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NOMOS EGÍPCIOS

Por todo canto, em todo mundo.

BAIXO EGITO: No passado - O Baixo Egito sempre foi o mais industrializado, em parte porque se beneficiava
das ligações comerciais com o Oriente Médio, o Mediterrâneo e o norte da África. O Baixo Egito era
conhecido como Ta-Mehu e era (como o Alto Egito) dividido em áreas chamadas Nomes. Havia até 20 nomos,
embora variassem mais em número conforme o ambiente mudava com o tempo. A deusa padroeira do Baixo Egito
é Wadjet . Como resultado, a cobra também pode representar o Baixo Egito. Esta deusa foi referenciada
com Nekhbet (do Alto Egito) no nome 'Nebty' do Faraó (também conhecido como as 'duas senhoras'). No
entanto, o Baixo Egito também foi associado a Bast, Ptah, Nephthys, Neith e Hórus na mitologia e na
arte. A planta heráldica era o papiro, mas o Baixo Egito também era representado por uma abelha, como no
Prenome do Faraó, que começa com o epíteto “Ele da junça e da abelha” (significando aquele do Alto e
Baixo Egito). O faraó (e alguns dos deuses) usava a Coroa Vermelha (“deshret”) para mostrar seu poder
sobre o Baixo Egito. A coroa foi combinada com a Coroa Branca do Alto Egito para formar a Coroa Dupla
(“pschent”).

ALTO EGITO: No passado - O Alto Egito era conhecido como Ta-Shemau e era dividido em vinte e duas áreas
chamadas Nomes. Ta Shemau; Alto Egito. A deusa padroeira do Alto Egito era Nekhbet, e assim o Alto
Egito também pode ser representado por um abutre. Esta deusa aparece com Wadjet (do Baixo Egito) no nome
“Nebty” do faraó (também conhecido como as “duas damas”). No entanto, o Alto Egito também foi associado
a Isis, Hathor, Sekhmet e Set. O Alto Egito era associado à flor de lótus, mas também era representado
pela cana de junça, que é referenciada no Prenome do faraó, que começa com o epíteto “ele da junça e da
abelha” (significando ele do Alto e Baixo Egito). O Faraó (e alguns dos deuses) usava a Coroa Branca
(“hedjet”) para mostrar sua guarda do Alto Egito. Esta coroa foi combinada com a Coroa Vermelha do Baixo
Egito para formar a Coroa Dupla (“pschent”).

Nomos são distritos, regiões ou instalações seguros para semideuses (que são raros) e,
especialmente, magos egípcios. Nesse sentido, os nomos são vistos, sobretudo, como lugar de
aprendizado, sobre os deuses, monstros e principalmente as ritualísticas egípcias (tão
importantes para viver depois da morte), pode ter atividades em tempo integral ou não, depende
do tamanho e relevância do nomo, logo variam entre orfanatos, escolas, museus, casarões,
telecurso, etc. Há nomos tão desenvolvidos que viraram literalmente cidades, como é o caso de
Heliópolis, a capital da Casa da Vida, e o Casarão de Mama Granade, em Nova Orleans. O termo
se originou no Egito Antigo, quando o Egito foi dividido em quarenta e duas províncias. Nos
tempos modernos, o sistema agora é usado pela Casa da Vida e se expandiu globalmente com um
total de trezentos e sessenta nomos. A maioria está localizada em cidades, enquanto algumas
estão localizadas em áreas isoladas ou estados totalitários, pois são consideradas atribuições
de punição, como é o caso da Sibéria. Quanto à localização, costuma haver um por país ou,
dependendo do tamanho da nação, um por estado. São Nomos conhecidos:

