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Mapas
Diego Hemkemeier Silva –Engenheiro Agrônomo, IMA
Fotos
Capa e contra-capa Ádrio Peixoto Centeno – Geólogo, IMA
Butiá e Mimosa: Rogério Castro, Lagartinho-da-praia: Ivo Rohling Ghizoni Junior
Sapinho-do-folhiço:Vítor Carvalho Rocha, Gavião-pombo-pequeno: William Menq
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SUMÁRIO
CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO
1 A FLORA DO PAERVE ................................................................................................
1.1 Uso e cobertura do solo.............................................................................................
1.2 Descrição das fitofisionomias....................................................................................
1.3 Levantamento florístico expedito da Ilha das Aranhas..............................................
1.4 Caracterização da vegetação do Morro das Aranhas...............................................
1.5 Conectividade de Áreas Naturais Protegidas da Ilha de Santa Catarina com o
PAERVE..........................................................................................................................
1.6 Ameaças a flora do PAERVE....................................................................................
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CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO
A FLORA DO PAERVE
Com isso, a soma das áreas dos talhões de reflorestamento com madeira comercial,
não sendo consideradas as áreas de invasão, foi reduzida de 533,4 ha para 473,4 ha,
uma diferença de 60 ha (FATMA, 2010a).
Como resultado apresenta-se nos Quadros 1 e 2 as classes de uso e cobertura da terra
do Parque Estadual do Rio Vermelho. Na figura 1 é apresentado o mapeamento do uso
e cobertura da terra do PAERVE.
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Quadro 2. Síntese das classes de uso e ocupação da terra do Parque Estadual do Rio
Vermelho
Área % da área
Classe de Uso da Terra
(ha) da UC
Vegetação exótica 516,6 33,04
Restinga 749,3 41,12
Floresta Ombrófila Densa 155,2 9,93
Dunas 84,6 5,41
Restinga herbácea e 81,3 5,2
subarbustiva de lagunas,
banhados e baixadas
Lagoas 48,1 3,08
Área antropizada 12,2 0,78
Fonte: FATMA (2010a) adaptado de GIPUDE, UFSC e ILV (2009)
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Fonte: FATMA (2010a) adaptado de GIPUDE, UFSC e ILV (2009)
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1. LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DO PAERVE
O levantamento florístico do Parque Estadual do Rio Vermelho foi realizado com base
em dados secundários, a partir de levantamentos realizados na própria unidade de
conservação. As principais fontes consultadas foram: "Projeto PDA/MMA n° 178 -
Parque Estadual do Rio Vermelho: subsídios ao plano de manejo" (GIPUDE, UFSC e ILV,
2009), materiais herborizados depositados no Herbário Flor, consultados por meio do
site Species Link, o trabalho de Conclusão de Curso de Daltrini Neto (2009), espécies
exóticas identificadas pela Silviconsult no "Diagnóstico Quali-quantitativo das áreas
ocupadas por Flora Exótica no Parque Estadual do Rio Vermelho" (FATMA, 2010a) e
revisão e levantamento voluntário realizado pelo pesquisador Luís Funez.
Espécie classificada como vulnerável – VU, ou seja, espécie que enfrenta um risco de
extinção elevado na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº 443/2014).
No Brasil, esta espécie ocorre nas áreas de restinga da Região Sul do Brasil, e está
sujeita a situações de ameaça como agricultura, pecuária, avanço da ocupação urbana
e introdução de espécies exóticas nas suas áreas de ocorrência (CNCFlora, 2020a).
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Butia catarinensis Noblick & Lorenzi – EN
Espécie classificada como em perigo – EN, ou seja, espécie que enfrenta um risco
muito elevado de extinção na natureza, conforme a Lista de Santa Catarina (Resolução
CONSEMA nº 51/2014). Butia catarinensis (Arecaceae) é endêmico da região litorânea
dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ocorrendo em restingas situadas
entre 3 a 30 m de altitude (Lorenzi et al. 2010 apud IFFSC, 2017). O principal fator de
ameaça à espécie é a crescente ocupação humana nas áreas de restinga do estado,
sobretudo em prol do crescimento urbano (Rosa 2000 apud IFFSC, 2017), sendo que o
avanço da urbanização pode fragmentar ou até mesmo eliminar populações da espécie
(IFFSC, 2017). Nas áreas de restinga da ilha de Santa Catarina (Florianópolis), por
exemplo, a espécie é considerada muito rara, provavelmente devido à transformação
da paisagem para o uso da orla marítima (Reitz 1974 apud IFFSC, 2017). O IFFSC (2017)
considera que é fundamental pesquisas sobre a espécie em toda a sua área de
ocorrência, sobretudo no que diz respeito à estrutura populacional, ao consumo de
frutos e dispersão de sementes pela fauna, à produtividade de frutos e ao consumo de
frutos pelas comunidades humanas locais. O Parque Estadual do Rio Vermelho abriga
populações da espécie.
Espécie classificada como vulnerável – VU, ou seja, espécie que enfrenta um risco de
extinção elevado na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº 443/2014).
Cedrela fissilis é uma espécie amplamente distribuída em todo o Brasil, sendo
particularmente mais frequente nas regiões sul e sudeste do país (CNCFlora, 2020f). A
espécie historicamente vem sofrendo com a exploração madeireira ao longo de toda a
sua ocorrência, o que levou muitas das subpopulações à extinção (CNCFlora, 2020f).
Além disso, grande parte dos seus habitats foram completamente degradados, tendo
sido convertidos em áreas urbanas, pastagens, plantações, entre outros (CNCFlora,
2020f). Suspeita-se, devido a esses fatores, que Cedrela fissilis tenha sofrido um
declínio populacional de pelo menos 30% ao longo das últimas três gerações
(CNCFlora, 2020f). No Parque Estadual do Rio Vermelho a espécie ocorre no Morro dos
Macacos, em área de Floresta Ombrófila Densa.
Espécie classificada como em perigo – EN, ou seja, espécie que enfrenta um risco
muito elevado de extinção na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº
10
443/2014). E. pruinosa é uma espécie encontrada apenas em Floresta Ombrófila Densa,
próxima à costa brasileira, em áreas que sofreram grande pressão antrópica (CNCFlora,
2020h). Apesar da espécie ocorrer em algumas unidades de conservação (Parque
Estadual Carlos Botelho - SP e no Parque Nacional Saint-Hilaire/Lange – PR) , a sua
perda populacional do passado coloca-a como em perigo de extinção (CNCFlora,
2020h). Em Santa Catarina a espécie foi coletada nos municípios de Florianópolis, Itajaí,
Camboriú, Orleans e Turvo (Herbário Pe. Dr. Raulino Reitz et al, 2020b). Em
Florianópolis, foi coletada na década de 1960 no bairro de Saco Grande e no Morro do
Rio Vermelho, este último no entorno do Parque Estadual do Rio Vermelho (Herbário
Pe. Dr. Raulino Reitz et al, 2020b).
Espécie classificada como vulnerável – VU, ou seja, espécie que enfrenta um risco de
extinção elevado na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº 443/2014).
Euterpe edulis é uma palmeira amplamente distribuída, ocorrendo de forma contínua
ao longo de toda a Mata Atlântica e também em parte do Cerrado (CNCFlora, 2020b).
