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EM SANTA CATARINA
CURITIBA / PR
JUNHO / 2008
CONTEÚDO
Pág.
1 - APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 1.1
2 - DIAGNÓSTICO DO MEIO BIOLÓGICO........................................................................ 2.1
2.1 - Vegetação............................................................................................................... 2.1
2.1.1 - Nomenclatura e Diversidade Fitofisionômica da Vegetação Costeira
Brasileira........................................................................................................... 2.2
2.1.2 - Vegetação do Nordeste de Santa Catarina - Região de São
Francisco do Sul ............................................................................................... 2.5
2.1.2.1 - Vegetação Litorânea - Mangues ou Formações Pioneiras
de Influência Flúviomarinha e Restinga ou Formações
Pioneiras de Influência Marinha .............................................................. 2.5
2.1.2.2 - Floresta Pluvial das Planícies Quaternárias Setentrionais - Floresta
Ombrófila Densa de Terras Baixas......................................................... 2.5
2.1.3 - Metodologia ...................................................................................................... 2.5
2.1.4 - Resultados e Discussão ................................................................................... 2.9
2.1.4.1 - Fitofisionomias do Parque Estadual Acaraí ............................................. 2.9
2.1.4.1.1 - Formações Pioneiras ..................................................................... 2.11
2.1.4.1.2 - Floresta Ombrófila Densa .............................................................. 2.17
2.1.4.1.3 - Síntese dos Perfis de Vegetação do Parque Estadual Acaraí........ 2.22
2.1.4.2 - Florística do Parque Estadual Acaraí .................................................... 2.22
2.1.5 - Conclusões..................................................................................................... 2.26
2.2 - Fauna ................................................................................................................... 2.28
2.2.1 - Ictiofauna ........................................................................................................ 2.29
2.2.1.1 - Metodologia .......................................................................................... 2.31
2.2.1.2 - Resultados e Discussão........................................................................ 2.33
2.2.1.2.1 - Riqueza de Espécies por Áreas Amostrais e Ecossistemas
Pesquisados .................................................................................. 2.33
2.2.1.2.2 - Espécies Endêmicas dos Ecossistemas Regionais
Identificadas .................................................................................. 2.34
2.2.1.2.3 - Espécies Raras e Ameaçadas de Extinção.................................... 2.34
2.2.1.2.4 - Espécies de Interesse Científico e Conservacionista ..................... 2.35
2.2.1.2.5 - Espécies de Interesse Econômico e Cultural ................................. 2.35
2.2.1.2.6 - Espécies Migradoras ou Reofílicas ................................................ 2.36
2.2.1.2.7 - Espécies Exóticas e Potencialmente Danosas .............................. 2.36
2.2.1.2.8 - Espécies Indicadoras de Qualidade Ambiental Identificadas ......... 2.36
2.2.1.2.9 - Áreas de Relevante Interesse Identificadas ................................... 2.37
2.2.1.2.10 - Pressões Sofridas pela Ictiofauna na Região de Estudo.............. 2.37
i
2.2.1.2.11 - Avaliação da Efetividade do Parque para a
Proteção da Ictiofauna ................................................................. 2.39
2.2.1.3 - Conclusões ........................................................................................... 2.40
2.2.2 - Herpetofauna .................................................................................................. 2.40
2.2.2.1 - Estado do Conhecimento da Herpetofauna na Região
Atlântica do Norte do Estado de Santa Catarina .................................. 2.41
2.2.2.2 - Métodos ................................................................................................ 2.41
2.2.2.3 - Resultados e Discussão ........................................................................ 2.43
2.2.2.3.1 - Riqueza de Espécies e Aspectos Biogeográficos Regionais.......... 2.43
2.2.2.3.2 - Espécies Endêmicas e de Interesse Científico............................... 2.54
2.2.2.3.3 - Espécies Ameaçadas .................................................................... 2.54
2.2.2.3.4 - Espécies Peçonhentas .................................................................. 2.55
2.2.2.3.5 - Pressões Sofridas pela Herpetofauna na Região de Estudo.......... 2.56
2.2.2.3.6 - Identificação e Delimitação de Áreas de Maior Relevância
Local para a Conservação de Espécies, Populações
e Comunidades Herpetofaunística ................................................. 2.56
2.2.2.3.7 - Avaliação da Efetividade do Parque Estadual Acaraí
para a Proteção da Herpetofauna ................................................. 2.56
2.2.2.4 - Conclusões ........................................................................................... 2.59
2.2.3 - Avifauna.......................................................................................................... 2.59
2.2.3.1 - Estado do Conhecimento da Avifauna de Santa Catarina ..................... 2.60
2.2.3.2 - Métodos ................................................................................................ 2.62
2.2.3.3 - Resultados e Discussão ........................................................................ 2.63
2.2.3.3.1 - Esforço de Amostragem................................................................. 2.63
2.2.3.3.2 - Riqueza do Grupo na Área de Estudo............................................ 2.66
2.2.3.3.3 - Espécies Ameaçadas de Extinção ................................................. 2.74
2.2.3.3.4 - Espécies de Interesse Econômico e Cultural ................................. 2.74
2.2.3.3.5 - Espécies Migratórias...................................................................... 2.74
2.2.3.3.6 - Pressões Sofridas pela Avifauna na Região de Estudo ................. 2.74
2.2.3.3.7 - Relevância dos Estudos e Identificação de Áreas
Prioritárias para a Conservação da Avifauna Regional ................. 2.75
2.2.3.4 - Conclusões ........................................................................................... 2.78
2.2.4 - Mastofauna Terrestre...................................................................................... 2.80
2.2.4.1 - Estado do Conhecimento da Mastofauna na Região
Atlântica do Norte do Estado de Santa Catarina ................................... 2.80
2.2.4.2 - Metodologia........................................................................................... 2.80
2.2.4.3 - Resultados e Discussão ........................................................................ 2.82
ii
2.2.4.3.1 - Riqueza por Ambiente ................................................................... 2.85
2.2.4.3.2 - Representatividade da Fauna em Relação à Região
Nordeste do Estado de Santa Catarina......................................... 2.85
2.2.4.3.3 - Pressões Sofridas pela Mastofauna na Região de Estudo............. 2.86
2.2.4.3.4 - Áreas de Relevante Interesse Identificadas
para Mastofauna Terrestre ............................................................ 2.86
2.2.4.3.5 - Avaliação da Efetividade do Parque para a Proteção
da Mastofauna Terrestre............................................................... 2.89
2.2.4.4 - Conclusões ........................................................................................... 2.89
2.2.5 - Mastofauna Marinha ....................................................................................... 2.89
2.2.5.1 - Estado do Conhecimento sobre Mamíferos Marinhos ........................... 2.90
2.2.5.2 - Metodologia .......................................................................................... 2.91
2.2.5.3 - Resultados e Discussão........................................................................ 2.91
2.2.5.3.1 - Riqueza do Grupo na Área de Estudo ........................................... 2.91
2.2.5.3.2 - Parâmetros Relativos de Abundância das Espécies ...................... 2.93
2.2.5.3.3 - Espécies Ameaçadas de Extinção ................................................. 2.93
2.2.5.3.4 - Espécies de Interesse Econômico e Cultural ................................. 2.95
2.2.5.3.5 - Espécies Migratórias...................................................................... 2.95
2.2.5.3.6 - Espécies Vetores de Endemias ..................................................... 2.96
2.2.5.3.7 - Áreas de Relevante Interesse Identificadas ................................... 2.96
2.2.5.3.8 - Pressões Sofridas pelos Mamíferos Marinhos na
Região de Estudo .......................................................................... 2.96
2.2.5.3.9 - Avaliação da Efetividade do Parque Estadual Acaraí
na Proteção dos Mamíferos Marinhos .......................................... 2.98
2.2.5.4 - Conclusões ........................................................................................... 2.98
3 - DOCUMENTOS CONSULTADOS ................................................................................ 3.1
iii
LISTA DE TABELAS
Pág.
iv
LISTA DE FIGURAS
Pág.
Figura 2.01 - Localização das Áreas Amostradas no Levantamento da Vegetação ......... 2.8
Figura 2.02 - Mapa de Cobertura Vegetal do Parque Estadual Acaraí............................ 2.10
Figura 2.03 - Classificação das Espécies Amostradas na Restinga Arbóreo
Arbustiva, Segundo Ordem Decrescente de Densidade Relativa (DR)....... 2.15
Figura 2.04 - Classificação das Espécies Amostradas na Restinga Arbóreo
Arbustiva, em Ordem Decrescente de Dominância Relativa (DoR) ............ 2.15
Figura 2.05 - Classificação das Espécies Amostradas na Floresta Ombrófila
Densa de Terras Baixas, em Ordem Decrescente de Densidade
Relativa (DR) .............................................................................................. 2.19
Figura 2.06 - Classificação das Espécies Amostradas na Floresta Ombrófila
Densa de Terras Baixas em Ordem Decrescente de
Dominância Relativa (DoR) ........................................................................ 2.20
Figura 2.07 - Perfil Esquemático do Gradiente Vegetacional e dos Tipos de
Solos de Cada Formação Vegetacional Registradas no Parque ................ 2.23
Figura 2.08 - Áreas de Concentração de Peixes Identificadas no Parque, como
de Relevante Interesse para Preservação e Pesquisa ............................... 2.38
Figura 2.09 - Áreas de Relevante Interesse para a Conservação
de Anfíbios no Parque ................................................................................ 2.57
Figura 2.10 - Áreas de Relevante Interesse para a Conservação
de Répteis no Parque................................................................................. 2.58
Figura 2.11 - Curva de Acumulação de Espécies Obtida na Amostragem
de Avifauna na Lagoa do Acaraí................................................................. 2.65
Figura 2.12 - Curva de Acumulação de Espécies Obtida na Amostragem
de Avifauna na Restinga do Parque ........................................................... 2.65
Figura 2.13 - Curva de Acumulação de Espécies Obtida na Amostragem
de Avifauna na Floresta de Terras Baixas do Parque................................. 2.66
Figura 2.14 - Espécies mais Abundantes na Amostragem da Lagoa do Acaraí.............. 2.67
Figura 2.15 - Espécies de Aves Aquáticas Mais Freqüentes na Lagoa do Acaraí........... 2.68
Figura 2.16 - Espécies de Aves Mais Abundantes na Amostragem
da Restinga do Parque.............................................................................. 2.69
Figura 2.17 - Espécies de Aves Mais Abundantes na Amostragem
da Floresta de Terras Baixas do Parque .................................................... 2.69
Figura 2.18 - Abundância das Famílias de Aves na Lagoa do Acaraí ............................. 2.70
Figura 2.19 - Abundância das Famílias de Aves na Restinga do Parque........................ 2.70
Figura 2.20 - Abundância das Famílias de Aves na Floresta de
Terras Baixas do Parque ............................................................................ 2.71
Figura 2.21 - Áreas de Relevante Interesse para a Reprodução e Conseqüente
Conservação da Avifauna Marinha no Arquipélago de Tamboretes ........... 2.79
v
Figura 2.22 - Áreas de Relevante Interesse para a Conservação de
Mamíferos Terrestres do Parque ................................................................ 2.88
Figura 2.23 - Área no Entorno do Parque com Destaque para as Áreas de
Costão Rochoso, mais Utilizadas pelos Pinípedes para Descanso............. 2.97
vi
LISTA DE FOTOS
Pág.
vii
Foto 2.27 - Espécies Típicas de Floresta mais Comuns na Amostragem
da Lagoa do Acaraí....................................................................................... 2.67
Foto 2.28 - Martim-pescador-grande, Megaceryle torquata, Pousado na
Vegetação às Margens da Lagoa do Acaraí ................................................. 2.68
Foto 2.29 - Espécies da Avifauna Registradas no Arquipélago de Tamboretes .............. 2.72
Foto 2.30 - Vista Geral da Ilha dos Pássaros ao Final da Tarde com
Grande Número de Fragatas, Fregata magnificens,
Descansando na Vegetação ......................................................................... 2.73
Foto 2.31 - Piru-piru, Haematopus palliatus, Forrageando no Costão
nas Ilhas do Arquipélago dos Tamboretes.................................................... 2.73
Foto 2.32 - Armadilha de Conteção Viva Modelo Tomahawk Suspensa
em Área de Restinga .................................................................................... 2.81
Foto 2.33 - Visão da Trilha da Restinga onde Foram Instaladas
Armadilhas de Contenção Viva ..................................................................... 2.82
Foto 2.34 - Roedor Capturado em Armadilha de Contenção Viva no Parque ................. 2.83
Foto 2.35 - Cachorro-do-mato Foto-capturado na Floresta Aluvial da
Região de São José do Acaraí ..................................................................... 2.83
Foto 2.36 - Animais Atropelados na Estrada que Corta a Praia Grande,
Encontrados Durante o Levantamento de Campo ........................................ 2.87
Foto 2.37 - Solos Erodidos e Compactados pela Ação dos Búfalos no Parque .............. 2.87
Foto 2.38 - Sotalia guianensis, o boto-cinza, na região da Baía da
Babitonga, Entorno do Parque...................................................................... 2.92
Foto 2.39 - Espécies de Lobos-marinhos Encontrados no Entorno do Parque ............... 2.93
Foto 2.40 - Pontoporia blainvillei Toninha, Registrada na Baía da
Babitonga, Imediações do Parque ................................................................ 2.94
Foto 2.41 - Encalhe de Indivíduos de E. Autralis Baleia-franca ....................................... 2.95
Foto 2.42 - Arctocephalus tropicalis (lobo-marinho) Resgatado na
Praia do Ervino, Muito Debilitado, com uma Garatéia
Presa na Garganta ....................................................................................... 2.97
viii
LISTA DE ANEXOS
Anexo 2.04 - Relação das Espécies Registradas na Área do Parque, Agrupadas por
suas Respectivas Famílias Botânicas e Tipologia Vegetal onde foram
Coletadas
Anexo 2.11 - Relação das Espécies de Aves Identificadas nos Ambientes da Lagoa do
Acaraí, Restinga e Floresta de Terras Baixas no Parque Estadual Acaraí,
com sua Respectiva Posição Taxonômica, Nome Vernáculo e Indicação
da Literatura que Apresenta Registros da Espécie, assim como
Respectivo Ambiente de Ocorrência
Anexo 2.13 - Relação das Espécies de Aves Identificadas na Área do Parque Estadual
Acaraí no Ambiente de Praia, com sua Respectiva Posição Taxonômica,
Nome Vernáculo e Abundância Relativa
Anexo 2.14 - Relação das Espécies de Aves Identificadas no Arquipélago de
Tamboretes, com sua Respectiva Posição Taxonômica e Nome
Vernáculo e Abundância Relativa para cada Ambiente
Anexo 2.15 - Lista das Espécies de Aves Registradas no Parque com sua Respectiva
Posição Taxonômica, Status no Estado de Santa Catarina, Categoria de
Ameaça (Quando Classificada) e Ambiente Onde foi Identificada
ix
Anexo 2.16 - Lista de Espécies de Mamíferos Confirmadas para o Parque, com
Informações sobre o Tipo de Registro (R), Ambiente (A), Dieta (D) e
Deslocamento (Ds)
Anexo 2.17 - Lista das Espécies de Mamíferos Marinhos Ocorrentes na Área do
Parque e seu Entorno, com Informações Sobre o Ambiente de
Ocorrência, Status na Região de Estudo e Fonte de Informação
Anexo 2.18 - Lista das Espécies de Mamíferos Marinhos de Provável Ocorrência na
Área do Parque e seu Entorno, com Base na Lista de Espécies de
Ocorrência no Estado
x
1 - APRESENTAÇÃO
1 - APRESENTAÇÃO
O Parque Estadual Acaraí foi criado em 23 de setembro de 2005 pelo Decreto Estadual
n° 3517. É uma Unidade de Conservação de Proteção I ntegral com uma área
aproximada de 6.667 ha, abrangendo a planície litorânea e o arquipélago de
Tamboretes, localiza-se no litoral norte de Santa Catarina, no Município de São
Francisco do Sul. A área do Parque está localizada na ilha de São Francisco, inserida
por sua vez na Baía da Babitonga, uma das principais formações estuarinas do sul do
Brasil.
A plataforma continental de Santa Catarina é extensa, com 180 km em média. Suas águas
sofrem a influência das correntes do Brasil e das Malvinas, gerando a Convergência
Subtropical (Matsuura, 1986; Pereira, 1989), com consideráveis correntes de ressurgência
(Silva et al., 1984). A região do litoral norte do Estado de Santa Catarina, que inclui os
municípios que fazem parte do Complexo Hídrico da Baía da Babitonga, possui grandes
áreas cobertas por Floresta Ombrófila Densa e ecossistemas associados, como restingas e
manguezais, que fazem parte do Domínio da Mata Atlântica (Capobianco, 2001). O clima da
região é influenciado pela umidade marítima, com elevada pluviosidade, verões quentes e
sem uma estação seca definida, caracterizando-se como mesotérmico (Gaplan, 1986).
O Parque abrange toda a área de dunas, vegetação de restinga e de florestas de terras
baixas da Praia Grande e todo o complexo hidrológico do rio Acaraí, parte do rio Perequê e
lagoa do Capivaru.
As áreas de entorno da Baía da Babitonga foram incluídas no Projeto de Conservação e
Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO), que identifica as Áreas
Prioritárias para Conservação, Utilização e Repartição de Benefícios da Biodiversidade
Brasileira, foram classificadas com prioridade Extremamente Alta e para as quais
recomenda-se o manejo e a criação de Unidades de Conservação (PROBIO, 2003). A Baía
da Babitonga comporta ainda a última grande formação de manguezal do Hemisfério Sul,
com uma estimativa de 6.201,54 ha (IBAMA, 1998). As maiores manchas de floresta, por
sua vez, são encontradas na Península de Itapoá, na encosta da Serra do Mar em Joinville
e na planície de Barra do Sul e São Francisco do Sul, sendo áreas consideradas de
excepcional interesse científico (FATMA, 2002). O estado de conservação destas florestas
levou também a inclusão da região como área de extrema importância biológica no
documento “Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação da Mata Atlântica e Campos
Sulinos” do Ministério do Meio Ambiente (2000), e como Zona Núcleo da Reserva da
Biosfera da Mata Atlântica pelo Programa MAB da UNESCO (FATMA, 2002).
A ilha de São Francisco teve sua condição alterada na década de 30, com a construção de
um aterro que fechou definitivamente a comunicação da baía com o Oceano Atlântico na
sua porção sul, região conhecida como Canal do Linguado, causando inúmeros problemas
ao equilíbrio hidrodinâmico e a toda biota deste sistema (Cremer, 2006). Este aterro e a
estrada que o seguiram geraram a ocupação de grande parte do território da ilha, com a
descaracterização da paisagem e dos ecossistemas em larga escala. A criação de unidades
de conservação de proteção integral consiste em uma das estratégias que deverão garantir
a preservação dos últimos remanescentes dos ecossistemas regionais.
O presente documento apresenta o conjunto dos estudos referentes à flora e à fauna da
área do Parque Estadual Acaraí. Foi elaborado de acordo com o Termo de Referência para
elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual Acaraí (TdR 009/2006), neste
documento são apresentadas as descrições da vegetação e da fauna de vertebrados
terrestres e aquáticos do Parque, com vistas a subsidiar o manejo da referida Unidade de
Conservação.
1.1
2 - DIAGNÓSTICO DO MEIO BIOLÓGICO
2 - DIAGNÓSTICO DO MEIO BIOLÓGICO
O desenvolvimento de projetos de conservação ambiental é sempre dependente de uma
visão mais ampla e generalizada do universo sobre o qual se pretende trabalhar. Pesquisas
que visem o entendimento dos processos naturais de determinada região são de
fundamental importância para um adequado desenvolvimento de tais projetos e, também,
para a formação de bancos de dados que permitam a avaliação e o monitoramento, ao
longo do tempo, de atividades de manejo ambiental que visem tanto a conservação quanto a
exploração e a recuperação ambiental (Goldsmith, 1991).
O Brasil é considerado um país de megadiversidade biológica. Contudo, diversas
referências presentes no estudo “Avaliação do Estado de Conhecimento da Biodiversidade
Brasileira” (Lewinsohn, 2006) indicam que o conhecimento sobre os componentes da biota
do país ainda pode ser considerado como bastante insuficiente em diversas regiões. É
consenso entre os pesquisadores sobre a biota brasileira de que se faz urgente o
desenvolvimento de prospecções biológicas que visem à formação de bancos de dados de
informações e de coleções científicas representativas que permitam, no futuro, o
desenvolvimento de programas de monitoramento e manejo ambiental que garantam a
sustentabilidade dos ecossistemas e a preservação das espécies.
O presente relatório sobre a flora e a fauna do Parque Estadual Acaraí constitui-se no
primeiro estudo sistemático conjunto realizado nesta Unidade de Conservação. O trabalho
visou principalmente a formação de um banco de dados sobre os mais diversos aspectos da
flora e da fauna de vertebrados locais, bem como de relações das populações humanas
habitantes do entorno da Unidade com estes elementos. Essas informações assim
apresentadas terão diversas aplicações, tais como a divulgação científica, a formação de
uma base de informações aplicadas à educação ambiental e formal das comunidades
regionais e, principalmente, a geração de subsídios para o desenvolvimento de programas
destinados ao manejo e à recuperação ambiental do Parque e seus respectivos
monitoramentos.
2.1 - Vegetação
Na costa brasileira, que tem aproximadamente 9.000 km de extensão, são reconhecidas cinco
regiões fisiográficas, definidas principalmente por elementos geológicos, oceanográficos e
climáticos (Reitz, 1961). Embora tal divisão seja bastante abrangente, foi adotada com
algumas modificações por vários autores, como Suguio & Martin (1987) e Villwock (1994),
entre outros, e pode ser assim compendiada: (i) litoral amazônico ou equatorial: estendendo-
se da foz do rio Oiapoque até o Maranhão oriental, caracterizado por extensas áreas de
manguezal; (ii) litoral nordestino ou de Barreiras: estendendo-se da foz do rio Parnaíba ao
Recôncavo Baiano, caracterizado pela presença de depósitos sedimentares da Formação
Barreiras, as falésias e arenitos de praia, os recifes de coral e extensas áreas com dunas
altas; (iii) litoral oriental: delimitado do Recôncavo Baiano até o sul do Espírito Santo,
compartilhando semelhantes características com o litoral nordestino, além da presença das
escarpas da Serra do Mar; (iv) litoral sudeste ou das escarpas cristalinas: trecho que se
estende do sul do Espírito Santo ao Cabo de Santa Marta, em Santa Catarina, caracterizado
pela proximidade das escarpas cristalinas da Serra do Mar ao oceano, a presença de grandes
reentrâncias na linha de costa, correspondentes a baías e algumas lagunas com extensão e
grau de sedimentação variáveis; (v) litoral meridional ou subtropical: compreende o trecho do
litoral que vai do Cabo de Santa Marta, na região de Laguna, até a desembocadura do rio
Chuí, no limite do Brasil com o Uruguai, possuindo clima subtropical, tem como características
marcantes a ocorrência de amplas planícies sedimentares arenosas associadas a um
conjunto de lagunas com diferentes níveis de comunicação com o oceano.
2.1
Importante saber que a área de estudo insere-se no penúltimo compartimento citado (que
vem desde o Espírito Santo até o Farol de Santa Marta, em Santa Catarina), o qual se
caracteriza pela presença das escarpas do embasamento cristalino, principalmente aquelas
relacionadas com a Serra do Mar. Ainda que se aceite esta inserção, é necessário dizer que
um olhar mais minucioso, sem que pequenos detalhes venham a interferir, levam à
concordância com Muehe (1998), o qual ressaltou a subdivisão deste compartimento em
outro representado por longos arcos de praia situados à frente de planícies costeiras e
importantes estuários (Santos, Cananéia, Paranaguá, Guaratuba), desde São Vicente (SP)
até a Ponta do Vigia, no município de Penha (SC).
Em cada uma dessas regiões reconhecidas para a costa brasileira, assim como na maioria
dos compartimentos relacionados a estas, ocorrem planícies formadas por sedimentos
terciários e quaternários. Freqüentemente tais planícies estão associadas a
desembocaduras de grandes rios e/ou reentrâncias na linha de costa, e podem estar
intercaladas por falésias e costões rochosos de idade pré-cambriana, sobre os quais se
assentam eventualmente seqüências sedimentares e vulcânicas acumuladas em bacias
paleozóicas, mesozóicas e cenozóicas (Villwock, 1994).
Estas feições são comumente denominadas na literatura como “planícies costeiras” ou
“planícies litorâneas”, e freqüentemente o termo “restinga”, que tem significado bastante
diverso (Suguio & Martin, 1990; Waechter, 1990) é associado a estas feições. Neste caso, o
substrato sobre o qual se desenvolvem os diferentes tipos vegetacionais é geralmente a
planície costeira, cuja gênese depende de um conjunto variado de fatores, conforme pode
ser constatado em Suguio & Tessler (1984) e Villwock (1994). Dentre estes fatores
destacam-se as variações relativas do nível do mar decorrentes de mudanças
paleoambientais ocorridas durante o Quaternário, associadas às correntes de deriva
litorânea, às fontes primárias de sedimentos e às “armadilhas” para retenção dos
sedimentos (Suguio & Tessler, 1984; Suguio & Martin, 1987).
As planícies costeiras abrangem uma das feições mais marcantes do litoral brasileiro,
especialmente da sua porção sudeste e sul, em cujos ambientes atuais podem ser
encontradas praias, dunas frontais, cordões litorâneos e zonas de intercordões. Os cordões
litorâneos são denominados de "restingas" e "feixes de restinga" (Bigarella, 1947 apud
Sonehara, 2005), "terraços de construção marinha" (Bigarella & Doubek, 1963 apud
Sonehara, 2005), "antigos cordões de praias", "meandros abandonados", e "outras feições
lineares" (Rivereau et al., 1968 apud Sonehara, 2005) e "alinhamento de antigos cordões
litorâneos (Martin et al., 1988).
A vegetação ocorrente sobre as planícies costeiras brasileiras, onde se enquadram as
restingas, tem recebido um tratamento muito heterogêneo. Na literatura concernente à costa
brasileira podem ser encontrados relatos generalizados sobre os principais aspectos
fitofisionômicos dos seus diferentes tipos vegetacionais, listagens e descrições detalhadas
de diferentes regiões do litoral, e ainda propostas de mapeamento e denominação das suas
diferentes formações ou comunidades vegetacionais (Fernandes, 2000).
2.2
Campos (1912 apud Menezes-Silva, 1998), mantendo tratamento semelhante ao dado por
Martius, não diferenciou as formações litorâneas das florestas situadas na encosta atlântica,
o que aparentemente só veio a acontecer com Sampaio (1934, apud Menezes-Silva, 1998),
que reconheceu a “zona marítima” estendendo-se por toda a costa brasileira, incluindo
vários tipos vegetacionais costeiros como praias, dunas e mangues.
O reconhecimento da grande heterogeneidade vegetacional da região litorânea talvez
justifique o tratamento dado a esta por diferentes autores, como Rizzini (1979) e Romariz
(1964), que incluíram os tipos vegetacionais costeiros no chamado “complexo da restinga”,
conotação onde fica claro que as variações florísticas e fisionômicas observadas nesta
vegetação ocorrem em uma escala espacial relativamente pequena, dificultando assim o
mapeamento em separado das suas respectivas tipologias (Menezes-Silva, 1998).
Kuhlmann (1955 apud Sonehara, 2005), na proposta de classificação da vegetação baseada
em critérios macro-climáticos e estruturais, incluiu a região litorânea no que denominou de
“tipos intermediários de vegetação”, reconhecendo as praias, as dunas fixas e as dunas
móveis. Já Veloso (1991), com o objetivo de reconhecimento cartográfico das formações
vegetais brasileiras, incluiu a região litorânea nas “formações edáficas”, salientando o papel
do solo no condicionamento dos diferentes tipos vegetacionais costeiros. Utilizando-se de
critérios principalmente fisionômicos e geográficos, Rizzini (1979) incluiu a vegetação da
planície litorânea em diferentes “séries de formações”, como a “floresta paludosa”, a
“floresta esclerófila”, os “thickets” e “scrubs” e até mesmo a “savana”, entre outros. Embora
tenha considerado a “restinga” como um “complexo”, conforme já mencionado
anteriormente, a mistura de critérios usados na classificação torna o reconhecimento desta
confuso, principalmente para fins de mapeamento e reconhecimento em campo da
vegetação. Eiten (1983), misturando termos universalizados com outros de uso regional,
além de aspectos climáticos e fisionômicos, reconheceu para o litoral a “restinga costeira”,
que diferenciou em “arbórea, arbustiva fechada, arbustiva aberta, savânica e campestre” e
os “campos praianos”. Neste caso, da mesma forma como mencionado acima, a mistura de
critérios de classificação torna o seu emprego difícil.
Rawischter (1944) propôs uma divisão para o litoral brasileiro baseada principalmente em
características topográficas, edáficas e vegetacionais, e reconheceu o “litoral arenoso” (onde
incluiu as praias, dunas e demais sistemas com substrato arenoso, incluindo aí as
restingas), o “litoral rochoso” (constituído basicamente por áreas onde o embasamento
cristalino entra em contato direto com as águas oceânicas) e o “litoral lodoso”, cujo substrato
é constituído basicamente por sedimentos finos e condiciona a ocorrência dos manguezais e
demais sistemas associados.
Seguindo esta tendência de interpretação da vegetação litorânea como uma seqüência de
diferentes zonas de vegetação que refletem um processo sucessional, Reitz (1961)
descreveu a vegetação da “zona marítima” catarinense, apresentando extensa listagem de
espécies e as principais características fisionômicas e florísticas de cada uma das
“associações” analisadas.
Este sistema de classificação dos principais sistemas litorâneos foi empregado
posteriormente por vários outros autores ao descreverem a vegetação litorânea de
diferentes regiões do país, dentre os quais Klein (1980) e Roderjan & Kunyoshi (1988), entre
outros.
