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Adicionalmente, qualquer problema com sua turma/curso deve ser resolvido, em primeira
instância, pela secretaria de sua unidade. Caso você não tenha obtido, junto a sua
secretaria, as orientações e os esclarecimentos necessários, utilize o canal institucional da
Ouvidoria.
ouvidoria@fgv.br
www.fgv.br/fgvmanagement
SUMÁRIO
2. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 4
2.1 GESTÃO DE EMPRESAS ..................................................................................... 4
2.2 PRINCÍPIOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA ..................................................... 4
2.3 OS OBJETIVOS DO GESTOR DE NEGÓCIOS ......................................................... 6
2.4 MAXIMIZAR VALOR PARA O ACIONISTA OU PARA TODOS OS STAKEHOLDERS? ....... 6
2.5 COMO PLANEJAR EM FINANÇAS? ....................................................................... 7
2.6 MAXIMIZAÇÃO DE VALOR X ESTRUTURA DE CAPITAL ........................................... 8
2.7 JOGOS DE NEGÓCIOS ...................................................................................... 9
8. CONCLUSÕES ................................................................................................ 47
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1. PROGRAMA DA DISCIPLINA
1.1 Ementa
Análise estrutural da indústria e de cenários econômicos globais. Estratégias
Competitivas. Elaboração de Plano Estratégico. Gestão Estratégica de Marketing. Gestão
de Recursos Financeiros. Gestão de Produção. Gestão de Recursos Logísticos. Gestão de
Recursos Humanos. Análise de Riscos e tomada de decisões Tático-Operacionais.
Negociação empresarial. `Feedback` de desempenho individual e/ou Coletivo.
1.3 Objetivos
Desenvolver no participante a capacidade de buscar e analisar as informações
necessárias para a tomada de decisões financeiras empresariais, em especial na gestão
de projetos e empresas. Dessa forma, os seminários estão organizados no sentido de
proporcionar uma visão geral da metodologia e instrumentos de gestão de operações
financeiras passivas e ativas, a fim de se atingir o principal objetivo do gestor de
negócios: Maximizar o valor de seu investimento.
Este curso busca oferecer aos alunos não somente uma introdução, mas um
embasamento adequado àqueles que necessitem do conhecimento específico para atuar
profissionalmente. Através de uma apropriada literatura composta por livros, artigos e
papers, busca-se colocar à disposição dos interessados o ferramental mais atualizado
sobre o assunto. Sempre que possível serão feitas associações com os mercados
brasileiro e mundial.
Comportamento Humano
Criando autodidatas
Habilidades de Negociação
Teoria da Decisão
Teoria da Utilidade
Jogos de Negócios
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Conclusões
1.5 Metodologia
Os seminários poderão ser expositivos através da apresentação de slides e de utilização
de flip-chart e quadro magnético.
Participação: 20%
Estudos de Caso e Exercícios: 15%
Jogo de empresas: 65%
Jogos de Negócios
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e-mail: lalmeida@lynce.com.br
Jogos de Negócios
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2. INTRODUÇÃO
“I hear and I forget. I see and I remember. I do and I understand”
Attributed to Confucius
Para viabilizar o atingimento dessa meta, toda empresa possui um sistema de governo,
que cria mecanismos econômicos e institucionais que garantam a remuneração justa aos
provedores de capital às empresas.
Jogos de Negócios
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Uma empresa pode ser definida como um conjunto complicado de relações contratuais e,
conseqüentemente, é necessária a implantação de vários mecanismos de controle entre
os diversos agentes da empresa (acionistas, Conselho de Administração, administradores
etc.)
Jogos de Negócios
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Maximizar valor, isto é, tornar o maior valor possível o negócio, só pode ser feito se
convergirmos os interesses de todas as partes relacionadas com a empresa – acionistas,
credores, administração, empregados, fornecedores, clientes etc. Portanto, para os
efeitos desse programa, consideraremos como objetivo do administrador maximizar o
valor da empresa para o acionista, já que teoricamente estaremos buscando a realização
do maior valor possível para os demais stakeholders.
Jogos de Negócios
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Além disso, uma das decisões relevantes para o administrador está relacionada à
distribuição dos resultados desses investimentos. Para os acionistas, a decisão de
distribuição de dividendos é relevante, o que será visto posteriormente. Definir o quanto
dos resultados da empresa deverá ser reinvestido no negócio e quanto deverá ser
distribuído sob a forma de dividendos é uma das variáveis que o administrador deve
gerenciar para maximizar o valor da empresa.
Jogos de Negócios
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Jogos de Negócios
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O primeiro jogo acredita-se ser de Sumério e data de cerca de quatro mil anos antes de
Cristo. Quase todas as culturas desenvolveram jogos e objetos associados a eles, tais
como dados, cartas, marcadores e fichas. O mais famoso jogo de todos os tempos é,
sem dúvida, o xadrez, do qual existem dezenas de versões. O xadrez moderno data do
período das cruzadas.
A introdução dos jogos de azar com cartas na Idade média fez surgir uma curiosidade
maior pelos mesmos e eventualmente deu luz à teoria das probabilidades, e mais tarde à
teoria dos jogos, tão utilizada em economia.
É difícil precisar quando surgiram os Business Games. Considerando a teoria dos jogos
como seu início, eles terão surgido na década de 40. Planilhas, cenários, projeções e
simulações podem ser colocados no limiar dos Business Games, pois são modelos da
realidade que lidam com decisões. A própria teoria da decisão constrói modelos para
melhorar os resultados de decisão, e portanto, também pode ser considerada neste
limiar.
Na década de 70, começaram a surgir alguns jogos comerciais sobre negócios. Estes
jogos eram muito lúdicos e com pouca relação com a realidade como o Banco Imobiliário
(Monopoly), Bolsa de Valores e Cartel. Empresas de jogos de guerra norte-americanas
começaram a desenvolver jogos sobre comércio e manufatura que estavam no limiar
entre o jogo de guerra e o Business Games. Notadamente Striker e Traveller tinham
componentes de negócios muito fortes e bem sedimentados. Modelos para imitar a oferta
e demanda começaram a surgir.