Nomo de Washington D. C., Capital dos Estados Unidos


(Heliópolis) - Sob a sede do poder norte americano,
tem como entrada um elevador secreto no Monumento de
Washington que leva o mago à grandiosa capital
egípcia, uma réplica do Cairo de tempos antigos,
propagando no tempo a história do 15º Nomo do Baixo
Egípcio, outrora religioso, hoje, mais político.
Atualmente, diz respeito à capital do Alto Egito, por
uma questão geográfica dos Estados Unidos, e já não
tem Rá como seu grande protetor como outrora. Desde a
morte permanente de Rá, quando do declínio do Egito,
passou a corresponder a Hórus, o novo Rei. Locais: O
Grande Obelisco; O Palácio Faraônico, que abriga os
salões das Eras, o Trono e os aposentos reais; O
esquecido templo de Rá, Suq el-Khamis. Liderança: Logan Galloway e Katherine Granade; Patrono:
Rá (antigamente), Nekhebet e Hórus.
Nomo de Londres, Inglaterra - Uma Barca-Solar,
disfarçada de Passeio Turístico intitulado o
Yellow-Submarine, está em constante movimento
sobre o Tamisa e guarda, em seu seio, um grande
segredo: um nome inteiro repleto de magos
excepcionais treinados pelos Sacerdotes de Rá,
mais tradicionais, se opuseram à mudança para o
Novo-Mundo, boa parte deles trabalha no museu
Britânico e, assim, prosseguem os serviços de
preservação arqueológica no Cairo. Seu ponto de
parada é junto à Agulha de Cleopatra, sempre
protegida pela imagem de duas grandes esfinges.
Diferente de outros nomos, só fornecem
residência, mas tão somente lições de diferentes
disciplinas durante a manhã e à tarde. Apenas os sacerdotes de Rá habitam ali. Locais:
Adentrando ao submarino por uma escada em espiral, encontra-se o Hall de Estrada, circular,
ornamentado com vasos de plantas dourados, poltronas para leitura, mesas de jogos com
tabuleiros, especialmente gamão e alguns investigations, sofás com almofadas e uma bela
lareira ao lado da qual repousa uma vitrola tocando beatles. Conectadas pelo longo corredor
após a escada em espiral estão: Duas salas de aula; A sala de jantar; Biblioteca; Laboratório
de Imhotep, em honra a um dos mais afamados Sumo-Sacerdotes de Rá, conta com uma escultura do
deus, mesas de trabalho para escribas e projetista, bem como computadores; ao final do
corredor, vê-se a porta selada para o Templo de Rá; antes dessa, de frente uma para a outra,
vê-se a diretoria e a sala dos professores. Liderança: Basílio; Patrono: Rá.

Nomo de Nova Orleães, Luisiana - O Nomo de Nova


Orleans está guardado em uma das esquinas no
French Quarter, rente à uma beco movimentado,
especialmente, pelos bares e os músicos de Jazz
que, em sua maioria, sequer desconfiam da
verdadeira razão de tanto movimento na Lojinha de
Ocultismo “Casa Grande de Mama Granade”. Para além
das cortinas e da porta da pesada porta negra
emoldurada por serpentes que é dita reservada aos
funcionários, encontra-se uma terra incógnita
esplendorosa que consiste em uma grande praça
central, bastante arborizada, com bancos e um lago pantanoso no centro do qual se eleva um
palácio egípcio, que serve de escola e residência aos novos magos. Quatro ruas ladeiam a
praça, formando um quadrado perfeito, para além das calçadas às suas margens se encontram
“paredões” compostos por apartamentos, lojas e restaurantes com estilo criolo amontoados uns
sobre os outros. Tratam-se de 5 níveis de construção, todos conectados por pontes de metal
floreadas e bondinhos flutuantes que cortam o cenário de um canto a outro, atravessando
varandas, mergulhado rumo á piscina natural que circunda o Palacete e atravessando mesmo as
grossas paredes do mencionado monumento. Liderança: Mama Devone Granade; Patrono: Uadjet.

