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Investimentos

em startups
early-stage:
Tendência e rentabilidade no
mercado de venture capital
brasileiro

early-
Report 2023

stage
Investimentos em startups early-stage:
Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Sumário

01 02
Introdução Venture Capital
nos últimos anos

03 04
Cenário de VC e A visão da
Expectativas 2023 Bossanova

05 06
Case: a força Conclusão e
do early-stage Perspectivas

Investimentos em startups early-stage:


Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Introdução
O cenário do venture capital no mundo nos últimos anos foi marcado por
diversos eventos e transformações. Os investimentos de risco chegaram a
níveis históricos em 2021, batendo recordes em números de deals e
montante investido. Apesar da desaceleração em 2022 em relação ao ano
anterior que se mostrou outlier, o venture capital no Brasil foi responsável
por impactar positivamente a economia por meio do impulsionamento de
negócios inovadores. As perspectivas para o mercado de VC em 2023 é
cautelosa, mas otimista. Para compreender melhor o que se pode esperar
no segundo semestre deste ano, é necessário fazer uma breve retomada
dos últimos períodos e acontecimentos e olhar para o cenário que se
constrói. Venha conosco nesta análise e veja também o que pensam alguns
investidores especialistas.

Investimentos em startups early-stage:


Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

2021: efeitos da pandemia de


Covid-19 e recordes históricos
Como reflexo da pandemia do COVID-19, o mercado pressionou diversos setores a
digitalizarem seus serviços e produtos e intensificou a procura por soluções
disruptivas. Em 2021, empresas de base tecnológica de todas as áreas, e sobretudo
em setores como saúde, varejo e finanças, receberam muitos aportes e de volumes
nunca antes vistos no Brasil, com o intuito de acelerar a digitalização .

Investimentos em venture capital foram de US$ 347 bilhões em mais de 31 mil


deals em 2020 para o recorde de US$671 bilhões em mais de 36 mil deals em
2021. O aumento surpreendente foi observado tanto no valuation das startups,
como na quantidade de investimentos realizados e no total aportado, como
mostra o gráfico abaixo.

750,000

500,000

250,000

0
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Fonte: CB Insights 2021 State of Venture Report , KPMG Venture Pulse Q4 2021 Report

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Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

As startups que mais receberam investimento foram as fintechs, que oferecem serviços
financeiros digitais. Em segundo lugar vieram as healthtechs (saúde), que introduziram
no mercado produtos como apps de telemedicina, rastreamento de dados e
diagnósticos remotos que foram extremamente necessários durante a pandemia. Outros
setores como as retailtechs (varejo) e logtechs (logística) também foram destaque, pois
passaram a comercializar e distribuir bens de consumo em escalas jamais antes vistas.

Ainda em 2021, embora os Estados Unidos continuassem liderando o cenário global -


com o Vale do Silício e cidades como Nova York e Boston transacionando a maior parte
dos deals - outras regiões também apresentaram um crescimento acentuado. Na
Europa, especialmente em cidades como Londres, Berlim e Paris - registrou-se um
expressivo aumento no montante investido e alguns países asiáticos, incluindo China e
Índia, atraíram aportes ainda maiores.

2022: desaceleração e
amadurecimento
Após a euforia de 2021, o início de 2022 foi marcado por apreensão. Com a guerra
Ucrânia x Rússia, risco de conflito entre China e Taiwan (onde são produzidos a maior
parte dos chips e sensores), mundo pós-pandemia e sinais de alerta na economia
norte-americana, que começou a aumentar a taxa de juros, o mercado de venture
capital passou por uma queda. O número de deals e o total investido retornaram a
patamares pré-pandêmicos, ainda que tenham se mantido altos se comparados com
anos anteriores a 2021. As ações nas Bolsas de Valores caíram no mundo todo e a
inflação deu saltos.

Com o momento de incerteza, investidores começaram a adotar posturas mais


conservadoras e realizar menos aportes, fazendo com que startups late stage, que
mantinham taxas de crescimento e queima de caixa (cash burn) altas confiantes na
próxima rodada de captação, tiveram de recuar, enxugar custos e fazer lay offs para
manter a operação saudável. O ¨inverno¨ causou uma onda de demissões já que as
startups em estágios mais avançados que se preparavam para levantar fundos em
rodadas a partir da Série B passaram a ter muita dificuldade de captar.

