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ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES

| Parte 1
Por Hub do Investidor
Adicionado 03/03/2022

ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES


Todo mundo que já teve algum contato com o mundo dos investimentos, com certeza, já
se deparou com um gráfico alguma vez na vida. Os gráficos nada mais são do que as
representações visuais e consolidadas dos movimentos dos preços. Porém, eles guardam
muito mais informações do que os olhos não treinados conseguem perceber.

Praticamente eles são uma forma de comunicação que o mercado apresenta para os
traders e investidores. E, assim como qualquer idioma, é possível decifrar esta
linguagem e entender o que o mercado está tentando dizer.

Entretanto, se existe algo que divide opiniões, é a Análise Técnica. Existem ferozes
defensores e detratores em ambos os lados. Entretanto, deixemos as emoções de lado, e
vamos focar em procurar entender os seus fundamentos antes de iniciarmos as críticas e
elogios. Através do estudo e conhecimento teremos um embasamento teórico mais
sólido. Para, então, podermos chegar em conclusões adequadas. Assim poderemos
responder se a Análise Técnica é uma “voddoo science” ou se, de fato, possui aplicação
prática no mundo dos investimentos.

Portanto caros traders e investidores, bem-vindos à nossa série de artigos sobre a


Análise Técnica. Nesta série teremos como objetivo desmistificá-la, para que à luz da
informação e do conhecimento, você investidor possa decidir se esta ferramenta irá ou
não fazer parte do seu arsenal de investimentos. E, caso decida por adotá-la, que tenha
um conhecimento adequado para ser capaz de extrair o máximo que ela permite.

FERRAMENTAS DE ANÁLISE
Assim como um martelo ou um serrote, a Análise Técnica é uma ferramenta de
trabalho. Ferramenta esta que nos auxilia na análise de investimentos. Como
quaisquer outras ferramentas de trabalho ela possui: características, propósitos e
usabilidade próprios.

Perguntas como: perfil de risco e do investidor, horizonte temporal de investimentos,


tempo disponível para acompanhar os investimentos e, até mesmo, gosto pessoal, são
questões a serem levadas em consideração na escolha de qual técnica de análise
escolher. No fim das contas, a escolha está muito mais ligada ao investidor do que
ao Mercado.

Antes de falarmos dos gráficos, figuras, candles e indicadores; daremos um passo atrás.
Apesar de menos divertido, o conhecimento dos fundamentos da Análise Técnica é vital
para qualquer praticante. Ao entendermos sua história, onde surgiu, qual a sua filosofia
e objetivos, suas definições e conceitos; podemos entender em que situações a sua
utilização é mais adequada como ferramenta para nossos investimentos.

De nada adianta eu querer apertar o botão de ligar, se nem ao menos sei para que
serve a ferramenta.

HISTÓRIA
Fazendo um breve resumo histórico, os primeiros registros do uso Análise Técnica
surgiram no Japão, nas bolsas de arroz de Dojima, ainda no século XVIII. Sua criação é
atribuída a Munehisa Homma.

E aqui colocamos mais lenha na fogueira na discussão entre Análise Técnica x Análise
Fundamentalista. Segundo os registros históricos, a Análise Técnica é muito mais antiga
do que a sua “rival” Análise Fundamentalista. Enquanto a primeira tem sua origem no
século XVIII, a segunda tem seu início com os ensinamentos de Benjamin Graham e
Philip Fischer – no século XX. Portanto, AT sai vencedora no quesito teste do tempo.

Porém, a AT só viria a se popularizar no ocidente no início do século XX, com as


traduções do método japonês feitas por Steve Nison. E posteriores estudos e
contribuições de Charles Dow (no que viria a se transformar na Teoria de Dow,
alicerce sobre o qual se sustenta toda a Análise Técnica).

PREMISSAS DE FUNCIONAMENTO

A Análise Técnica trabalha com a premissa de que o comportamento humano (e


consequentemente o comportamento dos preços dos ativos) possui padrões que se
repetem ao longo do tempo. Ao estudar e identificar estes padrões e movimentos
passados, pode-se projetar qual o comportamento futuro dos preços, seguindo
uma lógica probabilística.

Portanto, diferentemente da Análise Fundamentalista, a AT não está preocupada com os


fundamentos da empresa e nem analisar de forma qualitativa os ativos. Seu foco é
único e exclusivamente com o movimento dos preços, procurando e identificando
padrões através de diferentes instrumentos.

E para os que ainda têm suas dúvidas a respeito deste método de análise. Andrew Lo,
um dos papas do MIT (Massachusetts Institute of Technology), mostrou a capacidade
preditiva da Análise Técnica por meio de uma abordagem automática e sistemática de
reconhecimento de padrões gráficos, utilizando regressão não paramétrica de Kernel,
em seu clássico "Foundations of Technical Analysis: Computational Algorithms,
Statistical Inference, and Empirical Implementation".

ESPECULAÇÃO X INVESTIMENTO

A Análise Técnica está intimamente ligada ao timing de entrada e saída nas operações.
Comumente sendo associada a uma técnica voltada mais para a especulação
financeira do que investimentos de longo prazo. Esta afirmação, porém, é uma meia
verdade.

É fato, sim, que a questão do timing é fundamental ao se utilizar os gráficos. Entretanto,


o trader e investidor podem determinar qual o período gráfico irão utilizar, o adequando
ao seu próprio perfil.

Para o investidor com mais tempo para monitorar os seus investimentos, voltado para
resultados de curto e médio prazo e entusiasta da especulação; o uso de tempos gráficos
menores se torna mais adequado. Entretanto, aqui é necessário bastante agilidade
operacional.

Para o investidor sem muito tempo para monitorar os seus investimentos, que tem
outras demandas durante a semana, e preocupado com a construção patrimonial no
médio e longo prazo; tempos gráficos maiores se encaixam melhor no seu perfil.
Podemos citar o uso de gráficos: diários, semanais e mensais.

Porém, também podemos ir por uma terceira. Combinando tempos gráficos diferentes.
O investidor pode muito bem ter uma alocação estratégica, visando o longo prazo e
utilizando gráficos maiores para a tomada de decisão. Ao mesmo tempo, pode utilizar
tempos gráficos menores para se aproveitar do market timing em uma alocação
tática de sua carteira.

