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Apinhamento e espaçamento nos arcos dentários:

Desenvolvimento a longo prazo em indivíduos


tratados e não tratados
Jonsson T, Magnusson TE. Crowding and spacing in the dental arches: Long-
term development in treated and untreated subjects. Am J Orthod Dentofacial
Orthop 2010;138:384.e1-384.e7.

Tradução: Lia Guimarães Montagnolli


Orientação: Tulio Silva Lara

Introdução: Os objetivos deste estudo foram analisar as alterações a longo prazo no


espaçamento e apinhamento anterior e comparar o desenvolvimento nos indivíduos tratados e
não tratados ortodonticamente. Métodos: a amostra foi composta por 308 adolescentes na
dentadura mista tardia ou permanente precoce que foram examinados clinicamente em idades
de 7 a 17 anos e novamente 25 anos depois. O subgrupo de 58 pacientes tratados recebeu
tratamento ortodôntico com aparelhos fixos ou removíveis ou ambos. Todos os indivíduos
apresentavam a dentição completa, com exceção de 19 pacientes que haviam extraído pré-
molares como parte do plano de tratamento. Resultados: A prevalência de espaçamento na
região anterior da maxila foi substancialmente e significativamente reduzida em ambos os
grupos, tratados e não tratados, da primeira para a segunda avaliação. A prevalência de
apinhamento inferior foi significativamente maior no grupo não tratado e no grupo tratado sem
extração. A prevalência de apinhamento inferior em pacientes tratados sem extrações
aumentou 25,6%, significativamente maior que o grupo controle sem tratamento. A prevalência
de apinhamento inferior diminuiu para 15,8% em pacientes tratados com extrações de pré-
molares superiores, significativamente mais do que no grupo não tratado. Conclusões: os
fatores desenvolvimentais a longo prazo parecem resultar em uma redução universal de
espaçamento na região anterior da maxila, não obstante a realização de tratamento
ortodôntico. Em comparação com indivíduos não tratados, o desenvolvimento a longo prazo de
apinhamento anterior inferior foi desfavorável em indivíduos tratados sem extrações. Em
comparação com indivíduos não tratados, o desenvolvimento a longo prazo de apinhamento
anterior da maxila foi favorável quando o tratamento incluiu extração dos pré-molares
superiores.