Em áreas de Florestas Úmidas bem preservadas, E. edulis geralmente apresenta uma
elevada abundância, podendo formar grandes subpopulações (CNCFlora, 2020b).
Entretanto, diversos fatores indicam que se trata de uma planta ameaçada de
extinção: é uma espécie não cespitosa, de crescimento lento, sem capacidade de
rebrota e dependente de florestas bem preservadas; vem sendo sistematicamente
submetida a uma intensa exploração para a extração do palmito em praticamente toda
a sua área de distribuição (CNCFlora, 2020b). Devido a isso, é possível suspeitar que E.
edulis tenha sofrido um declínio populacional de pelo menos 30% ao longo de três
gerações, que correspondem a um período de tempo de 60 anos (CNCFlora, 2020b). De
acordo com Pires (2006) apud Portela (2008) a espécie ocorre naturalmente em alta
densidade (100 a 500 indivíduos/hectare) em áreas bem preservadas. Cardoso (2000)
afirma que a conservação desta espécie não é crítica, mas as subpopulações são muito
distintas geneticamente, então sugere que as prioridades para conservação levem em
conta as variações genéticas populacionais. No Parque Estadual do Rio Vermelho a
espécie ocorre no Morro dos Macacos, em área de Floresta Ombrófila Densa, mas
também em fragmento de Restinga Arbórea em Estágio Avançado próximo à nascente
do rio Vermelho, em área proposta para anexação ao Parque.
11
Janeiro (nestes dois últimos é representada por duas coletas antigas não incluídas no
banco de dados) (CNCFlora, 2020j), assim como no Rio Grande do Sul e Paraná
(somente registro antigo neste último estado) (Herbário Alarich Rudolf Holger Schultz
et al, 2020). Tem ocorrência tanto em Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucárias)
(CNCFlora, 2020j), como também em restingas, como o registro na Guarda do Embaú,
dentro dos limites do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Em Florianópolis a espécie
possui um registro recente no Parque Natural Municipal da Lagoa do Peri e um registro
antigo (1968) no “Morro do Rio Vermelho”, no entorno do Parque Estadual do Rio
Vermelho (Herbário do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa
Catarina, 2020).
Espécie classificada como em perigo – EN, ou seja, espécie que enfrenta um risco
muito elevado de extinção na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº
443/2014). É uma espécie bastante rara, encontrada em Florestas Ombrófilas Densas,
próximo à região costeira de Santa Catarina (CNCFlora, 2020g). Sua distribuição é muito
restrita, com registros, entre as décadas de 1950 a 1970, para algumas localidades nos
municípios de Imaruí, Turvo, Paulo Lopes, Governador Celso Ramos, Palhoça e
Florianópolis (Herbário Pe. Dr. Raulino Reitz et al, 2020). Cada localidade é considerada
uma situação de ameaça, sendo que a ameaça mais importante é a perda de habitat,
que pode alcançar 75% em alguns municípios (CNCFlora, 2020g). Além disso, a última
coleta foi realizada há mais de 40 anos, o que evidencia que essa espécie é rara ou
pode estar extinta (CNCFlora, 2020g). No município de Florianópolis as coletas da
espécie ocorreram na “Mata da Costa da Lagoa”, no “Morro do Rio Vermelho” e no
“Morro do Macacu” (Vargem Grande), localidades muito próximas ao Morro dos
Macacos, área de Floresta Ombrófila Densa do Parque (Herbário Pe. Dr. Raulino Reitz et
al, 2020a).
Espécie classificada como criticamente em perigo – CR, ou seja, espécie que está
enfrentando um risco extremamente elevado de extinção na natureza, conforme a Lista
de Santa Catarina (Resolução CONSEMA nº 51/2014). Mimosa catharinensis é um
arbusto lianoso aculeado, que pode atingir de 3 a 6 metros de altura, endêmico de
restingas litorâneas do estado de Santa Catarina, é uma espécie heliófita e seletiva
higrófita, conhecida vulgarmente como "unha-de-gato" (BURKART, 1979). A espécie foi
coletada pela primeira vez na área do Parque Estadual do Rio Vermelho em 1964 pelos
botânicos Miguel Roberto Klein e Antônio Bresolin (BURKART, 1979). Mais
12
recentemente, em 2013, a espécie foi encontrada no município costeiro de Governador
Celso Ramos, Santa Catarina, e também no Morro das Aranhas, em 2019, dentro dos
limites da RPPN Costão do Santinho, no entorno do Parque Estadual do Rio Vermelho
(Figura 2). Análise da população presente no PAERVE publicada em 2005 encontrou
uma demografia de 42 indivíduos, adensados em uma área de 679,6 m² e ocorrência
de propagação vegetativa em alta frequência (REIS et al, 2005). No Morro das Aranhas
a sua descoberta reveste-se de grande importância porque neste local encontra-se uma
população ainda com as características típicas da espécie, com vários indivíduos
formando o característico adensamento compacto (comunicação pessoal1). A
distribuição restrita da espécie, o ambiente degradado e com a presença de espécies
exóticas onde ocorre no Parque Estadual do Rio Vermelho, são os principais fatores que
oferecem ameaça (CNCFlora, 2020e). No Parque Estadual do Rio Vermelho a espécie
ocorre em área de Restinga Arbórea, próxima a estrada de acesso à praia do
Moçambique.
Espécie classificada como em perigo – EN, ou seja, espécie que enfrenta um risco
muito elevado de extinção na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº
443/2014). A espécie ocorre nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sendo
encontrada em cerca de cinco locais em situação de ameaça (CNCFlora, 2020c). É
frequente em vegetação costeira sobre dunas, onde enfrenta intensa pressão da
1
Comunicação pessoal feita por Ciro Couto e João de Deus Medeiros, por meio de acesso a
texto em elaboração para publicação em revista científica
13
ocupação humana (CNCFlora, 2020c). Para o Parque Estadual do Rio Vermelho há uma
coleta de 2012, depositada no Herbário da Universidade de São Paulo, coletada em
área de restinga herbácea-arbustiva próxima a praia do Moçambique.
Espécie classificada como em perigo – EN, ou seja, espécie que enfrenta um risco
muito elevado de extinção na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº
443/2014). A espécie ocorre nos Estados de Santa Catarina e, possivelmente, Rio
Grande do Sul, sendo encontrada em menos de cinco locais em situação de ameaça
(CNCFlora, 2020d). A espécie cresce em vegetação costeira sobre dunas, onde enfrenta
intensa pressão da ocupação humana (CNCFlora, 2020d). No Parque Estadual do Rio
Vermelho foi observada em restinga arbustiva com registro pelo Projeto PDA-PERV
(GIPUDE; UFSC; ILV, 2009).
Espécie classificada como vulnerável – VU, ou seja, espécie que enfrenta um risco de
extinção elevado na natureza, conforme a Lista Nacional (Portaria MMA nº 443/2014).
Octomeria chamaeleptotes não é uma espécie endêmica do Brasil, ocorre nas regiões
Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) e Sudeste (Rio de Janeiro) (CNCFlora,
2020i). De acordo com seus registros de ocorrência, a espécie apresenta uma estrutura
populacional severamente fragmentada (CNCFlora, 2020i). Em Santa Catarina a espécie
foi coletada em Paulo Lopes, em 1973, e no “Morro do Rio Vermelho” em 1968, esta
última localidade no entorno do Parque Estadual do Rio Vermelho (Herbário do
Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina e Herbário
Virtual Flora Brasiliensis, 2020).