Até mesmo para operações de daytradeé comum o uso de múltiplos tempos gráficos em
conjunto. Técnica conhecida como double ou triple screening.
No fim das contas a escolha da ferramenta na hora de investir está muito mais ligada ao
investidor do que ao Mercado. Não existe melhor ou pior, existe aquilo que melhor se
adequa ao seu perfil e objetivos. Portanto, antes de iniciar os investimentos, procure se
conhecer melhor e listar quais são os seus objetivos e necessidades.

Um grande abraço!

https://www.tickmill.com/pt/blog/guia-para-iniciantes-em-analise-tecnica-parte-1

ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES


| Parte 2
Por Hub do Investidor

Adicionado 07/03/2022

ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES | Parte 2


Caros leitores, bem-vindos a mais um artigo da nossa série sobre Análise
Técnica! Nesta Parte 2 vamos nos aprofundar nos ensinamentos da Teoria de Dow. O
arcabouço teórico sobre qual toda a Análise Técnica é construída. A sua aplicação, e
consequentemente seus trades e investimentos, ficam muito melhores ao entender e
fixar os conceitos que iremos abordar no artigo de hoje.
Se você chegou agora e está um pouco perdido, não tem problema! Aqui está o link para
a Parte 1 da série. Confere lá!

TEORIA DE DOW

A teoria, apesar de secular, é quem norteia, rege e embasa o conhecimento mundial


sobre a Análise Técnica. Ela foi criada em 1984 por Charles Henry Dow. Dow foi o
cofundador da Dow Jones & Company e, também, o fundador do The Wall Street
Journal, que se tornou uma das mais respeitáveis publicações sobre economia do
mundo.

Como se não bastasse, Charles Dow também inventou o famoso índice de açõesDow
Jones Industrial Average (DJIA). É o índice de ações mais antigo dos EUA, e é
utilizado até os dias atuais como termômetro dos mercados acionários norte-americanos
(principalmente do setor industrial).

Feitas as devidas apresentações do criador, vamos falar da Teoria em si. Ela possui 6
princípios básicos que regem o seu funcionamento. Abaixo veremos em detalhes o que
cada um destes princípios representa e de que forma são utilizados dentro da Análise
Técnica.

1. OS ÍNDICES DESCONTAM TUDO

Os índices descontam tudo, menos os atos de Deus. Aqui, podemos interpretar


"índices" como "preços dos ativos". Charles Dow salientava que todos os fatores que
influenciam os preços dos ativos já estão incorporados ao seu preço. Em outras
palavras:

Todas as informações relevantes ao ativo — mesmo que conhecidas por apenas


alguns poucos investidores — são imediatamente refletidas (descontadas) em seu
preço.

Você deve ter notado a semelhança desse princípio com a teoria da HME (Hipótese do
Mercado Eficiente) de Eugene Fama. Porém, apesar da eficiência dos mercados,
sabemos que eventos imprevisíveis existem. Para Dow, estes eventos são nomeados
como "atos de Deus".

Mesmo que não seja possível prever tsunamis ou terremotos, por exemplo, uma vez que
esses eventos aconteçam, pelo pressuposto da eficiência do mercado, os preços se
ajustam rapidamente, incorporando tais ocorrências e seus efeitos aos preços dos ativos.

2. OS MERCADOS SE MOVEM EM TENDÊNCIAS

O segundo princípio de Dow aborda as tendências de movimento do mercado. As


tendências podem ser:
 De Alta – topos e fundos ascendentes;
 De baixa – topos e fundos descendentes;
 Sem tendência ou Lateral – topos e fundos no mesmo patamar e/ou sem clara
formação.

Por sua vez, as tendências podem se dividir em três tipos, segundo a sua duração:

 Tendência Primária - é a principal, representa o movimento mais longo do mercado e


pode durar meses ou anos;
 Tendência Secundária - são as correções e reações do mercado podendo retomar 1/3 a
2/3 do movimento anterior e duram semanas ou meses;
 Tendência Terciária - são as correções e reações menores que duram algumas
semanas a alguns dias.
3. CONFIRMAÇÃO

O terceiro princípio da Teoria de Dow é o Princípio da Confirmação, que se


fundamenta pela ideia de que os índices do mercado deveriam caminhar na mesma
direção, um confirmando o outro.

Na época de elaboração de seus princípios, a economia norte-americana era


impulsionada, principalmente, pela atividade industrial, o que levou Charles Dow a criar
e observar os movimentos do Dow Jones Industrial Average (média ponderada da
cotação das empresas do setor industrial) e do índice Dow Jones Transportation
Average (média ponderada das cotações das empresas do setor de transportes) para
determinar tendências.

Em sua visão, um aumento dos lucros do setor industrial significava um aumento de sua
produção, o que, por consequência, tinha impacto positivo no setor de transportes
(partindo do princípio de que à medida que há maior produção, haverá, por
consequência, maior necessidade de transportar os produtos fabricados).

Dessa forma, caso os dois índices se posicionem na mesma direção, a tendência do


mercado seria consistente e confiável. Por outro lado, em caso de
alguma divergência na direção, uma possível mudança de tendência era esperada.

Pelo Princípio da Confirmação, ao observarmos índices de setores distintos, partindo


do pressuposto de existência de uma relação entre eles, é possível aumentar o grau de
confiabilidade das análises, validando-as ou indicando possíveis armadilhas.
4. VOLUME E TENDÊNCIA

Em seu quarto princípio, Dow preconiza que o volume confirma a tendência, uma vez
que realça ou atenua os movimentos dos preços, sendo uma informação adicional à
análise.

Em uma tendência de alta, o volume de negociação deve aumentar na alta, em razão


da valorização dos ativos e diminuir nas reações de desvalorização.

Já em uma tendência de baixa, o volume deve aumentar na baixa, em razão da


desvalorização dos ativos e diminuir nas reações de valorização.

Portanto, aumentos expressivos de volume podem indicar maior grau de confiabilidade


na tendência, enquanto movimentos de preço sem volume sugerem um menor grau.
Enquanto não houver um volume alto confirmando a mudança de tendência, a tendência
anterior prevalece.

