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Cosméticos e sanificantes
SANIFICANTES SANIFICANTES
ORGANIZADOR FÁBIO DE PÁDUA
ORGANIZADOR FÁBIO DE PÁDUA
CM
Com linguagem clara e didaticamente preparado, este livro é essencial
MY
para que você tenha um importante embasamento teórico.
CY
Equipe de apoio educacional: Caroline Guglielmi, Danise Grimm, Jaqueline Morais, Laís Pessoa
Bibliografia.
ISBN 9786555581423
1. Farmácia. 2. Cosmetologia.
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
PALAVRA DO GRUPO SER EDUCACIONAL
Janguiê Diniz
Autoria
Fábio de Pádua Ferreira
Licenciado em Química pela Universidade de Coimbra (UC) e pela Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Mestre em Química Analítica pela Universidade Federal de Uberlândia. Atuou
no desenvolvimento de genossensor eletroquímico para quantificar bactérias e na purificação e
caracterização de proteínas envolvidas em amiloidoses.
SUMÁRIO
Prefácio..................................................................................................................................................8
Bons estudos!
UNIDADE 1
Introdução à cosmetologia
Introdução
Olá,
Bons estudos!
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1 INTRODUÇÃO À COSMETOLOGIA
De acordo com Rito et al. (2012), produtos cosméticos podem ser definidos como preparações
compostas por substâncias sintéticas ou naturais de uso externo, aplicáveis a diversas partes do
corpo humano, incluindo pele, sistema capilar, lábios, unhas, órgãos genitais externos, dentes
e mucosas da cavidade oral. Podem ser utilizados para limpar, perfumar, proteger, promover
alterações na aparência, reduzir odores corporais excessivos, entre outras aplicações. Os
cosméticos são geralmente misturas complexas de produtos químicos, formulados a fim de
proporcionar benefícios e fornecer proteção contra desafios ambientais, como a radiação
ultravioleta proveniente do sol (SALVADOR; CHISVERT, 2018).
Segundo Ribeiro (2010), a cosmetologia pode ser definida como a área da ciência que
estuda os cosméticos, desde a concepção até a aplicação final em produtos elaborados.
Engloba pesquisas de novas matérias-primas, tecnologias empregadas, desenvolvimento de
formulações, produção em larga escala, comercialização, controle de qualidade, toxicologia,
eficácia e inspeção. A cosmetologia não tem como finalidade a terapêutica, sendo mais focada na
prevenção e melhorias, incluindo alterações inestéticas no cabelo e na pele. Trata-se de uma área
multidisciplinar, envolvendo conhecimentos de química, biologia, física e farmacêutica.
De acordo com Rito et al. (2012), os cosméticos podem ser classificados de acordo com o
grau de risco que oferecem, sendo classificados em grau 1 os produtos de risco mínimo e grau 2
aqueles que apresentam risco potencial. Outros tipos de classificação podem incluir a finalidade
a que se destina o produto, locais e áreas do corpo abrangidas, modo de uso e referente aos
cuidados e medidas a serem tomadas durante sua utilização. Por apresentarem um amplo
espectro de funções, esses produtos têm sido utilizados diariamente por milhões de pessoas,
movimentando importantes setores econômicos do país, sendo fundamental efetuar a vigilância
da qualidade nas diferentes etapas de produção desses produtos.
Loretz et al. (2008) enfatizam que uma grande parcela dos produtos cosméticos comumente
comercializados é aplicada diretamentesobre a pele humana. Certos ingredientes podem penetrar
14
FIQUE DE OLHO
A exposição solar excessiva e sem proteção tem representado um dos maiores riscos para
a ocorrência do câncer de pele, fotoenvelhecimento e alterações imunológicas. Nascimento
et al. (2009) sugerem a utilização de matérias-primas de origem natural, como agentes
fotoprotetores, descrevendo a aplicação de extrato de própolis com atividade antissolar,
aplicados para intensificação do fator de proteção solar.
De acordo com Salvador e Chisvert (2018), uma tendência atual no campo dos cosméticos
ecologicamente amigáveis busca realizar procedimentos sem solventes, utilizando radiação por
micro-ondas e outras metodologias, sendo consideradas tecnologias emergentes, de grande
utilidade e inovadoras. Algumas dessas metodologias têm sido aplicadas com sucesso em
reações orgânicas convencionais, como esterificação, condensação de Knoevenagel, alquilação e
cetalização para a síntese de novos potenciais ingredientes cosméticos.
2 MERCADO DE COSMÉTICOS
Segundo Galembeck e Csordas (2009), a indústria dos cosméticos tem desempenhado
um papel de grande importância econômica em grande parte dos países desenvolvidos e em
desenvolvimento, contribuindo para a geração de empregos, fortalecimento de economias
locais e na redução de desigualdades regionais, através da exploração sustentável de vários
produtos provenientes do bioma local. As novas tendências por tecnologias de produção limpas,
econômicas e ambientalmente corretas têm refletido na busca de ingredientes diferenciados,
naturais e competitivos e de processos de formulação inovadores.
Clique nas abas abaixo para conhecer o panorama dos cosméticos em contexto brasileiro e
global.
Panorama global
A indústria dos cosméticos é global e seus principais mercados são a União Europeia, Estados
Unidos da América, China, Brasil e Japão, com valores aproximados de 77, 64, 41, 24 e 22 bilhões
euros, respectivamente, de acordo com dados compilados pela Cosmetics Europe em 2016,
associação comercial europeia da indústria de cosméticos e cuidados pessoais. Para garantir
segurança e eficácia, os produtos cosméticos são regulados e controlados em todo o mundo. No
entanto, o alinhamento global das leis que tratam dos cosméticos está longe de ser alcançado, e
as estruturas regulatórias variam muito entre os países, tornando praticamente impossível para
uma indústria global vender o mesmo produto em todos os mercados e gerando dificuldades para
negociação (SALVADOR; CHISVERT, 2018).
Segundo Lopaciuk e Loboda (2013), nos últimos 20 anos, o mercado global de beleza cresceu
em média 4,5% ao ano, com taxas de crescimento anuais variando entre 3% e 5,5%. Também
conhecido como cosméticos e artigos de higiene pessoal ou produtos para cuidados pessoais,
esse mercado provou sua capacidade de alcançar um crescimento estável e contínuo, bem como
sua capacidade de resiliência em condições econômicas desfavoráveis. Os crescimentos mais
notáveis ocorreram no Brasil e na China, os quais são atualmente considerados os mercados mais
promissores. O mercado brasileiro de beleza e cuidados pessoais alcançou um crescimento de
15% em 2010. O mercado brasileiro demonstrou consistentemente alta dinâmica no consumo de
beleza, durante e após a crise econômica global.
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Panorama brasileiro
Com pelos
Na maior parte do corpo, a pele possui folículos capilares com as glândulas sebáceas
associadas; no entanto, a quantidade de pelo varia muito. O couro cabeludo, com seus grandes
folículos capilares, contrasta com o rosto feminino, que possui grandes glândulas sebáceas
associadas a folículos muito pequenos que produzem cabelos finos e curtos.
