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Plano de Manejo

Parque Estadual do Rio Vermelho


Diagnóstico Sócio-Ambiental
ENCARTE II - MEIO BIÓTICO
Subsídios às Oficinas de Planejamento Participativo
Outubro 2020
Versão Preliminar
2
Governador do Estado de Santa Catarina
Carlos Moisés da Silva
Secretário de Estado da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável
Rogério Siqueira
Presidente Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina - IMA
Valdez Rodrigues Venâncio
Diretor de Biodiversidade e Florestas
Rogério Rodrigues
Gerente de Áreas Naturais Protegidas
Aurélio José de Aguiar
Coordenadora do Parque Estadual do Rio Vermelho
Adriana Dorcina Nunes
Coordenação Geral da Comissão Técnica do Plano de Manejo
Adriana Dorcina Nunes
Coordenação Executiva
Rogério Guimarães Só de Castro
Equipe Técnica de elaboração do Plano de Manejo
Adriana Dorcina Nunes – Bióloga, IMA
Aurélio Aguiar, Técnico em Atividades de Engenharia, IMA
Bianca Alves Dias Martins Parizotto – Oceanóloga, IMA
Diego Hemkemeier Silva –Engenheiro Agrônomo, IMA
Elaine Zuchiwschi – Engenheira Agrônoma, IMA
Fábio Castagna da Silva – Engenheiro Químico, IMA
Giorgia Freitas Alves – Bióloga, IMA
Karen Simões Ferreira Stuchi – Advogada Autárquica, IMA
Nilo Vianna Teixeira – Sociólogo, IMA
Rogério Guimarães Só de Castro – Biólogo, IMA
Taiana Vieira Grando Surkamp – Geógrafa, IMA
Alexandre Francisco Böck, Geógrafo, Secretaria Municipal de Infraestrutura da
Prefeitura de Florianópolis
Ádrio Peixoto Centeno – Geólogo, IMA
Equipe Técnica responsável pelo encarte II – Meio biótico
Adriana Dorcina Nunes – Bióloga, IMA
Elaine Zuchiwschi – Engenheira Agrônoma, IMA
Giorgia Freitas Alves – Bióloga, IMA
Rogério Guimarães Só de Castro – Biólogo, IMA

Mapas
Diego Hemkemeier Silva –Engenheiro Agrônomo, IMA
Fotos
Capa e contra-capa Ádrio Peixoto Centeno – Geólogo, IMA
Butiá e Mimosa: Rogério Castro, Lagartinho-da-praia: Ivo Rohling Ghizoni Junior
Sapinho-do-folhiço:Vítor Carvalho Rocha, Gavião-pombo-pequeno: William Menq

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SUMÁRIO
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO
1 A FLORA DO PAERVE ................................................................................................
1.1 Uso e cobertura do solo.............................................................................................
1.2 Descrição das fitofisionomias....................................................................................
1.3 Levantamento florístico expedito da Ilha das Aranhas..............................................
1.4 Caracterização da vegetação do Morro das Aranhas...............................................
1.5 Conectividade de Áreas Naturais Protegidas da Ilha de Santa Catarina com o
PAERVE..........................................................................................................................
1.6 Ameaças a flora do PAERVE....................................................................................

2 A FAUNA DO PAERVE ................................................................................................


2.1 Aspectos Gerais.........................................................................................................
2.2 Metodologia ...............................................................................................................
2.3 Avifauna .....................................................................................................................
2.4 Mastofauna.................................................................................................................
2.5 Herpetofauna..............................................................................................................
2.6 Ictiofauna....................................................................................................................
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................
4 Referências Bibliográficas Meio Biótico........................................................................
5 Anexo I
6 Anexo II
7 Anexo III
8 Anexo IV

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CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO

A FLORA DO PAERVE

MAPEAMENTO DO USO E COBERTURA DA TERRA DO PAERVE


O mapeamento do uso e cobertura da terra do Parque Estadual do Rio Vermelho -
PAERVE foi elaborado em 2009 durante a execução do "Projeto PDA/MMA n° 178 -
Parque Estadual do Rio Vermelho: subsídios ao plano de manejo" (GIPUDE; UFSC; ILV,
2009), e posteriormente atualizado, em 2010, pela empresa Silviconsult, contratada
para realizar o "Diagnóstico Quali-quantitativo das áreas ocupadas por Flora Exótica no
Parque Estadual do Rio Vermelho" (FATMA, 2010a). Devido a área ser uma unidade de
conservação e não ter sofrido significativas alterações em seu uso e cobertura da terra
nos anos posteriores à realização dos trabalhos supracitados, esse mapeamento será a
referência para a elaboração do plano de manejo, podendo receber pequenas
atualizações.
Conforme o Projeto PDA/MMA n° 178, para a interpretação e elaboração do mapa
temático da vegetação do Parque, foram utilizadas imagens mosaicadas do satélite
QuickBird coletadas de 2004 em escala de 1:10.000 cedidas pela empresa Imagem
Geossistemas e Comércio Ltda., um mosaico gerado a partir de ortofotos em escala de
1:5.000 cedido pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis- IPUF, cuja
coleta data 2007, base cartográfica em formato digital, na escala 1:10.000 (GIPUDE;
UFSC; ILV, 2009). A vetorização digital foi elaborada a partir da imagem QuickBird e do
mosaico de fotografias aéreas, por meio do uso do Software ArcView 9.2., em formato
shapefile, onde foram delimitados, primeiramente, os diferentes tipos de vegetação,
através da fotointerpretação e, quando necessário, através da verificação em campo
(GIPUDE; UFSC; ILV, 2009).
Para a classificação da vegetação em estágios sucessionais foram utilizados os
parâmetros dispostos na Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) nº 4, de 4 de maio de 1994 e a Resolução CONAMA nº 261/99, através de
saídas de campo e identificação das espécies (GIPUDE; UFSC; ILV, 2009). Assim, com
esses dados obtidos tanto pela fotointerpretação como pela verificação em campo,
produziram-se polígonos, através de classificação manual, de forma a garantir um
maior nível de detalhamento (GIPUDE; UFSC; ILV, 2009).
A atualização do mapeamento, realizada em 2010, pela empresa Silviconsult,
promoveu as seguintes alterações na base de dados digital (FATMA, 2010a):
foram realizadas correções em algumas áreas originalmente identificadas como
talhões de reflorestamento, mas que possuíam apenas vegetação nativa;
limites de alguns talhões abrangiam tanto áreas de reflorestamento como áreas
abertas, o que foi corrigido;
verificações de campo apontaram que áreas que estavam identificadas como
“invasão de Pinus”; “invasão de Eucalyptus”; e “invasão de Pinus e Eucalyptus”
eram na verdade áreas de reflorestamento com essas espécies, sendo então
corrigidas suas nomenclaturas;
um talhão identificado originalmente como “invasão de Pinus e Eucalyptus", após
verificação em campo, foi renomeado para “reflorestamento de Pinus”, por não
haver Eucalyptus em seu interior.

Com isso, a soma das áreas dos talhões de reflorestamento com madeira comercial,
não sendo consideradas as áreas de invasão, foi reduzida de 533,4 ha para 473,4 ha,
uma diferença de 60 ha (FATMA, 2010a).
Como resultado apresenta-se nos Quadros 1 e 2 as classes de uso e cobertura da terra
do Parque Estadual do Rio Vermelho. Na figura 1 é apresentado o mapeamento do uso
e cobertura da terra do PAERVE.

Quadro 1. Classes de uso e ocupação da terra do Parque Estadual do Rio Vermelho

Classes de Uso do Solo e Vegetação Área (ha) %


Predominância de Pinus spp. 392,2771 25,09
Restinga Arbórea no Estágio Avançado 258,9956 16,56
Restinga Herbácea Subarbustiva de Praias e Dunas Frontais 152,7978 9,77
Floresta Ombrófila Densa no Estágio Médio 151,475 9,69
Restinga Arbustiva no Estágio Avançado 94,7416 6,06
Dunas 84,58 5,41
Restinga Herbácea Subarbustiva de Lagunas, Banhado e Baixadas 81,3574 5,2
Mescla de Pinus spp. e Eucalyptus spp. 69,1835 4,42
Restinga Arbórea no Estágio Médio 67,8327 4,34
Restinga Arbustiva no Estágio Médio 60,69 3,88
Lagoas 48,156 3,08
Predominância de Eucalyptus spp. 42,3826 2,71
Caminhos 22,2824 1,43
Predominância de Espécies Exóticas e Invasoras 12,8162 0,82
Área Antropizada 12,2007 0,78
Restinga Arbórea no Estágio Inicial 8,0451 0,51
Floresta Ombrófila Densa no Estágio Inicial 3,7688 0,24
Total 1563,5825 100

Fonte: FATMA (2010a) adaptado de GIPUDE, UFSC e ILV (2009)

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Quadro 2. Síntese das classes de uso e ocupação da terra do Parque Estadual do Rio
Vermelho

Área % da área
Classe de Uso da Terra
(ha) da UC
Vegetação exótica 516,6 33,04
Restinga 749,3 41,12
Floresta Ombrófila Densa 155,2 9,93
Dunas 84,6 5,41
Restinga herbácea e 81,3 5,2
subarbustiva de lagunas,
banhados e baixadas
Lagoas 48,1 3,08
Área antropizada 12,2 0,78
Fonte: FATMA (2010a) adaptado de GIPUDE, UFSC e ILV (2009)

7
Fonte: FATMA (2010a) adaptado de GIPUDE, UFSC e ILV (2009)

Figura 1. Mapa de uso e cobertura da terra do Parque Estadual do Rio Vermelho

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1. LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DO PAERVE

O levantamento florístico do Parque Estadual do Rio Vermelho foi realizado com base
em dados secundários, a partir de levantamentos realizados na própria unidade de
conservação. As principais fontes consultadas foram: "Projeto PDA/MMA n° 178 -
Parque Estadual do Rio Vermelho: subsídios ao plano de manejo" (GIPUDE, UFSC e ILV,
2009), materiais herborizados depositados no Herbário Flor, consultados por meio do
site Species Link, o trabalho de Conclusão de Curso de Daltrini Neto (2009), espécies
exóticas identificadas pela Silviconsult no "Diagnóstico Quali-quantitativo das áreas
ocupadas por Flora Exótica no Parque Estadual do Rio Vermelho" (FATMA, 2010a) e
revisão e levantamento voluntário realizado pelo pesquisador Luís Funez.

Foram identificadas no PAERVE um total de 473 espécies, pertencentes a 104 famílias


botânicas, sendo 419 identificadas até o nível de espécie. Do total de espécies
identificadas 383 são nativas no Parque, 79 espécies são exóticas do Brasil, 5 são
exóticas de Santa Catarina e 4 são exóticas dos ecossistemas onde foram encontradas.

Segue anexo a este documento a lista de espécies identificadas em levantamentos


florísticos no PAERVE.

1.1. ESPÉCIES AMEÇADAS DE EXTINÇÃO

Dentre as espécies encontradas no Parque Estadual do Rio Vermelho ou com possível


ocorrência na área, algumas constam nas listas de espécies da flora ameaçadas de
extinção de Santa Catarina (Resolução CONSEMA nº 51/2014), na Lista Nacional
(Portaria MMA nº 443/2014) e na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União
Internacional para Conservação da Natureza - UICN.

Annona maritima (Záchia) H.Rainer – VU

Espécie classificada como vulnerável – VU, ou seja, espécie que enfrenta um risco de
extinção elevado na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº 443/2014).
No Brasil, esta espécie ocorre nas áreas de restinga da Região Sul do Brasil, e está
sujeita a situações de ameaça como agricultura, pecuária, avanço da ocupação urbana
e introdução de espécies exóticas nas suas áreas de ocorrência (CNCFlora, 2020a).

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Butia catarinensis Noblick & Lorenzi – EN

Espécie classificada como em perigo – EN, ou seja, espécie que enfrenta um risco
muito elevado de extinção na natureza, conforme a Lista de Santa Catarina (Resolução
CONSEMA nº 51/2014). Butia catarinensis (Arecaceae) é endêmico da região litorânea
dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ocorrendo em restingas situadas
entre 3 a 30 m de altitude (Lorenzi et al. 2010 apud IFFSC, 2017). O principal fator de
ameaça à espécie é a crescente ocupação humana nas áreas de restinga do estado,
sobretudo em prol do crescimento urbano (Rosa 2000 apud IFFSC, 2017), sendo que o
avanço da urbanização pode fragmentar ou até mesmo eliminar populações da espécie
(IFFSC, 2017). Nas áreas de restinga da ilha de Santa Catarina (Florianópolis), por
exemplo, a espécie é considerada muito rara, provavelmente devido à transformação
da paisagem para o uso da orla marítima (Reitz 1974 apud IFFSC, 2017). O IFFSC (2017)
considera que é fundamental pesquisas sobre a espécie em toda a sua área de
ocorrência, sobretudo no que diz respeito à estrutura populacional, ao consumo de
frutos e dispersão de sementes pela fauna, à produtividade de frutos e ao consumo de
frutos pelas comunidades humanas locais. O Parque Estadual do Rio Vermelho abriga
populações da espécie.

Cedrela fissilis Vell – VU

Espécie classificada como vulnerável – VU, ou seja, espécie que enfrenta um risco de
extinção elevado na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº 443/2014).
Cedrela fissilis é uma espécie amplamente distribuída em todo o Brasil, sendo
particularmente mais frequente nas regiões sul e sudeste do país (CNCFlora, 2020f). A
espécie historicamente vem sofrendo com a exploração madeireira ao longo de toda a
sua ocorrência, o que levou muitas das subpopulações à extinção (CNCFlora, 2020f).
Além disso, grande parte dos seus habitats foram completamente degradados, tendo
sido convertidos em áreas urbanas, pastagens, plantações, entre outros (CNCFlora,
2020f). Suspeita-se, devido a esses fatores, que Cedrela fissilis tenha sofrido um
declínio populacional de pelo menos 30% ao longo das últimas três gerações
(CNCFlora, 2020f). No Parque Estadual do Rio Vermelho a espécie ocorre no Morro dos
Macacos, em área de Floresta Ombrófila Densa.

