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CURSO DE ANÁLISES

TÉCNICA e GRÁFICA BÁSICO

Programa do Curso
AULA 01 – Conceitos Iniciais e Tipos de Gráficos
 Gráfico de barras
 Gráfico de candles
 Gráfico de linhas
AULA 02 – Teoria de DOW
 Introdução à Teoria de Dow
 Princípios da Teoria de Dow
 Críticas à Teoria de Dow
 Topos e fundos
 Tendência de alta
 Tendência de baixa
 Suporte e resistência
 LTA
 LTB
 Canal de alta
 Canal de baixa
 Duplicação de canal
 Gaps
AULA 03 – Padrões Gráficos de Continuação
 Triângulo ascendente
 Triângulo descendente
 Triângulo simétrico
 Retângulos
 Bandeiras
 Flâmulas
AULA 04 – Padrões Gráficos de Reversão
 Candlesticks
 Ombro-cabeça-ombro
 Topos e fundos duplos
 Topos e fundos arredondados
AULA 05 – Indicadores
 Médias Móveis
 Média Móvel Aritmética
 Média Móvel Exponencial
 Estratégia com Médias Móveis
 IFR – Índice de Força Relativa
 Ondas de Elliott
AULA 1 – CONCEITOS INICIAIS e TIPOS DE GRÁFICOS

O objetivo deste curso básico, é apresentar a quem inicia no mercado


financeiro, os principais conceito s da ANÁLISE TÉCNICA.

Estudaremos inicialmente os Candlesticks, voltando-nos aos aspectos


práticos, e deixando de lado os detalhes históricos e demais aspectos que
poderão e deverão ser pesquisados e estudados pelo interessado em outras
fontes.

Apesar de básico, podemos afirmar que este curso irá preencher uma
lacuna de conhecimento, e por si só será suficiente para que o aprendiz inicie
sua inserção nos mercados de OPÇÕES BINÁRIAS, FOREX e outros
mercados que se utilizam da ANÁLISE TÉCNICA como ferramenta.

Iniciamos com um breve conceito do que é a ANÁLISE TÉCNICA propriamente


dita.

O que é análise técnica?


Análise técnica, de uma maneira simples, é uma abordagem que permite ao
seu praticante avaliar
qual o melhor momento (timing) para se iniciar e encerrar uma operação de
compra ou de venda de
um ativo financeiro ou quando deve ficar fora do mercado. Para tanto, utiliza
gráficos e teorias formuladas sobre sua dinâmica e, mais recentemente,
estudos matemáticos -estatísticos complementares que conhecerão ao longo
deste e de outros cursos que aqui serão ministrados.
As primeiras teorias e métodos operacionais surgiram no início do século XX1.
Pesquisando, encontramos que, em 1901, durante a fusão da U.S.Steel, um
dos seus diretores James R. Keene utilizava a técnica dos gráficos Ponto-
Figura intensamente. Posteriormente, alguns “scalpers” (operadores de pregão)
passaram a utilizá-la nas suas operações day-trade (intra dia) e a prática do
mercado acabou convertendo-a numa teoria de uso comum, não se sabendo
ao certo quem foi o seu criador.
Na mesma época, Charles H. Dow, proprietário de um serviço de
informações voltado para o
mercado financeiro – Dow-Jones Financial News – e a quem é creditada a
invenção dos índices no
mercado de ações, em artigos escritos para o Wall Street Journal definiu os
conceitos básicos do
viria a se tornar uma teoria. Após sua morte em 1902, seu sucessor na editoria
do jornal, William P.
Hamilton, continuou escrevendo nos 27 anos seguintes novos editoriais e
dando forma àquilo que
hoje é mundialmente conhecido como “A Teoria de Dow”, em nossa opinião, a
essência da análise
técnica e por onde começaremos. Mas, antes, será preciso que conheçamos
algumas noções básicas
para melhor entendimento de suas regras e conceitos.

A ANÁLISE TÉCNICA se utiliza de figuras variadas para representação


dos preços. É com estas figuras, que se formam os gráficos.

Iremos, neste artigo, esclarecer alguns conceitos em torno dos gráficos e suas
aplicabilidades.

Um gráfico de cotações é uma sequência de pontos definidos numa dada


janela de amostragem usando para isso uma dada base de tempo (timeframe).
Cada gráfico tem dois eixos. No eixo X vem a escala do tempo e no eixo Y
temos os valores das cotações.
A base de tempo (timeframe) utilizada pode variar de gráfico para gráfico
dependendo da estratégia do analista. Pode ser utilizada uma base de tempo
intraday, diária, semanal, mensal, trimestral ou anual. Quanto menor for a base
de tempo, menor compressão terá a visualização do gráfico.

Uma base de tempo diária utiliza para desenhar o gráfico um ponto por cada
dia de sessão em Bolsa enquanto que uma base de tempo semanal utiliza um
ponto para cada 7 dias. Por exemplo, se num gráfico diário visualizarmos 100
pontos de informação, num gráfico semanal com o mesmo número de pontos
iremos visualizar 5 meses (um ano corresponderá, grosso modo, a 252 pontos)
de cotações. Geralmente os analistas utilizam gráficos intraday (visualização
da variação das cotações ao longo da sessão de bolsa) ou gráficos diários com
o intuito de analisar a evolução de curto-prazo das cotações. Se quiserem
analisar as tendências de médio/longo prazo de uma empresa deverão utilizar
gráficos mensais ou anuais.

Basicamente há 3 tipos diferentes de gráficos utilizados na ANÁLISE


TÉCNICA: gráficos de linhas, de barras e candlesticks:

1. Gráficos de linhas

O gráfico de linha é o gráfico mais simplista. Desenha-se unindo por


uma linha, cada ponto consecutivo desenhado no gráfico y-x. A coordenada no
eixo Y será a cotação de fechamento e a coordenada no eixo X será a data do
pregão em que ocorreu a cotação. A grande vantagem destes gráficos é que a
sua análise é bastante intuitiva.
2. Gráfico de barras

O gráfico de barras já é um gráfico mais complexo. Para desenhá-lo são


precisos 4 dados por data: a cotação de fechamento, o valor máximo e mínimo
do dia, bem como a cotação na abertura. O máximo da sessão e o mínimo da
sessão definem os extremos da linha definida por cada dia. A pequena linha
horizontal para a direita define a cotação de fechamento, enquanto a que
aponta para a esquerda define o valor da abertura.
A grande vantagem deste tipo de gráfico face ao gráfico de linha é que oferece
mais informação, ainda que seja de leitura mais densa.

3. Gráfico Candlestick

Este gráfico é proveniente do Japão e tornou-se muito popular na última


década. Num gráfico candlestick são necessários os valores de fechamento e
abertura, bem como o máximo e mínimo da sessão. A grande vantagem destes
gráficos é que permitem uma leitura rápida da relação entre o preço final e de
abertura. Se o candle for branco, significa que o valor de fechamento foi
superior ao valor de abertura. Se o candle for preto é porque a cotação de
fechamento terminou abaixo do valor de abertura.
Os candlesticks surgiram no Japão no século 17 com o mercado de arroz.
De lá para cá esse sistema de representação foi sofrendo alterações até
chegar nos dias atuais, onde é bastante usado para a análise gráfica.
Como qualquer análise técnica, deve ser usado junto com outras
ferramentas.
Para se criar o candlestick usa-se o preço de abertura, fechamento,
máximo e mínimo de cada período. O corpo do candlestick é representado por
uma barra cuja altura é dada pela diferença entre o preço de fechamento e
abertura, enquanto a linha acima e abaixo correspondem ao preço máximo e
mínimo respectivamente.
Quando o preço de fechamento é maior que o preço de abertura do período, o
candlestick é representado aqui pela cor azul para facilitar a visualização.
E quando o preço de fechamento é menor que o preço de abertura do período,
utiliza-se a cor vermelha.