Sem pelos
A pele das palmas das mãos não possui folículos capilares e glândulas sebáceas, apresentando
em sua superfície sulcos contínuos e alternados que formam padrões de espirais, laços ou arcos
característicos de cada indivíduo. A pele sem pelos também é caracterizada por sua epiderme
espessa e pela existência de órgãos sensoriais encapsulados dentro da derme (WILKINSON;
MOORE,1990).
Epiderme
A epiderme é a camada mais superficiale também uma das mais importantes da pele. De
acordo com Cestari (2012), a epiderme é constituída por um epitélio pavimentoso estratificado
e queratinizado. Apresenta espessura irregular, variando conforme a região do corpo, sendo
mais fina nas pálpebras e mais espessa nas palmas. É constituída porcincocamadasdistintas,
nomeadamente a camada basal, a camada espinhosa, a camada granulosa, o estrato lúcido e
a camada córnea. As células dessas camadas, os queratinócitos, derivam da camada basal. As
células da camada basal multiplicam-se de maneira contínua; ao se aproximarem da superfície,
se diferenciam, tornando-se achatadase passando a fabricar e a acumular em seu interior
quantidades crescentes de queratina. Segundo Galembeck e Csordas (2009), a queratina é uma
proteína fibrosa secundária constituída por 15 aminoácidos. As macromoléculas de queratina
possuem uma estrutura tridimensional complexa que lhes conferem resistência e elasticidade.
A epiderme é recoberta por uma fina camada de gorduraque impermeabiliza a pele contra a
entrada de água e mantém seu pH entre 3.5 e 5.0, protegendo-a do ataque de microrganismos.
Junção dermo-epidérmica
A junção dermo-epidérmica é uma zona de junção entre a epiderme e a derme, a qual permite
que essas duas camadas estejam corretamente conectadas. De acordo com Câmara (2009),
a derme é uma camada situada logo abaixo da epiderme, sendo formada por denso estroma
fibroelástico de tecido conectivo em meio a uma substância fundamental, que serve de suporte
para extensas redes vasculares e nervosas, e anexos cutâneos que derivam da epiderme. Cestari
(2012) enfatiza que as fibras e a substância fundamental são produzidas pelos fibroblastos, as
principais células da derme.
Derme
Hipoderme
De acordo com Câmara (2009), dentre as várias estruturas da pele que exercem funções
primordiais, podem ser citadas as abaixo.
O estrato córneo, que atua como barreira para a perda de água das camadas epidérmicas
internas, impedindo a entrada de agentes tóxicos e microrganismos.
Os melanócitos exercem proteção contra os efeitos indesejáveis da radiação solar por meio
da melanina, que absorve a radiação.
A termorregulação ocorre através dá extensa rede vascular cutânea, pelo controle do fluxo
sanguíneo e pela ação de glândulas sudoríparas écrinas, cuja secreção proporciona o resfriamento
por evaporação a partir da superfície da pele.
Vários produtos cosméticos modernos contêm componentes na escala nano, como hidratantes,
produtos para o cabelo e maquiagem. Por exemplo, formulações tópicas antienvelhecimento
baseadas em lipossomos, como cremes, loções, géis e hidrogéis foram formuladas no mercado
de cosméticos desde 1986 por L´Oreal na forma de niossomas, e por Christian Dior na forma
de lipossomas. Os ossomas labiais são utilizados em aplicações cosméticas ou para entrega
transdérmica, com a expectativa de que seu uso resulte em aumento da concentração de agentes
ativos, como por exemplo as vitaminas A e E na epiderme sem toxicidade. Os fulerenos exibem
potentes capacidades de eliminação contra espécies radicais de oxigênio, sendo empregados nas
formulações cosméticas para rejuvenescimento da pele; porém, ainda há controvérsia em relação
à sua segurança. Os nanocristais podem ser formulados para uso dérmico (MU; SPRANDO, 2010).
pelo estrato córneo por difusão passiva. Aquelas que possuem natureza polar se difundem pelas
superfícies externas de filamentos proteicos do estrato córneo hidratado, enquanto as apolares
se difundem na matriz lipídica. Dentre os principais fatores que influenciam na cinética dos
agentes tóxicos através da pele, estão os enumerados abaixo.
Temperatura.
O pH da superfície.
Polaridade da substância.
Na via inalatória, os agentes tóxicos geralmente são os pós, gases, vapores de líquidos voláteis
e aerossóis (LACRIMANTE; NETO, 2014).
mais elevada, que não produz qualquer efeito sistêmico adverso depois de um mínimo de 28
dias de ingestão oral em espécie animal, e a dose diária absorvida, à qual o consumidor pode ser
exposto (CHORILLI et al., 2007).
De acordo com Chorilli et al. (2007), o documento de referência para avaliação de segurança
de produtos cosméticos orienta como estudos básicos úteis para cosméticos os listados abaixo.
• Teste de alergenicidade.
Tem-se observado um esforço enorme para reduzir ou até mesmo extinguir testes de produtos
cosméticos em animais. Um grande número de pesquisadores tem dedicado seu tempo e esforço
para desenvolver métodos alternativos in vitro visando à substituição total de testes em animais.
Espera-se que num futuro esse tipo de prática seja extinto (ADLER et al., 2011).
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PARA RESUMIR
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
ADLER, S. et al. Alternative (non-animal) methods for cosmetics testing: current status
and future prospects—2010. Archives of toxicology, v. 85, n. 5, p. 367-485, 2011.
FORSLIND, B. et al. Aspects on the physiology of human skin: studies using particle probe
analysis. Microscopy research and technique, v. 38, n. 4, p. 373-386, 1997.
LOPACIUK, A.; LOBODA, M. Global beauty industry trends in the 21st century. Manage-
ment, knowledge and learning international conference, p. 19-21, Croácia, 2013.
LORETZ, L. J. et al. Exposure data for cosmetic products: facial cleanser, hair conditioner,
and eye shadow. Food and Chemical Toxicology, v. 46, n. 5, p. 1516-1524, 2008.
Você está na unidade Insumos cosméticos. Conheça aqui os princípios que regem a
produção e formulação de cosméticos, incluindo os principais ingredientes, matérias-
primas, procedimentos e protocolos de referência, com ênfase na formulação de produtos
de higiene, preparações visando à hidratação e cosméticos para pele em geral.
Bons estudos!
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De acordo com Galembeck e Csordas (2009), muitos critérios devem ser levados em
consideração para seleção de uma matéria-prima. Clique abaixo e conheça-os.
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• Estocagem.
• Vida útil.
• Embalagem.
• Toxicidade.
• Riscos ambientais.
É perceptível que o mercado dos cosméticos se preocupa com a origem das matérias-primas,
que podem ser provenientes de fontes naturais ou sintéticas, em alguns casos renováveis,
mas sempre devem ser produzidas sob princípios sociais e ambientais de sustentabilidade. A
escolha das matérias-primas é uma etapa crucial da produção, pois podem representar mais que
65% do custo direto de produção de um cosmético. As matérias-primas usadas em cosméticos
normalmente são inócuas para a saúde, com algumas exceções, logo suas quantidades devem ser
estritamente controladas.