Eugenia pruinosa D.Legrand – EN

Espécie classificada como em perigo – EN, ou seja, espécie que enfrenta um risco
muito elevado de extinção na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº

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443/2014). E. pruinosa é uma espécie encontrada apenas em Floresta Ombrófila Densa,
próxima à costa brasileira, em áreas que sofreram grande pressão antrópica (CNCFlora,
2020h). Apesar da espécie ocorrer em algumas unidades de conservação (Parque
Estadual Carlos Botelho - SP e no Parque Nacional Saint-Hilaire/Lange – PR) , a sua
perda populacional do passado coloca-a como em perigo de extinção (CNCFlora,
2020h). Em Santa Catarina a espécie foi coletada nos municípios de Florianópolis, Itajaí,
Camboriú, Orleans e Turvo (Herbário Pe. Dr. Raulino Reitz et al, 2020b). Em
Florianópolis, foi coletada na década de 1960 no bairro de Saco Grande e no Morro do
Rio Vermelho, este último no entorno do Parque Estadual do Rio Vermelho (Herbário
Pe. Dr. Raulino Reitz et al, 2020b).

Euterpe edulis Martius – VU

Espécie classificada como vulnerável – VU, ou seja, espécie que enfrenta um risco de
extinção elevado na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº 443/2014).
Euterpe edulis é uma palmeira amplamente distribuída, ocorrendo de forma contínua
ao longo de toda a Mata Atlântica e também em parte do Cerrado (CNCFlora, 2020b).
Em áreas de Florestas Úmidas bem preservadas, E. edulis geralmente apresenta uma
elevada abundância, podendo formar grandes subpopulações (CNCFlora, 2020b).
Entretanto, diversos fatores indicam que se trata de uma planta ameaçada de
extinção: é uma espécie não cespitosa, de crescimento lento, sem capacidade de
rebrota e dependente de florestas bem preservadas; vem sendo sistematicamente
submetida a uma intensa exploração para a extração do palmito em praticamente toda
a sua área de distribuição (CNCFlora, 2020b). Devido a isso, é possível suspeitar que E.
edulis tenha sofrido um declínio populacional de pelo menos 30% ao longo de três
gerações, que correspondem a um período de tempo de 60 anos (CNCFlora, 2020b). De
acordo com Pires (2006) apud Portela (2008) a espécie ocorre naturalmente em alta
densidade (100 a 500 indivíduos/hectare) em áreas bem preservadas. Cardoso (2000)
afirma que a conservação desta espécie não é crítica, mas as subpopulações são muito
distintas geneticamente, então sugere que as prioridades para conservação levem em
conta as variações genéticas populacionais. No Parque Estadual do Rio Vermelho a
espécie ocorre no Morro dos Macacos, em área de Floresta Ombrófila Densa, mas
também em fragmento de Restinga Arbórea em Estágio Avançado próximo à nascente
do rio Vermelho, em área proposta para anexação ao Parque.

Hydrocotyle langsdorffii DC. – EN

Hydrocotyle langsdorffii é uma espécie herbácea rasteira com registros de ocorrência


no Estado de Santa Catarina e, possivelmente, nos Estados de São Paulo e Rio de

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Janeiro (nestes dois últimos é representada por duas coletas antigas não incluídas no
banco de dados) (CNCFlora, 2020j), assim como no Rio Grande do Sul e Paraná
(somente registro antigo neste último estado) (Herbário Alarich Rudolf Holger Schultz
et al, 2020). Tem ocorrência tanto em Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucárias)
(CNCFlora, 2020j), como também em restingas, como o registro na Guarda do Embaú,
dentro dos limites do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Em Florianópolis a espécie
possui um registro recente no Parque Natural Municipal da Lagoa do Peri e um registro
antigo (1968) no “Morro do Rio Vermelho”, no entorno do Parque Estadual do Rio
Vermelho (Herbário do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa
Catarina, 2020).

Marlierea krapovickae D.Legrand - EN

Espécie classificada como em perigo – EN, ou seja, espécie que enfrenta um risco
muito elevado de extinção na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº
443/2014). É uma espécie bastante rara, encontrada em Florestas Ombrófilas Densas,
próximo à região costeira de Santa Catarina (CNCFlora, 2020g). Sua distribuição é muito
restrita, com registros, entre as décadas de 1950 a 1970, para algumas localidades nos
municípios de Imaruí, Turvo, Paulo Lopes, Governador Celso Ramos, Palhoça e
Florianópolis (Herbário Pe. Dr. Raulino Reitz et al, 2020). Cada localidade é considerada
uma situação de ameaça, sendo que a ameaça mais importante é a perda de habitat,
que pode alcançar 75% em alguns municípios (CNCFlora, 2020g). Além disso, a última
coleta foi realizada há mais de 40 anos, o que evidencia que essa espécie é rara ou
pode estar extinta (CNCFlora, 2020g). No município de Florianópolis as coletas da
espécie ocorreram na “Mata da Costa da Lagoa”, no “Morro do Rio Vermelho” e no
“Morro do Macacu” (Vargem Grande), localidades muito próximas ao Morro dos
Macacos, área de Floresta Ombrófila Densa do Parque (Herbário Pe. Dr. Raulino Reitz et
al, 2020a).

Mimosa catharinensis Burkart - CR

Espécie classificada como criticamente em perigo – CR, ou seja, espécie que está
enfrentando um risco extremamente elevado de extinção na natureza, conforme a Lista
de Santa Catarina (Resolução CONSEMA nº 51/2014). Mimosa catharinensis é um
arbusto lianoso aculeado, que pode atingir de 3 a 6 metros de altura, endêmico de
restingas litorâneas do estado de Santa Catarina, é uma espécie heliófita e seletiva
higrófita, conhecida vulgarmente como "unha-de-gato" (BURKART, 1979). A espécie foi
coletada pela primeira vez na área do Parque Estadual do Rio Vermelho em 1964 pelos
botânicos Miguel Roberto Klein e Antônio Bresolin (BURKART, 1979). Mais

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recentemente, em 2013, a espécie foi encontrada no município costeiro de Governador
Celso Ramos, Santa Catarina, e também no Morro das Aranhas, em 2019, dentro dos
limites da RPPN Costão do Santinho, no entorno do Parque Estadual do Rio Vermelho
(Figura 2). Análise da população presente no PAERVE publicada em 2005 encontrou
uma demografia de 42 indivíduos, adensados em uma área de 679,6 m² e ocorrência
de propagação vegetativa em alta frequência (REIS et al, 2005). No Morro das Aranhas
a sua descoberta reveste-se de grande importância porque neste local encontra-se uma
população ainda com as características típicas da espécie, com vários indivíduos
formando o característico adensamento compacto (comunicação pessoal1). A
distribuição restrita da espécie, o ambiente degradado e com a presença de espécies
exóticas onde ocorre no Parque Estadual do Rio Vermelho, são os principais fatores que
oferecem ameaça (CNCFlora, 2020e). No Parque Estadual do Rio Vermelho a espécie
ocorre em área de Restinga Arbórea, próxima a estrada de acesso à praia do
Moçambique.

Figura 2. Localização de populações de Mimosa catharinensis no estado de Santa


Catarina. Fonte: disponível em INCT (2020).

Noticastrum hatschbachii Zardini – EN

Espécie classificada como em perigo – EN, ou seja, espécie que enfrenta um risco
muito elevado de extinção na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº
443/2014). A espécie ocorre nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sendo
encontrada em cerca de cinco locais em situação de ameaça (CNCFlora, 2020c). É
frequente em vegetação costeira sobre dunas, onde enfrenta intensa pressão da

1
Comunicação pessoal feita por Ciro Couto e João de Deus Medeiros, por meio de acesso a
texto em elaboração para publicação em revista científica

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ocupação humana (CNCFlora, 2020c). Para o Parque Estadual do Rio Vermelho há uma
coleta de 2012, depositada no Herbário da Universidade de São Paulo, coletada em
área de restinga herbácea-arbustiva próxima a praia do Moçambique.

Noticastrum malmei Zardini– EN

Espécie classificada como em perigo – EN, ou seja, espécie que enfrenta um risco
muito elevado de extinção na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº
443/2014). A espécie ocorre nos Estados de Santa Catarina e, possivelmente, Rio
Grande do Sul, sendo encontrada em menos de cinco locais em situação de ameaça
(CNCFlora, 2020d). A espécie cresce em vegetação costeira sobre dunas, onde enfrenta
intensa pressão da ocupação humana (CNCFlora, 2020d). No Parque Estadual do Rio
Vermelho foi observada em restinga arbustiva com registro pelo Projeto PDA-PERV
(GIPUDE; UFSC; ILV, 2009).

Octomeria chamaeleptotes Rchb.f. – VU

Espécie classificada como vulnerável – VU, ou seja, espécie que enfrenta um risco de
extinção elevado na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº 443/2014).
Octomeria chamaeleptotes não é uma espécie endêmica do Brasil, ocorre nas regiões
Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) e Sudeste (Rio de Janeiro) (CNCFlora,
2020i). De acordo com seus registros de ocorrência, a espécie apresenta uma estrutura
populacional severamente fragmentada (CNCFlora, 2020i). Em Santa Catarina a espécie
foi coletada em Paulo Lopes, em 1973, e no “Morro do Rio Vermelho” em 1968, esta
última localidade no entorno do Parque Estadual do Rio Vermelho (Herbário do
Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina e Herbário
Virtual Flora Brasiliensis, 2020).

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2. DESCRIÇÃO DAS FITOFISIONOMIAS PRESENTES NO PAERVE

Restinga Herbácea e/ou Subarbustiva de Lagunas, Banhados e Baixadas

Conforme a Resolução CONAMA nº 261 de 1999 (CONAMA, 1999), as restingas


herbáceas e subarbustivas de Lagunas, Banhados e Baixadas se desenvolvem
principalmente em depressões, com ou sem água corrente, podendo haver influência
salina ou não. É constituída predominantemente por espécies herbáceas ou
subarbustivas, sendo que, em locais com inundação mais duradoura, geralmente
dominam as macrófitas aquáticas, que são principalmente emergentes ou anfíbias, mas
também podem ser flutuantes ou submersas (CONAMA, 1999).

No Parque Estadual do Rio Vermelho esse tipo de vegetação ocorre em depressões na


planície costeira, que formam lagoas temporárias ou permanentes e banhados,
próximos à Lagoa da Conceição, ou entre dunas, próximo à praia do Moçambique, e
ocupam uma área de aproximadamente 81 ha (5,2% da área do PAERVE) (Figuras 3). Na
área proposta para anexação ao Parque ocorre uma área de banhado bastante
relevante margeando o curso do rio Vermelho, com área de aproximadamente 20 ha
(Figura 3).

Figura 3. Localização de vegetação de restinga herbácea e/ou subarbustiva de lagunas,


banhados e baixadas, no Parque Estadual do Rio Vermelho, e no entorno, em área
proposta para anexação.

A vegetação que ocorre nessas áreas é herbácea ou subarbustiva, ocorrendo com


frequência espécies como Juncus marginatus (junco), Typha domingensis (tabôa), mas
também uma diversidade de espécies da família Cyperaceae, como Fuirena robusta
(peri), Fuirena umbellata, Cladium mariscus.

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O diagnóstico da flora exótica do Parque (FATMA, 2010a) identificou a ocorrência de
algumas espécies exóticas nas áreas de que trata esta seção como Acacia longifolia,
Acacia podalyriifolia, Agave americana (piteira) e espécies da família Poaceae, ao norte
do Parque, e principalmente a ocorrência de pinus e eucaliptos mais ao sul do Parque,
não sendo, no entanto, frequente a ocorrência de espécies exóticas nessas áreas.

Restinga Herbácea e/ou Subarbustiva de Praias e Dunas Frontais

Conforme a Resolução CONAMA nº 261 de 1999 (CONAMA, 2019a), a vegetação da


Restinga Herbácea e/ou Subarbustiva de Praias e Dunas Frontais é constituída
predominantemente por plantas herbáceas geralmente providas de estolões ou
rizomas, com distribuição geralmente esparsa ou formando touceiras, podendo
compreender vegetação lenhosa, com subarbustos em densos agrupamentos, fixando
e cobrindo totalmente o solo. Corresponde aos agrupamentos vegetais mais próximos
do mar, recebendo maior influência da salinidade marinha, através de ondas e
respingos levados pelo vento (CONAMA, 2019a).
No Parque Estadual do Rio Vermelho a vegetação de restinga herbácea e/ou
subarbustiva de praias e dunas frontais ocorre principalmente no sentido leste-oeste à
faixa de areia da praia do Moçambique e da praia da Barra da Lagoa, mas também em
dunas semi-fixas ao norte do Parque, e ocupam uma área de aproximadamente 152 ha
(10% da área do PAERVE) (Figura 4). Ocorrem espécies herbáceas e reptantes como a
Ipomoea pes-caprae (batateira-da-praia), Ipomoea imperati, Hydrocotyle bonariensis
(acariçoba), Sesuvium portulacastrum (beldroega-da-praia), Blutaparon portulacoides,
Alternanthera littoralis. Essas espécies apresentam caules com estolões ou
subterrâneos (rizomas), o que confere uma adaptação para maior fixação ao substrato
frequentemente móvel (areia) devido aos ventos constantes e o contato com a água do
mar.

