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- 2023
DISCLAIMER
Este e-book tem fins meramente educativos e não constitui, de forma alguma, uma
recomendação de investimento no mercado financeiro. O conteúdo fornecido aqui é apenas para
fins informativos gerais e não deve ser considerado como uma recomendação ou orientação para
tomar qualquer decisão de investimento.
As informações contidas neste e-book são baseadas em fontes confiáveis e acredita-se que
sejam precisas e atualizadas no momento da sua publicação. No entanto, não se faz nenhuma
declaração ou garantia quanto à precisão, integridade ou adequação dessas informações para
qualquer finalidade específica.
Ressalta-se que quaisquer tipos de investimentos envolvem riscos significativos, incluindo a
possibilidade de perda de capital. As decisões devem ser baseadas em uma análise cuidadosa de
suas próprias circunstâncias individuais e em consulta a profissionais qualificados, como assessores
financeiros e gerentes de bancos. Cada pessoa é responsável por suas próprias decisões de
investimento e pelos resultados obtidos.
Ao prosseguir com a leitura deste e-book, você concorda que não responsabilizamos por
quaisquer perdas ou danos, diretos ou indiretos, decorrentes ou relacionados ao uso ou confiança
nas informações fornecidas aqui. Você também concorda em isentar-nos de qualquer
responsabilidade por quaisquer reclamações, ações, processos, custos ou despesas resultantes do uso
dessas informações.
Recomenda-se que você procure aconselhamento profissional adequado antes de tomar
qualquer decisão de investimento. O mercado financeiro é volátil e está sujeito a mudanças, e é
essencial buscar informações atualizadas e personalizadas antes de realizar qualquer transação
financeira.
Ao continuar a ler/assistir este e-book, você confirma que leu e compreendeu este termo de
isenção de responsabilidade e concorda em seguir suas disposições.
Pinheiro, V. C.
SUMÁRIO
PREFÁCIO 1
1. INTRODUÇÃO 3
2. TEORIA DE DOW 4
3. GRÁFICOS UTILIZADOS EM ANÁLISE TÉCNICA 5
3.1 Tipos de Gráficos 6
3.1.1 Gráfico de Linhas 6
3.1.2 Gráfico de Barras 6
3.1.3 Gráfico de Velas – Candlesticks 6
4. PERIODICIDADE DOS GRÁFICOS 9
5. ESCALAS GRÁFICAS 10
6. PADRÕES GRÁFICOS 11
6.1 Topos e Fundos 11
6.2 Suporte e Resistência 12
6.3 Tendências de Preços 14
6.3.1 Linhas de Tendências 14
6.4 Canais de Alta e de Baixa 16
6.5 Gap 17
6.6 Ilha de Reversão 19
6.7 Padrões Gráficos de Continuação e Reversão 20
6.7.1 Padrões de Continuação 20
6.7.2 Padrões de Reversão 22
7. INDICADORES EM ANÁLISE TÉCNICA 24
8. ESTRATÉGIAS COM MÉDIAS MÓVEIS 25
9. ESTRATÉGIAS COM SEQUÊNCIA DE FIBONACCI 26
10. ESTRATÉGIAS COM BANDAS DE BOLLINGER 27
11. ASPECTOS EMOCIONAIS DURANTE AS OPERAÇÕES N0 MERCADO 28
12. GERENCIAMENTO E CONTROLE DE CAPITAL FINANCEIRO 29
13. CONCLUSÃO 30
14. BIBLIOGRAFIA 31
15. LISTA DE FIGURAS 32
16. ÍNDICE REMISSIVO 33
INVESTINDO EM AÇÕES: ANÁLISE TÉCNICA PARA INICIANTES – CONCEITOS BÁSICOS
PREFÁCIO
Se você está iniciando a leitura deste e-book, é provável que esteja interessado em
aprender mais sobre análise técnica e como aplicá-la na tomada de decisões ao investir no
mercado de ações. Lembre-se que as técnicas que serão apresentadas não são
recomendações de investimentos, pois a decisão de “em qual ativo”, “quanto” e “quando”
investir é de responsabilidade única e exclusiva do investidor.