Os princípios ativos são as substâncias que atuam de forma efetiva e promovem modificações
sobre o órgão em que o cosmético será aplicado, desempenhando uma vasta gama de aplicações
específicas, sendo de grande importância conhecer mecanismos de ação, toxicidade e outros
dados que justifiquem seu emprego no produto cosmético (GALEMBECK; CSORDAS, 2009).
cremes, toner facial, batons, bases e outros. Grande parcela dos cosméticos apresenta ingredientes
para estabilização e preservação do produto, garantindo sua integridade e prevenindo sua
deterioração. Esses componentes são essenciais, uma vez que os cosméticos geralmente
são usados por um longo período de tempo após a abertura do pacote, o que representa um
potencial risco de deterioração. Esses ingredientes também devem ser pensados ao formular um
cosmético. Além dos principais ingredientes listados acima, a maioria dos cosméticos contém
agentes corantes e aromatizantes. Os corantes têm sido empregados com sucesso no mercado
dos corantes capilares.
Agentes conservantes
As últimas décadas foram marcadas por uma crescente conscientização sobre os problemas de
deterioração microbiológica de produtos cosméticos e de higiene pessoal. Podem ser observados
muitos exemplos da literatura que demonstram a importância de considerar o possível risco à
saúde de um produto contaminado. Dessa forma, os conservantes são adicionados aos produtos
para evitar deterioração e para proteger o consumidor da possibilidade de infecção (WILKINSON;
MOORE, 1990).
Segundo Baranowska (2014), cosméticos que contêm água exigem proteção contra o
crescimento de microrganismos, para garantir a segurança do produto e prolongar a vida útil. Os
conservantes presentes em cosméticos são moléculas relativamente tóxicas para o consumidor,
bem como fontes potenciais de alergias e doenças de pele. Praticamente todos os conservantes
usados nos cosméticos são eficazes contra células procarióticas e eucarióticas. Os conservantes
mais frequentemente utilizados incluem metilisotiazolinona, álcool benzílico, benzoato de sódio
e parabenos, particularmente metilparabeno.
Agentes antissépticos
preparações aplicadas aos tecidos vivos para prevenir infecções. O termo desinfetante é
mais corretamente empregado para descrever os preparativos para o tratamento de objetos
inanimados. O uso de antissépticos em preparações cosméticas deve ser diferenciado do uso de
conservantes, pois o os primeiros são destinados a tornar o produto ativo contra microrganismos
presentes na pele, couro cabeludo ou boca, enquanto a função de conservantes é manter o
produto em condições satisfatórias durante sua vida comercial e uso (WILKINSON; MOORE, 1990).
De acordo com Reis (2011), os agentes antissépticos têm função de eliminar ou minimizar
o crescimento de vírus, fungos e bactérias quando utilizados sobre a pele ou mucosas, sendo
importante ressaltar que esses agentes permanecem durante muito tempo sobre a pele. Wilkinson
e Moore (1990) enfatizam que os agentes antimicrobianos comumente usados em cosméticos
com propriedades antissépticas incluem fenóis, cresóis, bifenóis e surfactantes catiônicos. Os
surfactantes catiônicos são amplamente utilizados em enxaguantes bucais, desodorantes, produtos
de higiene feminina, produtos para bebês, condicionadores anticaspa ou de enxágue, fixadores,
tonificadores e loções adstringentes. É importante ressaltar que os surfactantes catiônicos são
incompatíveis com uma gama considerável de substâncias, especialmente compostos aniônicos.
FIQUE DE OLHO
A avaliação da hidratação cutânea e do comportamento das substâncias hidratantes na pele
pode ser estudada por espectroscopia. Segundo Silva (2009), uma variedade de técnicas
espectroscópicas vibracionais tem sido empregada recentemente no estudo da estrutura do
estrato córneo e das modificações causadas pela ação de substâncias aplicadas.
organizados de maneira ordenada para formar uma barreira à perda de água transepidérmica.
A hidratação da pele e a função de barreira epidérmica são áreas ativas de investigação pelos
pesquisadores e pela indústria dos cosméticos há muitos anos (VERDIER‐SÉVRAIN; BONTÉ, 2007).
Clique nas abas abaixo para conhecer detalhes sobre cada um.
Oclusão
Umectação
O uso das ceramidas em cosméticos tem se popularizado nos últimos anos. A incorporação
desse ingrediente na formulação de cosméticos possibilita fortalecer a barreira cutânea e impedir
a perda de água, além de proporcionar maciez e elasticidade à pele (ANDRADE; HIGUCHI, 2014).
De acordo com Paz et al. (2015), os hidratantes geralmente apresentam consistência leve, de modo
que a pele não fique brilhosa e oleosa. O hidratante usado durante o dia geralmente contém filtro
solar em sua formulação; durante a noite, a hidratação da pele é de fundamental importância,
pois mantém a elasticidade da pele, previne a formação de rugas e marcas de expressão, além
de melhorar a nutrição celular e permitir uma ação mais eficiente de outras substâncias ativas.
Leonardi (2005) enfatiza que produtos para pele devem ser bem balanceados para não tirar
exacerbadamente sua oleosidade natural. A secreção do sebo para a superfície da pele é um
processo fisiológico do organismo. A presença do sebo na superfície da pele atua como proteção
às agressões ambientais. Se todo o sebo da superfície for retirado com uso de sabões muito
alcalinos, ou de produtos inadequados, as glândulas sebáceas naturalmente secretam novamente
seus conteúdos em quantidades maiores.
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FIQUE DE OLHO
A hidratação do rosto é um procedimento simples, mas que desempenha um papel
importante de prevenção. De acordo com Leonardi (2005), a hidratação é um procedimento
imprescindível para conservar o vigor, a textura, e evitar o ressecamento da pele. É
importante ressaltar que, além da aplicação tópica de hidratantes, o indivíduo precisa ingerir
bastante líquido para manter a pele hidratada.
Segundo Leonardi (2005), os cosméticos para peles acnéicas apresentam duas linhas
de atuação: a redução da atividade sebácea e controle da proliferação de microrganismos
patogênicos. Geralmente, observa-se que esses produtos também atuam na manutenção do pH
natural da pele, na hidratação cutânea e na proteção contra radiações solares, pois o excesso
de sol causa espessamento da camada córnea, que por sua vez facilita a obstrução do folículo
pilo-sebáceo, refletindo no surgimento da acne. Dentre os veículos cosméticos mais usados
na produção desses produtos, são mais indicados os géis hidrofílicos e os géis-cremes, sendo
que ambos devem ser formulados com matérias-primas não comedogênicas e de preferência
hipoalergênicas. Muitas das substâncias usadas no tratamento da acne não podem ser usadas
em produtos cosméticos, porém, algumas são permitidas em concentrações autorizadas pelos
órgãos de vigilância sanitária.
Os toners faciais são produtos que estão ganhando importância cada vez maior no mercado
dos cosméticos. Segundo Iwata (2012), os toners faciais têm sido projetados combinando
ingredientes ativos com a finalidade de hidratar, amaciar, suavizar, firmar e dar brilho à pele,
podendo conter derivados da vitamina C para clareamento. Extratos de fermentação estão sendo
incluídos em alguns cosméticos para o antienvelhecimento e a prevenção de rugas. Muitos desses
produtos apresentam em sua composição ceramidas, vitaminas, esteróis, extratos vegetais
e outros componentes eficazes. Os constituintes básicos incluem água, glicerina e agentes
hidratantes, colágeno hidrolisado e aminoácidos. As formas do produto podem ser líquido
transparente, líquido transparente e viscoso e loção leitosa.