Na década de 80, surgiram jogos isolados na linha estratégica que lidavam com vários
aspectos de um negócio de verdade. Estes jogos eram geralmente de natureza
estratégica. Railroad Tycoon é provavelmente o primeiro dos Business Games modernos
onde se simula especificamente uma empresa. No campo da administração pública,
SimCity é provavelmente o primeiro jogo genuíno sobre o tema.
Os Business Games ainda não são muito difundidos no mundo, sendo ainda restritos ao
meio empresarial. Neste aspecto, eles sofrem do mesmo problema que os jogos de
guerra, por serem muito específicos atraem um público selecionado que se interessa pelo
tema, mas ao contrário dos war games o interesse por negócios é muito mais difundido
do que por guerra.
Jogos de Negócios
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3. COMPORTAMENTO HUMANO
Business game é um jogo onde os participantes assumem o papel de um tomador de
decisões numa organização empresarial. Uma vez que todo e qualquer negócio lida com
seres humanos e que alguns aspectos do comportamento humano tais como confiança,
comprometimento, caráter e perfil psicológico estão profundamente ligados aos negócios,
a investigação do comportamento humano servirá de base para entender outros
mecanismos de decisão.
Psicológico
Sociológico
Biológico
O patamar mais básico é o universal e é estudado em parte pela biologia e em parte pela
antropologia. Seres humanos modernos são da espécie Homo Sapiens e tem uma
fisiologia comum nos últimos 40 mil anos. Somos descendentes de “caçadores-coletores”
de porte mediano e reprodução sexuada. Isto implica em diversas características comuns
a todos os seres humanos. Como a caça é uma atividade arriscada e que precisa de
coordenação, seres humanos são hierarquizados, gregários e buscam liderança e divisão
de tarefas.
Jogos de Negócios
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pode ser exercida por qualquer membro do grupo em caso de necessidade, mas que
geralmente é exercida por aquele que estabelece a dominância. Em sociedades primitivas
tal dominância surge por características físicas. Mas em sociedades mais complexas, as
capacidades de organização e coordenação são mais valorizadas, e são elas que levam
ao estabelecimento de dominância e liderança.
O segundo patamar é o cultural. Uma vez que o planeta Terra é vasto, diversos grupos
humanos se separaram e desenvolveram-se isoladamente, gerando culturas diferentes.
Com o tempo o crescimento da população e a própria competição entre os grupos sociais
levou alguns grupos a estabelecerem culturas mais relevantes do que outras em termos
de quantidade de indivíduos que as partilham. Não é possível hierarquizar culturas em
termos de “melhor” ou “pior”, mas é possível classificá-las em termos de tipologia e
atribuir-lhes importância em termos de tamanho populacional e região geográfica que
abrangem.
Jogos de Negócios
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cumprir um acordo escrito formal, e garantam os direitos de propriedade. Caso haja uma
disputa comercial de qualquer natureza tais instituições serão capazes de resolver de
forma rápida e imparcial e que a vitória de um lado terá relação com o mérito real do
contrato e da situação. Desta forma o que for escrito tem validade legal e real e só será
assinado por quem estiver disposto a fazer valer suas obrigações contratuais.
A cultura Hindu tem sua importância devido ao subcontinente Indiano que por muitos
anos foi controlado pelo Reino Unido, mas que vem se tornando um parceiro global nas
últimas décadas. A lógica hindu é a da “casta” mas pela presença inglesa a lógica
comercial foi bastante influenciada também pelos padrões ocidentais. A divisão de castas
limita as relações comerciais da mesma forma que outras relações.
O Brasil se situa num híbrido cultural. Embora muitos considerem o Brasil como um
subtipo da cultura ocidental rotulado de “Cultura Latina”, na prática o Brasil sofreu
diversas influências culturais, tendo se tornado um híbrido de todos os grandes grupos
descritos anteriormente. Apenas a Indonésia tem um perfil similar, mas lá não ocorreu a
miscigenação que ocorreu no Brasil. No Brasil, comercialmente há uma mistura de lógica
“contratual” com “contatual”. As instituições nacionais são fortes, mas sofrem influência
de grupos de interesse. Disputas comerciais podem levar anos e a vitória depende muitas
vezes de contatos dentro do poder judiciário.
Desta forma não é possível prever como um determinado indivíduo irá se comportar
numa situação, mas é possível prever como, na média, os indivíduos se comportam. Ou
seja, é possível prever o comportamento de uma grande quantidade de pessoas, mas
não se pode prever o comportamento individual devido à existência do livre arbítrio.
Jogos de Negócios
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Os psicólogos discutem bastante as formas pelas quais se pode prever o perfil psicológico
de um indivíduo e diversos modelos existem. Um dos mais utilizados e acreditados é o
modelo de cinco fatores (Five-factor Inventory –FFI) que foi desenvolvido para
determinar desvios de personalidade. Este modelo certamente não é o único e
dependendo do propósito pode ser o melhor ou não para ser utilizado. Pouca evidência
científica foi encontrada em qualquer destes modelos com a capacidade de geral de
negociação dos indivíduos, apesar de uma certa mítica em contrário.
A forma de reverter este quadro é criar uma ligação íntima entre o ato de aprender e o
estímulo prazeroso. A maioria do desenvolvimento em nossas infância e adolescência
vem das brincadeiras com os colegas e adultos, através dos quais o estímulo de prazer
está ligado ao desenvolvimento pessoal. Quase todo aluno gosta de jogos educativos nos
quais a diversão passa certos conceitos de maneira tão fácil que nem é percebida como
“estudo”.
A matemática moderna faz uso de boa parte deste jogo lúdico através da teoria dos
conjuntos e do ensino de resolução de equações por meio de simples jogos matemáticos
e problemas de cunho lúdico. O fato é que o ser humano gosta de jogar. Crianças de
todas as culturas do planeta, desde as mais avançadas até as mais primitivas
desenvolvem jogos para seu divertimento.