Vários estudos longitudinais têm Indivíduos podem ser selecionados


sido realizados para descrever o aleatoriamente ou limitados a uma classe
desenvolvimento das dimensões dos arcos de oclusão. Indivíduos com perdas
ou condições de espaço em adolescentes e dentárias são geralmente excluídos, mas
adultos, mas grandes amostras de nem sempre.2,3
indivíduos não tratados com dentições A maioria dos estudos, mas não
completas não são facilmente obtidas para todos, descrevem os gêneros
repetidos exames em países com separadamente ou incluem tabelas
adequados serviços ortodônticos.1 comparando os gêneros.
Comparações entre ou com Alguns estudos incluem o
estudos anteriores de indivíduos não desenvolvimento na dentadura mista ou no
tratados são complicados e pouco final da adolescência, enquanto outros se
confiáveis, uma vez que a padronização de limitam aos adultos após o crescimento
abordagens de pesquisa é mínima. Os ativo2,4,5,7,16. Estudos sobre o
critérios variam, e os objetivos podem desenvolvimento em indivíduos não
incluir largura intermolares,2-7 largura tratados são, por boas razões,
intercaninos,2-5,7,8 comprimento ou perímetro principalmente longitudinais, mas
de arco,2,4-10 discrepância de comprimento informações importantes também podem
de arco ou análise de espaço,1,2,5,6,9,11-13 ou ser derivadas a partir de extensas
irregularidade dos incisivos.3,7,8,11,14,15 pesquisas transversais em populações13-15.
Em estudos sobre indivíduos adolescência e novamente 25 anos mais
tratados com o objetivo de determinar tarde com as idades entre 33 e 44 anos.
alterações com o tratamento ortodôntico, A amostra de 58 indivíduos
além das muitas abordagens de pesquisa e tratados foi, então, dividida em subgrupos
variáveis em indivíduos não tratados são de 39 indivíduos tratados sem extração e
ainda mais complicadas pela diversidade 19 indivíduos tratados com extrações de
dos tipos de tratamento, protocolos de pré-molares.
contenção, e o tempo de tratamento e No subgrupo composto por 19
exames, como discutido anteriormente.17 indivíduos, havia 9 pacientes com
Alguns aspectos sobre alterações extrações somente na maxila, e 8 desses
pós-tratamento foram esclarecidos em pacientes tiveram os primeiros pré-molares
artigos prévios e resumidos em discussões superiores extraídos. Os outros 10
e revisões.18-20 Entretanto, o conhecimento indivíduos tiveram os quatro pré-molares
fundamental ainda esta faltando devido a extraídos; houve extração de primeiros pré-
fatores como variações individuais em molares superiores em 9 de 10 pacientes e
grupos de indivíduos, os efeitos ainda não extração de segundos pré-molares em 6
totalmente esclarecidos de processos dos 10 pacientes.
normais de envelhecimento e uma falta Os registros de T1 foram feitos pelo
geral de pesquisas com grupos controles segundo autor (T.E.M). Ele também foi
adequados e de randomização. responsável pelo segundo exame, quando
Os objetivos deste estudo foram os registros foram feitos por um higienista
analisar as alterações a longo prazo do qualificado, após treinamento e calibração.
espaçamento e apinhamento na região As análises foram realizadas com um
anterior da maxila, e comparar o instrumento de medição projetado
desenvolvimento em indivíduos tratados e especificamente para registro da oclusão e
não tratados ortodonticamente. condição de espaço de acordo com o
clássico método de Björk et al.22 As linhas
Material e métodos de marcação no instrumento são de fácil
A amostra original de indivíduos leitura e limitadas àquelas que categorizam
selecionados aleatoriamente foi composta as variáveis em questão. Uma vez que o
por 1.641 escolares em Reykjavík, Islândia, examinador T2 não foi informado sobre a
examinados clinicamente nas idades de 7 a história de tratamento dos indivíduos,
17 anos.13 Este estudo foi baseado em 832 qualquer viés sistemático ou
indivíduos (50,7%) desta amostra que interexaminadores, poderia afetar da
estavam disponíveis para um segundo mesma forma ambos os grupos, tratado e
exame 25 anos mais tarde.21 não tratado, que foram os grupos
Sexo, idade, estágio dentário comparados neste estudo. O método de
inicial (DS), e categorias de tratamento registro foi testado exaustivamente para se
estão descritos na tabela I. DS 4 refere-se testar a confiabilidade intraexaminadores e
a indivíduos com todos os dentes interexaminadores, e tem sido utilizado em
permanentes mesiais ao primeiro molar vários estudos que lidam com
irrompidos totalmente, DS 3, a indivíduos epidemiologia e desenvolvimento da
que estão na dentadura mista tardia, e DS oclusão.23,24
2 indivíduos que estão no período
intertransitório da dentadura mista com
todos os incisivos permanentes totalmente
irrompidos.22
Os indivíduos apresentando
agenesia foram excluídos, assim como
aqueles que tinham perda de dente
permanente. Aqueles que se encontravam
no início da dentadura mista no exame
inicial (T1) também foram excluídos para
eliminar indivíduos menos maduros do
grupo inicial. O processo de seleção,
portanto resultou em uma amostra de 58
indivíduos tratados ortodonticamente e 250
indivíduos com dentadura permanente
A descrição detalhada dos
completa não tratados, examinados na
materiais e métodos foi publicada
previamente.21
As discrepâncias de espaço foram Resultados
analisadas segundo critérios definidos por
Björk et al.,22 com um critério de 2mm de A figura mostra uma forte
espaçamento e apinhamento nas regiões diminuição no espaçamento anterior da
anterior da maxila e mandíbula. maxila em todos os grupos, e a Tabela II
confirma que a alteração no espaçamento
Análise Estatística maxilar foi significativa no grupo sem
tratamento, no grupo de tratamento
Os dados foram analisados com o combinado de 58 indivíduos, e no grupo de
software SPSS (versão 15.0, SPSS Suécia tratamento sem extrações de 39 indivíduos.
AB, Kista, Suécia). Discrepâncias de A figura e a tabela II também mostram que
espaço foram expressas como variáveis a prevalência de apinhamento anterior na
dicotômicas, e o teste de classificação de mandíbula aumentou significativamente de
Wilconxon foi utilizado para analisar as T1 para T2 no grupo não tratado, no grupo
mudanças ao longo do tempo em cada de tratamento combinado e no grupo
grupo. O teste de Mann Whitney U foi tratado sem extrações.
utilizado para analisar as diferenças entre
os grupos.