Corpo longo x curto : Candlestick de corpo longo mostra uma disputa


mais intensa entre compradores e vendedores, enquanto os curtos
demonstram consolidação do preço. Depois de uma alta, um candle longo
vermelho pode representar o estabelecimento de um ponto de resistência. Por
outro lado, após uma queda de preços, um longo candle azul pode representar
o estabelecimento de um ponto de suporte.

PADRÕES COMUNS DE CANDLESTICKS: Marubozu: Quando o preço de


abertura coincide com o mínimo, e o preço de fechamento com o máximo
temos um Marubozu azul, mostrando que os compradores dominaram o pregão
na maior parte do tempo. Quando o preço de abertura coincide com o máximo,
e o fechamento com o mínimo temos um Marubozu vermelho, mostrando que
os vendedores dominaram o pregão.
Martelo – Linha de mínimo grande e máximo curta: Nesse caso os
vendedores dominaram durante um período, criando uma longa linha de
mínima, porém mais tarde os compradores predominaram. Pode ser azul ou
vermelho, porém quando vermelho os compradores não foram tão
predominantes.

Martelo Invertido – Linha de máximo grande e mínima curta: Os


compradores dominaram durante um período o pregão, forçando uma alta,
porém mais tarde houve o predomínio dos vendedores que provocaram um
fechamento menor que a abertura. Pode ser azul ou vermelho, porém quando
azul os vendedores não foram tão fortes.

“Spinning Tops” – Linha de máximo e mínimo iguais e corpo pequeno:


Nesse caso houve uma indecisão entre compradores e vendedores, já que a
abertura e fechamento estão muito próximos e as linhas de máximo e mínimo
são equivalentes.

Doji: No limite do padrão anterior, quando o preço de abertura e fechamento


são praticamente iguais forma-se o Doji que representa total indecisão entre
compradores e vendedores. Depois de uma alta ou baixa, o aparecimento de
um Doji deve ser encarado como um alerta para alguma provável mudança de
tendência. Mais padrões de
candlesticks : No Harami , o corpo do último candlestick está dentro do corpo
do dia anterior. No “engolfing” (engolfo) o corpo do dia anterior é que está
dentro do último candlestick. No “Estrela” não há preço na mesma faixa que o
dia anterior, ocorrendo um “gap”.

Os candlesticks são
utilizados principalmente para prever uma reversão de tendência de alta ou
baixa. Dessa maneira formam-se figuras padronizadas, muitas com nomes
exóticos, que são divididas em padrões altistas ou baixistas. Padrões altistas
indicam que a tendência de baixa está próximo ao fim e padrões baixistas o fim
da tendência de alta. Há muitos desses padrões, os mais conhecidos são
mostrados abaixo. Na maioria dos casos recomenda-se esperar o próximo
pregão, após o padrão, para confirmar a reversão. Os padrões “Martelo” ou
“Shooting Star” independem da cor do candlestick.
Devido à
facilidade visual de se detectar o sentimento do mercado, os candlesticks são
os preferidos pelos profissionais, sendo usado em conjunto com outras
ferramentas da análise técnica.

AULA 2 – TEORIA DE DOW

Princípio 1: Os Índices Descontam Tudo

Os índices representam a ação conjunta de inúmeros investidores,


desde os mais bem informados (que contam com as melhores informações e
previsões) até os muito inexperientes. As variações diárias dos preços de um
índice, portanto, já têm incluídas (descontadas) no seu valor os eventos que
irão acontecer e que são desconhecidos pela maioria dos investidores.

Dessa forma, todo o fator que afeta a relação de oferta/demanda está


refletida no preço do mercado. Entretanto, existem os eventos que são
imprevisíveis e que as pessoas não têm como saber, como calamidades
naturais, catástrofes como os atentados nas torres americanas, etc. Esses são
os chamados “atos divinos” , quando acontecem podem gerar fortes oscilações
iniciais, mas acabam sendo absorvidos pelo mercado.
Resumo do Princípio:

 Todo o fator que afeta a


oferta x demanda está
refletido no índice.

 O Índice já possui em seu


valor (já descontou) eventos futuros que a imensa maioria não conhece.

 Acontecimentos completamente inesperados são rapidamente avaliados


e seus possíveis efeitos absorvidos.

Princípio 2: As Três Tendências do Mercado

O segundo princípio de Dow afirma que o mercado possui três


tendências de movimento: primária, secundária e terciária.

A tendência primária é a tendência principal de um mercado. É um


movimento longo que pode ser de alta ou de baixa e que leva a uma grande
valorização ou desvalorização dos ativos. Não existem regras matemáticas
exatas para definir o tempo de duração das tendências, entretanto, as
tendências primárias duram aproximadamente de 1 a 2 anos. Na figura abaixo,
as linhas verticais estão fazendo uma separação entre três tendências
primárias no índice Bovespa.

Uma tendência primária não se movimenta em linha reta. Ao observarmos o


mercado (como apresenta o gráfico ) percebermos que o movimento acontece
como um ziguezague. Em um mercado de alta, após um impulso para cima que
forma um novo topo (mais alto que o anterior), temos uma correção que forma
um novo fundo (também mais alto que o fundo anterior). Em uma tendência de
baixa o oposto acontece, após uma queda que forma um fundo mais baixo,
acontece uma reação que cria um topo mais baixo. O conjunto desses
impulsos e correções dentro de uma tendência primária são as chamadas
tendências secundárias. Uma tendência secundária dura de 3 semanas a
alguns meses e pode corrigir até dois terços da tendência primária que ela faz
parte.

As tendências terciárias fazem parte das secundárias. São movimentos


menores de, em média, até 3 semanas. Elas se comportam em relação às
tendências secundárias da mesma maneira que as secundárias em relação às
primárias.

Quando estamos analisando o mercado é interessante classificar as


tendências do movimento atual, assim, podemos avaliar melhor as ações a
serem tomadas dentro de nossa estratégia operacional.

Princípio 3: As Três Fases dos Movimentos

Dow fez uma série de observações sobre os movimentos de preços,


tanto de alta como de baixa, caracterizando aspectos psicológicos marcantes
de cada fase:

Fases do Mercado de Alta

 Fase 1: No início da alta o mercado começa a ser propulsionado por


investidores mais qualificados, que percebem logo que novos ventos
estão soprando. Enquanto isso, a maioria ainda acredita que o pior
ainda está por vir, o que permite aos investidores de elite comprarem
papéis muito baratos. As notícias apresentadas pela mídia refletem as
expectativas negativas da maioria.

 Fase 2: A segunda parte é uma aceleração mais acentuada do


movimento. A pressão compradora aumenta bastante.

 Fase 3: A terceira fase é marcada por grandes altas. Os participantes do


mercado, de maneira geral, estão cada vez mais seguros de seus lucros
e os investidores mais bem preparados começam a vender suas
posições. A grande massa de investidores está em clima de euforia que
se realimenta diariamente nos noticiários. Está aberta a possibilidade
para a fase 1 do mercado de baixa.

Fases do Mercado de Baixa

 Fase 1: Nesta fase os profissionais e investidores de elite vendem seus


ativos, iniciando a retração.

 Fase 2: É uma etapa marcada por um grande nervosísmo, os


investidores percebem o equívoco e tentam se desfazer de suas
posições.
 Fase 3: Com as grandes
perdas e ativos muito
desvalorizados a pressão
vendedora se dissipa,
oportunidades para uma
nova alta começam a surgir.

Princípio 4: O Princípio da Confirmação

O princípio da confirmação afirma que para uma reversão de tendência


ou rompimento de nível de suporte/resistência (suportes e resistências serão
melhor explicados nos capítulos seguintes) ser válido, o fato deve ocorrer em
dois índices de composições distintas. Assim, um índice confirma o outro,
demonstrando que não se trata de uma oscilação temporária do movimento.