Outros Nomos: Nova Iorque; Dallas; Chicago; Toronto; Rio de Janeiro; Paris; Cidade do México;
Lisboa; Tóquio; Cuba; São Petersburgo; Sibéria; Antártida; Pyongyang.
CARGOS:

Faraó: Título usado para se referir a qualquer governante, geralmente do sexo masculino, do
reino egípcio no período pré-cristão e pré-islâmico que voltou a ser utilizado com a
restauração do Egito por Namer II, pai de Thaddeus, na década de 1950. No passado, dizia-se
que os faraós eram a reencarnação de Hórus, uma afirmação equivocada visto que, na verdade,
o deus Hórus no passado, não podendo mais interferir no mundo mortal pessoalmente, fazia os
faraós de anfitriões e usufruía de seus corpos e regalias para auxiliam na condução do
Egito. Apesar disso, faraós com devoções distintas, inclusive a Set e Rá, passaram pelo
trono, não sendo uma regra a associação ao deus-falcão.Entre os faraós, muitos podem ser
citados: Khufu construir a Grande Pirâmide de Gizé; Hatshepsut detentora do título de faraó
feminina mais bem-sucedida a ascender ao trono do Egito; Thutmose amplamente conhecido como
o “Napoleão do Egito”, Tutmés teve uma vasta lista de realizações e conquistas militares;
Ramsés II, egípcios costumam chamá-lo de “o grande ancestral”; Amenhotep III, lembrado como
de glória artística e prosperidade; Djoser, conhecido por sua contribuição para a
construção da famosa Pirâmide de degraus de calcário em Saqqara; Cleópatra VII ou Cleópatra
Filopator foi o último faraó do Reino Ptolemaico quem, tentando hospedar a deusa Íris,
ensejou a queda do Egito e a aversão ao Caminho dos Deuses.

Sumo-Sacerdote: É o grande chefe da Casa da Vida, que adminsitra, junto aos Sacerdotes Sem,
todos os 360 nomos espalhados pelo mundo. Conhecido como o grande amigo dos deuses, assim
é, especialmente, quando estão retirados no Tuat, pois responsável por manter sua devoção
viva, servindo como eixo entre o mortal e o sagrado. Nesse camino, ao passo em que o faraó
é autoridade política, ele é a autoridade religiosa, logo, mago chefe do faraó e seu braço
direito. Atual sumo-sacerdote: Logan Galloway.

Adoratriz Divina: Cargo feminino com relevância equivalente ao do Sumo-Sacerdote, com quem
divide os encargos de capitanear a Casa da Vida, especialmente no que tange às visitas aos
nomos e ao próprio Tuat o que permite ao Sumo-Sacerdote permanecer sempre á disposição na
sede do poder egípcio. Dirige-se à principal sacerdotisa de todo o reino. Atual adoratriz
divina: Katherine Granade.

Sacerdote Leitor: ou literalmente Portador do Livro dos Rituais (em egípcio antigo:
ẖry-ḥb.t ) é um cargo restrito aos anciões da Casa da Vida responsáveis por proteger o
conhecimento antigo, entre fórmulas e rituais, bem como por orientar o conselho da Casa,
composto pelo Sumo-Sacerdote e os Sem. São escolhidos pela experiência, sendo os mais
proeminentes praticantes de "magia" (heku) com domínio de todos os ramos da magia,
especialmente, da magia escrita. São os guardiões do conhecimento secreto e os executores
de incríveis feitos mágicos. Os sacerdotes leitores usam uma faixa no peito que indicava
sua posição.

Sacerdote Sem: Era um antigo título ocupacional religioso egípcio. Os sacerdotes Sem
realizavam rituais funerários como a cerimónia de Abertura da Boca. Enquanto os
embalsamadores envolviam o cadáver mumificado, os sem sacerdotes recitavam os encantamentos
que garantiriam a vida eterna ao falecido. O padre sem é reconhecível por seu manto de pele
de leopardo e por sua peruca curta, que é usada com uma mecha distinta. Atualmente,
trata-se da designação do mais experiente feiticeiro do Nomo, também responsável por seus
principais ritos e cerimônias. São exemplos: Basil Reedlaw; Devone Granade.