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2. DESCRIÇÃO DAS FITOFISIONOMIAS PRESENTES NO PAERVE
15
O diagnóstico da flora exótica do Parque (FATMA, 2010a) identificou a ocorrência de
algumas espécies exóticas nas áreas de que trata esta seção como Acacia longifolia,
Acacia podalyriifolia, Agave americana (piteira) e espécies da família Poaceae, ao norte
do Parque, e principalmente a ocorrência de pinus e eucaliptos mais ao sul do Parque,
não sendo, no entanto, frequente a ocorrência de espécies exóticas nessas áreas.
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Figura 4. Localização de restinga herbácea e/ou subarbustiva de praias e dunas frontais
do Parque Estadual do Rio Vermelho
Ocorre ainda nesse estrato da vegetação espécies herbáceas como a Remiria maritima
(pinheirinho-da-praia), Senecio crassiflorus (margarida-da-praia), Panicum racemosum
e Spartina ciliata, Oxypetalum tomentosum; espécies arbustivas como Sophora
tomentosa, Canavalia rosea, Dalbergia ecastaphyllum, Scaevola plumieri, Guapira
opposita (maria-mole), Dodonaea viscosa, dentre outras.
Em 2013 foi identificada uma espécie exótica africana (ocorre principalmente na costa
leste da África do Sul) nas dunas frontais e semi-fixas da praia do Moçambique - a
Asteraceae Brachylaena discolor (Figura 13). Até então, a espécie já havia sido
registrada, porém ainda não identificada. Essa espécie tem se propagado nesse tipo de
vegetação, formando grandes touceiras, que impedem o desenvolvimento de outras
espécies de plantas nas áreas que ocupam, devido a sua densidade de ramos,
sombreando completamente o solo. Ocorre principalmente da região central do Parque
em direção ao norte, em paralelo à Praia do Moçambique.
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espécies Lantana camara, Eryngium elegans (gravatá), Anthurium spp., Philodendron
bipinnatifi, Aechmea comata, Ananas sp. e Canna indica.
Restinga Arbustiva
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Nas restingas arbustivas em estágio avançado do Parque Estadual do Rio Vermelho
ocorrem as espécies herbáceaes Rumohra adiantiformis (samambaia), Blechnum
serrulatum (samambaia) e Vriesea friburgensis (bromélia); as espécies arbustivas:
Ocotea pulchella (canelinha-da-praia), Guapira opposita (maria-mole), Ilex theezans,
Ilex dumosa, Laplacea fruticosa, Campomanesia xanthocarpa (guabiroba), Clusia criuva
(mangue-do-mato), Myrcia palustris (cambuizinho), Myrcia splendens (guamirim-de-
folha-fina) e Vitex megapotamica (tarumã).
Restinga Arbórea
19
Na área proposta para anexação ao Parque, próxima às nascentes do rio Vermelho,
encontra-se um importante fragmento de restinga arbórea em estágio avançado de
regeneração, assim como fragmentos desta fitofisionomia no Morro das Aranhas.
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salicifolius, Ilex theezans, Myrcia palustris (cambuizinho), Myrcia multiflora, Alchornea
triplinervia (tapiá), Myrsine venosa (capororocão), Laplacea fruticosa, Ilex dumosa, Ilex
pseudobuxus e Eugenia umbeliflora, Annona emarginata (araticum), Machaerium
nyctitans (jacarandazinho), Sapium glandulatum, Inga spp, Ficus organensis (Figueira),
Psychotria carthagenensis e Miconia spp.; entre as bromélias e epífitas são comuns:
Aechmea nudicaulis, Rhipsalis spp., Cyrtopodium polyphyllum, Vriesea spp. e Tillandsia
gardneri.
No estágio médio da restinga arbórea ocorre a espécie Solanum pelagicum que ocorre
somente nas restingas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, sendo endêmica do
Brasil.
No Parque Estadual do Rio Vermelho, a Floresta Ombrófila Densa ocorre no Morro dos
Macacos, área disjunta da unidade de conservação, localizada à oeste da Lagoa da
Conceição (Figura 7), com área de 155 ha, o que equivale a 10% da área da unidade de
conservação.
21
Esta fitofisionomia no Morro dos Macacos se apresenta em estágio médio de
regeneração, visto que há indícios de intervenções humanas na área como o corte
seletivo de árvores e o uso parcial da área para atividades agropecuárias no passado,
em especial nas áreas com menor declividade e na base do Morro, como pode ser
observado em imagens aéreas de 1938, 1956 e 1977 disponíveis no Geoprocessamento
Corporativo da Prefeitura Municipal de Florianópolis (FLORIANÓPOLIS, 2019). Algumas
características permitem classificar essa área como em estágio avançado de
regeneração natural e no mapeamento do uso da terra realizado por Caruso (1990), a
partir de fotos aéreas dos anos de 1938 e 1978, verificasse que boa parte do morro
manteve-se com cobertura florestal primária com cortes seletivos de árvores.
Um pequeno trecho no topo do Morro dos Macacos, com área de 3,77 ha, foi
classificado como Floresta Ombrófila Densa em estágio inicial de regeneração devido o
predomínio de plantas herbáceas e arbustivas, sendo raros os indivíduos arbóreos.
Pelo Decreto Estadual nº 2.006 de 1962 a área do Parque Estadual do Rio Vermelho foi
definida como Estação Florestal, subordinada à Secretaria da Agricultura do Estado, e
destinada à experimentação de diversas espécies de Pinus e à comprovação dos
melhores índices de desenvolvimento de espécimes adaptáveis à região catarinense.
Portanto, em 1963, foram iniciados plantios de reflorestamento na área, em grande
parte com espécies exóticas, principalmente Pinus elliottii e Pinus taeda e espécies de
Eucalyptus. Em registros feitos por Henrique Berenhauser encontra-se que foi realizado
na área do Parque reflorestamento de 700 ha, em 12 anos.
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Esses estudos, a partir de mapeamento de uso da terra realizado pelo Projeto
PDA/MMA n° 178, identificaram um total de 34 talhões de reflorestamentos, sendo 24
talhões com plantio de pinus, 5 talhões com plantios de eucaliptos, e 4 talhões com
plantios mistos de pinus e eucaliptos. Alguns dados dessas áreas são apresentados no
quadro 3 (Figura 8).
Área ocupada
Número de Volume total de
Espécie pelos talhões
talhões madeira sc (m³)
(ha)
Pinus 25 385,1 116.624
Eucalipto 5 41 5.265
Pinus + Eucalipto 4 47 9.998
TOTAL 34 473,1 131.887
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Levantamento Florístico expedito da Ilha das Aranhas (área proposta anexação ao
PAERVE)
A partir de fotos foram identificadas algumas espécies vegetais que ocorrem nas Ilhas
das Aranhas: Cortaderia sellowiana, Syagrus romanzoffiana (jerivá), Cereus
hildmannianus (mandacaru), Opuntia monacantha (arumbeva), Dyckia encholirioides,
Epidendrum fulgens, além da espécie exótica Musa paradisiaca (bananeira) (Figuras 9 e
10). Tal levantamento será melhorado a partir de dados secundários e possível vistoria
à campo.