Para ilustrar o princípio da confirmação suponha dois índices (A e B) de


composições diferentes, mas que se comportam de maneira semelhante. O
índice A, durante uma alta, vence a zona de pressão vendedora (a linha de
resistência) e parece seguir com força em sua tendência. O índice B,
entretanto, ao chegar pela primeira vez na linha de resistência não consegue o
rompimento da mesma forma que A. Um investidor que analisa o mercado
apenas a partir do ponto de vista do índice A pode concluir que existem boas
oportunidade de compra logo após o rompimento. Contudo, o que acontece é
uma retração, pois o mercado não estava tão forte como demonstrou a falha de
rompimento por parte de B.

Essa é a essência do princípio da confirmação. Dois índices são usados


para que um pronuncie uma “segunda opinião” sobre o outro, de modo a
validar o que está acontecendo ou indicar uma armadilha. No caso brasileiro,
esses dois índices poderiam ser, por exemplo, o índice Bovespa e o IBRX.

Princípio 5: Volume Deve Confirmar a Tendência

Este princípio é bastante simples, na teoria de Dow o volume está


relacionado com as tendências da seguinte maneira:

Tendência de Alta: Em uma tendência principal de alta é esperado que o


volume aumente com a valorização dos ativos e diminua nas reações de
desvalorização.
Tendência de Baixa: Em uma tendência principal de baixa é esperado que o
volume aumente com a desvalorização dos ativos e diminua nas reações de
valorização.

Princípio 6: A Tendência Continua Até Surgir um Sinal Definitivo de que Houve


Reversão

Embora pareça óbvio, este princípio é importante. O mercado não vai


cair apenas porque atingiu um nível “alto demais” ou subir porque “já caiu
demais”. Uma das técnicas mais simples utilizadas é a identificação de falhas
ao formar um topo mais alto (em uma tendência de alta) ou um fundo mais
baixo (em uma tendência de baixa). O investidor deve possuir uma metodologia
de identificação de pontos de entrada e saída, existem uma série de
ferramentas de análise técnica que ajudam nessas decisões. Neste e em
outros tutoriais e artigos você aprenderá sobre padrões clássicos, candles,
indicadores e muitas outras armas da escola gráfica.

AULA 3 – PADRÕES GRÁFICOS


Figuras

Sabemos que a análise técnica visa identificar padrões de preço


recorrentes com objetivo de obter lucro no mercado. Dentro destes padrões
gráficos há diversas formações geométricas que ocorrem com certa frequência
e que costumam sinalizar o próximo movimento do preço de um ativo.

As formações gráficas são divididas em duas categorias:

 Figuras de continuidade;

 Figuras de reversão.

Vamos abordar separadamente estas formações.


Figuras de continuidade

Primeiramente o que são as figuras de continuidade? São padrões


gráficos que representam uma pausa na tendência vigente, um momento de
consolidação ou congestão do preço. Após este período há uma maior chance
de continuação da tendência que antecede o padrão.

Quais são as principais figuras de continuidade?

1 – Triângulo de Alta (ascendente);

2 – Triângulo de Baixa (descendente);

3 – Triângulo simétrico;

4 – Retângulo;

5 – Bandeira;

6 – Flâmula.

Triângulo de Alta (ascendente)

A formação em triângulo ascendente é uma formação tipicamente bullish


que se forma numa tendência de alta.
Em termos de padrão, a formação em triângulo ascendente é constituída pelos
seguintes elementos:

Linha Horizontal Superior: neste gráfico padrão deverão existir pelo


menos dois pontos de máximos que unidos constituem uma linha horizontal.
Esses pontos deverão ter uma cotação aproximada e alguma distância entre
eles. No período de tempo que os separa deverá existir um ponto de mínimo

Linha de tendência de alta: deverão existir pelo menos dois pontos de


mínimos de cotação sucessivamente superiores no tempo, que unidos
constituem uma linha de tendência de alta

Duração da formação: o período de tempo abarcado por este gráfico padrão


poderá ir de algumas semanas até vários meses

Volume: tipicamente, à medida que se vai evoluindo no tempo, o volume


vai diminuindo até ao ponto em que surge o ponto de fuga. Nessa situação, se
o volume aumentar significa que o ponto de fuga está confirmado.

Triângulo de Baixa (descendente)


Esse triângulo é exatamente o oposto do ascendente. Ele é formado por
uma linha de suporte plana e um limite superior direcionado para baixo e
composto por uma sequência de topos descendente. Este é um sinal de que o
nível dos preços pode ser ultrapassado pelos “ursos” e não pelos “touros”. Este
nível se tornou o nível de apoio e os “ursos” foram, gradualmente, puxando os
preços para baixo. O gráfico mostra claramente como os topos descem até ao
ponto em que o preço rompe o nível de suporte.

Triângulo Simétrico

O triângulo simétrico é um padrão de continuação que se desenvolveu


nos mercados e que parece não ter uma direção definida. O padrão contém
pelo menos dois mínimos-superiores e dois máximos-inferiores que parecem
surgir em conjunto. Quando as linhas que ligam estes pontos são prolongadas,
elas convergem, dando origem a um triângulo simétrico.

O triângulo simétrico tem implicações de medição e de regulação.


Quando o padrão estiver completo, o preço e o volume diminuem antes de
reagirem de maneira acentuada à saída dos limites do triângulo. Quando a
quebra ocorre, os preços tendem a percorrer uma distância igual à base do
triângulo ou ainda mais. Numa perspectiva de tempo, a brecha de um triângulo
ocorre entre a metade e dois terços da distância a partir da base até ao vértice,
isto é, o topo do triângulo. !

A quebra pode ocorrer em qualquer lado do triângulo. No caso de um


triângulo simétrico em alta, a quebra ocorre na mesma direção da tendência
em alta anterior. No caso de um triângulo simétrico em baixa, a quebra ocorre
na mesma direção da tendência em baixa anterior.

Retângulo
O retângulo caracteriza o estado do mercado quando o preço varia entre
duas linhas, uma de suporte e outra de resistência, paralelas entre si. Os topos
e os fundos formam, neste caso, uma sequência horizontal. Diferentemente da
bandeira, os retângulos surgem como zonas mais extensas de consolidação,
após uma tendência forte, e os preços saem deste padrão na mesma direção
em que nele entraram.

O mercado segue na mesma direção que tinha antes da formação do


retângulo, geralmente quando já reuniu força suficiente e está pronto
para continuar o movimento.

BANDEIRA

Este é o padrão mais fiável no que se refere à continuação da tendência.


Ele forma um curto período de consolidação depois de fortes oscilações.
Assim, a bandeira é como um intervalo que surge depois de movimentos
agitados, quando no mercado surge a necessidade de uma pausa devido ao
fato de que os “ursos” ou “touros” pegarem parte de seus lucros. Uma vez que
eles não o fazem em simultâneo, surge uma curta tendência na direção oposta.
A bandeira tem uma inclinação contrária à da tendência que dominava os
preços antes da sua formação. No entanto, o rompimento da linha da bandeira
para baixo ou para cima indica a continuação da tendência descendente ou
ascendente, respectivamente. Isto é sinal para os “touros” ou “ursos”
começarem novamente a abrir posições longas ou curtas. No entanto, um
abrupto rompimento na direção oposta à esperada é sinalizar de inversão
da tendência.

Como podemos verificar na figura abaixo, o rompimento da linha superior da


bandeira levou a uma tendência ascendente.
FLÂMULA

A flâmula também representa uma fase curta de consolidação


da tendência. Este padrão ocorre em tendências muito marcadas,
após um movimento de mercado forte. A flâmula é uma tendência de curta
duração, direcionada na direção oposta mas, no entanto, nela não se verifica
nenhuma correção. A flâmula difere nas linhas convergentes, que na bandeira
são paralelas. Este padrão se parece com um triângulo, mas se forma bem
mais rápido que ele.
Na figura acima podemos ver como a flâmula se posiciona em direção
oposta à da tendência principal, mas, no entanto isto não é em si um fator
importante. Muito mais importante é a direção do rompimento. Até porque a
flâmula pode surgir como padrão de inversão da tendência.
AULA 4 – PADRÕES GRÁFICOS DE REVERSÃO

Reversão nos candlesticks

O gráfico de candlesticks além de proporcionar uma leitura simples e


prática do comportamento do preço de um ativo, nos possibilita a identificação
de formações gráficas recorrentes, como os padrões de reversão.