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Figura 4. Localização de restinga herbácea e/ou subarbustiva de praias e dunas frontais
do Parque Estadual do Rio Vermelho

Ocorre ainda nesse estrato da vegetação espécies herbáceas como a Remiria maritima
(pinheirinho-da-praia), Senecio crassiflorus (margarida-da-praia), Panicum racemosum
e Spartina ciliata, Oxypetalum tomentosum; espécies arbustivas como Sophora
tomentosa, Canavalia rosea, Dalbergia ecastaphyllum, Scaevola plumieri, Guapira
opposita (maria-mole), Dodonaea viscosa, dentre outras.

O diagnóstico da flora exótica do Parque (FATMA, 2010a) identificou nesta


fitofisionomia a presença de algumas espécies exóticas, destacando-se a Casuarina
equisetifolia (casuarina), para a qual foi realizado um inventário censitário no ano de
2010, verificando um estoque total de madeira existente de 318,7 m³ com casca e
1.371 fustes a serem cortados em toda a área do Parque. Outras espécies exóticas que
ocorrem nesta fitofisionomia são gramíneas dos gêneros Urochloa (braquiárias) e
Pennisetum, e de forma mais esporádica, eucaliptos, pinus, Furcraea foetida (piteira).

Em 2013 foi identificada uma espécie exótica africana (ocorre principalmente na costa
leste da África do Sul) nas dunas frontais e semi-fixas da praia do Moçambique - a
Asteraceae Brachylaena discolor (Figura 13). Até então, a espécie já havia sido
registrada, porém ainda não identificada. Essa espécie tem se propagado nesse tipo de
vegetação, formando grandes touceiras, que impedem o desenvolvimento de outras
espécies de plantas nas áreas que ocupam, devido a sua densidade de ramos,
sombreando completamente o solo. Ocorre principalmente da região central do Parque
em direção ao norte, em paralelo à Praia do Moçambique.

As áreas incluídas como propostas de anexação ao Parque, que abrangem os costões


rochosos ao extremo norte da praia do Moçambique, o costão das Aranhas, se
caracterizam como restingas herbáceas e/ou subarbustivas onde destacam-se as

17
espécies Lantana camara, Eryngium elegans (gravatá), Anthurium spp., Philodendron
bipinnatifi, Aechmea comata, Ananas sp. e Canna indica.

Restinga Arbustiva

Conforme a Resolução CONAMA nº 261 de 1999 (CONAMA, 2019a), a vegetação


Restinga Arbustiva é constituída predominantemente por plantas arbustivas
apresentando cerca de 1 (um) metro a 5 (cinco) m de altura, com possibilidade de
ocorrência de estratificação, epífitas, trepadeiras e acúmulo de serrapilheira. Apresenta
geralmente maior diversidade florística do que as restingas herbáceas e subarbustivas e
pode ser encontrada em áreas bem drenadas ou paludosas (CONAMA, 2019a). Ocorre
principalmente em: dunas semi-fixas e fixas, depressões, cordões arenosos, planícies e
terraços arenosos (CONAMA, 2019a).

No Parque Estadual do Rio Vermelho as restingas arbustivas ocorrem, sentido leste-


oeste, logo após a restinga herbárcea e/ou subarbustiva das dunas frontais da praia do
Moçambique, mas também nas dunas fixas e semi-fixas ao norte do Parque, próximo às
dunas Ingleses-Santinho, e ao sul do Parque, próximo à Lagoa da Conceição (Figura 5).
Essa fitofisionomia ocupa aproximadamente 154 ha do Parque, o que equivale a
aproximadamente 10% da área.

Figura 5. Localização de restinga arbustiva no Parque Estadual do Rio Vermelho

18
Nas restingas arbustivas em estágio avançado do Parque Estadual do Rio Vermelho
ocorrem as espécies herbáceaes Rumohra adiantiformis (samambaia), Blechnum
serrulatum (samambaia) e Vriesea friburgensis (bromélia); as espécies arbustivas:
Ocotea pulchella (canelinha-da-praia), Guapira opposita (maria-mole), Ilex theezans,
Ilex dumosa, Laplacea fruticosa, Campomanesia xanthocarpa (guabiroba), Clusia criuva
(mangue-do-mato), Myrcia palustris (cambuizinho), Myrcia splendens (guamirim-de-
folha-fina) e Vitex megapotamica (tarumã).

Nas restingas arbustivas em estágio médio do Parque Estadual do Rio Vermelho


ocorrem as espécies herbáceaes: Rumohra adiantiformis (samambaia), Smilax
campestres, Blechnum serrulatum (samambaia) e Vriesea friburgensis (bromélia); as
espécies arbustivas: Ocotea pulchella (canelinha-da-praia), Guapira opposita (maria-
mole), Sophora tomentosa, Ilex theezans, Ilex dumosa, Lithraea brasiliensis, Schinus
terebinthifolia (aroeira-vermelha), Laplacea fruticosa, Campomanesia xanthocarpa
(guabiroba), Myrcia palustris (cambuizinho) e Myrcia splendens (guamirim-de-folha-
fina), Eugenia catharinae.

O diagnóstico da flora exótica do Parque (FATMA, 2010a) identificou nesta


fitofisionomia intensa invasão por pinus e eucaliptos, em especial na parte norte do
Parque. Encontrou também nessas áreas ao norte do Parque a ocorrência esparsa de
espécies exóticas como Acacia longifolia, Acacia podalyriifolia, Agave americana
(piteira), Casuarina equisetifolia (casuarina), Syzygium cumini (jambolão). Na região sul
do Parque esta fitofisionomia está em meio a talhões de pinus e eucaliptos
apresentando invasão ocasional por pinus.

Restinga Arbórea

Conforme a Resolução CONAMA nº 261 de 1999 (CONAMA, 2019a), a vegetação da


Restinga Arbórea quando em estágios mais avançados ou original apresenta fisionomia
arbórea, com árvores chegando a 15 metros e indivíduos emergentes atingindo até 20
metros, com estratos arbustivos e herbáceos desenvolvidos, presença de serrapilheira,
epífitas e trepadeiras. Pode ser encontrada em áreas bem drenadas ou paludosas
(CONAMA, 2019a).

As restingas arbóreas ocupam cerca de 20% da área do Parque Estadual do Rio


Vermelho, aproximadamente 335 ha, concentrando-se da parte central da unidade de
conservação em direção ao sul, onde a planície costeira que faz parte do Parque se
alarga entre a praia do Moçambique e a Lagoa da Conceição (Figura 6). Essa vegetação
está entremeada aos talhões de reflorestamentos de pinus e eucaliptos e alguns desses
fragmentos se mantiveram conservados durante a implementação da Estação Florestal,
e assim estão há bastante tempo, conforme mapeamento do uso da terra realizado por
Caruso (1990), a partir de fotos aéreas da Ilha dos anos de 1938 e 1978.

19
Na área proposta para anexação ao Parque, próxima às nascentes do rio Vermelho,
encontra-se um importante fragmento de restinga arbórea em estágio avançado de
regeneração, assim como fragmentos desta fitofisionomia no Morro das Aranhas.

Figura 6. Localização de restinga arbórea no Parque Estadual do Rio Vermelho.

Nessa fitofisionomia no Parque Estadual do Rio Vermelho, quando em estágio médio,


pode-se observar um terceiro estrato (arbóreo), porém, de altura baixa, raramente
ultrapassando sete metros. Ocorrem espécies herbáceas mais exigentes como
Anthurium spp., Philodendron spp. e Microgramma vacciniifolia (samambainha); as
espécies arbustivas e arbóreas se misturam, sendo características nessa fisionomia na
UC: Ocotea pulchella (canelinha-da-praia), Psidium cattleianum (araça), Clusia criuva
(mangue-do-mato), Pera glabrata, Blepharocalyx salicifolius, Ilex theezans, Myrcia
palustris (cambuizinho), Myrcia multiflora, Alchornea triplinervia (tapiá), Myrsine
venosa (capororocão), Laplacea fruticosa, Ilex dumosa, Ilex pseudobuxus e Eugenia
umbeliflora. As epífitas mais comum são: Rhipsalis spp., Cyrtopodium polyphyllum,
Vriesea spp. e Tillandsia gardneri.

Já no estágio avançado, esta fitofisionomia no Parque Estadual do Rio Vermelho


apresenta estrato arbóreo bastante nítido e denso, com indivíduos que ultrapassam 10
metros de altura, a riqueza de espécies aumenta (em especial devido as epífitas, lianas
e espécies arbóreas) e a serrapilheira fica bem desenvolvida. De forma geral
predominam as espécies herbáceas: Rumohra adiantiformis (samambaia), Blechnum
serrulatum (samambaia), Anthurium spp., Philodendron spp., Commelina difusa e
Microgramma vacciniifolia (samambainha); ocorrem principalmente as seguintes
espécies arbustivas e arbóreas: Ocotea pulchella (canelinha-da-praia), Psidium
cattleianum (araça), Clusia criuva (mangue-do-mato), Pera glabrata, Blepharocalyx

20
salicifolius, Ilex theezans, Myrcia palustris (cambuizinho), Myrcia multiflora, Alchornea
triplinervia (tapiá), Myrsine venosa (capororocão), Laplacea fruticosa, Ilex dumosa, Ilex
pseudobuxus e Eugenia umbeliflora, Annona emarginata (araticum), Machaerium
nyctitans (jacarandazinho), Sapium glandulatum, Inga spp, Ficus organensis (Figueira),
Psychotria carthagenensis e Miconia spp.; entre as bromélias e epífitas são comuns:
Aechmea nudicaulis, Rhipsalis spp., Cyrtopodium polyphyllum, Vriesea spp. e Tillandsia
gardneri.
No estágio médio da restinga arbórea ocorre a espécie Solanum pelagicum que ocorre
somente nas restingas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, sendo endêmica do
Brasil.

Floresta Ombrófila Densa


O termo Floresta Ombrófila Densa, apresenta significado de floresta “amiga das
chuvas” (IBGE, 2012). Este tipo de vegetação é caracterizado pela presença de plantas
de porte médio (arvoretas) e grande (árvores), além de lianas lenhosas e epífitas em
abundância, ocorre em regiões com temperaturas elevadas (médias de 25° C) e de alta
precipitação, bem-distribuídas durante o ano, sem período seco (IBGE, 2012). Este tipo
de floresta apresenta dossel com cor, altura e forma bastante uniformes, e distribuição
das formas de vida vegetais em quatro estratos - herbáceo, arbustivo, arvoreta e
arbóreo (KLEIN, 1978). Conforme a Resolução do CONAMA nº 04/1994 (CONAMA,
2019b), as florestas mais desenvolvidas e conservadas dessa tipologia apresentam área
basal média superior a 20 m²/ha, diâmetro à altura do peito - DAP médio superior a 25
cm e altura total média superior a 20 m.

No Parque Estadual do Rio Vermelho, a Floresta Ombrófila Densa ocorre no Morro dos
Macacos, área disjunta da unidade de conservação, localizada à oeste da Lagoa da
Conceição (Figura 7), com área de 155 ha, o que equivale a 10% da área da unidade de
conservação.

Figura 7. Localização de Floresta Ombrófila Densa no Parque Estadual do Rio Vermelho

21
Esta fitofisionomia no Morro dos Macacos se apresenta em estágio médio de
regeneração, visto que há indícios de intervenções humanas na área como o corte
seletivo de árvores e o uso parcial da área para atividades agropecuárias no passado,
em especial nas áreas com menor declividade e na base do Morro, como pode ser
observado em imagens aéreas de 1938, 1956 e 1977 disponíveis no Geoprocessamento
Corporativo da Prefeitura Municipal de Florianópolis (FLORIANÓPOLIS, 2019). Algumas
características permitem classificar essa área como em estágio avançado de
regeneração natural e no mapeamento do uso da terra realizado por Caruso (1990), a
partir de fotos aéreas dos anos de 1938 e 1978, verificasse que boa parte do morro
manteve-se com cobertura florestal primária com cortes seletivos de árvores.

Nessa fitofisionomia ocorrem espécies herbáceas como Blechnum serrulatum, Maranta


divaricata, Philodendron bipinnatifi, Heliconia velloziana e Cyathea atrovirens; dentre
as arbustivas Guarea macrophylla (baga-de-morcego), Trichilia pallens, Mollinedia spp,
Psychotria spp, Miconia spp e Piper spp.; dentre as palmeiras e arbóreas Syagrus
romanzoffiana (jerivá), Cabralea canjerana (canjerana), Euterpe edulis (palmeira
juçara), Ormosia arborea (pau-ripa), Posoqueira latifolia (baga-de-macaco), Allophylus
edulis (vacum), Cupania vernalis (camboatá), Pera glabrata, Xylopia brasiliensis
(pindaíba), Cecropia glaziovi (embaúba), Roupala montana (carvalho-brasileiro),
Casearia sylvestris (cafezeiro-bravo), Zanthoxylum rhoifolium (mamica-de-porca),
Cinnamomum pseudoglaziovii (canela-garuva), Endlicheria paniculata (canela),
Nectandra lanceolata (canelinha) e Cedrela fissilis (cedro); dentre as bromélias e
epífitas Tillandsia gardneri, Tillandsia stricta, Bromelia balansae e Rhipsalis teres.

Um pequeno trecho no topo do Morro dos Macacos, com área de 3,77 ha, foi
classificado como Floresta Ombrófila Densa em estágio inicial de regeneração devido o
predomínio de plantas herbáceas e arbustivas, sendo raros os indivíduos arbóreos.