É aqui que entram os Jogos de Tomada de Decisão (JTD) em geral e os business games
em específico. Estas categorias de jogos associam o prazer lúdico não só à capacidade de
raciocínio analítico, mas também à habilidade de tomada de decisão. Pessoas que tem
por hábito jogar este tipo de jogo tem menos dificuldade em fazer análises racionais e
Jogos de Negócios
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Não por coincidência a maioria dos que tem por Hobby este tipo de jogo são autodidatas,
a quantidade de mestres e doutores entre os hobbistas de Jogos de Tomada de Decisão é
anormalmente grande. O fato fundamental é que para estes indivíduos aprender se
tornou prazeroso.
Em qualquer escala existe o mesmo processo, os mesmos fenômenos, pois ali existem as
mesmas duas forças em ação. Uma força é coesiva, que une as entidades, é a que vem
da cultura que dá uma sensação de união, um sentimento de tribo e fazer parte de algo
maior. A outra força é expansiva, que separa as entidades, a necessidade egoísta de
obter o melhor para si, de dominar as outras entidades, de aumentar sua influência e seu
poder.
A relação entre duas entidades, sejam elas pessoas físicas, ou jurídicas é sempre uma
negociação, ambas estão inseridas num ambiente que é ao mesmo tempo competitivo e
cooperativo.
Jogos de Negócios
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Até então o Estado era representado por pessoas da monarquia, mas as repúblicas que
surgiam necessitavam de um modelo novo que pudesse lidar com as demandas
crescentes da revolução industrial. Começou a surgir o embrião do que se tornariam as
burocracias nacionais e os princípios de administração pública.
O período da primeira revolução industrial, ocorrido no começo do século XIX foi marcado
pelo liberalismo e uma tendência a reduzir o Estado ao mínimo, sob a ótica do Laisser-
Faire e da mão invisível de Adam Smith. A lógica da competição pura induzia ao
pensamento de que a partir da competição surgiria um processo de auto-regulação que
levaria a sociedade a evoluir reduzindo as ineficiências (Roberts, 1993; Smith, 1991).
De alguma forma isto não se mostrou verdade, uma vez que a competição sem limites
levava a monopólios e a condições desumanas de trabalho como apontavam os críticos
do liberalismo. Estes pregavam a mudança para um outro paradigma, o da cooperação.
Para eles a competição não só levava a desequilíbrios, mas também era ineficiente, pois
replicava esforços. A solução era a cooperação de todos os indivíduos da sociedade de
modo a evitar os desperdícios da competição e maximizar os resultados. A única forma
de fazer isto era o estabelecimento de um Estado centralizador que determinaria todas as
atividades dos cidadãos organizando-os da maneira mais eficiente possível. Tal filosofia
acabou por levar ao Comunismo e também ao Nazi-Facismo, onde o Estado estava acima
do indivíduo (Marx, 1976; Roberts 1993).
A síntese entre competição e cooperação surgiu sem alarde em 1947 a partir da teoria
dos jogos. John Nash desenvolveu o chamado “equilíbrio de Nash” aonde ele mostrou
que em certas condições a solução ótima para um grupo de jogadores resulta da solução
sub-ótima para cada participante, isto é, eles competem entre si num certo nível, mas
também cooperam entre si. Isto se chama Coopetição (Ordeshook, 1986; Osborne e
Rubinstein, 1994).
A figura 5 mostra um espectro contínuo de níveis de conflito que vão desde a cooperação
pura até a competição pura. Indivíduos existem sempre em pontos intermediários, pois
competem e cooperam, ao mesmo tempo. Mostra ainda as duas forças que se
competem levando ao equilíbrio de Nash.
Jogos de Negócios
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Cooperação Competição
Apenas para exemplificar imagine as lojas de um shopping center, ao mesmo tempo que
elas competem entre si pelos clientes dentro do shopping, elas também cooperam entre
si para transformar aquele particular shopping no mais importante da cidade. O mesmo
ocorre entre empresas de um determinado país, entre empregados de uma mesma
empresa e países de uma mesma comunidade internacional. Novamente, o fenômeno se
repete em várias escalas diferentes. Empresa, pessoas e países não evoluem, eles co-
evoluem.
Mais antiga ainda é a literatura sobre a competição pura, ou conflito, entendido como a
negociação por meios violentos, no qual um lado tenta impor ao outro sua vontade
(Zadjsznajder, 1988). Clausewitz (1979) afirma que a Guerra é o conflito de duas
vontades que não conseguiram atingir um acordo por meios da diplomacia, e que assim a
guerra é a falência da diplomacia. Isto está em pleno acordo com a figura 1 aonde a
diplomacia é a cooperação e a coopetição e a guerra representa um estágio mais próximo
da competição pura. Mesmo na guerra existem níveis de conflito e guerras limitadas,
sendo raramente atingido um nível de “Guerra Total”.
Para entender melhor a teoria sobre negociação, é preciso analisar com mais detalhes a
Teoria dos Jogos de modo a compreendermos como surge o equilíbrio de Nash.
Jogos de Negócios
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1. Jogo estratégico – é um jogo resolvido em uma única jogada (ex: par ou impar).
2. Jogo Extensivo – é um jogo resolvido em mais de uma jogada (ex: xadrez).
3. Jogo de informação completa – é um jogo onde todas as informações são
conhecidas (ex: xadrez).
4. Jogo de informação incompleta – é um jogo onde nem todas as informações são
conhecidas (ex: pôquer).
5. Jogo de soma positiva – jogo aonde a soma dos ganhos (e perdas) dos jogadores
é positiva (ex: Comércio internacional).
6. Jogo de soma zero – jogo aonde a soma dos ganhos (e perdas) dos jogadores é
zero (ex: pôquer).
7. Jogo de soma negativa – jogo aonde a soma dos ganhos (e perdas) dos jogadores
é negativa (ex: Guerra).
8. Jogo de ganha-ganha – Jogo onde todos ganham. Todo jogo de ganha-ganha é
um jogo de soma positiva.
