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Hidráulicas
Material Teórico
Instalações prediais de águas pluviais
Revisão Técnica:
Prof.ª Dr.ª Marjolly Priscilla Bais Shinzato
Prof. Dr. Leandro Guimarães Bais Martins
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
Instalações prediais de águas pluviais
• Introdução
• Dimensionamento das calhas
• Condutores de AP
Leia, atentamente, o conteúdo desta Unidade, que lhe possibilitará conhecer os critérios
para instalações prediais de águas pluviais.
Você também encontrará nesta Unidade uma atividade composta por questões de múltipla
escolha, relacionada com o conteúdo estudado. Além disso, terá a oportunidade de trocar
conhecimentos e debater questões no fórum de discussão.
É extremante importante que você consulte os materiais complementares, pois são ricos
em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus estudos sobre este assunto.
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Unidade: Instalações prediais de águas pluviais
Contextualização
Para iniciar os estudos desta Unidade, a partir das ilustrações abaixo, reflita sobre a questão
de um projeto de instalação predial para águas pluviais. Oriente sua reflexão por meio dos
seguintes questionamentos:
» Os projetos atuais de uma instalação hidráulica predial de águas pluviais atendem às
necessidades e o reaproveitamento das mesmas?
» Nos dias de hoje, fala-se muito em minimizar, ao máximo, o consumo de água em
geral. Será que existem algumas alternativas a serem incluídas em novos projetos? E
o que fazer com os projetos já existentes?
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Introdução
Você sabia que água de chuva é um dos elementos mais danosos para a
durabilidade e boa aparência das construções?
Você sabia?
Por esse motivo, cabe ao instalador projetar o escoamento das mesmas, de modo a se
realizar no mais curto trajeto e no menor tempo possível.
Assim, o sistema de esgotamento de águas pluviais deve ser completamente separado dos
esgotos sanitários, evitando-se, com isso, a penetração dos gases dos esgotos primários no
interior da habitação.
Além disso, segundo Creder (2012), há também algumas condições das municipalidades
como a caída direta e livre da água dos telhados e prédios de mais de um pavimento, bem
como o caimento em terrenos vizinhos, daí a necessidade de serem conduzidas aos condutores
de AP, que as dirigem às caixas de areia, no térreo e desta aos coletores públicos de águas
pluviais ou sarjetas dos logradouros públicos.
Esse autor nos fornece algumas terminologias acerca desse assunto. Vamos conhecê-las?
Área de contribuição: é a área somada das superfícies que recebem a precipitação de chuva
num determinado setor da edificação.
Condutor: é a tubulação vertical que conduz as águas captadas por calhas, ralos,
canaletas ou drenos.
Perímetro molhado: é a linha que delimita a seção molhada junto às paredes e ao fundo
da calha ou do coletor.
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Unidade: Instalações prediais de águas pluviais
Tendo por base a Norma NB-611, consideramos também diferentes períodos para a medição
do valor médio dessas intensidades:
A duração de precipitação dever ser fixada em 5 minutos, para construções de até 100 m2
de área de projeção horizontal, pode-se adotar i = 150 mm/h (intensidade pluviométrica).
A Norma NB-611 dá uma indicação para o cálculo das áreas de contribuição e rege a
maioria dos índices de intensidade pluviométricas das principais cidades brasileiras.
A Tabela 1, a seguir, apresenta algumas localidades brasileiras e as respectivas
intensidades encontradas.
Tabela 1 – Intensidade pluviométrica em algumas cidades brasileiras. (CREDER, 2012)
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Florianópolis 114 120 144
Fortaleza 120 156 180
Goiânia 120 178 192
João Pessoa 115 140 163
Maceió 102 122 174
Manaus 138 180 198
Niterói 130 183 250
Porto Alegre 118 146 167
Rio de Janeiro (jardim Botânico) 122 167 227
São Paulo (Santana) 122 172 191
Agora, vamos discutir outros aspectos. Que tal? Então, convido-o para dar prosseguimento
aos nossos estudos!
I×A
Q= Onde:
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Q→ vazão de projeto em litros por minuto;
» a drenagem seja feita por mais de uma saída, exceto nos casos em que não houver
risco de obstrução; e
» os ralos hemisféricos sejam usados, nos locais em que o ralo plano possa causar obstrução.
Nossos estudos não terminam por aqui. Agora é hora de tratarmos sobre o Dimensionamento
das Instalações!