Sacerdote Wab: Ao passo em que os Sacerdotes Sem conduzem os ritos, os sacerdotes wab são
seus auxiliares, como um vice-comandante, encarregados da organização, especialmente da
infraestrutura do Nomo e das cerimônias e rituais. Substituem o Sem quando ausente e
costumam sucedê-lo após sua morte. Apesar de tratar-se de um cargo mais baixo, é bastante
estimado na sociedade egípcia por sua imprescindibilidade.

Portador de braseiro: É um antigo título ocupacional egípcio mantido por sacerdotes. Um


braseiro compreende uma grelha ritual portátil de quatro lóbulos, ou uma boa churrasqueira,
com uma função importante durante oferendas religiosas e ritos funerários. Eles eram usados
para queimar incenso ou oferendas de comida a uma divindade ou ao falecido.

Escribas: São magos habilidosos especializados na magia hieroglífica cujo poder é medido
pela quantidade de Palavras Divinas que podem proferir uma vez que isso se relaciona à
amplitude de sua capacidade de manipular a realidade ao seu redor. Um escriba na Casa da
Vida aprendeu a invocar a magia simplesmente escrevendo ou dizendo palavras mágicas e sua
grande finalidade é tornar-se um Sacerdote-Leitor.
Cançonetista: Também chamadas tocadoras de Sistrum (Egípcio Antigo: šmꜥyt) são as
feiticeiras encarregadas dos cânticos e hinos direcionados aos deuses bem como da
manutenção da harmonia entre membros do nomo.

Sacerdote: Em egípcio antigo ḥm-nṯr, é um título ocupacional altamente valorizado que só


pode ser concedido pelo Sumo-Sacerdote ou pelos deuses na ocasião em que consagra um mago
em seu Caminho Divino. O equivalente feminino do título é Sacerdotisa.

Iniciados: São magos e magas em treinamento.

ALMA EGÍPCIA:Os antigos egípcios acreditavam que a alma humana era composta de cinco partes:
ren, ba, ka, sheut e ib. Além desses componentes da alma havia o corpo humano, que, em vida,
era chamado de khet ou iru, em referência à forma ou aparência; no momento da morte, o cadáver
era chamado de khat; uma vez mumificado, o cadáver era chamado de sah. A mumificação era
considerada a transfiguração do corpo em um corpo novo, “cheio de magia”.

Ib (coração) Ren (nome)


