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Os primórdios da globalização, representados pelas Grandes Navegações, podem ser

considerados o ponto de partida para a globalização mundial. Esse período, que


abrangeu os séculos XV a XVII, foi marcado pela busca de novos destinos para o
comércio e exploração de territórios, expandindo as trocas comerciais
internacionalmente, especialmente em direção às Américas e África, além do continente
europeu.

Naquela época, a Itália detinha o monopólio da rota pelo Mar Mediterrâneo até a Índia,
uma grande fonte de especiarias. Isso permitia que os italianos ditassem os preços
dessas mercadorias. Assim, outros países, como Espanha e Portugal, buscavam quebrar
esse monopólio, procurando novas rotas para as Índias Orientais (sudeste asiático).
Além disso, havia interesse em descobrir novas terras, possivelmente ricas em metais
preciosos, produtos agrícolas e converter as populações locais ao catolicismo. Essa
época marcou o início da chamada "Era dos Descobrimentos", financiada pelas coroas
portuguesa e espanhola, em colaboração com suas respectivas classes comerciais.

Esse período impulsionou o desenvolvimento da cartografia, deslocou o centro do


comércio mundial do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico, levou à chegada dos
europeus à América, incluindo o Brasil, e contribuiu para o crescimento das trocas
comerciais a nível global.

No entanto, é importante destacar que os recursos disponíveis durante os séculos XV a


XVII eram significativamente diferentes daqueles que surgiram durante a Terceira
Revolução Industrial no século XX. Durante as Grandes Navegações, tecnologias como
caravelas, bússolas, pólvora e a invenção da imprensa desempenharam papéis cruciais
nas explorações. Já no século XX, houve condições político-econômicas, culturais e
tecnológicas mais propícias à globalização.

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