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Autoria
Izadora Ribeiro e Garcia de Oliveira - izadora_rgo@hotmail.com
65 / UFLA - Universidade Federal de Lavras
Agradecimentos
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001
Resumo
O atual fenômeno na indústria da moda denominado fast fashion, que reflete o padrão de
consumo rápido das tendências do mercado, tem sido alvo de várias investigações,
especialmente na área de marketing. A análise das construções identitárias configura-se
elemento central nos estudos de comportamento do consumidor. De forma que, compreender
o comportamento dos consumidores ante o consumo possibilita fortalecer as discussões
teóricas acerca desse fenômeno, especialmente no que tange a construção de identidade por
meio das compras nas redes fast fashion. Diante de tais considerações, o presente artigo
identificou a influência do valor social, valor monetário, valor emocional e valor de
qualidade sobre o consumo de empresas fast fashion por mulheres no Brasil. A partir da
aplicação da modelagem de equações estruturais, foi possível confirmar um efeito do valor
de qualidade, emocional e social sobre esse consumo. O estudo contribui para a teoria da
construção de identidade, ao verificar o padrão e segmentos que levam as mulheres
brasileiras a consumirem de empresas fast fashion.
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RESUMO
O atual fenômeno na indústria da moda denominado fast fashion, que reflete o padrão de
consumo rápido das tendências do mercado, tem sido alvo de várias investigações,
especialmente na área de marketing. A análise das construções identitárias configura-se
elemento central nos estudos de comportamento do consumidor. De forma que, compreender o
comportamento dos consumidores ante o consumo possibilita fortalecer as discussões teóricas
acerca desse fenômeno, especialmente no que tange a construção de identidade por meio das
compras nas redes fast fashion. Diante de tais considerações, o presente artigo identificou a
influência do valor social, valor monetário, valor emocional e valor de qualidade sobre o
consumo de empresas fast fashion por mulheres no Brasil. A partir da aplicação da modelagem
de equações estruturais, foi possível confirmar um efeito do valor de qualidade, emocional e
social sobre esse consumo. O estudo contribui para a teoria da construção de identidade, ao
verificar o padrão e segmentos que levam as mulheres brasileiras a consumirem de empresas
fast fashion.
1. INTRODUÇÃO
A moda serve como uma forma de representação social de uma pessoa na sociedade e,
como tal, é atribuída ao conceito de status social (DELGADO, 2008). Os objetos que
consumimos e usamos são extensões de nossa identidade pessoal (CALDAS, 2004). Sendo
assim, entender o consumo como uma prática social cheia de significados, de forma a
compreender os valores envolvidos neste processo, proporciona a compreensão de forma mais
detalhada das motivações dos consumidores que estão presentes nesta prática (BARBOSA;
CAMPBELL, 2006; DANTAS; ABREU, 2020).
Ao avaliar um produto, os consumidores destinam sua atenção primeiramente para seu
valor percebido ao invés do preço, e como isso vai impactar em sua identidade (SWEENEY;
SOUTAR, 2001; ZHAO et al., 2009). Cada consumidor percebe o valor de forma diferente,
desse modo, as empresas podem ter problemas na definição de seus nichos. Portanto, é de
extrema importância entender qual a dimensão de valor que é importante para os consumidores
realizarem suas compras (TANGPATTANAKIT, 2017). Além do mais, existe uma lacuna na
literatura sobre estudos que analisam a relação entre o valor percebido pelos consumidores, a
influência das redes sociais e a construção de identidade por meio do consumo (LUNA-
CORTÉS, 2017).
Pode-se observar que a indústria da moda mudou rapidamente com a flexibilidade e
capacidade de resposta das empresas (TANGPATTANAKIT, 2017). Um dos segmentos de
maior sucesso do espectro do varejo de moda é a cadeia de fast fashion (FF), traduzida como
moda rápida (BHARDWAJ; FAIRHURST, 2009). Estas redes são constituídas por empresas
que têm como política produzir as suas peças de forma rápida e contínua, pelo que alteram as
suas coleções semanalmente ou mesmo diariamente. Uma das características de destaque dessas
empresas é que apresentam aos consumidores as últimas tendências da moda em tempo recorde
e a preços acessíveis (GUAZZELLI, 2016; SHIMAMURA; SANCHES, 2012).
