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CURITIBA
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
CURITIBA
2023
TERMO DE APROVAÇÃO
____________________________________
Profª. Drª. Chayane da Rocha
Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Paraná
Presidente da banca
____________________________________
Prof. Dr. Fernando de Camargo Passos
Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná
____________________________________
Prof. Dr. André Saldanha
Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Positivo
LISTA DE QUADROS
______________________________________________pág.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
2.2. Específicos
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Zoológicos
3.1.1. Histórico
3.1.2. Panorama atual sobre os zoológicos
3.1.3. A importância da manutenção de serpentes em cativeiro
3.2. Répteis
3.2.1. Aspectos biológicos da classe
3.2.1.1. Aspectos biológicos das serpentes
3.2.2. A escolha de serpentes como pets exóticos
3.3. Serpentes de interesse do Zoológico Municipal de Curitiba
3.3.1. Família Boidae
3.3.2. Família Colubridae.
3.3.3. Família Phytonidae.
3.4. Recintos
3.4.1. Tamanho do recinto
3.4.2. Construção do recinto
3.4.3. Tipos de recintos
3.4.4. Outros fatores importantes para a manutenção de serpentes em cativeiro
3.4.4.1 Temperatura
3.4.4.2 Fotoperíodo e iluminação
3.4.4.3 Umidade e ventilação
3.4.4.4 Alimentação e nutrição
4. RELATÓRIO DE ESTÁGIO
4.1. Plano de estágio
4.2. Local de estágio
4.3. Descrição das atividades desenvolvidas
4.3.1. Rotina da cozinha
4.3.2. Instalações
4.3.4. Rotina dos tratadores
4.3.5 Rotina do programa de enriquecimento ambiental
4.3.6. Rotina do biotério
4.3.7. Outras atividades
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
ANEXOS
1. INTRODUÇÃO
Animais silvestres nativos são aqueles pertencentes ao território Brasileiro,
podendo ser migratórios ou não, que não sofreram processo de domesticação e
mesmo em cativeiro mantém seus instintos preservados. Hoje a criação destes
animais em cativeiro tem uma série de motivações, como por exemplo: a melhor
compreensão da biologia das espécies, o combate ao comércio ilegal de animais
silvestres e a preservação das espécies (FREITAS, 2011).
Os zoológicos são instituições públicas ou privadas que podem manter
espécies silvestres sob cuidados e trabalham seguindo quatro pilares básicos:
conservação, educação, pesquisa e lazer. Para manter a saúde, longevidade e bem-
estar de animais silvestres em cativeiro é fundamental conhecer suas necessidades
de manutenção. Um ponto fundamental é a construção de recintos adequados a
espécie em questão. Atualmente, para o planejamento e construção de recintos em
zoológicos, é necessário o apoio de uma equipe multidisciplinar, pois estes devem
ser estrategicamente projetados a fim de satisfazer as necessidades fisiológicas e
biológicas de cada espécie e ainda proporcionar aos visitantes uma experiência
imersiva e marcante, que posteriormente será percebida a importância da
preservação e manutenção das espécies (DA LUZ, 2016).
Dentre os possíveis grupos mantidos em zoológicos podem ser mencionados
os répteis, mais especificamente as serpentes. As serpentes são animais que muitas
vezes sofrem ataques da população devido ao fato de serem animais associados a
contos folclóricos e lendas urbanas. A implementação de um serpentário no
Zoológico Municipal de Curitiba, junto a um projeto de educação ambiental, pode
ajudar na questão da conscientização da população a fim de desmistificar esses
contos folclóricos e instruir a população a respeito da importância das serpentes no
ecossistema.
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo preliminar a respeito das
características biológicas e os requisitos necessários para a manutenção em
cativeiro de dez espécies de serpentes, sendo quatro espécies pertencentes a
família Boidae, duas serpentes pertencentes à família Colubridae e quatro serpentes
à família Pythonidae, bem como relatar as atividades realizadas no Zoológico
Municipal de Curitiba no período do estágio curricular obrigatório.
