Paul Sheldon, um famoso escritor, sofre um acidente de carro e é resgatado
por sua fã número um, Annie Wilkes. A enfermeira é obcecada pela personagem Misery, escrita por Paul, fazendo-a cometer loucuras para o melhor desenvolvimento da personalidade, assustando o próprio autor. Sua única saída, é fazer a melhor história que agrade a sua cuidadora. De longe, esse filme é um dos melhores que já vi. A trama que perpassa o longa consegue envolver quem assiste de uma maneira extraordinária. Sendo um filme antigo, me surpreendi pela qualidade e de que forma ele pode demonstrar atemporalidade. A forma que a narrativa é construída, as reviravoltas, os surtos são bem desenvolvidos com cenas marcantes e, muitas vezes, inesperadas. Kathy Bates me chocou com sua ótima performance e atuação, transmitindo a bipolaridade que é emanada da personagem Annie Wilkes, de forma que era possível sentir a emoção da cena pela carga que a atriz conseguiu absorver e jogar ao papel da enfermeira. Pelo fato de não ter lido o livro, não consigo afirmar se a adaptação foi feita de maneira fiel, ou se é uma adaptação bem feita, mas pelo que vi por relatos de pessoas do meu círculo social, que afirmaram opiniões positivas em relação ao filme, há boas avaliações sobre a história literária, ter sido transformada em um longa-metragem. Confesso que, em diversas situações, a atuação de James Caan, ator do renomado escritor Paul Sheldon, deixa a desejar pelo fato de não transmitir o horror, a surpresa ou a fúria em cenas que pediam esses sentimentos carregados, algo que pude encontrar nas aparições de Kathy Bates ao interpretar sua personagem. Em outras palavras, faço minha recomendação do filme, com o enredo bem desenvolvido, uma história bem construída e, acredito que adaptada, com atuações muito boas, e outras medianas. Gostaria que esse filme possa transportar outros espectadores curiosos em uma trama de drama, suspense, terror e bastante manipulações.