5. PREÇO DE FECHAMENTO

Charles Dow é muito enfático na importância do preço de fechamento. Segundo ele, as


máximas e as mínimas do movimento não possuem tanto peso quanto os preços de
fechamento. Para ele, o fechamento de um ativo é aquele que reflete o consenso dos
investidores em relação à tendência desenvolvida ao longo do dia (ou do período
gráfico escolhido).

Por isso, suas estratégias se baseavam exclusivamente neste dado. Assim, todos os seus
índices e indicadores (médias móveis por exemplo) baseiam os seus cálculos apenas no
preço de fechamento.

6. UMA TENDÊNCIA É VÁLIDA ATÉ QUE SEJA REVERTIDA

Este princípio é muito similar à 1ª Lei de Newton, que estabelece que um objeto em
repouso ou movimento retilíneo uniforme tende a permanecer nesse estado se a força
resultante sobre ele é nula. Em outras palavras, um corpo tende a continuar em
movimento até que outra força oposta o tire deste movimento.

No caso da Análise Técnica, uma tendência é válida até que seja revertida. Um
mercado com topos e fundos ascendentes tende a continuar neste mesmo movimento.
Os preços não vão cair apenas porque atingiram um nível "alto demais" ou subir porque
"já caíram demais".
Uma tendência pode durar meses ou até anos. Enquanto não houver sinais de inversão à
tendência vigente, esta não será interrompida. Este princípio procura evitar a prematura
troca de posição, fator conhecido como overtrading.

Ufa! Chegamos ao final de mais um artigo da nossa série sobre Análise Técnica. Agora,
depois de tanta teoria, no próximo post (finalmente!) vamos nos aprofundar nos
gráficos, indicadores, figuras e candlesticks.

Nos vemos em breve!

https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-parte-2

ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES


| Parte 3
Por Hub do Investidor
Adicionado 11/03/2022

ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES | Parte 3


Caros leitores, bem-vindos a mais um artigo da nossa série sobre Análise Técnica! No
post de hoje (finalmente!) aprofundaremos os conceitos do maior objeto de apreciação
dos traders e investidores: o gráfico! Apresentaremos os diferentes tipos gráficos
utilizados nas análises e quais são as informações possíveis de extrair de cada um deles,
bem como suas principais características.

Assim, será possível compreender que a maioria dos gráficos representam a variação
do ativo em um determinado período de tempo, mas também há aqueles gráficos que
são considerados atemporais.

Como já mencionado nos posts anteriores, a análise dos mercados através dos gráficos é
muito antiga! Muito mais do que a Análise Fundamentalista. Tendo seus primeiros
resquícios de utilização ainda no Japão Feudal.

Assim como o Fluxo de Caixa Descontado é a principal ferramenta da Análise


Fundamentalista. Os gráficos são elementos indispensáveis para a Análise Técnica.
Então vamos descobrir mais sobre esta ferramenta fascinante que está presente no
arsenal de qualquer trader e investidor.

Se você chegou agora e está um pouco perdido, não tem problema! Abaixo estão os
links para as Partes 1 e 2. Confere lá!

Parte 1 - https://www.tickmill.com/pt/blog/guia-para-iniciantes-em-analise-tecnica-
parte-1

Parte 2 - https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-parte-2

TIPOS DE GRÁFICOS

Os preços se movimentam por duas razões: oferta e demanda. O desequilíbrio entre


essas duas forças dita a direção dos preços. Por exemplo: se a demanda for maior que a
oferta, o preço deve subir; em contrapartida, se a oferta for maior que a demanda, o
preço deve cair.

Esses movimentos são refletidos nos gráficos estudados pelos analistas técnicos, traders
e investidores. Os tipos de gráficos mais conhecidos são:

 Gráfico de Ponto e Figura;


 Gráfico de Linha;
 Gráfico de Barra;
 Gráfico de Candlesticks.

GRÁFICO DE PONTO E FIGURA

Este tipo gráfico é o mais antigo entre todos listados. Nos primórdios de Wall Street,
não existiam computadores capazes de atualizar as informações em tempo real e os
traders da época acompanhavam as oscilações com apenas papel e lápis. Limitados,
tinham poucas opções.
Os gráficos de linhas não tinham muitos seguidores porque eram pobres em detalhes
intradiários (apenas representavam os preços de fechamento). Candlesticks e barras já
possuíam certa aceitação, mas ilustrar uma lista, por exemplo, de 50 ativos ao final de
cada pregão era uma tarefa que demandava muito tempo.

Para resolver este problema, os traders de Wall Street inventaram o Gráfico de Ponto e
Figura, maximizando tempo, informação diária e design gráfico, pois conseguiam
traçar suportes e resistências com maior facilidade em relação às linhas.

Entretanto, este tipo de gráfico foi caindo em desuso à medida que a tecnologia
avançava e os computadores estavam cada vez mais presentes nas ferramentas dos
traders e analistas do mercado financeiro.

O Gráfico de Ponto e Figura é classificado como um gráfico atemporal, ou seja, se


preocupa exclusivamente na relação oferta e demanda do mercado. Ele foi desenvolvido
para filtrar o movimento dos preços independente do tempo. Dentre as principais
vantagens podemos citar:

 Elimina com eficiência os ruídos do mercado;


 Consegue-se traçar com mais clareza suportes, resistências e linhas de tendência;
 O trader opera com mais fluidez os movimentos de longo prazo;
 Indica com mais precisão os pontos de stop.

Cada alta dos preços do ativo é representada por um “X“, ao passo que uma coluna
de X significa que os preços estão subindo. O contrário se diz para ao “O“, que significa
que os preços estão em queda. Cada X e O ocupa um Box do gráfico. Para a construção
do gráfico, são utilizadas apenas as cotações de máxima e mínima de cada dia.

GRÁFICO DE LINHA
Talvez o tipo gráfico mais comum (e mais simples). É formado pela junção, por uma
linha, entre os preços de fechamento de cada dia. É um gráfico de fácil interpretação,
além de estar alinhado ao 5º princípio da Teoria de Dow, que atribui importância
máxima ao preço de fechamento.