Nesse sentido, a tendência de reconhecer o solo como um dos fatores condicionantes da
vegetação litorânea, e procurando adequar a classificação da vegetação brasileira a um
sistema internacional, durante as décadas dos anos 70 e 80 a equipe do projeto
RADAMBRASIL realizou diferentes tentativas de classificação fitogeográfica do espaço
brasileiro, sumarizadas por Veloso & Góes-Filho (1982), culminando com a proposta de
Veloso et al. (1991) e de IBGE (1992) que, embora passíveis de críticas, apresentam
critérios objetivos de classificação. Neste sistema, as planícies litorâneas brasileiras incluem
2.3
áreas representativas de diferentes unidades fitoecológicas, como a Floresta Ombrófila
Densa de Terras Baixas (região da Floresta Ombrófila Densa) e as Formações Pioneiras
com Influência Marinha, Flúviomarinha ou Fluvial-lacustre como sistemas edáficos de
primeira ocupação).
Sobre as Formações Pioneiras com Influência Marinha, que foram genericamente
denominadas de “restinga”, Veloso et al. (1991) reconheceram os tipos arbóreo, arbustivo e
herbáceo de vegetação, procurando contemplar as principais variações fisionômicas
observadas desde as praias até os pontos mais interiores da planície costeira. A distinção
apresentada por estes autores para as fisionomias arbóreas da “restinga” em relação às
florestas das planícies costeiras (Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas) não é precisa,
e estudos mais detalhados seriam importantes para auxiliar na melhor definição destes dois
conjuntos, obviamente relacionados tanto nas suas respectivas gêneses como nos fatores
atualmente condicionantes da vegetação (Menezes-Silva, 1998).
O reconhecimento de uma unidade fitogeográfica ou fitoecológica para a região litorânea
brasileira é evidente entre os diferentes autores que se dedicaram ao estudo da fitogeografia
brasileira, muito embora a denominação empregada para designar e classificar a vegetação
litorânea, para diferenciar as suas respectivas fitofisionomias, seja bastante diversa e, em
alguns casos, um tanto quanto confusa. Tanto a “restinga” como os “manguezais”, que
podem ser considerados como os tipos vegetacionais mais expressivos da costa brasileira,
são reconhecidos praticamente em todos os trabalhos consultados, mas a definição das
diferentes “comunidades”, “fisionomias” e/ou “formações” associadas a estes conjuntos
ainda permanece obscura e, muitas vezes, carece de critérios de classificação objetivos e,
ao mesmo tempo, mais flexíveis, permitindo assim uma maior aplicabilidade do sistema a
ser proposto (Menezes-Silva, 1998).
Em função da diversidade de nomes e definições, muitas descrições de tipologias
vegetacionais foram elaboradas em níveis regionais. Para o Estado do Paraná, por exemplo,
destacam-se os trabalhos de Maack (1981 apud Sonehara, 2005) que, em seus aspectos
fitoegeográficos, citou para o litoral a chamada “região litorânea”, onde diferenciou a
“restinga sub-xerófita”, o “manguezal” e a “formação psamófita”. Posteriormente este mesmo
autor reconheceu na planície litorânea a “vegetação halófita e psamófita da praia”, a
“formação de mangrove”, a “formação de restinga halófita e subxerófita” e a “formação de
mata pluvial-tropical”, destacando ainda para os “pântanos do litoral”, apesar destes serem
“partes integrantes da zona de restinga”.
Um dos primeiros trabalhos de caráter ecológico feito na região litorânea do sul do Brasil foi
efetuado por Hertel (1959), que abordou aspectos conceituais acerca de fitoecologia e
fitogeografia, avaliou determinadas condições ambientais sob as quais a vegetação
desenvolve-se e apontou as espécies mais típicas de cada situação. Trata-se de um
trabalho muito interessante e de consulta obrigatória aos interessados na vegetação
litorânea paranaense, embora seja pouco conhecido e referenciado.
Outros trabalhos regionais procurando classificar e caracterizar florística e fisionomicamente
das comunidades e/ou formações vegetais da restinga voltam a aparecer na literatura de
forma mais consistente nos anos 80-90, destacando-se neste contexto os estudos de
Waechter (1985; 1990) para o Rio Grande do Sul, estado que se destaca na quantidade de
trabalhos produzidos relacionados à vegetação litorânea.
Algumas sínteses e referências básicas sobre o assunto podem ainda ser encontradas em
Lacerda et al. (1982) e Araújo (1987). Após estes, muitos outros estudos, principalmente
sobre a composição florística, estrutura, definição e descrição de comunidades foram
realizados ao longo de toda a costa sul-sudeste brasileira.
2.4
2.1.2 - Vegetação do Nordeste de Santa Catarina - Região de São Francisco do Sul
De acordo com o mapa fitogeográfico de Santa Catarina (Klein, 1978), o nordeste do estado,
mais especificamente a região de São Francisco do Sul, está representado por duas
formações vegetacionais bem distintas - Vegetação Litorânea e Floresta Pluvial Atlântica.
2.1.3 - Metodologia
O estudo da vegetação contou com duas etapas básicas: uma de campo e outra em
escritório. No campo, o estudo se iniciou com o reconhecimento das unidades fisionômicas
de vegetação e prosseguiu através do levantamento fitossociológico em duas unidades
fisionômicas mais representativas da área (a Restinga e a Floresta Ombrófila Densa de
2.5
Terras Baixas) e de coletas seletivas de material fértil, além de observação de material
estéril que foi, quando possível, determinado em campo. Através destes procedimentos foi
possível elaborar uma lista da flora e diagnosticar a estrutura das áreas em que se procedeu
ao estudo fitossociológico. Em escritório o trabalho foi conduzido com a finalidade de
herborizar e tombar o material em herbário, determinar as espécies e buscar dados
secundários.
O levantamento de dados em campo foi realizado através do reconhecimento da área onde
se procurou identificar as principais fitofisionomias através de descrições expeditas. Para
este trabalho contou-se com o apoio de mapa de uso e ocupação do solo, além de imagens
de satélite. Para realizar o estudo florístico, o estudo partiu para a coleta de material
botânico, preferencialmente fértil, nas diferentes fisionomias. Além disso, várias espécies
foram determinadas in situ.
O material coletado foi herborizado segundo especificações de Fidalgo & Bonnoni (1984); a
preparação do material foi iniciada em campo, em prensas de campo. A herborização do
material foi feita na sala de preparação do Herbário da Universidade de Blumenau (FURB),
e sua determinação foi realizada através de literatura especializada, comparação com
exsicatas depositadas nos herbário da FURB e no Museu Botânico Municipal de Curitiba
(MBM). A listagem da flora do Parque foi incrementada com informações de exsicatas
depositadas no Herbário FURB e com a listagem preliminar do estudo conduzido pela
FATMA (Mapa de Uso e Ocupação do Solo e Vegetação do Parque Estadual Acaraí).
O estudo fitossociológico foi conduzido nas duas principais formações vegetacionais
ocorrentes no Parque: Restinga e Floresta de Terras Baixas. Foram instalados dois
transectos de 50 x 10 m em cada formação, estes segmentados em 5 parcelas de 10 x 10 m
resultando numa área amostral total de 2.000 m2, na Floresta de Terras Baixas o transecto
foi instalado na seguinte localização S 26 17.424 e W 48 32.834 15 m e na Restinga S 26
16.418 e W 48 31.652 13 m. O critério de inclusão adotado foi o perímetro à altura do peito
maior ou igual a 10 cm para Restinga e 15 cm para Floresta de Terras Baixas. No campo,
foram medidos a altura total do indivíduo e o perímetro à altura do peito, além de ser feita a
determinação da espécie. Quando isto não foi possível, material vegetativo ou fértil foi
coletado e, após herborização, determinado em laboratório. Estes dados foram tratados
através do uso de um pacote de programas para computador FITOPAC 1.0 (Shepherd,
1988) através do qual foi possível estimar os seguintes parâmetros fitossociológicos
descritos abaixo. A Figura 2.01 apresenta os pontos visitados em campo para o diagnóstico
da vegetação do Parque Estadual Acaraí.
Densidade
Estimativa do número de indivíduos por hectare, podendo ser representada pelo número
total de indivíduos da comunidade ou pelo número de indivíduos de uma mesma espécie. A
densidade foi ainda analisada nas seguintes condições:
− Densidade Total DAt = n / S
− Densidade Absoluta DA = ni / S
− Densidade Relativa DR = DA / DAt x 100
Onde n = número de indivíduos amostrados; S = superfície total amostrada (em ha); ni =
número de indivíduos amostrados pertencentes à espécie “i”.
Dominância
Estimativa da área de secção transversal dos troncos por unidade de área. É calculada a
partir da medida do perímetro ou diâmetro do tronco a uma altura padrão. A exemplo da
densidade, pode ser calculado para a comunidade analisada ou para cada espécie incluída
no levantamento quanto aos seguintes aspectos:
2.6
− Dominância total Dot = g / S
− Dominância Absoluta DoA = gi / S
− Dominância Relativa DoR = DoA / Dot x 100
− Dominância Média DoM = DoA / DA
Onde, g = somatória da área de secção transversal dos troncos de todos os indivíduos
amostrados; gi = somatória da área de secção transversal dos troncos de todos os indivíduos
amostrados da espécie “i”; S = área amostrada (em ha); DA = Densidade Absoluta.
Freqüência
A freqüência é a expressão do percentual de ocorrência das espécies nas parcelas
amostrais, podendo ser:
− Freqüência Absoluta FA = pi / P x 100
− Freqüência Relativa FR = FA / Ft x 100
Onde, pi = nº de parcelas em que a espécie “i” ocorre; P = total de parcelas amostradas; Ft =
somatória das freqüências de todas as espécies amostradas.
Valor de Importância (VI)
Somatória dos valores relativos de densidade, dominância e freqüência, sendo calculado
pela seguinte fórmula:
VI = DR + DoR + FR
VC = DR + DoR
H’ = - ∑ pi . ln pi
Onde pi é a proporção de indivíduos da espécie “i”; ln = logaritmo natural. A unidade que irá
expressar a riqueza neste caso é o nats/ind., isto é logaritmo natural por indivíduos.
Eqüidade (E)
É a representação numérica da distribuição relativa das espécies na comunidade, sendo
calculada pela seguinte fórmula:
2.8
2.1.4 - Resultados e Discussão
2.10
Os dois maiores contingentes de cobertura vegetacional são claramente divididos pelo tipo
de substrato que ocupam. O primeiro deles, a restinga recobre toda faixa de depósitos
recentes no litoral, depósitos mais antigos no frontal marinho e depósitos eólicos que
constituem as dunas. Estas restingas, que variam em porte desde restingas herbáceas até
as arbóreas, passando pela arbustiva, associam-se tipicamente aos frontais marinhos e
dunas. Não são encontradas sobre os depósitos marinhos arenosos que se encontram sob
influência das flutuações do lençol freático e que caracterizam os organossolos e
espodossolos hidromórficos, os quais se estendem por grande parte do Parque. Este último
padrão de substrato abriga a segunda tipologia de vegetação predominante na área: a
Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas. De fato, conforme pode ser visto na Foto 2.01,
a restinga encontra-se fortemente associada com as dunas arenosas e não hidromórficas,
enquanto a Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas encontra-se relacionada com solos
hidromórficos, os quais, por sua vez, se situam sobre substrato formado por depósitos
arenosos quaternários. À custa destes depósitos, e sob a influência de um regime alternado
de flutuação do lençol freático, desenvolvem-se organossolos relativamente espessos e
espodossolos hidromórficos. Sobre estes, desenvolve-se uma floresta de grande porte, onde
a espécie predominante é o guanandi (Calophyllum brasiliense).
É nítida a influência do padrão de substrato na determinação do tipo de vegetação que
sobre estes se instala. Na parte norte do Parque, onde as dunas encontram-se mais bem
desenvolvidas, há pontos em que a transição entre a restinga arbórea/arbustiva é abrupta,
exatamente devido à mudança abrupta das condições pedoambientais das dunas e dos
solos hidromórficos. Com cautela, pode-se afirmar que a vegetação encontra-se fortemente
vinculada à dinâmica do sistema estuarino formado pela lagoa do Capivaru e pelo rio Acaraí.
A B
Legenda: (A) Estrato graminóide em zona de frontal marinho; (B) Estrato arbustivo sobre dunas semi-consolidadas.
Fonte: Luciano Ceolin, 2007.
2.11
As formações arbustivas das planícies litorâneas, que para muitos autores constituem as
restingas propriamente ditas, isto é, um tipo de vegetação próprio, são seguramente os tipos
vegetacionais que mais chamam a atenção no litoral brasileiro, tanto pelo seu aspecto
peculiar, com fisionomia variando desde densos emaranhados de arbustos misturados a
trepadeiras, bromélias terrícolas e cactáceas, até moitas com extensão e altura variáveis,
intercaladas por áreas abertas que em muitos locais expõem diretamente a areia, principal
constituinte do substrato nestas formações.
− Restinga Herbáceo-Arbustiva
As formações herbáceo-arbustivas ocorrem principalmente nas faixas de praia e ante-
dunas, em locais que eventualmente podem ser atingidos pelas marés mais altas ou então
em depressões alagáveis, situação em que comumente são denominadas de “brejos” ou
“banhados”.
Nas zonas de praia, ante-dunas e dunas mais próximas ao mar predominam espécies
herbáceas (rizomatosas, cespitosas e reptantes), em alguns casos com pequenos arbustos
e árvores, que ocorrem tanto de forma isolada e pouco expressiva, como formando
agrupamentos mais densos, com variações nas suas respectivas fisionomias, composições
e graus de cobertura.
Deve-se ter em mente que o frontal marinho é um ambiente inóspito dadas as condições do
forte vento que provoca dessecamento, abrasão (transporte de areia) e borrifo iônico (sais
oriundos da água do mar), impedindo desta forma o desenvolvimento de árvores altas.
No Parque, as dunas estão representadas ao longo de todo o fronte marinho (Figura 2.01),
sendo que, no primeiro terço do trecho da Avenida Atlântica, sentido Praia Grande - Praia do
Ervino, estas se encontram com uma cobertura vegetal mais aberta, constituindo as dunas
não consolidadas, assentadas exclusivamente sobre Depósitos Psamíticos, onde crescem
psamófilas e halófilas rasteiras características como Ipomoea pes-caprae, I. imperati
(Convolvulaceae), Hydrocotyle bonariensis (Apiaceae), Smilax campestris (Smilacaceae),
Stilosanthes sp. (Fabaceae), inúmeras Poaceae (Paspalum, Eragrostis, Panicum e
Sporobolus) e Calycera crassifolia (Calyceraceae). Cumpre, contudo, sua função fixadora do
substrato através de flora específica, exemplificada acima.
Nas dunas, dependendo do substrato, observam-se mosaicos densos de comunidades
herbáceas e arbustivas, típicos de ambientes xerofíticos, partindo de 0,5 m de altura
próximo à linha da praia até no máximo 2 m, a partir do que associações arbóreas passam a
ser predominantes. Nesse contexto, destacam-se espécies arbustivas de Dodonaea viscosa
(Sapindaceae), Guapira opposita (Nyctaginaceae), além de herbáceas como Epidendrum
fulgens (Orchidaceae), Bromeliaceae (Dickia maritima e Aechmea spp.), além de líquens,
briófitas e pteridófitas, com conspícua presença de Opuntia arechevaletai (Cactaceae) e
Butia capitata (Arecaceae) que se destacam nessas comunidades, de forma esporádica.
− Restinga Arbóreo-Arbustiva
Compreendem as formações que surgem à medida que as dunas tornam-se mais estáveis
(consolidadas), mais interiorizadas, tanto em Neossolos Quartzarênicos como em
Espodossolos, ambos não-hidromórficos (Foto 2.02) e nas ilhotas que compõem o
Arquipélago de Tamboretes, sobre solos litólicos (Foto 2.03). Nessas formações, observa-se
2.12
um componente arbóreo composto por um estrato muito denso e baixo (entre 2 e 5 - 10 m
de altura), com dossel aplainado pela ação dos ventos. São geralmente dominadas por
poucas espécies, entre as quais destacam-se Ilex theezans (Aquifoliaceae, caúna), Clusia
parviflora (Clusiaceae, mangue-do-mato), Maytenus robusta (Celastraceae, cancorosa),
Ocotea pulchella (Lauraceae, canelinha), Myrsine umbellata (Myrsinaceae), Eugenia
stigmatosa (Myrtaceae, guamirim), Erythroxylum cuspidifolium (Erythroxylaceae, cocão),
Gomidesia schaueriana (Myrtaceae, guamirim), Psidium cattleianum (araçá, Myrtaceae),
Andira anthelmia (jacarandá-lombriga) e Abarema langsdorffii (Fabaceae), entre outras. O
interior dessas formações é ornamentado por uma abundância de bromeliáceas terrestres,
denotando o acentuado xeromorfismo causado pela rápida drenagem das águas pluviais.
A B
Legenda: (A) Vista geral da restinga arbórea; (B) Vista do interior exibindo o piso coberto por bromélias.
Fonte: Luciano Ceolin, 2007.
2.13
por hectare e da dominância de 17,97 m2. A estimativa da diversidade apontada pelo índice
de Shannon é de 2,948 nats/ind1., conforme tabela apresentada no Anexo 2.02. A eqüidade,
que mede a distribuição da abundância (neste caso, estimada pela densidade) entre as
espécies representadas no levantamento, foi elevada (J=0,816), o que deve ter influenciado
na determinação de um elevado valor de diversidade, tendo em vista o baixo esforço
amostral do levantamento.
A estrutura fitossociológica da restinga é típica desta tipologia de vegetação, na qual o
componente arbóreo é baixo (a árvore de maior altura registrada no levantamento possuía
10 m), a densidade é alta (1.930 ind/ha) e as espécies de maior densidade são Maytenus
robusta, Clusia parviflora, Ocotea pulchella, Eugenia stigmatosa e Ilex theezans. Estas cinco
espécies somam aproximadamente 52% de todos os indivíduos encontrados, sendo estas,
portanto, as espécies mais representativas da área de restinga. Se a este grupo forem
somadas as outras cinco espécies que se seguem em ordem decrescente de densidade
(Erythroxylum cuspidifolium, Myrsine umbellata, Alibertia concolor, Guapira opposita e
Nectandra oppositifolia), chega-se a um número acumulado de 73% da densidade relativa.
Quanto ao parâmetro dominância, apresentam-se basicamente as mesmas espécies (Clusia
parviflora, Ilex theezans, Ocotea pulchella, Maytenus robusta e Myrsine umbellata) que
somam 60% do total da área basal estimada para a área. Contudo, a ordem na qual estas
espécies se apresentam é distinta daquela observada para a densidade. Isto se deve ao fato
de o porte absoluto de algumas espécies como C. parviflora e I. theezans ser maior que o
de M. robusta, por exemplo. Sua maior dominância também é influenciada pela sua elevada
densidade, tendo em vista que espécies como Calophylum brasiliense e Pera glabrata
possuem porte bastante elevado, mas em virtude de sua baixa densidade (1 e 2 indivíduos
amostrados) acabam por assumir baixa importância fitossociológica.
Um pouco diferente do que se apresentou para o parâmetro densidade, a dominância,
quando agrupadas as dez espécies de maior expressão quanto a este parâmetro, soma
aproximadamente 84%. Para alcançar tal somatória, além das cinco já citadas, deve-se
somar Nectandra oppositifolia, Alchornea triplinervia, Eugenia stigmatosa, Ilex brevicuspis e
Eugenia sp. Ou seja, ao grupo das 10 espécies de maior dominância, incluem-se três
espécies que não se destacaram pela sua densidade. Duas delas: Ilex brevicuspis e
Eugenia sp., destacam-se pelo seu porte, ao passo que uma delas, Alchornea triplinervia,
destaca-se pela soma da densidade combinada com a densidade relativamente elevada.
A exemplo do que aconteceu quando as espécies foram ordenadas de acordo com a
densidade e a dominância, também ocorrem diferenças quando as mesmas são ordenadas
segundo o valor de importância (VI). Quanto a este índice, as espécies de maior expressão
são Maytenus robusta, Clusia parviflora, Ocotea pulchella, Ilex theezans, Myrsine umbellata,
Eugenia stigmatosa, Erythroxylum cuspidifolium, Nectandra oppositifolia, Alibertia concolor e
Garcinia gardneriana. Estas somam aproximadamente 70% do percentual de importância.
Exceto por Clusia parviflora, nenhuma das dez espécies de maior importância apresentou
100% de freqüência absoluta, o que dá indícios de que as populações possuam distribuição
agregada na comunidade analisada. É possível que a variação geomorfológica das dunas
induza a um processo de formação de manchas pedoambientais que levem as populações a
encontrar sítios adequados para seu estabelecimento de forma mais agregada.
Como é comum em comunidades de plantas arbóreas, a maior parte das espécies
amostradas apresenta pouca representação numérica para suas populações. Vinte e uma
das espécies amostradas, ou seja, 57% do total amostrado, são representadas por dois
indivíduos (por exemplo, as espécies: Alchornea triplinervia, Psychotria birotula, Pera
1
nats/ind. = logaritmo natural por indivíduos (expressa a riqueza de indivíduos).
2.14
glabrata, Nectandra leucantha, Psychotria carthagenensis e Eugenia multicostata) e um
indivíduo na amostra (por exemplo as espécies: Ilex brevicuspis, Eugenia sp., Coussapoa
microcarpa, Myrcianthes gigantea, Ficus trigona, Eugenia catharinae, Calophyllum
brasiliense, Andira fraxinifolia, Gomidesia schaueriana, Indeterminada 5, Eugenia sulcata,
Indeterminada 4, Tabernaemontana catharinensis, Endlicheria paniculata, Sorocea
bonplandii e Schinus terebinthifolius) respectivamente.
Este dado pode ser observado ainda através da inspeção da Figura 2.03, na qual as
espécies amostradas foram classificadas segundo ordem decrescente de densidade.
Quando são observados os dados de dominância, o que se percebe é que maior parte das
espécies é pouco representativa no que diz respeito a este parâmetro. Setenta e três por
cento das espécies acumulam somente 16% da dominância relativa, o que demonstra que
84% da biomassa arbórea está concentrada em tão somente 10 espécies principais (Figura
2.04).
25
20
Densidade relativa
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37
Espécies ordenadas segundo densidade
15
Dominância relativa
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37
Espécies ordenadas segundo dominância
2.15
Formações Pioneiras com Influência Fluvio-marinha
Compreendem as vegetações de ocorrência restrita às margens do rio onde há refluxo das
marés, incluindo associações arbóreas (manguezais) que têm a salinidade e o tiomorfismo
como características condicionantes. Compõem comunidades florística e estruturalmente
simplificadas, porém extremamente eficientes na manutenção da estabilidade desses
ambientes e podem ser subdivididas em manguesais e várzeas.
− Manguezais
Os mangues correspondem a um tipo de vegetação arbóreo-arbustiva, que se desenvolve
principalmente nos solos lamosos dos rios tropicais e subtropicais ao longo da zona de
influência das marés, tanto para dentro do estuário, onde as variações de marés
impulsionam as águas salgadas do mar para dentro do continente através do canal fluvial,
como para as laterais dos rios em zonas sujeitas a inundações ao longo dos estuários. Os
manguezais são caracterizados por uma baixa diversidade de espécies arbóreas resistentes
às condições halófilas das águas estuarinas ou regiões costeiras com influências de águas
marinhas. É um ambiente propício à produção de matéria orgânica, o que garante alimento
e proteção natural para a reprodução de diversas espécies marinhas e estuarinas (Spalding
et al., 1997).
No Parque, os mangues (Foto 2.04) estão representados pelas espécies Rhizophora mangle
(Rhizophoraceae), Laguncularia racemosa (Combretaceae), Avicennia schaueriana
(Verbenaceae) e Hibiscus pernambucencis (Malvaceae), conformação típica desse sistema
na região Sul do Brasil.
2.16
Levando em conta que os mangues abrigam uma grande diversidade de organismos
adaptados às condições de salinidade e tiomorfismo e, sobretudo, que nesses ambientes um
grande número de espécies de aves, peixes e crustáceos encontram seu local para
reprodução; torna-se urgente a aplicação de medidas que minimizem e/ou mitiguem qualquer
ação danosa a esses ambientes. Entre tais medidas recomenda-se a orientação e a
conscientização da população local, alternativas viáveis e sustentáveis para tratamento do
esgoto local e, principalmente soluções que permitam o uso dessas áreas para atividades
turísticas que possam traduzir-se em oportunidades e apoio ao crescimento econômico da
região.
− Várzeas
As várzeas compreendem as formações herbáceas das planícies aluviais que se
estabelecem predominantemente sobre Organossolos e Gleissolos (solos hidromórficos) e
são influenciadas pelo regime hídrico dos rios.
Na área do Parque as várzeas estão localizadas próximas as formações de Floresta
Ombrófila Densa de Terras Baixas mais ao sul do Parque (Foto 2.05) estão representadas
principalmente por espécies de Cyperaceae (Androtrichum, Cyperus e Rynchospora),
Cortaderia selloana (Poaceae paina) e Hibiscus pernambucensis (Malvaceae algodão-da-
praia) e Typha domingensis (Typhaceae taboa) (FATMA, dados não publicados).
No concernente ao estado de conservação desse ecossistema, podemos concluir que o
status de preservação desses ambientes é bom, embora em algumas porções, mais ao sul
do Parque, verifica-se a presença de espécie exótica (Brachiaria spp.) misturada à
vegetação nativa.
2.17
Constitui na área do Parque a principal unidade tipológica, em razão de sua
representatividade e diversidade florística elevadas (Foto 2.06). A combinação de fatores
edáficos e hídricos presentes nessas florestas determinam sua dinâmica e sua conservação.
Trata-se de uma formação que, no caso do Parque, apresenta-se fortemente influenciada
pela flutuação do nível do lençol freático favorecendo a formação de pedoambientes
hídricos, o que acaba determinando um grau de seletividade extremamente elevado para as
espécies que ali se encontram. Devido a esta peculiaridade, torna-se importante ressaltar
que qualquer perturbação que possa originar o menor desequilíbrio entre esses fatores
implicaria no desaparecimento das condições ótimas para a existência dessas florestas.
A espécie arbórea mais representativa é o Calophyllum brasiliense (Clusiaceae, guanandí),
formando um estrato arbóreo contínuo entre 15 e 20 metros de altura, geralmente
acompanhado por Ficus insipida (Moraceae, figueira), Tapirira guianensis (Anacardiaceae) e
Syagrus romanzoffiana (Arecaceae, jerivá). Nos estratos inferiores são comuns Ocotea
pulchella (Lauraceae, canelinha), Pera glabrata (Euphorbiaceae), Marlierea tomentosa
(Myrtaceae - guapurunga), Guarea macrophylla (Meliaceae, baga-de-morcego) e Rudgea
villiflora (Rubiaceae, jasmim). Epífitas e lianas são extremamente abundantes e
diversificadas, característica comum a todas as formações da Floresta Ombrófila Densa,
onde representantes das famílias Bromeliaceae, Orchidaceae, Araceae, Polypodiaceae,
Piperaceae, Cactaceae e Gesneriaceae são marcantes na sinúsia epifítica do interior da
floresta, cobrindo quase totalmente os troncos e galhos das árvores adultas.
A B
Legenda: (A) Calophyllum brasiliense (Clusiaceae, guanandí); (B) Vista do interior da Floresta de Terras
Baixas exibindo grande quantidade de epífitos.
Fonte: Luciano Ceolin, 2007.
2.18
elevado de acordo com os parâmetros delimitados pela Resolução CONAMA n° 04 no que
tange aos parâmetros estruturais de florestas em avançado estágio de regeneração.
Comparativamente, esta floresta apresenta maior riqueza florística (41 spp. contra 37 spp.) e
maior porte (9,4 m contra 4,12 m) que a restinga e, embora a densidade seja menor (1.300
ind./ha contra 1.930 ind./ha), o que é mais evidente é a muito maior dominância (DoA floresta =
37,7 m2/ha contra DoA restinga = 17 m2/ha) (Anexos 2.02 e 2.03). Esta, de fato, é uma
característica comumente encontrada na estrutura de formações florestais, ou seja, na
medida em que a densidade diminui, a dominância aumenta, muito em conseqüência do
desenvolvimento arbóreo, mas obviamente respeitado o máximo de produtividade do sítio.
O grupamento de espécies mais abundantes é diferente. Embora haja certo grau de
similaridade florística entre as duas comunidades analisadas, não são as mesmas as
espécies mais destacadas.
Nitidamente, Calophyllum brasiliense (guanandí), ao lado de Syagrus romanzoffiana (jerivá),
destacam-se visualmente assim como fitossociologicamente (Anexo 2.03). Somadas, as
duas espécies representam 34% da densidade relativa e 55% da dominância. Se somadas a
estas duas espécies (Figura 2.05) estiverem as dez espécies de maior densidade
(Calophyllum brasiliense, Syagrus romanzoffiana, Ocotea pulchella, Alchornea triplinervia,
Coussapoa microcarpa, Calycorectes australis, Andira fraxinifolia, Myrsine venosa, Marlierea
tomentosa e Alsophila setosa), soma-se 70% da densidade, o que representa um número
muito aproximado ao relatado na estrutura descrita para a restinga.
Figura 2.05 – Classificação das Espécies Amostradas na Floresta Ombrófila Densa
de Terras Baixas, em Ordem Decrescente de Densidade Relativa (DR)
30
25
20
Densidade relativa
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41
Espécies ordenadas segundo densidade
Quanto ao parâmetro dominância (Figura 2.06), é interessante notar que as dez espécies de
maior destaque (Calophyllum brasiliense, Syagrus romanzoffiana, Ficus insipida, Coussapoa
microcarpa, Ocotea pulchella, Alchornea triplinervia, Calycorectes australis, Zollernia
ilicifolia, Tapirira guianensis e Pera glabrata) somam 90% da DoR, o que representa uma
concentração da biomassa muito maior que aquela verificada na restinga. Embora
Calophyllum brasiliense, Syagrus romanzoffiana, Ficus insipida, Coussapoa microcarpa,
2.19
Ocotea pulchella, Alchornea triplinervia, Tapirira guianensis e Pera glabrata tenham
destaque em dominância devido ao seu porte, Calycorectes australis e Zollernia ilicifolia
destacam-se pela densidade, pois são árvores de menor porte típicas de sub-bosque. Pode-
se pensar que 90% da biomassa da floresta concentra-se em poucas espécies.