Áreas de Reflorestamentos com Espécies Exóticas

Pelo Decreto Estadual nº 2.006 de 1962 a área do Parque Estadual do Rio Vermelho foi
definida como Estação Florestal, subordinada à Secretaria da Agricultura do Estado, e
destinada à experimentação de diversas espécies de Pinus e à comprovação dos
melhores índices de desenvolvimento de espécimes adaptáveis à região catarinense.
Portanto, em 1963, foram iniciados plantios de reflorestamento na área, em grande
parte com espécies exóticas, principalmente Pinus elliottii e Pinus taeda e espécies de
Eucalyptus. Em registros feitos por Henrique Berenhauser encontra-se que foi realizado
na área do Parque reflorestamento de 700 ha, em 12 anos.

Em 2010, a então FATMA, contratou a empresa Silviconsult Engenharia Ltda, para


realizar serviço de consultoria especializada que produziu um Diagnóstico Quali-
quantitativo das áreas ocupadas por flora exótica do PAERVE, incluindo inventário
florestal da flora exótica com valor comercial, um Plano de Colheita da Madeira
Comercial existente no PAERVE e um Projeto de Restauração para o Parque (FATMA,
2010a, 2010b e 2010c).

22
Esses estudos, a partir de mapeamento de uso da terra realizado pelo Projeto
PDA/MMA n° 178, identificaram um total de 34 talhões de reflorestamentos, sendo 24
talhões com plantio de pinus, 5 talhões com plantios de eucaliptos, e 4 talhões com
plantios mistos de pinus e eucaliptos. Alguns dados dessas áreas são apresentados no
quadro 3 (Figura 8).

Quadro 3. Dados sobre os reflorestamentos do Parque Estadual do Rio


Vermelho

Área ocupada
Número de Volume total de
Espécie pelos talhões
talhões madeira sc (m³)
(ha)
Pinus 25 385,1 116.624
Eucalipto 5 41 5.265
Pinus + Eucalipto 4 47 9.998
TOTAL 34 473,1 131.887

Figura 8. Localização de áreas com reflorestamentos de espécies exóticas no Parque


Estadual do Rio Vermelho

23
Levantamento Florístico expedito da Ilha das Aranhas (área proposta anexação ao
PAERVE)
A partir de fotos foram identificadas algumas espécies vegetais que ocorrem nas Ilhas
das Aranhas: Cortaderia sellowiana, Syagrus romanzoffiana (jerivá), Cereus
hildmannianus (mandacaru), Opuntia monacantha (arumbeva), Dyckia encholirioides,
Epidendrum fulgens, além da espécie exótica Musa paradisiaca (bananeira) (Figuras 9 e
10). Tal levantamento será melhorado a partir de dados secundários e possível vistoria
à campo.

Figura 9. Vista da Ilha das Aranhas a partir do Morro das Aranhas

Figura 10. Registro fotográfico de algumas espécies que ocorrem nas Ilhas das Aranhas:
Cortaderia sellowiana, Syagrus romanzoffiana (jerivá), Cereus hildmannianus
(mandacaru), Opuntia monacantha (arumbeva), Dyckia encholirioides, Musa
paradisiaca (bananeira)

24
Caracterização da vegetação do Morro das Aranhas

O Morro das Aranhas, localizado no extremo norte da praia do Moçambique, não está
dentro dos limites do Parque Estadual do Rio Vermelho, porém foi indicado como área
proposta para anexação à unidade de conservação. A breve caracterização dessa área
foi feita a partir de pesquisa bibliográfica, em especial, consulta ao plano de manejo da
RPPN do Morro das Aranhas e artigos científicos elaborados a partir de pesquisa de
campo nesta UC.

A base do Morro das Aranhas é constituída por costões rochosos, à leste, e nos demais
limites é formado por dunas fixas, cobertas por vegetação típica de restinga bem
conservada, e a medida que vai aumentando a altitude, chegando até seu topo, com
255 metros, o substrato vai sendo substituído por formação sedimentar e
embasamento rochoso. Dessa forma, a heterogeneidade geológica, de solos e relevo
condiciona a existência de três formações vegetais fisionomicamente distintas na área:
vegetação de restinga onde estão as dunas fixas e ambiente lacustre, a Floresta
Ombrófila Densa que cobre o Morro das Aranhas, o qual se ergue a 245 metros de
altitude e a vegetação dos costões rochosos que são bem definidas pela exposição
direta às intempéries (SANTINHO EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS S/A, 2016).

A vegetação de restinga encontrada no Morro das Aranhas é predominantemente


arbustiva, de 1 a 7 metros de altura, entremeadas por cipós e plantas escandentes,
ocorrendo com freqüência espécies como a Guapira opposita, Tabebuia umbelata,
Gomidesia palustres, Eugenia catharinae, Myrcia multiflora e Myrcia selloi, sendo
comum densos agrupamentos de bromélias (SANTINHO EMPREENDIMENTOS
TURÍSTICOS S/A, 2016).

A vegetação de Floresta Ombrófila Densa apresenta sua melhor expressão no alto da


encosta, com árvores altas, troncos retos e grossos, sendo comuns espécies como a
Cedrela fissilis,
Schefllera morototoni, Pseudobombax grandiflorum, Cabralea canjerana,
Hieronyma alchorneoides, Arecastrum romanzoffianumm, Alchornea triplinervea,
Ficus sp, Euterpe edulis, entre outras (SANTINHO EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS S/A,
2016).

Nos costões rochosos a vegetação é constituída por espécies resistentes ao calor


intenso, estresse hídrico e intempéries, sendo comuns espécies de samambaias,
cactus, bromélias, philodrendruns, orquídeas, entre outras (SANTINHO
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS S/A, 2016).

Levantamento de orquídeas realizado na RPPN do Morro das Aranhas, em 2014,


identificou a ocorrência de 61 espécies da família Orchidaceae, sendo que para cinco
delas - Brasilidium crispum, Cyclopogon subalpestris, Eltroplectris calcarata, Eurystyles
lobata e Pabstiella uniflora, foi o primeiro registro em Santa Catarina (SANTINHO
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS S/A, 2016; GUIMARÃES et al, 2016).

25
Em 2015 foi encontrada no costão da praia do Santinho, na face leste da base do
Morro das Aranhas, fora dos limites da RPPN de mesmo nome, uma população de
Senecio reitzianus (Asteraceae), espécie encontrada em 1946 nas dunas da Lagoa da
Conceição, Ilha de Santa Catarina, e conhecida apenas pelo material tipo (FUNEZ,
2016).

Em 2019, foi feito o primeiro registro de uma população de Mimosa catharinensis no


Morro das Aranhas, dentro dos limites da RPPN de mesmo nome, espécie endêmica de
Santa Catarina, com registros apenas para o Parque Estadual do Rio Vermelho e em
uma localidade no município de Governador Celso Ramos. Neste local encontrou-se
uma população ainda com as características típicas da espécie, com vários indivíduos
formando o característico adensamento compacto (comunicação pessoal2).

3. CONECTIVIDADE DE ÁREAS NATURAIS E PROTEGIDAS DA ILHA DE SANTA


CATARINA COM O PARQUE ESTADUAL DO RIO VERMELHO

O Parque Estadual do Rio Vermelho conserva fragmentos de vegetação de Formações


Pioneiras com Influência Marinha (Restingas) na planície costeira, o que abrange 830
ha, sendo 335 ha de restingas arbóreas. Ao longo das últimas décadas, esse tipo de
vegetação tem sofrido intenso processo de supressão para a ocupação urbana na Ilha
de Santa Catarina, restando poucas áreas bem conservadas. Algumas áreas de restingas
estão protegidas em unidades de conservação como na Estação Ecológica de Carijós,
no Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho, no Parque
Natural Municipal Dunas da Lagoa da Conceição e na Reserva Extrativista Marinha do
Pirajubaé (Quadro 4 e Figura 11). Existe a perspectiva de ampliação da cobertura com
restinga na planície costeira do Parque Estadual do Rio Vermelho, a partir do processo
de restauração das áreas ocupadas por reflorestamentos com espécies exóticas, o que
irá ampliar essa vegetação para 1.346 ha.

Próximo ao Parque Estadual do Rio Vermelho, os bairros São João do Rio Vermelho,
Ingleses e Santinho são responsáveis pela ocupação urbana de boa parte da planície
costeira do norte da Ilha de Santa Catarina. No entanto, importantes remanescentes de
vegetação de restinga ainda estão presentes na região, sem receberem proteção
especial como unidade de conservação. No entorno do Parque estão as dunas dos
Ingleses e restingas adjacentes bem conservadas (tombadas pelo município como
patrimônio natural e paisagístico), assim como a vegetação de banhado das áreas
úmidas formadas pelo rio Vermelho, incluindo a região da nascente do rio Vermelho, e

2
Comunicação pessoal feita por Ciro Couto e João de Deus Medeiros, por meio de acesso a
texto em elaboração para publicação em revista científica

26
as restingas arbóreas adjacentes, essas últimas incluídas na proposta de ampliação do
Parque (Figura 2).

O Parque conserva também 155 ha de vegetação de Floresta Ombrófila Densa no


Morro dos Macacos (Morro do Saquinho), uma amostra pequena, mas bem
conservada, desse tipo de vegetação que cobre os maciços de embasamento rochoso
da Ilha de Santa Catarina. Existe conectividade entre o Morro dos Macacos (Morro do
Saquinho) e os maciços do extremo norte da Ilha de Santa Catarina, e, para sul, com o
maciço da Costa da Lagoa, seguindo pelo maciço da Lagoa, até chegar no Maciço da
Costeira, o que garante boa permeabilidade da paisagem composta por Floresta
Ombrófila Densa em bom estado de conservação nessas áreas.

Ao contrário do processo crescente de ocupação das planícies nas últimas décadas, os


morros da Ilha de Santa Catarina passaram por um processo inverso, passando de
intensa exploração madeireira e ocupação rural entre o século XVI até meados do
século XX, para o abandono e regeneração natural da vegetação nativa a partir da
segunda metade do século XX (CARUSO, 1990).

Além do Parque Estadual do Rio Vermelho, remanescentes de Floresta Ombrófila Densa


na Ilha de Santa Catarina, estão protegidos em algumas unidades de conservação:
Reserva Particular do Patrimônio Natural Morro das Aranhas, Reserva Particular do
Patrimônio Natural Rio Vermelho, Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas
do Santinho, Monumento Natural Municipal da Galheta, Parque Natural Municipal do
Maciço da Costeira, Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri, Parque Natural
Municipal da Lagoinha do Leste, Parque Estadual da Serra do Tabuleiro (Morro do
Córrego dos Naufragados) (Quadro 4 e Figura 11).

Existem muitas áreas de Floresta Ombrófila Densa bem conservadas nos maciços de
embasamento rochoso da Ilha de Santa Catarina propícios para proteção em unidades
de conservação, o que poderá garantir a manutenção da conectividade desses
remanescentes. Na bacia hidrográfica da Lagoa da Conceição, somente o Morro dos
Macacos, o Morro da Galheta e pequeno trecho do Morro do Sertão (Rio Vermelho) e
do maciço da Costeira estão protegidos em unidades de conservação. Uma proposta
recente de criação do Refúgio de Vida Silvestre Municipal Meiembipe (REVIS
Meiembipe), abrangendo maciços da porção centro-norte da Ilha de Santa Catarina, irá
garantir maior proteção para essa vegetação.

27
Quadro . Áreas protegidas por norma legal específica na Ilha de Santa Catarina

Denominação Área (ha) Norma legal Tipo de proteção


Parque Natural 221,07 Lei Municipal Unidade de
Municipal Lagoa do 9.948/2016 conservação de
Jacaré das Dunas do proteção integral
Santinho municipal
Reserva Particular do 44,16 Portaria nº 43/1999 Unidade de
Patrimônio Natural do conservação de uso
Morro das Aranhas sustentável privada
Estação Ecológica de 759,34 Decreto Federal Unidade de
Carijós 94.656/1987 conservação de
proteção integral
federal
Parque Estadual do 1.532 Decreto Estadual Unidade de
Rio Vermelho 308/2007 conservação de
proteção integral
estadual
Reserva Particular do 74,05 Portaria ICMBio Unidade de
Patrimônio Natural do nº 52/2016 conservação de uso
Rio Vermelho sustentável privada
Monumento Natural 251,07 Lei Municipal Unidade de
Municipal da Galheta 10.100/2016 conservação de
proteção integral
municipal
Parque Natural 130,45 Lei Municipal Unidade de
Municipal do Morro 9.321/2013 conservação de
da Cruz proteção integral
municipal
Reserva Particular do 16 Portaria ICMBio Unidade de
Patrimônio Natural nº 85/1999 conservação de uso
Menino Deus sustentável privada
Parque Natural 1.544 Lei Municipal Unidade de
Municipal do Maciço 10.459/2018 conservação de
da Costeira proteção integral
municipal
Parque Natural 706,76 Decreto 231/1988 e Unidade de
Municipal Dunas da Lei Municipal conservação de
Lagoa da Conceição 10.388/2018 proteção integral
municipal
Reserva Extrativista 1.712,10 Decreto Federal Unidade de
Marinha do Pirajubaé 533/1992 conservação de uso
sustentável federal
Monumento Natural 4.274,43 Lei Municipal Unidade de
Municipal da Lagoa 10.530/2019 conservação de
do Peri proteção integral
municipal
Parque Natural 920,54 Lei Municipal Unidade de
Municipal da 10.387/2018 conservação de

28
Lagoinha do Leste proteção integral
municipal
Parque Estadual da 283 Lei Estadual Unidade de
Serra do Tabuleiro (somente área 1.260/1975 conservação de
localizada na Ilha de Lei Estadual proteção integral
Santa Catarina) 14.661/2009 estadual
Parque Municipal do 193,39 Decreto Municipal Parque municipal
Manguezal do 1.529/2002
Itacorubi
Dunas de Ingleses, do 1.196,1 Decreto Municipal Áreas tombadas como
Santinho, do 112/1985 patrimônio natural e
Campeche, da paisagístico
Armação do Pântano
do Sul e do Pântano
do Sul
Unidade de 491,5 Área sob
Conservação responsabilidade da
Ambiental Desterro UFSC
Lagoinha da Chica e 32,1 Decreto Municipal Áreas tombadas como
Lagoinha Pequena 135/1988 patrimônio natural e
paisagístico
Área da Costa da 976,8 Decreto Municipal Área tombada como
Lagoa 247/1986 de Preservação
Permanente
Restinga da Ponta das 21,5 Decreto Municipal Área tombada como
Canas 216/1985 de Preservação
Permanente

29
Figura 11. Mapa físico e político do município de Florianópolis contendo a delimitação
das unidades de conservação da Ilha de Santa Catarina. Fonte: IPUF, 2020.