Figura 10. Registro fotográfico de algumas espécies que ocorrem nas Ilhas das Aranhas:
Cortaderia sellowiana, Syagrus romanzoffiana (jerivá), Cereus hildmannianus
(mandacaru), Opuntia monacantha (arumbeva), Dyckia encholirioides, Musa
paradisiaca (bananeira)
24
Caracterização da vegetação do Morro das Aranhas
O Morro das Aranhas, localizado no extremo norte da praia do Moçambique, não está
dentro dos limites do Parque Estadual do Rio Vermelho, porém foi indicado como área
proposta para anexação à unidade de conservação. A breve caracterização dessa área
foi feita a partir de pesquisa bibliográfica, em especial, consulta ao plano de manejo da
RPPN do Morro das Aranhas e artigos científicos elaborados a partir de pesquisa de
campo nesta UC.
A base do Morro das Aranhas é constituída por costões rochosos, à leste, e nos demais
limites é formado por dunas fixas, cobertas por vegetação típica de restinga bem
conservada, e a medida que vai aumentando a altitude, chegando até seu topo, com
255 metros, o substrato vai sendo substituído por formação sedimentar e
embasamento rochoso. Dessa forma, a heterogeneidade geológica, de solos e relevo
condiciona a existência de três formações vegetais fisionomicamente distintas na área:
vegetação de restinga onde estão as dunas fixas e ambiente lacustre, a Floresta
Ombrófila Densa que cobre o Morro das Aranhas, o qual se ergue a 245 metros de
altitude e a vegetação dos costões rochosos que são bem definidas pela exposição
direta às intempéries (SANTINHO EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS S/A, 2016).
25
Em 2015 foi encontrada no costão da praia do Santinho, na face leste da base do
Morro das Aranhas, fora dos limites da RPPN de mesmo nome, uma população de
Senecio reitzianus (Asteraceae), espécie encontrada em 1946 nas dunas da Lagoa da
Conceição, Ilha de Santa Catarina, e conhecida apenas pelo material tipo (FUNEZ,
2016).
Próximo ao Parque Estadual do Rio Vermelho, os bairros São João do Rio Vermelho,
Ingleses e Santinho são responsáveis pela ocupação urbana de boa parte da planície
costeira do norte da Ilha de Santa Catarina. No entanto, importantes remanescentes de
vegetação de restinga ainda estão presentes na região, sem receberem proteção
especial como unidade de conservação. No entorno do Parque estão as dunas dos
Ingleses e restingas adjacentes bem conservadas (tombadas pelo município como
patrimônio natural e paisagístico), assim como a vegetação de banhado das áreas
úmidas formadas pelo rio Vermelho, incluindo a região da nascente do rio Vermelho, e
2
Comunicação pessoal feita por Ciro Couto e João de Deus Medeiros, por meio de acesso a
texto em elaboração para publicação em revista científica
26
as restingas arbóreas adjacentes, essas últimas incluídas na proposta de ampliação do
Parque (Figura 2).
Existem muitas áreas de Floresta Ombrófila Densa bem conservadas nos maciços de
embasamento rochoso da Ilha de Santa Catarina propícios para proteção em unidades
de conservação, o que poderá garantir a manutenção da conectividade desses
remanescentes. Na bacia hidrográfica da Lagoa da Conceição, somente o Morro dos
Macacos, o Morro da Galheta e pequeno trecho do Morro do Sertão (Rio Vermelho) e
do maciço da Costeira estão protegidos em unidades de conservação. Uma proposta
recente de criação do Refúgio de Vida Silvestre Municipal Meiembipe (REVIS
Meiembipe), abrangendo maciços da porção centro-norte da Ilha de Santa Catarina, irá
garantir maior proteção para essa vegetação.
27
Quadro . Áreas protegidas por norma legal específica na Ilha de Santa Catarina
28
Lagoinha do Leste proteção integral
municipal
Parque Estadual da 283 Lei Estadual Unidade de
Serra do Tabuleiro (somente área 1.260/1975 conservação de
localizada na Ilha de Lei Estadual proteção integral
Santa Catarina) 14.661/2009 estadual
Parque Municipal do 193,39 Decreto Municipal Parque municipal
Manguezal do 1.529/2002
Itacorubi
Dunas de Ingleses, do 1.196,1 Decreto Municipal Áreas tombadas como
Santinho, do 112/1985 patrimônio natural e
Campeche, da paisagístico
Armação do Pântano
do Sul e do Pântano
do Sul
Unidade de 491,5 Área sob
Conservação responsabilidade da
Ambiental Desterro UFSC
Lagoinha da Chica e 32,1 Decreto Municipal Áreas tombadas como
Lagoinha Pequena 135/1988 patrimônio natural e
paisagístico
Área da Costa da 976,8 Decreto Municipal Área tombada como
Lagoa 247/1986 de Preservação
Permanente
Restinga da Ponta das 21,5 Decreto Municipal Área tombada como
Canas 216/1985 de Preservação
Permanente
29
Figura 11. Mapa físico e político do município de Florianópolis contendo a delimitação
das unidades de conservação da Ilha de Santa Catarina. Fonte: IPUF, 2020.
30
Figura 12. Área proposta para ampliação do Parque Estadual do Rio Vermelho.
31
4. AMEAÇAS À FLORA DO PAERVE
32
Pisoteamento por veículos automotores - Nas restingas herbáceas e arbustivas do
Parque, entremeadas por dunas móveis é notável a presença de caminhos, trilhas e
danos à vegetação devido a circulação ilegal de veículos automotores, como motos e
carros 4x4 (Figura 14). Uma outra situação que ocorre é o estacionamento de veículos
sobre as dunas frontais da praia do Moçambique por usuários da praia que querem ter
acesso visual aos seus veículos, diante da ocorrência frequente de arrombamentos e
furtos a veículos nessa região. Essas atividades são irregulares, causam danos à
vegetação nativa, e a fiscalização existente no Parque tem como um de seus focos
principais evitar que essas ações ocorram.
33
Figura 15. Registros fotográficos de vistorias sobre atividade de passeio a cavalo no
Parque Estadual do Rio Vermelho (out e nov/2011)
Pisoteamento por pedestres - Este tipo de ação produz menos impactos à vegetação do
Parque, porém deve ser evitada, visto que é intenso o trânsito de pedestres que
acessam a praia do Moçambique, a partir dos bairros Rio Vermelho e Barra da Lagoa,
passando em trilhas nas restingas arbustivas do PAERVE, além daqueles que chegam à
praia pela estrada principal.
Soterramento por lixo - as áreas do PAERVE que podem ser acessadas por estradas
frequentemente recebem descargas de lixo ilegais, o que pode afetar a vegetação
dessas áreas.