Conceito

Mas o que é um padrão de reversão? É uma formação gráfica de um ou


mais candles que sinaliza uma possível mudança na direção do preço, não
necessariamente na tendência do ativo. Essa mudança pode ser por exemplo
uma reversão do movimento de alta para baixa ou de baixa para alta.

Vamos verificar alguns exemplos do que pode acontecer após surgir um


padrão de reversão em um movimento de alta. Na figura 1 houve um
movimento lateral antes de reverter para baixo. Na figura 2 tivemos novamente
uma lateralização, mas dessa vez com a continuação do movimento de alta.
Por último, na figura 3 a mudança na direção do preço foi imediata.

Padrões de Alta ou Baixa

Há diversos padrões de reversão no gráfico de candlesticks, os quais


são diferenciados por nomes e também por serem classificados como de alta
ou baixa.

Os padrões de alta sinalizam a possibilidade de encerrar um movimento


recente de queda e reverter para alta. Os padrões de baixa indicam a
possibilidade de encerrar um movimento recente de alta e reverter para baixa.
O local e o momento no gráfico são fatores importantes na ocorrência destes
sinais, pois aumentam a chance de reversão do último movimento.

Em breve iremos fazer um adendo, apresentado e explicando mais


detalhadamente cada figura de candlestick e sua função em um conjunto e
numa determinada tendência.

FORMAÇÕES DE REVERSÃO

Abordando a próxima categoria das formações gráficas, o que são as figuras


de reversão?

São padrões gráficos que revertem uma tendência do preço. Portanto, quando
a figura ocorre dentro de uma tendência de alta geralmente reverte para uma
nova tendência de baixa, conforme mostra a figura 5.

Fig. 5
Por outro lado, quando a figura ocorre dentro de uma tendência de baixa
geralmente reverte para uma nova tendência de alta, conforme mostra a figura
6.

Fig. 6.
Exemplos:

Ombro-cabeça-ombro

Entre os padrões de reversão existentes, um dos mais conhecidos entre


os analistas técnicos, é o Ombro Cabeça Ombro – OCO. O nome advém do
próprio padrão, cuja figura aparentemente lembra os ombros e a cabeça de
uma pessoa.
FIG. 7.

O Ombro Cabeça Ombro – OCO – é uma formação de reversão de


tendência de alta para baixa. Ela ocorre quando, em uma tendência de alta, um
papel sofre uma correção do topo atual (cabeça) que o leva a um patamar
menor que seu topo anterior (ombro esquerdo). Tal correção geralmente o leva
muito próximo ao seu último fundo, e ao voltar a subir, o papel não consegue
força suficiente para dar continuidade à tendência de alta, voltando a cair (do
topo do ombro direito) quando atinge altura próxima à do ombro esquerdo. A
reta que passa pelos fundos em torno da cabeça, forma a denominada linha do
pescoço, que geralmente é paralela ou se confunde com algum suporte, mas
também pode ter uma leve inclinação. Este padrão de reversão só é
confirmado quando os preços caem consistentemente abaixo da linha do
pescoço.

A formação análoga ao OCO quando um papel vem de uma tendência de baixa


e vira-se para alta, é conhecida como Ombro Cabeça Ombro Invertido – OCOI.

Fig.8.

Um importante sinal para identificação destes padrões, além da


formação do ombro direito, é que em geral os volumes indicam tendência
contrária a tendência principal. No OCO os volumes são decrescentes e no
OCOI os volumes são crescentes.

TOPOS E FUNDOS DUPLOS

Fundo Duplo ou W é um padrão tipicamente formado por 2 mínimos (A e


B) intercalados por um máximo (C) seguidos do rompimento da linha de
resistência. Geralmente, este padrão marca a transição da passagem de um
período de baixa (bearish) para um período de alta (bullish). Este padrão
gráfico é um padrão de inversão de tendência, pelo que deverá existir uma
tendência prévia que deverá ser invertida.

Topo Duplo ou M é um padrão tipicamente formado por 2 máximos (A e


B) intercalados por um mínimo (C) seguidos do rompimento da linha de suporte
(D). Geralmente, este padrão marca a transição da passagem de um período
de alta para um período de baixa.

TOPOS E FUNDOS ARREDONDADOS

Topos e fundos arredondados são interessantes padrões da análise técnica


que anunciam, com alguma antecedência, a virada dos preços. Formações que
demoram um pouco mais de tempo para concretização possuem algumas
vantagens, podemos destacar principalmente:

 Maior facilidade de identificação por parte do analista.

 Tempo maior para o planejamento do trade (como a entrada e os stops).


 Possibilidade de lucros melhores. Geralmente uma formação mais longa
precede um movimento mais amplo.

Topos e fundos arredondados enquadram-se nessa categoria, uma vez que


são construídos a partir de diversas barras. Vamos conhecer mais a fundo suas
características.

Forma dos Preços e Padrão de Volume

A figura abaixo ilustra, em sua parte esquerda, um fundo arredondado


(saucer em inglês) e na parte direita um topo arredondado (ou rounding top).
No caso do fundo, a linha curva é traçada juntando os pontos por baixo dos
preços, ou seja, sob as mínimas. No topo, por sua vez, a linha circular é
traçada sobre os máximos atingidos.

O topo arredondado é o inverso, mantendo-se apenas a característica


de volume. Aliás, se analisarmos a relação entre o volume e os preços
veremos prontamente os sinais de queda, afinal, conforme aproxima-se do
máximo o volume decresce, expandindo-se novamente quando os preços
mudam de direção. Essa e outras características podem ser encontradas
também no artigo sobre técnicas com volume.

No gráfico abaixo vemos a Acesita (ACES4) definindo um fundo


arredondado. O volume sofre uma desaceleração para aumentar bastante
conforme os preços iniciam a alta na sequência. Observe como após o fundo
arredondado a Acesita vai de aproximadamente R$ 8,00 até cerca de R$
24,00.
Topos e fundos arredondados são padrões que mostram uma mudança
gradual na relação oferta/demanda de um ativo. Por serem movimentos lentos
dificilmente vemos rompimentos (breakouts) e também é complicado identificar
níveis claros de suporte e resistência. Contudo, é possível detectá-los com
alguma facilidade e após sua conclusão, geralmente, tem início um movimento
forte que abre espaço para trades bastante lucrativos.

Apresentamos nesta aula, os principais padrões e as principais


formações de reversão dos preços de um ativo; existem várias outras, mas
como não se trata de um curso avançado, mas sim um curso teórico básico,
acreditamos que com isto estamos abrindo caminho à curiosidade natural de
quem quer aprender análise técnica, na busca e pesquisa de maior
profundidade sobre o tema.

AULA 05 – INDICADORES
Os indicadores em análise técnica, basicamente, podem ser de três
tipos. Rastreadores de Tendência, Osciladores e Mistos.

Estes, são ferramentas auxiliares que, combinadas com o gráfico de


preços, auxiliam o operador a fazer uma espécie de previsão da possível
tendência que os preços de um determinado ativo seguirão.
Iremos fazer um breve estudo do que são cada um destes tipos, e na
medida do possível iremos detalhar cada um deles em seu funcionamento
quando objeto da análise técnica efetuada pelo Trader.