30
Figura 12. Área proposta para ampliação do Parque Estadual do Rio Vermelho.

31
4. AMEAÇAS À FLORA DO PAERVE

Espécies exóticas invasoras - algumas espécies exóticas introduzidas no PAERVE


possuem comportamento invasor, em especial as espécies do gênero Pinus, mas
também espécies de gramíneas do gênero Urochloa (braquiárias) e, que encontram nos
ecossistemas mais abertos do Parque, como restingas herbáceas e arbustivas, topo de
morros e vegetação degradada, ambientes propícios para seu desenvolvimento.
Algumas espécies do gênero Urochloa (braquiárias) são adaptadas a ambientes úmidos
e invadem as áreas lindeiras mais antropizadas do rio Vermelho. Outras espécies que
também apresentam comportamento invasor, porém são menos agressivas, são os
eucaliptos e as casuarinas. A espécie africana da família Asteraceae Brachylaena
discolor tem se mostrado uma invasora agressiva nas restingas arbustivas das dunas
frontais e semi-fixas, ocupando espaços por meio do elevado crescimento e ramificação
de indivíduos, formando grandes touceiras intransponíveis (Figura 13). O "Diagnóstico
Quali-quantitativo das áreas ocupadas por Flora Exótica no Parque Estadual do Rio
Vermelho" (FATMA, 2010a) identificou e mapeou 69 espécies exóticas no Parque,
classificando as ocorrências segundo a sua densidade (alta, média e baixa), categoria
de risco (alto, médio, baixo, espécies oportunistas) e situação populacional (contida,
presente, estabelecida, invasora).

Figura 13. Invasão de Brachylaena discolor em duna herbácea-arbustiva do Parque


Estadual do Rio Vermelho

Incêndios - Durante os períodos mais secos e quentes do ano ocorrem incêndios no


PAERVE, que se propagam com muita facilidade nas áreas de reflorestamentos com
espécies exóticas, diante do acúmulo de serrapilheira com folhas e galhos secos de
pinus e eucaliptos (Figura 8). Esses incêndios tem origem em ações antrópicas, como
bitucas de cigarros, fogueiras, churrasqueiras improvisadas, cerimônias religiosas
utilizando velas e até mesmo ações deliberadas criminosas. Com frequência, esses
incêndios atingem as áreas ocupadas com vegetação nativa, destruindo a serrapilheira
de vegetações em estágios mais avançado, afetando toda a estabilidade desses
ecossistemas e prejudicando o desenvolvimento da sucessão natural.

32
Pisoteamento por veículos automotores - Nas restingas herbáceas e arbustivas do
Parque, entremeadas por dunas móveis é notável a presença de caminhos, trilhas e
danos à vegetação devido a circulação ilegal de veículos automotores, como motos e
carros 4x4 (Figura 14). Uma outra situação que ocorre é o estacionamento de veículos
sobre as dunas frontais da praia do Moçambique por usuários da praia que querem ter
acesso visual aos seus veículos, diante da ocorrência frequente de arrombamentos e
furtos a veículos nessa região. Essas atividades são irregulares, causam danos à
vegetação nativa, e a fiscalização existente no Parque tem como um de seus focos
principais evitar que essas ações ocorram.

Figura 14. Caminhos abertos e estacionamento sobre restingas arbustivas do Parque


Estadual do Rio Vermelho devido ao tráfego irregular de veículos automotores

Pisoteamento da vegetação e introdução de espécies exóticas por cavalos - Nos bairros


São João do Rio Vermelho, Ingleses e Vargem Grande, localizados no entorno do
PAERVE são comuns os sítios e pequenos ranchos com criação de cavalos. O PAERVE se
destaca como um dos principais locais na região para passeios a cavalos, tanto por
moradores que criam esses animais, assim como por passeios realizados por haras que
desenvolvem essa atividade comercialmente. No entanto, a não regularização da
atividade dentro da unidade de conservação pode ocasionar o uso excessivo de
determinadas trilhas, passeios fora de trilhas e consequente pisoteamento da
vegetação, introdução de espécies exóticas forrageiras e patógenos junto aos pêlos e
fezes dos animais (Figura 15). A gestão da unidade de conservação teve a iniciativa de
realizar o cadastramento das pessoas físicas e jurídicas que usam o Parque para
passeios a cavalo. A partir da publicação da Portaria IMA nº 220/2018 foram
cadastrados 181 pessoas físicas, proprietários de 428 cavalos, e 4 empresas,
proprietárias de 130 cavalos. Conforme a mesma Portaria, passeios para mais de 15
cavalos precisam de autorização especial, onde se analisa o número de cavalos, os
locais de trânsito, dentre outros fatores.

33
Figura 15. Registros fotográficos de vistorias sobre atividade de passeio a cavalo no
Parque Estadual do Rio Vermelho (out e nov/2011)

Pisoteamento por pedestres - Este tipo de ação produz menos impactos à vegetação do
Parque, porém deve ser evitada, visto que é intenso o trânsito de pedestres que
acessam a praia do Moçambique, a partir dos bairros Rio Vermelho e Barra da Lagoa,
passando em trilhas nas restingas arbustivas do PAERVE, além daqueles que chegam à
praia pela estrada principal.

Soterramento por lixo - as áreas do PAERVE que podem ser acessadas por estradas
frequentemente recebem descargas de lixo ilegais, o que pode afetar a vegetação
dessas áreas.

34
2.1 A FAUNA DO PAERVE

2.1.1 Aspectos Gerais


A diversidade de ambientes do Parque Estadual do Rio Vermelho reflete diretamente
na elevada riqueza de espécies encontradas nesta unidade de conservação urbana.
Mesmo com um histórico de impactos significativos que simplificaram e empobreceram
a biota da região, como o reflorestamento com espécies exóticas, a implementação de
canais de drenagem em áreas alagáveis e o crescimento urbano, a significativa
variedade de habitats e suas transições (ecótonos), fazem do Parque do Rio Vermelho
um local de relevância em relação a conservação da biodiversidade em vários níveis
como vamos perceber.
O Morro do Saquinho, também chamado de Morro dos Macacos com altitudes entorno
de 250 metros e suas florestas bem preservadas chegando até a margem da Lagoa da
Conceição, justapostos as restingas arbóreas na outra margem e que variando de
porte e composição florística se estendem até o encontro com o mar na Praia de
Moçambique, deixando pelo caminho campos entre dunas, dunas móveis, dunas fixas,
várzeas, banhados e florestas de restinga arbórea que compõe a vegetação ripária do
Rio Vermelho estabelecendo as bases para uma fauna ainda representativa.
A Lagoa da Conceição, o mar e o Rio Vermelho, água salgada e água doce, ilustram
estes gradientes que se aproximam e se afastam e a cada ambiente e a cada
transição ampliam o conjunto de espécies da fauna da unidade de conservação,
explicitando toda sua resiliência e adaptação, que pode ser explicada, em parte, pelas
conexões mantidas às áreas adjacentes, como as Dunas dos Ingleses, o Morro das
Aranhas e os Morros da Lagoa e da Costa e o Sertão do Rio Vermelho.
O estudo da composição faunística do Parque Estadual do Rio Vermelho ainda é
incipiente oferecendo uma grande oportunidade para futuros projetos dentro das ações
de pesquisa científica e monitoramento da unidade de conservação.

35
2.1.2 Metodologia

Para construir este diagnóstico preliminar sobre a fauna do parque, foram utilizadas as
seguintes fontes:
O estudo, realizado em 2009/2010,” Projeto Parque Estadual do Rio Vermelho:
Subsídios ao Plano de Manejo” (Ferreira, 2010);
O levantamento realizado pelo ornitólogo Raphael E. F. Santos, no estudo realizado
pela Empresa ENGETEC, 2017;
As contribuições do Prof. Maurício Eduardo Graipel - ECZ/UFSC e equipe
(MASTOFAUNA);

As contribuições do Prof. Selvino Neckel de Oliveira – Laboratório de Ecologia de


Afíbios e Répteis/UFSC e equipe (HERPETOFAUNA);

As contribuições do PANSUL - Plano de Ação Nacional para a Conservação dos


Anfíbios e Répteis Ameaçados da Região Sul do Brasil, sob a coordenação técnica do
Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios- RAN/ICMBio, tem
por objetivo contribuir para a redução do risco de extinção da herpetofauna ameaçada;
O primeiro relatório do Projeto FAUNA FLORIPA, 2020;
As contribuições da Oficina de Diagnóstico Técnico-Científico em 2019.
As saídas de campo realizadas pela equipe do plano de manejo 2019 e 2020.
A bibliografia consultada pela equipe do plano de manejo 2019 e 2020.

36
2.1.3 AVIFAUNA
A diversidade de habitats existente em todo o trecho inserido nos limites do PE do Rio
Vermelho incide diretamente na elevada riqueza de espécies prevista e confirmada
para esta Unidade de Conservação.
Alguns locais onde há maior concentração de espécies arbóreas exóticas
(especialmente Pinus spp. e Eucalyptus spp.) mostraram-se empobrecidos em
registros de espécies.
Nos levantamentos do Projeto “Parque Estadual do Rio Vermelho: Subsídios ao Plano
de Manejo” (Ferreira, 2010), incluindo atualizações da equipe do plano de manejo
2020, podemos destacar os seguintes ambientes e espécies :

1 Avifauna da Floresta Ombrófila Densa no morro dos Macacos ou Morro do


Saquinho.
Destaque para gavião-pombo-pequeno Leucopternis lacernulatus, água-pescadora
Pandion Haliateus, alma-de-gato Piaya cayana, arapaçu-verde Sittasomus
griseicapillus, tangará Chiroxiphia caudata, pula-pula Basileuterus culicivorus e
gaturamo-verdadeiro Euphonia violacea.

Figura 01. Localização da Floresta Ombrófila Densa no PAERVE e a avifauna associada.

37
2 Avifauna da Restinga Arbórea
Destaques para araquã, Ortalis guttata; os pica-paus Colaptes melanochloros e joão-
velho Celeus flavescens; choca-boné-vermelho Thamnophilus ruficapillus, tié-preto
Tachyphonus coronatus, mariquita Parula pityaiumi e pia-cobra Geothlypis
aequinoctialis. Estes ambientes necessitam de estudos mais detalhados.

Figura 02. Localização da Restinga Arbórea no PAERVE e a avifauna associada.

3 Avifauna da Restinga Herbáceo-arbustiva


São exemplos da avifauna presente saracura-do-mato Aramides saracura e pia-cobra
Geothlypis aequinoctialis. Já nas áreas com vegetação mais esparsa entremeada com
as dunas estão presentes o curriqueiro Geositta cunicularia, o sabiá-do-campo Mimus
saturninus e o caminheiro-zumbidor Anthus lutescens.

Figura 03. Localização da Restinga Herbáceo-arbustiva no PAERVE e a avifauna associada.

38
4 Avifauna da Lagoa da Conceição, alagadiços e banhados
Nos ambientes da Lagoa da Conceição podem ser encontrados: mergulhão
Podilymbus podiceps, mergulhão Podicephorus major; biguá Phalacrocorax
brasilianus, socó-grande Ardea cocoi, maria-faceira Syrigma sibilatrix, batuíra-de-
coleira Charadrius collaris, martim-pescador-grande Megaceryle torquata, martim-
pescador-verde Chloroceryle amazona, ave símbolo de Florianópolis (Lei Municipal
3887/92 e Lei Municipal 10717/2020), martim-pescador-pequeno Chloroceryle
americana. Destaque para a ave de rapina piscívora, a águia-pescadora Pandion
halliaetus. A garça-branca-grande Ardea alba, garça-branca-pequena Egretta thula,
são espécies exóticas que também ocupam estes ambientes relacionados a Lagoa da
Conceição. Nas áreas de banhado o levantamento de 2017 registrou a Sanã Carijó
Musteiliralleus albicolis, a Saracura sanã Pardirallus nigricans, a Jaçana Jacana
jacana e indicou o cardeal do banhado Amblyromphus holosericeus e o Dragão
Pseudoleiste virescens como provável ocorrência.

Figura 04. Localização da Lagoa da Conceição, alagadiços e banhados no PAERVE e a avifauna


associada.

39
5 Avifauna do hábitat aquático marinho costeiro das praias de Moçambique e
Faixa marÌtima de 1km
Entre as espécies registradas neste hábitat estão o piru-piru Haematopus palliatus,
talha-mar Rynchops niger e batuÌra-de-coleira Charadrius collaris. o pingüim
Spheniscus magellanicus e as aves marinhas costeiras o atobá Sula leucogaster,
tesurão Fregata magnificens e trinta-réis-de-bico-vermelho Sterna hirundinacea. As
aves marinhas oceânicas albatroz-errante Diomedea exulans, albatroz-de-sobrancelha
Thalassarche melanophris, pardelão-gigante Macronectes giganteus, pardelão-
prateado Fulmarus glacialoides, pardela-de-bico-de-pato Pacyptila desolata, pardela-
preta Procellaria aequinoctialis, bobo-pequeno Puffinus puffinus foram registras na
praia de Moçaambique após tempestades, ocorridas em alto mar e trazidas pela maré.
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Bacia de Campos com sede no
PAERVE, convênio IMA/UNISUL/R3Animal, atua diariamente nos 12 km da Praia do
Moçambique. No período de janeiro de 2019 a setembro de 2020 foram encontradas
15 espécies e 135 indivíduos da avifauna. As maiores ocorrências no período foram
do Pinguim-de-magalhães Spheniscus megellanicus, com 106 registros, seguido dos
Gaivotões com 13 registros, os Atobás-pardos com 09 registros, o Bobo-pequeno com
05 registros e o Bobo-grande-sobre-branco. Destaca-se o registro de uma espécies de
ave ameaçada de extinção, o Albatroz-de-bico-amarelo Thalassarche chlororhyncos.
Fonte: Simba/Petrobrás, acesso em setembro de 2020 e R3Animal.