Acreditava-se que o ib, o coração Como parte da alma, o ren (nome) da pessoa
metafísico, formava-se a partir de uma gota lhe era dado no momento do nascimento. Para
de sangue do coração da mãe da criança, no os egípcios, ela viveria enquanto seu nome
momento da concepção. Para os antigos fosse dito, o que explica o empenho em
egípcios, o coração era a sede da protegê-lo e a prática de inseri-lo no maior
inteligência, criador de todos os número possível de escritos. Por exemplo,
sentimentos e atos e depósito da memória. uma parte do Livro das Respirações, derivado
Por isso era a chave para a vida após a do Livro dos Mortos, era um meio de
morte, pois sobrevivia à morte e assegurar a sobrevivência do nome. Muitas
testemunhava a favor ou contra seu vezes se usava um cartucho (o shenu) para
possuidor, na cerimônia de sua pesagem: se cercar o nome e protegê-lo. Por outro lado,
pesasse mais do que a pena de Maat, era os nomes dos inimigos do Estado, como
imediatamente devorado pelo monstro Ammit. Akhenaton, eram eliminados dos monumentos,
Por isso também era o único órgão interno como uma forma de damnatio memoriae. Outras
mantido no lugar, dentro da cavidade vezes, a remoção de nomes visava a abrir
corporal, no processo de mumificação. espaço para a inserção do nome de um
sucessor, sem precisar construir outro
Ba (personalidade) monumento. Quanto maior o número de lugares
O ba era o que tornava cada indivíduo único, em que o nome figurasse, maiores as chances
similar à noção de “personalidade”. Nesse de sua sobrevivência por meio de sua leitura
sentido, objetos inanimados também podiam e enunciação
ser dotados de ba; no Antigo Império, por
exemplo, as pirâmides eram muitas vezes Sheut (sombra)
consideradas bas de seus proprietários. Esse A sombra ou silhueta, sheut, sempre
aspecto da alma sobreviveria à morte do presente, contém algo da pessoa que
corpo, sendo às vezes descrito como um representa — e por isso as estátuas de
pássaro com cabeça humana que voava para pessoas e divindades eram por vezes chamadas
fora do túmulo para se juntar ao ka na vida de “sombras”. Também estava associada à
após a morte. No Livro dos Sarcófagos, uma morte ou como serva de Anúbis, e sua
forma do ba subsiste à morte em sua representação gráfica era uma figurinha
corporalidade, comendo, bebendo e copulando. humana inteiramente negra. Em geral, os
A idéia de uma existência puramente faraós tinham uma caixa em que parte de sua
imaterial era tão estranha ao pensamento sheut era armazenada.
egípcio que, quando o cristianismo se
difundiu no Egito, foi preciso tomar
emprestada a palavra grega psique para
descrever o conceito de alma, em vez do Akh (união pós-morte de ba e ka)
termo ba. Outro modo de existência do ba do O akh, que significa “o (magicamente)
falecido, descrito no Livro dos Mortos, é eficaz”, era um conceito que apresentou
retornar à múmia e participar em forma variações no decorrer da longa história das
não-corpórea da vida além-túmulo, fazendo crenças egípcias. Foi associado ao
eco à teologia solar segundo a qual Rá era pensamento, mas não como uma ação da mente,
renovado todas as noites mediante sua união e sim como o intelecto enquanto entidade
com Osíris. viva. Também desempenhava um papel na vida
após a morte: após a morte do khat (o corpo
Ka (vitalidade) físico), ba e ka se uniam para reanimar o
O ka era o conceito egípcio de essência akh, o que porém só seria possível se fossem
vital, aquilo que distingue os vivos dos executados os ritos funerários apropriados,
mortos; a morte se dava quando o ka deixava seguidos de ofertas constantes; o ritual
o corpo. Se Cnum criava os corpos de denominava-se se-akh, “converter (o morto)
crianças em seu torno de oleiro e os inseria em um akh (vivo)”. O akh seria a forma
nos corpos de suas mães, cabia a Heket ou plenamente ressuscitada e glorificada do
Meskhenet engendrar o ka de cada um e falecido na vida após a morte. Muitas vezes
insuflar-lhes o sopro vital no momento do traduzido como “espírito” ou “forma do
nascimento, como a parte de sua alma que os espírito”, o akh é representado pelo íbis
fazia viver. Contudo, o ka era sustentado nos hieróglifos. Como membro do céu
por comida e bebida — daí as oferendas de estrelado, conhecido como akh-akh, o
alimentos e bebidas para os mortos, ainda falecido estava livre para vagar pela terra.
que o que era consumido fosse seu kau, não Após a união bem-sucedida entre o ba e seu
seu aspecto físico. O ka costumava figurar ka, o akh era permanente, e seguia
na iconografia egípcia como uma segunda inalterado por toda a eternidade.
imagem do indivíduo, o que levou alguns dos Todavia, o risco de uma segunda morte — e
primeiros estudiosos a tentar traduzi-lo essa seria definitiva — estava sempre
como “duplo”. Como o ka precisava de um presente; a literatura funerária tinha
substrato físico que lhe servisse de lugar justamente por finalidade ajudar o morto a
de repouso, além da preocupação com a “não morrer pela segunda vez no submundo” e
preservação do corpo os egípcios lançavam “conceder-lhe memória perene”; nesse
mão também de estatuetas de madeira ou pedra sentido, na XIX e XX Dinastias o akh chegou
para cumprir esse papel – e que por vezes a ser visto como uma espécie de fantasma ou
levavam o hieróglifo do ka (um par de braços “ente morto”. Conforme as circunstâncias, o
erguidos) sobre a cabeça, a fim de reforçar akh podia fazer bem ou mal aos vivos —
sua finalidade. Como os egípcios acreditavam causando, por exemplo, pesadelos,
que elas poderiam perceber o mundo, eram sentimentos de culpa, doenças, etc. Podia
cerimonialmente trazidas à vida por ser evocado por orações ou cartas, deixadas
sacerdotes em um ritual chamado de Cerimônia na capela de oferendas do túmulo, a fim de
da Abertura da Boca, em que a boca, os ajudar os membros vivos da família, por
olhos, o nariz e os ouvidos eram tocados com exemplo, intervindo em disputas, apelando a
instrumentos rituais para conferir à outros mortos ou divindades com autoridade
estatueta as capacidades da respiração, não só para afetar favoravelmente os eventos
visão, olfato e audição. terrenos, como também para infligir
castigos.