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• hidratar a pele;
Os componentes oleosos, que dão eficácia e determinam a sensação de uso, podem ser
carboidratos, ésteres e álcoois superiores. O surfactante não iônico e os ácidos graxos são
usados principalmente para emulsificar os componentes oleosos. Polímeros são adicionados
para estabilizar a forma do produto. Os álcoois poli-hídricos são para hidratação e os álcalis são
combinados para neutralizar os ácidos graxos (IWATA, 2012). Clique nas fichas abaixo e veja a
classificação de cremes utilizados para a pele e suas principais características.
Cremes para limpeza são empregados na manutenção da superfície da pele saudável e com
boa aparência, remoção de poeira, sujeira, sebo e outras secreções, células mortas, depósitos e
maquiagem aplicada.
Cremes noturnos e cremes de massagem são projetados para permanecer na pele por várias
horas ou para permanecer imóvel na pele, mesmo após esfregar vigorosamente. São compostos
por uma fase substancialmente oleosa que se espalha facilmente sem ser absorvida.
Cremes evanescentes hidratantes são produtos projetados para serem facilmente espalhados
e produzem uma sensação de desaparecimento após aplicação. São capazes de dar elasticidade à
camada de células mortas e externas da epiderme, deixando a pele macia e suave.
Cremes para os pés são utilizados para auxiliar na massagem dos pés, podendo conter agentes
antimicrobianos, antitranspirantes, agentes queratolíticos leves, vasodilatadores para estimular
a circulação, agentes de resfriamento e agentes que proporcionam propriedades emolientes e
suavizantes da pele.
Grau 1
Grau 2
Os produtos de grau de risco 2 incluem produtos de maior periculosidade, como por exemplo
os produtos anti-idade, protetor solar, agentes de coloração capilar e outros.
validade.
De acordo com Reis (2015), a ANVISA publicou em 2015 uma atualização das regras de
cosméticos que simplifica o tratamento desses produtos no país. Com essa nova medida, alguns
produtos passam a ser isentos de registro, mas sujeitos à comunicação prévia antes de sua
comercialização. A medida está na resolução nº 7 de 10 de fevereiro de 2015 da ANVISA. Produtos
das categorias bronzeadores, produtos de alisamento capilar, protetor solar, repelente de insetos,
gel antisséptico para as mãos e produtos infantis continuaram sendo analisados pela Agência,
tendo em vista o seu maior risco associado.
PARA RESUMIR
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
LEVY, L. L.; EMER, J. J. Emotional benefit of cosmetic camouflage in the treatment of facial
skin conditions: personal experience and review. Clinical, cosmetic and investigational
dermatology, v. 5, p. 173, 2012.
REIS, F. Anvisa atualiza normas para cosméticos. Pfarma, 2015. Disponível em: https://
pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/legislacao-farmaceutica/1939-anvisa-
atualiza-normas-para-cosmeticos.html. Acesso em: 12 mar. 2020.
SADICK, N. S.; KARCHER, C.; PALMISANO, L. Cosmetic dermatology of the aging face.
Clinics in dermatology, v. 27, n. 3, p. S3-S12, 2009.
Você está na unidade Fotoproteção e Preparações para a Higiene Pessoal. Conheça aqui
as consequências da exposição à radiação ultravioleta e propostas para minimizar seus
impactos, incluindo barreiras físicas e filtros solares. Descubra os mecanismos envolvidos
no envelhecimento cutâneo e estratégias para reduzir e reverter seus efeitos.
Bons estudos!
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1 FOTOPROTEÇÃO: FUNDAMENTOS E
TECNOLOGIAS
O nível de radiação ultravioleta (UV) que atinge a superfície da Terra aumentou drasticamente
nos últimos anos. Esse fenômeno contribuiu para um aumento constante de doenças relacionadas
à pele, ocasionadas pelo aumento na exposição da pele à radiação. A radiação UV geralmente é
dividida em três categorias: radiações com comprimentos de onda curtos (UVC), que abrangem os
comprimentos de onda de 200 a 280nm; comprimentos de onda médios (UVB), com comprimentos
de 280 a 320 nm; e comprimentos de onda longos (UVA), que compreendem radiações com 320
a 400 nm. A radiação UVC é completamente absorvida pelas moléculas de oxigênio e ozônio na
atmosfera da Terra. Embora a radiação UVB constitua apenas 4 a 5% da radiação UV total, ela
é considerada o componente de luz solar mais ativo, com potência de queimadura de pele mil
vezes maior que a radiação UVA, penetrando a camada epidérmica da pele e induzindo efeitos
biológicos adversos diretos e indiretos. A radiação UVA normalmente representa mais que 90%
da radiação UV total; sabe-se que que esse tipo de radiação penetra profundamente a epiderme
e derme, produzindo espécies reativas de oxigênio. A exposição crônica à radiação UVA pode
danificar as estruturas subjacentes da derme e causar fotoenvelhecimento prematuro da pele,
como flacidez e rugas da pele (SAEWAN; JIMTAISONG, 2015).
A luz do sol faz bem para a pele, fornece vitaminas necessárias para o corpo e aumenta a
liberação de hormônios como a serotonina, que faz com que a pessoa se sinta mais concentrada
e calma. A exposição à luz solar também é usada como tratamento para a depressão. Mesmo com
essas vantagens, a exposição excessiva à luz UV pode causar muitos problemas de saúde, como
envelhecimento da pele, fotodermatoses e câncer de pele. A exposição à luz solar pode provocar
alterações no DNA e danificar os tecidos conjuntivos e o colágeno. Isso leva à hiperpigmentação
e perda de elasticidade da pele (JOSE; NETTO, 2019).
FIQUE DE OLHO
A vitamina D desempenha um papel fundamental na saúde esquelética e em muitos outros
processos biológicos. Segundo Kannan e Lim (2014), essa vitamina é obtida principalmente
através da luz solar, e vários fatores podem afetar sua síntese cutânea. Filtros solares
impedem a passagem de raios ultravioleta capazes de ativar a síntese da vitamina D.
Vários métodos e estratégias podem ser utilizados para fornecer proteção contra efeitos
nocivos da exposição aos raios UV. As principais estratégias incluem barreiras físicas, como
roupas e óculos de sol, que são maneiras eficazes de proteger dos raios UV a pele e os olhos,
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respectivamente. A aplicação tópica de produtos da categoria protetor solar tem sido a principal
estratégia para proteger a pele da radiação UV, bloqueando a radiação UV exposta na epiderme.
Atualmente, existe uma tendência mundial de desenvolver protetores solares de alta proteção
UV usando baixas concentrações de compostos químicos. Compostos naturais têm ganhado
considerável atenção como agentes protetores devido a suas amplas atividades biológicas, como
absorção de UV, antioxidante e anti-inflamatório (SVOBODOVÁ, 2003).
Segundo Flor et al. (2007), os filtros solares são separados em dois grandes grupos,
nomeadamente os filtros orgânicos e inorgânicos, que podem atenuar a radiação incidente
por meios de absorção e reflexão. Geralmente, os compostos orgânicos protegem a pele pela
absorção da radiação, e os inorgânicos, pela reflexão da radiação. Veja detalhes clicando abaixo.