2.2. Específicos
3.2. Répteis
3.2.1. Aspectos biológicos da classe
Todas as cobras são carnívoras e sua dieta é composta por diversas presas.
Algumas espécies de cobras possuem uma dieta especializada — e, portanto, são
mais difíceis de serem mantidas em cativeiro. O fornecimento de presas que não
fazem parte da dieta de determinada espécie é um dos motivos mais comuns de
anorexia em cobras. Portanto, é de suma importância que os detentores desses
animais conheçam (DIVERS e STAHL, 2019).
Grande parte das espécies de cobras não sofrem de problemas nutricionais
quando são alimentadas com roedores criados em cativeiros, pois os roedores são
alimentos balanceados completos desde que sejam alimentados com ração
comercial balanceada específica (DIVERS e STAHL, 2019).
Possíveis alimentos coletados na natureza não devem ser fornecidos aos
animais, pois podem ser vetores de parasitas, bactérias, fungos ou vírus (DIVERS e
STAHL, 2019).
Na hora da alimentação, os roedores podem ser oferecidos frescos logo após
o abate ou reaquecidos depois de descongelados. A presa deve ser colocada no
recinto do animal e, se necessário, movimentar a presa utilizando pinças longas para
atrair a atenção da serpente. Não é aconselhável utilizar a mão para simular o
movimento, pois a mão humana tende a irradiar mais calor do que uma presa
aquecida (DIVERS e STAHL, 2019).
Se uma cobra não estiver se alimentando direito, é necessário rever seus
hábitos naturais, a fim de planejar uma estratégia para proporcionar à cobra uma
dieta adequada. É comum que as cobras não se alimentem na troca de pele. A
frequência de alimentação varia de acordo com a idade, peso e espécie da cobra.
Animais jovens e adultos se saem bem quando alimentados com roedores uma vez
por semana. No entanto, recém-nascidos ou animais mais ativos podem necessitar
de alimentação mais frequente (DIVERS e STAHL, 2019).
Quadro 01. Características biológicas, classificação taxonômica e informações gerais das serpentes de interesse do Zoológico Municipal de Curitiba
pertencentes à família Boidae.
Países da América do
Sul, como Brasil,
Venezuela, Paraguai,
Colômbia, Equador,
Distribuição Região amazônica e Endêmica das regiões Brasil, Bolívia e
Bolívia, Guiana, Guiana
geográfica Nordeste do Brasil Sul e Sudeste Paraguai
Francesa, Peru,
Suriname, e possui uma
população pertencente
a ilha de Trinidad
Locais próximos a
Habitat Áreas abertas e florestas Cerrado Cerrado
corpos d’água
Conservação
(Ameaça de LC - Não ameaçada LC - Não ameaçada LC - Não ameaçada LC - Não ameaçada
extinção)
Quadro 02. Requisitos de manejo das serpentes de interesse do Zoológico Municipal de Curitiba pertencentes à família Boidae.
Manual de Orientações
Básicas para Criação
CHIAVELLI e BAUER, CHIAVELLI e BAUER, de: Jiboia (Boa
Referências BELLUOMINI, et al., 1981
2019. 2019. constrictor) e Jiboia-
arco-íris (Epicrates spp.)
- JIBOIAS BRASIL
30
Quadro 03: Características biológicas, classificação taxonômica e informações gerais das serpentes de interesse do Zoológico Municipal de Curitiba
pertencentes à família Colubridae.
Características
Spilotes pullatus - Caninana Pantherophis guttatus - Corn Snake
biológicas
Reino Animalia, Filo Chordata, Classe Reptilia, Ordem Reino Animalia, Filo Chordata, Classe Reptilia, Ordem
Classificação
Squamata, Subordem Serpentes, Família Colubridae, Squamata, Subordem Serpentes, Família Colubridae,
taxonômica Gênero Spilotes, Espécie Spilotes pullatus Gênero Pantherophis, Espécie Pantherophis guttatus
Distribuição
América Central e América do Sul Endêmica dos Estados Unidos da América
geográfica
Conservação
(Ameaça de LC - Não ameaçada LC - Não ameaçada
extinção)
Quadro 04. Requisitos de manejo das serpentes de interesse do Zoológico Municipal de Curitiba pertencentes à família Colubridae.