MAGIA EGÍPCIA:
Esses elementos fundamentam a prática mágica egípcia, conhecida como Ḥeka, como o
éter alimenta as dádivas, e podem ser utilizados para manipular a realidade ao redor do
feiticeiro com auxílio dos aparatos adequados como: Cajados e Kopeshes, extraordinários para
ataque; Varinhas curvadas de Marfim, especialmente eficazes para proteção; Pergaminhos, melhor
método para conjurar hieróglifos complexos embora essas fórmulas possam ser imbuídas em
shabtis e amuletos.

Magia Hieroglífica - através da ativação das chamadas “Palavras Divinas” , isto é,


hieróglifos, geralmente escritos em pergaminhos ou mediante o auxílio de cajados e
varinhas. É o mais amplo ramo da magia e pode ser utilizado em todos os demais,
sobremaneira como senhas de ativação. Em suma, consiste no emprego de fórmulas
mágicas para a manipulação da realidade ao seu redor, tendo fins funcionais,
defensivos ou de combate. Por tratar-se de uma arte complexa, poucos dominam
muitas palavras e, quem o faz, é alvo de grande reconhecimento. Só os mais
poderosos magos podem usar Palavras Mágicas sem instrumentos, isto é, apenas
verbalmente.

Magia Estatuária - Forma essencial do emprego de shabtis (“responsável”),


estatuetas que, acionadas por um mago, ganham vida e, sob seus comandos, realizam
uma série de tarefas, desde lavar a roupa até travar suas batalhas. Também
desfrutando dos ofícios e das artes, pode-se incluir aqui os sau, artesãos mágicos
que sabem fazer amuletos, anéis e outros itens poderosos. Eles nem sempre são os
mágicos de combate mais rápidos, mas podem fazer ferramentas incríveis para ajudar
em uma luta.

Magia Simpática - Um ramo abrangente da magia associado aos sentimentos e ações de


outra pessoa que não o mago. Pode ser utilizada através de shabtis com
representação da vítima em rituais de execração ou maldições similares ao voodoo.
Igualmente, relaciona-se à hipnose, através de instrumentos como cajados em forma
de serpente, bem como à manipulação de emoções, característica das cançonetista
que se utilizam do šmꜥyt (sistrum).
Magia Funerária - Conectada à esfera morte, consubstancia-se nos ritos de
embalsamento e outros processos fúnebres do Egito Antigo. Nesse caminho, mágicos
habilidosos podem produzir múmias ou convocar espíritos dos mortos para responder a
perguntas ou realizar tarefas, até mesmo assombrar os sonhos das pessoas! Os
espíritos dos mortos eram forças importantes no Egito Antigo, e o necromante pode
usar essas forças ou afastá-las conforme necessário.

Magia Apotropaica - Associa-se à magia estatuária pelo emprego de imagens


assustadoras ou perigosas e amuletos, mas distingue-se pela abrangência e finalidade:
Afastar o mal e proteger vivos ou corpos falecidos. Nessa empreitada, também são
utilizados ritos, gestos e elementos como a varinha e a aspersão de água.