Entretanto, sua simplicidade é seu maior defeito. Comparado com outros tipos gráficos,
ele deixa muitas informações dos preços dos ativos de fora da análise, como: máxima,
mínima e fechamento.

GRÁFICO DE BARRA

Assim como o gráfico de candlesticks, ele nos fornece 4 informações:

 Preço de Abertura;
 Preço de Máxima;
 Preço de Mínima;
 Preço de Fechamento.

Também conhecido como OHLC. Ele possui características muito similares ao gráfico
de candlesticks. Sua principal diferença se dá no fato de não existir o corpo dos
candlestick. Ou seja, a região compreendida entre o Preço de Abertura e o Preço de
Fechamento é representada por uma barra.
A representação segue uma convecção universal. A barra da esquerda, sempre
representa o Preço de Abertura. Enquanto a barra da direita, sempre representa
o Preço de Fechamento.

Assim como no caso dos candles , as colorações das barras indicam altas e quedas.

GRÁFICO DE CANDLESTICKS
Atualmente é o tipo de gráfico mais utilizado pelos trades, investidores e analistas do
mercado financeiro. Em outras palavras, é o mais utilizado na Análise Técnica. Ele
possui esse nome pois sua representação gráfica parece uma vela (em inglês, candle).

Similar ao gráfico de barras, ele também nos fornece as mesmas 4 informações de


preços: Abertura, Máxima, Mínima e Fechamento. Cada candle representa a variação do
ativo em um determinado período. Ele é composto por duas partes:

 O corpo – situado entre a abertura e o fechamento;


 As sombras (ou pavios) – situados entre além dos corpos.

O “corpo” dos candles, mostra o valor atingido pelo preço na abertura e no fechamento.
Já a “sombra” (a linha vertical ligada ao candle), mostra o preço mínimo e o máximo do
período.

Assim como no caso do gráfico de barras, as colorações dos candles indicam


movimentos de alta ou queda dos preços. Aqui não existe uma convenção única,
entretanto, geralmente os candles de alta são representados pela cor verde ou branco
(candles vazados); e os candles de baixa são representados pela cor vermelha ou preto
(candles preenchidos).

Um determinado padrão de candlestick (ou até mesmo uma sequência de padrões) pode
representar que os preços estão perdendo ou ganhando força na tendência de alta ou
baixa. Assim, essas informações são indicações importantes, e os iniciados em Análise
Técnica conseguem extrair informações que indicam se você deve comprar ou vender o
ativo. Estas informações recebme o nome de Padrões de Candlestick.

A análise dos Padrões de Candlestick é um assunto à parte e extenso. E será abordado


nos posts futuros.
Entretanto, para não deixá-los curiosos, abaixo listamos os principais Padrões de
Candlesticks:

 Estrela Cadente
 Enforcado
 Engolfo
 Nuvem Negra (Dark Cloud)
 Martelo
 Martelo Invertido
 Harami (Mulher Grávida)
 Estrela da Manhã
 Estrela da Tarde
 Dojis

CONCLUSÃO

Aqui poderíamos argumentar que a escolha do gráfico é particular de cada investidor.


Isto é verdade. Entretanto, a maioria esmagadora dos adeptos da Análise Técnica utiliza
o Gráfico de Candlesticks em suas análises.

Sua teoria e prática são amplamente difundidos e, inclusive, amplamente empregados


em plataformas de trading. Alguns gráficos, como o de Ponto e Figura, atualmente são
mais difíceis de serem encontrados nas plataformas e corretoras de valores.

Portanto, como recomendação, o melhor é focar no estudo do Gráfico de Candlesticks.

Abaixo deixamos uma imagem que ilustra de uma forma muito didática os principais
tipos gráficos empregados na Análise Técnica, assim como as suas diferenças.

Nos vemos em breve!


https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-parte-3

ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES


| Figuras Gráficas (Parte 4)
Por Hub do Investidor

Adicionado 14/03/2022
ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES | Parte 4
Caros leitores, bem-vindos a mais um artigo da nossa série sobre Análise
Técnica! Após um breve descritivo histórico e um pouco de teoria a respeito dos seus
fundamentos, finalmente no último post, aprofundamos os conhecimentos nos gráficos
em si. Abordamos os principais tipos de gráficos utilizados na Análise Técnica: Ponto e
Figura, Linha, Barra e Candlestick. Também comentamos as características, vantagens e
desvantagens de cada um.

Agora que aprofundamos um pouco mais os nossos conhecimentos sobre esta


ferramenta essencial a traders, investidores e analistas ao redor do mundo. Vamos
começar a estudar e, aprender a interpretar os sinais que os gráficos nos enviam. Mais
especificamente, iniciaremos os estudos das Figuras Gráficas.

O que estes padrões gráficos indicam, qual o comportamento mais provável para os
preços e de que forma podemos nos posicionar nos mercados para obtermos sucesso em
nossas operações.

Se você chegou agora e está um pouco perdido, não tem problema! Abaixo estão os
links para as Partes 1, 2 e 3. Confere lá!

Parte 1 - https://www.tickmill.com/pt/blog/guia-para-inician...

Parte 2 - https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-parte-2

Parte 3 - https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-parte-3

FIGURAS GRÁFICAS

De maneira geral, as Figuras Gráficas são formas geométricas que podem ser
identificadas nos gráficos, ou seja, são padrões visuais.

Antes de mais nada, é importante relembrar que os preços são formados por meio das
forças de mercado (oferta e demanda), o que consequentemente se reflete nos padrões a
serem analisados, ou seja, pelo comportamento dos participantes no mercado.

As figuras gráficas trazem uma ideia dos últimos movimentos e comportamentos do


mercado.

A partir da análise desses padrões, é possível identificar de que forma o preço está se
movendo (se está em tendência de alta, de baixa ou consolidado). Assim, podemos
entender quais são os sinais que o mercado oferece em cada figura, e quais as
oportunidades de trade estão à nossa disposição.