34
2.1 A FAUNA DO PAERVE
35
2.1.2 Metodologia
Para construir este diagnóstico preliminar sobre a fauna do parque, foram utilizadas as
seguintes fontes:
O estudo, realizado em 2009/2010,” Projeto Parque Estadual do Rio Vermelho:
Subsídios ao Plano de Manejo” (Ferreira, 2010);
O levantamento realizado pelo ornitólogo Raphael E. F. Santos, no estudo realizado
pela Empresa ENGETEC, 2017;
As contribuições do Prof. Maurício Eduardo Graipel - ECZ/UFSC e equipe
(MASTOFAUNA);
36
2.1.3 AVIFAUNA
A diversidade de habitats existente em todo o trecho inserido nos limites do PE do Rio
Vermelho incide diretamente na elevada riqueza de espécies prevista e confirmada
para esta Unidade de Conservação.
Alguns locais onde há maior concentração de espécies arbóreas exóticas
(especialmente Pinus spp. e Eucalyptus spp.) mostraram-se empobrecidos em
registros de espécies.
Nos levantamentos do Projeto “Parque Estadual do Rio Vermelho: Subsídios ao Plano
de Manejo” (Ferreira, 2010), incluindo atualizações da equipe do plano de manejo
2020, podemos destacar os seguintes ambientes e espécies :
37
2 Avifauna da Restinga Arbórea
Destaques para araquã, Ortalis guttata; os pica-paus Colaptes melanochloros e joão-
velho Celeus flavescens; choca-boné-vermelho Thamnophilus ruficapillus, tié-preto
Tachyphonus coronatus, mariquita Parula pityaiumi e pia-cobra Geothlypis
aequinoctialis. Estes ambientes necessitam de estudos mais detalhados.
38
4 Avifauna da Lagoa da Conceição, alagadiços e banhados
Nos ambientes da Lagoa da Conceição podem ser encontrados: mergulhão
Podilymbus podiceps, mergulhão Podicephorus major; biguá Phalacrocorax
brasilianus, socó-grande Ardea cocoi, maria-faceira Syrigma sibilatrix, batuíra-de-
coleira Charadrius collaris, martim-pescador-grande Megaceryle torquata, martim-
pescador-verde Chloroceryle amazona, ave símbolo de Florianópolis (Lei Municipal
3887/92 e Lei Municipal 10717/2020), martim-pescador-pequeno Chloroceryle
americana. Destaque para a ave de rapina piscívora, a águia-pescadora Pandion
halliaetus. A garça-branca-grande Ardea alba, garça-branca-pequena Egretta thula,
são espécies exóticas que também ocupam estes ambientes relacionados a Lagoa da
Conceição. Nas áreas de banhado o levantamento de 2017 registrou a Sanã Carijó
Musteiliralleus albicolis, a Saracura sanã Pardirallus nigricans, a Jaçana Jacana
jacana e indicou o cardeal do banhado Amblyromphus holosericeus e o Dragão
Pseudoleiste virescens como provável ocorrência.
39
5 Avifauna do hábitat aquático marinho costeiro das praias de Moçambique e
Faixa marÌtima de 1km
Entre as espécies registradas neste hábitat estão o piru-piru Haematopus palliatus,
talha-mar Rynchops niger e batuÌra-de-coleira Charadrius collaris. o pingüim
Spheniscus magellanicus e as aves marinhas costeiras o atobá Sula leucogaster,
tesurão Fregata magnificens e trinta-réis-de-bico-vermelho Sterna hirundinacea. As
aves marinhas oceânicas albatroz-errante Diomedea exulans, albatroz-de-sobrancelha
Thalassarche melanophris, pardelão-gigante Macronectes giganteus, pardelão-
prateado Fulmarus glacialoides, pardela-de-bico-de-pato Pacyptila desolata, pardela-
preta Procellaria aequinoctialis, bobo-pequeno Puffinus puffinus foram registras na
praia de Moçaambique após tempestades, ocorridas em alto mar e trazidas pela maré.
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Bacia de Campos com sede no
PAERVE, convênio IMA/UNISUL/R3Animal, atua diariamente nos 12 km da Praia do
Moçambique. No período de janeiro de 2019 a setembro de 2020 foram encontradas
15 espécies e 135 indivíduos da avifauna. As maiores ocorrências no período foram
do Pinguim-de-magalhães Spheniscus megellanicus, com 106 registros, seguido dos
Gaivotões com 13 registros, os Atobás-pardos com 09 registros, o Bobo-pequeno com
05 registros e o Bobo-grande-sobre-branco. Destaca-se o registro de uma espécies de
ave ameaçada de extinção, o Albatroz-de-bico-amarelo Thalassarche chlororhyncos.
Fonte: Simba/Petrobrás, acesso em setembro de 2020 e R3Animal.
40
6 Avifauna das áreas alteradas e reflorestamentos
Espécies sinantrópicas: rolinha-roxa Columbina talpacoti, joão-de-barro Furnarius
rufus, bem-te-vi Pitangus sulphuratus, suiriri Tyrannus melancholicus, tesourinha
Tyrannus savana, andorinha-doméstica-grande Progne chalybea, corruÌra Troglodytes
musculus, sabá-poca Turdus amaurochalinus, cambacica Coereba flaveola, canário-
da-terra-verdadeiro Sicalis flaveola, caracará Caracara plancus, coruja-do-campo
Athene cunicularia, pica-pau-do-campo Colaptes campestris e vira-bosta Molothrus
bonariensis.
Exemplos: carrapateiro Milvago chimachima, chimango Milvago chimango, anu-branco
Guira guira, pica-pau-do-campo Colaptes campestris e vira-bosta Molothrus
bonariensis.
como caracará Caracara plancus, quero-quero Vanellus chilensis, picuí Columbina
picui, anu-branco Guira guira e coruja-do-campo Athene cunicularia, e de borda como
bem-te-vi Pintangus sulphuratus, suiriri Tyrannus melancholicus e tico-tico Zonotrichia
capensis.
41
Elementos especiais da fauna de interesse para a conservação
a) Grau de endemismo: saracura-do-mato Aramides saracura, beija-flor-preto-de-rabo-
branco Florisuga fusca, tucano-de-bico-verde Ramphastos dicolorus, tangará e tié-
preto Tachyphonus coronatus.
b) Espécies raras: mergulhão-grande Podicephorus major, pica-pau-verde-barrado
Colaptes melanochloros.
c) Espécies ameaçadas de extinção na categoria de vulnerável: albatroz-errante
Diomedea exulans, albatroz-de-sobrancelha Thalassarche melanophris, pardela-preta
Procellaria aequinoctialis e gavião-pombo Leucopternis lacernulatus.
d) Espécies migratórias: pingüim Spheniscus magellanicus, trinta-réis-de-bico-
vermelho Sterna hirundinacea, albatroz-errante Diomedea exulans, albatroz-de-
sobrancelha Thalassarche melanophris, pardel„o-gigante Macronectes giganteus,
pardel„o-prateado Fulmarus glacialoides, pardela-de-bico-de-pato Pacyptila desolata,
pardela-preta Procellaria aequinoctialis, bobo-pequeno Puffinus puffinus, águia-
pescadora, batuÌrade-coleira Charadrius collaris, andorinhão-do-temporal Chaetura
meridionalis, suiriri Tyrannus melancholicus, tesourinha Tyrannus savana, andorinha-
doméstica-grande Progne chalybea, sabiá-poca Turdus amaurochalinus, entre outras.
e) Espécies que sofrem pressão de caça e/ou captura :
e.1) Espécies cinegéticas : aracuã Ortalis guttata, asa-branca Patagioenas picazuro,
juriti Leptotila verreauxi e juriti-gemedeira Leptotila rufaxilla.
e.2) Espécies ornamentais: tucano-de-bico-verde Ramphastos dicolorus e tangará
Chiroxiphia caudata.
e.3) Espécies canoras: tangará Chiroxiphia caudata, sabiá-laranjeira Turdus rufiventris,
tié-preto Tachyphonus coronatus e gaturamo-verdadeiro Euphonia violacea.
f) Indicadores biológicos de hábitats Íntegros: aracuã„ Ortalis guttata, águia-pescadora
Pandion halliaetus, gavião-pombo-pequeno Leucopternis lacernulatus, batuÌra-de-
coleira Charadrius collaris, piru-piru Haematopus palliatus, trinta-réis-de-bico-vermelho
hirundinacea, arapaçu-verde Sittasomus griseicapillus e tangará Chiroxiphia caudata.