Figura 05. Localização da Praia do Moçambique e habitat marinho costeiro no PAERVE e


entorno e a avifauna associada.

40
6 Avifauna das áreas alteradas e reflorestamentos
Espécies sinantrópicas: rolinha-roxa Columbina talpacoti, joão-de-barro Furnarius
rufus, bem-te-vi Pitangus sulphuratus, suiriri Tyrannus melancholicus, tesourinha
Tyrannus savana, andorinha-doméstica-grande Progne chalybea, corruÌra Troglodytes
musculus, sabá-poca Turdus amaurochalinus, cambacica Coereba flaveola, canário-
da-terra-verdadeiro Sicalis flaveola, caracará Caracara plancus, coruja-do-campo
Athene cunicularia, pica-pau-do-campo Colaptes campestris e vira-bosta Molothrus
bonariensis.
Exemplos: carrapateiro Milvago chimachima, chimango Milvago chimango, anu-branco
Guira guira, pica-pau-do-campo Colaptes campestris e vira-bosta Molothrus
bonariensis.
como caracará Caracara plancus, quero-quero Vanellus chilensis, picuí Columbina
picui, anu-branco Guira guira e coruja-do-campo Athene cunicularia, e de borda como
bem-te-vi Pintangus sulphuratus, suiriri Tyrannus melancholicus e tico-tico Zonotrichia
capensis.

Figura 05. Localização de áreas alteradas e reflorestamentos no PAERVE e a avifauna associada.

41
Elementos especiais da fauna de interesse para a conservação
a) Grau de endemismo: saracura-do-mato Aramides saracura, beija-flor-preto-de-rabo-
branco Florisuga fusca, tucano-de-bico-verde Ramphastos dicolorus, tangará e tié-
preto Tachyphonus coronatus.
b) Espécies raras: mergulhão-grande Podicephorus major, pica-pau-verde-barrado
Colaptes melanochloros.
c) Espécies ameaçadas de extinção na categoria de vulnerável: albatroz-errante
Diomedea exulans, albatroz-de-sobrancelha Thalassarche melanophris, pardela-preta
Procellaria aequinoctialis e gavião-pombo Leucopternis lacernulatus.
d) Espécies migratórias: pingüim Spheniscus magellanicus, trinta-réis-de-bico-
vermelho Sterna hirundinacea, albatroz-errante Diomedea exulans, albatroz-de-
sobrancelha Thalassarche melanophris, pardel„o-gigante Macronectes giganteus,
pardel„o-prateado Fulmarus glacialoides, pardela-de-bico-de-pato Pacyptila desolata,
pardela-preta Procellaria aequinoctialis, bobo-pequeno Puffinus puffinus, águia-
pescadora, batuÌrade-coleira Charadrius collaris, andorinhão-do-temporal Chaetura
meridionalis, suiriri Tyrannus melancholicus, tesourinha Tyrannus savana, andorinha-
doméstica-grande Progne chalybea, sabiá-poca Turdus amaurochalinus, entre outras.
e) Espécies que sofrem pressão de caça e/ou captura :
e.1) Espécies cinegéticas : aracuã Ortalis guttata, asa-branca Patagioenas picazuro,
juriti Leptotila verreauxi e juriti-gemedeira Leptotila rufaxilla.
e.2) Espécies ornamentais: tucano-de-bico-verde Ramphastos dicolorus e tangará
Chiroxiphia caudata.
e.3) Espécies canoras: tangará Chiroxiphia caudata, sabiá-laranjeira Turdus rufiventris,
tié-preto Tachyphonus coronatus e gaturamo-verdadeiro Euphonia violacea.
f) Indicadores biológicos de hábitats Íntegros: aracuã„ Ortalis guttata, águia-pescadora
Pandion halliaetus, gavião-pombo-pequeno Leucopternis lacernulatus, batuÌra-de-
coleira Charadrius collaris, piru-piru Haematopus palliatus, trinta-réis-de-bico-vermelho
hirundinacea, arapaçu-verde Sittasomus griseicapillus e tangará Chiroxiphia caudata.

Espécies exóticas encontradas no PAERVE


Durante o trabalho de campo de 2017, foram encontradas quatro espécies de aves
exóticas à fauna brasileira (CONSEMA, 2012) habitando ambientes naturais ou locais
urbanizados próximos a eles.
O pombo-doméstico (Columba livia), ocorre em praticamente todos os centros urbanos
do país, sendo considerado uma praga de difícil controle. Na área de estudo, a
espécie se concentra no bairro do Rio Vermelho, na porção norte da área de estudo.
Possui nítida preferência por ambientes urbanos, no entanto, com a proximidade entre
a área urbana e a UC, a espécie se torna preocupante no sentido de dispersar
zoonoses ou ectoparasitos para espécies nativas, o que pode comprometer
populações de espécies nativas.

42
O pardal (Passer domesticus), ocorre em diversas porções da área estudada, seja na
zona norte ou na área mais ao sul, sempre nas proximidades a edificações ou
concentrações urbanas.
O bico-de-lacre (Estrilda astrid) também foi localizado durante o estudo e ocorre de
forma mais localizada na UC. Apenas um grupo contendo aproximadamente dez
indivíduos foi visto em área alterada com gramíneas exóticas nas proximidades da
base do Morro do Saquinho ou dos Macacos, não apresentando nenhuma
preocupação aparente para a avifauna local.
O papagaio verdadeiro Amazona aestiva, ocorre em outras regiões do país, não
apresentando registros históricos de sua ocorrência natural na ilha de Santa Catarina.
A caturrita (Myiopsitta monachus) a caturrita tem sua área de distribuição restrita ao
extremo sul e oeste do Rio Grande do Sul, e ao sudoeste do Mato Grosso do Sul
(SICK, 1997). Belton (1994) refere-se a dois registros, fora da área de distribuição
aceita para o Estado, como fruto provável de fuga de cativeiro. Não há registros para o
Estado de Santa Catarina e, dada a distância entre o local dos registros a seguir
apresentados (Ilha de Santa Catarina) e a área de distribuição admitida para a
espécie, é muito provável que estes também sejam casos de origem em cativeiro.
Durante a execução do presente trabalho de campo, um grupo de caturritas foi
encontrado próximo à passarela que conecta o bairro Rio Vermelho às dunas que dão
acesso à Praia do Moçambique.

Espécies bioindicadoras encontradas no PAERVE


Dentre as aves registradas no levantamento de campo em 2017, foram encontrados
alguns exemplos de bons indicadores de qualidade ambiental podem ser citados: o
inhambuguaçu (Crypturellus obsoletus), o gavião-de-cauda-curta (Buteo brachyurus),
a pariri (Geotrygon montana), o tucano-de-bico-preto (Ramphastosvitellinus), o papa-
formiga-de-grota (Myrmoderus squamosus), o papataoca-do-sul (Pyriglena
leucoptera), o cuspidor-de-máscara-preta (Conopophaga melanops), o macuquinho
(Eleoscytalopus indigoticus), o vira-folha (Sclerurus scansor), o limpa-folha-coroado
(Philydor atricapillus) e o tiê-de-bando (Habia rubica).
Elementos da avifauna com ocorrência restrita ou preferencial a esse tipo de formação
florestal, dentre os quais as seguintes espécies foram efetivamente registradas
durante a execução de levantamento in situ: o jacuaçu (Penelope obscura), o limpa-
folha-detesta-baia (Philydor rufum), o trepador-quiete (Syndactyla rufosuperciliata), o
patinho (Platyrinchus mystaceus), o piolhinho-serrano (Phyllomyias griseocapilla) e o
sanhaçode-encontro-amarelo (Tangaraornata).
Algumas espécies que indicam a qualidade do hábitat florestal do Morro do Saquinho
ou dos Macacos são: o inhambuguaçu (Crypturellus obsoletus), a pariri (Geotrygon
montana), o tucano-de-bico-preto (Ramphastosvitellinus), o papa-formiga- de-grota
(Myrmoderus squamosus), o papa-taoca-do-sul (Pyriglena leucoptera), o cuspidor-de-
máscara-preta (Conopophaga melanops), a galinha-do-mato (Formicarius colma), o
macuquinho (Eleoscytalopus indigoticus) e o vira-folha (Sclerurus scansor). Estas
espécies ocorrem em ambientes de florestas em estágio médio ou avançado da
sucessão.

43
O gavião-pombo-pequeno (Amadonastur lacernulatus) também pode ser considerado
um bioindicador, pois além de ser um rapinante de hábito estritamente florestal,
depende da presença de espécies-presa para se estabelecer em determinado local.
A saíra-sapucaia (Tangara peruviana) pode ser um indicador da qualidade do hábitat
florestal em áreas de restinga arbórea pelo fato de a espécie consumir frutos silvestres
que se encontram disponíveis em locais onde há certa diversidade de espécies
vegetais. Em locais de monocultura onde existe apenas Pinus ou Eucalyptus a saíra
sapucaia não foi detectada.
A seguir destacamos os pontos avaliados no estudo de 2017 e as espécies
encontradas.

Pontos selecionados para o estudo de 2017.

Fonte: Levantamento avifauna PAERVE. Raphael E.F. Santos, 2017. Adaptado Equipe Plano de Manejo
PAERVE.

44
Ponto 01 – Nascente do Rio Vermelho.

O ponto 01 se localiza no local da nascente do Rio Vermelho, ao final da servidão Nascente do


Rio Vermelho. O local conta com Restinga Arbórea em bom estado de conservação. Logo após
esta faixa de Restinga Arbórea há uma extensão aproximada de 250 metros de dunas e um
extenso plantio de Pinus entre estas dunas e a praia. O sítio inclui também áreas de banhados e
várzeas na área de preservação permanente do Rio Vermelho.

Foto 01. Saíra-sapucaia, Tagara peruviana Foto 02. Saíra-ferrugem Hemitthraupis ruficapilla
Rafael E.F.Santos,2017
Acervo Rafael E.F.Santos,2017

Foto 03. Picapauzinho-de-coleira Picumnus Foto 04. Choquinha-cinzenta Mymotherula unicolor


temminckii Acervo Rafael E.F.Santos,2017
Rafael E.F.Santos,2017

Foto 05. Aracuã-escamoso Ortalis squamata Foto 06.Pica-pau-de-cabeça-amarela Celeus


Rafael E.F.Santos,2017 flavensis Rafael E.F.Santos,2017

45
Ponto 02 - Passarela

O Ponto 2 engloba uma série de diferentes ambientes com distintas fisionomias vegetacionais,
iniciando ao final da Servidão Dário da Rosa, onde há uma estreita faixa de Pinus spp. com
idade avançada. Uma várzea existente em trecho assoreado do Rio Vermelho propicia a
ocorrência de muitas espécies que dependem de umidade e da lâmina-d ’água exposta. O sítio
apresenta certa similaridade ao Ponto 01. Uma passarela permite o acesso à margem oposta
desta área alagada, onde se inicia um trecho de dunas, as quais, por sua vez, estão adjacentes a
uma área de Restinga Arbórea e Arbustiva próxima à faixa arenosa da praia do Moçambique.

Foto 07. Tapicuru Phimosus infuscatus Foto 08. Saracura-do-mato Aramides saracura
Rafael E.F.Santos,2017 Acervo Rafael E.F.Santos,2017

Foto 09. Sanã-parda Laterallus melanophalus Foto10. Garibaldi Chrysomus ruficapillus


Rafael E.F.Santos,2017 Acervo Rafael E.F.Santos,2017

Foto 11. Sabiá-do-campo Mimus saturminus Foto 12.Camihneiro-zumbidor Anthus lutescens


Rafael E.F.Santos,2017 Rafael E.F.Santos,2017

46
Ponto 03 – Camping do Rio Vermelho.

O Ponto 03 envolve a área do camping do PE do Rio Vermelho, desde duas edificações


localizadas ao lado da rodovia João Gualberto Soares (SC-406) até a faixa arenosa da Praia do
Moçambique, abrangendo aproximadamente 1km2 de extensão total avaliada in situ. Neste
local há grande concentração de Pinus spp. com mais de 40 anos de idade, o que propiciou o
desenvolvimento de vegetação secundária no sub-bosque da área de silvicultura.

Foto 14. Beija-flor-de-garganta-verde Amazilia


Foto 13.Gralha-azul Cyanoccorax caeruleus fimbriata
Rafael E.F.Santos,2017 Rafael E.F.Santos,2017

Foto 15. Tié-preto Tachyphonus coronatus Foto16. Picapauzinho-verde-carijó Veniliornis


Rafael E.F.Santos,2017 spilogaster
Rafael E.F.Santos,2017

Foto 17. Bico-chato-de-orelha-preta Tolmomyas Foto 18. Tié-de-topete Trichotrhaupis melanopis


sulphurescens Rafael E.F.Santos,2017
Rafael E.F.Santos,2017

47
Ponto 04. Morro do Saquinho ou dos Macacos.

Localizado no Morro dos Macacos, onde existe uma vegetação completamente distinta
dos demais sítios inventariados, a Floresta Ombrófila Densa Submontana cobre as
elevações da extensão de morros presente no entorno da Lagoa da Conceição em
quase sua totalidade. O Morro dos Macacos foi amostrado desde sua base até as partes
mais elevadas acima dos 250 m.