Basicamente, as Figuras Gráficas são divididas em 2 grandes grupos:


 Padrões de Reversão
 Padrões de Continuação

PADRÕES DE REVERSÃO

Como o nome sugere, são padrões gráficos que sinalizam uma possível reversão da
tendência de preços vigente. Se encontram em Topos e Fundos (Reversão de Baixa e
Reversão de Alta, respectivamente); ou em outros pontos de interesse do mercado,
como: Médias Móveis, Alvos e Retrações de Fibonacci, Linhas de Tendência e
Suportes/Resistências.

Abaixo listamos os padrões que fazem parte desta classe:

Reversão de Baixa

 Topo Duplo
 Topo Triplo
 Ombro-Cabeça-Ombro (OCO)

Reversão de Alta

 Fundo Duplo
 Fundo Triplo
 Ombro-Cabeça-Ombro Invertido (OCOI)

TOPOS DUPLOS E TRIPLOS

São padrões de reversão baixistas, que envolvem 2 ou 3 topos situados no mesmo nível
(resistência) e 1 ou 2 fundos entre eles. Por conta de seu formato, o Topo Duplo é
conhecido como “M”.

O Topo Triplo é menos comum do que o Topo Duplo, e leva mais tempo para sua
formação. Entretanto, possui mais força e maior probabilidade de uma reversão de
preços.

FUNDOS DUPLOS E TRIPLOS


Ao contrário dos padrões anteriores, são padrões de reversão altistas, que envolvem 2
ou 3 fundos situados no mesmo nível (suporte) e 1 ou 2 topos entre eles. Por conta de
seu formato, o Fundo Duplo é conhecido como “W”.

O Fundo Triplo é menos comum do que o Fundo Duplo, e leva mais tempo para sua
formação. Entretanto, possui mais força e maior probabilidade de uma reversão de
preços.

OMBRO-CABEÇA-OMBRO (OCO)

Assim como as demais figuras gráficas, seu nome é autoexplicativo. Sua formação se
assemelha ao perfil de um humano com os dois ombros mais ou menos na mesma altura
e, entre eles, uma sequência mais alta de candles (cabeça). O OCO ocorre sempre em
Topos.

Possui grande similaridade com o Topo Triplo. Entretanto, o topo intermediário é mais
alto do que os outros 2 topos.

É possível interligar os fundos da figura por uma reta denominada neckline ou Linha de
Pescoço.
OMBRO-CABEÇA-OMBRO INVERTIDO (OCOI)

De forma análoga ao OCO, a formação do OCOI se assemelha ao perfil invertido de


um humano com os dois ombros mais ou menos na mesma altura e, entre eles, uma
sequência mais baixa de candles (cabeça). O OCOI ocorre sempre em Fundos.

Possui grande similaridade com o Fundo Triplo. Entretanto, o fundo intermediário é


mais baixo do que os outros 2 fundos.

É possível interligar os topos da figura por uma reta denominada neckline ou Linha de
Pescoço.

PADRÕES DE CONTINUAÇÃO

Como o nome sugere, são padrões gráficos que sinalizam uma continuação da
tendência de preços vigente. Nestes padrões podemos observar uma certa regressão do
movimento prévio, uma espécie de descanso, como se os participantes do mercado
estivessem tomando fôlego para continuar o movimento.

Abaixo listamos os padrões que fazem parte desta classe:

 Retângulo
 Triângulos
 Bandeira
 Flâmula
 Cunhas

RETÂNGULO
O Retângulo, como o nome sugere, é uma congestão formada por candles bastante
sobrepostos sem nenhuma tendência definida. Nota-se que, dentro do retângulo
demarcado, os preços se movem de forma lateralizada, respeitando um limite máximo
(resistência) e mínimo (suporte), com as amplitudes dos movimentos delimitadas por
ambos.

A saída de uma congestão geralmente se dá por meio de um grande candle que rompe o
limite da figura para um dos lados. Suas entradas são, geralmente, na direção da
tendência principal, já que é uma figura de continuação.

TRIÂNGULOS

O Triângulo Ascendente é uma formação que ocorre durante uma tendência de alta,
como uma continuidade da tendência, e em algumas situações pode ocorrer em
momentos de consolidação. O rompimento do triângulo traz boas oportunidades e na
maioria das operações apresenta uma maior segurança.

Durante a formação do padrão os triângulos, geralmente, apresentam diminuição do


volume, havendo um aumento significativo apenas na região de corte (rompimento), o
que é um sinal bastante importante e que valida o movimento de rompimento.

O Triângulo Ascendente é formado a partir do desenho de duas linhas de tendência


que conectam os fundos ascendentes e a resistência.
O Triângulo Descendente é exatamente oposto ao exemplo anterior. Ocorre durante
uma tendência de baixa, como uma continuidade da tendência, e em algumas situações
pode ocorrer em momentos de consolidação. Ele é formado a partir do desenho de duas
linhas de tendência que conectam os topos descendentes e o suporte.

O Triângulo Simétrico tipicamente representa indecisão e uma consolidação dos


preços. Os Topos e Fundos atingem amplitudes cada vez menores. Assim como em
outras situações de consolidação, o volume de negociação tende a diminuir durante a
sua formação.

BANDEIRAS

Esse padrão forma no gráfico uma figura parecida com uma bandeira com mastro.
Nas Bandeiras de Alta o mastro é formado por uma sequência ascendente de candles,
seguidos por uma sequência de candles ligeiramente descendentes (bandeira), que se
assemelham a um pequeno canal de baixa.
Nas Bandeiras de Baixa, o comportamento é análogo, ou seja, o mastro é formado por
uma sequência descendente de candles que é interrompida por uma formação de
candles ligeiramente ascendentes (que se assemelham a um pequeno canal de alta).

Em ambas as figuras, após a formação da bandeira, o rompimento ocorre com um


candle de confirmação, acionando o gatilho de entrada na operação. O alvo do trade será
exatamente a altura do mastro, projetada a partir do ponto de rompimento.

Podemos resumir o comportamento deste padrão em 3 etapas:

1. Movimento de tendência inicial


2. Correção do movimento
3. Retomada do movimento de tendência anterior

FLÂMULAS

Possuem comportamento similar ao das Bandeiras. A diferença fundamental entre


uma bandeira e uma flâmula é o formato do padrão corretivo.