Investir em ações pode parecer complexo para os iniciantes, especialmente quando
confrontados com uma variedade de informações, gráficos e termos do mercado financeiro
aparentemente indecifráveis. No entanto, este livro foi criado com o objetivo de apresentar
de maneira simples as técnicas de análise como um ponto de partida para entender de
forma mais sistemática o mercado de ações.
Investindo em Ações: Análise Técnica para Iniciantes – Conceitos Básicos aborda os
princípios fundamentais de uma forma clara e acessível. Desde os conceitos básicos até as
ferramentas e indicadores mais utilizados. Este e-book servirá como um guia abrangente
para ajudá-lo a compreender e aplicar corretamente a análise técnica em suas decisões de
investimento.
Aqui, você encontrará explicações claras e exemplos práticos que irão ajudá-lo a
desenvolver uma base sólida no seu aprendizado. Além de entender como interpretar
diferentes tipos de gráficos, identificar tendências de preços, padrões de reversão e
continuação e entender a importância de perceber níveis de suporte e resistência. Também
serão abordados os indicadores mais utilizados, como médias móveis, osciladores, índices
de força relativa, retração e projeção de Fibonacci, para auxiliá-lo na sua tomada de decisão.
No entanto, é importante lembrar que esta metodologia não é uma fórmula mágica
para prever o futuro dos preços das ações. Ela é uma ferramenta valiosa que ajuda a
identificar possíveis tendências e padrões, mas não garante resultados favoráveis ao
investidor. O mercado de ações é complexo e influenciado por uma infinidade de fatores,
incluindo eventos econômicos, políticos e sociais imprevisíveis. A análise técnica é uma
parte do processo de tomada de decisão, e a educação contínua e a compreensão do
contexto do mercado são essenciais para obter sucesso em longo prazo.
À medida que você avança na leitura deste e-book, o leitor obterá mais
conhecimento para praticar os conceitos aprendidos, analisar o comportamento gráfico de
diversos ativos financeiros e desenvolver uma abordagem estratégica para seus
investimentos. Lembre-se de que o aprendizado contínuo é fundamental, e este documento
é apenas o começo de sua jornada como investidor.
Esteja preparado para os altos e baixos do mercado, para aprender com seus erros e
celebrar seus sucessos. A análise técnica pode fornecer uma valiosa vantagem na tomada de
decisões, mas é seu compromisso e perseverança que o levarão adiante.
1
Desejo-lhe sucesso em sua jornada no mundo dos investimentos em ações. Que este
e-book seja um guia útil e inspirador em sua busca por conhecimento e prosperidade
financeira.
Pinheiro, V. C.
Obs.: os gráficos utilizados foram obtidos de situações reais, pois a finalidade é mostrar ao
leitor a dificuldade em identificar figuras e padrões.
Contato: vagnerpc1957@gmail.com
2
ANÁLISE TÉCNICA – CONCEITOS BÁSICOS
1. INTRODUÇÃO
É importante ressaltar que a análise técnica não deve ser utilizada como única
ferramenta na tomada de decisões de investimento. Ela deve ser complementada pela
1
Bens ou direitos que uma empresa ou pessoa física possui e que podem gerar rendimentos, tais como: ações, fundos de investimentos, fundos imobiliários,
contratos em mercado futuro, etc.
2
Tipo de gráfico em forma de vela muito utilizado em análise técnica.
3
análise fundamentalista3, que leva em consideração os aspectos financeiros e econômicos
da empresa em questão.
É preciso ter em mente também, que a análise técnica não é uma ciência exata, e
que os resultados obtidos podem variar de acordo com as condições do mercado e a
interpretação dos indicadores utilizados. Por isso, é fundamental que o investidor tenha
conhecimento e experiência para utilizar corretamente essa ferramenta.