Foto 19.Papa-formiga-da-grota Mymoderus Foto 20. Vira-folha Scierurus scansor


squamosus Rafael E.F.Santos,2017
Rafael E.F.Santos,2017

Foto 21. Tié-de-bando Habia rubica Foto22. Jacuaçu Penelope obscura


Rafael E.F.Santos,2017 Rafael E.F.Santos,2017

Foto 23.Patinho Platyrinchus mystaceus Foto 24. Piolhiho-serrano Phyllomyias griseocapilla


Rafael E.F.Santos,2017 Rafael E.F.Santos,2017

48
Ponto 04. Morro do Saquinho ou dos Macacos.

Foto 25.Tovacuçu Grallaria varia Foto 26. Tangarazinho Ilicura militaris


Rafael E.F.Santos,2017 Rafael E.F.Santos,2017

Foto 27. Cuspidor-de-máscara-preta Conopophaga Foto28. Galinha-do-mato Formicarius colma


melanops Câmera trap,2017

Rafael E.F.Santos,2017

49
Ponto 05 – Trevo Bombeiros, SC406, Barra da Lagoa.

O Ponto 05 abrange um talhão de Pinus spp. e uma trilha que se inicia na margem da a rodovia
SC-406 e segue por aproximadamente 360 metros em direção à Lagoa da Conceição. Após ao
fim do talhão há ainda mais 700 metros de Restinga Arbustiva e Arbórea até a lagoa, onde
foram concentrados os esforços de busca por representantes da fauna.

Foi registrado apenas neste sítio o João Teneném (Synallaxis spixi) e o Filipe (Myiophobus
fasciatus), foi registrado neste e no sítio 2.

João Teneném (Synallaxis spixi)

Foto 29. Foto 30.


João Teneném (Synallaxis spixi) Filipe (Myiophobus asciatus)
Imagem: Wikiave Imagem: Wikiaves.

50
Ponto 06 – Praia do Moçambique

O Ponto 06 representa a faixa arenosa da Praia do Moçambique e a Restinga Herbácea e


Subarbustiva associada. Trata-se de um local utilizado por muitas espécies que são encontradas
exclusivamente no ambiente costeiro. Abrange toda a região costeira da Praia do Moçambique,
desde a Barra da Lagoa até o Canto das Aranhas.

Foto 31. Batuira-de-coleira Calladrius collaris Foto 32. Maçarico-de-bico-virado


Acervo Rafael E.F.Santos,2017 LImosa haemastica
Acervo Rafael E.F.Santos,2017

Foto 33. Maçarico-de-sobre-branco Foto34. Jacuaçu Penelope obscura


Calidris fuscicollis Rafael E.F.Santos,2017
Rafael E.F.Santos,2017

Foto 35.Trinta-réis-de-bando Foto 36. Piru-piru Haematopus palliatus


Thalasseus acuflavidus Rafael E.F.Santos,2017
Rafael E.F.Santos,2017

51
No Ponto 06 é possível observar aves incomuns como outras espécies de albatrozes
(Diomedea exulans e D. dabbenena), o petrel-grande (Macronectes giganteus),
mandriões (Stercorarius spp.) e gaivotas raras na região (Chroicocephalus spp.,
Leucophaeuspipixcan, Larusatlanticus).
Outras espécies se apresentam em maior número e são comumente vistas da praia,
como é o caso dos trinta-réis (Sternula superciliaris, Sterna spp., Thalasseus spp.), do
piru-piru (Haematopuspalliatus), dos atobás (Sula leucogaster), do talha-mar
(Rynchops niger), do tesourão (Fregata magnificens) e de outros táxons que não são
marinhos ou costeiros mas utilizam a praia do Moçambique com frequência, como o
chimango (Milvago chimango), quero-quero (Vanellus chilensis) e as espécies de
urubus presentes na ilha (Cathartes aura, C. burrovianus e Coragyps atratus).
O curriqueiro (Geositta cunicularia) é um furnarídeo com hábitos totalmente distintos
das espécies suprecitadas, mas é uma ave sazonal que habita a faixa arenosa de
praias do sul do país, podendo ser vista na área de estudo durante seu período de
permanência na região.

O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Bacia de Campos com sede no


PAERVE, convênio IMA/UNISUL/R3Animal, atua diariamente nos 12 km da Praia do
Moçambique. No período de janeiro de 2019 a setembro de 2020 foram encontradas
15 espécies e 135 indivíduos da avifauna. As maiores ocorrências no período foram do
Pinguim-de-magalhães Spheniscus megellanicus, com 106 registros, seguido dos
Gaivotões com 13 registros, os Atobás-pardos com 09 registros, o Bobo-pequeno com
05 registros e o Bobo-grande-sobre-branco. Destaca-se o registro de uma espécies de
ave ameaçada de extinção, o Albatroz-de-bico-amarelo Thalassarche chlororhyncos.
Fonte: Simba/Petrobrás, acesso em setembro de 2020 e R3Animal.

Em 2019, inicia-se o projeto Fauna Floripa (PFF), parceria entre UFSC/PMF/IMA, com
o objetivo de iniciar a análise da estrutura da comunidade de vertebrados terrestres na
Ilha de Santa Catarina, permitindo, a partir de seus resultados, analisar o estado de
integridade e saúde dos ecossistemas e dar subsídios para avaliar as alternativas
adequadas para a manutenção da qualidade ambiental e sustentabilidade sócio-
econômica insular. O inventário faunístico de uma região é fundamental para o seu
manejo. Por meio da análise ecológica dos componentes da lista da fauna presente na
comunidade analisada e seus papéis funcionais é possível ter uma ideia do estado de
conservação e determinar ações de manejo necessárias para manter ou enriquecer a
resiliência ecológica e avaliar o seu grau de sustentabilidade ambiental. (Projeto
Fauna Floripa, 2020)

52
Um dos locais escolhidos para a coleta de informações foi o PAERVE.

Até o momento foram identificadas as seguintes espécies de aves pelo projeto:

Com o uso de armadilha fotográfica identificamos a presença de vinte e duas espécies


de aves, sendo que para cinco espécies a identificação foi feita através de imagem,
são elas: juriti-pupu (Leptotila verreauxi), papa-formiga-de-grota (Myrmoderus
squamosus), saracura-do-mato (Aramides saracura), cuspidor-de-máscara-preta
(Conopophaga melanops), galinha-do-mato (Formicarius colma) e tiê-de-bando (Habia
rubica). As outras dezessete espécies foram identificadas através da captação de
áudio da armadilha fotográfica: choquinha-lisa (Dysithamnus mentalis), juruviara (Vireo
chivi), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), pula-pula (Basileuterus culicivorus), gralha-
azul (Cyanocorax caeruleus), quero-quero (Vanellus chilensis), gavião-carrapateiro
(Milvago chimachima), mariquita (Setophaga pitiayumi), tangará (Chiroxiphia caudata),
martim-pescador-grande (Megaceryle torquata), macuquinho (Eleoscytalopus
indigoticus) cambacica (Coereba flaveola), gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea),
tiê-de-topete (Trichothraupis melanops), arapaçu-verde (Sittasomus griseicapillus) e
limpa-folha-ocráceo (Anabacerthia lichtensteini).

Conclusões preliminares dos estudos sobre Avifauna


Durante a etapa de campo do levantamento da avifauna de 2017 foi registrado um
total de 140 espécies de aves silvestres utilizando os ambientes existentes na área da
UC.
Dentre estas, três espécies não contavam com registros comprovados citados para
Florianópolis, sendo considerados inéditos: jacuaçu (Penelope obscura), o rabo-
branco-de-garganta-rajada (Phaethornis eurynome) e o trepador-quiete (Syndactyla
rufosuperciliata).
O resultado obtido em campo representa 26,6% de todas as espécies com ocorrência
prevista para Florianópolis.
O Gavião-pombo-pequeno, foi a espécie-ameaçada-de-extinção, registrada até o
momento.
No Projeto de Monitoramento de Praias Bacia de Campos, executado pela entidade
R3Animal, destaca-se o registro de uma espécie de ave ameaçada de extinção, o
Albatroz-de-bico-amarelo Thalassarche chlororhyncos e a recuperação de centenas de
animais em especial o Pinguim-de-magalhães Spheniscus megellanicus.

Lista de espécies de aves (anexo)

53
2.1.4 MASTOFAUNA
Segundo Graipel et al. (2001) e Cherem et al. (2005), há 25 espécies de mamíferos na
Ilha de Santa Catarina e existe a possibilidade de que praticamente todas elas possam
ser encontradas no Parque Estadual do Rio Vermelho devido à grande variedade de
ambientes de sua área. Durante o levantamento em campo, foram vistas pegadas de
gambá (Didelphis aurita) e de cachorrodo-mato (Cerdocyon thous). É bem provável a
presença de pequenos mamíferos como roedores e marsupiais e, entre as espécies,
estariam a cuíca (Lutreolina crassicaudata), a cuiquinha (Micoureus demerarae).
(Ferreira,2010).
Dentre as espécies de médio porte, espera-se a ocorrência da lontra (Lontra
longicaudis) na Lagoa da Conceição; do macaco-prego (Sapajus nigritus) na floresta
da encosta atlântica do Morro do Saquinho ou dos Macacos; e dos sagüis (Callithrix
spp.), espécies exóticas presentes em grande número em praticamente toda a Ilha de
Santa Catarina. Os mamíferos citados neste parágrafo são encontrados em quase
toda a ilha, sendo o gambá bastante peridomiciliar (GRAIPEL et al, 2001). Outras
espécies como a irara (Eira barbara), o ratão-do-banhado (Miocastor coypus), o mão-
pelada (Procyon cancrivorus) e o coati (Nasua nasua) são relativamente raras na Ilha
por causa da caça e do isolamento. (Ferreira,2010).
Iniciado em 2019, o Projeto Fauna Floripa (PFF) já apresentou resultados significativos
para o conhecimento da mastofauna da unidade de conservação, conformando
indicações do estudo anterior. Até o momento, o estudo confirmou a presença de oito
espécies : gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita), tatu-galinha (Dasypus
novemcinctus), irara (Eira barbara), quati (Nasua nasua), macaco-prego (Sapajus
nigritus), cutia (Dasyprocta azarae), paca (Cuniculus paca) e capivara (Hydrochoerus
hydrochaeris). (Projeto Fauna Floripa, 2020)
Destacamos no relatório apresentado a confirmação da paca (Cuniculus paca) como
espécies ameaçada de extinção e que sofre grande pressão de caça e a irara (Eira
barbara), carnívoro de médio porte, que pode ser considerada uma espécie-chave
para entender as relações do PAERVE e seu entorno, com especial atenção as
unidades de conservação e áreas tombadas que formam corredores ecológicos. A
confirmação da presença do Macaco-prego, como único primata da fauna nativa do
PAERVE também merece registro.
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), executado pela R3Animal, em convênio
com o IMA, registrou nos monitoramentos diários, na Praia do Moçambique, no
período de janeiro de 2019 a setembro de 2020, 05 toninhas Pontoporia blainvillei,
espécie ameaçada de extinção e 02 lobos-marinhos Arcocephalus australis. Fonte:
Simba/Petrobrás acesso em setembro de 2020.

Foto Arquivo R3Animal

54
Foto irara (Eira barbara), armadilha fotográfica Projeto Fauna Floripa.

Foto paca (Cuniculus paca) armadilha fotográfica Projeto Fauna Floripa.

Foto macaco-prego (Sapajus nigritus) armadilha fotográfica Projeto Fauna Floripa.

55
Espécies Exóticas Domesticadas
Além das ações humanas que degradam ainda mais esses ambientes sensíveis ali presentes,
animais de estimação também foram vistos em ação predatória.
A quantidade de gatos-domésticos no bairro é preocupante, pois o impacto ambiental causado
por estes animais, em especial sobre as aves silvestres, é muito relevante.
Gatos e cães predam aves e mamíferos com muita frequência, sejam adultos, juvenis ou
ninhegos. Galetti e Sazima (2006) demonstram que os cães ferais têm um impacto significativo
nos vertebrados em remanescentes florestais e podem até provocar a extinção de algumas
espécies. No estudo conduzido por Campos et al. (2007) há registros do consumo de preás,
ouriços, gambás, furões, cuícas, nutrias, quatis, e pequenos roedores por cães domésticos,
revelando que cada cão pode consumir até 25kg de carne proveniente de mamíferos silvestres
por ano. Além da predação, cães domésticos podem ser um agente dispersor de patógenos
como raiva, cinomose e parvovirose a carnívoros silvestres. Portanto, as perdas anuais na
comunidade local de aves e mamíferos principalmente são imensuráveis tendo em vista o
número de gatos que circula pela parte norte da UC. Durante as atividades realizadas em
campo, rastros de gatos e cachorros domésticos foram vistos diariamente em todos os
ambientes naturais visitados, os quais foram selecionados por serem os mais relevantes
ambientalmente. Foi observado em locais onde há grande concentração de gatos-domésticos
próximos a áreas naturais do Parque Estadual do Rio Vermelho. (Engetec 2018).
O abandono de cachorros ao longo da SC 406 e na Praia do Moçambique, é um dos principais
problemas do PAERVE em relação a fauna exótica de mamíferos. Também não podem ser
desconsiderados os passeios de pessoas com cachorros sem guias nas diversas trilhas que dão
acesso ao parque. Já foram registradas Inúmeras visualizações de perseguição de cachorros a
animais silvestres e incidentes envolvendo visitantes. A presença de casas para cachorros na
Praia do Moçambique é um problema a ser resolvido.