A Tabela III compara o grupo não na comparação de apinhamento superior


tratado de 250 indivíduos com cada um dos no grupo de tratamento de extração de 19
grupos tratados. Uma maior prevalência de pacientes versus o grupo de 250 indivíduos
discrepância seria esperada no grupo sem tratamento.
tratado em T1, e isso pôde ser constatado Em T2, o grupo tratado sem
para a maioria das variáveis. A prevalência extrações de 39 indivíduos apresentou uma
significativamente maior no grupo tratado maior prevalência de apinhamento maxilar
em T1, no entanto, foi observada apenas do que o grupo não tratado.
A tabela IV descreve o
desenvolvimento nos grupos tratados,
usando alterações no grupo não tratado Discussão:
como controle. O desenvolvimento nos
indivíduos tratados foi mais favorável em O espaço disponível na região
relação à maioria das variáveis analisadas anterior é mínimo quando os incisivos
e significativamente mais relevante para o laterais irrompem, como descrito por
apinhamento maxilar no grupo de Moorres e Chada, 9mas, na fase
tratamento com extração de 19 pacientes. subsequente, as diferenças no tamanho
Mais favorável, neste contexto, significa dos dentes permanentes e decíduos, e o
uma diminuição da prevalência da leewway space, consegue aliviar
discrepância de T1 para T2. O temporariamente o apinhamento anterior.
desenvolvimento de apinhamento inferior As forças de neutralização irão, no entanto,
foi, pelo contrário, desfavorável no grupo prevalecer e, eventualmente, encurtar os
tratado sem extrações, composto por 39 arcos e causar apinhamento dentário
indivíduos. anterior. Isso é evidente para ambos os
Não houve diferenças significativas indivíduos tratados e não tratados que
quanto ao gênero na prevalência de foram seguidos por um período prolongado
apinhamento no T1 ou T2. Portanto, os de tempo, incluindo adolescentes com
resultados nas tabelas são apresentados alterações esqueléticas e dentárias ativas e
agrupando-se os gêneros. adultos com ajuste mais gradual.
A maioria dos estudos apresenta Os indivíduos incluídos neste
seus resultados como a média de estudo receberam tratamento na década
alterações milimétricas, intervalos e 1970 e início dos anos 1980,
variações, com base em testes t e análise principalmente antes do tempo de
de variância (ANOVA) para avaliar os aparelhos de contenção fixos. A maioria
achados estatisticamente. Outros optaram dos estudos referidos também descreveu o
por uma pesquisa com uma abordagem desenvolvimento da oclusão não suportado
diferente, fazendo uma distinção entre por aparelhos de contenção fixos a longo
presença e ausência de discrepância e prazo, que agora têm sido geralmente
usando testes estatísticos não aceitos.26
paramétricos.1,13,25 No presente estudo, Schutz-Fransson et al5. estudaram
utilizou-se a última abordagem, porque pacientes com mordida profunda a longo
pode ser mais sensível a alterações prazo, incluindo o tratamento ativo, e
substanciais com consequências clínicas, descobriram que o espaço disponível para
mas, quando os resultados são os incisivos inferiores diminuiu apenas
comparados, essa diferença deve ser ligeiramente. Em seu grupo controle com
considerada.17 oclusão normal, por outro lado, uma
Em um estudo para determinar o diminuição significativa no espaço foi
efeito a longo prazo do tratamento observado. Geran et al27 estudaram os
ortodôntico no apinhamento e efeitos da expansão rápida da maxila
espaçamento, a situação ideal seria ter seguida de aparelhos fixos e comparados
uma amostra bem definida, examinada aos controles não tratados e após o