Os Indicadores podem ser utilizados para identificar tendências, bem


como a mudança destas. Além disso, são capazes de fornecer uma visão mais
detalhada sobre o equilíbrio do poder de touros e ursos. Eles também facilitam
a tomada de decisão pois são bem objetivos. O grande problema, é que não
raro, eles podem ser contraditórios entre si. Por isso, é muito importante saber
como e quando utilizar cada um deles.

Alguns indicadores funcionam melhor em mercados com tendência


definida, enquanto outros são mais apropriados quando o mercado está
lateralizando. Uns são bons na antecipação de pontos de inflexão, ao passo
que outros são preferíveis no acompanhamento de tendências.

Rastreadores de tendências

Os rastreadores de tendência funcionam melhor quando os mercados


estão em alta(CALL) ou em baixa(PUT), mas oferecem sinais precários e
perigosos quando os mercados estão em congestão lateral.
Entre eles estão as médias móveis, o MACD (moving average convergence-
divergence), histograma MACD, sistema direcional, on-balance volume (OBV),
acumulação/distribuição, etc.
Os rastreadores são indicadores coincidentes ou indicadores consequentes.

Osciladores

Já os osciladores captam pontos pontos de inflexão nos mercados que


estão lateralizando, mas emitem sinais prematuros ou imprecisos quando os
mercados passam a uma tendência de baixa ou alta.
Nesse grupo se incluem indicadores como o estocástico, taxa de mudança,
taxa de mudança ajustada, índice de força relativa (IFR), Williams %R, entre
outros.
Os indicadores osciladores são antecedentes ou coincidentes e geralmente
viram na frente dos preços.
Mistos

Os mistos por sua vez proporcionam insights especiais sobre psicologia


de massa.
São indicadores mistos o new high-new low index, put-call ratio, bullish
consensus, commitments of traders, advance/decline index, traders’ index e
outros.
Os indicadores mistos podem ser indicadores antecedentes ou coincidentes.
O segredo das operações bem-sucedidas é combinar indicadores de diferentes
grupos, de modo que suas características negativas se anulem mutuamente,
enquanto preservem suas características positivas.

PRINCIPAIS TIPOS DE RASTREADORES DE TENDÊNCIA

MÉDIAS MÓVEIS

O uso de médias móveis na análise técnica é como jogar futebol ou ir ao


cinema, nunca sai de moda. Mas, isso tem um motivo e ele é bastante simples:
médias móveis são úteis. Existem diversos tipos de médias como aritmética (ou
simples), exponencial, ponderada, Welles Wilder, etc. Os dois primeiros tipos,
são os mais utilizados e que produzem os melhores resultados.

Uma média, como o nome diz, mostra o valor médio de uma amostra de
determinado dado. Uma média móvel aritmética ou simples (MMA) é uma
extensão desse conceito, representando o valor médio, normalmente dos
preços de fechamento, em um período de tempo.

Na fórmula acima, V representa os diferentes preços, enquanto que N é


a janela de tempo sobre a qual se constrói a média. O parâmetro N é muito
importante quando trabalhamos com médias móveis na análise gráfica, pois é a
variável que iremos ajustar para obter melhores resultados. Modificando seu
valor, a média irá responder mais ou menos rapidamente às variações de
preços.

Mas, por que média móvel? A palavra móvel está presente pelo fato de
que quando uma cotação entra no cálculo outra cotação sai. Por exemplo, se
estamos usando uma média de 20 barras e surge uma nova cotação a última
dessas 20 cotações é excluída do cálculo, enquanto que a mais recente entra.
Assim, a média “movimenta-se” através do gráfico.

Abaixo temos a fórmula da média móvel exponencial (MME). Preço


representa o fechamento do dia de hoje e MME ontem é o valor anterior da
média móvel exponencial e K é uma variável dependente do período N como
pode ser visto.

Ao contrário da média simples, na exponencial os dados mais novos


possuem uma importância superior. Além disso, os valores mais antigos não
são diretamente descartados quando passam a constar fora da janela de
cálculo. Eles mantém uma participação no valor da média exponencial que vai
ficando cada vez menor com o tempo.

MÉDIA MÓVEL SIMPLES(SMA)

O principal objetivo da média móvel simples é fornecer o valor médio da


cotação dentro de um determinado período. Assim, para cada valor incluído no
cálculo da média, o valor mais antigo é excluído. Na média móvel simples
(SMA), cada dado utilizado no cálculo da média terá o mesmo peso. Por
exemplo, uma média móvel da cotação de fechamento de 10 dias, calculada
para a data x, será:

SMA = [Fech(x) + Fech(x-1) + Fech(x-2) + … + Fech(x-9)] ÷ 10

Em outras palavras, a média móvel simples é calculada adicionando-se


os preços (geralmente os preços de fechamento) para um número de períodos
(horas, dias, semanas, etc) e dividindo-se esse valor pelo número de períodos.

Na análise técnica, existem alguns valores populares para x como 10


dias, 40 dias ou 200 dias. O período selecionado dependerá do tipo de
movimento no qual o investimento está sendo baseado: curto, médio ou longo
prazo. Em qualquer caso, a média móvel será interpretada como suporte em
um mercado em ascensão, ou como resistência em um mercado em queda.
Através da interseção entre a cotação e a média móvel, sinais de compra e
venda são produzidos. Se a cotação “cortar” a média móvel para cima, esse
será um sinal de compra. Se o oposto ocorrer, ou seja, se a cotação “cortar” a
média móvel para baixo, esse será um sinal de venda.

A média móvel segue uma tendência. Ela não possibilita uma


antecipação das mudanças nas tendências. Com isso, as médias móveis
apresentarão sinais de mudanças nas tendências só depois que o movimento
já tiver começado. Alguns estudiosos afirmam que, pelo fato de apenas
reagirem a uma tendência, as médias móveis não devem ser utilizadas em
todos os momentos. O mercado financeiro, muito frequentemente, se
apresenta na forma de acumulação na qual ele se move lateralmente entre os
limites de preço. Quando isso ocorre, a utilização das médias só será possível
em pequenos espaços de tempo e, mesmo assim, existirá a possibilidade de
uma interpretação errônea dos resultados, pois não existe claramente a
definição de uma tendência.

No gráfico abaixo, vemos a Média Móvel Simples ou Aritmética (azul) e a


Média Móvel Exponencial (vermelha), ambas de 13 períodos, sinalizando a
tendência diária da Petrobrás (Petr4).

MÉDIA MÓVEL EXPONENCIAL (MME)

A média móvel exponencial é uma extensão da média móvel simples,


utilizando a suavização da mesma para reduzir a quantidade de sinais de
compra ou venda. A média móvel exponencial (MME) é uma média ponderada
de observações passadas e pode ser calculada através da seguinte fórmula:
MMEx = ME(x-1) + K x {Fech(x) – ME(x-1)}

 MMEx representa a média móvel exponencial no dia x

 ME(x-1) representa a média móvel exponencial no dia x-1

 N é o número de dias para os quais se quer o cálculo

 Constante K = {2 ÷ (N+1)}

A média móvel exponencial dá um maior peso aos últimos valores no


cálculo da média. Dessa forma, este indicador será mais sensível aos valores
mais recentes. Assim, ao contrário do que ocorre com a média móvel simples,
na exponencial os dados mais novos possuem maior importância. Além disso,
esta média móvel não exclui os valores mais antigos, os quais vão
desaparecendo com o passar do tempo. Para o desenvolvimento das médias
móveis exponenciais (e também para médias móveis simples) os prazos mais
comuns a serem considerados são:

1. Curtíssimo Prazo: de 5 a 13 dias

2. Curto Prazo: de 14 a 25 dias

3. Médio Prazo: de 26 a 74 dias

4. Longo Prazo: de 75 a 200 dias

Existe uma tendência de venda de um ativo quando seu preço cruzar de


cima para baixo a sua média móvel. Da mesma forma, existe uma tendência de
compra quando seu preço cruzar de baixo para cima a sua média móvel. Em
outras palavras, investidores tenderão a comprar um ativo quando o preço
deste subir acima de sua média móvel, e a vendê-lo quando o preço cair
abaixo da mesma.