9. Jogo de perde-perde – Jogo onde todos perdem. Todo jogo de perde-perde é um
jogo de soma negativa.
Postas estas definições, imaginemos nosso primeiro jogo o chamado “jogo do prisioneiro”
ou “dilema do prisioneiro”. Sejam dois prisioneiros suspeitos de um crime e colocados em
celas separadas. Se ambos confessam, cada um deles será condenado a três anos de
prisão. Se apenas um confessa, ele será libertado e usado como testemunha contra o
outro que será condenado a quatro anos de prisão. Se nenhum deles confessar, ambos
serão condenados por um crime menor e pegarão apenas um ano de prisão (Osborne e
Rubinstein, 1994).
Jogos de Negócios
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Observe que o melhor resultado para o conjunto é que ambos não confessem (3,3), mas
este não é o melhor resultado individualmente, isto é, existem incentivos para a
cooperação, mas existem incentivos para o individualismo.
Jogador 2
Não
confessa
3,3 0,4
Jogador 1
Se um jogador (digamos o jogador 1) não souber qual a decisão do outro ele irá
raciocinar da seguinte forma. Se o outro jogador não confessou, ele pode optar por
ganhar 3 ou 4 pontos. Sendo melhor ganhar 4 pontos, ele preferiria confessar neste
caso. Por outro lado, se o outro jogador confessou, ele pode optar por ganhar 1 ou 0
pontos. Sendo melhor ganhar 1 ponto, ele preferiria confessar também. Como em ambos
os casos foi melhor confessar, independentemente da escolha alheia, é melhor confessar.
Como o jogo é simétrico a resultado esperado é que ambos confessem (1,1) o que não é
o melhor resultado para nenhum deles, mas também não é o pior resultado para
nenhum. Da otimização individual surgiu um resultado bastante ruim para ambos. A
definição do “equilíbrio de Nash” mais comumente usada é a de “regime continuado” ou
“solução natural”, isto é, se ambos os jogadores são racionais, e as soluções serão
sempre as mesmas, esta solução é o equilíbrio de Nash. Neste caso, o equilíbrio de Nash
é a confissão de ambos.
No caso de duas empresas estabelecendo seus preços para serviços ou produtos temos
uma situação análoga ao dilema do prisioneiro. Se ambos baixam seus preços, não há
vantagem competitiva para nenhuma das empresas, apenas a perda de margem de
Jogos de Negócios
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lucratividade. A melhor situação para ambos seria manter o preço alto, porém a tentação
de curto prazo para baixar preço faz com que a estratégia dominante seja a de preços
baixos.
Pode-se perceber que surge uma evolução conjunta ou coevolução, isto é a evolução de
uma empresa força a evolução da outra. Este fenômeno é por vezes chamado de “Efeito
da dama de copas” (“Red Queen Effect”, “Red Queen Behavior”, “Red Queen Principle” ou
“Red Queen Hypothesis”), foi originalmente desenvolvido na biologia para explicar a co-
evolução, tal termo foi cunhado por Leigh Van Valen em 1973.
O próximo jogo importante de teoria dos jogos é o jogo “pombos e falcões” ou jogo da
“galinha” (chicken é também uma gíria para medroso em inglês) ou jogo da Guerra
Termonuclear ou jogo do Cartel. Neste jogo, um dos jogadores tenta intimidar o outro.
Todos já vimos em filmes dois adolescentes em carros esportivos correndo um para cima
do outro e quem desviar por medo da colisão é o perdedor. Se ambos continuam sem
desviar ocorre uma colisão frontal e ambos se acidentam. Se ambos desviam ninguém
ganha, mas fora parecerem dois idiotas, ninguém perde. Se apenas um desvia este
perde e o outro ganha. A figura 7 mostra em forma de matriz as opções em termos de
pontos usando o mesmo sistema da figura 3 (Ordeshook, 1986; Osborne e Rubinstein,
1994).
Jogos de Negócios
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Jogador 2
Desvia Continua
Desvia
3,3 1,4
Jogador 1
Aqui a situação é diferente, se o jogador 1 não sabe qual é a decisão do outro jogador
sua análise dá da seguinte maneira. Supondo que o jogador 2 irá desviar, ele pode
escolher entre ganhar 3 ou 4 pontos e portanto ganhar 4 pontos é melhor, o que resulta
que ele deverá escolher continuar. Por outro lado, se o jogador 2 estiver disposto a
decidir por continuar sua escolha será em 1 ou 0 pontos, e para ganhar 1 ponto a
decisão será por desviar. Assim sendo, as decisões mudam de acordo com a decisão do
outro jogador. A melhor opção é escolher a decisão “inversa” da do outro jogador. Aqui
existem dois equilíbrios de Nash (1,4 e 4,1).
Se o jogo da galinha for continuado isto resulta num equilíbrio dinâmico, este é também
o caso do Jogo do Cartel, exemplificado a seguir. A figura 8 mostra o jogo do cartel,
observe que a pontuação é a mesma do jogo da galinha, apenas com decisões
diferentes. Se inicialmente ambos os jogadores estão fora do cartel, ambos ganham 0
pontos pois existe um excesso de oferta e os preços caem. Logicamente ambos se
reúnem e decidem criar um cartel, de modo que ambos passam a ficar “dentro” do cartel
e ganham 3 pontos cada, o que é maior do que 0 para ambos.
Jogos de Negócios
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Nesta nova situação, o outro jogador ainda tem a perder saindo também do cartel, pois
passaria de 1 para 0 pontos, mas esta é a única forma de convencer o jogador 1 a voltar
ao cartel. O que resulta na quebra total do Cartel (0,0) e na sua reformação (3,3).
Forma-se assim um equilíbrio dinâmico conforme mostrado na figura 5.
O último jogo que exploraremos neste texto é o “jogo do navio pirata”. Neste jogo dois
jogadores têm de resgatar juntos duas barras de ouro de um navio pirata afundado. As
barras só podem ser resgatadas com a colaboração de ambos, se um deles não cooperar
ninguém fica com as barras de ouro. Assim sendo, o jogo é jogado em dois lances, um
dos jogadores propõe a divisão e o outro aceita ou não. Este é um jogo chamado de
extensivo, pois tem mais de uma jogada. A figura 9 resume as opções.