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Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Em 2022, o investimento global de venture capital durante o ano todo diminuiu 32% em
comparação com 2021, totalizando US$ 483 bilhões. A região EMEA (Europa, Oriente
Médio e África) apresentou a maior resiliência, com menor queda em comparação com
as Américas, Ásia e Oceania. Apesar dessa redução, no entanto, as Américas ainda
lideraram em termos de quantidade de investimentos totais.

Americas EMEA Asia e Oceania


800

600

400

200

0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: Dealroom.co e DataWraper

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Cenário de VC e expectativas 2023


As startups brasileiras receberam um total de US$ 9,4 bilhões em investimentos no ano de
2021, chegando a um número 2,5 vezes maior que o investido em 2020. Desses, 63% dos
aportes foram para as late-stage naquele ano. Já no ano seguinte, os aportes para startups
avançadas não passaram de 45% do total. A queda foi um claro reflexo da retração da
indústria tech no mundo todo e dos desafios econômicos enfrentados pelo Brasil, como o
aumento da taxa Selic e a inflação, em grande parte como consequência da economia
mundial.

“Os números de 2022 podem assustar à primeira vista, mas é importante


ressaltar que os investimentos em early stage no Brasil continuaram
crescendo”, afirma Rodolfo Santos, diretor de Corporate Venture Capital (CVC)
da Bossanova.

Outro fator que afetou o fluxo de investimentos foi a hipervalorização de valuations. De


acordo com a avaliação de especialistas, o valor de mercado das startups foi superestimado
devido a avaliações subjetivas e ao buzz da aceleração da digitalização, ignorando a
capacidade real de determinadas startups em tracionar no curto e médio prazos. Muitos
novos e inexperientes investidores também haviam entrado no "jogo" do VC em 2021, atentos
aos múltiplos conquistados em diversos exists, sem o devido respaldo de especialistas. Todo
esse ambiente construiu o cenário que assustou o mercado em 2022.

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Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Expectativas para 2023: mundo e


Brasil
Os números do primeiro trimestre de 2023 refletiram o panorama criado em 2022, com a
desaceleração do venture capital no mundo todo. A euforia do pico de 2021 foi se dissolvendo
ao longo do ano seguinte e afetou o início de 2023, com um esperado cenário mais
conservador.

Viu-se que o financiamento global de VC diminuiu 53% no primeiro tri/23 em relação ao


período do ano anterior, totalizando US$ 76 bilhões, com a exceção de alguns grandes
acordos realizados pela OpenAI e Stripe. O total transacionado e o número de deals
acompanharam o movimento das ações na Bolsa, mas um detalhe importante parecia ter
mudado: o mercado de VC começou a se profissionalizar mais, realizar investimentos mais
conscientes e cobrar mais resultados das startups em termos de tração e busca pelo
breakeven.

Investimentos em startups early-stage:


Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Ainda refletindo as quedas do mercado, alguns acontecimentos além dos fatores


macroeconômicos contribuíram para que cenários muito pessimistas fossem
pintados, como a falência do Sillicon Valley Bank. O banco americano, que financiava
centenas de startups nos Estados Unidos, declarou falência no início deste ano e
ficou marcado na história como uma das maiores quebras bancárias do país.

O americano Tom Loverro seguiu a onda de ceticismo e apontou, especificamente,


um cenário difícil para as startups brasileiras, alertando que um grande número de
negócios corria risco devido à falta de investimentos e à desaceleração do mercado.
Mas alguns pontos não foram considerados em sua análise, como o capital
reprimido em 2022 aguardando boas oportunidades, a explosão da inteligência
artificial e, principalmente, a diferença de fluxo e disponibilidade de capital para
empresas inovadoras em estágios iniciais x avançados.

As rodadas de Série B em diante, por exemplo, que exigem maiores aportes, de fato
continuarão a encontrar dificuldades por mais tempo. Em contrapartida, pequenos
investimentos seed ou pré-seed permitem uma diversificação maior, diluindo mais o
risco.

João Kepler, CEO da Bossanova Investimentos, que sempre buscou boas


oportunidades em negócios em fases mais iniciais, afirma: "no Brasil as boas
startups early-stage, aquelas com produtos que resolvem grandes problemas,
gestão e vendas, continuarão sendo uma excelente aposta e terão sempre
capital disponível".

Segundo ele, diversificação, smart money e busca de empreendedores conscientes


são os segredos para ter sucesso no mercado de VC nacional. Por isso, viu-se a força
e a resiliência do early-stage em território brasileiro.