2. TEORIA DE DOW
A Teoria de Dow é uma das bases da análise técnica utilizada no mercado de capitais.
Foi desenvolvida por Charles Dow, um dos fundadores do Wall Street Journal, e seu parceiro
Edward Jones, no final do século XIX. A teoria baseia-se em seis princípios básicos que
buscam identificar a tendência do mercado e, assim, ajudar os investidores a tomar decisões
de compra e venda de ações.
3
Análise fundamentalista é uma abordagem de análise financeira que visa avaliar o valor intrínseco de uma empresa ou ativo, com base em seus fundamentos
econômicos e financeiros. Esses fundamentos incluem fatores como a receita, o lucro, o fluxo de caixa, o endividamento e os mercados (fornecedores,
concorrentes e compradores).
4
O primeiro princípio da Teoria de Dow é que o mercado reflete tudo. Isso significa
que todas as informações relevantes que afetam o preço de um ativo financeiro, como
notícias, eventos econômicos, dados financeiros, entre outros, são refletidos no preço do
ativo. Dessa forma, a análise técnica busca identificar as tendências do mercado a partir da
análise dos movimentos dos preços.
O quinto princípio é que uma tendência continua até que haja um sinal claro de sua
reversão. Por isso, é importante que os investidores saibam identificar os sinais de mudança
de tendência, como o rompimento de um nível de suporte ou resistência.
5
3.1 Tipos de Gráficos
Há vários tipos de gráficos utilizados, sendo os mais comuns o gráfico de linha, o de
barras e o de velas.
3.1.1 Gráficos de Linhas
O gráfico de linha é o mais simples de todos, sendo formado por linhas que
conectam os preços de fechamento de um ativo em um determinado período. Ele é útil para
mostrar a tendência de um ativo em um período mais longo.
6
7
Ele é formado por um corpo retangular que mostra a variação entre o preço de
abertura e fechamento, preços máximo e mínimo de um ativo em um determinado período,
e os pavios mostram os. As velas podem ser verdes ou brancas quando o preço de
fechamento é maior do que o preço de abertura, ou vermelhas ou pretas quando o preço de
fechamento é menor do que o preço de abertura.
As velas podem ser classificadas em dois tipos principais: velas de alta e velas de
baixa. As velas de alta são caracterizadas por um corpo longo (branco ou verde), que indica
que o preço de fechamento foi mais alto do que o preço de abertura. As velas de baixa, por
outro lado, são caracterizadas por um corpo longo (preto ou vermelho), que indica que o
preço de fechamento foi mais baixo do que o preço de abertura.
Além das velas de alta e baixa, existem outros padrões gráficos de velas que podem
indicar a possível continuação ou reversão de uma tendência. Alguns exemplos de padrões
de velas incluem o martelo – figura 6 (que pode indicar uma reversão de baixa para alta), a
estrela da manhã – figura 7 (que pode indicar uma reversão de baixa para alta) e a estrela
cadente – figura 7 (que pode indicar uma reversão de alta para baixa).
4
São investidores de curto prazo, que operam ações e derivativos.
8
Todos esses tipos de gráficos são úteis para a análise técnica e podem ser utilizados
de forma combinada para obter informações mais detalhadas sobre a tendência de um ativo
e a possibilidade de variações futuras de preços.
É importante ressaltar que há outros tipos de gráficos como Renko, Heikin Ashi, Área,
etc., cuja utilização depende da estratégia do operador.
É comum utilizar gráficos com diferentes periodicidades, desde minutos até meses,
dependendo do objetivo do analista e do prazo de investimento do investidor.
Os gráficos de curto prazo, como os de 1 min, 5 min, 15 min e 30 min, são utilizados
para operações de day trade5 e swing trade6. Eles mostram a variação dos preços em um
curto período de tempo e são úteis para identificar tendências de curto prazo e sinais de
compra ou venda.