42
O pardal (Passer domesticus), ocorre em diversas porções da área estudada, seja na
zona norte ou na área mais ao sul, sempre nas proximidades a edificações ou
concentrações urbanas.
O bico-de-lacre (Estrilda astrid) também foi localizado durante o estudo e ocorre de
forma mais localizada na UC. Apenas um grupo contendo aproximadamente dez
indivíduos foi visto em área alterada com gramíneas exóticas nas proximidades da
base do Morro do Saquinho ou dos Macacos, não apresentando nenhuma
preocupação aparente para a avifauna local.
O papagaio verdadeiro Amazona aestiva, ocorre em outras regiões do país, não
apresentando registros históricos de sua ocorrência natural na ilha de Santa Catarina.
A caturrita (Myiopsitta monachus) a caturrita tem sua área de distribuição restrita ao
extremo sul e oeste do Rio Grande do Sul, e ao sudoeste do Mato Grosso do Sul
(SICK, 1997). Belton (1994) refere-se a dois registros, fora da área de distribuição
aceita para o Estado, como fruto provável de fuga de cativeiro. Não há registros para o
Estado de Santa Catarina e, dada a distância entre o local dos registros a seguir
apresentados (Ilha de Santa Catarina) e a área de distribuição admitida para a
espécie, é muito provável que estes também sejam casos de origem em cativeiro.
Durante a execução do presente trabalho de campo, um grupo de caturritas foi
encontrado próximo à passarela que conecta o bairro Rio Vermelho às dunas que dão
acesso à Praia do Moçambique.
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O gavião-pombo-pequeno (Amadonastur lacernulatus) também pode ser considerado
um bioindicador, pois além de ser um rapinante de hábito estritamente florestal,
depende da presença de espécies-presa para se estabelecer em determinado local.
A saíra-sapucaia (Tangara peruviana) pode ser um indicador da qualidade do hábitat
florestal em áreas de restinga arbórea pelo fato de a espécie consumir frutos silvestres
que se encontram disponíveis em locais onde há certa diversidade de espécies
vegetais. Em locais de monocultura onde existe apenas Pinus ou Eucalyptus a saíra
sapucaia não foi detectada.
A seguir destacamos os pontos avaliados no estudo de 2017 e as espécies
encontradas.
Fonte: Levantamento avifauna PAERVE. Raphael E.F. Santos, 2017. Adaptado Equipe Plano de Manejo
PAERVE.
44
Ponto 01 – Nascente do Rio Vermelho.
Foto 01. Saíra-sapucaia, Tagara peruviana Foto 02. Saíra-ferrugem Hemitthraupis ruficapilla
Rafael E.F.Santos,2017
Acervo Rafael E.F.Santos,2017
45
Ponto 02 - Passarela
O Ponto 2 engloba uma série de diferentes ambientes com distintas fisionomias vegetacionais,
iniciando ao final da Servidão Dário da Rosa, onde há uma estreita faixa de Pinus spp. com
idade avançada. Uma várzea existente em trecho assoreado do Rio Vermelho propicia a
ocorrência de muitas espécies que dependem de umidade e da lâmina-d ’água exposta. O sítio
apresenta certa similaridade ao Ponto 01. Uma passarela permite o acesso à margem oposta
desta área alagada, onde se inicia um trecho de dunas, as quais, por sua vez, estão adjacentes a
uma área de Restinga Arbórea e Arbustiva próxima à faixa arenosa da praia do Moçambique.
Foto 07. Tapicuru Phimosus infuscatus Foto 08. Saracura-do-mato Aramides saracura
Rafael E.F.Santos,2017 Acervo Rafael E.F.Santos,2017
46
Ponto 03 – Camping do Rio Vermelho.
47
Ponto 04. Morro do Saquinho ou dos Macacos.
Localizado no Morro dos Macacos, onde existe uma vegetação completamente distinta
dos demais sítios inventariados, a Floresta Ombrófila Densa Submontana cobre as
elevações da extensão de morros presente no entorno da Lagoa da Conceição em
quase sua totalidade. O Morro dos Macacos foi amostrado desde sua base até as partes
mais elevadas acima dos 250 m.
48
Ponto 04. Morro do Saquinho ou dos Macacos.
Rafael E.F.Santos,2017
49
Ponto 05 – Trevo Bombeiros, SC406, Barra da Lagoa.
O Ponto 05 abrange um talhão de Pinus spp. e uma trilha que se inicia na margem da a rodovia
SC-406 e segue por aproximadamente 360 metros em direção à Lagoa da Conceição. Após ao
fim do talhão há ainda mais 700 metros de Restinga Arbustiva e Arbórea até a lagoa, onde
foram concentrados os esforços de busca por representantes da fauna.
Foi registrado apenas neste sítio o João Teneném (Synallaxis spixi) e o Filipe (Myiophobus
fasciatus), foi registrado neste e no sítio 2.
50
Ponto 06 – Praia do Moçambique
51
No Ponto 06 é possível observar aves incomuns como outras espécies de albatrozes
(Diomedea exulans e D. dabbenena), o petrel-grande (Macronectes giganteus),
mandriões (Stercorarius spp.) e gaivotas raras na região (Chroicocephalus spp.,
Leucophaeuspipixcan, Larusatlanticus).
Outras espécies se apresentam em maior número e são comumente vistas da praia,
como é o caso dos trinta-réis (Sternula superciliaris, Sterna spp., Thalasseus spp.), do
piru-piru (Haematopuspalliatus), dos atobás (Sula leucogaster), do talha-mar
(Rynchops niger), do tesourão (Fregata magnificens) e de outros táxons que não são
marinhos ou costeiros mas utilizam a praia do Moçambique com frequência, como o
chimango (Milvago chimango), quero-quero (Vanellus chilensis) e as espécies de
urubus presentes na ilha (Cathartes aura, C. burrovianus e Coragyps atratus).
O curriqueiro (Geositta cunicularia) é um furnarídeo com hábitos totalmente distintos
das espécies suprecitadas, mas é uma ave sazonal que habita a faixa arenosa de
praias do sul do país, podendo ser vista na área de estudo durante seu período de
permanência na região.