A análise aqui procede da seguinte forma. O jogador 1 pode propor ficar com as duas,
uma ou nenhuma das barras de ouro e as restantes ficam com o jogador 2. Ele analisa
que se propuser ficar com as duas (perna da esquerda), o jogador dois não terá nenhum
incentivo em cooperar pois ficará com nenhuma barra independentemente de cooperar
ou não. Se ele propuser ficar com nenhuma (perna da direita), ele próprio não terá
nenhum benefício em cooperar. Assim, a melhor escolha é a de propor uma divisão meio
a meio com cada um ficar com uma (perna central) aonde ambos tem um incentivo em
cooperar. O resultado 1,1 é o equilíbrio de Nash.
Jogos de Negócios
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Aqui temos um exemplo típico de uma negociação, o negócio é bom quando é bom para
os dois, ambos têm algo a ganhar, mas nenhum deles obtém o melhor resultado possível
para ambos.
No mundo real é preciso estimar os valores com os quais estamos lidando nas situações
da teoria dos jogos, o que nos leva até a teoria da decisão aonde poderemos estudar
como estabelecer valores para “nossos jogos” de negociação e também a entendermos
como os indivíduos tomam decisões, o que nos levará eventualmente até a teoria da
utilidade.
Jogos de Negócios
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Jogos de Negócios
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5. TEORIA DA DECISÃO
A teoria da decisão estuda como se deve proceder perante uma decisão, como se
avaliam as possibilidades das várias decisões e quais os resultados de tais decisões, o
que nos dará subsídio para estabelecer os limites de cada decisão numa negociação.
Sabendo até onde pode se negociar será fundamental para a preparação de uma reunião
de negociação.
1. Estado da Natureza (θ) – é uma descrição completa dos fatores externos que
independem do decisor. O estado da natureza é geralmente desconhecido pelo
decisor que tem de estimar quais dos vários estados (θi) será o verdadeiro, ou
qual as probabilidades de cada um ser verdadeiro.
2. Estado-Verdade – é o estado da natureza que realmente ocorre.
3. Decisão (a) – é uma descrição completa doos fatores que dependem do decisor,
ou seja, é a sua decisão. Existem várias decisões possíveis (ai) e o decisor escolhe
por uma delas.
4. Tabela de decisão (Θ) – é o espaço definido por todas as decisões e Estados da
natureza possíveis. A quantificação dos resultados é chamada de uma função
Lucro (ou perda) e definida como L (θ,a).
5. Decisão sob certeza – é uma decisão tomada quando se tem certeza de qual é o
estado-verdade dentre os vários estados possíveis.
6. Decisão sob estrita incerteza – é uma decisão tomada quando não se sabe qual é
o estado-verdade dentro os vários estados possíveis, e não se sabe qual a
probabilidade de que cada estado se torne o Estado-verdade.
7. Decisão sob risco - é uma decisão tomada quando não se sabe qual é o estado-
verdade dentro os vários estados possíveis, mas são conhecidas a probabilidades
de que cada estado se torne o Estado-verdade.
Vejamos agora exemplos que nos clarificarão estas definições e de como se deve
proceder em cada caso. Imaginemos que um investidor pode optar por colocar seu
dinheiro em quatro portfólios de investimento diferentes e que existem cinco estados da
natureza possíveis de forma que surge a seguinte tabela de decisão mostrada na figura
11.
Estados da natureza
θ1 θ2 θ3 θ4 θ5
a1 0 8 8 8 7
Decisões a2 9 1 4 3 2
a3 7 6 5 8 3
a4 4 4 4 4 4
Decisão sob certeza - Imaginemos inicialmente que estamos tomando uma decisão sob
certeza, isto é, sabemos que um determinado estado da natureza é o estado-verdade,
digamos por exemplo θ3. Neste a decisão é fácil, basta encontrar o maior valor dentro da
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Decisão sob estrita incerteza - Passemos agora ao caso em que não sabemos o Estado-
verdade, nem as probabilidades relativas aos mesmos. A literatura (Fabrycky e Thuesen,
1974) nos indica quatro possibilidades distintas de resolver a situação sendo elas os
critérios de: Wald (pessimista), Hurwicz (otimista), Savage (arrependimento) e Laplace
(razão insuficiente). Vejamos cada um deles.
Critério de Wald – Este critério tem por princípio que independente de sua decisão,
ocorrerá o estado da natureza mais desfavorável para a sua decisão, de forma que se
deve escolher a decisão cujo resultado for máximo entre os piores possíveis para cada
decisão. Em nosso caso, os piores resultados de cada decisão seriam 0, 1, 3 e 4
respectivamente. Escolheríamos portanto a4, pois seu resultado é o máximo entre os
mínimos (4). Em termos matemáticos estamos encontrando ai tal que maximizemos o
mínimo de L (ai, θj), isto também é chamado de critério Max-min. Este critério é
extremamente pessimista.
Critério de Hurwicz – Este critério tem por princípio que independente de sua decisão,
ocorrerá o estado da natureza mais favorável para a sua decisão, de forma que se deve
escolher a decisão cujo resultado máximo entre os melhores possíveis para cada decisão.
Em nosso caso os melhores resultados de cada decisão seriam 8, 9, 8 e 4
respectivamente. Escolheríamos, portanto, a2 pois seu resultado é o máximo entre os
máximos (9). Em termos matemáticos estamos encontrando ai tal que maximizemos o
máximo de L (ai, θj), isto também é chamado de critério Max-max. Este critério é
extremamente otimista.
Critério de Savage – Este critério tem por princípio que a melhor decisão é a que gera
menor arrependimento, sendo o arrependimento a diferença entre o que você obteve
com sua decisão e o que poderia ter obtido com outra decisão naquele mesmo estado da
natureza que se mostrou estado-verdade. Para isto é preciso redefinir a tabela de
decisão criando uma tabela de arrependimento, como mostrado na figura 12. Os valores
originais estão fora dos parênteses e os arrependimentos dentro dos parênteses.