Os filtros solares inorgânicos são representados por dois óxidos: o óxido de zinco e óxido de
titânio. Esses filtros solares têm se destacado e atualmente representam a forma mais segura
e eficaz para proteger a pele, pois apresentam baixo potencial de irritação, sendo inclusive os
filtros solares recomendados no preparo de fotoprotetores para uso infantil e pessoas com peles
sensíveis.
Os filtros orgânicos são normalmente formados por moléculas orgânicas capazes de absorver
a radiação UV e transformá-la em radiações com menores energias, que são inofensivas ao ser
humano; essas moléculas incluem compostos aromáticos com grupos carboxílicos.
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A aplicação tópica de protetores solares pode proteger a pele dos efeitos nocivos da radiação
solar UV, absorvendo ou refletindo a radiação UV na superfície da pele. Segundo Saewan e
Jimtaisong (2015), os protetores solares orgânicos, por serem invisíveis na superfície da pele, têm
mais apelo cosmético. Exemplos de ingredientes fotoabsorventes comerciais são oxibenzona,
sulisobenzona e octilmetoxicinamato. No entanto, essas espécies têm uso limitado pois podem
ser ativadas pela radiação UV, produzindo moléculas fotossensibilizadoras que podem interagir
com moléculas cutâneas, causando reações cutâneas adversas. Dessa forma, esses compostos
têm concentração limitada na fórmula de um protetor solar.
2 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
A pele humana, assim como todos os outros órgãos, sofre envelhecimento cronológico.
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Além disso, diferentemente de outros órgãos, a pele está em contato direto com o meio
ambiente e, portanto, sofre com possíveis danos ambientais. O principal fator ambiental que
causa o envelhecimento da pele humana é a irradiação UV do sol. Quando o envelhecimento
é causado por exposição por radiação, pode ser utilizado o termo fotoenvelhecimento. O
fotoenvelhecimento e o envelhecimento cronológico são processos cumulativos. No entanto,
diferentemente do envelhecimento cronológico, que depende da passagem do tempo, o
fotoenvelhecimento depende principalmente do grau de exposição ao sol e do pigmento da pele.
Pesquisas recentes têm se dedicado ao desenvolvimento de novas terapias antienvelhecimento,
utilizando diferentes estratégias (FISHER et al., 2002). Clique abaixo e veja mais sobre diferentes
tipos de envelhecimento.
Segundo Teston et al. (2010) o envelhecimento cutâneo é definido como um processo lento,
progressivo e contínuo, resultante de alterações fisiológicas, bioquímicas e morfológicas, que
acometem a pele, que são geralmente divididos em envelhecimento intrínseco, ou cronológico,
e extrínseco.
Teston et al. (2010) enfatizam que o envelhecimento intrínseco é inevitável e está relacionado
à idade e à genética do indivíduo, promovendo mudanças na aparência e função normais da pele.
2.1 Fotoenvelhecimento
O processo fisiopatológico do fotoenvelhecimento deriva em grande parte da regulação
de diferentes mecanismos moleculares. Segundo Teson et al. (2010), existem diversas teorias
para explicar a natureza das alterações anatômicas do envelhecimento celular, que podem ser
classificadas em duas categorias: as de natureza genética e as de natureza estocástica:
Muitos produtos cosméticos e cosmecêuticos têm sido utilizados para melhorar a aparência
da pele fotoenvelhecida. Um grande número de estudos clínicos tem demonstrando que a
aplicação tópica de ácido transretinóico melhora a aparência da pele fotoenvelhecida. O colágeno
tipo I é a proteína mais abundante na pele, e as fibrilas de colágeno tipo I e tipo III fornecem
força e resiliência à pele. A pele fotoenvelhecida contém uma abundância de fibrilas de colágeno
desorganizadas e degradadas, além de apresentar uma produção reduzida de pró-colágeno tipo
I e III. Foi demonstrado que o ácido transretinóico induz a expressão gênica do procolágeno tipo
I e III em peles fotoenvelhecidas. Como o procolágeno é o precursor do colágeno, é provável
que o aumento da produção de procolágeno resulte em deposição aumentada de fibrilas de
colágeno. Esse estabelecimento de fibrilas de colágeno recém-sintetizadas pode estar no cerne
da capacidade do ácido transretinóico em melhorar a aparência da pele fotoenvelhecida (FISHER
et al., 2002)
à luz dos danos causados à pele e o aumento do risco resultante de abrigar e transmitir agentes
infecciosos. O objetivo deve ser identificar práticas de higiene da pele que forneçam proteção
adequada contra a transmissão de agentes infectantes, minimizando o risco de alterar a ecologia
e a saúde da pele e aumentando a resistência na flora da pele (LARSON, 2001).
FIQUE DE OLHO
A avaliação de segurança de produtos de higiene pessoal e cosméticos representa uma
importante linha de pesquisa. Segundo Nohynek (2010), os produtos de higiene pessoal são
geralmente aplicados à pele humana e produzem exposição local, embora a penetração ou
uso na cavidade oral, na face, lábios, olhos e mucosa também possam produzir exposição
sistêmica humana.
De acordo com Paye et al. (2006), existem diferentes tipos de produtos de limpeza desenvolvidos
e comumente usados na pele; a grande maioria contém uma concentração relativamente alta de
surfactantes. A espuma é uma característica importante desses produtos, assim como a facilidade
de enxágue e o ressecamento são outros fatores que determinam a qualidade dos produtos
de limpeza da pele. Em termos de formulações para produtos, as barras de sabão têm sido os
produtos de limpeza de pele mais tradicionais, mas há produtos de limpeza do tipo líquido, em
pasta ou em aerossol que estão ficando mais populares no mercado. Solventes têm sido usados
principalmente para remover cosméticos oleosos aplicados à pele; essa categoria de produtos
inclui cremes, loções, líquidos ou géis de limpeza. O uso de produtos de maquiagem, como batons
à prova d’água ou sem manchas e de longa duração, muitas vezes requer o uso de produtos de
limpeza especiais para removê-los.
3.1 Antitranspirantes
A transpiração é um dos principais mecanismos que atuam na regulação da temperatura
corporal. De acordo com Alves et al. (2006), quando a temperatura aumenta, o cérebro envia
sinais para que as glândulas sudoríparas aumentem a produção de suor; com a evaporação
do suor, há perda de calor da pele, ocasionando a redução da temperatura. Apesar de ser um
fenômeno natural e indispensável, quando em excesso, pode provocar problemas – além do mau
cheiro e desconforto, pode acarretar em lesões cutâneas. Os produtos destinados para reduzir a
transpiração e o suor são denominados antitranspirantes.
a alteração da permeabilidade do duto de suor aos fluidos. Vários sais metálicos têm sido
empregados na produção de antitranspirantes, entre eles estão os sais de alumínio, zircônio,
zinco, ferro, cromo, chumbo, mercúrio e de outros metais raros. Várias tentativas foram feitas
para encontrar os antitranspirantes mais eficazes para os sais desses metais. No entanto, muitos
tiveram que ser descartados imediatamente por razões de toxicidade; com isso, o campo foi
reduzido principalmente a sais de alumínio e zircônio (WILKINSON; MOORE, 1990).
