Nós vamos falar sobre os temas e problemas da cultura científico-
tecnológica
A nossa apresentação vai estar dividida em dois temas:
O primeiro é os problemas éticos relacionados com o
aperfeiçoamento biológico do ser humano e o segundo tema é o problema moral da experimentação científica com animais
A reflexão científica para além de esclarecer o que é a ciência,
como esta evolui e debater os seus problemas metodológicos também se interessa pelos efeitos e impactos do desenvolvimento científico e tecnológico na vida humana e no mundo em geral, ou seja, existem questões éticas muito importantes associadas ao desenvolvimento da ciência como os problemas éticos associados com o aperfeiçoamento biológico do ser humano.
Tomemos como exemplo a seguinte questão: Gostaria de viver
mais de 100 anos com uma boa saúde e vitalidade? Gostaria de escolher o sexo do/a sua filho/a e escolher como são os seus traços físicos como a cor dos olhos e uma grande capacidade intelectual? De forma a ter mais hipóteses de sucesso no mundo competitivo, ou seja, evitando a lotaria genética, isto é, entre várias combinações possíveis de genes a criança nascerá com uma combinação aleatória, sem serem escolhidas as suas características, que podem ou não a beneficiá-las.
A bioética enfrenta um conjunto de questões que podem ser
sumariadas em duas perguntas. Quais os limites entre a eugenia negativa, ou seja, terapia e a eugenia positiva, ou seja, o aperfeiçoamento humano? E qual a validade do argumento segundo o qual a contraposição entre aquilo que cresceu atualmente e o que foi feito artificialmente é uma fronteira que deve ser preservada?
Em relação à primeira pergunta um dos argumentos avançados é o
de que se concordarmos que a deficiência deve ser evitada, também deveríamos concordar que devem ser postos em prática aperfeiçoamentos, uma vez que a deficiência e o aperfeiçoamento parece estar um continuum.
Se as condições incapacitantes constituem uma desvantagem no
que respeita a alternativas relevantes, as condições aperfeiçoadas constituem uma vantagem. Além disso, é fácil imaginar cenários em que não melhorar a condição de uma pessoa significa criar uma deficiência, por exemplo Se fosse desenvolvida uma vacina eficaz contra a sida aqueles que não estivessem protegidos estariam em desvantagem.
Com o desenvolvimento da medicina acredita-se que o
envelhecimento e a decadência do corpo irá ser adiado poderemos recuperar a visão, melhorar a memória e inteligência recorrendo a fármacos, a terapias genéticas e a vacinas genéticas podendo então eliminar doenças do indivíduo e da sua descendência como o cancro, o alzheimer e doenças cardiovasculares ou seja iria desligar o gene responsável por estas doenças e curá-las, ou seja, é a alteração radical da condição humana, da sua natureza biológica, que esta corrente propõe.
Os trans-humanistas apostam na ciência para alterar a natureza
humana, consideram que a humanidade está perante a possibilidade de ampliar e atualizar as suas potencialidades combatendo o envelhecimento, doenças deficiências cognitivas e físicas o sofrimento involuntário e no limite a morte por isso esta corrente propõe alteração radical da condição humana e da sua natureza biológica. Consideram que o estádio pós-humano eleva o humano a um nível superior de existência, libertando-o das limitações da natureza humana do estádio atual, em suma defendem a natureza pós-humana que é alvo de sérias críticas.
Para os bioconservadores, o aperfeiçoamento seria moralmente
condenável em dois sentidos: “o primeiro é que o aperfeiçoamento pode alterar ou até mesmo destruir a natureza humana. O segundo é que, se alterar ou destruir, isso vai comprometer a nossa capacidade de determinar o bem, no segundo em que ele é determinado pela nossa natureza”.
Resumindo, os bioconservadores defendem a indisponibilidade da
natureza humana para a artificialização, os três humanistas consideram que é próprio da natureza humana chamada, o que justificaria moralmente as iniciativas que promovessem tal mudança aperfeiçoadora.
Existem várias objeções entre elas:
- Devemos dar prioridade ao que é natural face ao artificial porque o
que é natural, em geral, é bom e o que não é natural é mau, isto é muito discutível, por exemplo um pôr do sol ou uma colheita abundante é algo bom mas uma enchente é algo mau podendo causar enormes perdas de vidas logo a natureza nem sempre é boa.Outro exemplo é caracterizar a prática a prática de medicina com grande tentativa de mudar o curso da natureza, pois as pessoas ficam naturalmente doentes. Se dessemos sempre prioridade ao natural teremos de renunciar à prática da medicina e as descobertas da ciência médica, concluindo as vacinas e os antibióticos.
- Ao querermos aperfeiçoar a natureza humana, estamos a “brincar
a deus “ e por isso a ser arrogantes Deus como criador e orientador do curso de tudo o que é natural, seria direitos exclusivos sobre a natureza ponto final a ideia de aperfeiçoamento genético de natureza humana seria uma usurpação de funções restritas A deus. Pode ser muito poderoso para os crentes, mas infelizmente convencerá os agnósticos ou os ateus.
