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Sesi 109

Fernanda Pereira N° 4
Francisco Junior N° 5
Ian Lemos N° 10
João Vitor N° 12
Letícia Ambrosio N° 19
Lívia Pinheiro N° 20
Luiz Guilherme N° 22
Maria Eduarda Queçada N° 23
Maria Laura N° 25
Matheus Liporoni N° 28
Samir Elias da Silva N° 30
...

Contras Engenharia Genética


Debate de Biologia

Franca – SP
Maio de 2020
Argumentos Contra
 O experimento de Junjiu Huang que ao modificar o DNA de células germinativas
humanas, produziu alterações hereditárias que podem ser incorporadas ao
repertório genético de nossa espécie, onde os pesquisadores cruzaram um
limite que muitos acreditam não dever ser transposto.
 No artigo intitulado “Don’t Edit the Human Germ Line”, publicado pela Nature,
Edward Lanphier que mostra, na qual era para ser uma terapia gênica, com os
riscos da edição de células germinativas tornaram a edição genética de células
somáticas perigosa e eticamente inaceitáveis Também tem a possibilidade dos
microrganismos que são usados como "pontes" genéticas, transmitindo
material de uma planta a outra ou de um animal a outro, como podemos nos
certificar de que esse material não se espalhará para outras plantas ou animais
 Estamos no sentido de controlar e manipular a natureza. Mas talvez seja
necessário aceitarmos que há coisas sobre as quais não temos nem devemos
ter controle.
 O maior problema na análise de risco destes organismos gerados pela
biotecnologia, é que seus efeitos não podem ser previstos em sua totalidade. E
os riscos à saúde humana incluem os inesperados como, alergias, toxicidade e
intolerância.
 Genes que perdem a sua função ou até mesmo possui desordens genéticas,
podem resultar em doenças como a hemofilia ou diversos tipos de cânceres
 Em questão da barriga de aluguel durante a gestação, a mulher que é
responsável pela formação e modificação do líquido de seu endométrio, que
entra em contato com o embrião e altera inúmeras características importantes
do feto. E o endométrio muda se a mulher for obesa, fumar ou ingerir álcool
durante a gestação
 Em sua apresentação, Ruha Benjamin abordou a possibilidade de a edição
genética acirrar atitudes de discriminação em nossas sociedades, gerando
injustiças e desigualdades. Como exemplo, a pesquisadora discutiu o
chamado ableísmo ou capacitismo: o preconceito contra pessoas com alguma
deficiência física, tomando-se a ausência de deficiências o modelo de
normalidade. Nas palavras de Benjamin, a preocupação aqui é que pessoas com
deficiência sejam menos valorizadas em um nível social, conforme as
tecnologias genéticas se tornem mais comuns 26. Terapias de edição genética
reforçariam as atuais normas sociais, levando ao desempoderamento de
indivíduos cegos, surdos, cadeirantes, entre outros. Como lembrou a
pesquisadora, o desenvolvimento científico é permeado de valores e
interesses, podendo reproduzir relações de exclusão. 
 Na transferência lateral, os genes soltos no ambiente podem ser capturados
pelos organismos procariontes e serem incorporados no material genético
desses últimos, na qual a TLG pode atravessar barreiras entre espécies,
podendo até mesmo possuir o potencial de transmitir genes entre reinos de
seres vivos.
 Temos também a apresentação, Ruha Benjamin abordou a possibilidade de a
edição genética acirrar atitudes de discriminação em nossas sociedades,
gerando injustiças e desigualdades. Gerando o ableísmo ou capacitismo: que e
o preconceito contra pessoas com alguma deficiência física, tomando-se a
ausência de deficiências o modelo de normalidade. a idéia de Ruha leva ao
desempoderamento de indivíduos cegos, surdos, cadeirantes, entre outros.
Onde demonstra que o desenvolvimento científico é permeado de valores e
interesses, podendo reproduzir relações de exclusão.
 O gene CCR5 apesar de reduzir as chances de infecção pelo HIV, torna a pessoa
mais suscetível a contrair o vírus da doença do Nilo Ocidental
 Exemplos de modificações de genética que deram errado:
 O trabalho de Valentino Gantz e Ethan Bier, da Universidade da Califórnia