Requisitos de
Spilotes pullatus - Caninana Pantherophis guttatus - Corn Snake
manejo
Temperatura - 19-29ºC
Umidade - -
Quadro 05: Características biológicas, classificação taxonômica e informações gerais das serpentes de interesse do Zoológico Municipal de Curitiba
pertencentes à família Pytonidae.
Malayopython
Características Python bivittatus - Python regius - Píton Leiopython albertisii -
reticulatus - Píton
biológicas Píton Birmanesa Real Píton-de-Lábios-Brancos
Reticulada
geográfica Indonésia
Florestas tropicais,
bosques e áreas de
Selvas, florestas, pastagem. São
Habitat Savanas e florestas savanas, pastagens e comumente Florestas
áreas rochosas encontradas pertos de
locais com córregos ou
lagos
Conservação
(Ameaça de VU - Vulnerável NT - Quase ameaçado LC - Não ameaçada LC - Não ameaçada
extinção)
MILLEFANTI, 2017;
FREITAS, 2011; DIVERS e STAHL, International Union for
International Union for
International Union for 2019; International Conservation of Nature
Referências Conservation of Nature
Conservation of Nature Union for Conservation (IUCN).
(IUCN).
(IUCN). of Nature (IUCN).
Quadro 06. Requisitos de manejo das serpentes de interesse do Zoológico Municipal de Curitiba pertencentes à família Phytonidae.
Malayopython
Requisitos de Python bivittatus - Python regius - Píton
reticulatus - Píton Leiopython albertisii
manejo Píton Birmanesa Real
reticulada
Umidade 60-70% - -
3.4. Recintos
Quadro 07. Densidade máxima de ocupação por área de recinto. Fonte: IBAMA, 2015.
Outros aspectos
Comprimento do animal Densidade de ocupação
recomendáveis
50 cm de altura mínima
Até 50 cm 01 animal/1m²
das laterais
Quadro 08. Requisitos obrigatórios para recintos de répteis em jardins zoológicos segundo a IN nº 07
de 30/04/15 (IBAMA).
serpente
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
particularidades dos locais que habitam, é primordial para que seja possível fornecer
um ambiente adequado a esses animais.
5. RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Figura 01: Cozinha do zoológico e funcionários preparando a dieta dos animais. Fonte: Acervo
pessoal.
41
Figura 02: Planilha de horário da dieta dos grandes herbívoros/ruminantes. Fonte: Acervo pessoal.
5.3.2. Instalações
alimentos nas bandejas de cada animal (Figura 11 e 12). A câmara fria é o local
onde são armazenados os produtos mais perecíveis (Figura 13).
Figura 05: Local de recebimento e lavagem dos hortigranjeiros na área suja. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 06: Local onde as bandejas de alimentação são higienizadas. Fonte: Acervo pessoal.
44
Figura 10: Local onde a ração é misturada aos alimentos dos grandes herbívoros. Fonte: Acervo
pessoal.
46
Figura 11: Mesas onde são preparadas as dietas dos animais. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 14: Alimentos escondidos em caixa de ovo para Sagui-do-tufo-branco. Fonte: Acervo pessoal.
49
Figura 15: Carne enrolada em papel para Onça pintada. Fonte: Acervo pessoal.
Figura 20: Ficha para controle de quantidade de ração e cepilho utilizados. Fonte: Acervo pessoal
Altura das
Profundidade Comprimento Altura Nº de
CASINHA prateleiras
(cm) (cm) (cm) prateleiras
(cm)
53
CAMELO +
90 70 120 30 3
FELINOS 1
CISNÁRIO 80 70 80 30 2
LHAMA 70 70 80 30 2
JACARÉ +
80 70 90 30 3
ARARA
PRIMATAS 50 80 80 25 3
CERVO +
90 70 80 40 2
FELINOS 2
ANTILOPÁ
40 60 70 30 2
RIO
CANÍDEOS 40 60 35 35 1
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS
ANEXOS