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Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Case: a força do early-stage e do


smart money
A partir da análise de João Kepler

Em 2023, era esperado que investimentos em venture capital fossem feitos cada vez
mais em estágios iniciais, como seed e pré-seed. De acordo com João Kepler, "isso
significa que os investimentos ocorrerão cada vez mais cedo, visando garantir a
origem das startups e acompanhar seu desenvolvimento e crescimento, além de
melhorar os índices dos fundos".

Esse cenário é o que a Bossanova Investimentos tem promovido desde 2016,


concentrando-se em investir recursos próprios e de co-investidores em startups early-
stage que já estão em operação, ajustadas e próximas do ponto de equilíbrio financeiro,
com plano de crescimento sustentável.

O propósito da empresa de venture capital é continuar incentivando o empreendedor


inovador brasileiro, com estratégia que se baseia em busca de boas startups e
conscientes fundadores, co-investidores que fazem sentido para a área de atuação da
startup (smart money), fazendo uma boa gestão de portfólio (Rede Bossa) para
acompanhar as startups e saídas mais rápidas (early exits) ajudando os founders a
captar a próxima rodada ou fazer um M&A (fusões e aquisições, quando a startup pode
ser comprada por uma empresa maior).

Com essa estratégia, a empresa já passou dos 100 exists, com múltiplo médio de
retorno do capital investido de quase seis vezes.

early-stage

Investimentos em startups early-stage:


Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Sobre o mercado para este ano, João Kepler analisa que, com o amadurecimento do
ecossistema de startups brasileiro, observa-se também um aumento de empreende-
dores buscando seus "exits". Prevê-se que as fusões e aquisições (M&As) aumentem
significativamente em 2023, impulsionadas pela necessidade das grandes empresas de
incorporar camadas de serviços digitais em seus negócios e resolver problemas de
forma mais rápida e mais eficiente. Nesse contexto, as startups oferecem soluções
tecnológicas que podem ser facilmente incorporadas por empresas maiores,
impulsionando a transformação digital.

"Entendemos que será uma evolução do próprio modelo de Corporate Venture


Capital que grandes empresas iniciaram nos últimos anos: mais aquisições com
foco em tecnologia, com foco em talentos (acqui-hiring) e até mesmo para quem
quer estabelecer um novo canal de venda, de comercialização de serviços, de
operações na nuvem. As startups se tornam realidade e um vetor de inovação e
acesso a tecnologia mais atraente e mais rápida para a indústria tradicional."
João Kepler, CEO da Bossanova

No que diz respeito a valuation, 2022 deu um impacto em direção a reduzir os valores e
ele prevê que em 2023 o movimento continue. Apesar do aumento das taxas de juros e
do rendimento mais atrativo da renda fixa, os investimentos em startups se mantiveram
consistentes. Acredita-se que a captação de investimentos junto ao mercado alcançará
um ritmo de moderado a bom em 2023, sem afastar os investidores como em 2022.

Embora não se espere uma queda significativa na taxa Selic até o final do ano,
investidores qualificados e profissionais entendem a importância de diversificar e alocar
entre 5% e 10% de seu patrimônio líquido em ativos alternativos com melhor relação
risco-retorno. De acordo com João Kepler, "quando se toma decisões de alocação
de investimento de forma mais consciente e respaldada, os resultados podem se
tornar realmente surpreendentes no futuro próximo".

A Bossanova Investimentos está cada vez mais focada em educar novos investidores
para melhorar analisarem startups, buscando um equilíbrio e diversificação. Embora as
startups sejam ativos ilíquidos e de alto risco, tem potencial de grande retorno a longo
prazo, convexidade e descorrelação com outros ativos.

¨O investimento mais rentável que existe é em negócios¨.


João Kepler

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Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Os resultados da estratégia do early-stage são vistos em números. Apesar da queda do


mercado global em 2022, a Bossanova apresentou expressivo e contínuo crescimento
ao longo dos anos, em muito motivado pelo estágio de investimento (Early Stage até
Series A) e gestão de portfólio.

Fonte: CB Insights e dados internos Bossanova

A mesma tendência é percebida se comparado o desempenho da Bossanova com o


crescimento geral do mercado brasileiro, como pode ser visto no gráfico abaixo.