antes do tratamento e com grupo tratamento a longo prazo. Eles
equivalente para o controle. Nossos grupos encontraram, ao contrário de nossos
de indivíduos foram semelhantes em resultados, estabilidade aceitável de
termos de saúde bucal em geral, gênero e largura intercaninos superiores pós-
idade, mas as ressalvas devem ser feitas tratamento, e não menos estabilidade nos
sobre as comparações, já que os grupos controles não tratados.
não foram pareados por tipo de oclusão e Outros estudos, que lidam somente
discrepâncias de espaço em T1. com mudanças na fase pós-contenção, não
As abordagens de tratamento encontraram diferenças em indivíduos com
variaram desde aparelhos removíveis até tratamento ortodôntico e indivíduos não
aparelhos fixos convencionais e foram tratados ortodonticamente em relação aos
realizadas exclusivamente por ortodontistas seus alinhamentos dentários.11,28 Essas
formados nos EUA e nos países descobertas confirmam a direção geral de
Escandinavos. Presumimos, portanto, que mudanças na idade adulta, mas não
a qualidade do tratamento foi aceitável, e responde as perguntas sobre o efeito
que a amostra foi representativa de exclusivo do tratamento ortodôntico.
indivíduos tratados ortodonticamente. O principal motivo para o aumento
Ressalvas ainda devem ser feitas sobre do apinhamento e arcos menos bem
qualquer comparação devido às variações alinhados é provavelmente uma mudança
de fatores relacionados ao tratamento em no equilíbrio muscular, quando o aumento
diferentes estudos. da força da musculatura perioral através
dos primeiros anos de vida e adolescência
gradualmente excede a pressão lingual. 29,30 apinhamento maxilar de T1 para T2, o que
Outra força principal de influência parece contrasta com relatos anteriores que,
ser o movimento para frente e de rotação geralmente descreviam, aumento no
da mandíbula em relação à maxila, apinhamento maxilar e nos índices de
influenciando o espaço e posição para os irregularidade ou diminuição nos
incisivos na mandibula e também o comprimento de arco maxilar ou largura
equilíbrio nos tecidos moles31,32. Outros intercaninos.2-4,6,7,9,10,12
fatores relacionados ao apinhamento Nos grupos com tratamento, a
antero-inferior tardio incluem a irrupção ou prevalência total se mostrou também
presença de terceiros molares,33-35 força inalterada na maior parte de TI paraT2
mesial ou componente anterior da força (fig.), mas as alterações foram em sentidos
oclusal,36 e dimensões das coroas dos opostos, dependendo se o tratamento foi
incisivos inferiores.37 Ainda fora de nosso com ou sem extração. No grupo tratado
alcance, porém, encontra-se a tentativa de sem extrações de 39 indivíduos, o
previsão individual válida para o apinhamento maxilar aumentou ao
desenvolvimento de espaço ao longo do contrário do grupo tratado com extração em
tempo, com base em análises 19 indivíduos, em que o apinhamento
cefalométricas, de tecido mole, fatores diminuiu (tabela IV, Fig.). Contrastando
oclusais e dentários.38 com este estudo, trabalhos anteriores
O espaçamento maxilar, por si só, mostraram aumento do apinhamento
raramente é utilizado como uma variável maxilar pós-tratamento,
em estudos sobre o desenvolvimento da independentemente de extrações.40,41
dentição em indivíduos não tratados, mas A prevalência de apinhamento
está relacionado com comprimento e inferior no grupo não tratado não foi
perímetro do arco, e até mesmo com o significativamente diferente de nenhum
trespasse horizontal.13 Essas dimensões grupo tratado em T1 (Tabela III). Um forte
tendem a diminuir, e a maioria dos estudos aumento significativo na prevalência de
