amaro. Estava tudo indo muito bem até o
PPA iniciar sua caminhada pelo Congresso. Em apenas quatro
meses, o Avança Brasil recebeu 2879 emendas e ficou desfigurado.
Os parlamentares arrancaram um naco de 316 bilhões de reais
oriundos de projetos nacionais de grande envergadura para
empregar na prainha do bairro ou na estrada dos compadres lá da
roça. “É legítimo que o Congresso faça algumas modificações, mas o
governo considera fundamental que o PPA seja preservado”, disse o
ministro Martus Tavares, do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Exercício 2
b) Existe uma “nova economia mundial”,
principalmente nos Estados Unidos, nascida da
“terceira revolução industrial” ou tudo não passa de
uma miragem? Paul Krugmam, economista do
Instituto de Tecnologia de Massachusetts, MIT, tem
insistido que a “nova economia se parece demais
com a velha economia”, para ser realmente
novidade. Tem gente mais radical que ele, como o
economista Bradford De Long, de Berkeley, que
nega até mesmo a existência de uma revolução
tecnológica. Ele dizia, no final de 1997, que ganhos
crescentes de produtividade existem desde 1760,
quando começou a era da Revolução Industrial.
Exercício 2
c) Há duas interpretações correntes e quase antagônicas para o
grau de racismo existente no Brasil e nenhuma delas é
verdadeira. De um lado, afirma-se que praticamente não há
racismo no país. Essa é a versão do cadinho de raças, do
mundo cordial onde pretos se casam com brancos e mulatos,
numa integração quase perfeita. Haveria, por certo, uma
brincadeira aqui, uma zombaria ali, um abuso acolá, mas
nada perturbador num país pardacento e, graças a Deus, livre
do vírus do desentendimento racial, da mesma forma que
ficou fora da zona dos furacões e dos terremotos. A outra
versão, oposta, diz que o racismo está apenas dissimulado no
Brasil. Justamente por não ser explícito, o preconceito seria
pior. E nada ficaria a dever àquilo que se vê em países de
violentos conflitos sociais.
Exercício 2
d) “Todo jovem precisa dos pais para se sentir seguro. Apesar de negar
sua dependência em relação aos pais, o jovem sabe que, através as
ideias deles e de sua firmeza no modo de agir, ele se guia para tomar
as principais atitudes na vida. Os pais são, na verdade, um modelo a
ser seguido.”
e) “Qual o principal problema que enfrentam os adolescentes recém-
formados? Se fizermos uma pesquisa no meio de 100 adolescentes,
veremos que o principal problema apontado por eles seria o da
indefinição diante do futuro profissional; isso por dois motivos:
sabem, com certeza, que aquilo que estudaram não servirá como
qualificação única em um desemprego; e também sabem que não
têm a experiência necessária para entrar nesse mercado
competitivo.”
Exercício 2
f) “Entre as qualidades de um bom professor, duas merecem especial
destaque: a paciência e a amizade. A primeira é necessária porque é
através dela que o professor consegue explicar várias vezes e de
modos diferentes a matéria que o aluno não compreende; a
segunda, porque é a amizade do professor que faz o aluno ter
respeito por ele e ter confiança no trabalho que ele realiza – quando
o aluno sente a amizade do professor, passa a considerá-lo um igual;
desta maneira, estuda com mais naturalidade. Com essas duas
qualidades, o professor certamente será um bom profissional.”
g) “Segundo a filosofia, “ser racional é aquele dotado de raciocínio e
ideias” e, de acordo com seus princípios, esta habilidade é exclusiva
do homem. Partindo-se deste pretexto, o que vemos, em nossa
sociedade, é a aproximação maior do ser humano das qualidades
que formam o animal: pratica cada vez mais seus atos de maneira
instintiva, destruindo o próximo, a natureza, as relações humanas, o
amor.”
Redação 1
Tema: Intolerância Religiosa
TEXTOS MOTIVADORES – ENEM 2016
TEXTO I

Em consonância com a Constituição da República


Federativa do Brasil e com toda a legislação que
assegura a liberdade de crença religiosa às pessoas,
além de proteção e respeito às manifestações
religiosas, a laicidade do Estado deve ser buscada,
afastando a possibilidade de interferência de correntes
religiosas em matérias sociais, políticas, culturais etc.

Disponível em: www.mprj.mp.br. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento).


TEXTOS MOTIVADORES – ENEM 2016
TEXTO II

O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é


assegurado como liberdade de expressão, mas
atitudes agressivas, ofensas e tratamento
diferenciado a alguém em função de crença ou de
não ter religião são crimes inafiançáveis e
imprescritíveis.

STECK, J. Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. Jornal


do Senado. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento).
TEXTOS MOTIVADORES – ENEM 2016
TEXTO III

CAPÍTULO I

Dos Crimes Contra o Sentimento Religioso


Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo

Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou


função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto
religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de
um terço, sem prejuízo da correspondente à violência.

BRASIL. Código Penal. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento).
TEXTOS MOTIVADORES – ENEM 2016
TEXTO IV

Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 31 maio 2016 (adaptado).


COMPREENDENDO OS TEXTOS MOTIVADORES

• Texto 1:

• Texto 2:

• Texto 3:

• Texto 4:
PROPOSTA DE REDAÇÃO – ENEM 2016

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos


conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “Caminhos para combater a intolerância
religiosa no Brasil”, apresentado proposta de intervenção que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Possibilidades dentro do tema
proposto








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