Quando as espécies são organizadas de acordo com a ordem de Valor de Importância (VI),
Calophyllum brasiliense, Syagrus romanzoffiana, Ocotea pulchella, Alchornea triplinervia e
Coussapoa microcarpa são as espécies de maior destaque. Estas somam 57% do
percentual de importância. Este fato demonstra que, contrariamente àquilo que foi verificado
na restinga, o fator que mais fortemente determina o posicionamento das espécies de
acordo com o valor de importância (VI) é o seu porte. Na restinga a densidade mostrou ser
para várias espécies o parâmetro responsável pela elevação da abundância.
Conforme é perceptível no Anexo 2.03, no segmento de Floresta de Terras Baixas analisado
a única espécie amostrada em todas as parcelas foi Calophyllum brasiliense. Todas as
demais apresentaram valores de Freqüência Absoluta menores que 50%, o que pode refletir
a tendência de agregação das populações destas espécies.
Assim como na restinga, boa parte das espécies é representada somente por dois
indivíduos na amostra (Pera glabrata, Marlierea parviflora, Schinus terebinthifolius, Guarea
macrophylla subsp. tuberculata e Eugenia stigmatosa) ou um indivíduo (Indeterminada 1,
Chrysophyllum gonocarpum, Indeterminada 2, Aegiphila fluminensis, Duguetia lanceolata,
Ficus enormis, Nectandra oppositifolia, Byrsonima ligustrifolia, Indeterminada 3, Rollinia
sylvatica, Ilex brevicuspis, Cupania oblongifolia, Eugenia sulcata, Matayba guianensis,
Sloanea lasiocoma, Inga marginata, Alibertia concolor, Erythroxylum cuspidifolium, Eugenia
eurysepala, Guapira asperula, Ternstroemia brasiliensis, Heteropterys nitida e Garcinia
gardneriana).
45
40
35
30
Dominância relativa
25
20
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1213 14 15 1617 18 19 20 2122 23 24 2526 27 28 2930 31 32 3334 35 36 3738 39 40 41
Espécies ordenadas segundo dominância
2.20
Floresta Ombrófila Densa Submontana
Compreende as formações florestais que ocupam a planície litorânea com sedimentos
quaternários continentais (depósitos coluviais) e o início das encostas da Serra do Mar, situadas
entre as cotas de 20 e 600 m s.n.m. Das formações da Floresta Ombrófila Densa é a que detém
maior diversidade vegetal, resultante da melhor característica de seus solos como: Argissolos e
Cambissolos. No contexto do Parque Estadual Acaraí está representada apenas em pequenas
elevações (morretes relacionados geologicamente com o embasamento cristalino) que não
ultrapassam 60 a 80 m de altitude (Foto 2.07), estando profundamente descaracterizada de sua
constituição original por ter sido convertida no passado em atividades agropecuárias, após o
aproveitamento madeireiro (FATMA, dados não publicados).
Cabe destacar a profunda alteração topográfica causada, provavelmente, por escavações
destinadas à extração mineral. Este fato seguramente dificultará o processo de
restabelecimento da floresta em sua forma original.
Atualmente, configuram estágios médios e avançados da sucessão vegetal, dominados por
espécies arbóreas típicas como Schizolobium parahyba (Fabaceae guapuruvu), Nectandra
oppositifolia (Lauraceae canela-ferrugem), Tibouchina pulchra (Melastomataceae jacatirão),
Cecropia pachystachia (Cecropiaceae embaúba), Syagrus romanzoffiana (Arecaceae jerivá),
Alchornea triplinervia (Euphorbiaceae tanheiro) e Ficus insipida (Moraceae figueira-branca), entre
outras. Nos estratos inferiores distingüem-se Garcinia gardneriana (Clusiaceae bacopari), Guapira
asperula (Nyctaginaceae maria-mole), Tapirira guianensis (Anacardiaceae) e Eugenia stigmatosa
(Myrtaceae guamirim) (FATMA, dados não publicados).
2.21
Floresta Ombrófila Densa Aluvial
Alguns segmentos marginais ao rio Acaraí, que foram mapeados durante a elaboração do
mapa do uso e ocupação do solo e vegetação do Parque (FATMA, dados não publicados),
foram classificados como florestas aluviais devido à sua posição na paisagem que, sujeita à
flutuação do nível do rio e conseqüente deposição de sedimentos, resultam em uma flora
diferenciada (Foto 2.08). Quanto aos aspectos florísticos dessas áreas, não foi possível,
nesse estudo, levantar as espécies mais freqüentes. Ao visualizar a paisagem desta sub-
formação em campo, é presumível que a estrutura florística se assemelhe à da Floresta de
Terras Baixas, quando se constata a presença de “guanandizais” e jerivás em abundância.
Uma maior precisão do delineamento dessa sub-formação irá depender de estudos
(florísticos e fitossociológicos) detalhados, acompanhados necessariamente de uma
avaliação pedológica.
2.22
Figura 2.07 – Perfil Esquemático do Gradiente Vegetacional e dos Tipos de Solos de Cada Formação Vegetacional Registradas no
Parque
Restinga herbácea Restinga arbustiva-arbórea Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas Várzeas
20 metros
Rio Acaraí
10 metros
Depósitos Psamíticos
Oceano
2.23 2.23
Dentre as espécies registradas no estudo, dez espécies encontram-se sob algum tipo de
ameaça de extinção (Anexo 2.05), sendo que a principal ameaça deve-se a destruição de
seus ambientes naturais.
A B C
D E F
G H I
Legenda: (A) Fabaceae; (B) Tibouchina tricopoda; (C) Aechmea nudicaulis; (D) Andira anthelmia; (E) Dychia maritima;
(F) Aechmea gamosepala; (G) Bromeliaceae; (H) Opuntia arechevaletai; (I) Cyrtopodium paranaense.
Fonte: Luciano Ceolin, 2007.
2.24
Quanto às espécies exóticas e/ou introduzidas, pode-se citar plantas cultivadas por antigas
ocupações antrópicas na área, entre elas: bananeiras, limoeiros, goiabeiras e abacateiros.
Nas ilhas, a presença de Dioscorea piperifolia e espinafre (Spinacia oleracea,
Chenopodiaceae) (Foto 2.10) causam preocupação devido às taxas de ocupação das
mesmas sobre a superfície do solo e das rochas. D. piperifolia é uma espécie
evidentemente agressiva e que ocupa ambientes extremamente hostis, o que pode gerar
problemas mais severos caso a mesma não seja controlada ou mesmo venha a se
disseminar sobre as áreas continentais.
Também foi registrada a presença de Brachiaria sp. em algumas áreas abertas próximo às
dunas (Foto 2.11). Na porção oeste do Parque verificaram-se alguns plantios comerciais de
Pinus sp. e Eucalyptus sp. (Foto 2.12).
A B
Legenda: (A) Dioscorea piperifolia (B) Spinacia oleracea.
Fonte: Luciano Ceolin, 2007.
2.25
Foto 2.12 - Plantios de Espécies Comerciais Exóticas no Parque
A B
2.1.5 - Conclusões
O Parque Estadual Acaraí insere-se, como é perceptível através das descrições anteriores,
em um contexto de amplas variações da vegetação, o que acaba por resultar em grande
diversidade de formas de vida e de espécies. O mais importante aspecto de seu papel, no
que diz respeito à conservação da vegetação, no entanto, não passa por uma análise local e
sim por uma reflexão sobre o grau de conservação das florestas e restingas em planícies
quaternárias no Estado de Santa Catarina e no vizinho Estado do Paraná.
Como é bem sabido, a região costeira de todo o Brasil sofre intensa pressão por conta do
mercado imobiliário. Este processo que, por anos, vem provocando maior satisfação aos
turistas, tem também provocado um processo rápido e agressivo de destruição das
formações de restinga e das formações florestais nas planícies arenosas de deposição
marinha, bem como aquelas de origem aluvionar encontradas em todo o estado.
Pensando em um contexto mais amplo, estas planícies possuem certa uniformidade de
formação e de ambientes desde o norte catarinense até as proximidades da baía de Santos,
pontos que delimitam um intervalo da costa brasileira onde os costões rochosos litorâneos
são relativamente pouco abundantes e as planícies litorâneas são amplas e heterogêneas.
Neste espaço, há poucos locais com dunas elevadas, uma situação muito comum para o
litoral ao sul de Florianópolis e a planície arenosa é repleta de zonas onduladas
caracterizadas pelos cordões e intercordões arenosos. Há, ao longo deste trecho inteiro,
rupturas desta paisagem através de pontões rochosos e de baías, cabendo destaque para
as da Babitonga, Guaratuba, Paranaguá e Santos.
Embora as zonas de planície entre a Serra da Juréia e a baia de Paranaguá estejam bem
conservadas, esta não é uma verdade para as demais partes desta unidade geomorfológica,
o que ameaça a integridade biológica de um imenso conjunto de espécies.
No contexto catarinense, somente alguns poucos fragmentos de restinga e, menos ainda, de
Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, testemunham o que foi no passado duas das
mais ricas e exuberantes formações vegetais do sul do Brasil. No Estado de Santa Catarina,
os autores deste relatório somente confirmam a presença de fragmentos expressivos de
2.26
Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas na região do extremo sul do estado e neste
remanescente que ora se encontra sob análise.
Cabe, portanto, ser ressaltado que, acima de qualquer indicação de espécies da flora que
estejam sob ameaça de extinção, o que se revela diante desta análise é que os ambientes
das restingas e das florestas quaternárias são os que se encontram sob ameaça de
desaparecer.
Estabelecido este argumento, é conveniente refletir sobre os resultados da diagnose
específica do Parque. Este poderia ser facilmente dividido em duas regiões predominantes:
a região das restingas e dunas e a região da planície hidromórficas. Sobre a primeira
alojam-se as diferentes fisionomias de vegetação de restinga, ao passo que, sobre a
segunda, ocorre a exuberante Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas.
As dunas elevadas são o resultado de movimentação eólica de areia e talvez seja
responsável pela obstrução do ponto de saídas das águas do rio Acaraí. Sobre os
sedimentos arenosos desta formação, há o estabelecimento de pedoambientes sub-xéricos
que permitem o estabelecimento de espécies muito diferentes daquelas que são
encontradas na segunda porção do Parque.
Sobre as áreas de solos hidromórficos, estão assentes espécies seletivas para este padrão
de ambiente e que constituem a Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas.
O que se percebeu através da análise fitossociológica é que a floresta aponta maior riqueza
e porte, contudo apresenta maior concentração da abundância em poucas espécies. Há
espécies comuns, contudo, a diferença marcante dos dois ambientes, um sub-xérico e outro
hídrico, determina diferenças estruturais e na composição muito marcantes. Estas
diferenças constituem a base para a manifestação de altos índices de diversidade.
É importante dizer que a natureza dos trabalhos conduzidos não permite diagnosticar a
verdadeira magnitude desta diversidade específica, tendo em vista o pouco tempo dedicado
para uma busca sistemática de espécimes. Contudo, os dados apontam para uma
diversidade muito elevada. Seriam necessários levantamentos sistemáticos de longo prazo
para que este objetivo, determinar a diversidade florística do Parque, fosse completado. De
qualquer forma, pelos estudos ora realizados pode-se perceber que cada ambiente do
Parque abriga espécies específicas e que cada segmento, diante disso, passa a ser único.
O estabelecimento da Floresta, por exemplo, depende de uma dinâmica de flutuações do
lençol freático que permite a permanência de um ambiente hídrico variável. Alterações
resultantes de drenagem, abertura de canais podem alterar com severidade as condições
que tornam possível a sustentação da floresta.
Quanto ao estado de conservação, de um modo geral, em todas as áreas visitadas a
cobertura vegetal do Parque encontra-se em bom estado. Contudo a vegetação da Floresta
Ombrófila Densa Submontana que recobre as pequenas elevações do cristalino encontra-se
intensamente degradada em vista do uso passado para a extração de recursos minerais. Há
pequenos núcleos onde se verifica a ocupação humana no passado devido ao plantio de
espécies exóticas (goiaba, limão, apricó-da-praia Mimusops sp., Sapotaceae), mas que não
representam uma ameaça à integridade da vegetação. Na porção oeste do Parque,
entretanto, alguns plantios comerciais podem contribuir para a regressão da cobertura da
vegetação principalmente em áreas sujeitas à abertura, embora seja difícil pensar em
invasão biológica nos ambientes com acentuada cobertura de floresta ou de restinga.
Além disso, algumas áreas dedicadas ao pastejo incluem a cobertura de Brachiaria, cujo
potencial grau de invasibilidade nas áreas de campos xéricos e campos salinos, bem como
nas bordaduras da lagoa Capivaru, é elevado. Cabe ressaltar que no arquipélago de
Tamboretes foi verificada ainda a invasão de Dioscorea piperifolia, espécie de ocupação
agressiva e que pode apresentar risco para a ocupação de todas as demais.
2.27
Apesar do bom estado de conservação o trânsito freqüente de pessoas, muitas destas
pescadores e motociclistas, mas possivelmente também caçadores, representam uma
ameaça constante à integridade da Unidade de Conservação, seja esta ameaça feita de
modo intencional ou não. Embora não se tenha absoluta certeza, a ausência de Euterpe
edulis na floresta de terras baixas é notável. Isto poderia ser rapidamente atribuída à intensa
extração no passado.
Em suma, os principais aspectos e problemas diagnosticados para a área do Parque e que
merecem atenção são os seguintes:
− A vegetação litorânea é pouco representada em todo o estado, e o Parque Estadual
Acaraí representa um grande e muito bem conservado fragmento de vegetação;
− A distribuição da restinga está claramente relacionada com solos e depósitos bem
drenados e a da Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas com solos hidromórficos
e/ou mal drenados;
− Como a vegetação encontra-se fortemente relacionada com os aspectos descritos
acima, parece ser claro que a drenagem ou a contaminação do rio Acaraí e da lagoa
do Capivaru implicam em ameaça às formações florestais;
− Trata-se de uma área que abriga grande volume de espécies vegetais, volume este
que deve ser ampliado através da realização de pesquisas futuras;
− Algumas áreas, tais como aquelas situadas nas pequenas elevações na região sul do
Parque, devem ser monitoradas quanto ao grau de recuperação natural;
− Há a possibilidade de que algumas espécies exóticas, tais como as gramíneas de
pasto (Brachiaria spp.) e os plantios de Pinus sp., representem uma ameaça à
vegetação. Este fato deve ser permanentemente monitorado;
− Dioscorea piperifolia é uma espécie invasora e que agressivamente tomou grandes
espaços no arquipélago de Tamboretes, sendo preocupante sua presença;
− A ausência de Euterpe edulis (palmiteiro) é algo marcante. Talvez isto esteja
relacionado com o extrativismo sofrido no passado.
2.2 - Fauna
Em conjunto com a vegetação, estudos que tenham a fauna como por objeto de avaliação
são de fundamental importância para o entendimento dos processos ecológicos vigentes em
uma determinada região. A fauna, enquanto agente controladora e disseminadora da
vegetação, tem fundamental importância na manutenção e na dinâmica de um ecossistema,
contribuindo para que a vegetação se estabeleça e se auto-sustente indefinidamente
através de processos associativos entre ambos os elementos. O entendimento de como se
dão esses processos são fundamentais para o sucesso de quaisquer programas de manejo
de unidades de conservação e/ou de recuperação de áreas degradadas, haja vista os
objetivos básicos destes. Além disso, como há atualmente um forte apelo do povo em geral
para que se conheça e se conserve os animais silvestres brasileiros, quaisquer programas
que visam a realização de atividades de cunho ambiental que não contemplem projetos
específicos sobre a fauna estarão fadados ao fracasso perante a opinião pública em geral.
A região da ilha de São Francisco do Sul e, por conseguinte do Parque Estadual Acaraí,
abrange um conjunto de ecossistemas terrestres, marinhos e de transição, como estuários e
mangues. A fauna local é modelada por este conjunto de ambientes, e estudos conduzidos
na região devem abordar análises de animais em cada um desses sistemas ecológicos.
Assim, o presente documento apresenta estudos sobre a fauna de vertebrados terrestres e
aquáticos da região do Parque. Nos casos dos peixes, aves e répteis, os estudos foram
desenvolvidos em conjunto, dada a interação existente entre as faunas de água doce e
marinhas regionais (peixes, aves e jacarés) ou a pouca informação existente localmente
2.28
para determinados grupos (e.g., tartarugas marinhas). Já no tocante a mamíferos, o
documento apresenta uma análise em separado para espécies terrestres e marinhas, uma
vez que a abordagem metodológica de avaliação foi distinta para estas comunidades.
2.2.1 - Ictiofauna
O conjunto de espécies de peixes de água doce e estuarinos que ocorre na planície costeira
representa o resultado de processos históricos de especiação, possivelmente determinados
por transgressões marinhas (Lundberg et al., 1998), expansões do clima (Ab’Sáber, 1977) e
reordenações nas redes de drenagens (Ab’Sáber, 1957), de processos ecológicos que
determinaram a adaptação de espécies às condições climáticas e o regime hidrológico da
região e, finalmente, de processos antrópicos, como as alterações ambientais e os
programas de erradicação e introdução de espécies, que possivelmente levaram à exclusão
de elementos autóctones da fauna original.
O endemismo da fauna de peixes do sul brasileiro foi reconhecido por Vari (1988), que
definiu uma região denominada Southeastern, e por Menezes (1996), que incluiu os rios do
sudeste-sul como parte de Southeastern-South Small Drainages. Entretanto, determinar
diversidade, endemismo e padrões de distribuição, com base em critérios objetivos, é uma
tarefa comprometida pela falta de informações básicas. A fauna atual certamente é muito
reduzida em relação à que existia no passado, devido aos processos históricos, às
alterações climáticas, e aos fatores antrópicos anteriormente citados, que possivelmente
alteraram sua composição original com extinções locais ou generalizadas.
Lamentavelmente, não existe documentação completa da diversidade pretérita da ictiofauna,
de tal modo que dados atuais revelam apenas uma parcela do que existia antes das
alterações de origem antrópica. Mesmo a fauna remanescente está mal documentada, pois
levantamentos adequados, catalogação e identificação para conhecimento da composição
taxonômica dos grupos de peixes representados na Mata Atlântica são incompletos.
A região sul do Brasil apresenta uma complexa rede hidrográfica se comparada às de outras
regiões brasileiras. Esta condição natural é a principal conseqüência da abrangência do
clima úmido, característico da Mata Atlântica, sobre as bacias hidrográficas da região.
Grande parte das bacias costeiras do sul encontra-se sob influência da Mata Atlântica,
mesmo com relação aos rios que apresentam grande influência dos regimes de marés,
como é o caso do rio Acaraí, cujas nascentes não nascem nas encostas da serra, mas na
planície costeira nos limites da restinga e da floresta ombrófila. As bacias hidrográficas sob
o domínio desta formação vegetacional apresentam características peculiares, como o
regime hídrico regular, reflexo direto das precipitações predominantes e regulares no verão
e secas no inverno, associada à alta taxa de evaporação neste período. Estas
características hidrológicas podem servir de critério para caracterizar o rio Acaraí, porém,
este é fortemente influenciado pelas correntes de marés e influenciado pela cunha salina
que avança até sua porção mediana. Da mesma maneira que as bacias de outras
ecorregiões costeiras, os rios convergem de serras e escarpas para os fundos de vales até
chegar à planície costeira e para o Oceano Atlântico (Ab’Saber, 1995).
As principais diferenças entre as bacias da região do litoral norte catarinense são o seu
regime hídrico e aspectos fisiográficos nas suas áreas de cabeceiras e nos seus baixos
cursos. O limite norte avança até uma estreita faixa de vegetação litorânea ou atinge mesmo
a costa, como ocorre no noroeste do Paraná (Maack, 1968). As bacias hidrográficas desta
região estão sob maior influência do clima úmido, se comparada às das outras regiões. Esta
condição natural faz com que os rios apresentem regime intermitente em grande parte de
seus cursos, com exceção dos baixos cursos e cabeceiras localizadas em matas serranas.
Ao sul, limita-se com as florestas pluviais costeiras, que caracterizam a zona da mata na
região, transição essa que ocorre gradualmente (Andrade-Lima, 1981). A elevação da Serra
de Jaraguá é o grande gestor de águas, direcionando os rios no sentido oeste-leste até o
2.29
Oceano Atlântico. Os regimes hidrológicos dos rios nesta região variam em função da
abrangência da área de declive e planície costeira. Os regimes intermitentes de alguns rios
são substituídos pelos regimes torrenciais nos períodos mais chuvosos.
2.30
A falta de conhecimento da composição taxonômica da maioria dos grupos de peixes
representados é um obstáculo à caracterização da diversidade e sua distribuição. O estudo
ambiental realizado por Corrêa et al. (1995) entre a região mediana do rio até a foz na Baía da
Babitonga mostrou a clara dependência das espécies dulcícolas e do regime oscilante da cunha
salina que promove o acesso de espécies estuarinas nos rios de planície da região Atlântica.
Por fim, um inventário de peixes associados aos fundos rochosos do Arquipélago de
Tamboretes foi realizado por Bueno (2007). Este trabalho é de extrema relevância, tendo em
conta que apenas dois trabalhos (Alves, 2006; Schaefer, 2006) tinham sido previamente
realizados na região. Toda esta informação revela-se de especial importância porque se
constitui numa referência para o conhecimento da dinâmica espacial das associações de
peixes recifais de ambientes rochosos do litoral norte catarinense.
2.2.1.1 - Métodos
Uma vez que o propósito primordial deste trabalho foi obter, um retrato "instantâneo"
padronizado da estrutura e composição da fauna de peixes em cada local e momento de
coleta, permitindo que os dados sejam representativos para a análise da diversidade e
estado de conservação ambiental da ictiofauna, foram aplicados métodos de coleta de forma
a ser capturada uma amostra representativa de peixes presente em cada trecho amostrado.
Assim sendo, o esforço de coleta aplicado à variante metodológica foi adequado para as
diferentes áreas amostradas, tendo sido utilizados os seguintes procedimentos e materiais:
− Cerco: método eficiente para peixes encontrados em locais de corredeiras de
pequeno e médio porte. É muito útil na captura de espécies criptobióticas e
especialmente útil quando associado a eletropesca (Foto 2.13 A).
− Eletropesca: é utilizado um gerador de 120 v, com dois puçás condutores. É um
método muito eficiente para coligir todos os tipos de peixes, tendo especial
importância na captura de espécies crípticas e/ou de difícil captura pelos demais
métodos de coleta (Foto 2.13 B).
− Peneiras: método eficiente para espécies de pequeno porte se utilizada de forma
correta, sempre próximo à margem e onde ocorre vegetação ripária e/ou aquática.
Ideal para pequenos riachos (Foto 2.13 C).
− Redes de emalhar: redes com 5 a 20 m de comprimento que permaneceram por um
período de no mínimo 24 h na água em cada uma das bases trabalhadas, com
revisões periódicas a cada 12 h. As baterias contaram com redes de 2, 3 e 5 cm de
distância entre nós adjacentes.
− Senso visual: técnicas de mergulho científico em apnéia ou utilizando equipamento
SCUBA onde uma área é varrida e realizada a observação do número de indivíduos
de todas as espécies encontradas.
As áreas amostradas correspondem às seguintes: 1) trecho da foz do rio Acaraí na
desembocadura no balneário da Enseada (entorno do Parque); 2) região limite do Parque
com a área urbana; 3) remansos e lagoas maiores com influência das oscilações de marés;
4) região profunda e mediana do rio; 5) área de banhados e estreitamento; 6) nascente
principal do rio Acaraí; 7) zona de arrebentação da praia arenosa da Praia Grande (entorno)
e, 8) as ilhas do Arquipélago de Tamboretes.
Os peixes capturados (Foto 2.14) foram fixados em formalina diluída a 10% e transportados
para o laboratório onde foram identificados a nível específico, pesados em balança de
precisão e medidos com auxílio de ictiômetro. Após este processamento todo o material foi
transferido para etanol 70% e depositados no Museu de História Natural Capão da Imbuia -
MHNCI. Em adição aos dados coletados, foram utilizadas informações disponíveis em
bibliografia e no MHNCI e na Coleção de Referência da Ictiologia da UNIVILLE (CRIU).
2.31
Foto 2.13 - Métodos Utilizados para Coleta de Peixes no Parque Acaraí
A B
Legenda: (A) Pesca em cerco desenvolvida durante os levantamentos de campo; (B) Pesca elétrica; (C) Peneira utilizada para a
coleta de pequenos peixes.
Fonte: Pedro Pinheiro, 2007.
2.32
Para o levantamento da pesca foram realizadas visitas às localidades na região de entorno
do Parque, tendo como foco a análise da atividade pesqueira em quatro localidades:
Enseada, São José do Acaraí (Tapera), Ervino e Barra do Sul. A estratégia consistiu na
aplicação de 95 questionários semi-estruturados para caracterização do perfil dos
moradores e suas expectativas sobre a situação pesqueira da região. Foram questionados,
aleatoriamente, 23 moradores na Enseada, 16 na Tapera, 25 no Ervino e 31 moradores na
Barra do Sul. O modelo do questionário aplicado encontra-se no Anexo 2.07.
2.35
bandeira), Harengula clupeola (sardinha cascuda), Diapterus rhombeus (carapeba), Mugil liza
(tainha), Mugil platanus (tainha) e Mugil curema (parati).
As demais espécies restantes são consideradas como de baixo valor comercial, sendo
algumas delas utilizadas como isca nos próprios petrechos de pesca dos pescadores. Cabe
ressaltar que há uma intensa atividade pesqueira por parte de alguns moradores na região
litorânea próxima ao Parque, e que espécies da família Sciaenidae, Carangidae e
Gerreidae, típicas de fundos arenosos e biodetríticos de praias, formam a base desta
pescaria artesanal. Eventualmente outras espécies marinhas errantes como cações são
capturados e utilizados como alimento ou comercializados.
2.36
elevada tolerância a baixas concentrações de oxigênio dissolvido, como é o caso de
Synbranchus marmoratus.
2.37
Figura 2.08 - Áreas de Concentração de Peixes Identificadas no Parque, como
de Relevante Interesse para Preservação e Pesquisa
2.38
Segundo o resultado dos 95 questionários aplicados para o levantamento de pesca da
região do Parque, a atividade no rio Acaraí pode ser caracterizada como artesanal e de
subsistência, onde 72% dos moradores das localidades nas margens do rio têm na pesca a
sua ocupação principal. Pode-se também, constatar uma tendência de concentração na
atividade pesqueira em detrimento da atividade de agricultura de subsistência.
Com base nos tipos de aparelhos e embarcações utilizados e nas espécies explotadas, a
região enquadra-se no segmento produtivo da pesca exclusivamente estuarina. Foram
declarados como principais petrechos de pesca utilizados: a tarrafa, o jerivau, o caceio e
fundeio, o cerco fixo, o puçá, o arpão, o espinhel e o catueiro. Os resultados obtidos, para os
petrechos e atividades de pesca, corroboram com as observações realizadas por Bastos
(2006), que caracteriza a pesca da região da baia da Babitonga como essencialmente
artesanal e de subsistência.
O Arquipélago de Tamboretes, por outro lado, vem sofrendo grande pressão antrópica,
sendo explorado por duas comunidades de pesca tradicional e amadora dos municípios de
Barra do Sul e São Francisco do Sul (Bueno, 2007). O aumento da atividade de caça
submarina, realizada no local inclusive em campeonatos, e da pesca de arrasto de camarão
realizada nas proximidades das ilhas geram grande pressão sobre os recursos disponíveis.
Desta maneira, é apontado que a intensificação da exploração, particularmente nas áreas
costeiras, pode acarretar efeitos sociais negativos com prejuízos econômicos a
comunidades de pescadores ou extrativistas que dependem da exploração dos recursos
naturais para o seu sustento.
2.39
2.2.1.3 - Conclusões
A análise da distribuição de espécies de grupos de peixes de água doce do rio Acaraí
confirma que a ictiofauna não se distribui em um único ecossistema aquático, mas em
sistemas hidrográficos situados em diferentes ecorregiões, com características ambientais
distintas. Cada região possui um conjunto de espécies endêmicas, sugerindo que, após
contatos prévios de grupos ancestrais, houve isolamentos vicariantes proporcionados por
eventos geotectônicos pretéritos, dando origem a faunas distintas de peixes dentro da
região Atlântica.
A história dos ecossistemas aquáticos é, assim, diferente da história da planície costeira
propriamente dita. Como muitos dos sistemas hidrográficos que cortam a planície também
passam por outros ambientes com características distintas, várias das espécies de peixes
de água doce ultrapassam os limites mais baixos.
Além destas iniciativas no campo da sistemática, ações prementes na área de conservação
da biodiversidade de peixes devem ser tomadas, uma vez que vários ecossistemas
aquáticos e bacias acham-se impactados por quase toda sua extensão. A possibilidade da
manutenção e uso sustentável das espécies de peixes, em muitos casos, exigirá grandes
esforços de recuperação ambiental.
Com a implantação das áreas de proteção poderá ser permitida a realização de atividades
de ecoturismo no Parque Estadual Acaraí, desde que estas atividades sejam realizadas em
consonância com a conservação dos recursos ambientais e não comprometam a qualidade
de vida, as tradições ou as atividades das comunidades extrativistas. As atividades de
turismo, lazer e recreação que não envolvem exploração direta dos recursos marinhos
(pesca e outras formas de extrativismo) deverão ser regidas por diretrizes específicas deste
Plano de Manejo.
As nascentes são especialmente interessantes pelo endemismo e ações de criação de
áreas de proteção permanente nessas regiões são especialmente urgentes e necessárias.
Assim como a comunidade de peixes recifais do Arquipélago de Tamboretes torna-se uma
relíquia da fauna regional que deve ter suas características primárias descritas e ser
fortemente recomendadas no zoneamento do Parque.
Dentre os peixes de água doce há espécies com bom potencial para indicarem tipos e
magnitudes de influências de origem antrópica, porém as informações disponibilizadas no
banco de dados não são suficientes para investigações dessa natureza. Esta
complementação seria especialmente produtiva com o desenvolvimento de estudos
ecológicos complementares, associados à ecologia de paisagem e que buscassem o
desenvolvimento de índices multimétricos.
2.2.2 - Herpetofauna
A herpetofauna da região Neotropical é reconhecida por apresentar uma das maiores
riquezas específicas de todo o mundo, com uma grande complexidade de relações
ecológicas entre as espécies e destas com o meio onde vivem (Duellman, 1999; Pombal-Jr.