A sensibilidade de uma média móvel e o número de sinais gerados pela


mesma são proporcionais ao seu período. Dessa forma, quanto mais curto o
período de uma média móvel, maiores serão a sensibilidade e o número de
sinais gerados. As médias móveis de períodos mais longos gerarão menos
sinais, mais lentos, mas que ao mesmo tempo são mais confiáveis. Comparada
à média móvel simples, a média móvel exponencial tem maior sensibilidade e,
consequentemente, irá gerar um maior número de sinais.

MÉDIA MÓVEL PONDERADA (MMP)


A média ponderada é qualquer média que multiplica fatores para
fornecer diferentes pesos para diferentes dados. Na análise técnica, a média
móvel ponderada (WMA) representa, especificamente, o valor de pesos que
diminuem aritimeticamente. Assim, em um dia x, a WMA do último dia tem peso
x, do penúltimo dia tem peso x-1 e assim sucessivamente até o dia 0.

A média móvel ponderada é utilizada para “solucionar” o problema de


igualdade de pesos. Este indicador é calculado através da soma de todos os
preços de fechamento dividido por um certo período de tempo e os
multiplicando pela soma dos valores (pesos) de cada dia. Por exemplo, para
uma média poderada de cinco dias, o preço de fechamento de hoje será
multiplicado por cinco, o de ontem por quarto e assim por diante até que o
primeiro dia na escala do período seja alcançado. Esses valores são então
somados e dividos pela soma dos multiplicadores.

A média móvel ponderada é calculada através da definição do fator peso


n para cada dia em uma média móvel de d dias. Dessa forma, em uma média
móvel pesada de d dias, o último dia terá peso n, o penúltimo terá peso n-1, e
assim sucessivamente. Considerando isso, tem-se que a média móvel
ponderada para o dia d será:

WMAd = npd + (n-1)pd-1 + … + 2pd-n+2 + pd-n+1 ÷ n + (n-1) +…+ 2 + 1

Média Móvel Ponderada 13 períodos

MÉDIA MÓVEL ADAPTIVA (MMAD)

A média móvel adaptiva (MMAD) é um tipo de média móvel exponencial


que utiliza um indicador de eficiência para modificar a constante K = {2 ÷ (N+1)}
e foi introduzida por Perry Kaufman
em seu livro Smarter Trading.

A média móvel adaptiva


utiliza um indicador que compara o
preço com o nível de volatilidade.
Ela foi projetada para solucionar o
problema da escolha entre uma
média móvel rápida ou lenta. Isso
porque a velocidade da média móvel adaptativa é adaptada automaticamente
ao nível de volatilidade do mercado. Assim, essa média móvel se moverá mais
lentamente em um mercado lateral (onde os preços se movem
horizontalmente) e mais rapidamente em um mercado de tendências. A regra
básica é comprar quando a AMA subir e vender quando a mesma descer.

A média móvel adaptiva de Kaufman possui tecnicamente uma infinita


extensão. Este indicador, inteligentemente, pesa a quantidade de sinais para
cada nova barra baseando-se na tendência histórica. Dessa forma, se os
dados passados forem muito irregulares, então cada nova barra será pesada
abaixo da média; entretanto, se os dados passados oferecerem uma direção
bem definida, independente do seu tamanho, então a média pesará novos
sinais.

Existem muitos outros tipos de médias móveis que podem ser


explorados e testados por aqueles que quiserem as utilizar em seus setups;

não vamos apresentar todos aqui, porque obviamente, trata-se de um curso


básico. Aprofundarmo-nos mais do que isto, foge ao escopo deste curso.

Que Tipo de Média Utilizar?

A resposta para esta pergunta não é simples. Em seu livro “Techical


Analysis Explained” Martin Pring apresenta dados estatísticos que mostram
uma maior efetividade das médias aritméticas sobre as exponenciais no
mercado acionário americano entre 1968 e 1987.

Alexander Elder, em seus clássicos “Trading for a Living” e “Come Into My


Trading Room” defende o uso preferencial de médias exponenciais.
O principal argumento apresentado por Elder é que a média simples é
muito sensível às variações do mercado, pois seu valor recebe uma influência
dupla quando um novo dado chega: a inclusão do novo preço e o descarte do
mais antigo. Em uma média exponencial o efeito dos preços antigos
permanece e vai desaparecendo com o tempo, além disso o dado mais recente
possui um peso maior, fazendo com que a média reflita de maneira mais
adequada o humor atual do mercado.

Usando Médias Móveis

Existem indicadores chamados seguidores de tendências e as médias


móveis pertencem a esta classe. Esses indicadores possuem uma inércia
natural, ou seja, não foram projetados para apontar reversões rapidamente.
Para sinalizar mudanças rápidas é aconselhável o uso de osciladores como
IFR, estocástico e outros.

A primeira informação importante fornecida por uma média móvel é sua


inclinação. Uma média móvel ascendente mostra um mercado comprador,
enquanto que uma média descendente indica um mercado vendedor.
Posicione-se de acordo com o que a média indica, pois ela tende a refletir de
maneira adequada o comportamento dos investidores.

Por ser um indicador seguidor de tendência existe um momento no qual


não devemos usar as médias móveis. Que momento é esse? O mercado
seguidamente se coloca em acumulação, movendo-se lateralmente entre
limites de preço. Nesses movimentos, a aplicação das médias só é possível em
períodos muito curtos e mesmo assim existe uma chance considerável de
obtenção de sinais errados, pois não há uma tendência definida a ser seguida.

Médias Móveis Como Suporte e Resistência

A média móvel é uma representação suave da tendência, uma vez que


ela filtra oscilações menores. A média é uma região de suporte/resistência
natural e uma de suas principais técnicas de utilização para CALL ou compra
do ativo, é formação de posição nas proximidades da média em uma tendência
de alta. Nessa região o mercado tende a buscar forças para uma nova subida.
Observe o gráfico da Telemar (TNLP4) acima entre março e junho de
2003. Uma média exponencial de 22 dias nos sinalizou 5 oportunidades de
compra até perder a inclinação ascendente. Não é preciso dizer que essa
técnica de operação é válida também para mercados em queda, nos quais
devemos vender quando acontece o repique até a média móvel descendente.

Para a aplicação dessa técnica o analista pode utilizar-se de outros


recursos como comprar na vizinhança da média apenas quando aparecer um
candlesticks de reversão. Note no gráfico que no quinto toque na média
aparece também a figura de um martelo. Qual mecanismo auxiliar utilizar em
conjunto com a média fica a critério de cada trader, de acordo com sua
metodologia e ferramentas.

Cruzamentos (Crossovers)

Uma outra classe de métodos de utilização das médias móveis é através


de cruzamentos. Quando os preços cruzam a média móvel de baixo para cima
é dado um sinal de compra (CALL) e quando cruzam de cima para baixo uma
venda (PUT) é sinalizada. Veja o gráfico abaixo da Gerdau (GGBR4). Os
preços partem para a parte superior da média em uma nova tendência de alta.
Uma importante questão é saber quando o cruzamento é verdadeiro.
Algumas vezes, os preços rompem a média e em seguida retornam de volta ao
lado original, gerando um sinal falso. Novamente, não existe regra fixa para
identificar a validade dos cruzamentos. Alguns traders definem que o
rompimento é verdadeiro quando os preços superam por um percentual a
média (por exemplo, 3%). Outros preferem aguardar 1 ou mais fechamentos na
nova região, se o mercado consegue manter-se acima/abaixo após o
cruzamento o sinal ganha força.

Além do cruzamento dos preços outra técnica usada é o cruzamento


entre duas médias, uma longa e uma curta. Suponha que a média longa seja
de 22 barras e a curta de 11. Quando a média de 11 superar a de 22 cruzando
para cima, tem-se um sinal de compra (CALL), de maneira semelhante,
cruzando para baixo um sinal de venda (PUT) é caracterizado. Nesta variação,
é importante que ambas estejam inclinadas na mesma direção.