Enquanto as bandeiras apresentam topos e fundos paralelos durante o padrão corretivo


(parecidos com retângulos ou canais de alta/baixa). As Flâmulas apresentam um dos
lados da figura fixo, ou seja, formam-se figuras parecidas com triângulos nos padrões
corretivos.
CUNHAS

São formações gráficas em que as flutuações dos preços ficam contidas entre duas
linhas convergentes, mas que se diferenciam dos triângulos por serem ambas,
simultaneamente, inclinadas para cima ou para baixo. O padrão do volume é similar aos
dos triângulos e retângulos, diminuindo substancialmente durante sua formação.

Podem gerar um pouco de confusão por serem padrões contraintuitivos. Pois existe uma
leve retração da tendência, antes de se iniciar a nova onda de movimentos.

Suas definições têm o sentido oposto às suas designações, isto é, uma cunha
descendente é altista e uma cunha ascendente é baixista.

https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-figuras-graficas-parte-4
ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES
| Candlesticks (Parte 5)
Por Hub do Investidor
Adicionado 28/03/2022

ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES | Parte 5


Caros leitores, bem-vindos a mais um artigo da nossa série sobre Análise Técnica! No
último post nos aprofundamos nas Figuras Gráficas, que nada mais são do que padrões
de comportamento dos preços que se refletem em formas geométricas representadas nos
gráficos de candlestick.

No post de hoje continuaremos a nossa saga, nos aprofundando nos candlesticks, seus
padrões, e o que eles nos dizem a respeito do comportamento dos mercados.

Se você chegou agora e está um pouco perdido, não tem problema! Abaixo estão os
links para os artigos anteriores. Confere lá!

Parte 1 - https://www.tickmill.com/pt/blog/guia-para-iniciantes-em-analise-tecnica-
parte-1

Parte 2 - https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-parte-2

Parte 3 - https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-parte-3

Parte 4 - https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-figuras-
graficas-parte-4
CANDLESTICKS

Mas, primeiro, vamos relembrar brevemente o que são os candlesticks.

Eles possuem esse nome devido à sua similaridade com uma vela (em inglês,
candle). Os candles nos fornecem 4 informações de preços: Abertura, Máxima, Mínima
e Fechamento.

Cada candle representa a variação do ativo em um determinado período. Ou seja, 1


candle de 1 dia representa a variação de preços de determinado ativo naquele dia. Ao se
encerrar o dia, este candle também se encerra. Iniciando um novo candle no dia seguinte
de negociação, quando se inicia um novo dia.

O candle é composto por duas partes:

 O corpo – situado entre a abertura e o fechamento;


 As sombras (ou pavios) – situados entre além dos corpos.

O “corpo” dos candles mostra o valor atingido pelo preço durante a abertura e o
fechamento daquele timeframe. Já a “sombra” (a linha vertical ligada ao candle), mostra
o preço mínimo e o máximo do período.

Assim como no caso do gráfico de barras, as colorações dos candles indicam


movimentos de alta ou queda dos preços. Aqui não existe uma única convenção,
entretanto, geralmente os candles de alta são representados pela cor verde ou branco
(candles vazados); e os candles de baixa são representados pela cor vermelha ou preto
(candles preenchidos).

Da mesma forma que as Figuras Gráficas, os candles também apresentam padrões de


comportamento. Estes padrões indicam prováveis futuros movimentos de preços, e cabe
aos analistas, traders e investidores a habilidade de conseguir ler e interpretar estes
sinais.
Existem centenas de padrões catalogados. Porém, vamos focar nos principais e mais
utilizados na Análise Técnica. Basicamente podemos dividir os padrões de candlesticks
em 3 grupos:

 Padrões de 1 candle
 Padrões de 2 candles
 Padrões de 3 candles

PADRÕES DE REVERSÃO DE 1 CANDLE

São padrões que possuem apenas 1 candle em sua formação. Ficam ainda mais fortes
quando encontrados em zonas de contexto como: suportes e resistências, médias
móveis, LTA e LTB, alvos e retrações de Fibonacci, etc...

Reversão de Baixa

 Estrela Cadente (Shooting Star)


 Enforcado (Hanging Man)

Reversão de Alta

 Martelo (Hammer)
 Martelo Invertido (Inverted Hammer)

ESTRELA CADENTE (Shooting Star)


É um padrão de reversão formado por apenas um candlestick de qualquer cor (verde ou
vermelho). O candle aparece no final de uma tendência de alta e tem como característica
o corpo pequeno na parte inferior com uma grande sombra na parte superior. O
ideal é que a sombra superior tenha pelo menos o dobro do tamanho do corpo. Pode ter
uma sombra bem pequena localizada na parte inferior do candle.

ENFORCADO (Hanging Man)

Este padrão possui as mesmas características que a Estrela Cadente, com a diferença
de possuir o corpo e a sombra posicionados de forma espelhados. É um padrão de
reversão formado por apenas um candlestick de qualquer cor (verde ou vermelho). O
candle aparece no final de uma tendência de alta e tem como característica o corpo
pequeno na parte superior com uma grande sombra na parte inferior.

MARTELO (Hammer)

Padrão de reversão altista, ocorre em uma tendência de baixa. O martelo é formado por
um candle vermelho ou verde, com sombra inferior bem longa e sem ou com a
presença de uma pequena sombra superior. Ou seja, após uma queda forte, o papel volta
e fecha mais próximo da máxima sinalizando força compradora. Alguns traders
aguardam o rompimento da máxima do candle como confirmação para uma entrada
mais segura.

MARTELO INVERTIDOR (Inverted Hammer)

Analogamente ao Martelo, também é um padrão de reversão altista. Encontrado em


tendências de baixa. Entretanto, a longa sombra característica deste padrão se encontra
na parte superior do candle.

PADRÕES DE REVERSÃO DE 2 CANDLES

São padrões que possuem 2 candles em sua formação. Ficam ainda mais fortes quando
encontrados em zonas de contexto como: suportes e resistências, médias móveis, LTA e
LTB, alvos e retrações de Fibonacci, etc...