anteriores descreve redução do apinhamento caracterizou o
comprimento e perímetro do arco 4,6,9,28, bem desenvolvimento de T1 para T2 nos
como no trespasse horizontal5,8,12 no final indivíduos sem tratamento e no grupo de
da adolescência e idade adulta. As 39 indivíduos tratados sem extrações
alterações de forma de T1 para T2 no (Tabela II, Fig.). Este achado corrobora
presente estudo concordaram com esses uma série de estudos anteriores que
achados, uma vez que o espaçamento relataram tendência a apinhamento inferior
maxilar foi consistentemente reduzido em em pacientes não tratados no final da
todos os grupos de indivíduos, de forma adolescência e idade adulta,1,3,5-9,11,12,16,28,42,43
significativa no grupo tratado sem extração, mesmo até a idade de 50 anos. 2,4,10,14,44
os grupos reunidos tratados, e o grupo sem Riedel45 concluiu que o comprimento do
tratamento (tabela II, fig.). arco inferior geralmente diminui com o
Alterações no espaçamento tempo e que o tratamento não é
mandibular foram pequenos, mas não permanente.
contrastante com os achados de Little e A estabilidade do índice de
Riedel,39 que relataram que o espaçamento irregularidade após o tratamento é um
no arco inferior permaneceu praticamente achado incomum, mas tem sido relatado
sem alteração a longo prazo após o após expansão palatina e mecanoterapia
tratamento. Neste estudo, não houve com a técnica edgewise.46 O aumento mais
diferenças significativas em T1 na típico para o apinhamento inferior ou
prevalência de espaçamento maxilar ou irregularidade após o tratamento foi
mandibular entre os grupos não tratados e relatado em estudos que lidam com ambos
tratados (tabela III), e o espaçamento os tratamentos11,47,48, com extração e sem
maxilar desapareceu de forma semelhante extração.5,40,41,49,50
nos indivíduos tratados e não tratados. Pacientes tratados com extração e
O grupo não tratado de 250 sem extração foram comparados em
indivíduos teve uma menor prevalência de relação à estabilidade do alinhamento pós-
apinhamento superior em T1 do que os tratamento, mas sem resultados
grupos tratados combinados, e foi conclusivos.40,51
significativamente menor do que o grupo de Foi encontrado no presente estudo
tratamento com extrações (tabela III). que o desenvolvimento de apinhamento
No grupo não tratado, havia apenas inferior no subgrupo com extração de
uma pequena mudança na prevalência de quatro pré-molares de 10 indivíduos foi
mais favorável do que na amostra não 1. Em comparação com indivíduos não
tratada, mas a diferença não foi tratados, o desenvolvimento a longo prazo
estatisticamente significativa. Uma
constatação significativa em relação ao de apinhamento antero-inferior foi
apinhamento inferior, entretanto, foi o desfavorável em indivíduos tratados sem
aumento da prevalência de 2,6% para extrações.
28,2% no grupo de 39 indivíduos tratados 2. Em comparação com indivíduos não
sem extração. Este desenvolvimento foi tratados, o desenvolvimento a longo prazo
significativamente pior do que nos de apinhamento antero-superior foi
indivíduos não tratados (Tabela IV, Fig.), favorável quando o tratamento incluiu
indicando a necessidade de uso extrações.
prolongado ou permanente de contenção 3. O espaçamento superior foi reduzido em
fixa, especialmente nesta categoria de indivíduos tratados e não tratados.
paciente. 4. Alterações a longo prazo nas arcadas
dentárias parecem depender em geral de
fatores de desenvolvimento, bem como
Conclusões: presença de tratamento ortodôntico e
associações com extrações dentárias.

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