Em 2019, inicia-se o projeto Fauna Floripa (PFF), parceria entre UFSC/PMF/IMA, com
o objetivo de iniciar a análise da estrutura da comunidade de vertebrados terrestres na
Ilha de Santa Catarina, permitindo, a partir de seus resultados, analisar o estado de
integridade e saúde dos ecossistemas e dar subsídios para avaliar as alternativas
adequadas para a manutenção da qualidade ambiental e sustentabilidade sócio-
econômica insular. O inventário faunístico de uma região é fundamental para o seu
manejo. Por meio da análise ecológica dos componentes da lista da fauna presente na
comunidade analisada e seus papéis funcionais é possível ter uma ideia do estado de
conservação e determinar ações de manejo necessárias para manter ou enriquecer a
resiliência ecológica e avaliar o seu grau de sustentabilidade ambiental. (Projeto
Fauna Floripa, 2020)
52
Um dos locais escolhidos para a coleta de informações foi o PAERVE.
53
2.1.4 MASTOFAUNA
Segundo Graipel et al. (2001) e Cherem et al. (2005), há 25 espécies de mamíferos na
Ilha de Santa Catarina e existe a possibilidade de que praticamente todas elas possam
ser encontradas no Parque Estadual do Rio Vermelho devido à grande variedade de
ambientes de sua área. Durante o levantamento em campo, foram vistas pegadas de
gambá (Didelphis aurita) e de cachorrodo-mato (Cerdocyon thous). É bem provável a
presença de pequenos mamíferos como roedores e marsupiais e, entre as espécies,
estariam a cuíca (Lutreolina crassicaudata), a cuiquinha (Micoureus demerarae).
(Ferreira,2010).
Dentre as espécies de médio porte, espera-se a ocorrência da lontra (Lontra
longicaudis) na Lagoa da Conceição; do macaco-prego (Sapajus nigritus) na floresta
da encosta atlântica do Morro do Saquinho ou dos Macacos; e dos sagüis (Callithrix
spp.), espécies exóticas presentes em grande número em praticamente toda a Ilha de
Santa Catarina. Os mamíferos citados neste parágrafo são encontrados em quase
toda a ilha, sendo o gambá bastante peridomiciliar (GRAIPEL et al, 2001). Outras
espécies como a irara (Eira barbara), o ratão-do-banhado (Miocastor coypus), o mão-
pelada (Procyon cancrivorus) e o coati (Nasua nasua) são relativamente raras na Ilha
por causa da caça e do isolamento. (Ferreira,2010).
Iniciado em 2019, o Projeto Fauna Floripa (PFF) já apresentou resultados significativos
para o conhecimento da mastofauna da unidade de conservação, conformando
indicações do estudo anterior. Até o momento, o estudo confirmou a presença de oito
espécies : gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita), tatu-galinha (Dasypus
novemcinctus), irara (Eira barbara), quati (Nasua nasua), macaco-prego (Sapajus
nigritus), cutia (Dasyprocta azarae), paca (Cuniculus paca) e capivara (Hydrochoerus
hydrochaeris). (Projeto Fauna Floripa, 2020)
Destacamos no relatório apresentado a confirmação da paca (Cuniculus paca) como
espécies ameaçada de extinção e que sofre grande pressão de caça e a irara (Eira
barbara), carnívoro de médio porte, que pode ser considerada uma espécie-chave
para entender as relações do PAERVE e seu entorno, com especial atenção as
unidades de conservação e áreas tombadas que formam corredores ecológicos. A
confirmação da presença do Macaco-prego, como único primata da fauna nativa do
PAERVE também merece registro.
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), executado pela R3Animal, em convênio
com o IMA, registrou nos monitoramentos diários, na Praia do Moçambique, no
período de janeiro de 2019 a setembro de 2020, 05 toninhas Pontoporia blainvillei,
espécie ameaçada de extinção e 02 lobos-marinhos Arcocephalus australis. Fonte:
Simba/Petrobrás acesso em setembro de 2020.
54
Foto irara (Eira barbara), armadilha fotográfica Projeto Fauna Floripa.
55
Espécies Exóticas Domesticadas
Além das ações humanas que degradam ainda mais esses ambientes sensíveis ali presentes,
animais de estimação também foram vistos em ação predatória.
A quantidade de gatos-domésticos no bairro é preocupante, pois o impacto ambiental causado
por estes animais, em especial sobre as aves silvestres, é muito relevante.
Gatos e cães predam aves e mamíferos com muita frequência, sejam adultos, juvenis ou
ninhegos. Galetti e Sazima (2006) demonstram que os cães ferais têm um impacto significativo
nos vertebrados em remanescentes florestais e podem até provocar a extinção de algumas
espécies. No estudo conduzido por Campos et al. (2007) há registros do consumo de preás,
ouriços, gambás, furões, cuícas, nutrias, quatis, e pequenos roedores por cães domésticos,
revelando que cada cão pode consumir até 25kg de carne proveniente de mamíferos silvestres
por ano. Além da predação, cães domésticos podem ser um agente dispersor de patógenos
como raiva, cinomose e parvovirose a carnívoros silvestres. Portanto, as perdas anuais na
comunidade local de aves e mamíferos principalmente são imensuráveis tendo em vista o
número de gatos que circula pela parte norte da UC. Durante as atividades realizadas em
campo, rastros de gatos e cachorros domésticos foram vistos diariamente em todos os
ambientes naturais visitados, os quais foram selecionados por serem os mais relevantes
ambientalmente. Foi observado em locais onde há grande concentração de gatos-domésticos
próximos a áreas naturais do Parque Estadual do Rio Vermelho. (Engetec 2018).
O abandono de cachorros ao longo da SC 406 e na Praia do Moçambique, é um dos principais
problemas do PAERVE em relação a fauna exótica de mamíferos. Também não podem ser
desconsiderados os passeios de pessoas com cachorros sem guias nas diversas trilhas que dão
acesso ao parque. Já foram registradas Inúmeras visualizações de perseguição de cachorros a
animais silvestres e incidentes envolvendo visitantes. A presença de casas para cachorros na
Praia do Moçambique é um problema a ser resolvido.
56
2.1.5 HERPETOFAUNA
57
A lagartixa-listrada, Contomastix lacertoides, assim como o L. occipitalis, também tem
a Ilha de Santa Catarina como o limite de sua distribuição. É uma espécie heliófila,
sendo ativa nas horas mais quentes do dia, e é relativamente freqüente em restingas
semiabertas.
É um lagarto terrestre, com hábito diurno, de pequeno porte e cauda longa, conhecido
popularmente como lagartixa-listrada pelo seu padrão de desenho estriado (LEMA,
2002). A coloração dorsal é verde olivácea com uma série de manchas negras
longitudinais e duas linhas brancas longitudinais de cada lado do corpo, o ventre é
branco-amarelado com pequenas manchas pretas na região gular (ACHAVAL &
OLMOS, 2007). Os machos apresentam coloração amarelo-esverdeada nas laterais
do tronco e no dorso, enquanto fêmeas possuem coloração esbranquiçada nesta
mesma região (FELTRIM, 2002).
O ciclo reprodutivo é sazonal, com a estação reprodutiva ocorrendo entre outubro e
dezembro e o recrutamento de janeiro a fevereiro, o tamanho da desova varia de 2 a 6
ovos, sendo observada apenas uma desova por estação reprodutiva (BALESTRIN et
al., 2010).