56
2.1.5 HERPETOFAUNA

No projeto PDA (Ferreira, 2010), os pesquisadores realizaram oito visitas em


praticamente todos os ambientes do Parque Estadual do Rio Vermelho, somando
cerca de 50 horas de trabalho em campo, que foram realizados em agosto e setembro
de 2008. Cada saída constava de cerca de seis horas de caminhadas ao longo de
dunas, restingas e trilhas para a visualização dos animais ou de alguns vestígios,
como pegadas, tocas e fezes, de mamíferos, além de procura ativa de répteis. Como
répteis são difíceis de serem constatados em campo, foi feito um levantamento de
material tombado na Coleção Herpetológica da Universidade Federal de Santa
Catarina (CHUFSC), na qual cerca de 80% da coleção é composta por animais
provindos da Ilha de Santa Catarina (KUNZ et al., 2007). O conhecimento atual dos
répteis da Ilha é ainda bastante incipiente, mas já se sabe que existem 40 espécies
(HARTMANN et al., em preparação) e 15 delas foram registradas no Parque Estadual
do Rio Vermelho – quase todas (14) estão depositadas na CHUFSC.

O estudo também destaca que o lagartinho-da-praia (Liolaemus occipitalis - Boulenger,


1885) pertence à família Liolaemidae e é uma espécie que apresenta distribuição
limitada a dunas arenosas móveis e semimóveis da zona costeira dos estados de
Santa Catarina e Rio Grande do Sul (PETERS e DONOSOBARROS 1970; LEMA
2002). Este réptil é uma das duas espécies ameaçadas de extinção da Ilha de Santa
Catarina que são vulneráveis (IBAMA 2003; IUCN 2007). Os principais motivos de o
Liolaemus occipitalis ser considerado vulnerável na lista de animais ameaçados de
extinção deve-se à sua distribuição restrita e especial de habitat. Ele vem sofrendo
perda de habitat por causa da ocupação e da expansão urbana sobre essas áreas nas
últimas décadas, além da degradação de atividades inadequadas (IUCN, 2007).
Apesar disso, não havia até então nenhuma área de preservação sob a tutela
governamental (PAGLIA et al., 2004). O Parque Estadual do Rio Vermelho é a primeira
unidade de conservação sob responsabilidade do governo de SC que abrange a área
natural do Liolaemus occipitalis, o que já é motivo suficiente para lhe dar grande
importância. (Ferreira,2010)
A espécie pode ser usado como espécie guarda-chuva, isto significa que com a
proteção desta espécies e seu habitat, muitas outras serão protegidas. Também pode
ser considerada uma espécies bandeira, carismática, com potencial para mobilizar a
opinião pública e de dirigentes para a conservação da biodiversidade.

Lagartinho-da-praia (Liolaemus occipitalis). Fotos: Ivo Rohling Ghizoni Junior, 2008.

57
A lagartixa-listrada, Contomastix lacertoides, assim como o L. occipitalis, também tem
a Ilha de Santa Catarina como o limite de sua distribuição. É uma espécie heliófila,
sendo ativa nas horas mais quentes do dia, e é relativamente freqüente em restingas
semiabertas.
É um lagarto terrestre, com hábito diurno, de pequeno porte e cauda longa, conhecido
popularmente como lagartixa-listrada pelo seu padrão de desenho estriado (LEMA,
2002). A coloração dorsal é verde olivácea com uma série de manchas negras
longitudinais e duas linhas brancas longitudinais de cada lado do corpo, o ventre é
branco-amarelado com pequenas manchas pretas na região gular (ACHAVAL &
OLMOS, 2007). Os machos apresentam coloração amarelo-esverdeada nas laterais
do tronco e no dorso, enquanto fêmeas possuem coloração esbranquiçada nesta
mesma região (FELTRIM, 2002).
O ciclo reprodutivo é sazonal, com a estação reprodutiva ocorrendo entre outubro e
dezembro e o recrutamento de janeiro a fevereiro, o tamanho da desova varia de 2 a 6
ovos, sendo observada apenas uma desova por estação reprodutiva (BALESTRIN et
al., 2010).
Ocorre no Uruguai e na Argentina (PETERS & DONOSO-BARROS, 1970; LEMA,
1994). No Brasil, sua distribuição está restrita à região sul, ocorrendo em campos
comumente associado a áreas rochosas (FELTRIM, 2002). Já, as populações que
ocorrem no litoral norte do Rio Grande do Sul e litoral sul de Santa Catarina (ARIANI,
2011; GUIZONI-JR, 2009), ocupam formações de dunas e restingas com preferência
para locais com vegetação arbustiva um pouco mais desenvolvida. A espécie foi
categorizada como Em Perigo (EN) na lista da fauna ameaçada de Santa Catarina
(CONSEMA, 2011).

Lagartixa-listrada (Contomastix lacertoides). Fotos: Ivo Rohling Ghizoni Junior, 2008.

58
Além dos já citados, podemos destacar quatro espécies com ocorrência confirmada para o
PAERVE (LHFSC,2020):
Enyalius iheringii – Camaleãozinho/papa-vento Endêmico da Mata Atlântica, é um lagarto
arbóreo diurno que, em período de atividade, passa a maior parte do tempo na árvore, mas
pode também ser encontrado no solo. Para evitar a predação, os indivíduos dessa espécie
utilizam a camuflagem como estratégia de defesa, através de escamas com tons de verde e
marrom (que podem mudar), ou correm da ameaça e, quando manuseados, emitem um fraco
assovio. Os machos têm em média 90.7 cm de comprimento do rostro à cloaca. As fêmeas, de
tamanho similar, apresentam ninhadas com cerca de 10 filhotes. Forrageiam através do
método de senta-espera, alimentando-se de insetos e de suas larvas (eg. besouros e larvas de
borboletas e mariposas), e aracnídeos (eg. aranhas).
Ischnocnema manezinho – rã manezinha É uma espécie classificada como quase ameaçada na
lista da IUCN (GARCIA, 2004). O I. manezinho é uma espécie com desenvolvimento direto, ou
seja, não possui a fase larval (girino) e não depende diretamente da água para reprodução. Os
machos têm entre 2.27 e 2.81 cm, e as fêmeas entre 2.98 e 3.48 cm (GARCIA, 1996). Este
animal geralmente é encontrado em afloramentos rochosos ou cavernas de áreas sombreadas
e úmidas, vocalizando em horário crepuscular e são encontrados em maior abundância após
períodos chuvosos e quentes (GARCIA, 1996).
Vitreorana uranoscopa – perereca-de-vidro Endêmica da Mata Atlântica, essa espécie de
perereca vive associada à mata ciliar de riachos. Os machos têm, em média, 2.12 cm e as
fêmeas 2.38 cm (HEYER et al. 1990). Os machos vocalizam à noite, em folhas da vegetação
marginal de riachos, em altura média de 1,6m acima d’água, para atrair as fêmeas (ZARACHO,
2014). Durante o amplexo, a oviposição é feita na folha. Após desenvolvimento inicial do ovos,
girinos eclodem e terminam seu desenvolvimento na água corrente do riacho (HADDAD;
PRADO, 2005) A perereca-de-vidro tem esse nome porque seu ventre é translúcido, permitindo
a visualisação dos órgãos internos desse anfíbio. É sensível à destruição da mata ciliar, e não
ocorre em áreas abertas ou degradadas (GARCIA, 2010) .
Hydromedusa tectifera - Cágado-pescoço-de-cobra Única espécie de quelônio de água doce
nativa que ocorre na Ilha de Santa Catarina. É relativamente pequena, os adultos pesando em
média 800g, com o comprimento da carapaça de 20 cm (MOLINA; LEYNAUD, 2017). Os machos
são identificáveis pelo plastrão côncavo e pela cauda maior. O número de ovos em cada ninho
é variável, tendo média de 11.6 ovos por ninho (FAGUNDES; BAGER, 2007). É uma espécie
noturna e carnívora, tendo artrópodes como fonte principal de alimento, mas podendo
também ingerir peixes (ALCALDE; DEROCCO; ROSSET, 2010). A H. tectifera não faz regulação de
sua temperatura por exposição ao ar quente e, por ter hábito aquático e noturno, sua
temperatura corporal varia juntamente com a temperatura da água (MOLINA; LEYNAUD, 2017).
Imantodes cenchoa – Cobra-cipó Serpente arbórea, de corpo achatado lateralmente e cauda
longa, características das “cobras-cipó”. É caracterizada por ter olhos grandes, e o comprimento
do rostro à cloaca é de geralmente 80cm, podendo haver indivíduos maiores (ZUG; HEDGES;
SUNKEL, 1979). Mesmo sendo arbórea, é encontrada repousando em vegetações mais baixas
(eg. Bromélias) ou até se deslocando pelo chão até outra árvore (MARQUES; SAZIMA, 2004).
Tem hábito noturno e alimenta-se de sapos e lagartos (SOUSA; PRUDENTE; MASCHIO, 2014). As
fêmeas são maiores, e têm ninhadas com dois ovos. Sua presa é na parte posterior da boca,

59
representando um baixo risco de acidentes ofídicos em humanos. Santa Catarina é o limite sul
da distribuição da espécie (ARZAMENDIA, 2019).

Enyalius iheringii Ischnocnema manezinho

Vitreorana uranoscopa– perereca-de-vidro. Hydromedusa tectifera - Cágado-pescoço-de-cobra

Imantodes cenchoa – Cobra-cipó.

Lista de espécies de anfíbios e répteis (Anexo)

60
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), com sede no Parque Estadual do Rio
Vermelho, executado pela R3Animal, em convênio com o IMA e UNIVALI, registrou nos
monitoramentos diários, na Praia do Moçambique, no período de janeiro de 2019 a
setembro de 2020, 21 tartarugas-verde Chelonia mydas, espécie ameaçada de
extinção e 07 tartarugas-comuns Caretta caretta. Fonte: Simba/Petrobrás acesso em
setembro de 2020.

2.1.6 ICTIOFAUNA

No entorno do Parque Estadual do Rio Vermelho (PAERVE) encontramos dois grandes


ambientes aquáticos, a Lagoa da Conceição e o Oceano Atlântico, ambientes bastante
estudados e com farta publicação científica e que serão o foco principal deste
diagnóstico preliminar. O Rio Vermelho e sua zona ripária, rios intermitentes no Morro
do Saquinho ou Morro dos Macacos e os canais de drenagem espalhados pela
unidade de conservação, deverão ser objeto de estudos posteriores.
Nos estudos analisados foram contabilizadas 150 espécies.
Segundo a lista de espécies ameaçadas do Ministério do Meio Ambiente (2014) no
levantamento foram identificadas 20 espécies categorizadas como vulneráveis (VU),
13 criticamente ameaçadas (CR) e 10 em perigo (EN), de possível ocorrência na área
do entorno do PAERVE.
Foram identificadas como vulneráveis as espécies: Rivulus (Atlantirivulus haraldsiolii),
Rivulus (Atlantirivulus luelingi), Crenicichla Enpheres, Lambari (Deuterodon
longirostris), Lambari (Deuterodon rosae), Mimagoniates lateralis (Mimagoniates
rheocharis, Rhamdiopsis moreirai, Tarpão (Megalops atlanticus), Jenynsia
sanctaecatarinae , Barrigudinho (Phalloceros), Badejo (Mycteroperca microlepis), e
Listrura camposi.
Foram identificadas como em perigo as espécies: Piracanjuba (Brycon orbignyanus),
Lambari (Hollandichthys multifasciatus), Garoupa (Epinephelus marginatus), Garoupa
(Mycteroperca acutirostris), Garoupa (Mycteroperca bonaci), Cação-cola-fina
(Mustelus schmitti), Tubarão-martelo (Sphyrna zygaena), Cação-anjo (Squatina
guggenheim).
Foram identificadas como criticamente ameaçadas as espécies: Cascudinho-limpa-
fundo (Scleromystax salmacis), Piabinha (Glandulocauda caerulea), Lambari
(Haenania maxillaris), Hyphessobrycon taurocephalus, Rachoviscus crassiceps,
Lambari (Spintherobolus ankoseion), Mero (Epinephelus itajara), Caranho (Lutjanus
synagris), Cherne-poveiro (Polyprion americanos), Austrolebias carvalhoi,
Campellolebias brucei, Campellolebias chrysolineatus.

Não foram identificadas espécies endêmicas e espécies exóticas invasoras da


ictiofauna na área de estudo.
.

61
Conclusões gerais preliminares sobre a Biodiversidade da unidade de
conservação
O parque Estadual do Rio Vermelho apresenta áreas com boas condições de
conservação, principalmente no que se refere à região com Floresta Ombrófila Densa
(FOD), localizada no chamado Morro do Saquinho ou dos Macacos, e regiões com
Restingas Arbustivas e Arbóreas nos Estágios Médio e Avançado da sucessão vegetal,
onde se concentram a maior riqueza de espécies. A área de Floresta Ombrófila Densa
necessita de uma atenção especial em relação a caça e captura de aves.
As regiões com Restinga Herbácea Subarbustiva de Praias e Dunas Frontais e
Restinga Herbácea Subarbustiva de Lagunas, Banhado e Baixadas, incluindo a
nascente e área de inundação do Rio Vermelho, são as que apresentam as maiores
fragilidades, merecendo prioridade em ações de manejo e proteção.
Estudos aprofundando o conhecimento da biodiversidade local, em especial as
espécies ameaçadas-de-extinção, raras, endêmicas e as exóticas visando o seu
controle, são fundamentais para a qualificação das ações de gestão e devem fazer
parte de um programa temático no plano de manejo.

62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MEIO BIÓTICO

FLORA

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