Segundo Paye et al. (2006), os antitranspirantes podem ser formulados em uma variedade de
sistemas de administração, como suspensões anidras, soluções à base de água ou hidroalcoólicas
e emulsões. As principais vias de aplicação para antitranspirantes são na forma de bastões, roll-
on, cremes, sprays, aerossóis, géis e pós. Em uma base global, as três formas mais importantes de
produtos são bastões, roll-ons e aerossóis.
3.2 Desodorantes
De acordo com Alves et al. (2006), os desodorantes são produtos utilizados para reduzir o
odor das axilas por meio de fragrâncias que mascaram o odor e por mecanismos antibacterianos.
Podem ser usados diariamente, sendo geralmente empregados produtos hipoalergênicos na sua
produção. Como o odor axilar é produzido principalmente pela ação de bactérias que consomem
nutrientes presentes na secreção apócrina, são geralmente utilizados compostos que inibam o
crescimento dos microrganismos pelos fabricantes de desodorantes (WILKINSON; MOORE, 1990).
O conhecimento atual da biologia da microflora nas axilas e a origem do odor nas axilas tem
sido a base para o desenvolvimento de estratégias contra a formação de odores. Numerosas
patentes e artigos da literatura divulgam a incorporação de compostos químicos por suas
propriedades desodorizantes (PAYE et al. 2006).
4 HIGIENE BUCAL
De acordo com Choo et al. (2001), há uma crescente conscientização do público sobre
o valor da higiene bucal. Isso refletiu na expansão do mercado de produtos de higiene bucal,
especialmente aqueles com atributos cosméticos e terapêuticos. A higiene bucal é caracterizada
pela manutenção da limpeza bucal com objetivo de preservar a saúde, removendo e impedindo
a formação de placa microbiana sob a superfície dos dentes e gengivas. A placa é o principal fator
etiológico da gengivite e das doenças periodontais, portanto, essas doenças podem ser evitadas
pelo controle da placa.
adequadamente e potencial da infecção se espalhar da boca para outras partes do corpo (PAYE
et al. 2006).
Segundo Choo et al., (2001), as medidas atuais de higiene bucal incluem a utilização de
auxiliares mecânicos, tais como os enumerados no recurso abaixo.
Escovas de dentes.
Fio dental.
Gomas de mascar.
O benefício derivado da higiene bucal depende da destreza manual, estilo de vida, motivação
e condição oral do indivíduo. Os preparados para saúde oral são mais orientados para a prevenção
e controle de doenças orais, como cáries e distúrbios gengivais.
pasta. Têm sido utilizados líquidos com propriedades umectantes para evitar a secagem da pasta
de dente na saída do tubo; a viscosidade pode ser aumentada utilizando um agente espessante;
e muitas vezes são adicionados aromas, conservantes, corantes e ingredientes ativos, sendo que
todos esses compostos não devem ser tóxicos ou irritantes nas condições de uso.
Segundo Monte (2019), por apresentar diferentes princípios ativos, os enxaguantes bucais
são considerados importantes aliados para o tratamento odontológico, além de serem um efetivo
adjuvante para manter a saúde bucal. Pela ampla variedade de produtos disponíveis, o cirurgião
dentista pode montar um plano de tratamento associando um enxaguante bucal específico.
Fragrâncias e perfumes
Paye et al. (2006) enfatizam que as fragrâncias são consideradas um componente importante
para a aceitação de uma grande variedade de produtos pelo consumidor. Embora o objetivo
principal da seleção de uma fragrância seja atingir um grupo específico de usuários, fragrâncias
têm sido usadas para mascarar o odor característico associados a bases e a ácidos graxos. As
fragrâncias englobam vários componentes, incluindo ácidos carboxílicos, ésteres, aldeídos,
cetonas e glicóis. A seleção dos componentes pode afetar adversamente a estabilidade e a
processabilidade do produto final. A capacidade do fabricante de matéria-prima de fornecer
produtos de elevada pureza e com um odor significativamente menor aumentou bastante nas
últimas duas décadas, permitindo que o fabricante use menos fragrâncias no produto final ou, em
alguns casos, forneça produtos sem fragrâncias.
Óleos essenciais
Segundo Barata et al. (2018), os produtos naturais podem ser isolados na forma de óleos
essenciais, por vezes também designados essências, ou como oleorresinas, concretos, resinoides
e tinturas. Os óleos essenciais são formados por uma ampla variedade de espécies orgânicas,
incluindo terpenos, aromáticos, alifáticos, alicíclicos e heterocíclicos (SCHEINMAN, 1996).
De acordo com Scheinman (1996), até meados do século XIX, extratos naturais de flores,
plantas e secreções de animais eram a única fonte de matéria-prima usada na criação de
fragrâncias. Hoje, os formuladores têm disponíveis aproximadamente 300 a 400 óleos essenciais
e mais que 3.000 produtos sintéticos para escolher. Os óleos essenciais são provenientes de um
grande número de plantas diferentes, porém, podem ser sintetizados a partir de combustíveis
fósseis como os hidrocarbonetos derivados do petróleo. Os seres humanos percebem esses
óleos essenciais como fragrâncias e aromas. Os óleos essenciais podem se tornar gasosos à
temperatura ambiente, pois se volatilizam com facilidade, também são conhecidos como óleos
voláteis. Os métodos clássicos de extração de óleos essenciais de plantas e flores incluem
maceração, destilação e extração em fase, enquanto que os métodos modernos incluem técnicas
cromatográficas.
61
Os óleos essenciais são caracterizados por uma mistura complexa de compostos químicos.
#ParaCegoVer: A tabela apresenta cinco exemplos de plantas das quais se extrai óleos
essenciais. Traz informações como: nome comum, nome científico, propriedades bioativas
e grupo funcional. As composições químicas de cada óleo essencial devem influenciar suas
propriedades farmacológicas.
PARA RESUMIR
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
CHOO, A.; DELAC, D. M.; MESSER, L. B. Oral hygiene measures and promotion: review
and considerations. Australian dental journal, v. 46, n. 3, p. 166-173, 2001.
FLOR, J.; DAVOLOS, M. R.; CORREA, M. A. Protetores solares. Química nova, v. 30, n. 1,
p. 153-158, 2007.
LARSON, E. Hygiene of the skin: when is clean too clean? Emerging infectious diseases,
v. 7, n. 2, p. 225, 2001.
PAYE, M.; BAREL, A. O.; MAIBACH, H. I. Handbook of cosmetic science and technology.
Boca Raton: CRC press, 2006.
TESTON, A. P.; NARDINO, D.; PIVATO, L. Envelhecimento cutâneo: teoria dos radicais
livres e tratamentos visando a prevenção e o rejuvenescimento. Revista Uningá, v. 24,
n. 1, 2010.
Você está na unidade Preparações para higiene capilar e sanificantes. Conheça aqui as
principais preparações cosméticas para a higiene capilar e formulações utilizadas em
tratamentos químicos dos cabelos, com ênfase nas estruturas e características dos fios e
informações sobre os principais cosméticos capilares comercializados atualmente.
Bons estudos!
