Quando se fala em química, aí vem logo à mente laboratórios, reações
químicas, propriedades da matéria e fórmulas matemáticas. Mas, na real, vai bem além de tudo isso. Ela está bem presente no cotidiano e ainda explica o que acontece na natureza. Quer ver só? Assar um pão ou bolo, respirar, utilizar água sanitária nas roupas, queimar um combustível ou acender uma vela são alguns exemplos de fenômenos químicos. Há reações, mudança de cores, forma. Tudo praticamente envolve química. Até um beijo. Em um beijo apaixonado acontece a dilatação dos vasos sanguíneos para o cérebro receber mais oxigênio do que o normal. As bochechas ficam rosadas, o pulso acelera e nossa respiração fica descontrolada e intensa. As pupilas dilatam, o que, talvez, explique o porquê de muitas pessoas fecharem os olhos durante este momento. Ele age como uma “droga”, estimulando a liberação de neurotransmissores, que são substâncias químicas importantes utilizadas na comunicação entre células excitáveis. Para você ter ideia, um beijo ativa cinco dos doze principais nervos cranianos que passam por diversas partes do nosso rosto, além de provocar mudanças como o conhecido “friozinho na barriga”, aquele acelerar incontrolável do coração e da respiração. Vale lembrar que os lábios estão localizados em uma região cheia de terminações nervosas e que as informações recebidas serão enviadas para o nosso cérebro. Com a presença comprovada em ilimitadas atividades e tarefas, é correto informar que a química é nada menos que a vida. A química participa da composição de todos os seres vivos e materiais e é responsável pela vida humana, a manutenção da rotina, o equilíbrio ambiental. Na parte da alimentação, a química é agente de transformações necessárias, formando e renovando biomoléculas e estruturas celulares, fornecendo energia para as células, o que faz com que elas funcionem perfeitamente. Na saúde, pode-se afirmar que, se a química não existisse, a saúde das pessoas teria os dias contados. Afinal, como um médico iria receitar um medicamento se ele não soubesse a sua composição química e os efeitos que eles podem causar ao doente, não é verdade? Na indústria de alimentos, utilizam-se técnicas químicas para conservar ou retardar a decomposição de alimentos. Exemplos não faltam no dia a dia. A água, por exemplo, é um elemento essencial à vida, e só se torna potável por meio de muitos processos químicos, que tratam a água imprópria e a transformam para o consumo, garantindo o abastecimento à população.