em San Diego, concluído em dezembro de 2014 e publicado em março na
revista Science. Os cientistas modificaram um gene, chamado yellow, de um
macho de Drosophila melanogaster (uma espécie de inseto) e o cruzaram
com uma fêmea selvagem. As mutações nesse gene alteram a coloração das
moscas, que se tornam mais claras. “Como o alelo era recessivo, as fêmeas
geradas deveriam ser selvagens, mas o alelo do macho mudou o alelo da
fêmea, e todas as descendentes eram de coloração amarela.” E uma vez
liberado no ambiente, esse indivíduo poderia fazer com que toda uma
população tivesse esse alelo”, diz Tatiana Teixeira Torres, docente do
Departamento de Biologia do IB. “A limitação é que não sabemos se o alvo
da mudança vai ser uma região só ou se isso vai se inserir numa região não
desejada do genoma e produzir um efeito não desejado que se espalhe para
a população inteira”.
 Em novembro de 2018, um cientista chinês chamado He Jiankui criou os
primeiros bebes geneticamente editados. Ele usou a tecnologia CRISPR para
introduzir mutações no gene chamado CCR5. Na teoria, se o gene CCR5 é
mutado ao ponto de não ser funcional, então o vírus HIV será incapaz de
entrar e destruir as células auxiliares. Se tudo for perfeitamente, ele terá
criado crianças que são imunes a AIDS. O problema é ele fez o procedimento
sem considerar as garotas gêmeas no experimento. Seguindo com o
procedimento depois que ele aprendeu que suas mutações nunca foram
testadas em animais. O teste em animais pelo menos teria determinado se o
novo gene CCR5 criaria uma proteína tóxica.
 A maioria das plantas transgênicas de primeira geração contém genes de
resistência a antibióticos. Nos últimos 20 anos, surgiram mais de 30 doenças na
espécie humana (AIDS, ebola e hepatites, entre outras). Além disso, houve o
ressurgimento de doenças como a tuberculose, malária, cólera e difteria com
muito mais agressividade por parte dos microrganismos patogênicos.
Paralelamente, houve um decréscimo na eficiência dos antibióticos. Como
tanto a recombinação como a transferência horizontal entre bactérias
aceleraram a disseminação contínua de regiões genômicas na natureza,
também entre os organismos causadores de doenças.
 Poluição genética se refere ao fluxo gênico que é indesejável, segundo alguns
ambientalistas e conservacionistas. Este tipo de poluição é conseqüência da
disseminação de genes de um organismo para outro através do uso
indiscriminado de técnicas de engenharia genética em conjunto com inputs
naturais da transferência genética. Tendo 3 implicações, A população nativa
pode ser extinta, os padrões de diversidade genética podem ser alterados, a
evolução da população nativa pode ser afetada.
 A noção de dominação que está sendo construída a partir da engenharia
genética, através dos conhecimentos científico-tecnológicos, onde o dominador
não precisa ser o que possui o maior exército e nem o melhor parque industrial,
mas aquele que detiver o controle dos mecanismos fundamentais de
manutenção e manipulação das diferentes formas de vida. E Trata-se de uma
noção transcendental, de ontológica, que nos concebe como parte da mesma
coletividade, para além de diferenças culturais e orgânicas
 Rabinow, o professor de Antropologia da Universidade da Califórnia, Berkeley
acredita que as experiências realizadas, e o discurso construído sobre o
aperfeiçoamento da raça humana, mostrando que elas não passaram de
metáforas biológicas, se comparadas com um novo momento vivido pela
humanidade, resultado dos avanços científicos na área da engenharia genética
que traz consigo a consolidação de um novo campo de investigação, a
sociobiologia
 Possíveis perguntas:
 Até que ponto podemos garantir que os alimentos produzidos são seguros e
não contêm riscos para a saúde e para o ambiente?
 Temos o direito de modificar geneticamente os seres vivos?
 O quanto podemos modificar geneticamente os seres vivos, seria até que
ultrapassemos a ética?
 A que interesses estarão servindo o conhecimento da engenharia genética,
além da sensação de superioridade?

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