67
Segundo Gummer (2002), uma grande variedade de produtos para os cabelos tem sido
desenvolvida ultimamente. Esses produtos são utilizados por grande parte da população mundial
e possibilitam promover diferentes benefícios. Essa categoria de produtos pode ser dividida em
dois grupos principais. Clique nas abas abaixo para conhecê-los.
O segundo engloba produtos que promovem mudanças permanentes nos fios, por exemplo
permanentes, alvejantes e corantes permanentes.
Segundo Dias (2015), a cutícula é a camada mais externa dos fios, uma região quimicamente
resistente que consiste em escamas sobrepostas de queratinócitos. A forma e a orientação das
células da cutícula são responsáveis pelo efeito de atrito diferencial no cabelo. O córtex constitui a
maior parte da massa das fibras capilares humanas e é formado por células fusiformes alongadas
68
conectadas por uma matriz composta por proteínas e melanina. As células do córtex apresentam
em seu interior estruturas fibrosas chamadas macrofibrilas, cada uma composta por microfibrilas
que são matrizes fibrilares altamente organizadas. A matriz é formada por proteínas cristalinas com
alto teor de cistina. As macrofibrilas são dispostas em uma formação em espiral. A medula está
presente nas camadas mais internas de alguns pelos específicos, como cabelos grisalhos, cabelos
grossos e barba, e está ausente nos cabelos finos das crianças. Sua principal função é direcionar
os novos fios e auxiliar na termorregulação. A figura 1 apresenta a anatomia de um fio de cabelo.
De acordo com Wagner (2006), o cabelo é composto majoritariamente por queratina, uma
proteína caracterizada pelo seu alto conteúdo de enxofre derivado do aminoácido cistina. Essa
proteína forma uma rede de ligações cruzadas através de pontes dissulfídicas, o que confere ao
cabelo certa resistência mecânica e química. Dessa forma, muitas das estruturas morfológicas do
cabelo variam suas características físicas e químicas por causa do número de pontes de enxofre.
69
Cerca de 80% da massa do cabelo consiste em queratina, e os outros 20% são componentes
minoritários denominados não queratinosos.
Oliveira et al. (2014) enfatiza que os produtos para o cabelo têm sido utilizados por milhões de
pessoas, independentemente do sexo, raça, nacionalidade e idade. Para atender a esse mercado
bilionário, há uma vertiginosa oferta de produtos, que aumenta a cada dia, graças aos avanços
no entendimento da estrutura química e molecular dos cabelos, propriedades físico-químicas e
amplo entendimento dos mecanismos de ação desses diferentes produtos. A busca e utilização
de novas tecnologias visa não só melhorar a eficácia dos produtos, mas tornar os processos mais
simples, rápidos e efetivos, além de minimizar danos ao cabelo e à saúde do ser humano.
Segundo Faria et al. (2013), produtos cosméticos para a higiene capilar são usados para
promover a remoção de gordura, poeira, suor, células mortas, microrganismos e resíduos de
outros cosméticos do couro cabeludo e do cabelo. Como todo produto cosmético, a formulação
deve apresentar aspecto agradável e fácil aplicação; além disso, é importante ter uma viscosidade
adequada, produzir espuma suficiente e não ser irritante para pele, olhos e outras regiões. Para
o desenvolvimento de novas formulações empregadas para a higiene dos cabelos e do couro
cabeludo, é de grande importância avaliar alguns parâmetros físico-químicos, como o volume e
estabilidade da espuma produzida, o valor de pH e a viscosidade, a fim de garantir a estabilidade
do produto.
Xampus
O xampu é um produto projetado para remover sebo, suor écrino, suor apócrino, elementos
fúngicos, corneócitos descamados, produtos de modelagem e sujeira ambiental do couro
cabeludo e dos cabelos. Os xampus para cabelos são compostos por detergentes e outros
aditivos. Existem quatro categorias básicas de detergentes usados na formulação de xampus,
nomeadamente os detergentes aniônicos, catiônicos, anfotéricos e não-iônicos. Cada um desses
grupos possui diferentes qualidades de limpeza e condicionamento, que podem ser combinadas
para proporcionar as características finais do xampu (DRAELOS, 2008).
Os xampus não são apenas produtos de limpeza do couro cabeludo, mas atuam impedindo
os danos ao eixo do cabelo. Muitos problemas nos cabelos e no couro cabeludo podem
ser tratados com ingredientes ativos que são adicionados às formulações do xampu. Os
ingredientes típicos dos xampus incluem agentes de limpeza, aditivos de estabilidade, agentes
condicionantes e ingredientes especiais para tratar problemas específicos, como caspa e
cabelos oleosos (DIAS, 2013).
do sebo pela lavagem com água. Os detergentes aniônicos são os surfactantes mais populares
usados em xampus de limpeza básicos no mercado atual. Esses detergentes são derivados de
álcoois graxos e são excepcionalmente hábeis em remover o sebo. Existem vários detergentes
comuns categorizados dentro do grupo aniônico, entre eles estão o lauril sulfato de amônio, lauril
sarcosina e oleamina sulfossuccinato dissódico.
Condicionadores
De acordo com Madnani e Khan (2013), o condicionador ideal deve ser capaz de restaurar a
hidrofobicidade da fibra e neutralizar a eletricidade estática sem causar danos. Dependendo da
capacidade de entrar na fibra, o condicionador pode atingir a superfície da cutícula ou a parte
interna do córtex. Moléculas menores podem atingir o córtex, enquanto que as maiores agem
apenas na cutícula. Ingredientes catiônicos, como polímeros catiônicos, são muito populares
(MADNANI; KHAN, 2013).
3.1 Corantes
Os corantes capilares são classificados como cosméticos decorativos e são utilizados para
alterar a cor do cabelo. Segundo Guerra e Gonçalez (2014), eles exigem aplicação regular para
mascarar o novo crescimento do cabelo. Os corantes capilares são classificados de acordo com
a origem da substância responsável pela cor, em corantes vegetais, minerais e sintéticos. Clique
abaixo e conheça detalhes sobre cada um deles.
Os corantes vegetais são à base de plantas; incluem a hena, camomila e cinchona, não são
tóxicos e duram apenas um curto período de tempo.
Os corantes capilares minerais ou metálicos utilizam compostos como nitrato de prata ou sais
de chumbo e exigem o uso diário, pois escurecem ou clarificam os cabelos gradualmente. Eles são
potencialmente tóxicos e podem durar semanas ou meses.
De acordo com Oliveira et al. (2014), nos corantes temporários, a cor permanece no local por
alguns dias; esses corantes são moléculas com um elevado peso molecular e permanecem na
superfície da cutícula.
73
Nos corantes semipermanentes, a cor persiste por semanas; esses corantes têm baixo peso
molecular e atingem penetração superficial do córtex.
Já nos corantes permanentes, a cor persiste indefinidamente, pois eles têm um peso molecular
muito baixo e penetram profundamente no córtex.
FIQUE DE OLHO
Quase todas as substâncias químicas utilizadas para alisamento capilar são irritantes
cutâneos. De acordo com Bárbara e Miyamaru (2008), é extremamente importante tomar
cuidados ao aplicar o produto no couro cabeludo e pele circundante, sendo sugerido um
profissional especializado, em um local certificado e com produtos credenciados.