& Gordo, 2004). Somente no Brasil ocorrem 817 de anfíbios e 641 espécies de répteis, o
que coloca o país na primeira e na terceira posição em relação ao total de espécies desses
grupos em todo o planeta, respectivamente (SBH, 2007).
A herpetofauna pode ser considerada como um dos melhores indicadores ambientais
existentes. Por suas condições de “vida dupla” (i.e, existência de uma fase adulta terrestre e
larval em geral aquática) e pelas suas características fisiológicas (pele fina permeável e com
respiração cutânea), os anfíbios, por exemplo, são considerados bons indicadores de níveis
de poluição de ecossistemas aquáticos e transicionais (e.g, Green, 1997). Já as serpentes,
embora de difícil visualização em campo, podem também servir como elementos de avaliação
por sua condição topo em cadeias alimentares. A presença de espécies estenóicas desse
2.40
grupo (isto é, com alta especificidade no que diz respeito ao uso do ambiente) pode indicar
boas condições de preservação do ambiente (Moura-Leite et al., 2003).
2.2.2.2 - Métodos
O estudo visou principalmente o levantamento de espécies de anfíbios e répteis presentes
na região do Parque Estadual Acaraí, a determinação dos ambientes de ocorrência das
mesmas e a identificação de áreas prioritárias para sua conservação. Para tanto, efetuou-se
inicialmente a análise da literatura especializada e de imagens de satélite, de forma a se ter
uma visão inicial da situação regional e dos possíveis ecossistemas presentes localmente.
Posteriormente, efetuou-se uma fase de campo na região, de forma a se observar as
condições da paisagem in loco e de se obter informações sobre a herpetofauna regional.
Por fim, e visando complementar as informações obtidas, foram também efetuadas
consultas às coleções herpetológicas do Museu de História Natural Capão da Imbuia em
Curitiba e do Instituto Butantan de São Paulo para complementação do diagnóstico.
2.41
As atividades de campo foram direcionadas à procura de espécimes pertencentes aos
diferentes grupos herpetológicos (anuros, gimnofionas, lagartos, anfisbenas, serpentes,
quelônios e crocodilianos). Para a constatação de répteis Squamata e anfíbios em geral foi
efetuada a inspeção de diversos tipos de ambientes (tais como sob pedras e troncos, sobre
a vegetação, sobre rochas, etc), realizadas tanto em períodos diurnos quanto noturnos (seg.
Marques, 1998; Di-Bernardo, 1998; Martins & Oliveira, 1998; Rocha, 2000; Franco &
Salomão, 2002, Marques & Sazima, 2004; Morato, 2005). Para anfíbios anuros, foi ainda
efetuada a gravação de vocalização para identificação sonora e emissão de play-back com
vistas à atração dos espécimes. No caso do encontro de exemplares, seu manuseio foi
efetuado manualmente ou, no caso de serpentes peçonhentas, com auxílio de gancho
próprio para este fim.
Em quatro pontos do Parque com diferentes fisionomias foram também instaladas
armadilhas do tipo “barreira e queda” (drift-fence with pit-fall traps”), sendo tais armadilhas
constituídas por 10 baldes cada, enterrados ao solo e interligados por uma lona plástica que
tem a função de direcionar os animais aos baldes (Franco & Salomão, 2002) (Foto 2.15).
Para quelônios de água doce e crocodilianos, foi efetuada uma incursão na lagoa do Acaraí,
sendo esta incursão iniciada às 14:00 h e estendida até as 24:00 h. A procura diurna foi
efetuada mediante a inspeção das margens em busca de animais em atividade de
assoalhamento e a noturna mediante o uso de farolete, para fins de visualização de olhos de
jacarés.
Foto 2.15 - Armadilha do Tipo Barreira e Queda Instalada em
Área de Restinga do Parque
Quanto a quelônios marinhos, foi efetuada uma avaliação da Praia Grande por meio de
caminhada, no intuito de se encontrar carcaças de animais atiradas à praia pelo mar.
Informações quanto à ocorrência de espécies na região foram também obtidas junto à
população local e junto à curadora da coleção de animais marinhos da UNIVILLE,
participante deste estudo na área de mamíferos marinhos.
2.42
O trabalho de campo também foi efetuado através da pesquisa de material colecionado em
escolas, farmácias e postos de saúde regionais (os quais eventualmente mantêm espécimes
trazidos pela comunidade regional em vidros com álcool ou formol) e através da realização
de entrevistas com a comunidade. Nessas entrevistas, evitou-se a indução da resposta
sobre a ocorrência de espécies, buscando-se sempre permitir que o entrevistado
descrevesse o animal conforme sua própria experiência. Somente depois de concluídas as
entrevistas é que o entrevistado teve acesso a livros e fotos que permitissem a associação
de sua descrição com as espécies que poderiam ocorrer localmente. Para tais entrevistas,
buscou-se pessoas residentes há pelo menos quinze anos na região e com larga
experiência de campo e/ou pessoal técnico da área biológica, especialmente professores
e/ou biólogos, veterinários e engenheiros florestais e agrônomos com atuação local.
Anfíbios Anuros
A região Atlântica brasileira compreende uma das porções do território nacional a abrigar
uma das maiores diversidades de anfíbios anuros (Pombal-Jr. & Gordo, 2004). Em regiões
dominadas por sistemas abertos litorâneos como as restingas, Rocha & Van-Sluys (2007)
afirmam que o elevado aporte de iluminação solar, associado à rápida percolação das águas
no solo arenoso, geralmente geram menor disponibilidade de hábitats para o
desenvolvimento das larvas desses animais. Desta maneira, é esperado que, nessas
condições, haja uma menor riqueza de espécies do que nas florestas de baixada e de
encosta adjacentes às restingas. Na região ora em estudo, tal condição foi a observada. Nas
áreas de restingas xerofíticas foram observadas, durante os trabalhos de campo, apenas
três das 17 espécies registradas, a saber, Adenomera cf. marmorata, Scinax fuscovarius e
Scinax cf. alter (Anexo 2.09). Observou-se à distância também um outro anuro em
deslocamento pela estrada do Parque que margeia as restingas, mas o mesmo não foi
localizado após adentrar a vegetação. Pelo seu tamanho médio e padrão de movimentação
em pequenos pulos, infere-se tratar-se de um indivíduo de Bufo ou, caso venha a ser
confirmado oportunamente, de Odontophrynus.
2.43
A partir da faixa litorânea em direção ao interior do Parque e ultrapassando a linha das
dunas, as restingas xerofíticas são substituídas pelas restingas higrófilas, onde observou-se
uma maior riqueza relativa de anuros (n=9 espécies – Anexo 2.09). Nesse ambiente
observou-se elevada densidade de bromélias-tanque (Foto 2.16), fator que parece favorecer
o desenvolvimento de formas larvais de espécies de anuros dendrícolas, tais como o
bufonídeo Dendrophryniscus leucomystax e espécies da família Hylidae (Pombal-Jr. &
Gordo, 2004). Porém, observou-se também a ocorrência de espécies terrícolas nesta área,
tais como pequenos leptodactilídeos e microhilídeos. Em geral, a reprodução dessas
espécies processa-se no solo e, muito embora este seja constituído pelos cordões arenosos
de influência marinha típicos das restingas, observou-se grande densidade de vegetação em
decomposição sobre o mesmo. Este fator talvez possa permitir a ocorrência local da
reprodução de espécies com pequena dependência de grandes massas d’água (a exemplo
de Adenomera spp. e/ou do microhilídeo Chiasmocleis leucosticta) ou de espécies com
desenvolvimento direto (Eleutherodactylus), uma vez que a massa foliar em decomposição
parece gerar uma impermeabilização e um isolamento de pequenas poças d'água
temporárias em relação ao solo.
Nos ambientes de restinga higrófila registrou-se também a espécie Hypsiboas faber, porém
em condições distintas. Dois indivíduos dessa espécie encontravam-se abrigados em
grandes poças d'água temporárias estabelecidas diretamente sobre o solo arenoso em área
de transição entre a restinga higrófila e a xerófita. Não foi evidenciada a vocalização ou a
reprodução da espécie no local, havendo dúvidas quanto à viabilidade das larvas dessa
espécie nessas condições. Esta espécie parece ser tolerante a condições de alteração
ambiental, podendo talvez suportar estresses ambientais mais facilmente do que as demais
espécies da região.
2.44
com registros de espécies tipicamente florestais, como Itapotihyla langsdorfii (Hylidae) e
Proceratophrys boiei (Leptodactylidae). Essas duas espécies, em conjunto com Scinax
catharinae e Trachycephalus mesophaeus, podem ser consideradas como indicadoras de
boa qualidade ambiental das florestas locais, uma vez que sua reprodução em geral se
processa em áreas pouco perturbadas.
Quanto a ambientes abertos e constituídos por banhados graminosos (várzeas), na área do
Parque os mesmos localizam-se exclusivamente nas margens do rio e nas lagoas do Acaraí e
do Capivaru. Nas várzeas destas duas lagoas não obteve-se quaisquer registros de anuros,
possivelmente em função da salinidade das águas locais pela influência da maré. Já nas
proximidades do rio Acaraí, observou-se pequena riqueza de espécies (n=5). Merece
destaque a ausência local de espécies tipicamente associadas a tais ambientes, a exemplo de
Dendropsophus werneri e D. sanbornii, comuns em áreas litorâneas da região Sul do Brasil
(e.g., Pombal-Jr. & Gordo, 2007; obs. pess.). Muito embora deva-se assumir que o presente
diagnóstico seja preliminar, é possível que os banhados graminosos do rio Acaraí tenham sido
isolados por sistemas de florestas e restingas antes de sua formação, fator que teria limitado a
ocupação dos banhados por tais espécies. Conforme salientado no estudo sobre vegetação, é
possível que a lagoa do Acaraí e os próprios banhados do rio Acaraí devam sua origem ao
estrangulamento originado pela formação do sistema de dunas próximos à foz da lagoa.
Assim, haveria uma origem relativamente recente dos sistemas de várzeas desses cursos
d’água na região, sendo o fator histórico-biogeográfico recente o determinante da inexistência
natural de espécies de tais sistemas na região.
A partir da faixa litorânea em direção ao interior do Parque e ultrapassando a linha das
dunas, as restingas xerofíticas são substituídas pelas restingas higrófilas, onde observou-se
uma maior riqueza relativa de anuros (n=9 espécies - Anexo 2.09). Nesse ambiente
observou-se elevada densidade de bromélias-tanque (Foto 2.16), fator que parece favorecer
o desenvolvimento de formas larvais de espécies de anuros dendrícolas, tais como o
bufonídeo Dendrophryniscus leucomystax e espécies da família Hylidae (Pombal-Jr. &
Gordo, 2004). Porém, observou-se também a ocorrência de espécies terrícolas nesta área,
tais como pequenos leptodactilídeos e microhilídeos. Em geral, a reprodução dessas
espécies processa-se no solo e, muito embora este seja constituído pelos cordões arenosos
de influência marinha típicos das restingas, observou-se grande densidade de vegetação em
decomposição sobre o mesmo. Este fator talvez possa permitir a ocorrência local da
reprodução de espécies com pequena dependência de grandes massas d’água (a exemplo
de Adenomera spp. e/ou do microhilídeo Chiasmocleis leucosticta) ou de espécies com
desenvolvimento direto (Eleutherodactylus), uma vez que a massa foliar em decomposição
parece gerar uma impermeabilização e um isolamento de pequenas poças d'água
temporárias em relação ao solo.
Nos ambientes de restinga higrófila registrou-se também a espécie Hypsiboas faber, porém
em condições distintas. Dois indivíduos dessa espécie encontravam-se abrigados em
grandes poças d'água temporárias estabelecidas diretamente sobre o solo arenoso em área
de transição entre a restinga higrófila e a xerófita. Não foi evidenciada a vocalização ou a
reprodução da espécie no local, havendo dúvidas quanto à viabilidade das larvas dessa
espécie nessas condições. Esta espécie parece ser tolerante a condições de alteração
ambiental, podendo talvez suportar estresses ambientais mais facilmente do que as demais
espécies da região.
2.45
Gradativamente, as restingas higrófilas da área do Parque dão lugar à floresta paludosa na
medida em que se distância ainda mais da faixa litorânea em direção ao rio Acaraí.
Conforme citado no estudo sobre vegetação, o solo dessas áreas apresenta uma camada
orgânica mais densa do que o das restingas, fator que deve promover ainda mais o
isolamento e a dessalinização dos recursos hídricos superficiais. Nestas áreas observou-se
diversos locais permanentemente encharcados, sendo que, nestes, foram observadas todas
as espécies de anuros ora registradas. Estes ambientes constituem-se também nos únicos
com registros de espécies tipicamente florestais, como Itapotihyla langsdorfii (Hylidae) e
Proceratophrys boiei (Leptodactylidae). Essas duas espécies, em conjunto com Scinax
catharinae e Trachycephalus mesophaeus, podem ser consideradas como indicadoras de
boa qualidade ambiental das florestas locais, uma vez que sua reprodução em geral se
processa em áreas pouco perturbadas.
Quanto a ambientes abertos e constituídos por banhados graminosos (várzeas), na área do
Parque os mesmos localizam-se exclusivamente nas margens do rio e nas lagoas do Acaraí e
do Capivaru. Nas várzeas destas duas lagoas não obteve-se quaisquer registros de anuros,
possivelmente em função da salinidade das águas locais pela influência da maré. Já nas
proximidades do rio Acaraí, observou-se pequena riqueza de espécies (n=5). Merece
destaque a ausência local de espécies tipicamente associadas a tais ambientes, a exemplo de
Dendropsophus werneri e D. sanbornii, comuns em áreas litorâneas da região Sul do Brasil
(e.g., Pombal-Jr. & Gordo, 2007; obs. pess.). Muito embora deva-se assumir que o presente
diagnóstico seja preliminar, é possível que os banhados graminosos do rio Acaraí tenham sido
isolados por sistemas de florestas e restingas antes de sua formação, fator que teria limitado a
ocupação dos banhados por tais espécies. Conforme salientado no estudo sobre vegetação, é
possível que a lagoa do Acaraí e os próprios banhados do rio Acaraí devam sua origem ao
estrangulamento originado pela formação do sistema de dunas próximos à foz da lagoa.
Assim, haveria uma origem relativamente recente dos sistemas de várzeas desses cursos
d’água na região, sendo o fator histórico-biogeográfico recente o determinante da inexistência
natural de espécies de tais sistemas na região.
Por fim, diferentemente do padrão observado para áreas de restinga ou de floresta Atlântica
do Sudeste do Brasil (Rocha & Van-Sluys, 2007 e Pombal-Jr. & Gordo, 2004), as espécies
de Hylidae (n=7 espécies) predominam pouco na região em relação a Leptodactylidae (n=6
espécies). Outras espécies de ambas as famílias provavelmente serão encontradas na
região na medida em que houver o incremento local de estudos.
A Foto 2.17 apresenta algumas das espécies de anuros registradas para a região de estudo.
• Quelônios
Os quelônios constituem um dos grupos mais antigos de répteis a habitarem o planeta. Sua
origem remonta ao início do Mesozóico, e sua constituição física, i.e., um corpo protegido
por uma carapaça óssea e dérmica, praticamente não sofreu modificações desde a origem
do grupo. Esta constituição é considerada como o fator de maior adaptação para a proteção
e, conseqüentemente, um dos principais elementos que garantiram a sobrevivência dos
quelônios desde seu surgimento.
Atualmente, os quelônios em geral sofrem grandes pressões decorrentes do modo de vida
humano moderno, para o qual as medidas adaptativas de proteção parecem ser ineficientes.
A presença de contaminantes e resíduos sólidos no ambiente, a predação de ovos e de
indivíduos adultos encontram-se entre as principais pressões, sendo que muitas espécies
encontram-se atualmente sob risco de extinção. Esses fatores incidem principalmente,
embora não exclusivamente, sobre as espécies aquáticas de maior porte.
2.46
Foto 2.17 - Espécies de Anfíbios Registrados para o Parque Estadual Acaraí
A B C
D E F
G H I
J K L
Legenda: (A) Hypsiboas faber; (B) Scinax cf. alter; (C) Scinax aff. cuspidatus; (D) Itapotihyla langsdorfii; (E) Adenomera cf.
marmorata; (F) Adenomera nana; (G) Leptodactylus ocellatus; (H) Proceratophrys boiei; (I) Dendrophyniscus leucomistax;
(J) Bufo cf. abei; (K) Bufo ictericus; (L) Chiasmocleis leucosticta.
Fonte: Sérgio A.A. Morato.
A região do Parque Estadual Acaraí deve contar com a ocorrência de seis espécies de
quelônios, sendo cinco espécies marinhas e uma de água doce. Das espécies marinhas,
duas são de ocorrência certa (Chelonia mydas e Caretta caretta - Foto 2.18, ambas com
diversos espécimes colecionados junto à UNIVILLE), sendo estas espécies as mais
freqüentes nos litorais de Santa Catarina e Paraná (e.g., D'Amato, 1991; Pupo et al., 2006).
As outras três espécies marinhas (Lepidochelys olivacea, Eretmochelys imbricata e
Dermochelys coriacea) podem ser consideradas como de ocorrência possível ou eventual
na região. Ainda não se conhece em detalhes os motivos que levam ao aparecimento mais
freqüente das duas primeiras espécies na costa sul-brasileira em relação às demais, mas tal
situação possivelmente deva-se a diferenças nos modos de vida das espécies e à sua
2.47
abundância relativa total ao longo de sua distribuição na costa brasileira. Chelonia mydas e
Caretta caretta, por exemplo, alimentam-se principalmente de algas verdes e
macroinvertebrados, respectivamente, sendo estes recursos mais abundantes nas
proximidades do litoral, em especial em áreas de costões rochosos. Dermochelys coriacea,
por outro lado, é uma migradora de longas distâncias cuja dieta fundamenta-se em macro-
organismos flutuantes como águas vivas, utilizando-se possivelmente de grandes correntes
marinhas distantes da costa como auxílio para a navegação e para o encontro de seu
alimento. Esta espécie é também considerada como a mais rara e ameaçada de todas as
espécies marinhas, fato que deve refletir em sua baixa freqüência de aparecimento no litoral
catarinense. Mesmo assim, Soto et al. (1997) registraram a ocorrência de ninhos desta
espécie em Santa Catarina e na porção norte do litoral do Rio Grande do Sul, demonstrando
que a mesma procura as áreas litorâneas ao menos em determinadas condições e períodos.
2.48
ocorre. Este fato, associado à pequena atividade educativa junto a pescadores, contribui
para que as pressões sobre os quelônios ainda aconteça.
Outro fator a gerar perturbação sobre os quelônios marinhos da região constitui-se no lixo
atirado ao mar. Na área da Praia Grande, observou-se grande acúmulo de lixo (inclusive de
materiais de alta periculosidade, a exemplo de lâmpadas) (Foto 2.20). Grande parte desse
material parece ser lançado ao mar pelos navios que passam ao largo da costa, fato
avaliado em função da presença de diversos materiais de origem exógena ao país (tais
como pacotes de diversos produtos com siglas asiáticas e européias). Sacolas plásticas e
outros sólidos flutuantes são muitas vezes confundidos pelos quelônios com peixes e águas
vivas, sendo prontamente ingeridos. Este material pode obliterar o trato digestório dos
animais, levando-os à morte.
2.49
cobra. Esta espécie é amplamente disseminada por toda a região Sul do Brasil, não
apresentando maiores problemas quanto à sua conservação. Trata-se de uma espécie
registrada para a região de São Francisco do Sul por meio de análise de material
museológico e que carece de confirmação para a área do Parque em si.
• Crocodilianos
A região do litoral sul-brasileiro é área de vida de uma única espécie de crocodiliano, o
jacaré de papo amarelo (Caiman latirostris) (Verdade & Piña, 2007) (Foto 2.22). No litoral do
Estado do Paraná e na porção norte do litoral de Santa Catarina, esta espécie é ainda
comum nas áreas de baías, mangues e banhados, podendo eventualmente aparecer em
estuários ou mesmo em praias (Morato, 1991). Registros recentes desta espécie para a baía
da Babitonga ou mesmo para a região urbana de Joinville têm sido divulgados na mídia. Na
área do Parque, informações colhidas junto à comunidade de pescadores sugerem que a
espécie ocorresse na lagoa ou no rio Acaraí.
2.50
Durante os trabalhos de campo, efetuou-se busca noturna por indivíduos de C. latirostris nas
áreas da lagoa e do rio citados, não tendo sido encontrados quaisquer exemplares da espécie
nessas áreas. Pescadores jovens da comunidade lindeira (entre 20 e 30 anos
aproximadamente) em atividade de pesca noturna na lagoa do Capivaru, entrevistados nesse
horário, relatam que jamais viram jacarés na área do Parque. Afirmam que “apenas os antigos
(moradores) viam jacarés ”ou que“ acham que é lenda, que nunca teve o bicho aqui (na lagoa)”.
De acordo com o observado para a espécie em outras regiões próximas, tanto a lagoa do
Acaraí quanto o rio Acaraí parecem consistir em áreas propícias para a ocorrência de C.
latirostris. Em muitas regiões, esta espécie foi fortemente caçada no passado, podendo
muitas populações ter desaparecido por esta pressão ou, também, por abate de indivíduos
emalhados em redes de pesca. Observou em campo haver grande intensidade dessa
atividade na área da lagoa, inclusive com redes de espera que a atravessavam totalmente e
bloqueiam a passagem de quaisquer animais entre jusante e montante (Foto 2.23). É
possível, portanto, que as pressões antrópicas locais tenham gerado o desaparecimento do
jacaré de papo amarelo da área do Parque no passado.
Foto 2.23 - Rede de Espera Estabelecida entre as Duas Margens e
Atravessando a Totalidade da Lagoa do Acaraí
• Lagartos e Anfisbenídeos
Comparativamente à Amazônia, ao Nordeste e ao Brasil Central, a fauna de lagartos e
anfisbenídeos da região sul do Brasil é pobre. Estudos como o de Rocha & Van-Sluys
(2007) e referências nele contidas indicam que aspectos históricos de ocupação dos
ecossistemas costeiros têm forte influência na composição das comunidades de região para
região, e que tais aspectos talvez possam explicar em grande parte as diferenças nestas
composições. Há, contudo, aspectos ecológicos vigentes que talvez possam ser limitantes à
diversidade do grupo, em especial condições relacionadas à temperatura e pluviosidade.
Pouco se conhece sobre a ecofisiologia de lagartos das restingas e florestas da região Sul
do Brasil, mas há, porém, alguns aspectos ecológicos que devem ser ressaltados e que
podem explicar em parte os motivos pelos quais a diversidade de lagartos em regiões frias
seja menor. Ao longo de toda a região, é possível que a ocupação dos hábitats por lagartos
tenha sido dificultada, ao longo dos processos de dispersão e especiação, por um conjunto
de fatores como baixas temperaturas e menor intensidade solar durante os períodos
invernais do que o observado nos trópicos. Este conjunto de fatores poderia implicar em
uma maior necessidade de alocação de gordura para a manutenção do organismo em
períodos invernais, havendo pequena disponibilidade de recursos para desenvolvimento
gonadal para grande parte das espécies e/ou para determinados clados cujos ciclos são
2.51
fortemente determinados por tais fenômenos, tais como Tropiduridae. Há, também, que se
considerar que o período de verão chuvoso na região litorânea meridional não apresenta
necessariamente temperaturas mais favoráveis, já que pode ser acompanhado de muitos
momentos de “friagem”. Assim, é possível que o recrutamento seja menos favorecido nessa
região do que nas restingas e florestas das porções mais setentrionais, sendo este um fator
que teria limitado, ao longo do tempo, a dispersão e a colonização dos ecossistemas
regionais pelos lagartos. Esta situação, obviamente, ainda é hipotética e carece ainda de
estudos que a confirmem.
Não obstante essa carência de informações, algumas análises podem ser feitas quanto à
ecologia dos lagartos da área em estudo e que podem servir como base para discussões
futuras sobre os motivos da estruturação local da comunidade. A espécie mais conspícua
dentre os lagartos ora registrados certamente compreende o teiú (Tupinambis merianae
Foto 2.24). Esta espécie habita praticamente todos os ambientes do Parque, aparecendo
inclusive em áreas de praia totalmente desprovidas de vegetação, em manguezais e no
arquipélago de Tamboretes. Sua dieta é bastante variada, abrangendo desde vegetais até
matéria animal em decomposição (e.g., Marques & Sazima, 2004). Apresenta um padrão
unimodal de atividade, tendo sido visto, na área de estudo, iniciando sua atividade em geral
em torno das 9:00 h e a encerrando próximo às 16:30 h.
Uma das características mais marcantes do modo de vida de T. merianae na região Sul do
Brasil possivelmente compreenda seu período anual de atividade. Teiús são vistos em
atividade na região apenas entre o final do mês de outubro e início de março, raramente
ultrapassando quatro meses e meio de atividades. Sendo um forrageador ativo de grande
porte, este lagarto possivelmente necessite manter uma temperatura corpórea alta para
manter sua atividade metabólica em condições adequadas (e.g., Rocha et al., 2000). Assim,
as deficiências de temperatura existentes ao final da primavera e ao início do outono talvez
sejam determinantes para que o processo de estivação dessa espécie seja tão longo na
região. Este padrão talvez seja o observado também para demais espécies regionais.
Foto 2.24 - Tupinambis merianae (teiú), Espécie Abundante na
Área do Parque
Quanto às demais espécies de lagartos ora registradas, todas aparecem associadas aos
sistemas florestais locais, e pouco se conhece sobre sua ecologia. Muito embora os
sistemas de dunas do Parque sejam amplos, não foram registradas espécies de lagartos
típicas desses sistemas e presentes nas dunas do litoral sul-catarinense, tais como
Liolaemus occipitalis ou Cnemidophorus lacertoides. A ausência local dessas espécies ou
de outras desses mesmos gêneros sugere que a formação das dunas da região em estudo
tenha se dado em período que sucede aos processos de formação dos clados entre os
sistemas de dunas do litoral Sul e do Sudeste do Brasil (e.g., Vanzolini, 1976).
2.52
Quanto a anfisbenídeos, a área do entorno do Parque conta apenas com o registro de
Leposternon microcephalum. Sua ocorrência para a área do Parque deve ser considerada
como certa, já que trata-se de espécie bastante freqüente e o principal componente da dieta
da coral-verdadeira Micrurus corallinus (Marques & Sazima, 2004), registrada para a área.
• Serpentes
As serpentes constituem o grupo mais diversificado de répteis da região ora em estudo.
Para a região Atlântica catarinense, Marques et al. (2001) estimaram a ocorrência de mais
de 40 espécies desse grupo. Contudo, poucas são as espécies que ocorrem indistintamente
ao longo de toda a variação ambiental presente entre as regiões serranas e de planície
litorânea que constituem a região Atlântica brasileira.
Em estudos sobre gradientes altitudinais do vale do rio Itajaí e da serra do mar paranaense,
respectivamente, Bérnils et al. (2001) e Morato (2005) encontraram variações na composição de
taxocenoses de serpentes segundo diferentes altitudes. Em parte, tais variações são decorrentes
de influências de biomas circundantes à Floresta Atlântica (em especial, nas regiões mais
elevadas, da Floresta com Araucárias), da própria história da formação dos ecossistemas
regionais e, também, em função de diferenças na estrutura dos hábitats e na oferta de recursos
(alimentares e/ou substratos) para as diferentes espécies em cada tipologia vegetacional.
Segundo Morato (2005), haveria uma maior riqueza de espécies de serpentes nas áreas
florestadas das encostas da serra do mar do que nas áreas litorâneas, e isto exatamente em
função da maior complexidade dos hábitats e da oferta de recursos alimentares como anfíbios e
moluscos, menos abundantes nas áreas de restingas.
No caso do Parque, os estudos de campo não foram suficientes para se atestar essa
hipótese, mas pode-se verificar a veracidade da afirmação de que, nas restingas, haveria
uma menor oferta de anfíbios para a dieta das serpentes do que nos demais sistemas do
Parque. Dentre todos os vertebrados, as serpentes provavelmente constituem os animais
cujos estudos devem ser os de maior prazo, haja vista a dificuldade inerente de encontro de
espécies deste grupo na natureza (Franco & Salomão, 2002). Por outro lado, este grupo
compreende o melhor amostrado nas coleções científicas analisadas. Desta maneira, e com
base em estudos similares conduzidos em outras regiões litorâneas, muitas inferências
podem ser feitas quanto à estrutura da taxocenose de serpentes da região em estudo.
Em sua quase totalidade, o Parque encontra-se estabelecido sobre solos de origem marinha
ou eólica da planície litorânea. A vegetação local obedece aos limites ecológicos impostos
por estes solos, havendo poucas áreas no Parque recobertas por floresta densa. Assim, é
de se esperar, conforme os estudos referidos, que a ofiofauna local seja menos rica do que
aquela presente nas encostas da serra do mar próxima.
Ao se analisar a lista de espécies ora obtida (n=19 espécies), observa-se haver uma riqueza inferior
ao total de espécies citadas para a região Atlântica catarinense por Marques et al. (2001), mas
aproximada entre a área de estudo e outras regiões litorâneas próximas estudadas. Para a região
da planície de Praia de Leste, no litoral paranaense, Morato (2005) encontrou uma riqueza de 23
espécies. Já para a Juréia, Marques & Sazima (2004) citam a ocorrência de 25 espécies. Efetuando-
se uma análise de similaridade entre a área de estudo com estas duas regiões, observa-se ainda
haver cerca de 71% de similaridade entre a área do Parque com planície de Praia de Leste e cerca
de 69% com a região da Juréia. Já entre a Juréia e a Praia de Leste, esta similaridade ocorre em
torno de 75%. Como observa-se certa coerência entre as riquezas e similaridades observadas e a
proximidade geográfica entre tais áreas, é possível supor que a riqueza ora observada seja bastante
próxima da real na região de estudo. Deve-se ainda ressaltar que as espécies que diferem entre as
regiões compreendem formas mais raras em taxocenoses de serpentes e possivelmente pouco
amostradas no geral (e.g., Siphlophis pulcher, Echinanthera undulata, Thamnodynastes sp., Liophis
amarali, Uromacerina ricardinii, Sordellina punctata, etc.). Baseado no conhecimento sobre a
distribuição dessas espécies pode-se inferir ainda que estudos futuros deverão revelar ao menos
parte dessas espécies para as regiões citadas, maximizando a similaridade entre as mesmas.