Estados da natureza
θ1 θ2 θ3 θ4 θ5
a1 0 (9) 8 (0) 8 (0) 8 (2) 7 (0)
Decisões a2 9 (0) 1(7) 4 (4) 3 (5) 2 (5)
a3 7 (2) 6 (2) 5 (3) 8 (0) 3 (4)
a4 4 (5) 4 (4) 4 (4) 4 (4) 4 (3)
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nos leva a optar por a3. Esta opção não maximiza o resultado, apenas garante que não
nos arrependeremos em mais de 4. Estamos minimizando o máximo da função de
arrependimento.
Observe que, no nosso exemplo, cada critério levou a uma decisão diferente, isto
representa que pessoas diferentes tem critérios diferentes de escolha e portanto perfis
de tolerância ao risco diferentes, algo que veremos novamente na teoria da utilidade.
Decisão sob risco – Vamos ao último caso, no qual o decisor sabe as probabilidades de
cada estado da natureza se tornar o estado–verdade. Se tais probabilidades forem iguais
recairemos no critério de Laplace da decisão sob estrita incerteza. No caso da decisão
sob risco, faremos uma média ponderada utilizando as probabilidades como peso em
nossa ponderação.
Resulta que a melhor escolha é a3 pois tem a maior média ponderada. Se, entretanto,
alterarmos as probabilidades de cada estado da natureza se tornar o estado-verdade, as
melhores decisões mudarão.
Jogos de Negócios
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Exemplo:
Uma empresa deseja entrar no mercado de farmacêuticos, mas para isto precisa
adquirir uma nova tecnologia, que pode ser comprada (valor R$ 5 milhões) ou
desenvolvida (R$ 2 milhões). O desenvolvimento tem apenas 70% de probabilidade de
resultar positivamente. Caso o produto entre em produção, seja através da compra da
patente ou através de sucesso no desenvolvimento, serão necessários mais R$ 5 milhões
para instalar a planta de manufatura.
A demanda pode vir a ser alta (70% de probabilidade) no caso em que se venderá cerca
de R$ 14 milhões do produto, ou baixa (30% de probabilidade) no caso em que se
venderá apenas R$ 10 milhões.
0 %)
( 7
es so
c
r Su I Baixa demanda (30%)
olve ns
uc
nv es
D ese so
(3
0%
)
Co
mp Alta demanda (70%)
ra r
Assim é possível reduzir a nossa árvore de decisão, conforme mostrado na figura 14. Os
resultados foram obtidos somando-se a receita e subtraindo as despesas com a aquisição
ou desenvolvimento do produto e com a instalação da planta fabril.
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28
Isto reduz ainda mais a nossa árvore a decidir entre obter um retorno de R$ 3,46
milhões (desenvolver) ou de apenas R$ 2,8 milhões (comprar). Assim sendo é preferível
desenvolver o produto.
Observe mais uma vez que ainda com estes cálculos existirão decisores que preferirão
comprar a patente para não correr o risco de perder dinheiro. Os cálculos ajudam a
balizar o decisão, mas no final das contas existe sempre o fator emocional por trás da
decisões. Somos seres ao mesmo tempo racionais e emotivos e esta discussão é
bastante frequente em textos de marketing.
Entraremos agora no campo da teoria da utilidade que nos ajudará a perceber como
decisões são tomadas e como podemos nos aproveitar disto para negociar e estabelecer
limites numa negociação.
Jogos de Negócios
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6. TEORIA DA UTILIDADE
A teoria da utilidade diz que seres humanos não associam valores de forma linear aos
dados que encontram no mundo, isto é, a percepção do mundo não é linear.
Desta forma se associa a cada valor (x) uma utilidade deste valor dado pela função
utilidade (u(x)). Esta função pode assumir qualquer aspecto, fórmula ou formato
dependendo de que valor estamos falando. Porém usualmente surge como exemplo uma
função côncava que se chama de curva de retornos decrescentes ou mesmo um semi-
hipérbole invertida chamada de curva de aprendizado.
No exemplo 1, uma boa parte das pessoas preferiria o emprego B por causa da diferença
monetária, ao passo que esta escolha seria menos comum no exemplo 2 e ainda mais no
exemplo 3. Isto é, a mesma quantidade de diferença financeira é cada vez menos
relevante na medida em que aumenta o valor dos números envolvidos.
Em termos matemáticos isto quer dizer que a mesma diferença de x implica em uma
menor diferença de y=u(x) na medida em que x aumenta, ou seja, a derivada, ou
inclinação de u(x) (ou d(u(x))/dx) diminui na medida em que x aumenta, o que significa
que a derivada segunda, ou concavidade de u(x) é negativa, isto é U(x) é côncava
conforme mostrada na figura 15.
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y y=u(x)
Y=x
O primeiro teórico a descrever a função utilidade foi David Ricardo quando descreveu que
na media em que as terras fossem utilizadas para a agricultura as terras mais férteis
seriam utilizadas primeiro e somente depois as terras progressivamente menos férteis,
surgindo assim uma função de produtividade da terra (u(x)) que não acompanharia a
extensão da terra utilizada (x).
Porém mesmo no caso da terra existe um limite par a produtividade da terra pois certas
terras são efetivamente improdutivas tais como montanhas e mares. Neste caso existe
um limite acima do qual a função não pode passar. Ao contrário de nosso exemplo
anterior ela para de crescer depois de um certo ponto.
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y Aumento y=u(x)
da aversão
ao risco
Y=x
Esta curva com limite é chamada de curva de aprendizado pois é da mesma forma que
funciona o aprendizado humano sobre um assunto. Aprende-se muito no início da
exploração de um tema, mas na medida em que conhecemos o assunto há cada vez
menos o que aprender, e o tempo gasto para aumentar levemente o conhecimento
aumenta rapidamente até o ponto aonde não há mais o que aprender a menos que se
descubra algo novo, isto é, uma vez na fronteira do conhecimento é preciso uma ruptura
para avançar além daquele limite.