Ocorre no Uruguai e na Argentina (PETERS & DONOSO-BARROS, 1970; LEMA,
1994). No Brasil, sua distribuição está restrita à região sul, ocorrendo em campos
comumente associado a áreas rochosas (FELTRIM, 2002). Já, as populações que
ocorrem no litoral norte do Rio Grande do Sul e litoral sul de Santa Catarina (ARIANI,
2011; GUIZONI-JR, 2009), ocupam formações de dunas e restingas com preferência
para locais com vegetação arbustiva um pouco mais desenvolvida. A espécie foi
categorizada como Em Perigo (EN) na lista da fauna ameaçada de Santa Catarina
(CONSEMA, 2011).
58
Além dos já citados, podemos destacar quatro espécies com ocorrência confirmada para o
PAERVE (LHFSC,2020):
Enyalius iheringii – Camaleãozinho/papa-vento Endêmico da Mata Atlântica, é um lagarto
arbóreo diurno que, em período de atividade, passa a maior parte do tempo na árvore, mas
pode também ser encontrado no solo. Para evitar a predação, os indivíduos dessa espécie
utilizam a camuflagem como estratégia de defesa, através de escamas com tons de verde e
marrom (que podem mudar), ou correm da ameaça e, quando manuseados, emitem um fraco
assovio. Os machos têm em média 90.7 cm de comprimento do rostro à cloaca. As fêmeas, de
tamanho similar, apresentam ninhadas com cerca de 10 filhotes. Forrageiam através do
método de senta-espera, alimentando-se de insetos e de suas larvas (eg. besouros e larvas de
borboletas e mariposas), e aracnídeos (eg. aranhas).
Ischnocnema manezinho – rã manezinha É uma espécie classificada como quase ameaçada na
lista da IUCN (GARCIA, 2004). O I. manezinho é uma espécie com desenvolvimento direto, ou
seja, não possui a fase larval (girino) e não depende diretamente da água para reprodução. Os
machos têm entre 2.27 e 2.81 cm, e as fêmeas entre 2.98 e 3.48 cm (GARCIA, 1996). Este
animal geralmente é encontrado em afloramentos rochosos ou cavernas de áreas sombreadas
e úmidas, vocalizando em horário crepuscular e são encontrados em maior abundância após
períodos chuvosos e quentes (GARCIA, 1996).
Vitreorana uranoscopa – perereca-de-vidro Endêmica da Mata Atlântica, essa espécie de
perereca vive associada à mata ciliar de riachos. Os machos têm, em média, 2.12 cm e as
fêmeas 2.38 cm (HEYER et al. 1990). Os machos vocalizam à noite, em folhas da vegetação
marginal de riachos, em altura média de 1,6m acima d’água, para atrair as fêmeas (ZARACHO,
2014). Durante o amplexo, a oviposição é feita na folha. Após desenvolvimento inicial do ovos,
girinos eclodem e terminam seu desenvolvimento na água corrente do riacho (HADDAD;
PRADO, 2005) A perereca-de-vidro tem esse nome porque seu ventre é translúcido, permitindo
a visualisação dos órgãos internos desse anfíbio. É sensível à destruição da mata ciliar, e não
ocorre em áreas abertas ou degradadas (GARCIA, 2010) .
Hydromedusa tectifera - Cágado-pescoço-de-cobra Única espécie de quelônio de água doce
nativa que ocorre na Ilha de Santa Catarina. É relativamente pequena, os adultos pesando em
média 800g, com o comprimento da carapaça de 20 cm (MOLINA; LEYNAUD, 2017). Os machos
são identificáveis pelo plastrão côncavo e pela cauda maior. O número de ovos em cada ninho
é variável, tendo média de 11.6 ovos por ninho (FAGUNDES; BAGER, 2007). É uma espécie
noturna e carnívora, tendo artrópodes como fonte principal de alimento, mas podendo
também ingerir peixes (ALCALDE; DEROCCO; ROSSET, 2010). A H. tectifera não faz regulação de
sua temperatura por exposição ao ar quente e, por ter hábito aquático e noturno, sua
temperatura corporal varia juntamente com a temperatura da água (MOLINA; LEYNAUD, 2017).
Imantodes cenchoa – Cobra-cipó Serpente arbórea, de corpo achatado lateralmente e cauda
longa, características das “cobras-cipó”. É caracterizada por ter olhos grandes, e o comprimento
do rostro à cloaca é de geralmente 80cm, podendo haver indivíduos maiores (ZUG; HEDGES;
SUNKEL, 1979). Mesmo sendo arbórea, é encontrada repousando em vegetações mais baixas
(eg. Bromélias) ou até se deslocando pelo chão até outra árvore (MARQUES; SAZIMA, 2004).
Tem hábito noturno e alimenta-se de sapos e lagartos (SOUSA; PRUDENTE; MASCHIO, 2014). As
fêmeas são maiores, e têm ninhadas com dois ovos. Sua presa é na parte posterior da boca,
59
representando um baixo risco de acidentes ofídicos em humanos. Santa Catarina é o limite sul
da distribuição da espécie (ARZAMENDIA, 2019).
60
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), com sede no Parque Estadual do Rio
Vermelho, executado pela R3Animal, em convênio com o IMA e UNIVALI, registrou nos
monitoramentos diários, na Praia do Moçambique, no período de janeiro de 2019 a
setembro de 2020, 21 tartarugas-verde Chelonia mydas, espécie ameaçada de
extinção e 07 tartarugas-comuns Caretta caretta. Fonte: Simba/Petrobrás acesso em
setembro de 2020.
2.1.6 ICTIOFAUNA
61
Conclusões gerais preliminares sobre a Biodiversidade da unidade de
conservação
O parque Estadual do Rio Vermelho apresenta áreas com boas condições de
conservação, principalmente no que se refere à região com Floresta Ombrófila Densa
(FOD), localizada no chamado Morro do Saquinho ou dos Macacos, e regiões com
Restingas Arbustivas e Arbóreas nos Estágios Médio e Avançado da sucessão vegetal,
onde se concentram a maior riqueza de espécies. A área de Floresta Ombrófila Densa
necessita de uma atenção especial em relação a caça e captura de aves.
As regiões com Restinga Herbácea Subarbustiva de Praias e Dunas Frontais e
Restinga Herbácea Subarbustiva de Lagunas, Banhado e Baixadas, incluindo a
nascente e área de inundação do Rio Vermelho, são as que apresentam as maiores
fragilidades, merecendo prioridade em ações de manejo e proteção.
Estudos aprofundando o conhecimento da biodiversidade local, em especial as
espécies ameaçadas-de-extinção, raras, endêmicas e as exóticas visando o seu
controle, são fundamentais para a qualificação das ações de gestão e devem fazer
parte de um programa temático no plano de manejo.
62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MEIO BIÓTICO
FLORA
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CARDOSO, S. R. S.; ELOY, N. B.; PROVAN, J. ET AT. Genetic Differenciation of Euterpe edulis Mart.
Populations Estimated by AFLP Analysis. Molecular Ecology, v. 9, p. 1753-1760, 2000.
CNCFlora. Annona maritima in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação
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