Fonte: CB Insights e dados internos Bossanova

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Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Mercado de VC: early-stage


Embora o mercado brasileiro esteja alcançando seu amadurecimento agora, enquanto
o mercado americano já oferecia capital abundante para startups há décadas, é
possível fazer uma boa análise da evolução do early-stage no ecossistema de
investimentos em Venture Capital no Brasil e no mundo. Como pode ser visto no
gráfico, o estágio se mantém em uma constância anual de valorização, não sofrendo a
mesma volatilidade do restante do mercado e demonstrando ser um ativo
descorrelacionado.

Fonte: CB Insights e dados internos Bossanova

Investimentos em startups early-stage:


Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Analisando o período de 2016 a 2023, os investimentos da Bossanova, além da


estabilidade na valorização, possuem relevante delta em relação ao CDI.

Investir no early-stage e fazer o exit com até 5 anos traz os melhores retornos,
corroborando a tese do early-exit, já uma realidade nas investidas pela Bossanova.

Fonte: CB Insights e dados internos Bossanova

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Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Corroborando a eficiência da estratégia adotada pela empresa, o múltiplo de capital


investido (MOIC) Bossanova é superior ao MOIC Brasil com prazo de exit
significativamente menor. Esse é um dos motivos que fez a empresa de VC alcançar os
mais de 100 exits já realizados.

7 ANOS 3 ANOS

Fonte: CB Insights e dados internos Bossanova

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Análises de investidores de
Venture Capital
Quando perguntados sobre o que esperar do ecossistema de investimentos e inovação
este ano, alguns co-investidores da comunidade Bossanova deram suas análises e
previsões. Confira:

Pompeo Scola
Investidor do grupo de Agrotech da Bossanova
Founder e CEO CYKLO AGRITECH, aceleradora de
startups early-stage.

"Uma expectativa que tenho do mercado este ano é a retomada da


confiança, principalmente nas startups que estão começando e que
estão um pouco reprimidas por conta da reacomodação da economia
e da estrutura política.

A gente sentiu uma certa timidez este ano, principalmente no processo


de screening destas novas startups que estão começando. Então
acredito que este ano, assentada a poeira dos primeiros meses, a
gente volte a ter um fluxo grande de empreendedores voltando a
captar.

Minha dica para quem investiu ou quer investir em startups este ano é:
procure olhar para áreas que tem grande disrupção, o mercado de
agro e da saúde são duas delas".

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Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Análises de investidores de
Venture Capital

Thaís Borges

Investidora do grupo Ladies da Bossanova


Partner e CCO da Systax, empresa de inteligência fiscal.

"No ano passado a gente teve uma série de movimentos inesperados


no mundo do venture capital. Vimos várias startups late-stage com
problemas financeiros e tendo que fazendo desligamentos, mas
também tivemos um amadurecimento do mercado.

Em 2023, acredito que teremos boas oportunidades, principalmente


vindas de startups com mais camada de tecnologia e mercado B2B. As
grandes companhias que contratam serviços de startups vão ter que
mexer na casa nos próximos anos para alcançar uma maior eficiência
operacional, o que impulsiona a busca por startups com estas
soluções, em todas as áreas. Para as startups que conseguiram se
manter em 2022 e segurar os seus custos, este pode ser o momento
muito bom para captar e apresentar soluções de melhorias neste
sentido. Este vai ser o ano da eficiência operacional.

E é um momento bom para quem quer investir. No inicio de 2022 o


mercado estava superaquecido e os valuations estavam muito
elevados, mas agora com valores mais equilibrados, acredito que vai
ser interessante para os investidores. As startups estão com com mais
pé no chão e acho que vai ser muito melhor que 2022. "

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Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Análises de investidores de
Venture Capital

Rodolfo Fucher
Investidor do grupo Fintech da Bossanova
Presidente da ABES e sócio-fundador da FEMP
Participações

"Minha maior expectativa para o mercado este ano é ter mais exits. O
mercado finalmente deu uma amadurecida, deixamos de ver
valuations totalmente desproporcionais. Isto ajuda a termos uma
melhor análise e um maior múltiplo na saída. Entrei na Bossa em 2021,
participando ativamente do comitê de Fintechs, onde ajudo na seleção
de cada startup a ser investida. Em menos de dois anos já acúmulo
dois exists. Para uma expectativa de cinco a dez anos, não poderia ter
melhor resultado.