Eficiência
Nova tecnologia
Velha tecnologia
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Como lição geral em negociação pode-se dizer que se deve ater ao que
realmente interessa e ceder aonde é irrelevante.
Para um processo efetivo de maximização de Valor nas organizações, deve ser dada
especial atenção ás fontes de financiamento dos projetos. Normalmente, essa é a
variável menos considerada na determinação de valor de empresas, e dedicaremos no
capítulo seguinte maior foco no tema.
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Cada uma dessas fontes de recursos possui características diferentes. Para o gestor,
portanto, a análise criteriosa das características mais atraentes para a empresa num
dado momento é fundamental. Basicamente, a diferenciação se dará por meio das
seguintes características: prazo da necessidade do recurso (tempo de utilização,
prazo de liquidação etc.); prioridade de remuneração (cada tipo de fonte tem
prioridades diferentes de liquidação. Recursos de terceiros, por exemplo, têm
prevalência de recebimento em relação aos recursos próprios); e direitos políticos na
gestão da empresa (nesse caso, os recursos de terceiros normalmente não possuem
direitos políticos ou direitos de participação na gestão da companhia, a não ser que
definido previamente quando da contratação da dívida. O gestor de negócios pode
decidir entre manter ou não os atuais direitos políticos dos proprietários da companhia)
O tipo de financiamento das empresas pode também estar relacionado com seu ciclo de
vida:
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As fontes de captação podem ser externas (no mercado internacional) ou internas (no
mercado doméstico)
Debêntures
A lei permite que o resgate de debêntures seja realizado com a transformação do crédito
em participação acionária, a chamada Debênture Conversível em Ação. Esse
instrumento é bastante utilizado pelas companhias e tende a agradar aos investidores,
porque estes podem administrar o grau de prevalência dos recursos aportados em
relação a outros: enquanto o instrumento é não convertido, se caracteriza como dívida,
tendo prioridade de recebimento em relação às ações. Se os fluxos da empresa se
realizam conforme previsto, o investidor pode converter a debênture em ação e reduzir o
seu risco de ser acionista desde o primeiro momento.
Cálculo do custo de uma debênture – Considere que J são os juros que o título deve
pagar, Vn é o valor nominal da debênture, Vl é o valor líquido recebido quando da
emissão do título e r é o custo da debênture, podemos calcular este último da seguinte
forma:
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( )
n
Σ
i=1
J
(1+r) i +
Vn
(1+r) n −
Vl
= 0
Eurobônus
Eurobônus (ou eurobonds) são bonds emitidos por empresas brasileiras, com instituições
financeiras como garantidoras, cuja renda é fixada segundo a taxa básica de juros
britânica LIBOR (London Interbank Offered Rate). Essa é a taxa prefencial de juros para
bancos que operam no mercado europeu. Além disso, é cobrado um spread que deve
ser definido e/ou aprovado pelo Banco Central brasileiro. Tem características
semelhantes a uma debênture não conversível em ações.
Deep-discount bonds - obrigações com grande deságio. Ex: obrigações que não
pagam juros (zero-coupon)
Warrants – Títulos que oferecem o direito real de garantia sobre a mercadoria negociada.
Servem também como instrumento que dão o direito de comprar ações de uma empresa
a um preço fixo durante um período pré-determinado. É uma operação bastante parecida
com o das opções de compra de ações, com a diferença de que o emitente do warrant é
a própria companhia, enquanto que o emitente da call é inicialmente o proprietário das
ações ou o “mercado”.
Operações de Crédito
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Em outras palavras, a operação de leasing permite que o arrendatário utilize o ativo sem
ter sua propriedade. Este parte da premissa que os retornos sobre o ativo estão na sua
utilização e não na sua propriedade.
Essa operação é bastante utilizada no mercado e possui algumas variações, como leasing
operacional, financeiro, lease back, imobiliário etc.
Finame
BNDES
Finep
CEF
Títulos de Desenvolvimento Econômico (TDE)
Banco Mundial
o IFC (International Finance Corporation)
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Operações de Underwriting
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S&P Moody’s
Very High Quality AAA,AA Aaa, Aa
High Quality A, BBB A, Baa
Speculative (junk bonds) BB, B Ba, B
Very Poor CCC, CC, C, D Caa, Ca, C, D
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Tabela 4 – Exemplo de Comparação de Risco entre Brasil, Argentina e México (em basis
points) período 1999/2018
BRASIL (GLOBAL 27) 1.033 606 576 577 578 678 217
ARGENTINA (GLOBAL 27) 619 510 430 444 459 544 824
MÉXICO (GLOBAL 26) 536 288 319 270 231 323 169
DIFERENÇA
414 96 146 133 119 134 607
BRASIL - ARGENTINA
DIFERENÇA
497 318 257 307 347 355 48
BRASIL - MÉXICO
DIFERENÇA
83 222 111 174 228 221 655
ARGENTINA - MÉXICO
Obs : Período entre 2000 - 2010 - Neste período, o cenário de comparação de riscos
entre esses países se estabilizou, com a queda de percepção de risco da Argentina (após
o default da segunda metade dessa década) e com o Brasil recebendo o grau de
investimento no final do primeiro semestre de 2008.
Os ADR’s são um recibo de ações negociável e emitido por um banco nos Estados Unidos,
de uma companhia fora dos Estados Unidos, custodiado pelo banco no país de origem.
Outorga ao proprietário do título o direito sobre os dividendos e ganhos de capital.
Esse instrumento foi criado para permitir que investidores americanos pudessem investir
em companhias de outros países, mas dentro dos Estados Unidos. O governo brasileiro
autoriza que companhias emitam ADR’s no mercado americano, com o lastro em suas
próprias ações.
Se o título é lançado em outro país que não os Estados Unidos, é chamado de GDR
(Global Depositary Receipts).
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Existem quatro tipos de ADR disponíveis no mercado (nível 1, 2, 3 e restrito) que diferem
basicamente com relação aos custos de emissão e às obrigações de transparência de
informações que o emitente deve disponibilizar.