2.53
Quanto aos aspectos ecológicos da ofiofauna regional deve-se supor que, pelas condições
ambientais vigentes na área do Parque, a maior riqueza de espécies de serpentes deve
concentrar-se nas áreas de florestas paludosas e/ou nas restingas higrófilas. Conforme citado
anteriormente, estas regiões concentram a maior densidade de anfíbios anuros da região, fato
que deve culminar na concentração local da maior parte das serpentes com hábitos anurófagos
(e.g. Chironius, Echinanthera, Thamnodynastes, Xenodon e Bothrops). Porém, encontros
eventuais com serpentes nas áreas de restingas ou mesmo na praia ocorrem na região.
Informes colhidos junto à população sugerem que, nestas áreas, eventualmente ocorrem
“jararacas” e “jararacuçus” (possível alusão aos Bothrops, mas também, a espécies miméticas,
tais como Sibynomorphus) e corais (Micrurus, Erythrolamprus e outras). Observações realizadas
em outras regiões litorâneas do Sudeste e Sul do Brasil indicam que, em determinadas épocas
do ano, são freqüentes os aparecimentos de indivíduos juvenis de Micrurus corallinus em
ambientes praianos. Ainda não se conhecem os motivos para tal comportamento, mas é
possível que estes animais estejam deslocando-se para fins de estabelecimento de seu território
e/ou encontrem-se em fuga de possíveis inundações de galerias subterrâneas e/ou da
serapilheira do solo.
Nos ambientes de restinga xerofítica, são também freqüentes os encontros com serpentes
do gênero Chironius, Spilotes pullatus e Liophis miliaris. Durante os trabalhos de campo,
evidenciaram-se indivíduos das duas últimas espécies ao longo da estrada do Parque no
período da manhã, possivelmente em atividade de termorregulação. Sabe-se também que
Liophis miliaris apresenta eventuais hábitos alimentares em ambiente marinho, podendo vir
à praia em busca de peixes aprisionados em poças temporárias (Marques & Souza, 1993).
A Foto 2.25 apresenta algumas das espécies de serpentes registradas para a região de
estudo.
2.54
Foto 2.25 - Espécies de Serpentes Registradas Para o Parque
A B C
D E F
G H I
J K L
Legenda: (A) Chironius exoletus; (B) Chironius laevicollis; (C) Clelia plumbea; (D) Dipsas alternans; (E) Helicops
carinicaudus; (F) Liophis miliaris; (G) Oxyrhopus clathratus; (H) Spilotes pullatus; (I) Thamnodynastes
sp.;(J) Xenodon neuwiedi; (K) Micrurus corallinus; (L) Bothrops jararaca.
Fonte: Sérgio A.A. Morato.
2.55
dentre os insetos, deve-se destacar fortemente a presença local de diversas vespas e de
abelhas africanas do gênero Apis, esta última uma espécie exótica que, quando enxameia,
pode provocar severos acidentes.
2.56
Figura 2.09 - Áreas de Relevante Interesse para a Conservação de Anfíbios no
Parque
2.57
Figura 2.10 - Áreas de Relevante Interesse para a Conservação de Répteis no
Parque
Legenda: Amarelo área prioritária para conservação de répteis aquáticos (Arquipélago Tamboretes: tartarugas
marinhas e Lagoas do Acaraí e Capivarú: jacarés) e em Vermelho répteis florestais.
Fonte: Sérgio A.A. Morato, 2007, adaptado por STCP.
2.58
Outra questão importante que necessita urgentemente de controle consiste no acúmulo de
lixo em determinadas áreas do Parque, principalmente ao longo da costa e, também, da
Avenida Atlântica. O lixo em ecossistemas naturais pode gerar diretamente a morte de
animais silvestres em geral (no caso de répteis, em especial, de quelônios marinhos), além
de poder gerar efluentes que podem contaminar os recursos hídricos.
Por fim, merece destaque a questão da pesca incidental de répteis aquáticos na região, com
destaque aos quelônios marinhos e a jacarés. A área do Parque em si apresenta ambientes
bastante favoráveis à presença dessas espécies; assim, é necessário que haja um processo
de conscientização das comunidades de entorno, em especial de pescadores para que tais
espécies possam ser mantidas regionalmente.
2.2.2.4 - Conclusões
Pelo estudo ora realizado, pode-se concluir que a herpetofauna da região do Parque
corresponde ao perfil típico das faunas de regiões de planícies litorâneas do Sul do Brasil.
Estudos de longo prazo futuros poderão identificar a ocorrência de outras espécies,
esperadas para a região a partir do conhecimento de suas distribuições específicas.
Contudo, pelas condições de sua paisagem e estado de conservação das fisionomias locais,
é possível afirmar-se que a área do Parque guarda ainda ecossistemas em condições
adequadas à sobrevivência das populações da maioria das espécies analisadas (senão
todas). Porém, merecem destaque as pressões sofridas por parte das espécies na região -
em especial os quelônios marinhos e o jacaré-de-papo-amarelo, que deverão ser objeto de
controle a partir deste Plano de Manejo.
2.2.3 - Avifauna
A Floresta Atlântica abrange uma região muito rica em número de espécies de aves (Erwin,
1988; Wilson, 1988; Cracraft, 1985; Stotz et al., 1996; Ministério do Meio Ambiente, 1998). A
região aparece em destaque em avaliações mundiais sobre conservação da biodiversidade
(Myers, 1988; Wege & Long, 1995; Stotz et al. 1996), e a diversidade de espécies relaciona-se
diretamente com a enorme riqueza de ambientes que ela proporciona (Fulan & Nucci, 1999).
Porém, a Floresta Atlântica é também um dos biomas mais ameaçados do mundo, fator que
interfere diretamente na sobrevivência de muitas espécies e populações (Sick, 1997).
Para muitos grupos animais e vegetais da região Atlântica, inclusive as aves, o conhecimento
disponível se restringe à ocorrência e à distribuição geográfica das espécies. É escasso o
conhecimento sobre o tamanho das populações, especialmente se as mesmas estão se
mantendo ao longo do tempo, e ainda em menor medida as complexas interações que as
envolvem. Em muitos casos as informações disponíveis se referem apenas ao registro de sua
presença ou seu desaparecimento do local, o que dificulta a tomada de decisões em termos
de manejo.
Embora sejam muitos os fatores que podem estar influenciando na diminuição de populações
de aves e outros organismos, a fragmentação florestal resultante do desenvolvimento humano
pode ser considerado um dos fatores de maior relevância, sendo um dos principais
responsáveis pela diminuição da biodiversidade. Ainda assim, muitos fragmentos abrigam
parcela significativa de espécies da flora e fauna. A persistência das espécies em paisagens
fragmentadas é um fato muito estudado e confirmado na literatura (Whitmore, 1997).
Entretanto, a simples ocorrência não indica que há no local um tamanho populacional capaz
de manter a espécie ao longo do tempo. Estudos sobre populações de aves em paisagens
fragmentadas da Floresta Atlântica, no norte do Paraná, têm demonstrado que várias
espécies podem ser registradas em áreas de fragmento, mas em populações tão baixas, se
comparadas a áreas contínuas de floresta, que a sua sobrevivência no local em longo prazo é
claramente duvidosa (Anjos, 2001; Anjos, 2001b).
Diversas aves, migratórias e residentes, utilizam a faixa litorânea durante seu ciclo de vida, para
alimentação, reprodução e como local de pouso. Muitas espécies podem, desta forma, serem
2.59
indicadoras das condições ambientais destes ambientes (Ellenberg, 1981). Praias arenosas e
estuários atuam como locais de alimentação e repouso para bandos de aves aquáticas, onde
muitas espécies migratórias armazenam energias necessárias à migração nesses ambientes
(Vooren & Chiaradia, 1990). A ocupação humana destes espaços caracteriza uma ameaça
constante às aves que dependem destes espaços para diferentes funções vitais, seja pelo
comprometimento dos recursos alimentares, pela introdução de espécies exóticas/domésticas
ou pela perturbação ocasionada pela atividade humana. Em áreas destinadas à reprodução
este problema pode ser considerado ainda mais grave. Para aves marinhas, principalmente,
este é um recurso escasso, pois estas áreas são ilhas de tamanho e formação limitada.
Quando o conhecimento inclui o tamanho das populações, decisões relacionadas à
conservação emergem mais facilmente. Realizar levantamentos quantitativos para a
elaboração de planos de manejo, diagnósticos ambientais e estudos de impacto ambiental é
vital, pois assim é possível obter uma base de dados que possa ser avaliada num
monitoramento em longo prazo e ter a possibilidade concreta de evitar extinções locais.
Os maiores fragmentos de Floresta Atlântica encontram-se no Sudeste e Sul do Brasil
(Albuquerque, 1996). Estudos indicam que aproximadamente 337 espécies de aves ocorrem
ao longo da encosta atlântica em Santa Catarina, habitando desde as formações de
florestas densas aos capoeirões e capoeiras (Rosário, 1996). A ilha de São Francisco do Sul
possui alguns importantes fragmentos de Floresta Atlântica, sendo um deles o Parque
Estadual Acaraí, que abrange a restinga da Praia Grande e todo o complexo hidrológico da
lagoa do Acaraí, rio Perequê, lagoa do Capivaru e ilhas do Arquipélago de Tamboretes. Esta
Unidade de Conservação constitui uma área de proteção de espécies de flora e fauna
típicas dos ecossistemas que englobam floresta de terras baixas, restingas, mangues, rios,
banhados, lagoas, região costeira e ilhas.
Com uma área de aproximadamente 7.500 ha, quase sem interferência humana e com um
bom grau de isolamento, conforma um fragmento de indiscutível relevância para a avaliação
das populações de aves como grupo de interesse em si mesmo e como grupo indicador do
estado de conservação da área.
O objetivo deste trabalho é principalmente gerar subsídios para o Plano de Manejo do
Parque Estadual Acaraí, contribuindo com informações relativas a avifauna da região,
determinando padrões de biodiversidade como informação básica a ser utilizada em uma
iniciativa de conservação e, de maneira secundária, formar um banco de dados relativo às
populações de aves de forma possibilitar seu monitoramento e gerar estudos de longo prazo
nesta área.
2.60
Informações sobre aves associadas aos ambientes de influência marítima ainda são
escassas em Santa Catarina. Alguns estudos pontuais, voltados em alguns casos a
determinadas espécies, vêm sendo desenvolvidos ao longo do litoral norte do Estado,
incluindo a análise do uso de áreas de maricultura por aves marinhas (Branco et al., 2001),
o monitoramento de biguás (Phalacrocorax brasilianus) e de gaivotas (Larus dominicanus)
no Saco da Fazenda, em Itajaí (Branco, 2002; Branco & Ebert, 2002), o levantamento das
aves marinhas das ilhas de Santa Catarina (Branco, 2004) e de praias como Navegantes e
Laguna (Schiefler & Soares, 1994).
2.61
Branco (2004) realizou o censo de aves na Ilha dos Pássaros e do Sul nos anos de 2000 e
2001, identificando pelo menos 15 espécies. Para L. dominicanus, principal espécie que
reproduz na área, o período de março a junho é utilizado para a demarcação de território e
construção do ninho. Em junho foram observados os primeiros ninhos com ovos, sendo que
a atividade reprodutiva é crescente até setembro. Em novembro é escasso o número de
gaivotas observadas nas ilhas, pois estas passam a ocupar o litoral adjacente, embora
alguns jovens e adultos possam ser encontrados até janeiro. Sula leucogaster, o atobá-
marrom, reproduz ao longo de alguns meses nas ilhas, principalmente entre março e abril. A
espécie constrói ninhos no solo, colocando de um a dois ovos.
Branco & Fracasso (2005a) realizaram censos sazonais entre 2002 e 2003 para avaliação
da abundância do talha-mar, Rynchops niger, no litoral de Santa Catarina, incluindo a região
de Barra do Sul. O número de indivíduos cresce do inverno ao outono, quando ocorre o pico
de abundância da espécie. Nesta mesma área, censos mensais registraram a ocorrência de
outras 18 espécies nesta área. A relação das espécies de aves marinhas e costeiras
identificadas em estudos anteriores na região encontra-se no Anexo 2.10.
2.2.3.2 - Métodos
A priori foram identificadas no Parque cinco fisionomias/ecossistemas nos quais se
considerou relevante a avaliação e diagnóstico das populações de aves: restingas, floresta
de terras baixas, rio Acaraí, praia e o Arquipélago de Tamboretes (Foto 2.22). O esforço de
campo foi de aproximadamente dois dias e meio em cada uma das fisionomias
selecionadas, sendo realizado durante a estação de primavera, no mês de outubro de 2007.
Em todas as áreas foi utilizada uma metodologia que permitiu a obtenção de informações
qualitativas e quantitativas da avifauna, permitindo conhecer a riqueza (número de espécies)
e abundância das espécies da comunidade de aves na área de estudo. Com exceção das
ilhas, o método utilizado foi de transecções lineares em trilhas já existentes, com o
estabelecimento de unidades amostrais por tempo (10 minutos). O mesmo consistiu na
identificação das espécies ao longo das transecções através da visualização direta ou
registro auditivo de todos os indivíduos, com os registros acumulados a cada intervalo de 10
minutos. Todas as amostragens foram realizadas por dois observadores com experiência.
Além da identificação da espécie, também foi registrado o número de indivíduos em cada
transecto.
Para o cálculo da abundância relativa de cada espécie foi utilizado o número total de
indivíduos quantificados durante os transectos de uma determinada área amostral, dividido
pelo número total de indivíduos registrados nesta área, e multiplicado por 100, o que
proporciona um valor percentual de abundância relativa da espécie.
Cada transecção recebeu um número, sendo georreferenciado através de coordenadas
geográficas com o uso de GPS, com o registro também do horário de início e o horário do
fim do transecto. Foram utilizados também um cronômetro, para controlar o tempo de
duração das transecções, dois binoculares 8 x 50 mm, cadernetas, guias de campo e uma
filmadora digital, utilizada para gravar as vozes de espécies com identificação duvidosa, que
foram posteriormente analisadas em laboratório.
Para o rio Acaraí foi utilizada uma embarcação motorizada, com a presença de quatro
observadores, trafegando a menor distância possível da margem. A área da lagoa foi
amostrada por completo até o limite de acesso da embarcação na região mais interna.
A velocidade, tanto caminhando quanto da embarcação, procurou ser o mais constante
possível de forma que os transectos resultem similares em tamanho. Porém, alguns
transectos resultaram diferentes em comprimento, dado que cada unidade de amostragem
possui diferentes tamanhos e estruturas. Assim, procurou-se amostrar a maior área possível
dentro destas diferentes unidades. Também a atividade das aves varia dependendo do
2.62
horário de amostragem e existem pontos com aglomeração de indivíduos. Contudo, o
diferente tamanho dos transectos não afetou o levantamento por estar limitado por uma
unidade de tempo.
Considerando o tamanho das áreas e o tempo total em campo, procurou-se obter 50
amostras para cada tipo de ambiente a ser avaliado. Uma quantidade de amostras similar
para todas as unidades ambientais permite a comparação de parâmetros de abundância
entre as unidades. Foi percorrido cada ambiente da forma mais ampla possível. A
amostragem iniciou-se ao amanhecer, estendendo-se até próximo do meio-dia, quando foi
feito um intervalo devido à drástica diminuição na atividade das aves; no final da tarde foram
realizadas mais três horas de amostragem.
No ambiente de praias a amostragem consistiu na execução a pé de todo o trecho da faixa
de praia do Parque (Praia Grande/Praia do Ervino), numa extensão de 24 km. O percurso foi
realizado por dois observadores, sendo que um caminhando junto à linha d´água e outro
junto à vegetação de restinga, próximo à estrada. Próximo de Barra do Sul também foi
vistoriada uma área de banhado próxima à praia (Foto 2.26). Todas as aves observadas,
voando ou pousadas, foram registradas e as informações acumuladas em intervalo de 10
minutos. De forma complementar, também foram registradas as carcaças de aves
encontradas mortas ao longo do trecho. A varredura de praia foi realizada durante 3 dias,
sendo percorridos de 6 a 12 km por dia, totalizando 24 km de esforço.
O Arquipélago de Tamboretes foi visitado entre os dias 22 e 23/10/07. No dia 23 as quatro
ilhas foram contornadas com a embarcação trafegando na menor distância possível para o
registro fotográfico. Posteriormente, estas fotos foram analisadas no computador para obter
uma estimativa da abundância das espécies através da contagem dos indivíduos pousados.
No mesmo dia foi realizada uma vistoria parcial a pé na Ilha dos Pássaros e na Ilha do
Norte.
Para os registros prévios em São Francisco do Sul ou Santa Catarina, foi realizado um
levantamento na literatura, registrando-se no mínimo um dos trabalhos no qual havia o
registro da espécie, conforme apresentado nos Anexo 2.10 e 2.11.
2.63
Foto 2.26 - Ambientes de Estudo para Avifauna no Parque
A B
C D
E F
Legenda: (A) Restinga; (B) Floresta de Terras Baixas (ao fundo) e várzeas; (C) Lagoa do Acaraí e várzeas
associadas; (D) Praia Grande; (E) Arquipélago de Tamboretes; (F) Banhado na extremidade sul da Praia
Grande.
Fonte: Marta Cremer, 2007.
O ambiente de praias foi percorrido na íntegra, e acredita-se que o esforço reflita a avifauna
presente na região. O registro de novas espécies através da identificação de carcaças na praia é
muito provável, pois estas podem ser transportadas pelas correntes de ambientes distantes, como
foi o caso dos espécimens de Puffinus sp. registrados durante o esforço; estes na verdade não
refletem diretamente a avifauna local, pois constituem espécies oceânicas, cujas carcaças
ocorrem nas praias ao acaso. Além disso, em virtude da ocorrência de espécies migratórias na
região, é possível que através de monitoramentos contínuos na região sejam registrados outros
visitantes sazonais, assim como nas ilhas. Nestas seria importante a realização de um maior
esforço em cada uma, fator que provavelmente amplie o número de espécies, principalmente
aquelas de ambiente florestal.
2.64
Figura 2.11 - Curva de Acumulação de Espécies Obtida na Amostragem
de Avifauna na Lagoa do Acaraí
100
90
80
70
Número de espécies
60
50
40
30
20
10
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41
Número de amostras
90
80
70
Número de espécies
60
50
40
30
20
10
0
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55
Número de amostras
2.65
Figura 2.13 - Curva de Acumulação de Espécies Obtida na Amostragem de
Avifauna na Floresta de Terras Baixas do Parque
120
100
Número de espécies
80
60
40
20
0
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58
Número de amostras
2.66
Figura 2.14 - Espécies mais Abundantes na Amostragem da Lagoa do Acaraí
12
10
Abundancia relativa 8
is
s
i
fiv lis
us
lis
s
s
m
a
us
is
a
s
tu
eu
ns
ol
qu atu
ul
en
ac
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ol
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y
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oc
ri
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Va
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do
Tu
La
eg
ly
ta
nn
gy
th
Fr
Pi
ra
el
Ty
St
G
Espécies
A B
Legenda: (A) Bando de gaivotões, Larus dominicanus, em área de baixio na lagoa; (B) Bando de garças, Egretta
thula e Bubulcus ibis, pousados às margens da lagoa; (C) Garça-branca-grande, Ardea alba, forrageando às
margens da lagoa.
Fonte: Marta Cremer, 2007.
Actitis macularia
Aramides cajanea
Nyctanassa violacea
Chloroceryle amazona
Aramides saracura
Gallinula chloropus
Ardea cocoi
Tachycineta leucorrhoa
Progne tapera
Chloroceryle americana
Amazonetta brasiliensis
Certhiaxis cinnamomea
Megaceryle torquata
Bubulcus ibis
Pygochelidon cyanoleuca
Ardea alba
Vanellus chilensis
Pitangus sulphuratus
Egretta thula
Fregata magnificens
Stelgydopteryx ruficollis
Larus dominicanus
0 1 2 3 4 5 6 7
Abundancia relativa
2.68
−
Abundancia relativa Abundancia relativa
V V
B ire
as C ire o B
ile oe o as Co o o
ut r e liv il e li
Tu eut reb va
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
C er u ba ac
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
hi s fl eu rd er a ceu
ro c av s Ty us us fla s
x i ul e
p i o ra a cu v e
Pa hia civ la G nn ma lic o la
o eo u u iv
C P y r u l ca r u
ya r a u s th s m ro c oru
no r h pi da ly h
pi ela al s
co ura t ia ta s n in
do Parque
ra f y u
x ro m El ae ch us
Famílias Dominantes
ae qu ol
Ta L D ca nta i n in ic
ch a t a c e ru lis T L ia o us
y p ho nis le Th ac aru m ct i
ho tr i ca us h
am y s es alis
Tu T nu ccu ya p d o
no ho om le
rd ur s s e na ph nu in uca
us du co u
r l ilu s ic
am s r on e ri
u a s co an
r u
R T a u fiv e tus Tu cae on s
am hr ro n rd ru atu
a c t C us le s
S ph up hal ris an s
ch as is in to ru ce
iff to sa us rc fiv ns
M or s hi en
yi ni vit yac
s Z l
od e a on us Be t ris
in H vir linu ot lo ija
M a s a b e sc s r i n g fl
yi te ia e ch ir or
ar s n Th ia os
ch m rub s ra ca tris
u a u p
H Tu s cul ica E p e
er rd sw a tu C lae is s nsi
ps us ai s hi s
n
Espécies
Espécies
ilo ro nia a y
ch T r al so x ac
m o g A t bic ni A iph obs a
us o til o l m ia c
n a li az u
M ruf su ru s i ca ra
yr im r r fu R Le lia ud
Le m a uc s am p fi a
t m ta
pt Le S e ci rgin ura C ph otil br
2.69
apareceram bem representadas e correspondem aos indivíduos de borda de floresta. Aqui é
2.70
Abundancia relativa
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Figura 2.18 - Abundância das Famílias de Aves na Lagoa do Acaraí
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Figura 2.19 - Abundância das Famílias de Aves na Restinga do Parque
freqüências observadas por família para este ambiente podem ser observadas na Figura 2.20.
Na restinga, as famílias da Ordem Passeriformes dominaram amplamente a comunidade,
com 77,66% dos registros. As freqüências observadas por família para o ambiente de
Abundancia relativa 20
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Família
2.71
Foto 2.29 - Espécies da Avifauna Registradas no Arquipélago de Tamboretes
A B
C D
E F
Legenda: (A) Urubu-de-cabeça-preta, Coragyps atratus, em descanso nas ilhas do Arquipélago; (B) Filhotes de
gaivotão, Larus dominicanus, nas ilhas do Arquipélago; (C) Bando de gaivotões adultos e um jovem, Larus
dominicanus, descansando nas margens das ilhas (D) Filhote recém-nascido e ovo não-eclodido do atobá-pardo, Sula
leucogaster, nas ilhas; (E) Filhote emplumado de atobá-pardo, Sula leucogaster, acompanhado de um dos pais nas
ilhas; (F) Jovem de atobá-pardo, Sula leucogaster, acompanhado de um dos pais nas ilhas.
Fonte: Marta Cremer, 2007.
2.72
Foto 2.30 - Vista Geral da Ilha dos Pássaros ao Final da Tarde com
Grande Número de Fragatas, Fregata magnificens,
Descansando na Vegetação
2.73
identificadas ocorrem tipicamente em ambientes abertos, sendo vistos sobrevoando a área
em busca de presas e/ou carcaças de animais mortos. Os valores de abundância relativa
encontram-se no Anexo 2.13.
2.74
No ambiente aquático, a monobóia da Petrobrás, onde ocorre a descarga de petróleo, pode
ser considerado também um risco eminente, pois o derramamento de petróleo no mar afeta
todo o ambiente, incluindo as aves marinhas. Da mesma forma, a circulação de navios em
virtude da presença do porto de São Francisco do Sul aumenta ainda mais esta
preocupação. As aves, quando em contato com derivados de petróleo, têm suas penas
impregnadas, impossibilitando o vôo e reduzindo a capacidade de termorregulação. É
importante o envolvimento da administração do Parque com estas questões para o
acompanhamento das ações preventivas e de emergência no caso de acidentes. As praias
do Parque Estadual Acaraí, assim como as ilhas do Arquipélago de Tamboretes, seriam
diretamente afetadas em caso de acidentes com navios de carga, navios petroleiros, com o
oleoduto ou com a própria monobóia, ou mesmo com pequenos vazamentos.
2.75
O domínio das famílias da ordem Passeriformes na floresta e na restinga era esperado,
sendo uma ordem características deste tipo de ambiente. Outras famílias importantes na
restinga foram a dos beija-flores (Trochilidae) e das pombas (Columbidae). Na floresta, entre
as famílias bem representadas, além daquelas da Ordem Passeriformes, se destacaram as
famílias dos papagaios (Psittacidae), beija-flores (Trochilidae), pica-paus (Picidae), tucanos
(Ramphastidae), surucuás (Trogonidae), e inhambus (Tinamidae). Todas essas famílias se
caracterizam por serem características de áreas bem conservadas.
É importante destacar que a amostragem na lagoa do Acaraí foi realizada registrando todas
as espécies observadas, inclusive de borda de floresta, com o objetivo de que fiquem
representadas na amostra aquelas espécies que habitam locais aquáticos ou próximos à
água. Isto explica a aparição de espécies tipicamente florestais na amostragem aquática,
como Campephilus robustus ou Attila rufus, entre outras, dominando na amostragem Vireo
olivaceus e Tyrannus melancholicus, junto a outras espécies florestais muito comuns e de
ampla distribuição, como Vireo olivaceus, Coereba flaveola e Parula pitiayumi.
Ao expressar os valores de freqüência das espécies aquáticas, quando retiradas da análise
as espécies florestais, observa-se que dominam espécies costeiras que sobrevoam o
Parque, como Larus dominicanus e Fregata magnificens. Também espécies muito comuns,
como Pitangus sulphuratus, Vanellus chilensis e Egretta alba, as andorinhas Stelgidopteryx
ruficollis, Pygochelidon cyanoleuca, e em menor medida Phaeoprogne tapera. Das espécies
típicas deste tipo de ambiente foram registradas: Stelgydopteryx ruficollis, Egretta thula,
Ardea alba, Megaceryle torquata, Certhiaxis cinnamomea, Phalacrocorax olivaceus,
Amazonetta brasiliensis, Chloroceryle americana, Nyctanassea violacea, Aramides cajanea,
Actitis macularia. É importante destacar que era esperado encontrar uma riqueza maior de
espécies aquáticas, dadas as características bem conservadas do ambiente aquático,
conformado pelo rio e as lagunas dentro do Parque. A razão pela qual não foi obtida uma
maior riqueza de espécies comuns neste tipo de ambiente se desconhece, mas pode estar
associado à falta de alimento e sítios para construir ninhos. A lagoa do Capivarú não pôde
ser explorada, pois a embarcação utilizada tinha um calado muito profundo e a área é
extremamente rasa. Assim, é recomendado em estudos futuros realizar uma amostragem
exaustiva ao redor das mesmas com uma embarcação leve e pouco profunda. Destaca-se a
presença de Nyctanassa violacea, que possui a categoria de ameaçada para o estado do
Paraná. A presença desta espécie poderia estar indicando um ambiente em bom estado de
conservação.
Pela suas características globais, a restinga do Parque Estadual Acaraí mostra um bom
estado de conservação, estando bem estruturada e com uma área de transição bem
marcada, com as áreas de floresta mais distantes da linha costeira. As espécies mais
freqüentes, tanto na restinga quanto na floresta, foram Vireo olivaceus, Coereba flaveola e
Basileuterus culicivorus, três espécies muito comuns da Mata Altântica, inclusive em
ambientes perturbados.
Geothlypis aequinoctialis e Cantorchilus longirostris são, dentre outras, aves comuns em
vegetação de restinga, tendo sido abundantes no Parque. Tachyphonus coronatus e
Thamnophilus caerulescens, típicas de vegetação emaranhada, estiveram bem
representadas, assim como várias espécies de sabiás, como Turdus amaurochalinus, T.
rufiventris, T. albicollis e, em menor medida, T. flavipes., Os dois últimos são mais comuns
em ambientes preservados.
Ramphocelus bresilius destaca-se na restinga do Parque talvez como a espécie mais
conspícua, pela sua cor e comportamento. Esta espécie tem registro para Santa Catarina
apenas nas ilhas de Sao Francisco e do Campeche, em Florianópolis, e é endêmica da
Mata Atlântica. Outras espécies de aves registradas na restinga, que estariam indicando o
seu bom estado de conservação, são Saltator similis, Caprimulgus rufus, Turdus albicollis e
uma grande abundância de beija-flores.
2.76
São várias as espécies registradas na restinga que têm sido negativamente afetadas pelo
amplo desmatamento da Mata Atlântica e constam em alguma categoria de ameaça
estadual, nacional ou mundial. Dentre elas, as pombas Patagioenas cayennensis e P.
plúmbea, listadas como vulneráveis no Rio Grande do Sul, o papa-formigas Biatas
nigropectus, que é uma espécie ameaçada e aparece como vulnerável tanto na lista da
UICN como no IBAMA e na lista vermelha do Paraná, e Myrmeciza squamosa, que é
considerada em perigo no Rio Grande do Sul. Do grupo dos papa-moscas (Tyrannidae),
Cnemotriccus fuscatus e Phylloscartes paulista estão nas listas vermelhas do Rio Grande do
Sul e Paraná como vulnerável e quase ameaçado, respectivamente, e Attila rufus como
criticamente ameaçado no Rio Grande do Sul. Cyanocorax caeruleus, classificada como
quase ameaçada pela UICN, foi registrada nas restingas altas do Parque.
Já dentro da floresta, algumas das espécies que foram observadas em locais com vegetação
mais preservada, dependentes de ambientes formados em uma mata densa, foram Pyriglena
leucoptera, Myrmeciza squamosa, Ramphodon naevius, Xiphorhynchus fuscus, Philydor
atricapillus e Automolus leucophthalmus, as duas últimas consideradas como criticamente em
perigo no Rio Grande do Sul e as duas primeiras listadas para o mesmo Estado como
vulnerável e em perigo, respectivamente. Tipicamente florestais, de ampla distribuição e
bastante abundantes no Parque, foram as espécies Chiroxiphia caudata e Dacnis cayana.