A estratégia com três médias (10,20 e 40 períodos)

A estratégia com as três médias é desenvolvida através da utilização de


três diferentes médias móveis juntas. A primeira dessas médias é uma média
mais rápida que se refere somente a períodos de curto prazo. A segunda
média é uma média intermediária que reage a a longos períodos de tempo,
mas não tão longos quanto ao da média final. A terceira média é a mais lenta a
reagir, porque considera a média do período de tempo mais longo.

Como exemplo tem-se um sistema de média móvel tripla de 10, 20 e 40


dias. A primeira média, de 10 dias, é a mais rápida a se mover quando os
preços apresentam uma mudança. A segunda média, de 20 dias, é a média
intermediária que não apresenta mudanças até que os preços tenham se
movido por um longo período de tempo. Finalmente, a mais devagar das
médias móveis é a de 40 dias. Esta média não indicará nenhuma diferença até
que os preços tenham se movido significativamente. As médias móveis de
curto prazo, por serem mais sensitivas as mudanças dos preços, seguem a
tendência de perto. A média intermediária segue a tendência de longe e a
terceira média tende a ser menos sensitiva as mudanças dos preços.

De acordo com o sistema da média móvel tripla, sinais de compra


(CALL) são produzidos quando as três médias se movem numa tendência
ascendente. Sinais de venda (PUT), ao contrário, são produzidos quando as
três médias se movem numa tendência de queda. A tendência ascendente
aparece quando a média móvel mais rápida (a de curto prazo) está acima das
outras duas médias, quando a média intermediária está acima da mais lenta (a
de prazo mais longo), e quando a média de prazo mais longo está abaixo de
todas.

Eur/Usd M15 Médias Simples de 10, 20 e 40 períodos

Existe também a chamada média móvel exponencial tripla (TEMA), a


qual foi desenvolvida por Patrick Mulloy e introduzida em janeiro de 1994 na
revista Technical Analysis of Stocks & Commodities. Este indicador de
tendência foi designado para diminuir a atraso das informações fornecidas pela
média móvel exponencial. É composta por uma média móvel exponencial
simples, por uma média móvel exponencial dupla, e por uma média móvel
exponencial tripla.
Adaptando a Janela de Tempo

Conforme dito anteriormente, a janela de tempo do cálculo da média móvel


é o parâmetro a ser ajustado em busca de melhores resultados. Como na
maior parte das ferramentas da análise técnica não existe regra exata para
dimensionar a média, mas é preciso buscar o equilíbrio para o mercado, o ativo
e tempo de operação visados. Esse equilíbrio é importante pois:

 Quanto maior o período mais suave é o comportamento da média e mais


imune a ruídos e movimentos curtos ela estará. No entanto, se for
grande demais pode responder de maneira muito lenta à mudanças
significativas no mercado.

 Quanto menor o período de maneira mais próxima a média seguirá os


preços. Contudo, se o período for pequeno demais a média estará
excessivamente exposta às variações de preços, perdendo sua utilidade
como seguidora de tendências.

Como descobrir então com qual média operar? Trabalhando e utilizando a


técnica de tentativa e erro. Comece, por exemplo, com um período como 22
(aproximadamente o número de pregões em um mês) ou 30 para um gráfico
diário. Varie o valor e veja se a resposta do indicador foi superior ou inferior do
que no teste anterior. O processo é semelhante a sintonizar um rádio com
aqueles antigos sistemas analógicos nos quais era preciso girar um botão.

IFR – Índice de Força Relativa – RSI – Relative Strength Index

O RSI (Relative Strength Index ou IFR: Índice de Força Relativa) é um


oscilador que foi criado por Welles Wilder em Junho de 1978. Este oscilador é
muito popular entre os analistas técnicos devido aos seus bons resultados.
Em termos de cálculo, a fórmula é bastante simples ainda que a sua
interpretação possa ser um pouco mais complicada:
IFR = 100 – (100/(1+U/D))
U = média das cotações dos últimos N dias em que a cotação subiu
D = média das cotações dos últimos N dias em que acotação desceu
O criador deste indicador recomendou o cálculo de um IFR de 14 dias,
mas é habitual calcular um IFR de 9 ou 25 dias.
Se por exemplo quisermos calcular um IFR de 14 dias teremos de seguir os
seguintes passos:
a. Somar todas as cotações dos últimos 14 dias em que houve alta da cotação.
Dividir o valor obtido por 14. Está obtido o U
b. Somar todas as cotações dos últimos 14 dias em que houve baixa da
cotação. Dividir o valor obtido por 14. Está obtido o D
c. Aplique a fórmula acima indicada e obteve o valor do IFR para uma
determinada data
d. Repita os passos a, b e c para um número suficiente de datas até poder ter
um gráfico com um número suficiente de pontos.
e. Trace e analise o gráfico
O valor do IFR pode variar entre 0 e 100. Sempre que o seu valor esteja
acima de 70, o IFR entrou na região de Sobrecomprado (overbought).
Sempre que caia abaixo dos 30 pontos, caiu na região de sobrevendido
(oversold). Note-se que alguns traders preferem definir a região de
sobrecomprado acima dos 80 e a região de sobrevendido acima dos 20
pelos melhores resultados que daí poderão advir. Caberá a cada analista
definir esses pontos em função dos resultados obtidos. Esses valores serão
ajustados título a título, novamente em função dos resultados obtidos.
Há basicamente 3 análises que se pode retirar da observação gráfica do
IFR:
1. Uma das interpretações mais simplistas que se pode retirar de um gráfico do
IFR é o que concerne à saída de uma região de
sobrevendido/sobrecomprado. Sempre que o IFR caia abaixo dos 70 pontos
depois de ter estado na região de Sobrecomprado, é gerado um sinal de
venda do título. Sempre que o IFR sai de uma região de sobrevendido,
isto é, seu valor passa a estar acima dos 30 é dada uma indicação de
compra do título. O gráfico abaixo exemplifica exatamente essa situação. A
meio de Agosto de 1999 é dado um sinal de compra de Sonae SGPS enquanto
que em Setembro é dado um sinal de venda. Outro aspecto importante é
que esta interpretação não pode ser dogmática e deve ser corroborada
por outros indicadores. Repare que no final de Novembro é dado um sinal de
venda que poderia ter induzido erro ao analista já que a cotação continuou a
subir até Março.
2. Outra interpretação gráfica que se pode retirar do IFR são as
divergências. É neste ponto que talvez se encontre a maior virtude deste
oscilador. Sempre que a cotação atinja novos máximos e o gráfico do IFR
esteja a cair, é provável que a cotação do título corrija através da queda.
Raciocínio análogo pode ser feito para os mínimos. Sempre que a cotação
teste novos mínimos e o gráfico do IFR não acompanhe, é muito provável
que a cotação do título suba.
3. Suportes e resistências: o gráfico do IFR é também excelente para
traçar linhas de resistência/suporte/tendência da mesma forma que são
traçadas num gráfico de cotações.

OSCILADOR ESTOCÁSTICO

O estocástico é um importante indicador do tipo oscilador criado por


George Lane. Ele mede acapacidade das forças compradoras de realizar o
fechamento próximo ao valor máximo atingido dentro de um determinado
intervalo de tempo e a capacidade das forças vendedoras em trazer esse
fechamento para as proximidades do valor mínimo da janela de tempo.

Existem algumas variações do estocástico. A fórmula do estocástico rápido


pode ser vista a seguir:

Onde %K é a chamada linha rápida e %D a linha mais


suave. Fech representa o valor de fechamento de
hoje, Min(n) e Max(n) são os valores máximo e mínimo atingidos pelos
preços nas últimas n barras.