Magia Elemental - Esse tipo de magia diz respeito à natureza física que abarca
diversas esferas como água, fogo, céus, fertilidade, lua, sol, a flora e a fauna.
Habitualmente, magos elementalistas se aplicam a um determinado elemento, visto maior
domínio derivado da especialização. Destaca-se que aqui estão incluídos especialmente
os agricultores e encantadores de animais. Nunca mexa com eles sob pena de encontrar
seus cereais matinais embolorados ou um escorpião em seu saco de dormir.

Magia Combativa - Como narra os historiadores, houve uma era em que Netjer caminhava
com os homens, com tamanhos colossais e cabeças animalescas, fato que inspirou a
criação da Magia Combativa que envolve o uso de um avatar que engloba o usuário em
uma grande armadura mágica através da qual se pode bater e esmagar oponentes em
pedacinhos. Não sendo a forma mais sutil de magia, os magos de combate requerem muita
resistência e força. Se você gosta da ideia de se tornar um rolo compressor mágico
que pode quebrar paredes e atravessar exércitos, esta disciplina é para você.

Magia Profética - Um dom raro, os adivinhos podem prever o futuro. Este é um caminho
perigoso e pode levá-lo a um destino terrível, mas se você é um adivinho,
provavelmente já sabia disso.

Magia Curativa - A Casa da Vida recebeu esse nome por sua capacidade de curar doenças
com magia. Nos tempos antigos, medicina e magia eram a mesma coisa. Os curandeiros
mágicos, sunu, podem curar todos os tipos de feridas e doenças. Se você tiver o toque
curador, talvez possa se tornar um sunu. Esta é uma disciplina muito popular e
respeitada.

Ḥeka propriamente dita - Aqui, as partes da alma são manejadas em sua forma mais
pura, como é o caso do uso do Ba para projeções astrais; Ren para colher os
benefícios do alastramento de sua lenda; Ka para, não gastando éter, usufruir de sua
energia vital para acessar dádivas em momentos de extrema necessidade.

CAMINHO DOS DEUSES: Forma de magia proibida até a década 1950, quando utilizada por Namer II
para tornar-se o Olho de Hórus e levantar um novo reinado egípcio. Consiste no estudo e
conexão com o caminho de um dos deuses que, querendo, permite que o mago extraia poder mágico
diretamente de seu éter, fórmula que, apesar de arriscada vistas ao empuxo resultante da
intervenção divina, e até hoje mal vista, pela grande valorização do Ma’at pelo Netjer, pode
manter o poder de um deus ativo, ainda que residindo no Tuat, o que soa menos problemático do
que a criação de filhos meio-divinos. Com o Caminho dos Deuses, um mágico de combate sacerdote
de Hórus, por ex., pode recorrer ao poder de Hórus, deus da guerra, para se tornar imbatível
em combate. No passado, o objetivo final desta relação era se tornar o “olho” do deus – uma
combinação perfeita de vontade mortal e poder divino, o que é capaz de tornar um deus ainda
mais poderoso por tratar-se de um ser que se retro alimenta no ciclo de adoração e apoteose,
logo, absoluta e unissonamente proibido por todos os nomos. Deuses costumam ter poucos
feiticeiros gozando de seus caminhos, quais são selecionados pela personalidade, talento e
aplicação aos estudos antigos. Você não escolhe seu Caminho, o Caminho escolhe você!

SEMIDEUSES E MAGOS: Semideuses nascidos de deuses Egípcios são raríssimos, pois sendo
compondo um dos panteões mais antigos e conscientes, primam pela autopreservação e
manutenção da ordem (Ma'at) que é naturalmente quebrada pela intervenção dos deuses no
mundo mortal. Em regra, portanto, sujeitos relacionados ao Netjer são mortais que usam
magia, logo, magos. Há ainda aqueles que, não sendo semideuses, estão vinculados ao sagrado
por laços de sangue, mortais cuja linhagem alcançam os faraós, esses sujeitos, em tempos de
instabilidade, são opções legítimas ao trono do Egito, mais do que isso ostentam mais
domínio da magia podendo, no ápice do caminho de um deus, hospedá-lo em seu corpo.

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