Algumas espécies comuns e regionalmente freqüêntes em areas com boa cobertura florestal
foram os tiranideos Leptopogon amaurocephalus, Camptostoma obsoletum, Myiophobus
fasciatus, Phylloscartes ventralis, P. paulista, Cnemotriccus fuscatus e Attila rufus; os três
últimos possuem categorias de ameaça no Paraná e Rio Grande do Sul. Tiranídeos mais
exigentes, em termos do estado de conservação da floresta onde habitam, e registrados neste
trabalho foram: Phyllomyias burmeisteri, P. griseocapilla, P. fasciatus, Syristes sibilator,
Myiodinastes maculatus e Myiarchus swainsoni, entre outros. Outras três espécies importantes
por serem seletivas de ambientes conservados observadas no Parque foram Tityra cayana, T.
inquisitor e Schiffornis virescens. Também se registrou Xenops minutus, Herpsilochmus
rufimarginatus e Procnias nudicollis, sendo a última categorizada como vulnerável para a UICN
e no Rio Grande do Sul; esta é uma espécie endêmica da Mata Atlântica. Manacus manacus,
característica do sub-bosque de florestas conservadas, foi registrada no Parque e está
considerada em perigo no Rio Grande do Sul. Os psitacídeos são espécies indicadoras de
qualidade ambiental, importantes em termos de conservação. Na floresta do Parque foram
registrados Aratinga leucophthalma, Pyrrhura frontalis, Pionus maximiliani e Pionopsitta pileata.
A última aparece nas listas da UICN como de preocupação menor. O beija-flor Ramphodon
naevius, endêmico da floresta litorânea, possui a categoria de quase ameaçado, assim como o
tucano Ramphastos vitellinus. Os pica-paus Dryocopus lineatus, raro em Santa Catarina
(Rosario, 1996) e Campephilus robustus, são listados como vulnerável e em perigo,
respectivamente. O papa-formigas Biatas nigropectus, registrado neste estudo, é uma espécie
ameaçada e reconhecida como vulnerável tanto na lista da UICN como no IBAMA e no Estado
do Paraná. A gralha, Cyanocorax caeruleus, listada como quase ameaçada pela UICN, foi uma
espécie abundante em todo o Parque. Das espécies da família Thraupidae, freqüentes em
florestas bem conservadas, foram registradas três espécies com alguma categoria de ameaça
para UICN: Thraupis cyanoptera, Tangara preciosa e Tangara peruviana, a última como
vulnerável. Piranga flava é classificada como quase ameaçada no Paraná e Tangara
cyanocephala como em perigo no Rio Grande do Sul. Por último foi registrada Euphonia
violacea, considerada vulnerável no RS. Cada uma das espécies citadas anteriormente, que
correspondem a registros realizados na floresta do Parque, são espécies típicas de formações
florestais bem estruturadas, colocando o Parque como uma importante reserva da
biodiversidade da Mata Atlântica.
Com relação às espécies costeiras e marinhas, o arquipélago de Tamboretes pode ser
considerado um habitat chave para a reprodução de algumas espécies ao longo da costa
brasileira, principalmente para o atobá-pardo, Sula leucogaster. A área também é de suma
importância para as populações de L. dominicanus, dada a elevada abundância da espécie na
2.77
área e em toda a região. As ilhas também constituem um importante local de repouso para
muitas espécies, que se utilizam oportunamente deste ambiente, como foi o caso do bando de
S. hirundo, uma ave migratória neártica, registrado na área. No caso das fragatas, F.
magnificens, as ilhas do Arquipélago dos Tamboretes constituem um importante local de
repouso para as aves jovens que dispersaram em busca de alimento. A espécie é comumente
observada no estuário da Baía da Babitonga, importante local de alimentação da espécie,
sendo que sua única área reprodutiva em Santa Catarina localiza-se na Ilha Moleques do Sul
(Branco, 2004). Os ambientes de praias se caracterizam como área de repouso e de
alimentação. Algumas espécies podem ser características deste ambiente, como o maçarico-
branco, C. alba, uma visitante do Hemisfério Norte que forrageia junto a linha d´água quando
de sua passagem durante a migração. Espécies predadoras e/ou necrófagas, relacionadas às
famílias Cathartidae e Falconidae, também são comuns nestes ambientes, principalmente
quando associados a dunas e restingas, pois nestas áreas abertas permanecem em sobrevôo
à procura de potenciais presas (vertebrados de pequeno porte) ou carniças, muitas vezes
trazidas pelo mar. Larus dominicanus se utiliza muito dos ambientes de praia como local de
repouso, embora possa ser visto forrageando também na área.
O monitoramento de populações animais é um passo muito importante para o
desenvolvimento de estratégias de conservação. No caso das aves, o fato de que suas
populações podem ser amostradas e estudadas através de metodologias de logística
simples, como o reconhecimento auditivo, somado as várias características deste grupo
taxonômico citadas na introdução deste trabalho, fazem deste um grupo indiscutível para
diagnosticar o estado de conservação de qualquer unidade ambiental, envolvendo um
esforço menor que em outros grupos taxonômicos.
A preservação de uma área, com as dimensões e características de preservação do Parque
Estadual Acaraí, permite a conservação de espécies endêmicas e em estados críticos de
ameaça, além de atuar como um corredor biológico que permite a conectividade entre
fragmentos costeiros do litoral catarinense e brasileiro. Além da indiscutível importância em
termos de biodiversidade, hoje mais do que nunca está sendo resgatado, entre os
especialistas do mundo inteiro, o valor que possui a paisagem e beleza cênica para a
conservação da cultura como parte da estratégia de conservação. Ambos os atributos são
presentes no Parque. Os resultados do presente estudo reforçam a importância desta área
como unidade de conservação da região Atlântica considerando que abriga elementos muito
importantes da avifauna florestal de Santa Catarina. Considerando que a Floresta Atlântica é
um dos ambientes mais ameaçados do planeta, um remanescente contínuo de
ecossistemas costeiros, como é área delimitada dentro do Parque, compreende parte de
uma estratégia prioritária nas ações para a preservação e recuperação da Floresta Atlântica
e de sua biodiversidade.
Em sua totalidade, o Parque Estadual Acaraí pode ser considerado como de importância
para a conservação das comunidades avifaunísticas regionais. Destaque deve ser dado,
contudo, às ilhas mais ao sul do arquipélago de Tamboretes (Ilha Rema e Ilha do Sul) como
área de reprodução de aves marinhas (Figura 2.21).
2.2.3.4 - Conclusões
A presença do Parque Estadual Acaraí no litoral norte de Santa Catarina representa um
importante avanço na conservação da biodiversidade dos ecossistemas costeiros do Brasil. A
zona costeira sofre uma constante e forte ameaça em virtude do grande interesse econômico
que desperta, principalmente relacionado à especulação imobiliária. Considerando o estado de
conservação da área do Parque, pode-se considerar que este representa um dos últimos
redutos dos ecossistemas costeiros do sul do país em bom estado de conservação e, desta
forma, é fundamental a garantia de sua manutenção em longo prazo. Além disso, a presença do
Parque abre uma excelente oportunidade para a atuação junto à comunidade para a
sensibilização desta quanto à conservação dos recursos naturais.
2.78
Considerando a elevada diversidade de aves registradas para a área do Parque, incluindo a
presença de espécies características de ambientes bem conservados, é inquestionável a
importância da área como reduto destas populações.
2.79
2.2.4 - Mastofauna Terrestre
A riqueza e a abundância de mamíferos nos remanescentes de florestas tropicais estão em
franco declínio devido à combinação de fatores como a fragmentação de hábitats e caça
ilegal. A fragmentação e isolamento de hábitats causam a extinção local de pequenas
populações em função da perda da variabilidade genética, de instabilidades demográficas e
de efeitos de catástrofes locais.
A superexploração através da caça, por sua vez, leva à extinção local das populações de
espécies cinegéticas (Cullen, 1997; Saunders et al. 1991). Estudos têm mostrado que a
mastofauna é fundamental para a manutenção do ecossistema que habitam por suas
interações na dispersão de sementes, predação de sementes e folivoria. Os efeitos
ocasionados pelas mudanças na composição da comunidade animal se refletem, portanto,
em mudanças na estrutura e na dinâmica da floresta, tornando crítico o restabelecimento de
muitas espécies vegetais (Peres, 1990; Redford, 1997; Cullen et al., 2001).
Na Floresta Atlântica são encontradas 250 espécies de mamíferos, das quais 55 são
endêmicas e cerca de 35 estão ameaçadas (Reis et al., 2006). Comparada com outros grupos
taxonômicos, a mastofauna brasileira é relativamente conhecida, porém são poucas as
localidades inventariadas de forma satisfatória, existindo grandes lacunas de conhecimento
taxonômico e biogeográfico na maioria dos gêneros e espécies (MMA, 2002). Conforme
aumentam os inventários, são registradas novas espécies e novas localidades de ocorrência,
principalmente para os grupos dos roedores, marsupiais, morcegos e primatas (MMA, 2003).
2.2.4.2 - Métodos
O diagnóstico da mastofauna utilizou a combinação de variados métodos de amostragem
para os diferentes grupos, no caso pequenos, médios e grandes mamíferos terrestres não-
voadores (Voss & Emmons, 1996). Foram utilizadas armadilhas de contenção viva,
armadilhas fotográficas, transecções para procura de vestígios, entrevistas informais com
moradores locais e revisão bibliográfica.
2.81
Foto 2.33 - Visão da Trilha da Restinga onde Foram Instaladas
Armadilhas de Contenção Viva
2.82
Foto 2.34 - Roedor Capturado em Armadilha de Contenção Viva no Parque
Família Mustelidae
O furão (Galictis cuja) é considerada de baixo risco ou de menor preocupação na Lista
Vermelha mundial da IUCN (IUCN, 2007).
A lontra (Lontra longicaudis) já foi muito caçada pelo valor da sua pele e hoje é considerada
uma ameaça pelos pescadores pelos supostos danos que causaria a piscicultura. No rio
Acaraí ela ocorre em toda extensão, e perto da foz pode-se ver grupos de lontras
disputando peixes com pescadores. É considerada vulnerável nos estados do Paraná
(Margarido & Braga, 2004) e Rio Grande do Sul (Indrusiak & Eizirik, 2003), e consta como
quase ameaçada na Lista da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (Machado et al.,
2005) e como deficiente em dados na Lista Vermelha mundial da IUCN (IUCN, 2007).
2.83
Tabela 2.03 - Comparação do Número de Espécies por Ordem entre a Mastofauna de
Santa Catarina e da Reserva Volta Velha, Itapoá, com a Mastofauna do
Parque
1 2 3 % ITAPOÁ- % SC-
ORDEM SC ITAPOÁ PARQUE
PARQUE PARQUE
Artiodactyla 7 3 0 0,0 0,0
Carnívora 19 11 7 63,6 36,8
Perissodactyla 1 1 0 0,0 0,0
Didelphimorphia 17 4 2 50,0 11,8
Lagomorpha 1 0 0 0,0 0,0
Primates 3 1 1 100,0 33,3
Rodentia 54 10 8 80,0 14,8
Xenarthra 9 2 2 100,0 22,2
TOTAIS 111 32 20 62,5 18
1 2 3
Fontes: Cherem et al (2004), Quadros & Carceres (2001), este estudo.
Família Procyonidae
O quati (Nasua nasua) é uma espécie relativamente comum em todo Brasil, mas já consta
como vulnerável no estado do Rio Grande do Sul (Indrusiak & Eizirik, 2003).
O mão-pelada (Procyon cancrivorus) também é uma espécie comum no Brasil, portanto
consta como baixo risco ou de menor preocupação na Lista Vermelha mundial da IUCN
(IUCN, 2007).
Primatas
Os primatas são representados na região do entorno do Parque com duas espécies, o bugio
(Alouatta guariba clamitans) e o macaco-prego (Cebus nigritus). Assim como em Itapoá
(Quadros & Cárceres, 2001), não foi observada a presença de bugio nas florestas de terras
baixas dentro do Parque, somente em encostas florestadas fora do Parque.
O macaco-prego (C. nigritus) é uma espécie de ampla distribuição na Mata Atlântica e,
portanto não consta como ameaçada nos estado vizinhos. Na área de entorno do Parque,
bandos deste primata têm circulado próximos as ocupações humanas e algumas vezes
invadiram casas atrás de comida, criando polemica na comunidade sobre como resolver
este problema.
Roedores
Dentre os roedores merecem destaque a paca, a capivara, a cutia e o rato-do-mato
Oligoryzomys cf. flavescens.
A paca (Cunniculus paca) é um roedor muito procurado e caçado devido à qualidade de sua
carne. Por este motivo é considerada em perigo no Rio Grande do Sul (Marques et al, 2002)
e no Paraná (Margarido & Braga, 2004). No Parque foi citada como ocorrendo próxima a
localidade de São José do Acaraí, local onde é procurada por caçadores.
A capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior dos roedores e embora tenha ampla
distribuição no país, sofre a ameaça da caça dentro e fora do Parque.
A cutia (Dasyprocta sp.) é também uma espécie cinegética, com um importante papel de
dispersor de sementes na floresta. Para o estado de Santa Catarina é citada uma espécie
cuja localidade tipo é Joinville (Oliveira & Bonvicino, 2006), porém não foi possível
determinar qual a espécie que ocorre no Parque.
2.84
O rato-do-mato Oligoryzomys cf. flavescensi foi capturado na Ilha do Porto, em Tamboretes.
Levando em consideração que a ilha está afastada cerca de 4 km da Ilha de São Francisco
do Sul, é pertinente pensar na possibilidade da existência de uma espécie ou subespécie
nova para ciência, porém só um exame mais detalhado poderá confirmar ou não esta
hipótese (Vide o caso da Cavia intermedia citada para as Ilhas dos Moleques do Sul no
Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (Cherem et al., 1999)).
2.86
Foto 2.36 - Animais Atropelados na Estrada que Corta a Praia Grande,
Encontrados Durante o Levantamento de Campo
Foto 2.37 - Solos Erodidos e Compactados pela Ação dos Búfalos no Parque
2.87
Figura 2.22 - Áreas de Relevante Interesse para a Conservação de Mamíferos
Terrestres do Parque
2.88
2.2.4.3.5 - Avaliação da Efetividade do Parque para a Proteção da Mastofauna
Terrestre
Considerando o que foi discutido anteriormente, o Parque possui uma diversidade de
mastofauna bem representativa da região onde se insere, principalmente no que tange ao
ambiente de Floresta de Terras Baixas. Neste sentido, infere-se haver boa efetividade da
Unidade para proteção da biodiversidade, desde que observadas ações voltadas para a
diminuição dos impactos dentro e fora do parque e que culminem na manutenção dos habitats.
As ações educativas e repressivas da administração do Parque devem ser concentradas
nas atividades extrativistas atualmente desenvolvidas, como caça, coleta de samambaias,
cipós e pesca. Embora algumas atividades não sejam diretamente envolvidas na captura de
mamíferos, muitas destas são associadas, ou seja, uma atividade induz à outra, e no caso
dos mamíferos a caça é o principal problema.
O isolamento da área do Parque consiste em um fator negativo importante a ser
mencionado. A comunicação do Parque com outras áreas naturais existentes no entorno,
por meio de corredores ecológicos, pode colaborar com o aumento da riqueza de espécies
do Parque e da Ilha de São Francisco como um todo. Se mal manejado ou idealizado,
porém, um corredor pode também trazer problemas, fazendo com que espécies com
grandes áreas de uso, como os felinos, saiam da área do parque e fiquem à sorte dos
impactos do entorno, como caça e atropelamentos, por exemplo. Assim sendo, é imperativo
que os corredores ecológicos idealizados contem com medidas de manejo e controle de
impactos nas áreas em que os mesmos atravessarem ou tangenciarem obras de infra-
estrutura de grande porte, a exemplo das estradas regionais.
2.2.4.4 - Conclusões
A diversidade da mastofauna em matas de restinga é menor que nas áreas de mata úmida,
e esta fauna encontrada na restinga do Parque Acaraí é típica da Floresta Atlântica.
Portanto, em relação a mastofauna era esperado que não houvesse valores altos de
diversidade alfa. De maneira geral, a floresta de terras baixas, associada à floresta aluvial, é
responsável pela maior riqueza da mastofauna encontrada no parque.
Dois locais merecem destaque como áreas de relevante interesse para a preservação, a
Floresta de Terras Baixas da região onde está instalado o emissário da ArcelorMittal Vega e
a Floresta de Terra Baixas localizada em São José do Acaraí. Para estas áreas sugere-se
que sejam implantados programas de monitoramento relativos à restrição do uso público e
repressão à caça, prevenção de contaminação pelo emissário e programas de educação
ambiental.
A presença de um roedor típico da Floresta Atlântica na Ilha do Porto em Tamboretes
aumenta a importância de preservação do arquipélago em relação à mastofauna terrestre.
Soma-se a isto a probabilidade de tratar-se de descoberta de uma espécie ou subespécie
nova para o Estado de Santa Catarina.
A diversidade da mastofauna regional está bem representada no Parque, mas ainda existe
uma lacuna de conhecimento no que tange a pequenos mamíferos não-voadores e
voadores. A realização de mais estudos aumentará o conhecimento sobre a diversidade da
área, valorizando ainda mais a importância do parque para a preservação da mastofauna da
Floresta Atlântica.
2.89
A Ordem Cetacea inclui as baleias, botos, golfinhos e toninhas, animais que apresentam
uma vida exclusivamente aquática, incluindo espécies de água doce. Os membros desta
ordem estão distribuídos por todos os oceanos do planeta e o habitat das espécies difere
principalmente em relação à latitude e à distância da costa; um grande número de cetáceos
é raramente visto na natureza, pois vivem em regiões oceânicas. Espécies endêmicas são
encontradas em regiões costeiras ou rios, mas ainda assim em áreas relativamente
grandes. As espécies de hábitos costeiros são as mais conhecidas e estudadas, e muitas
também apresentam importantes áreas de concentração, o que permite seu monitoramento
de forma mais constante.
A Sub-ordem Pinnipedia inclui os lobos, leões e elefantes-marinhos, assim como as focas.
Estas espécies apresentam várias adaptações à vida aquática, mas mantém uma forte
relação com os ambientes terrestres, utilizados para atividades reprodutivas e para o
descanso. No Brasil não existem colônias reprodutivas de pinípedes, mas no Rio Grande do
Sul existem dois refúgios que abrigam leões-marinhos (Otaria flavescens) e lobos-marinhos
(Arctocephalus australis), que utilizam as áreas para descanso (Silva, 2004). De maneira
geral, a ocorrência de pinípedes no Brasil é ocasional, associada principalmente às frias
correntes de inverno.
Os mamíferos marinhos ocupam uma posição no topo da cadeia trófica e estudos
relacionados à sua ecologia e biologia podem trazer importantes informações sobre a
qualidade dos ambientes que ocupam. Considerando o hábito de vida oceânico de muitas
espécies de mamíferos marinhos, as carcaças de animais encontrados mortos ao longo das
praias ou capturados acidentalmente em atividades de pesca constituem uma importante
fonte de informações e um grande número de espécies é conhecido apenas com base neste
tipo de informação.
2.90
• Mamíferos Marinho da Região de Estudo
As informações existentes sobre os mamíferos marinhos no litoral adjacente ao Parque são
resultantes do avistamento ocasional e de carcaças encontradas nas praias. Levantamentos
sistemáticos ao longo deste litoral não foram realizados até o momento, pois envolvem
elevados custos financeiros. As carcaças, contudo, refletem de forma significativa a fauna
presente na região, embora não permitam nenhuma avaliação sobre abundância ou
sazonalidade das espécies.
As populações de Sotalia guianensis e Pontoporia blainvillei que ocorrem na Baía da
Babitonga vêm sendo estudadas de forma sistemática há cerca de nove anos. Vários
aspectos da ecologia destas espécies são conhecidos, incluindo estimativas populacionais,
análise da distribuição, uso de habitat, dieta e nível de residência (para S. guianensis)
(Cremer, 2000; Hardt, 2005; Cremer, 2007).
2.2.5.2 - Métodos
Levantamentos de campo voltados à identificação de mamíferos marinhos requerem em
geral um grande esforço de observação, com exceção das áreas conhecidas como de
concentração das espécies. O litoral norte catarinense, nas adjacências do Parque Estadual
Acaraí, não constitui área de concentração de nenhuma espécie de mamífero marinho. Os
registros conhecidos são ocasionais e, portanto, em virtude de limitações logísticas e de
tempo, optou-se pela obtenção de dados principalmente através de métodos indiretos.
Desta forma, os dados aqui apresentados foram obtidos através de quatro métodos:
− Registro de carcaças ao longo da faixa de praia do Parque (Praia Grande/Praia do
Ervino), numa extensão de 24 km;
− Observação direta, com o auxílio de binoculares 7 x 50, em intervalos de 10 minutos
em percurso a pé ao longo da Praia Grande até a Praia do Ervino;
− Pesquisa no livro de registros e acervo da coleção científica da UNIVILLE;
− Pesquisa bibliográfica.
A varredura de praia foi realizada a pé nos dias 18, 19 e 20/10/07, sendo percorridos de 6 a
12 km por dia, totalizando 24 km de esforço. A praia foi vistoriada para a localização de
carcaças ou partes do esqueleto que permitissem a identificação de espécies. A observação
direta foi realizada conjuntamente, quando a cada intervalo de 10 minutos o mar foi
vistoriado com auxílio de binoculares 7 x 50 para a localização de animais. O acervo da
UNIVILLE foi pesquisado através dos registros no livro-tombo, assim também como o livro
de registros; há cerca de oito anos a instituição vem realizando pesquisas na área e
coletando carcaças ao longo das praias e registrando avistamentos ocasionais. Por fim, foi
realizada uma pesquisa bibliográfica para a identificação das publicações referentes à fauna
de mamíferos marinhos da região, assim como do Estado de Santa Catarina.
2.91
Parque. Destas, sete estão incluídas na Ordem Cetacea (Pontoporia blainvillei, Sotalia
guianensis, Tursiops truncatus, Delphinus delphis, Stenella frontalis, Balaenoptera
acutorostrata e Eubalaena australis) e duas na Ordem Carnivora, Sub-Ordem Pinnnipedia
(Arctocephalus australis e Arctocephalus tropicalis). A pesquisa bibliográfica contou
principalmente com o trabalho de Cherem et al. (2004), que publicaram uma lista completa
dos mamíferos de Santa Catarina, com uma ampla revisão das coleções do Estado.
Considerando conjuntamente os registros apresentados neste trabalho, somam-se outras
cinco espécies de cetáceos que já foram registradas no entorno do Parque, todas da Ordem
Cetácea e com provável ocorrência na Praia Grande e na Praia do Ervino (Delphinus
capensis, Balaenoptera bonaerensis, Orcinus orca, Kogia simus e Physeter macrocephalus).
No Anexo 2.17 encontra-se a relação completa das espécies com sua posição taxonômica.
Dentre as espécies relacionadas, pode-se considerar que quatro espécies de cetáceos estão
mais associadas à zona costeira e potencialmente podem ser avistadas a partir da costa e/ou
ocorrer junto à praia. A toninha (P. blainvillei), o boto-cinza (S. guianensis) (Foto 2.38) e a
baleia-franca (E. australis) são espécies tipicamente costeiras. A toninha e o boto-cinza têm
populações residentes na Baía da Babitonga e carcaças destas espécies já foram registradas
ao longo da faixa de praia do Parque, indicando sua ocorrência nesta região. O golfinho-nariz-
de-garrafa (T. truncatus) ocorre tanto em regiões oceânicas quanto na costa, onde pode ser
visto inclusive na linha de quebra-mar, formando grandes agrupamentos ou em indivíduos
solitários. Merece destaque o avistamento de um grupo de três indivíduos de Orcinus orca,
ocorrido em frente à Prainha, nas imediações do Parque, em 2004. A espécie ocorre tanto em
águas costeiras como oceânicas, embora no sul do Brasil não seja comum sua aproximação
das praias.
2.92
Foto 2.39 - Espécies de Lobos-marinhos Encontrados no Entorno do Parque
A B
Legenda: (A) Indivíduo adulto de A. tropicalis lobo-marinho-subantártico, bastante debilitado registrado na Praia da Enseada;
(B) Indivíduo jovem de A. australis descansando sobre as pedras no costão da Praia Grande.
Fonte: UNIVILLE.
2.94
dia de permanência. Encalhes de animais mortos já foram documentados em três ocasiões,
uma na Praia da Enseada (Foto 2.41 A) e outra na Praia de Itapoá; o encalhe de um filhote
na Praia do Paulas, interior da Baía da Babitonga, em setembro de 2006, pode ter sido
associado ao afastamento ou morte da mãe, ocasionando a desorientação do filhote e
conseqüente encalhe e morte em uma planície de maré (Foto 2.41 B). Todos os registros da
espécie ocorreram entre os meses de julho e outubro. Não foi registrado nenhum indivíduo
durante a coleta de dados primários realizada para o presente trabalho.
A B
Legenda: (A) Encalhe de um indivíduo adulto de E. australis na Praia da Enseada, em avançado estado de
decomposição; (B) Encalhe de um filhote de E. australis com morte recente registrado no interior da Baía da
Babitonga.
Fonte: Marta Cremer.
2.95
conhecida por aproximar-se da costa, entrando em baías, enseadas e estuários
(Leatherwood & Reeves, 1983). Tem ampla distribuição nos oceanos Atlântico e Pacífico.
No Hemisfério Sul é conhecida como circumpolar e pelágica. Os padrões de migração não
são bem conhecidos, mas sua movimentação ocorre entre os 5o e 50o S, sendo
possivelmente estratificada por sexo e faixa etária (Leatherwood & Reeves, 1983).
2.96
Figura 2.23 - Área no Entorno do Parque com Destaque para as Áreas de
Costão Rochoso, mais Utilizadas pelos Pinípedes para Descanso
Fonte: M. Cremer.
2.97
região, com treinamento aos mestres das embarcações no sentido de direcionar suas
atividades para a observação de baleias.
Com relação à contaminação química, um ponto de preocupação são os efluentes lançados
pelo emissário da empresa ArcelorMittal Vega, que desemboca em frente à Praia Grande.
Os mamíferos marinhos são animais de topo de cadeia trófica e, portanto, sujeitos a
processos de bioacumulação. Da mesma forma, a monobóia da Petrobrás, onde ocorre a
descarga de petróleo, também constitui um risco eminente, pois o derramamento de
petróleo no mar afeta todo o ambiente, incluindo mamíferos marinhos. É importante o
envolvimento da administração do Parque com a Transpetro, empresa local responsável
pelo transporte de petróleo, para o acompanhamento das ações preventivas e de
emergência no caso de acidentes. As praias do Parque seriam diretamente afetadas em
caso de acidentes com navios petroleiros, com o oleoduto ou com a própria monobóia, ou
mesmo com pequenos vazamentos.
2.2.5.4 - Conclusões
A fauna de mamíferos marinhos que ocorre na região do entorno do Parque é diversificada,
embora muitas espécies tenham uma distribuição oceânica, com o registro restrito a ocorrência de
encalhes de animais mortos nas praias. Potencialmente, todas as espécies de mamíferos
marinhos relacionadas para o Estado podem ocorrer nas águas adjacentes ao Parque. Grande
parte das informações existentes é oriunda de animais mortos encontrados nas praias.
Dentre os mamíferos marinhos relacionados, pelo menos quatro espécies de cetáceos
podem ser consideradas costeiras e relativamente comuns ao longo da costa do Parque: a
toninha (P. blainvillei), o boto-cinza (S. guianensis), o golfinho-nariz-de-garrafa (T. truncatus)
e a baleia-franca (E. australis), esta com uma sazonalidade bem demarcada. No caso dos
pinípedes, duas espécies podem ser consideradas comuns e em geral associadas ao
período de inverno e primavera: o lobo-marinho-de-dois-pêlos (A. australis) e o lobo-
marinho-subantártico (A. tropicalis). Muitas vezes estas espécies são encontradas vivas nas
praias ou costões rochosos da região, e podem estar apenas descansando ou apresentar
variados graus de debilidade física.
Recomenda-se fortemente que os efluentes industriais lançados pelo emissário da empresa
ArcelorMittal Vega sejam rigorosamente monitorados a fim de reduzir os danos causados
aos mamíferos marinhos da região expostos a estes efluentes, assim como a toda a cadeia
trófica envolvida. Da mesma forma, a situação do transporte de petróleo, realizada nas
imediações do Parque, deve ser monitorada. O programa de comunicação com a
comunidade do entorno deve incluir informações referentes aos procedimentos da
população em situações de encontro de um mamífero marinho vivo ou morto nas praias do
Parque e região do entorno. Recomenda-se um programa de monitoramento das praias com
vistas ao registro e/ou coleta periódica de mamíferos marinhos mortos, pois estes
constituem valiosa fonte de informação e pesquisas, assim como para atender a eventuais
casos de animais vivos que necessitam de atendimento. O programa de educação
ambiental com a comunidade do entorno e visitantes deve considerar o ambiente marinho
como parte integrante dos ecossistemas do Parque e os mamíferos marinhos podem ser
utilizados como espécies-bandeira neste trabalho.