Reinvestimento
O administrador utiliza os lucros acumulados para financiar seus projetos caso perceba
que é mais atrativo para o acionista deixar de receber os dividendos em troca de
incremento dos investimentos no negócio. Isso se dá por razões fiscais ou de
atratividade de retorno.
Por outro lado, se não houver alternativa interessante para investimento em relação ao
custo de capital do investidor, o administrador deve optar por distribuir os recursos para
o acionista, por meio de dividendos, recompra de ações e outros.
Grande parte da teoria moderna de finanças corporativas foi desenvolvida com base na
hipótese de que tanto os investidores quanto os executivos das empresas são agentes
racionais. Sob a visão de mercados eficientes, toda informação pública disponível é
rapidamente incorporada ao preço das ações, de modo que não é possível gerar retornos
ajustados por risco consistentemente acima do mercado.
Nos últimos anos, esta hipótese de que os agentes econômicos são racionais 100% do
tempo vem sendo bastante criticada. O recente Prêmio Nobel recebido por importantes
teóricos de Finanças Comportamentais, que fundamentalmente estuda o que acontece na
ausência de racionalidade, veio a dar ainda mais respaldo a esse fértil ramo das finanças.
Um dos principais problemas para uma empresa se tornar pública é o custo de abertura
de capital. As obrigações que a empresa tem (inscrição na CVM, obrigação de publicação
de demonstrativos financeiros regularmente, custos de manutenção do registro em
bolsas de valores, comunicação de fatos relevantes ao mercado, manutenção de equipe
responsável com o relacionamento com investidores, custos de intermediação para
emissão de ações, entre outros) tornam esse processo às vezes inviável para uma
companhia de médio porte.
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Atualmente está em tramitação uma resolução que tende a reduzir os custos de abertura
de capital para permitir uma maior diluição de empresas ofertantes de capital próprio no
mercado brasileiro.
Grande parte da liquidez das empresas está relacionada com a legislação em vigor para o
relacionamento entre os acionistas controladores e minoritários.
O mercado de capitais brasileiro foi criado com estímulos distintos no que se refere ao
tratamento aos acionistas minoritários, criando um círculo vicioso:
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Majoritário
Minoritário
Política de Dividendos
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Exemplo:
Fluxo de Caixa operacional = $10.000; Investimento líquido = $8.000
Ações no mercado = 1.000; Preço/ação = $42; Vfirma = $42.000
Política #1 Política #2
Dividendos ($2 / $3 por ação) $2.000 $3.000
Ex-dividendo preço por ação $40 $39
Emissão de novas ações $0 $1,000
Ações no mercado 1.000 1.025,64
Valor da firma $40.000 $40.000
Obs: Dividendos feitos em casa - o investidor pode vender a qualquer momento ações
na proporção do reinvestimento da empresa e simular a distribuição de dividendos
- Impostos de pessoa física: nos Estados Unidos, os dividendos são tributados quando
recebidos enquanto ganhos de capital somente quando realizados. As empresas
podem evitar ou postergar o fluxo do imposto, não pagando dividendos e
reinvestindo os fundos em investimentos de VPL positivo;
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Teoria do Bird-in-the-hand
- Dividendos atuais são menos incertos que dividendos futuros. O risco dos dividendos
depende dos riscos sistemático do negócio e financeiro. Não há razão para acreditar
que o risco da empresa aumenta com o passar do tempo.
Sobre a empresa:
Além disso, analisar a legislação específica de cada período fiscal, em especial da SRF –
Secretaria da Receita Federal
Dentre todas as razões, a sinalização tem emergido na literatura como uma das
principais fontes de explicação para programas de recompra. A sinalização é a idéia de
que os executivos de uma determinada companhia, por estarem vivendo o dia a dia do
negócio, possuem um nível de informação superior aos demais participantes do mercado.
Jogos de Negócios
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Quando os executivos identificam que a companhia está sendo mal avaliada pelo
mercado, eles podem escolher iniciar um programa de recompra. Dessa forma, eles
estariam sinalizando ao mercado que as ações da companhia estão sub-avaliadas.
1
Estudo preparado por David Ikenberry, Josef Lakonishok e Theo Vermaelen, Market Underreaction to
Open Market Share Repurchases”, publicado no NBER em Dezembro de 1994
Jogos de Negócios
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Vários estudos demonstram que empresas de baixo P/VPA que possuem programas de
recompra de ações geram uma valorização bastante superior à média do mercado,
indicando uma sinalização de que os executivos da companhia conseguem enxergar que
o mercado está subavaliando a companhia antes do próprio mercado (situações como
essas são denominadas genericamente de assimetria informacional)
Jogos de Negócios
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8. CONCLUSÕES
A gestão de negócios tem função definitiva na maximização de valor do negócio para os
seus acionistas. Dessa forma, a preocupação do administrador de negócios com esse
tema deve se dar além de mera análise superficial de suas variáveis e métodos de cálculo.
Na verdade, ele deve buscar uma profunda avaliação de todas as fontes de valor dos
recursos de curto e longo prazos e tomar as decisões gerenciais com base no principal
objetivo de todo gestor de negócios.
Em relação aos fluxos informacionais, parece haver evidências de que os executivos são
capazes de identificar quando o mercado está avaliando erroneamente as companhias
para as quais trabalham e tirar proveito deste fato. Os investidores parecem não avaliar
corretamente a sinalização dada pela administração quando se ofertam recompras de
ações, por exemplo. Mais do que isso, o mercado trata ações com perfil value e growth
de maneira muito similar no curto prazo, precificando mais ou menos a mesma coisa em
ambos os casos, quando o retorno de longo prazo pode apresentar diferenças bastante
significativas mesmo ajustando por fatores como preço sobre valor de mercado e tamanho
da empresa.
Identificar a melhor estrutura de capital que a sua companhia demanda é vital, trazendo
como conseqüência para o administrador de negócios a necessidade de buscar as
melhores fontes de capital com o menor custo ponderado possível.
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