A seleção natural proposta por Charles Darwin em 1832 é nos dias de
hoje a teoria mais aceita para explicar a evolução das espécies. De uma maneira resumida podemos dizer que todo e qualquer ser vivo busca sua sobrevivência e reprodução enquanto existe, talvez durante a evolução possa ter surgido alguma espécie que não busca sua sobrevivência ou a reprodução, no entanto automaticamente esta espécie morre ou não deixa herdeiros e está fadada à extinção.
“As características favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns em
gerações sucessivas de uma população de organismos que se reproduzem, enquanto características desfavoráveis se tornam menos comuns”.
Ainda nos dias de hoje é possível constatar a teoria evolucionista de
Darwin no nosso cotidiano; um bom exemplo a ser dado é a batalha entre antibióticos e bactérias. Não é atoa que o uso indiscriminado de antibióticos sem instruções médicas oferece riscos à saúde, pois as bactérias são seres que conseguem se reproduzir de forma relativamente rápida. Caso a dose de medicamento utilizado não seja suficiente para acabar com toda a colônia de Bactérias algumas conseguirão sobreviver gerando um novo grupo cada vez mais resistente ao remédio.
Se repararmos bem, absolutamente todo ser vivo à nossa volta se
comporta de maneira semelhante, incluindo nós seres humanos. Por mais que a evolução nos tenha feito animais racionais capazes de fazer escolhas que vão além da sobrevivência e procriação, é notório que o instinto seletivo está presente no nosso comportamento. Podemos usar como exemplo a comum atração feminina por homens mais fortes, inteligentes e criativos, o homem forte neste caso representa o poder e a disposição do caçador, de levar alimento para sua cria, a saúde e boa linhagem de seus descendentes, a inteligência e a criatividade às atrai no sentido de conseguir criar ferramentas e se desvencilhar de situações perigosas. Já o homem se atrai predominantemente por mulheres saudáveis com curvas, capazes de oferecer partos seguros, boa amamentação e saúde para sua prole. Mas os gêneros têm um instinto comum, ambos sedentos pelo sexo.
A essa altura já percebemos o quanto as espécies e a vida tentam se
perpetuar da melhor forma possível, buscando sempre gerar indivíduos geneticamente melhores, mais saudáveis e capazes de dar seguimento à vida e ao ciclo da procriação.
Caso Teocre esteja certa, nós tentamos instintivamente resistir evoluir e
sobreviver a todas as adversidades que o planeta terra sofre, porém uma delas é inevitável, o fim da nossa estrela e consequente fim do planeta que habitamos.
Ao enviar o código DNA da vida (chamada anteriormente de PPO) para
outro planeta habitável, concluo então que tentaremos colocar neste código o melhor exemplar possível, que possa dar origem à melhor espécie e ao melhor individuo, com a capacidade de perpetuar o ciclo da evolução e da vida.
Se analisarmos Teocre como um ciclo de sobrevivência e perpetuação
da espécie no qual a terra é apenas um estágio deste ciclo, não é difícil concluir que o universo nada mais é do que uma gigantesca seleção natural, onde somente poderão sobreviver aqueles que evoluírem suficientemente para serem capazes de conseguir deixar suas respectivas estrelas e perpetuarem a vida em outro planeta habitável formando indivíduos cada vez melhores e mais próximos da perfeição.
Estaria o universo em busca de um ser perfeito?
Caso esta afirmativa seja verdadeira, é plausível se pensar que talvez a
medicina e a ciência estejam de certa forma indo contra a seleção natural, pois quando você cura um paciente e faz com que ele continue vivo e sendo capaz de perpetuar o seu DNA através da reprodução, estamos permitindo que um ser com características desfavoráveis crie outros seres com características desfavoráveis, pois a medicina altera apenas as características dos fenótipos do individuo e não o seu DNA. Entramos então em um dilema social evolutivo, pois não encontramos ainda outra maneira de corrigir doenças genéticas de tal forma que modifique o genótipo do individuo, e pela ética construída pelo homem seria extremamente cruel simplesmente deixar os doentes padecerem para que não perpetuem seu gene. Enquanto por outro lado analisando como um todo, a evolução pode estar sendo comprometida, pois seres com características desfavoráveis prorrogam suas vidas através de recursos Medicinais, perpetuando assim genes desfavoráveis.
Seria este o motivo da bíblia pedir para que o enfermo recorra a Deus acima de tudo?
Recorrer a Deus poderia ser interpretado de duas formas:
1. Não procure ajuda médica, assim o indivíduo morre e a seleção natural
se fez competente ao impedir que uma característica ruim se propague para seus sucessores. 2. Não procure ajuda médica procure a Deus, pois a solução do problema está em Deus o nosso criador, respectivamente o nosso semelhante, capaz de recriar o gene da vida e concertar o problema deste individuo na sua raiz e não só no seu fenótipo.