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Unidade: Instalações prediais de águas pluviais
n→ coeficiente de rugosidade
Material n
Plástico, fibrocimento, alumínio, aço inoxidável, aço galvanizado, cobre, latão. 0,011
Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida. 0,012
Cerâmica e concreto não alisado. 0,013
Alvenaria de tijolos não revestida. 0,015
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Tabela 4 – Capacidade de Calhas Semicirculares (lâmina d’água igual ½ diâmetro interno) n = 0,011 e vazões em litros por minuto. (CREDER, 2012)
Dimensionamento de Coletores
Segundo Creder (2012), para o dimensionamento dos coletores, utilizamos a fórmula de
Manning-Strickler , considerando-se a altura da lâmina d’água igual a 2/3 do diâmetro do
condutor. A Tabela 5, a seguir, apresenta os valores obtidos, considerando-se essa fórmula e
essa premissa:
Tabela 5 - Capacidade dos coletores em litros por minuto
Coeficiente de Rugosidade
n=0,011 n=0,012
Diâmetro
Declividade Declividade
0,05% 1% 2% 0,05% 1% 2%
50 32 45 65 29 41 59
75 95 133 188 87 122 172
100 204 287 405 187 264 372
125 370 521 735 339 478 674
150 602 847 1190 552 777 1100
200 1300 1820 2570 1190 1670 2360
Condutores de AP
Sempre que possível, devem ser projetadas em uma só prumada. Nos desvios, devem-se
usar curvas de 90˚ de raio longo ou curvas de 45˚; devem ser previstas peças de inspeção
(tubos operculados).
O diâmetro interno mínimo dos tubos verticais é de 70 mm. O dimensionamento dos
condutores verticais deve ser feito a partir dos seguintes dados:
Nas Figuras 1 e 2, a seguir, extraídas da Norma NB_611, há dois ábacos para a determinação
do diâmetro, D, em mm, para os dois tipos de saída: em aresta viva e em funil.
Escolha do diâmetro D
Entrar no eixo horizontal, com o valor da vazão Q em litros por mm. Levantar uma vertical até
encontrar as curvas de H e L correspondentes; no caso se não haver curvas dos valores de H e
L, interpolar entre as curvas existentes. Transportar a interseção mais alta até o eixo D; escolhe
o diâmetro interno seja igual ou superior ao valor encontrado. Os ábacos foram construídos para
condutores verticais rugosos (coeficiente de atrito f = 0,04), com dois desvios na base.
Figura 1 – Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores verticais de calha com saída em aresta viva. (CREDER, 2012)
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Condutores Horizontais de AP
Devem ser projetados, sempre que possível, com declividade uniforme e de no mínimo 0,5%
O dimensionamento dos condutores horizontais de seção circular deve ser feito para escoamento
com lâmina de altura igual a 2/3 do diâmetro interno do tubo. Nas tubulações aparentes, devem
ser previstas inspeções sempre que houver conexões com outra tubulação, mudança de declividade,
mudança de direção ou, ainda, a cada trecho de 20 m nos percursos retilíneos.
A ligação entre os condutores verticais e horizontais será sempre feita por curva de raio
longo, com inspeção (tubo operculado), ou caixa de areia, conforme o tubo esteja aparente
ou enterrado.
Figura 2 - Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores verticais de calha com funil de saída. (CREDER, 2012)
Para terminarmos o estudo proposto nesta unidade, vamos tratar sobre Projeto das
Instalações¸ destacando que os projetos das instalações prediais de águas pluviais,
de uma forma geral, são constituídos por:
II. Planta baixa geral da cobertura, em que são representadas todas as:
» inclinações previstas para o telhado ou a laje de cobertura;
» calhas e os pontos dos coletores no caso de telhados ou todos os ralos no caso de
lajes horizontais.
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Unidade: Instalações prediais de águas pluviais
III. Detalhamento do projeto, em que são apresentados os detalhes construtivos de calhas, ralos, drenos,
canaletas, caixas de areia, etc.
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Material Complementar
Leituras:
http://www.unifra.br/professores/julianepinto/aula/Unidade_4_Aguas%20Pluviais.pdf
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0330_0303_01.pdf
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Unidade: Instalações prediais de águas pluviais
Referências
AZEVEDO NETTO, J.M. et al. Manual de Hidráulica. 8.ed., São Paulo: Edgard Blucher, 1998.
Macintyre, A. J. Instalações Hidráulicas - Prediais e Industriais 4 ed. São Paulo, Ltc, 2012.
MELO, V.O. & NETTO, J.M.A. Instalações Prediais Hidráulico-sanitárias. 4.ed. São
Paulo: Blucher, 1988. 185p.
Site: www.abnt.org.br
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Anotações
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