- As intervenções técnicas da engenharia genética na natureza
humana são muito caras, e só os mais favorecidos poderão delas beneficiar por outro lado, não aceitar as contingências da loteria genética e fazer com que a natureza seja o resultado de escolhas controladas artificialmente reduziria o peso de valores como a humildade e a solidariedade. A valorização dos dons naturais de um atleta e de um cantor são bens de que não devemos dispensar.
Michael Sandel é um exemplo de um bioconservador que adota
uma postura preservacionista da natureza humana e considera a vida como uma dádiva que precisa ser valorizada. Ao se permitir a livre intervenção genética, retirar-se-ia esse caráter de dádiva e os indivíduos acabariam por se sentir possuidores de um poder maior sobre suas conquistas e suas vidas propriamente ditas.
Na nossa opinião existem mais pontos negativos do que pontos
positivos em relação a este tema. Achamos que usar a Biociência para aperfeiçoar o ser humano é algo perigoso pois pode levar a diversas consequências negativas. Por exemplo apesar de parecer bom a eliminação do sofrimento tanto físico quanto psicológico isto é eliminar maus como é que pressão e a síndrome do stress pós- traumático, esse tipo de alterações parece tocar na nossa essência naquilo que consideramos o cerne humano.
O segundo problema da cultura científico-tecnológica é o problema
moral da experimentação científica em animais. Existem algumas perguntas referentes a este tema. Os animais têm interesses que devemos respeitar? São por si dignos de consideração moral ou só os seres humanos merecem tal estatuto? Se atribuímos dignidade moral aos animais, em que nos baseamos para o faze? Será legítimo?
Uso de animais em pesquisas científicas é uma questão complexa
e divulgada pelos meios de comunicação, apesar do que as pessoas pensam os cientistas percebem o que estão a fazer debatendo o tema e procurando alternativas para reduzir o número de animais utilizados Mas existem casos em que o uso dos animais é indispensável Porém é feito hoje de acordo com normas éticas internacionalmente aceite e os próprios cientistas investigam novos métodos que permitem minimizar e eliminar essas necessidades
Conforme dados de 2017 Portugal utilizou mais de 40 mil animais e
a união europeia 9 milhões 80% dos animais são roedores ratos e cobaias criados para esta finalidade e os 10% são peixes anfíbios répteis e pássaros ainda existe um terceiro grupo que abrange coelhos cabras porcos bois melhor quantidade cachorros e gatos e Algumas espécies de macacos isto é como eu já disse me sentir o ser humano que o objeto de experimentação em pesquisas científicas para a preparação de medicamentos e controlo cuidado
Jeremy Bentham um dos primeiros filósofos a preocupar-se com o
bem-estar dos animais. A questão que propôs não a de os animais raciocinarem ou falarem, mas sim se estes podem sofrer. Depois de um século o francês Claude Bernard defendia o direito de fazer experimentos com animais e vivissecção, este dizia que temos esse direito de usar os animais para serviços caseiros e alimentação, mas proibíssemos o seu uso no ensino das ciências. Os experimentos devem ser feitos tanto no homem como os animais e os resultados obtidos em animais podem ser todos conclusivos para homem, quando sabemos como experimentar adequadamente. Estas duas observações defendem o ponto principal do problema. O progresso das ciências médicas biomédicas biológicas depende da experimentação em animais. Os defensores dos direitos dos animais argumentam que como estes são diferentes do ser humano, nada do que que se estuda nos ajuda a entender a nossa espécie. Porem este argumento é falso, porque todas as células vivem devido ao concerto de reações químicas muito semelhantes.
A experimentação animal permitiu descobertas e desenvolvimentos
importantes, por exemplo tratamentos que permitem os bebês prematuros ganharem peso rapidamente, técnicas para ensinar crianças com deficiências de aprendizagens, operações de transplantes de órgãos, vacinas, medicamentos para tratar depressões, ansiedade e a doença de Parkinson.
Muitas pessoas julgam errado submeter animais à dor e ao
sofrimento. É eticamente legitimo a experimentação com animais? Propomos que os pensadores se dividem em 3 grupos:
-A posição utilitarista de Singer defende que o domínio dos seres
humanos sobre os animais é moralmente injustificável o princípio que torna legítimo falar de igualdade dos direitos dos seres humanos, é o princípio da igual consideração dos interesses. Este deve de ser aplicado a todos os seres com interesses, porque tal como nós apresentam dor e prazer.
-O outro grupo apresenta a posição de Tom Regan que afirma que
os animais têm direitos morais. É uma tese deontológica sobre os direitos dos animais e do que ela se pode concluir, ou seja se é moralmente correta ou não a experiência com animais. Este defende o veganismo
-O último grupo defende a posição de Carl Cohen, este afirma que
os animais não têm direitos. Como Kant pensa que os animais não são por si dignos de consideração moral, não temos deveres diretos para com os animais, porque estes não são seres racionais.
Nós concordamos com o Peter Singer porque achamos que os
animais tem direitos tal como nós, pois sentem dor e prazer somos totalmente contra Carl Cohen porque mesmo os animais sendo irracionais devemos respeitá-los.