5
Operação executada em um mesmo dia.
6
Operações que duram dias até semanas.
9
Já os gráficos de médio prazo, como os de 1 h, 4 h e diário, são utilizados para
operações de position trade7. Eles mostram a variação dos preços em um período mais
longo e são úteis para identificar tendências de médio prazo e sinais de reversão.
Por fim, os gráficos semanais e mensais são utilizados para análise e investimentos
de longo prazo. Eles mostram a variação dos preços em um período ainda maior e são úteis
para identificar tendências de longo prazo e sinais de reversão. São muito utilizados para
investidores que usam a estratégia de buy and hold8.
É importante ressaltar que a escolha da periodicidade dos gráficos deve ser feita de
acordo com o perfil e o objetivo do investidor. Investidores de curto prazo podem utilizar
gráficos de curto prazo para identificar oportunidades de lucro rápido, enquanto
investidores de longo prazo podem utilizar gráficos de longo prazo para identificar
tendências de longo prazo e tomar decisões mais fundamentadas sobre suas posições.
5. ESCALAS GRÁFICAS
7
Operações focadas no longo prazo que duram semanas ou meses.
8
Termo usado no mercado financeiro que significa, em uma tradução livre, “comprar e segurar” ou “comprar e
manter”, isto é, quando o investidor adquire ativos que levará por muitos anos ou até mesmo para sempre.
10
Em resumo, as escalas gráficas são ferramentas importantes na análise técnica para
visualizar tendências e movimentos de preços no tempo. A escolha da escala adequada
depende do objetivo da análise e pode afetar a interpretação dos movimentos de preços no
gráfico.
6. PADRÕES GRÁFICOS
São formas recorrentes que aparecem nos gráficos de preços de ativos financeiros e
que podem ser interpretadas pelos analistas para identificar tendências de mercado. Esses
padrões podem ser formados por linhas, figuras geométricas ou combinações desses
elementos. Alguns exemplos de padrões gráficos incluem retângulos, triângulos, bandeiras,
cabeça e ombros, flâmulas e pivôs. Cada padrão pode ter implicações diferentes para o
movimento futuro do preço do ativo. Por exemplo, um triângulo ascendente pode indicar
uma tendência de alta iminente, enquanto um triângulo descendente pode indicar uma
tendência de baixa.
6.1 Topos e Fundos
São termos usados para descrever os pontos mais altos e mais baixos em um gráfico
de preços (figura 9). Os topos são os pontos mais altos atingidos pelos preços de um ativo
em um determinado período de tempo, enquanto os fundos são os pontos mais baixos.
11
estão em ascensão, isso pode indicar uma tendência de alta, enquanto uma sequência de
topos e fundos descendentes pode indicar uma tendência de baixa.
Além disso, os topos e fundos podem ser usados para identificar linhas de suporte e
resistência no gráfico. A linha de suporte é um nível de preço em que a demanda é
considerada forte o suficiente para impedir que os preços caiam ainda mais, enquanto o
nível de resistência é um nível de preço em que a oferta é considerada forte o suficiente
para impedir que os preços subam ainda mais.
Os topos e fundos também podem ser usados para identificar padrões gráficos,
como padrões de cabeça e ombros9, que podem indicar uma reversão da tendência atual de
preços.
São termos usados para descrever níveis de preço em que a oferta e a demanda de
um ativo financeiro estão equilibradas e afetam a direção dos preços.
9
Padrão de figura formado por um pico de maior intensidade na parte central e dois picos de menores
intensidade antes e depois deste pico central.
12
O suporte é um nível de preço em que a demanda por um ativo é suficientemente
forte para evitar que os preços caiam ainda mais. Ou seja, é uma área onde os compradores
são atraídos para o mercado, gerando uma pressão de compra que equilibra a pressão de
venda. Quando o preço atinge uma zona de suporte, os investidores esperam que os preços
subam novamente.