De acordo com Bárbara e Miyamaru (2008), os alisantes são produtos cosméticos que alisam,
relaxam, amaciam ou reduzem o volume dos cabelos, podendo apresentar denominações
variadas, como relaxantes e defrisantes. São formados por três componentes principais: um
agente alcalino, uma fase oleosa e uma fase aquosa. Os agentes alcalinos mais utilizados são
hidróxido de sódio, lítio, potássio ou hidróxido de guanidina. Também existem os alisantes não-
alcalinos, como os de tioglicolatos de amônia, que são formulados como cremes espessos ao
invés de loções, para adicionar peso e ajudar a fixar o cabelo liso.
4 COSMÉTICOS DECORATIVOS
De acordo com Lopes (2010), os cosméticos decorativos consistem em um conjunto de
produtos que podem ser aplicados em diferentes regiões do corpo, especialmente na face, com o
objetivo de acentuar temporariamente a beleza, além de mascarar e corrigir diversas imperfeições.
Essa categoria de produtos tem a capacidade de provocar um efeito de rejuvenescimento
cutâneo, o que faz com que se torne cada vez mais utilizada na sociedade atual. Eles contribuem
significativamente para o bem-estar e promovem uma estimulação psicológica para melhorar a
autoestima, aperfeiçoamento e boa aparência.
FIQUE DE OLHO
Segundo Giomo et al. (2017), antes de utilizar as bases maquiadoras em dias ensolarados,
deve-se usar protetor solar para obter uma proteção maior na pele. Em peles mistas e
oleosas, a textura indicada seria o protetor em gel. Para peles normais e secas, pode ser
cremoso, pois além de proteger deixam uma sensação confortável na pele.
As bases são comercializadas em diferentes formas; entre elas, estão as líquidas, cremosas
e gel. São misturas de colorantes e partículas incolores que espalham a luz. Formulações que
apresentam umidade, como em emulsões, requerem naturalmente o uso de aditivos conservantes
e antioxidantes. A grande maioria contém perfumes, certamente um ingrediente que não atribui
vantagens para a pele e sua aparência, mas que agrada ao cliente. Os ingredientes primários em
maquiagens são os pigmentos brancos de TiO2, ZnO e CaCO3. A caolina, um mineral igualmente
branco, serve como pigmento e massa de nivelamento ao mesmo tempo. Todos esses pós têm
a propriedade de fortemente espalhar a luz visível e, dessa maneira, promover alterações na
coloração natural da pele. Também usados nessa função: o talco, a mica finamente moída e a
sericita, ambos são sedimentos minerais (ISENMANN, 2015).
4.2 Batons
Os batons são essencialmente dispersões da substância corante em uma base composta
por uma mistura adequada de óleos, gorduras e ceras. São geralmente usados para conferir cor
atraente aos lábios, acentuando suas boas características e mascarando manchas e imperfeições.
Além disso, como no caso de muitos outros cosméticos decorativos, exercem um efeito psicológico
e induzem uma sensação de bem-estar (WILKINSON; MOORE, 1990).
Cerca de 70% do batom é constituído de uma base gordurosa, que pode incluir triglicerídeos,
76
óleo vegetal ou sebo, e 25% são ceras, podendo ser citadas o monoéster de ácido e álcool graxos.
Os ingredientes gordurosos do batom podem ser discriminados entre solidificadores e diluentes.
Clique nas abas para saber detalhes sobre as bases do batom.
• Como, diluentes podem ser citados os óleos de mamona, amendoim ou jojoba, os quais
têm também o papel de dispersar uniformemente os corantes ou pigmentos dentro da
massa.
A maioria das bases gordurosas de batom pode ser parcialmente hidrogenada para aumentar
seu ponto de fusão e abaixar a degradabilidade das gorduras frente ao oxigênio, um processo
conhecido como rancificação (ISENMANN, 2015).
De acordo com Lopes (2010), os pigmentos são responsáveis pela cor e podem ser de natureza
orgânica ou inorgânica, estando presentes numa concentração que varia entre 2 a 10%. Os mais
usados incluem os pigmentos insolúveis minerais, como os óxidos de ferro e o dióxido de titânio,
para proporcionar cobertura e opacidade. Isenmann (2015) enfatiza que os pigmentos minerais
ou hidrossolúveis são depositados sobre suportes inertes e microcristalinos, tais como caolina,
hidróxido de alumínio e dióxido de titânio. Os pigmentos mais adequados atualmente incluem
compostos orgânicos heterocíclicos e óxidos de ferro, podendo também ser utilizados produtos
idênticos aos naturais, como o -caroteno, porém a desvantagem desse constituinte é sua baixa
estabilidade frente à oxidação. A regulamentação dos cosméticos impõe exigências bastante altas
ao batom sob o critério da toxicidade dos ingredientes, já que partes dele podem chegar na área
bucal e no estômago.
De acordo com Nascimento et al. (2010), muita atenção tem sido dada para a limpeza dos
equipamentos utilizados em indústrias, evitando a proliferação de microrganismos, contaminação
por produtos estranhos ao processo ou resíduos de processos anteriores. Os programas de
higienização devem ser abrangentes, sendo de fundamental importância sua implementação
77
e fiscalização dentro das indústrias. Para uma limpeza eficiente, é imprescindível conhecer o
mecanismo, saber a concentração, temperatura e tempo de exposição.
De acordo com Nascimento et al. (2010), um bom sanitizante tem que preencher alguns
quesitos, entre eles:
• ser econômico;
Como não existem sanitizantes que apresentam todas essas características ou que atendam
a todas as necessidades em um único produto, faz-se necessária uma avaliação rigorosa das
propriedades dos mesmos, suas vantagens e desvantagens de utilização antes da escolha final.
Desinfestação.
78
Tira manchas.
Calor
Radiação
A desinfecção por radiação é muito eficaz na eliminação de microrganismos, não tem efeito
residual e não impregna o material com odores indesejáveis, no entanto, apresenta custo
elevado. Geralmente é utilizada na desinfecção de equipamentos que apresentam risco de alta
contaminação. Seu mecanismo consiste na absorção de radiação pelo microrganismo, alterando
sua estrutura molecular, impossibilitando a reprodução celular e atividade nociva.
Ação química
A desinfecção através de substâncias químicas é o método mais comum. Existe uma grande
variedade de produtos desenvolvidos para essa finalidade com elevada eficiência; tais produtos
tornam o processo prático, o qual portanto é considerado um dos melhores métodos de
sanitização em relação custo-benefício (SILVA et al., 2010).
79
PARA RESUMIR
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
GUMMER, C. L. Cosmetics and hair loss. Clinical and Experimental Dermatology: Clinical
dermatology, v. 27, n. 5, p. 418-421, 2002.
PAYE, M.; BAREL, A. O.; MAIBACH, H. I. Handbook of cosmetic science and technology.
Boca Raton: CRC Press, 2006.
SILVA, G.; DUTRA, P.R.S.; CADIMA, I.M. Higiene na indústria de alimentos. Recife: EDUFRPE,
2010. Disponível em: http://pronatec.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2013/06/
Higiene_na_Industria_de_Alimentos.pdf. Acesso em: 15 mar. 2020.