Reversão de Baixa

 Engolfo de Baixa (Bearish Engulfing)


 Harami de Baixa (Bearish Harami)
 Nuvem Negra (Dark Cloud)

Reversão de Alta

 Engolfo de Alta (Bullish Engulfing)


 Harami de Alta (Bullish Harami)
 Padrão Perfurante (Piercing Line)
ENGOLFO (Engulfing)

Padrão de reversão formado por 2 candles. É composto por um primeiro candle de


menor amplitude e um segundo candle de grande amplitude. O segundo candle
“engole” o primeiro candle devido a diferença de tamanho entre ambos. Os candles
apresentam colorações diferentes, ou seja, um primeiro candle de baixa seguido de outro
candle de alta (no caso de uma reversão altista) e o exato oposto no caso de uma
reversão baixista.

Segundo a literatura, não há necessidade de que o segundo candle sobreponha


inteiramente o corpo e as sombras do primeiro, apenas o corpo.

HARAMI

O Harami é muito similar ao Engolfo. Sua principal diferença é a seqüência dos candles
que o compõem. Ao contrário do Engolfo, na formação do Harami é o primeiro candle
que possui grande amplitude e o segundo candle que possui pequena amplitude. Devido
à sua formação, este padrão também é chamado de Mulher Grávida.
NUVEM NEGRA (Dark Cloud)

E um padrão de reversão formado por dois candlesticks que indica uma possível
reversão de alta para baixa. O primeiro candle é verde e possui um corpo longo. O
segundo é vermelho, com abertura acima do fechamento do candle verde. O corpo deste
segundo candle deve “entrar” no corpo do primeiro candle. O fechamento do candle
vermelho deve ficar abaixo da metade do corpo do candle verde.

PADRÃO PERFURANTE (Piercing Line)

Piercing Line é um padrão formado por dois candlesticks que indica uma possível
reversão de baixa para alta. O primeiro candle é vermelho e possui um corpo longo. O
segundo é verde, com abertura abaixo do fechamento do candle vermelho. O corpo
deste segundo candle deve “entrar” no corpo do primeiro candle. O fechamento do
candle verde deve ficar acima da metade do corpo do candle vermelho.

PADRÕES DE REVERSÃO DE 3 CANDLES

São padrões que possuem 3 candles em sua formação. Ficam ainda mais fortes quando
encontrados em zonas de contexto como: suportes e resistências, médias móveis, LTA e
LTB, alvos e retrações de Fibonacci, etc...

Reversão de Baixa

 Estela da Tarde/Noite (Evening Star)

Reversão de Alta

 Estrela da Manhã (Morning Star)

ESTRELA DA MANHÃ / ESTRELA DA TARDE

A Estrela da Manhã é um padrão de reversão altista composto por 3 candlesticks.


Possui em sua formação um candle longo e vermelho, seguido de um pequeno candle
(que pode ser de qualquer cor). O corpo deste segundo candle deve estar abaixo do
corpo do primeiro candle. O terceiro candle é longo e verde.

Já a Estrela da Tarde (ou Noite) é um padrão de reversão baixista. Possui em sua


formação um candle longo e verde, seguido de um pequeno candle (que pode ser de
qualquer cor). O corpo deste segundo candle deve estar acima do corpo do primeiro
candle. O terceiro candle é longo e vermelho.
Chegamos ao final de mais um artigo. Parece tanta coisa para estudar, tantos padrões e
nomes, não é mesmo? Mas, assim como quando aprendemos o alfabeto, o mesmo
ocorre com os padrões de candlestick. Agora que sabemos ler e identificá-los, fica cada
vez mais fácil e corriqueiro a sua utilização na hora de analisar o mercado e seus
movimentos.

No próximo post iremos abordar os indicadores técnicos.

Nos vemos em breve!

https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-candlesticks-parte-5

ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES


| Indicadores Técnicos (Parte 6)
Por Hub do Investidor
Adicionado 13/04/2022
ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES | Parte 6
Caros leitores, finalmente chegamos ao último post da nossa série sobre Análise
Técnica! Ao longo da nossa trajetória aprofundamos os conhecimentos nesta escola de
análise que tem sua origem ainda no Japão Feudal, no século XVIII.

Estudamos a história da AT, Teoria de Dow, Tipos de Gráficos, Figuras Gráficas e


Padrões de Candlestick. Naturalmente, é um conteúdo denso para ser abordado com a
devida profundidade em apenas alguns posts no nosso blog. Entretanto, a base foi
construída para que você – investidor – possa utilizar a AT diariamente em seus trades e
investimentos.

No nosso post final iremos falar sobre os famosos indicadores técnicos. Uma vasta
gama de ferramentas que podem compor o arsenal dos traders e investidores.

Se você chegou agora (está um pouco atrasado), não tem problema! Abaixo estão os
links para os posts anteriores:

Parte 1 - https://www.tickmill.com/pt/blog/guia-para-inician...

Parte 2 - https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-parte-2

Parte 3 - https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-parte-3

Parte 4 - https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-figuras-
graficas-parte-4

Parte 5 - https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-
candlesticks-parte-5
INDICADORES TÉCNICOS

A Análise Técnica clássica tem como principal característica a utilização de ferramentas


de desenho nos gráficos. Portanto, se baseia em uma utilização bastante visual e, de
certa forma, abstrata e subjetiva.

Com o advento da tecnologia e o uso cada vez mais intensivos dos computadores e de
seu poder de processamento, sua utilização nos mercados financeiros abriu novas
possibilidades.

Antes dos computadores, era humanamente muito difícil para os traders e analistas
calcularem – em tempo real – médias móveis, IFR, Bandas de Bollinger, entre outros...
Os computadores, com seu poder de processamento, permitiam que todos estes cálculos
fossem feitos em tempo real.

Os indicadores são utilizados como ferramenta de apoio à análise técnica clássica.


Geralmente gerando sinais de confirmação e/ou sendo utilizados como filtros nos
momentos de tomada de decisão.

Em sua construção os indicadores utilizam informações derivadas de outras fontes. Ou


seja, eles têm como matéria-prima as informações oriundas da movimentação dos
preços, do volume ou da volatilidade ao longo do tempo.