Os níveis de suporte e resistência (figura 10) também podem ser usados para
identificar pontos de entrada e saída de uma operação no mercado financeiro. Por exemplo,
um investidor pode optar por comprar um ativo quando o preço atinge um nível de suporte,
enquanto pode optar por vender quando o preço atinge um nível de resistência. Além disso,
os níveis de suporte e resistência podem ser usados para identificar possíveis padrões de
preços, como o padrão de trading range10, que indica uma estabilidade do preço dentro de
um intervalo de suporte e resistência.
10
Estratégia de negociação que envolve identificar regiões formadas por zonas de suporte e resistência.
13
As regiões de suporte e resistência são fundamentais na análise técnica, pois podem
ajudar a identificar pontos importantes de entrada e saída de uma operação no mercado
financeiro.
Uma linha de tendência de alta (figura 11) é traçada conectando dois ou mais fundos
ascendentes em um gráfico de preços, mostrando a direção geral ascendente. Por outro
lado, uma linha de tendência de baixa (figura 12) é traçada conectando dois ou mais topos
descendentes no gráfico de preços, mostrando a direção geral descendente.
14
15
As linhas de tendências podem ajudar os investidores a identificar padrões de preços
que podem indicar uma possível reversão de tendência. Se a linha de tendência de alta for
rompida, pode indicar uma mudança na direção da tendência, com a possibilidade de uma
tendência de baixa em desenvolvimento. De maneira semelhante, se a linha de tendência
de baixa for rompida, pode indicar uma mudança na direção da tendência, com a
possibilidade de uma tendência de alta em desenvolvimento.
Um canal de alta (figura 13) é formado por duas linhas de tendência inclinadas para
cima, onde a linha de suporte representa os fundos ascendentes e a linha de resistência é
traçada conectando os topos ascendentes. Essas linhas delimitam um canal onde o preço do
ativo financeiro pode oscilar. O preço geralmente aumenta dentro desse canal, movendo-se
em direção à linha de resistência antes de recuar em direção à linha de suporte. Se o preço
ultrapassar a linha de resistência, isso pode indicar uma possível continuação da tendência
de alta. Por outro lado, se o preço romper a linha de suporte, isso pode indicar uma
mudança na direção da tendência.
16
Já um canal de baixa (figura 14) é formado por duas linhas de tendência inclinadas
para baixo, onde a linha de resistência é formada pelos topos descendentes e a linha de
suporte é traçada conectando os fundos descendentes. Essas linhas delimitam um canal
onde o preço do ativo financeiro pode oscilar, com o preço geralmente caindo dentro desse
canal. Se o preço ultrapassar a linha de suporte, isso pode indicar uma possível continuação
da tendência de baixa. Por outro lado, se o preço romper a linha de resistência, isso pode
indicar uma mudança na direção da tendência.
Os canais de alta e de baixa são úteis para os investidores, pois ajudam a identificar
os níveis de suporte e resistência, permitindo que eles ajustem suas estratégias de
investimento de acordo com a direção da tendência do mercado. No entanto, assim como
com qualquer técnica de análise, é importante lembrar que os canais de alta e de baixa não
garantem o sucesso dos investimentos e o preço do ativo financeiro pode mudar
rapidamente, exigindo que os investidores sejam diligentes em sua análise e tomada de
decisões.
6.5 Gap
Gap, ou lacuna em português, são uma ocorrência que acontece quando o preço de
um ativo financeiro salta significativamente para cima ou para baixo sem ter negociado em
um intervalo de preços intermediário. Essa movimentação de preço causa uma interrupção
na continuidade do gráfico de preços (figura 15), criando um “espaço” ou “vazio” no gráfico.
17
Os gap podem ocorrer por diversos motivos, como notícias inesperadas, eventos
econômicos, anúncios de resultados corporativos ou simplesmente pela ausência de
compradores ou vendedores no mercado em determinado momento.