2.98
3 - DOCUMENTOS CONSULTADOS
3 – DOCUMENTOS CONSULTADOS
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3.20
ANEXOS
Anexo 2.01 – Mapa de Cobertura Vegetal do Parque
Anexo 2.10 - Lista das Espécies de Aves Registradas na Região de Praias e no
Arquipélago de Tamboretes na Área do Parque e seu Entorno,
Anteriormente ao Presente Estudo
Ordem Pelecaniformes
Família Phalacrocoracidae
2
Phalacrocorax brasilianus Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Fregatidae
2
Branco et al. (2004) Barra do Sul
Fregata magnifiscens 1
Branco (2004) Arquipélago de Tamboretes
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
2
Ardea cocoi Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Casmerodius albus Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Egretta thula Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Egretta caerulea Branco et al. (2004) Barra do Sul
3
Nycticorax nycticorax Branco & Fracasso (2005) Arquipélago de Tamboretes
Ordem Cathartiformes
Família Cathartidae
2
Branco et al. (2004) Barra do Sul
Coragyps atratus 1
Branco (2004) Arquipélago de Tamboretes
2
Cathartes aura Branco et al. (2004) Barra do Sul
Ordem Falconiformes
Família Falconidae
2
Milvago chimachima Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Branco et al. (2004) Barra do Sul
Polyborus plancus 1
Branco (2004) Arquipélago de Tamboretes
Ordem Charadriiformes
Família Charadriidae
2
Vanellus chilensis Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Charadrius semipalmatus Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Scolopacidae
2
Calidris canutus Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Laridae
2
Branco et al. (2004) Barra do Sul
Larus dominicanus 1
Branco (2004) Arquipélago dos Tamboretes
NOME CIENTÍFICO FONTE BIBLIOGRÁFICA LOCAL DO REGISTRO
2
Branco et al. (2004) Barra do Sul
Sterna hirundinacea 1
Branco (2004) Arquipélago dos Tamboretes
2
Sterna trudeaui Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Sterna maxima Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Sterna eurygnatha Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Sulidae
1
Sula leucogaster Branco (2004) Arquipélago dos Tamboretes
Família Rynchopidae
2
Rynchops niger Branco et al. (2004) Barra do Sul
Ordem Cuculiformes
Família Cuculidae
2
Guira guira Branco et al. (2004) Barra do Sul
Ordem Coraciiformes
Família Alcedinidae
2
Ceryle torquata Branco et al. (2004) Barra do Sul
Ordem Passeriformes
Família Furnariidae
2
Furnarius rufus Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Tyraniidae
2
Machetornis rixosus Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Pitangus sulfuratus Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Tyrannus melancholicus Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Troglodytidae
2
Troglodytes aeodon Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Emberizidae
2
Zonotrichia capensis Branco et al. (2004) Barra do Sul
Anexo 2.02 - Parâmetros Fitossociológicos Estimados
para as Espécies Amostradas em Área de
Restinga Arbóreo Arbustiva do Parque
Anexo 2.02 - Parâmetros Fitossociológicos Estimados para as Espécies Amostradas em Área de Restinga Arbóreo Arbustiva do
Parque
DENSIDADE DOMINÂNCIA FREQÜÊNCIA
Nº
ESPÉCIES N ABS REL ABS REL ABS REL VI VC
Espécies
2
Ind./ha % m /ha % % %
1 Maytenus robusta Reissek 40 400 20,73 17,389 9,68 70 7,61 38,01 30,40
2 Clusia parviflora Engl. 21 210 10,88 27,458 15,28 100 10,87 37,03 26,16
3 Ocotea pulchella Mart. 17 170 8,81 23,166 12,89 60 6,52 28,22 21,70
4 Ilex theezans Mart. 11 110 5,70 25,517 14,2 50 5,43 25,34 19,90
5 Myrsine umbellata Mart. 9 90 4,66 14,595 8,12 50 5,43 18,22 12,79
6 Eugenia stigmatosa DC. 12 120 6,22 0,8679 4,83 50 5,43 16,48 11,05
7 Erythroxylum cuspidifolium Mart. 10 100 5,18 0,2319 1,29 70 7,61 14,08 6,47
8 Nectandra oppositifolia Nees & Mart. ex Nees 6 60 3,11 12,144 6,76 30 3,26 13,13 9,87
9 Alibertia concolor (Cham.) K.Schum. 8 80 4,15 0,3980 2,21 30 3,26 9,62 6,36
10 Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi 6 60 3,11 0,2079 1,16 40 4,35 8,61 4,27
11 Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg. 2 20 1,04 11,621 6,47 10 1,09 8,59 7,50
12 Guapira opposita (Vell.) Reitz 7 70 3,63 0,2872 1,60 30 3,26 8,49 5,23
13 Chrysophyllum inornatum 6 60 3,11 0,1304 0,73 40 4,35 8,18 3,83
14 Trichilia lepidota Mart. 6 60 3,11 0,1027 0,57 20 2,17 5,85 3,68
15 Matayba guianensis Aubl. 3 30 1,55 0,1059 0,59 30 3,26 5,40 2,14
16 Ilex brevicuspis Reissek 1 10 0,52 0,5599 3,12 10 1,09 4,72 3,63
17 Psidium cattleyanum Weinw. 3 30 1,55 0,0821 0,46 20 2,17 4,19 2,01
18 Psychotria birotula L.B.Sm. & Downs 2 20 1,04 0,1459 0,81 20 2,17 4,02 1,85
19 Eugenia sp. 1 10 0,52 0,4227 2,35 10 1,09 3,96 2,87
20 Pera glabrata Poepp. ex Baill. 2 20 1,04 0,2635 1,47 10 1,09 3,59 2,50
DENSIDADE DOMINÂNCIA FREQÜÊNCIA
Nº
ESPÉCIES N ABS REL ABS REL ABS REL VI VC
Espécies
2
Ind./ha % m /ha % % %
21 Nectandra leucantha Nees 2 20 1,04 0,1848 1,03 10 1,09 3,15 2,06
22 Psychotria carthagenensis Jacq. 2 20 1,04 0,1562 0,87 10 1,09 2,99 1,91
23 Eugenia multicostata Legrand 2 20 1,04 0,1101 0,61 10 1,09 2,74 1,65
24 Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini 1 10 0,52 0,0916 0,51 10 1,09 2,11 1,03
25 Myrcianthes gigantea Legrand 1 10 0,52 0,0679 0,38 10 1,09 1,98 0,90
26 Ficus trigona L.f. 1 10 0,52 0,0567 0,32 10 1,09 1,92 0,83
27 Eugenia catharinae O.Berg 1 10 0,52 0,0541 0,30 10 1,09 1,91 0,82
28 Calophyllum brasiliense Camb. 1 10 0,52 0,0503 0,28 10 1,09 1,88 0,80
29 Andira fraxinifolia Benth. 1 10 0,52 0,0430 0,24 10 1,09 1,84 0,76
30 Gomidesia schaueriana O.Berg 1 10 0,52 0,0322 0,18 10 1,09 1,78 0,70
31 Indeterminada 5 1 10 0,52 0,0302 0,17 10 1,09 1,77 0,69
32 Eugenia sulcata Spring ex Mart. 1 10 0,52 0,0238 0,13 10 1,09 1,74 0,65
33 Indeterminada 4 1 10 0,52 0,0229 0,13 10 1,09 1,73 0,65
34 Tabernaemontana catharinensis DC. 1 10 0,52 0,0159 0,09 10 1,09 1,69 0,61
35 Endlicheria paniculata (Spreng.) Macbr. 1 10 0,52 0,0145 0,08 10 1,09 1,69 0,60
36 Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger, Lanj. & Boer 1 10 0,52 0,0096 0,05 10 1,09 1,66 0,57
37 Schinus terebinthifolius Raddi 1 10 0,52 0,0091 0,05 10 1,09 1,66 0,57
TOTAIS 193 1.930 100 17,968 100 920 100 300 200
Legenda: n = número de indivíduos amostrados; para os parâmetros de abundância (densidade, dominância e freqüência) abs = absoluto e rel = relativo.
Anexo 2.03 - Parâmetros Fitossociológicos Estimados
para as Espécies Amostradas de Floresta Ombrófila
Densa de Terras Baixas no Parque
Anexo 2.03 – Parâmetros Fitossociológicos Estimados para as Espécies Amostradas de Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas
no Parque
DENSIDADE DOMINÂNCIA FREQÜÊNCIA
N°
ESPÉCIES N ABS REL ABS REL ABS REL IVI IVC
Espécies
2
Ind./ha % m /ha % % %
1 Calophyllum brasiliense Camb. 32 320 24,62 15,1986 40,31 100 13,51 78,44 64,93
2 Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman 13 130 10,00 5,4957 14,58 50 6,76 31,33 24,58
3 Ocotea pulchella Mart. 12 120 9,23 2,4988 6,63 50 6,76 22,62 15,86
4 Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg. 12 120 9,23 1,9874 5,27 50 6,76 21,26 14,50
5 Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini 5 50 3,85 3,0511 8,09 30 4,05 15,99 11,94
6 Fícus insipida Willd 2 20 1,54 3,5771 9,49 20 2,70 13,73 11,03
7 Calycorectes australis Legrand 5 50 3,85 0,7462 1,98 30 4,05 9,88 5,83
8 Andira fraxinifolia Benth. 3 30 2,31 0,1131 0,30 30 4,05 6,66 2,61
9 Myrsine venosa DC. 3 30 2,31 0,3329 0,88 20 2,70 5,89 3,19
10 Zollernia ilicifolia Vog. 2 20 1,54 0,5769 1,53 20 2,70 5,77 3,07
11 Marlierea tomentosa Cambess. 3 30 2,31 0,1626 0,43 20 2,70 5,44 2,74
12 Guarea macrophylla subsp. Tuberculata (Vell.) Pennington 2 20 1,54 0,0734 0,19 20 2,70 4,44 1,73
13 Eugenia stigmatosa DC. 2 20 1,54 0,0575 0,15 20 2,70 4,39 1,69
14 Tapirira guianensis Aubl. 2 20 1,54 0,5020 1,33 10 1,35 4,22 2,87
15 Alsophila setosa Kaulf. 3 30 2,31 0,1985 0,53 10 1,35 4,19 2,83
16 Pera glabrata Poepp. Ex Baill. 2 20 1,54 0,4575 1,21 10 1,35 4,10 2,75
17 Marlierea parviflora O.Berg 2 20 1,54 0,2719 0,72 10 1,35 3,61 2,26
18 Schinus terebinthifolius Raddi 2 20 1,54 0,2657 0,70 10 1,35 3,59 2,24
19 Indeterminada 1 1 10 0,77 0,3664 0,97 10 1,35 3,09 1,74
20 Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.) Engl. 1 10 0,77 0,3365 0,89 10 1,35 3,01 1,66
DENSIDADE DOMINÂNCIA FREQÜÊNCIA
N°
ESPÉCIES N ABS REL ABS REL ABS REL IVI IVC
Espécies
2
Ind./ha % m /ha % % %
21 Indeterminada 2 1 10 0,77 0,2270 0,60 10 1,35 2,72 1,37
22 Aegiphila fluminensis Vell. 1 10 0,77 0,1986 0,53 10 1,35 2,65 1,30
23 Duguetia lanceolata St.Hil. 1 10 0,77 0,1815 0,48 10 1,35 2,60 1,25
24 Fícus enormis Mart. ex Miq. 1 10 0,77 0,1075 0,29 10 1,35 2,41 1,05
25 Nectandra oppositifolia Nees & Mart. ex Nees 1 10 0,77 0,1003 0,27 10 1,35 2,39 1,04
26 Byrsonima ligustrifolia A.Juss 1 10 0,77 0,0817 0,22 10 1,35 2,34 0,99
27 Indeterminada 3 1 10 0,77 0,0801 0,21 10 1,35 2,33 0,98
28 Rollinia sylvatica Warm. 1 10 0,77 0,0541 0,14 10 1,35 2,26 0,91
29 Ilex brevicuspis Reissek 1 10 0,77 0,0528 0,14 10 1,35 2,26 0,91
30 Cupania oblongifolia Mart. 1 10 0,77 0,0430 0,11 10 1,35 2,23 0,88
31 Eugenia sulcata Spring ex Mart. 1 10 0,77 0,0407 0,11 10 1,35 2,23 0,88
32 Matayba guianensis Aubl. 1 10 0,77 0,0363 0,10 10 1,35 2,22 0,87
33 Sloanea lasiocoma K.Schum. 1 10 0,77 0,0353 0,09 10 1,35 2,21 0,86
34 Inga marginata Willd. 1 10 0,77 0,0312 0,08 10 1,35 2,20 0,85
35 Alibertia concolor (Cham.) K.Schum. 1 10 0,77 0,0273 0,07 10 1,35 2,19 0,84
36 Erythroxylum cuspidifolium Mart. 1 10 0,77 0,0273 0,07 10 1,35 2,19 0,84
37 Eugenia eurysepala Kiaersk. 1 10 0,77 0,0229 0,06 10 1,35 2,18 0,83
38 Guapira asperula (Standl.) Lundell 1 10 0,77 0,0221 0,06 10 1,35 2,18 0,83
39 Ternstroemia brasiliensis Cambess. 1 10 0,77 0,0221 0,06 10 1,35 2,18 0,83
40 Heteropterys nitida (Lam.) Kunth 1 10 0,77 0,0212 0,06 10 1,35 2,18 0,83
41 Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi 1 10 0,77 0,0204 0,05 10 1,35 2,17 0,82
TOTAIS 130 1.300 100 37,700 100 740 100 300 200
N = número de indivíduos amostrados; para os parâmetros de abundância (Densidade, Dominância e Freqüência) Abs = absoluto e Rel = relativo
Anexo 2.04 - Relação das Espécies Registradas na Área do Parque,
Agrupadas por suas Respectivas Famílias Botânicas e
Tipologia Vegetal onde foram Coletadas
Anexo 2.04 - Relação das Espécies Registradas na Área do Parque, Agrupadas por
suas Respectivas Famílias Botânicas, Nome Comum e Tipologia Vegetal
onde foram Coletadas
FAMÍLIA/ESPÉCIE NOME COMUM TIPOLOGIA VEGETACIONAL
ADOXACEAE
Sambucus nigra L.2 sabugueiro -
ALTINGIACEAE
Achyrocline satureoides DC.2 macela -
AMARANTHACEAE
Blutaparon portucaloides (St.Hill.) Mears1, 3 bredo-da-praia REST
Amaranthus lividus L.2 caruru-de-folha-de-cuia -
AMARYLIDACEAE DUN
Bomarea edulis Mart.1 - -
ANACARDIACEAE
Schinus terebinthifolius Raddi 1, 2, 3 aroeira-vermelha REST, FLOR
Tapirira guianensis Aubl.1, 2, 3 pau-pombo/ cupiúva FLOR
ANNONACEAE
Annona glabra L.3 cortiça-do-brejo -
Duguetia lanceolata St.Hill.1 pindavuna FLOR
Guatteria dusenii R.E. Fr.2 cortiça -
Rollinia sylvatica Warm.1, 2 araticum FLOR
APIACEAE
Apium leptophyllum (Pers.) F. Muell. ex Benth.2 aipo-bravo REST
Hydrocotyle bonariensis Lam.1, 2, 3 acariçoba DUN
APOCYNACEAE
Gonioanthela hilariana (E. Fourn.) Malme 2 - -
Tabernaemontana catharinensis DC.1, 2 leiteiro-de-vaca REST
Temnadenia stellaris (Lindl.) Miers2 cipó-de-leite -
AQUIFOLIACEAE
Ilex brevicuspis Reissek1 caúna-da-serra REST, FLOR
Ilex dumosa Reissek2 caúna/erva-piriquita -
Ilex theezans Mart.1, 2, 3 caúna REST
ARACEAE
Anthurium scandens (Aubl.) Engl.2 antúrio FLOR
Philodendron bipinnatifidum Schott 1 banana-de-macaco FLOR
Philodendron cannaefolium Mart.1 babosa-de-pau FLOR
Philodendron selloum C.Koch1 cipó-de-imbé/guaimbé FLOR
ARALIACEAE
Oreopanax capitatus (Jacq.) Decne1 - REST
ARECACEAE
Bactris setosa Mart.1, 2 tucum/ticum FLOR
Attalea dubia (Mart.) Burret 2 indaiá/palmeira-indaiá FLOR
Butia capitata (Mart.) Becc.1, 2, 3 butiá REST
Euterpe edulis Mart.3 palmito-juçara -
Geonoma elegans Mart.3 - -
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman1, 2, 3 jerivá FLOR
ARISTOLOCHIACEAE
Aristolochia macroura Gomez 2 milhomem/cipó-mil-homens REST
ASCLEPIADACEAE
Oxypetalum tomentosum Wight ex Hook. & Arn.1, 2 - DUN
ASPLENIACEAE
Asplenium serra Langsd. & Fisch.1, 2 feto REST
ASTERACEAE
Achyrocline satureioides (Lam.) DC.2 marcela-do-campo -
Achyrocline sp.2 - -
Ageratum conyzoides L.2 mentrasto/erva-de-são-joão -
Austroeupatorium inulaefolim (Kunth) R.M. King & H. vassoura/erva-de-embira -
Rob 2
FAMÍLIA/ESPÉCIE NOME COMUM TIPOLOGIA VEGETACIONAL
Baccharis dracunculifolia DC.2 alecrim-do-campo -
Baccharis illinita DC.2 carqueja -
Baccharis microdonta DC.2 vassoura-branca REST
Baccharis singularis (Vell.) G.M. Barroso2 - -
Baccharis usterii Heering2 - -
Conyza canadensis (L.) Cronquist2 conizina-do-canadá -
Cyrtocymura scorpioides (Lamarck) H.Rob.1, 2 - REST
Eupatorium littorale Cabrera1, 2, 3 - DUN
Gamochaeta americana (Mill.) Wedd. 1 - DUN
Mikania cordifolia (L. f.) Willd.2 guaco/cipo-cabeludo -
Mikania involucrata Hook & Arn.1 guaco/trepadeira REST
Mikania laevigata Sch. Bip. ex Baker 2 guaco -
Mikania paniculata DC.2 guaco -
Mikania trinervis Hook. & Arn.2 guaco -
Senecio crassiflorus (Lam.) DC.1 - DUN
Sphagneticola trilobata (L.) Pruski 2 vedélia -
Symphyopappus casarettoi B. Juss.2, 3 - -
Vernonanthura puberula (Less.) H. Rob.2 - -
BIGNONIACEAE
Jacaranda puberula Cham.1, 2 caróba FLOR
Macfadyena unguis-cati (L.) Gentry2 batata-de-caboclo/cipó-de-gato -
Tabebuia umbellata (Sond.) Sandwith3 ipê-amarelo FLOR
BIXACEAE
Bixa orellana L.2 urucum -
BEGONIACEAE
Begonia sp.1 - FLOR
Begonia cucullata Willd.2 begônia-do-brejo -
BLECHNACEAE
Blechnum brasiliense Desv.1, 2 samambaia FLOR, REST
Blechnum serrulatum Rich 2 samambaia -
BORAGINACEAE
Cordia curassavica (Jacq.) R. & S.1 erva-baleeira REST
2 chá-de-bugre/louro-mole/
Cordia sellowiana Cham. -
capitão-do-mato
BRASSICACEAE
Capparis flexuosa L.2 feijão-bravo -
BROMELIACEAE
Aechmea cordata Lindl.1 bromélia REST
Aechmea gamosepala Wittm.1, 2 bromélia REST
Aechmea nudicaulis (L.) Griseb.1, 2 bromélia REST, FLOR
Ananas fritzmuelleri Camargo1 ananás REST
Bromelia antiacantha Bertoloni1 bromélia REST, FLOR
Dychia maritima Baker1 bromelia-da-paria DUN
Hohenbergia augusta (Vell.) E. Morren1 bromélia REST
Tillandsia gardneri Lindl.1 bromélia REST, FLOR
Tillandsia stricta Sol. ex Sims2 bromélia REST
Vriesea corcovadensis (Britten) Mez1 bromélia FLOR
Vriesea flammea L.B.Smith1 bromélia FLOR
Vriesea friburgensis Mez1, 2 bromélia FLOR
Vriesea gigantea Gaudich.1 bromélia REST, FLOR
Vriesea incurvata Gaudich.1 bromélia REST
Vriesea philippocoburgii Wawra1 bromélia FLOR
Vriesea platynema Gaudich.1 bromélia FLOR, REST
Vriesea rodigasiana E. Morren1 bromélia FLOR, REST
CACTACEAE
Nopalea cochenillifera (L.) Salm-Dyck2 palma -
Opuntia arechevaletai Speg.1, 3 palma REST
Rhipsalis pachyptera Pfeiff.1 comambaia FLOR, REST
FAMÍLIA/ESPÉCIE NOME COMUM TIPOLOGIA VEGETACIONAL
CANNACEAE
Canna indica L.2 - -
CALYCERACEAE DUN
Acicarpha spatulata R. Br.1, 3 - -
Calycera crassifolia (Miers) Hicken1 - DUN
CECROPIACEAE
Cecropia pachystachia Trec.1, 2, 3 embaúba FLOR
Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini 1, 2 - REST, FLOR
CELASTRACEAE
Maytenus alaternoides Reissek2 cafezinho -
Maytenus robusta Reissek1, 2, 3 cafezinho-do-mato REST
CHRYSOBALANACEAE
Hirtella hebeclada Moric. ex DC.2 cinzeiro -
CLADONIACEAE
Cladonia sp.3 - -
CLETHRACEAE
Clethra scabra Pers.3 caujuja/carne-de-vaca -
CLUSIACEAE
Calophyllum brasiliense Camb.1, 2, 3 olandí/guanandí FLOR
Clusia parviflora Engl.1, 2, 3 clusia REST
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi1, 2, 3 bacopari REST, FLOR
COMBRETACEAE
Laguncularia racemosa (L.) Gaertn. f.1, 2, 3 mangue-branco MANG
COMMELINACEAE
Commelina sp.2 - -
Commelina erecta L.2 trapoeraba -
CONVOLVULACEAE
Ipomoea imperati (Vahl.) Grisebach1 - DUN
Ipomoea pes-caprae (L.) Roth1, 3 batateira-da-praia DUN
CYATHEACEAE
Alsophila setosa Kaulf.1 xaxim-de-espinho FLOR
Cyathea atrovirens (Langsd. & Fisch.) Domin 1, 2 samambaiaçu FLOR
CYPERACEAE
Cyperus ligularis L.1 - REST
Remirea maritima Aubl.1, 3 pinheirinho-da-praia DUN
Rhynchospora brasiliensis Boeck.2 - -
Scleria hirtella Sw.2 junco-de-cobra -
CRASSULACEAE
Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers.2 folha-da-fortuna -
DILLENIACEAE
Davilla rugosa Poir.2 cipó-caboclo -
Doliocarpus schottianus Eichl.2 - -
Tetracera sellowiana Schlecht.2 cipó-vermelho -
Dioscorea laxiflora Mart. ex Griseb.2 cará -
ELAEOCARPACEAE
Sloanea guianensis (Aubl.) Benth.3 laranjeira-do-mato -
Sloanea lasiocoma K.Schum.1 sapopema FLOR
ERICACEAE
Gaylussacia brasiliensis (Spreng.) Meisn.3 camarinha -
ERYTHROXYLACEAE
Erythroxylum amplifolium (Mart.) O.E.Schulz 1 cocão REST
Erythroxylum cuspidifolium Mart.1 caga-fede FLOR
Erythroxylum deciduum St.Hill.1 cocão REST
EUPHORBIACEAE
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg.1, 3 tanheiro REST, FLOR
Pera glabrata Poepp. ex Baill.1, 2, 3 tabocuva/coração-de-bugre REST, FLOR
Sebastiana corniculata (Vahl.) Pax1, 2 milona-roxa REST
FAMÍLIA/ESPÉCIE NOME COMUM TIPOLOGIA VEGETACIONAL
FABACEAE
Abarema langsdorffii (Benth.) Barneby & Grimes1, 3 raposeira-branca REST
Andira anthelmia (Vell.) Macbr.1, 3 angelim-de-morcego REST
Andira fraxinifolia Benth.2, 3 angelim-doce/pinhão-do-mato REST, FLOR
Calliandra sp.2 - -
Canavalia bonariensis Lindl.2 - -
Canavalia rosea (Sw.) DC.1, 3 feijão-de-porco DUN
Chamaecrista sp.1 - DUN
Dalbergia ecastaphyllum (L.) Taub.2 marmeleiro-da-praia -
Desmodium incanum DC.2 carrapicho-beiço-de-boi -
borrolão/mucuna-açu/
Dioclea wilsonii Standl.2 -
olho-de-boi
Erythrina falcata Benth.2 corticeira -
2 eritrina-candelabro/
Erythrina speciosa Andrews -
mulungu-do-litoral
2
Indigofera suffruticosa Mill. anil-do-campo/anileiro -
Inga marginata Willd.1, 2, 3 Ingá-mirim/ingázinho FLOR
Inga sp.1 ingá REST
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze3 silva/unha-de-gato -
Ormosia arborea Harms1 olho-de-boi/ormosia REST
Schizolobium parahyba (Vell.) Blake.1, 3 guapuruvu FLOR
Senna bicapularis (L.) Roxburgh2 fedegoso -
Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S. Irwin &
pau-fava/fedegoso -
Barneby2
Sophora tomentosa L.2 - -
Stylosanthes sp.1 meladinha DUN
Stylosanthes viscosa (L.) Sw.2 meladinha -
Zollernia ilicifolia Vog.1 falsa-espinheira-santa FLOR
GLEICHENIACEAE
Dicranopteris nervosa (Kaulf.) Maxon2 - REST
GOODENIACEAE
Scaevola plumeri (L.) Vahl.1 mangue-da-praia DUN
HELICONIACEAE
Heliconia sp.1 caéte FLOR
ILLECEBRACEAE
Paronychia camphorosmoides Cambess.1 - DUN
JUNCACEAE
Juncus marginatus Rostkov2 junco -
LAMIACEAE
Plectranthus neochilus Schltr.2 - -
LAURACEAE
canela-anhuiba/
Aiouea saligna Meisn.1 -
canela-do-rio-grande
1, 2
Endlicheria paniculata (Spreng.) Macbr. canela-branca REST
Nectandra cf. leucantha Nees1 canela REST
Nectandra oppositifolia Nees & Mart. ex Nees1, 2, 3 canela-garuva REST, FLOR
Ocotea aciphylla (Nees) Mez2 louro-fofo -
Ocotea pulchella Mart.1, 2, 3 canela-do-brejo/canela-lageana REST, FLOR
Persea sp.2 canela -
LOGANIACEAE
Strychnos trinervis (Vell.) Mart.1 cipó-cruzeiro/quina-cruzeiro REST
LORANTHACEAE
Phoradendron piperoides (H.B.K.) Nutt.1 erva-passarinho FLOR
Struthanthus vulgaris Mart.2 erva-passarinho -
LYCOPODIACEAE
Huperzia mandiocana (Raddi) Trevis.1 - REST
Lycopodiella alopecuroides (L.) Cranfill 1 - REST
Lycopodiella cernua (L.) Pic. Serm.2 - -
FAMÍLIA/ESPÉCIE NOME COMUM TIPOLOGIA VEGETACIONAL
MALPIGHIACEAE
Bunchosia pallescens Skottsb2 - -
Byrsonima ligustrifolia Juss.1 baga-de-tucano FLOR
Heteropterys aenea Griseb 2 - -
Heteropterys nitida (Lam.) Kunth.1 - FLOR
Tetrapterys phlomoides (Spreng.) Nied.2 - -
Tetrapterys xylosteifolia Juss.2 - -
MALVACEAE
Hibiscus pernambucensis Arruda1, 2, 3 guanxuma-do-mangue VARZ, MANG
Hibiscus tiliaceus L.2 algodoeiro-da-praia/majagua -
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns2, 3 embiruçú FLOR
Sida carpinifolia L.f.2 - -
Sidastrum sp.2 - -
MARANTHACEAE
Stromanthe tonckat (Aubl.) Eichl.1 pariquera-açu REST
MELASTOMATACEAE
Clidemia hirta (L.) D. Don2 anhangá/chá-mineiro/pixirica -
Leandra fragilis Cogn.2 - -
Miconia cubatanensis Hoehne 2 pixirica -
Miconia pusilliflora (DC.) Naudin 2 pixirica -
Tibouchina clavata (Pers.) Wurdack 2 orelha-de-onça -
Tibouchina pulchra (Cham.) Cogn.1, 3 jacatirão/manacá-da-serra REST
Tibouchina tricopoda (DC.) Baill.1 quaresmeira REST
Tibouchina sp.1, 2 - REST
MELIACEAE
Guarea macrophylla susp. Tuberculata (Vell.)