O seu uso na análise técnica corresponde à navegação por instrumentos em um


avião, na qual mesmo sob uma tempestade é possível de pilotar. Eles nos fornecem
informações adicionais extremamente úteis, apresentando melhores resultados
quando utilizados em conjunção ao movimento dos preços, padrões gráficos e
outros indicadores.

Podemos dividir os indicadores nos seguintes grupos:

 Rastreadores ou Seguidores de Tendência (atrasados)


 Momentum e Osciladores (antecedentes)
 Volume
 Fôlego de Mercado
 Sentimento

RASTREADORES / SEGUIDORES DE TENDÊNCIA

Como o nome sugere, esta classe de indicadores seguem o preço dos ativos e costumam
ser referidos como indicadores de acompanhamento de tendências. Raramente, ou
nunca, lideram o preço de um ativo.

Estes indicadores funcionam melhor quando o mercado apresenta uma tendência


forte e são projetados para fornecer aos investidores e traders pontos de entrada em
operações e mantê-los dentro da operação pelo tempo em que a tendência permanecer
intacta.

Portanto, não são eficazes em mercados laterais ou sem uma tendência definida. Se
usados em mercados laterais, provavelmente fornecerão muitos sinais falsos.

Nesta classe, dentre os indicadores mais amplamente utilizados, se enquadram:

 Médias Móveis
 Envelopes (Bandas de Bollinger e Canais de Keltner)
 High-Lo
 Parabólico SAR
 Movimento Direcional (ADX)
 Nuvem de Ichimoku

MOMENTUM E OSCILADORES

Os indicadores antecedentes são projetados para liderar os movimentos de preços. A


maioria representa uma forma de impulso ao longo de um período de preços fixo no
passado, que é o número de períodos utilizados para calcular o indicador.

Estes indicadores geram mais sinais e permitem mais oportunidades para a negociação.
Os sinais precoces podem também agir para prevenir uma potencial força ou fraqueza.
Podem ser utilizados em mercados de tendência, mas geralmente com a tendência
principal, e não contra ela.
Existem muitos tipos de osciladores e alguns pertencem a mais de uma categoria. A
composição dos tipos de oscilador começa com três categorias: osciladores de impulsão,
osciladores centrados e osciladores em bandas.

Geralmente, os osciladores centrados são mais adequados para a análise da direção da


dinâmica de preços, enquanto os osciladores em bandas são ideais para identificar os
níveis de sobrecompra e sobrevenda.

Alguns dos indicadores antecedentes mais populares incluem:

 MACD
 ROC (Rate Of Change)
 CCI (Commodity Channel Index)
 Momentum
 IFR (Índice de Força Relativa ou RSI em inglês)
 Oscilador Estocástico
 Williams %R

OSCILADORES DE IMPULSÃO OU MOMENTUM

Os osciladores de impulsão ou de momentum lidam com a taxa a que os preços estão


mudando. Por exemplo, em uma tendência de alta, os preços estão subindo e a linha de
tendência inclina para cima. O momentum mede quão rapidamente os preços estão
subindo, ou quão íngreme a linha de tendência é inclinada.

Momentum é semelhante à aceleração e a desaceleração do movimento. De modo


geral, mede a taxa de variação dos preços de um ativo.

Quando um oscilador mostra que determinada tendência está perdendo momentum,


então um sinal de que a tendência pode estabilizar-se é dado. Isso significa que os
preços podem permanecer de lado ou até reverter.

OSCILADORES CENTRADOS

Os osciladores centrados flutuam acima e abaixo de um ponto central ou


linha. Esses osciladores são bons para identificar a força ou a fraqueza, ou a direção do
impulso por trás do movimento de um ativo.

Na sua forma mais pura, a direção é positiva (bullish), quando um oscilador centrado é
negociado acima da sua linha central. De forma análoga, é considerado negativo
(bearish) quando o oscilador está negociando abaixo da sua linha central.
Alguns dos osciladores centrados mais populares incluem:

 MACD
 Momentum
 ROC (Rate of Change)
 TRIX (Triple Smoothed Average)
 Bull e Bear Power

OSCILADORES EM BANDAS

Estes osciladores alternam acima e abaixo de duas bandas que significam níveis de
preços extemos. A banda inferior representa leituras de sobrevenda e a superior,
leituras de sobrecompra.

Os osciladores podem permanecer em níveis extremos (sobrecompra ou sobrevenda)


por longos períodos, mas eles não permanecem em tendência por um período
sustentado.

Os melhores sinais que eles podem fornecer são para verificar se há divergências entre
o indicador e o preço dos ativos.

Alguns dos osciladores centrados mais populares incluem:

 IFR (Índice de Força Relativa ou RSI em inglês)


 Estocástico
 %R de Williams
 CCI (Commodity Channel Index)
INDICADORES DE VOLUME

Os indicadores de volume são utilizados para confirmar a força das tendências. A


falta de confirmação pode avisar sobre uma reversão e/ou falsos rompimentos.

Preço e volume são os dois básicos insumos dos indicadores na análise técnica.

Estes indicadores se baseiam em uma das premissas da Teoria de Dow. Premissa esta
de que o volume precede os preços. O volume nos dará pistas da intensidade e vai
determinar a saúda da tendência.

O volume é a indicação de oferta e demanda; quanto maior o volume negociado, maior


a liquidez, e, em geral, quanto maior a liquidez, menor a volatilidade dos preços. Um
aumento do volume pode significar o fim de uma tendência e uma troca do controle
entre os compradores e vendedores.

Alguns dos indicadores de volume mais populares incluem:

 OBV (On Balance Volume)


 Williams Acumulação Distribuição
 VWAP (Volume Weighted Average Price)
 VAP (Volume At Price)
Finalmente, após 6 posts dedicados a esta escola de análise dos mercados financeiros,
terminamos a nossa série sobre Análise Técnica.

Agora chegou a hora de sairmos da teoria e colocar em prática tudo o que foi abordado
ao longo da série. Sem dúvidas, com este arsenal à sua disposição, seu sucesso no
mercado FOREX está mais próximo.

Nos vemos na próxima. Ótimos trades!

https://www.tickmill.com/pt/blog/analise-tecnica-para-iniciantes-or-indicadores-tecnicos-
parte-6

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