18
6.6 Ilha de Reversão
Ilha de reversão (figuras 16 e 17) é um padrão de análise técnica que ocorre quando
um gap é formado entre duas áreas de suporte ou resistência e, posteriormente, é
preenchido. A formação da ilha de reversão pode sinalizar uma possível mudança na
tendência do mercado, especialmente se o gap é preenchido em uma direção oposta à
tendência atual.
19
A formação da ilha de reversão geralmente ocorre em um período curto de tempo, o
que significa que o gap é formado em um dia e preenchido no dia seguinte ou em um
período de tempo muito curto. Esse padrão é considerado muito significativo, pois indica
uma mudança súbita na demanda ou na oferta do ativo financeiro. Por exemplo, imagine
que uma ação está em uma tendência de alta e alcança um pico em um determinado preço,
formando uma área de resistência. Depois disso, há um gap para baixo, em que o preço de
abertura é significativamente menor do que o preço de fechamento anterior, formando
uma ilha de reversão. Se o preço continuasse a cair sem preencher o gap, seria um sinal de
que a tendência de alta pode ter terminado e que uma nova tendência de baixa pode estar
começando.
20
21
6.7.2 Padrões de Reversão
Os padrões de reversão são formações gráficas que indicam uma possível mudança
na direção da tendência atual. Esses padrões são formados quando o preço do ativo
financeiro atinge um ponto de exaustão, sinalizando que a pressão compradora ou
vendedora está diminuindo e que uma nova tendência pode estar começando. Alguns
exemplos de padrões de reversão incluem cabeça e ombros e fundo arredondado (figura
22), topo duplo (figura 23), topo arredondado (figura 24).
22
23
É importante ressaltar que nem todos os padrões gráficos são válidos e confiáveis. É
fundamental que os investidores usem outras ferramentas, como indicadores de tendência,
análise de suporte e resistência e volume de negociações, para confirmar a direção da
tendência antes de tomar decisões com base em padrões gráficos. Além disso, é importante
lembrar que a análise técnica não é uma ciência exata e, portanto, os investidores devem
sempre estar preparados para lidar com riscos e incertezas.
Bandas de Bollinger: indicador que usa uma média móvel e o desvio padrão para mostrar a
volatilidade11 de um ativo financeiro. As bandas de Bollinger ajudam a identificar pontos de
entrada e saída de uma operação.
Fibonacci: um indicador baseado na sequência de Fibonacci, que é usada para identificar
níveis de suporte e resistência.
Índice de Força Relativa (IFR): indicador que mede a força de uma tendência. Ele varia de 0
a 100 e identifica quando um ativo financeiro está sobre comprado 12, quando o valor do IFR
está próximo ou acima de 70, ou sobre vendido13, quando o valor do IFR está próximo ou
abaixo de 30.
MACD: esta sigla corresponde ao termo moving average convergence divergence, ou
média móvel convergente divergente. Este indicador foca nas médias móveis exponenciais.
As mais utilizadas são a de 12 períodos (rápida) e a de 26 períodos (lenta). Além disso, é
indicado quando se observa o cruzamento das médias móveis para entender se elas
convergem ou divergem. Geralmente, as divergências como as convergências mostram uma
reversão de tendência, enquanto pontos de interseção favorecem a entrada nas operações.
11
É uma medida estatística que aponta a frequência e a intensidade das oscilações no preço de um ativo ou
derivativo em um período determinado de tempo.
12
Significa que um ativo passou por um movimento de valorização intenso ou prolongado e está próximo de
reverter, ou seja, iniciar um movimento de baixa.
13
Significa que um ativo passou por um movimento de desvalorização intenso ou prolongado e está próximo de
reverter, ou seja, iniciar um movimento de alta.
24
Médias Móveis: indicador que mostra a média dos preços de um ativo financeiro num
determinado período de tempo. As médias móveis ajudam a identificar tendências e pontos
de reversão.