Minha dica para quem investiu ou quer investir em startup este ano é
olhar com carinho para o segmento de Fintechs. O open banking,
somado aos altos juros, dificuldade de acesso ao capital, estão
criando diversas oportunidades de negócios. Obviamente são
oportunidades de “nicho” , onde empreendedores trazem modelos de
negócios criativos para atender necessidades de segmentos
específicos de mercado, com alto valor agregado. "

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Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

Conclusão e
Perspecitvas para o ano de 2023
O mercado de VC passou por um período de retração relacionado às pressões
macroeconômicas, valuations altos e maior cautela de investidores. Ainda assim,
tirando o ano outlier de 2021, com salto nos investimentos impulsionados pela
necessidade de transformação digital aquecida pela pandemia, os números são
maiores que anos anteriores.

Como se viu, os movimentos de desaceleração não afetaram os investimentos em


early-stage com a mesma intensidade e ficou evidente que a estratégia de diversificar
investimentos a partir de aportes menores, como os feitos em startups em fases
iniciais, pode aumentar as chances de bons resultados e bons múltiplos.

A correção e equilíbrio dos valuations e a gestão mais consciente das startups são
outros fatores que mudaram o mercado nos últimos meses e que vem dando maior
confiança aos investidores. Também existe a perspectiva de que já há capital reprimido
como resultado da cautela de 2022 e início de 2023. Além disso, o Corporate Venture
Capital e os M&As (aquisições de startups) estão em ritmo acelerado, o que significa
ainda mais chance de retorno aos investidores.

Portanto, as perspectivas são otimistas. Como mostrou pesquisa recente da consultoria


Ace Cortex, cerca de 80% dos entrevistados têm a intenção de investir em 2023,
mesmo estando mais criteriosos e assertivos, em busca de negócios saudáveis e
validados. E, de acordo com o estudo do Boston Group Consulting, os investidores
estão procurando por startups com empreendedores resilientes e métricas robustas de
rentabilidade, com boa geração de caixa e controle de custos, visando retornos
consistentes.

Nesse sentido, devemos ver mais startups buscando investimento já tendo atingido o
breakeven ou com um bom planejamento para chegar lá, com crescimento sustentável.
Com os valuations mais ajustados, as fases Pré-Seed e Seed também voltam a ser
somente para negócios com produto funcional no mercado (bom radar para atingir o
próximo estágio, o product-market fit), com relativa tração e receita mensal em
crescimento.

Desta forma, o mercado seguirá bom para os investimentos em startups que estão em
estágios iniciais. Negócios early-stage parecem ser o caminho para investir em 2023.

Investimentos em startups early-stage:


Tendência e rentabilidade no mercado de venture capital brasileiro

O ecossistema
Bossanova Investimentos
A Bossanova Investimentos é a empresa de venture capital mais ativa da América
Latina. Fundada em 2015 pelos empreendedores Pierre Schurmann e João Kepler, foi
pensada para impactar positivamente a economia brasileira por meio do investimento
em negócios inovadores, gerando emprego, renda, incentivando conhecimento e
construção de tecnologia made in Brasil.

A tese da Bossanova, que investe recursos próprios junto a co-investidores por


segmento, é de investimento em startups B2B e B2B2C, em estágio pré-seed, que
tenham modelos de negócio digitais e escaláveis. Hoje a empresa já acumula um total
de mais de 100 exits, com múltimo médio de seis vezes o capital investido e saída em
um tempo médio de apenas 3 anos. Possui uma comunidade de mais de 5 mil
pessoas, entre founders e investidores.

O ecossistema Bossanova, além do co-investimento ainda abrange outras soluções,


como:

a Bossa Academy, escola que ensina sobre investimentos em startups;


a Platta, plataforma de equity crowdfunding para democratizar os investimentos;
o Startupi, maior portal de notícias sobre startups e inovação do país;
o CVC Bossa, que ajuda empresas a escolher, acelerar e investir em startups
estratégicas;
o Bossa Bank, banco das startups da rede;
a Rede Bossa, comunidade de startups investidas que conta com benefícios e
gratuidades, mentorias, acompanhamento e auxílio para captação de novas
rodadas ou até M&A;
o Clube do Equity, rede de relacionamento e geração de negócios para co-
investidores Bossanova.

Conecte-se conosco e seja parte desta rede.


Acesse bossainvest.com.

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tendência e rentabilidade no mercado
de venture capital brasileiro

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