O parâmetro de tempo, como em outros indicadores pode ser


otimizado para nossas necessidades. Uma janela grande analisa um período
de tempo que compreende mais barras, filtrando acontecimentos menores. Um
tempo pequeno, por sua vez, volta sua atenção para os últimos preços
oferecendo sinais de curto prazo.

Ao contrário de seguidores de tendência como MACD e médias


móveis (entre outros) os osciladores, normalmente, são usados em períodos
menores, uma vez que são sinalizadores de reversões. Uma dica é, portanto,
começar a realizar seus testes com um período menor do que 10.
TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DO ESTOCÁSTICO

Vamos ver agora diferentes situações em que podemos usar este ótimo
indicador.

NÍVEIS EXTREMOS

O estocástico ajuda a mostrar se um ativo


está sobrecomprado ou sobrevendido. Os níveis de referência utilizados,
normalmente, são 85 para limite superior e 15 para limite inferior.

Acima do patamar de 85 o ativo está mais vulnerável à correções, pois


houve um impulso forte para atingir esse nível. Abaixo de 15, houve um
movimento de venda acentuado, o qual pode dar lugar a boas oportunidades
de compras.

Uma metodologia possível e seguida no exemplo a seguir para a Acesita


(ACES4) é a geração de um ponto de compra quando o estocástico retorna de
baixo de 15 para cima desse patamar. De maneira análoga, um ponto de venda
surge quando o estocástico cruza de cima para baixo o patamar de 85. As
linhas vermelhas horizontais no estocástico representam os níveis de 15 e 85.
As linhas verticais azuis no gráfico de preços mostram as sinalizações de
compras, enquanto que as linhas verticais vermelhas mostram as sinalizações
de venda segundo os critérios descritos.
Alexander Elder no clássico Trading for a Living faz uma colocação
interessante. Talvez mais importante do que comprar abaixo de 15 ou vender
acima de 85 seja não comprar acima de 85 e não vender em um valor menor
do que 15. Isso porque, apesar da vontade de aproveitar o momento forte de
um dos lados, as chances de reversão são bastante grandes.

Entretanto, existe uma técnica que justamente visa explorar um


movimento amplo do estocástico. Se a linha %K atingir o valor 100 (ou 0 em
uma queda), e após um pull-back o valor 100 (ou 0) for novamente alcançado
um ponto de compra (venda) é gerado. A teoria consiste em explorar o
momento forte, pois o preço está fechando continuamente próximo do valor
máximo (ou mínimo).

MOVIMENTO ATENUADO

Outra técnica que merece ser descrita explora a indicação de reversão


gerada pelo estocástico quando seu traçado perde a inclinação e fica achatado.
Observe a figura acima. Na primeira situação o estocástico vinha em
trajetória ascendente. Contudo, o movimento começa a desacelerar e
a angulação é perdida. Nesse momento o mercado está propício a uma
reversão. Esse método pode ser empregado principalmente para operações de
curto prazo. A linha descendente na figura acima ilustra a mesma situação com
a diferença que está sendo gerada uma possibilidade de compra.

DIVERGÊNCIAS

Como em outros osciladores, divergências no estocástico são uma ótima


maneira de observar o comportamento do mercado.

Quando o gráfico de preços do ativo sucessivamente alcança topos mais


altos e o estocástico não acompanha esse movimento entre em estado de
alerta. O mesmos e aplica para quando os preços fazem fundos mais baixos,
mas o estocástico falha em fazer um fundo mais baixo que o anterior criando a
divergência.

No exemplo abaixo da Aracruz (ARCZ6), os preços estavam em


movimento baixista acentuado, mas o estocástico parou de acompanhar o
movimento possibilitando que se traçasse uma linha altista unindo dois fundos.
Não demorou para o gráfico mudar o sentido e iniciar uma trajetória altista.
Como em todas as outras situações procure otimizar os parâmetros para sua
metodologia. Antes de aplicar na prática realize testes e conheça bem o
indicador, estar familiarizado com a ferramenta é fundamental.

MACD

Média Móvel Divergente/Convergente

Saiba como usar o MACD, um dos indicadores mais utilizados da análise


técnica .

Como funciona, como usar e como se cálcula, esse indicador de análise


técnica.

O indicador MACD (Média Móvel Divergente / Convergente) é um


indicador de tendência que mostra a relação entre duas médias móveis. É
calculado subtraindo à média móvel exponencial de 26 dias a média móvel
exponencial de 12 dias. O gráfico que daí se obtém é comparado com o gráfico
da média móvel exponencial de 9 dias denominada de linha de sinal ou trigger
que geralmente é uma gráfico a picotado. Como é que se interpreta a relação
entre estes dois gráficos? É calculado subtraindo à média móvel exponencial
de 26 dias a média móvel exponencial de 12 dias. O gráfico que daí se obtém é
comparado com o gráfico da média móvel exponencial de 9 dias denominada
de linha de sinal ou trigger que geralmente é uma gráfico a picotado. Como é
que se interpreta a relação entre estes dois gráficos?

Há três tipos distintos de interpretação gráfica do MACD:

· Intersecções dos gráficos: uma regra do MACD é vender sempre que o


seu gráfico passe para baixo do gráfico da sua linha de sinal. Da mesma
forma, um sinal de compra é emitido sempre que o seu gráfico passa para
cima da sua linha de sinal.

Zonas de OverBought/Oversold (Sobrecomprado/Sobrevendido): quando


o valor do MACD aumenta (na prática isto significa que o valor da média móvel
exponencial de mais curto prazo diminui face ao valor da média de 26 dias), é
provável que a cotação do título esteja OverBought (Sobrecomprado). Como
conseqüência poderá haver uma queda na sua cotação pelo que é dado um
sinal de venda.

Divergências: outra interpretação valiosa retirada do MACD é a


detecção do fim de uma tendência. Sempre que a evolução gráfica do MACD
de um título diverge da evolução gráfica das suas cotações, então está
detectada uma divergência. Se o MACD está a atingir mínimos sucessivos e
a sua cotação não, estamos perante uma divergência Bearish (baixista /
vendedora), sendo provável que as cotações venham a cair. Se o MACD
está a atingir máximos sucessivos enquanto a sua cotação não atinge
novos máximos, estamos perante uma divergência Bullish (altista /
compradora) sendo provável que a cotação do título venha a subir.

Note-se que o MACD não é um indicador que antecipa mudanças no


mercado. O MACD é na realidade um indicador que segue a tendência do
mercado.

CONCLUSÃO

Iremos concluir este material, deixando a ressalva de que, como o


próprio nome diz, é um curso básico.

No entanto, a despeito de ser básico, traz um amplo conteúdo, com


pinceladas nos pontos mais importantes e fundamentais da Análise Técnica,
que por si só já serão suficientes para dotar o leitor, de conhecimento o
bastante para iniciar seus primeiros passos como trader.

É muito importante salientar, no entanto, que cabe àquele interessado


em se profissionalizar, aprofundar seus estudos através de livros e outros
cursos bons que podemos encontrar no mercado.

Nosso objetivo é o de preencher lacunas, e não o de esgotarmos o


assunto, ou nos acharmos pretensiosos no sentido de pensarmos que tal
aconteceu.

O que dissemos aqui, não pode servir como dica de investimento, e não
é taxativo, assim como não o é a Análise Técnica.

Trabalhamos com probabilidades!

Sucesso!
ANÁLISE DO RISCO! ATENÇÃO!
Nota importante: a negociação de opções binárias, embora possa ser muito rentável, também
pode envolver um risco significativo, provocando perdas também significativas. O site
escolatrader.net não indica operações, e tampouco orienta aos frequentadores do mesmo a
utilizarem-se de qualquer estratégia em particular. Todas as informações aqui contidas são
meramente educativas, e podem não resultar positivas. Qualquer investimento ou operação no
mercado de renda variável, pode resultar na perda total do capital do investidor/operador.

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