Oscilador Estocástico: indicador que compara o preço atual de um ativo financeiro com seus
preços máximos e mínimos, ajudando a identificar quando um ativo financeiro está sobre
comprado ou sobre vendido. Este oscilador varia de 0 a 100 e aponta momentos em que um
ativo pode estar acima de 80 num movimento de valorização intenso ou prolongado (maior
risco de comprar, ideal para vender) e abaixo de 20 num movimento de desvalorização
intenso ou prolongado (maior risco para vendas, ideal para comprar).
Volume: é um indicador importante para avaliar a força de uma tendência ou padrão
gráfico. Ele é calculado multiplicando o número de ativos negociados em um período pelo
valor desses ativos. Por meio dele é possível analisar a liquidez de um ativo. Quanto maior é
o volume, maior é o interesse do mercado nesse ativo. Por outro lado, quando há poucas
movimentações envolvendo o ativo, significa que o mercado não está tão interessado nele.
VWAP: é a sigla para Volume Weighted Average Price, ou Preço Médio Ponderado por
Volume que representa o preço médio das negociações num determinado período
ponderado pelo volume das negociações. Se o preço estiver afastado deste indicador
significa que o ativo pode estar sobre comprado ou sobre vendido podendo indicar um
momento de entrada ou saída de uma operação.
A estratégia com médias móveis é uma das mais populares na análise técnica. Ela é
baseada na utilização de duas ou mais médias móveis de diferentes períodos para identificar
pontos de entrada e saída no mercado.
Existem dois tipos principais de médias móveis: a média móvel simples ou aritmética
(MMS) e a média móvel exponencial (MME). A MMS é a média dos preços de um ativo
financeiro em um determinado período de tempo, enquanto a MME dá mais peso aos
preços mais recentes.
Por exemplo, um trader pode usar uma MMS de 50 dias e uma MMS de 200 dias
para identificar tendências de alta ou baixa. Se a MMS de 50 dias cruza acima da MMS de
200 dias, isso é um sinal de compra, indicando uma tendência de alta. Por outro lado, se a
25
MMS de 50 dias cruza abaixo da MMS de 200 dias, isso é um sinal de venda, indicando uma
tendência de baixa.
É importante lembrar que a estratégia com médias móveis não é infalível e pode
falhar em certas situações de mercado. Portanto, é recomendável utilizar outras
ferramentas de análise e gerenciamento de risco para aumentar as chances de sucesso.
Uma das estratégias com sequência de Fibonacci é a utilização dos níveis de retração
de Fibonacci (figura 26) para identificar possíveis pontos de reversão em uma tendência.
Esses níveis são calculados a partir dos pontos extremos de uma tendência e são colocados
em um gráfico para determinar áreas de suporte e resistência. Os níveis mais comuns são
38,2%, 50% e 61,8%, que indicam possíveis pontos de reversão de uma tendência. Se um
ativo financeiro atinge um desses níveis de retração de Fibonacci, pode ser um sinal de que
a tendência atual está perdendo força e pode se reverter.
26
determinar possíveis níveis de resistência ou suporte. Os níveis mais comuns são 127,2%,
161,8% e 261,8%, que indicam possíveis áreas de resistência ou suporte para o ativo
financeiro. Se um ativo financeiro atinge um desses níveis de extensão de Fibonacci, pode
ser um sinal de que o preço pode se mover na direção oposta.
Uma estratégia com bandas de Bollinger é a utilização da largura das bandas para
identificar a volatilidade do mercado (figura 28). Quando as bandas estão estreitas, indica
uma baixa volatilidade e um possível consolidação de preços. Quando as bandas estão
amplas, indica uma alta volatilidade e uma possível reversão de tendência.
27
Outra estratégia com bandas de Bollinger é a utilização das bandas como níveis de
suporte e resistência. Quando os preços se aproximam da banda superior, é um sinal de que
o ativo financeiro está sobre comprado e pode haver uma reversão de tendência em breve.