ataúba/café-bravo FLOR
Pennington1, 2, 3
Trichilia casaretti C. DC.2 catiguá-vermelho -
Trichilia lepidota Mart.1 catiguá-morcego REST
MONIMIACEAE
Mollinedia fruticulosa Perkins2 - -
Mollinedia schottiana (Spreng.) Perkins2 erva-santa -
Mollinedia uleana Perkins2 - -
MORACEAE
Ficus adhatodifolia Schott ex Spreng.2 gameleira -
Ficus citrifolia Mill.2 figueira -
Ficus enormis Mart. ex Miq.1 figueirão FLOR
Ficus insipida Willd1 figueira-branca FLOR
Ficus luschnathiana Miq.2, 3 figueira-do-mato FLOR
Ficus organensis Miq.2, 3 figueira-de-folha-miúda -
Ficus pertusa L. f.1 gameleira, mata-pau REST
Ficus trigona L. f.1 gameleira REST
Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud.2 taiúva -
Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger, Lanj. & Boer1, 2 cincho REST
MYRSINACEAE
Myrsine gardneriana A. DC.1 - REST
Myrsine rubra M.F.Freitas & L.S.Kinoshita2 - -
Myrsine umbellata Mart.1, 2 capororocão REST
Myrsine venosa DC.1, 2 capororocão FLOR
MYRTACEAE
Calycorectes australis Legrand1, 2 - FLOR
Calyptranthes strigipes O.Berg2 araçazinho -
Eugenia catharinae O.Berg1 guamirim REST
Eugenia eurysepala Kiaersk.1, 2 camboim FLOR
Eugenia multicostata Legrand1, 2 pau-alazão REST
Eugenia sp.1 - REST
Eugenia stigmatosa DC.1, 2 - REST, FLOR
Eugenia sulcata Spring ex Mart.1, 2 pitanga-preta FLOR
Gomidesia schaueriana O.Berg1, 2, 3 guamirim-araçá REST
FAMÍLIA/ESPÉCIE NOME COMUM TIPOLOGIA VEGETACIONAL
Gomidesia tijucensis (Kiaersk.) Legrand2 guamirim -
Marlierea parviflora O.Berg1 - FLOR
Marlierea tomentosa Cambess.1, 2, 3 marlierea FLOR
Myrcia brasiliensis Kiaersk.2 guamirim -
Myrcia palustris DC.2 guamirim -
Myrcia selloi (Spreng.) N. Silveira2 cambuí -
Myrcia splendens (Sw.) DC.2 jabuticabeira -
Myrcianthes gigantea Legrand1 pau-pelado REST
Neomitranthes glomerata Legrand2 guamirim-ferro -
Psidium cattleyanum Weinw.1, 2, 3 araça-manteiga REST
Syzygium jambolanum (Lam.) DC.2 jambolão/jamelão -
NYCTAGINACEAE
Guapira asperula (Standl.) Lundell1 - FLOR
Guapira opposita (Vell.) Reitz1, 2, 3 maria-mole REST
OCHNACEAE
Ouratea parviflora DC.2 batiputá/farinha-seca -
Sauvagesia sp.2 - -
OLACACEAE
Heisteria silvanii Schwacke2 casca-de-tatu -
ORCHIDACEAE
Brassavola perrinii Lindl.1 orquídea FLOR
Cattleya intermedia Graham1 catleía REST, FLOR
Cyclopogon sp.1 orquídea REST, FLOR
Cyrtopodium paranaense Schltr.1 orquídea REST
Epidendrum fulgens H.Focke1, 2, 3 orquídea REST
Epidendrum rigidum Jacq.1 orquídea FLOR
Lankesterella ceracifolia (Barb.Rodr.) Mansf.1 orquídea FLOR
Liparis nervosa (Thunb.) Lindl.1 orquídea REST
Maxillaria marginata (Lindl.) Fenzl1 orquídea FLOR
Maxillaria sp.1 orquídea FLOR
Maxillaria valenzuelana Nash1 orquídea FLOR
Mesadenella esmeraldae (Linden & Rchb.f.) Pabst &
orquídea REST, FLOR
Garay1
Octomeria densiflora Barb.Rodr.1 orquídea FLOR
Octomeria grandiflora Lindl.1 orquídea FLOR
Octomeria juncifolia Barb.Rodr.1 orquídea FLOR
Oncidium longipes Lindl.1 orquídea FLOR
Oncidium riograndense Cogn.1 chuva-de-ouro REST, FLOR
Pleurothallis grobyi Bateman ex Lindl.1 orquídea FLOR
Pleurothallis hygrophila Barb.Rodr.1 orquídea FLOR
Pleurothallis macropoda Barb.Rodr.1 orquídea REST, FLOR
Pleurothallis panduripetala Barb.Rodr.1 orquídea REST
Pleurothallis saundersiana Rchb.f.1 orquídea REST
Pleurothallis sp.1 orquídea REST
Prescotia sp.1 orquídea REST
Reichenbachanthus emarginatus Garay1 orquídea FLOR
Rodriguezia venusta Rchb. f.1 orquídea FLOR
Scaphyglottis modesta (Rchb. f.) Schltr.1 orquídea FLOR
Stelis sp.1 orquídea FLOR
Trigonidium obtusum Lindl.1 orquídea REST
Vanilla chamissonis Klotzsch1 baunilha REST
Zygostates sp.1 orquídea FLOR
PHYLLANTHACEAE
quebra-pedra/arrebenta-
Phyllanthus niruri L.2 -
pedra/erva-pombinha
PIPERACEAE
Peperomia pereskiifolia (Jacq.) Kunth2 - -
Peperomia rupestris H.B. & K.1 - DUN
pimenta-de-macaco/
Piper hispidum Sw.2 -
matico-falso
FAMÍLIA/ESPÉCIE NOME COMUM TIPOLOGIA VEGETACIONAL
Piper mosenii DC.2 - -
Piper solmsianum C. DC.2 - -
Pothomorphe umbellate (L.) Miq.2 pariparoba -
PLANTAGINACEAE
Plantago tomentosa Lamarck1 tanchagem DUN
POACEAE
Andropogon arenarius Hackel1 capim-da-paria DUN
Cortaderia selloana (Schult. & Schult. f.) Asch. &
capim-dos-pampas -
Graebn.3
Eragrostis trichocolea Arechav.1, 3 - DUN
Panicum racemosum Spreng.1, 3 capim-da-praia DUN
Paspalum pumilum Nees2 capim-branco -
Paspalum vaginatum Swartz1, 3 capim DUN
Sporobolus virginicus (L.) Kunth1, 3 - DUN
Stenotaphrum secundatum (Walter) Kuntze1 grama-santo-agostinho DUN
PODOCARPACEAE
Podocarpus sellowii Klotzsch ex Endl.3 pinheiro-bravo -
POLYGALACEAE
Polygala cyparissias St. Hil. & Moq.3 pinheirinho-da-praia -
Polygala paniculata L.2 barba-de-são-joão -
POLYPODIACEAE
Microgramma percussa (Cav.) de la Sota1, 2 samambaia FLOR
Microgramma vacciniifolia (Langsd. & Fisch.) Copel.2 samambaia -
Pecluma paradiseae Langsd. & Fisch.1, 2 samambaia REST
Polypodium lepidopteris (Langsd. & Fisch.) Kunze2 samambaia REST
Serpocaulon catharinae (Langsd. & Fisch.) A.R. Sm.2 samambaia -
PSILOTACEAE
Psilotum nudum (L.) P.Beauv.1 - FLOR
PRIMULACEAE
Anagallis arvensis L.2 pimpinela-escarlate -
RHAMNACEAE
Rhamnus sp.1 - FLOR
RHIZOPHORACEAE
Rhyzophora mangle L.1, 2, 3 mangue-vermelho MANG
ROSACEAE
Prunus myrtifolia (L.) Urb.1 pessegueiro-bravo REST
RUBIACEAE
Alibertia concolor (Cham.) K.Schum.1, 2 marmeladinha REST, FLOR
Amaioua guianensis Aubl.2 carvoeiro -
Chiococca alba (L.) Hitchc.2 purga-preta/cipó-cruz/cainça -
Coccocypselum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers.2 - -
Diodia setigera DC.1 - DUN
Esenbeckia grandiflora Mart.2 guaxupita/pau-de-cutia -
Ixora venulosa Benth.2 ixora -
Posoqueria latifolia (Rudge) Roem. & Schult.2 bacuparí-açu -
Psychotria birotula L.B.Sm. & Downs1 - REST
Psychotria carthagenensis Jacq.1 - REST
Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl.2 - -
Psychotria nuda (Cham. & Schltdl.) Wawra3 erva-de-rato -
Psychotria pubigera Schlecht.2 - -
Psychotria suterella Müll. Arg.2 - -
Rudgea villiflora K.Schum. ex Stand.1 - FLOR
SALICACEAE
guaçatonga/
Casearia sylvestris Sw.2 -
erva-de-teiú/cafezeiro
SANTALACEAE
Phoradendron crassifolium (Pohl. ex DC.) Eichler2 erva-de-passarinho/tetipoteira -
SAPINDACEAE
Cupania oblongifolia Mart.1, 2 camboatá FLOR
FAMÍLIA/ESPÉCIE NOME COMUM TIPOLOGIA VEGETACIONAL
Dodonea viscosa (L.) Jacq.1, 2, 3 vassoura-vermelha REST
Matayba guianensis Aubl.1, 2 camboatá-branco REST, FLOR
Paullinia trigonia Vell.1, 2 tingui-cipó REST
Sapium glandulatum (Vell.) Pax3 pau-leiteiro/leiteiro -
SAPOTACEAE
Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.)
mata-olho/aguaí FLOR
Engl.1
Chrysophyllum inornatum Mart.1 - REST
Manilkara subsericea (Mart.) Dubard3 maçaranduba -
Mimusops sp.1 abricó-da-praia REST
SCHIZACEAE
Actinostachys pennula (Sw.) Hook.1, 2 - REST
SIMAROUBACEAE
Picramnia parvifolia Engl.1 cedrinho REST
SMILACACEAE
Smilax brasiliensis Spreng.2 japecanga DUN
Smilax campestris Griseb.1, 3 japecanga DUN
SOLANACEAE
Solanum inaequale Vell.2 cuivira -
Solanum pseudodaphnopsis Mentz & Stehmann1 - REST
STERCULIACEAE
Waltheria indica L.1 douradinha DUN
THEACEAE
Laplacea fruticosa (Schrad.) Kobuski2 juruvoca -
Ternstroemia brasiliensis Cambess.1, 2, 3 pinta-noiva FLOR
TYPHACEAE
Typha domingensis Pers.1,3 taboa VARZ
VERBENACEAE
Aegiphila fluminensis Vell.1 - FLOR
Avicennia schaueriana Stapf &. Leechman1, 2, 3 siriúba/mangue-preto MANG
Citharexylum myrianthum Cham.2 tucaneira -
Lantana camara L.2 camará/lanatana-espinhosa -
ZINGIBERACEAE
Hedychium coronarium J. König1, 2 - FLOR
Legenda: 1. este estudo, 2. espécies coletadas na região, principalmente na praia Grande, tombadas no Herbário FURB, 3.
FATMA - Mapa de uso e ocupação do solo e vegetação; Tipologia Vegetacional: REST - Restinga, FLOR - Floresta,
DUN - dunas, VARZ - Várzea, MANG - Mangue.
Anexo 2.05 - Listagem das Espécies Vegetais Registradas no Parque
Ameaçadas de Extinção de Acordo com a Lista Vermelha
da União Internacional para a Conservação da Natureza
e dos Recursos Naturais – IUCN
Anexo 2.05 - Listagem das Espécies Vegetais Registradas no Parque Ameaçadas de
Extinção de Acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a
Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais - IUCN
DESCRIÇÃO DO
FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME COMUM STATUS CRITÉRIOS DA IUCN
STATUS
Vulnerável (VU):
ARECACEAE considerada como estando
butiá VU VU A1cd, B1+2cd ver 2.4
Butia capitata a sofrer um risco elevado
de extinção na natureza.
Em perigo (EN),
considerada como estando
MYRTACEAE EN B1+2acde ver 2.3
guamirim EM a sofrer um risco muito
Calycorectes australis (1994)
elevado de extinção na
natureza.
Dependente de medidas
de conservação (LR/cd):
ressalta para um
continuado programa de
conservação, específico
SAPOTACEAE para um determinado
batinga-branca LR/cd LR/cd ver 2.3 (1994)
Chrysophyllum inornatum táxon ou habitat. A
cessação desse programa
poderá levar o táxon para
uma das categorias de
ameaça, num período de
cinco anos.
Dependente de medidas
de conservação (LR/cd):
ressalta para um
continuado programa de
conservação, específico
SAPOTACEAE para um determinado
maçaranduba LR/cd LR/cd ver 2.3 (1994)
Manilkara subsericea táxon ou habitat. A
cessação desse programa
poderá levar o táxon para
uma das categorias de
ameaça, num período de
cinco anos.
Segura ou pouco
preocupante (LC ou
LR/lc): categoria de risco
LAURACEAE
canela LR/lc LR/lc ver 2.3 (1994) mais baixo. Táxons
Ocotea aciphylla
abundantes e amplamente
distribuídos são incluídos
nesta categoria.
Dados insuficientes
(DD), informação
PODOCARPACEAE inexistente para fazer
pinho-bravo DD DD ver 2.3 (1994)
Podocarpus sellowii associação direta ou
indireta do risco de
extinção.
Dependente de medidas
de conservação (LR/cd):
ressalta para um
continuado programa de
conservação, específico
SOLANACEAE canema para um determinado
LR/cd LR/cd ver 2.3 (1994)
Solanum inaequale coerana táxon ou habitat. A
cessação desse programa
poderá levar o táxon para
uma das categorias de
ameaça, num período de
cinco anos.
DESCRIÇÃO DO
FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME COMUM STATUS CRITÉRIOS DA IUCN
STATUS
Em perigo (EN),
considerada como estando
ASTERACEAE
vassoura EN EN B1+2c ver 2.3 (1994) a sofrer um risco muito
Symphyopappus casarettoi
elevado de extinção na
natureza.
Vulnerável (VU):
MELIACEAE considerada como estando
baga-de-morcego VU VU A1ac ver 2.3 (1994)
Trichilia casaretti a sofrer um risco elevado
de extinção na natureza.
Em perigo (EN),
considerada como estando
MELIACEAE
guacá-maciele EN EN B1+2c ver 2.3 (1994) a sofrer um risco muito
Trichilia lepidota
elevado de extinção na
natureza.
Anexo 2.06 - Caderno de Fotos de Espécies Vegetais
Encontradas no Parque e Lista com a sua Utilização
Anexo 2.06 - Caderno de Fotos de Espécies Vegetais Encontradas no Parque e Lista
com a sua Utilização
Caderno de Fotos
Inga sp.
Erythrina falcata Pleurothallis macropoda
Psidium cattleyanum
Cecropia pachystachia Rodriguezia venusta
Opuntia arechevaletai
Dodonea viscosa
Andira anthelmia
Listas das Espécies Citadas, Nome Comum e Utilização
NOME CIENTÍFICO NOME COMUM UTILIZAÇÃO
Ipomea pes-caprae ipomea Ornamental - comum nas faixas de dunas
Medicinal - anti-reumática, emética, diurética,
desobstruente do fígado e dos rins, purgativa,
erva-capitão
Hydrocotyle bonariensis aperiente, anti-hidrópica, emética (em doses
acariçoba
mínimas), sardas, manchas dérmicas, erisipelas,
escrófulas, sífilis, morféia, afecções tuberculosas
Ornamental - ameaçada devido às coletas
Cattleya intermedia orquídea
predatórias e fragmentação do hábitat
Aechmea nudicaulis bromélia Ornamental
Ornamental - espécie ameaçada devido às
Hadrolaelia purpurata orquídea
coletas predatórias
Clitoria sp. - Ornamental - espécie comum nas restingas
Cyrtopodium paranaense orquídea Ornamental - ocorre apenas na restinga
Vriesea incurvata bromélia Ornamental
Frutos são procurados pela fauna; utilizada para
Tapirira guianensis cupiúva recuperação de áreas degradadas, principalmente
em solos úmidos
Pleurothallis luteola orquídea Ornamental
Tillandsia gardneri bromélia Ornamental
Syagrus romanzoffiana gerivá Ornamental, os frutos são comestíveis
Paisagismo urbano - o fruto, a pimenta rosa, é
Schinus terebinthifolius aroeira-vermelha
utilizada como tempero
Jacaranda puberula caróba Utilizada para recuperação de áreas degradadas
Espécie ameaçada de extinção, Os frutos são
Butia capitata butiá
consumidos pela fauna
tucum
Bactris setosa Os frutos consumidos pela fauna
ticum
Medicinal - antiblenorrágica, diurética, fraqueza,
Remirea maritima pinheirinho-da-praia
sudorífico
guanandi
Utilizada na marcenaria (madeira-de-lei), seus
Calophyllum brasiliense olandí
frutos são consumidos pela fauna
jacareúba
Nome do entrevistado:
Idade: Sexo: Escolaridade:
( ) sem motor
( ) remo
( ) de 3-5 m
( ) mais de 5 m
14. Embarcação própria?
( ) Sim ( ) Não
15.
Quais espécies de Onde são pescadas? Quando? Método utilizado para
peixes mais a captura?
procuradas?
( ) Lazer
( ) Comércio
( ) Sim ( ) Não
meses do ano Época (chuva/seca) Horas do dia Fases da lua Nível da maré
19.
Qualidade do pesqueiro Relação com anos anteriores Tamanho dos Peixes capturados
( ) Aumentou ( ) Diminuiu
Legenda: Ambientes: R: Rio Acaraí; N: Nascentes; AT: Arquipélago dos Tamboretes; PR: Praia.
Anexo 2.09 - Lista de Anfíbios e Répteis Ocorrentes e/ou com
Possibilidade de Ocorrência no Parque Estadual Acarai
e Entorno, com Informações sobre Ambientes de
Ocorrência, Substratos e Origem da Informação
Anexo 2.09 - Lista de Anfíbios e Répteis Ocorrentes e/ou com Possibilidade de Ocorrência no Parque Estadual Acaraí e
Entorno, com Informações sobre Ambientes de Ocorrência, Substratos e Origem da Informação
AMPHIBIA
Ordem Anura
Família Bufonidae
Família Hylidae
Família Leptodactylidae
Família Microhylidae
REPTILIA
Ordem Testudines
Sub-Ordem Cryptodira
Família Cheloniidae
Família Demochelyidae
Sub-Ordem Pleurodira
Família Chelidae
Ordem Crocodylia
Família Alligatoridae
Ordem Squamata
Sub-0rdem Sauria
Família Leiosauridae
Família Anguidae
Família Gekkonidae
Família Teiidae
Tupinambis merianae lagarto, teiú FL, RH, RX, MN, PR Lit, Mus, Cmp
Família Gymnophthalmidae
Sub-ordem Amphisbaenia
Família Amphisbaenidae
Sub-ordem Serpentes
Família Colubridae
Liophis miliaris cobra-d’água FL, RH, RX, AL, MN, PR Lit, Mus, Cmp
Família Elapidae
Família Viperidae
Bothrops jararacussu jararacussu FL, RH, RX, AL Lit, Mus, Cmp, Ent
Legenda: Ambientes: AL: Áreas alagadas (banhados e várzeas); R: Rios e lagos; Fl: Florestas; RH: Restinga Higrófila; RX: Restinga Xerofítica; PR: Praias;
MN: Manguesais; MR: Ambiente marinho.
Origem da Informação: Cmp: Campo; Lit: Literatura; Mus: Coleções museológicas; Ent: Entrevista.
Anexo 2.10 - Lista das Espécies de Aves Registradas na Região de
Praias e no Arquipélago de Tamboretes na Área do
Parque e seu Entorno, Anteriormente ao Presente Estudo
Anexo 2.10 - Lista das Espécies de Aves Registradas na Região de Praias e no
Arquipélago de Tamboretes na Área do Parque e seu Entorno,
Anteriormente ao Presente Estudo
Ordem Pelecaniformes
Família Phalacrocoracidae
2
Phalacrocorax brasilianus Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Fregatidae
2
Branco et al. (2004) Barra do Sul
Fregata magnifiscens 1
Branco (2004) Arquipélago de Tamboretes
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
2
Ardea cocoi Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Casmerodius albus Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Egretta thula Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Egretta caerulea Branco et al. (2004) Barra do Sul
3
Nycticorax nycticorax Branco & Fracasso (2005) Arquipélago de Tamboretes
Ordem Cathartiformes
Família Cathartidae
2
Branco et al. (2004) Barra do Sul
Coragyps atratus 1
Branco (2004) Arquipélago de Tamboretes
2
Cathartes aura Branco et al. (2004) Barra do Sul
Ordem Falconiformes
Família Falconidae
2
Milvago chimachima Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Branco et al. (2004) Barra do Sul
Polyborus plancus 1
Branco (2004) Arquipélago de Tamboretes
Ordem Charadriiformes
Família Charadriidae
2
Vanellus chilensis Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Charadrius semipalmatus Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Scolopacidae
2
Calidris canutus Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Laridae
2
Branco et al. (2004) Barra do Sul
Larus dominicanus 1
Branco (2004) Arquipélago dos Tamboretes
NOME CIENTÍFICO FONTE BIBLIOGRÁFICA LOCAL DO REGISTRO
2
Branco et al. (2004) Barra do Sul
Sterna hirundinacea 1
Branco (2004) Arquipélago dos Tamboretes
2
Sterna trudeaui Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Sterna maxima Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Sterna eurygnatha Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Sulidae
1
Sula leucogaster Branco (2004) Arquipélago dos Tamboretes
Família Rynchopidae
2
Rynchops niger Branco et al. (2004) Barra do Sul
Ordem Cuculiformes
Família Cuculidae
2
Guira guira Branco et al. (2004) Barra do Sul
Ordem Coraciiformes
Família Alcedinidae
2
Ceryle torquata Branco et al. (2004) Barra do Sul
Ordem Passeriformes
Família Furnariidae
2
Furnarius rufus Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Tyraniidae
2
Machetornis rixosus Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Pitangus sulfuratus Branco et al. (2004) Barra do Sul
2
Tyrannus melancholicus Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Troglodytidae
2
Troglodytes aeodon Branco et al. (2004) Barra do Sul
Família Emberizidae
2
Zonotrichia capensis Branco et al. (2004) Barra do Sul
Anexo 2.11 - Relação das Espécies de Aves Identificadas nos
Ambientes da Lagoa do Acaraí, Restinga e Floresta
de Terras Baixas no Parque, com sua Respectiva
Posição Taxonômica, Nome Vernáculo e Indicação da
Literatura que Apresenta Registros da Espécie,
assim como Respectivo Ambiente de Ocorrência
Anexo 2.11 – Relação das Espécies de Aves Identificadas em Campo na Área do Parque nos Ambientes da Lagoa do Acaraí, Restinga
e Floresta de Terras Baixas, com sua Respectiva Posição Taxonômica, Nome Vernáculo e Abundância Relativa para
cada Ambiente
ABUNDÂNCIA RELATIVA
NOME CIENTÍFICO NOME VERNÁCULO
FLORESTA DE
LAGOA DO ACARAÍ RESTINGA
TERRAS BAIXAS
Ordem Tinamiformes
Família Tinamidae
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Ordem Pelecaniformes
Família Phalacrocoracidae
Família fregatidae
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Ordem Cathartiformes
Família Cathartidae
Ordem Falconiformes
Família Accipitridae
Família Falconidae
Ordem Gruiformes
Família Rallidae
Ordem Charadriiformes
Família Charadriidae
Família Scolopacidae
Família Laridae
Ordem Columbiformes
Família Columbidae
Ordem Psittaciformes
Família Psittacidae
Ordem Cuculiformes
Família Cuculidae
Ordem Strigiformes
Família Strigidae
Ordem Caprimulgiformes
Família Caprimulgidae
Ordem Apodiformes
Família Apodidae
Família Trochilidae
Ordem Trogoniformes
Família Trogonidae
Ordem Coraciiformes
Família Alcedinidae
Ordem Piciformes
Família Ramphastidae
Família Picidae
Ordem Passeriformes
Família Thamnophilidae
Família Rhinocryptidae
Família Scleruridae
Sclerurus scansor
vira-folha 0,00 0,00 0,08
ABUNDÂNCIA RELATIVA
NOME CIENTÍFICO NOME VERNÁCULO
FLORESTA DE
LAGOA DO ACARAÍ RESTINGA
TERRAS BAIXAS
Família Dendrocolaptidae
Família Furnariidae
Família Tyrannidae
Família Cotingidae
Família Pipridae
Família Tityridae
Família Vireonidae
Família Corvidae
Família Hirundinidae
Família Toglodytidae
Família Turdidae
Família Coerebidae
Família Thraupidae
Família Emberizidae
Família Cardinalidae
Família Parulidae
Família Fringillidae
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Ordem Pelecaniformes
Família Phalacrocoracidae
Família Fregatidae
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Ordem Sphenisciformes
Família Spheniscidae
Ordem Procellariiformes
Família Procellariidae
Puffinus sp 1,1 C
Ordem Pelecaniformes
Família Sulidae
Ordem Cathartiformes
Família Cathartidae
Ordem Falconiformes
Família Accipitridae
Família Falconidae
Ordem Gruiformes
Família Rallidae
Ordem Charadriiformes
Família Charadriidae
Família Laridae
Família Haematopodidae
Família Scolopacidae
Família Sternidae
Ordem Strigiformes
Família Strigidae
Ordem Pelecaniformes
Família Phalacrocoracidae
Família Fregatidae
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Ordem Cathartiformes
Família Cathartidae
Ordem Falconiformes
Família Falconidae
Ordem Charadriiformes
Família Haematopodidae
Família Laridae
Família Sternidae
Ordem Pelecaniformes
Família Sulidae
Ordem Cuculiformes
Família Cuculidae
Ordem Passeriformes
Família Tyrannidae
Família Troglodytidae
Família Thraupidae
Família Emberizidae
CATEGORIA DE AMEAÇA
NOME CIENTÍFICO NOME VERNÁCULO
STATUS IBAMA PR RS UICN AMBIENTE
Ordem Tinamiformes
Família Tinamidae
Ordem Anseriformes
Família Anatidae
Ordem Pelecaniformes
Família Phalacrocoracidae
Família Fregatidae
Ordem Ciconiiformes
Família Ardeidae
Ordem Sphenisciformes
Família Spheniscidae
Ordem Procellariiformes
Família Procelariidae
Puffinus sp. P
Ordem Cathartiformes
Família Cathartidae
Ordem Falconiformes
Família Accipitridae
Família Falconidae
Ordem Gruiformes
Família Rallidae
Ordem Charadriiformes
Família Haematopodidae
Família Charadriidae
Família Scolopacidae
Família Laridae
Família Sternidae
Sterna hirundo VN LC I
Thalasseus sandvicensis R P
Sterna sp. P
Ordem Pelecaniformes
Família Sulidae
Sula leucogaster R I, P
Ordem Columbiformes
Família Columbidae
Ordem Psittaciformes
Família Psittacidae
Ordem Cuculiformes
Família Cuculidae
Ordem Strigiformes
Família Strigidae
Ordem Caprimulgiformes
Família Caprimulgidae
Ordem Apodiformes
Família Apodidae
Cypseloides sp R A
Família Trochilidae
Beija-flor R A, R, F
Ordem Trogoniformes
Família Trogonidae
CATEGORIA DE AMEAÇA
NOME CIENTÍFICO NOME VERNÁCULO
STATUS IBAMA PR RS UICN AMBIENTE
Ordem Coraciiformes
Família Alcedinidae
Ordem Piciformes
Família Ramphastidae
Família Picidae
Ordem Passeriformes
Família Thamnophilidae
CATEGORIA DE AMEAÇA
NOME CIENTÍFICO NOME VERNÁCULO
STATUS IBAMA PR RS UICN AMBIENTE
Família Rhinocryptidae
Família Scleruridae
Família Dendrocolaptidae
Família Furnariidae
Família Tyrannidae
Família Cotingidae
Família Pipridae
Família Tityridae
CATEGORIA DE AMEAÇA
NOME CIENTÍFICO NOME VERNÁCULO
STATUS IBAMA PR RS UICN AMBIENTE
Família Vireonidae
Família Corvidae
Família Hirundinidae
Família Troglodytidae
Família Turdidae
Família Coerebidae
Família Thraupidae
Família Emberizidae
Família Cardinalidae
Família Parulidae
Família Fringillidae
Sp coruja R
SP1 R
Sp2 R
CATEGORIA DE AMEAÇA
NOME CIENTÍFICO NOME VERNÁCULO
STATUS IBAMA PR RS UICN AMBIENTE
Sp3 F
Sp4 F
Sp5 F
Sp6 F
Legendas: Status: R = residente, VN = visitante sazonal oriundo do hemisfério norte, VS = visitante sazonal oriundo do sul do continente.
Categoria de ameaça: RE - Regionalmente Extinta (Regionally Extinct): espécie que está sabidamente ou presumivelmente extinta no Estado.
Esta é uma adaptação proposta por Gärdenfors et al. (2001), já que a categoria EX (Extinct) é de caráter global. EW - Extinta na Natureza (Extinct
in the Wild): espécie que é considerada extinta na natureza por toda a sua área original de distribuição, incluindo o Estado do Paraná (pela
adaptação de Gärdenfors et al., 2001), mas que ainda sobrevive em cativeiro, cultivo ou como populações naturalizadas. CR - Criticamente em
Perigo (Critically Endangered): espécie que, de acordo com os critérios específicos, está sob um risco extremamente alto de extinção na natureza.
EN - Em Perigo (Endangered): espécie que, de acordo com os critérios específicos, está sob um risco muito alto de extinção na natureza. VU -
Vulnerável (Vulnerable): espécie que, de acordo com os critérios específicos, está sob um risco alto de extinção na natureza. Além destas
categorias, existem outras que não implicam proteção legal: NT - Quase Ameaçada (Near Threatened): espécie que não está ameaçada no
presente, mas corre risco de ficar ameaçada num futuro próximo. LC - Preocupação Menor (Least Concern): espécie que não está ameaçada no
presente e apresenta pouca probabilidade de se tornar ameaçada num futuro próximo. E uma para espécies cujo nível de ameaça não pode ser
medido em função da carência de informações a seu respeito: DD - Dados Insuficientes (Data Deficient): espécie que necessita de mais dados,
principalmente de abundância e distribuição, para que seu status possa ser corretamente avaliado.
Ambiente: A = aquático, R = restinga, F = floresta de terras baixas, P = praia, I = ilhas.
Referências: IBAMA = referente à Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção; PR = Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas do
Estado do Paraná; RS = Lista Vermelha das Espécies da Fauna Ameaçadas do Rio Grande do Sul; UICN = classificação da União Internacional
para a Conservação da Natureza
Anexo 2.15 - Lista das Espécies de Aves Registradas no Parque com
sua Respectiva Posição Taxonômica, Status no
Estado de Santa Catarina, Categoria de Ameaça
(Quando Classificada) e Ambiente Onde foi Identificada
Anexo 2.15 - Lista de Espécies de Mamíferos Confirmadas para o Parque, com Informações sobre o Tipo de
Registro (R), Ambiente (A), Dieta (D) e Deslocamento (Ds)
1 2 3 4
ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE NOME COMUM R A D DS
Referência: UNIVILLE: dados obtidos a partir da coleção científica e livro de registros da UNIVILLE; Cherem, J.J., Simões-Lopes, P.C., Althoff, S. & Graipel, M. 2004. Lista dos
mamíferos do Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil. Mastozoologia Neotropical 11(2): 151-184.
Obs.: Todos os registros de cetáceos são referentes a animais mortos encontrados nas praias, com exceção de registros de Orcinus orca e Eubalaena australis.
Anexo 2.17 - Lista das Espécies de Mamíferos Marinhos Ocorrentes na
Área do Parque e seu Entorno, com Informações Sobre o Ambiente de
Ocorrência, Status na Região de Estudo e Fonte de Informação
Anexo 2.17 - Lista das Espécies de Mamíferos Marinhos de Provável Ocorrência na
Ocorrência no Estado
CLASSE MAMMALIA
Ordem Cetacea
Sub-ordem Odontoceti
Família Delphinidae
Lissodelphis peronii -
Família Kogiidae
Família Phocoenidae
Família Ziphiidae
Sub-ordem Mysticeti
Família Balaenopteridae
Ordem Carnivora
Sub-ordem Pinnipedia
Família Otariidae
Família Phocidae
Fonte: Cherem, J. J., Simões-Lopes, P. C., Althoff, S. & Graipel, M. 2004. Lista dos mamíferos do