Quando os preços se aproximam da banda inferior, é um sinal de que o ativo financeiro está
sobre vendido e pode haver uma reversão de tendência em breve.
Uma terceira estratégia é a utilização da quebra das bandas para identificar possíveis
pontos de entrada ou saída do mercado. Quando o preço ultrapassa a banda superior, é um
sinal de que a tendência pode continuar em alta. Quando o preço ultrapassa a banda
inferior, é um sinal de que a tendência pode continuar em baixa.
É importante lembrar que a estratégia com bandas de Bollinger não é infalível e pode
falhar em certas situações de mercado. Portanto, é recomendável utilizar outras
ferramentas de análise e gerenciamento de risco para aumentar as chances de sucesso.
Além disso, é importante lembrar que as bandas de Bollinger são apenas uma ferramenta
de análise técnica e não devem ser usadas isoladamente para tomar decisões de
investimento.
28
afetar diretamente as decisões financeiras. No entanto, existem algumas estratégias que
podem ajudar a manter as emoções sob controle durante as operações, tais como:
29
4. Aprenda a usar a alavancagem14 com moderação, pois apesar de poder aumentar os
lucros potenciais, pode também, aumentar as perdas. Use a alavancagem com
moderação e sempre entenda o risco envolvido antes de usá-la.
5. Mantenha um diário de operações para controlar suas operações e identificar
padrões de comportamento. Isso ajudará você a identificar quais estratégias
funcionam melhor para você e quais precisam ser ajustadas.
6. Acompanhe as notícias do mercado e com os desenvolvimentos econômicos e
políticos. Isso ajudará você a tomar decisões mais informadas e a entender melhor
as tendências do mercado.
7. Use ferramentas de análise técnica para avaliar o desempenho dos ativos e
identificar oportunidades de compra e venda. Isso o ajudará a reduzir o risco de
perdas.
8. Aprenda com seus erros, use-os como uma oportunidade para melhorar suas
habilidades de investimento. Isso ajudará você evitar cometer os mesmos erros no
futuro e a ter mais sucesso no mercado de capitais.
13. CONCLUSÃO
14
A alavancagem financeira consiste em utilizar o endividamento para financiar qualquer operação. É o uso
de recurso além do montante que se recebe por meio de um crédito.
30
BIBLIOGRAFIA
Abe, Marcos, Manual de Análise Técnica: Essência e Estratégias Avançadas: Tudo o que um
Investidor Precisa Saber Para Prosperar na Bolsa de Valores Até em Tempos de Crise, São
Paulo, Novatec, 2017.
Aziz, Andrew: Menezes, Alfredo: Sette, Lourdes Day Trade: Técnicas, Gestão de Risco,
Alocação e Psicologia do Investidor, São Paulo, Edipro, 2023.
Debastiani, Carlos Alberto, Candlestick: Um Método Para Ampliar Lucros na Bolsa de
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Lemos, Flávio A. C. A., Análise Técnica dos Mercados Financeiros, São Paulo, Saraiva, 2018.
Murphy, John J., Análise Técnica dos Mercados Financeiros, Alta Books, 2021.
O’ Neil, William J.: How to Make Money in Stocks, São Paulo, McGraw-Hills Education, 2009.
Pring, Martin J., Technical Analysis Explained, Fifth Edition: The Successful Investor’s Guide
to Spotting Investment Trends and Turning Points, New York, McGraw-Hills Education, 5ª
Edição, 2014.
Rockfeller, Barbara Análise Técnica para leigos: Os Primeiros Passos para o Sucesso, Rio de
Janeiro Alta Books, 2021.
31
LISTA DE FIGURAS
32
ÍNDICE REMISSIVO
Análise Técnica: 1, 3, 4, 5, 6, 8, 9,
10, 11, 12, 13, 14, 16, 18, 19,24, 25, Fundos Descendentes: 12, 14, 17 Padrões de reversão: 1, 20, 22
26, 27, 28, 30, 31
33