Dado que a análise das construções identitárias configura-se elemento central nos
estudos de comportamento do consumidor (ARNOULD; THOMPSON, 2005). De forma que,
compreender o comportamento dos consumidores ante o consumo possibilita fortalecer as
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3. HIPÓTESES
Hipótese 1a: Valor social (VS) está positivamente ligado ao consumo das fast fashion
brasileiras.
Hipótese 1b: Valor social (VS) está positivamente ligado ao valor emocional com relação as
compras nas fast fashion brasileiras.
O comportamento de compra, segundo Sherman et al. (1997), pode ser explicado pelo
estado emocional e pelo estado de espírito dos consumidores, sendo que tendem a gostar mais
dos produtos quando estão de bom humor, pelo que a percepção de prazer e o nível de excitação
afetam a experiência de compra, o que por sua vez pode ser influenciado pelo ambiente físico.
O valor emocional (VE) é uma parte importante da experiência de consumo e um motivador
para uma ação específica (BARLOW E MAUL, 2000). Além disso, a experiência emocional
desempenha um papel importante na criação da satisfação de compra do consumidor. Também
o ambiente social de um consumidor afeta os seus motivos de compra e a utilização dos
produtos adquiridos, impactando também a avaliação dos produtos por parte do consumidor
(SOLOMON; STUART, 2000). Além disso, as pessoas podem gerir emoções positivas, como
diversão e satisfação, envolvendo o consumo para manter o seu estado emocional (KEMP;
KOPP, 2011). Diante dessas indagações temos:
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Hipótese 2a: Valor emocional está positivamente ligado ao consumo das fast fashion
brasileiras.
Hipótese 2b: Valor emocional está positivamente ligado ao valor monetário das fast fashion
brasileiras.
A literatura afirma que grande parte da população global opta pelos produtos de moda
rápida por possuírem preços baixos e maior variedade de produtos, não considerando pontos
negativos (qualidade, modo de produção e características sustentáveis) como influenciadores
nas decisões de consumo. Evidências teóricas e empíricas consideráveis revelam que os
consumidores normalmente usam esse preço como uma pista extrínseca para julgar a qualidade
do produto (SHIMP; BEARDEN, 1982 e DODDS; MONROE, 1985). No entanto, de acordo
com Sweeney e Soutar (2001), o valor do preço e o valor da qualidade são independentes um
do outro; portanto, eles são medidos separadamente. O consumo no sistema de fast fashion é
proporcionado de maneira facilitadora e atrativa, impulsionando a necessidade dos
consumidores de comprarem cada vez mais (STEVENSON, 2012). Diante dessas indagações
temos:
Hipótese 3a: Valor monetário (VM) está positivamente ligado ao consumo das fast fashion
brasileiras.
Hipótese 3b: Valor monetário (VM) está positivamente ligado ao valor da qualidade dos
produtos de fast fashion brasileiras.
Hipótese 4: O valor da qualidade (VQ) dos produtos de fast fashion brasileiras está
positivamente ligado ao valor emocional das consumidoras.
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VS
H1b
H1a
VE
H2a
FF
H2b
H3a
VM
H4
H3b
VQ
4. METODOLOGIA
fashion sobre o consumo de mulheres brasileiras. Dessa forma, chegou-se em um total de cinco
constructos para realizar a mensuração. De acordo com Hair et al. (2014), é necessário que se
sigam alguns parâmetros para a definição do tamanho da amostra quando se utiliza da
modelagem de equações estruturais. Segundo os autores, para se obter um valor referente a um
tamanho de amostra mínimo para a construção endógena no modelo estrutural, é necessário
utilizar um poder estatístico de 80%, com um tamanho de efeito de 15% a um nível de
significância de 5%. Ao aplicar esses pressupostos no software GPower, foi retornado que para
prosseguir com este estudo era necessária uma amostra mínima de 92 observações.
Sendo assim, para obter essas informações foi desenvolvido um questionário com uma
escala de Likert de cinco pontos para realizar a medição, com os pontos variando de 1 (discordo
totalmente) a 5 (concordo totalmente), sendo 3 a opção neutra. Os questionários foram postados
em grupos específicos existente na rede social Facebook de consumidoras brasileiras de
empresas fast-fashion. A disponibilização desse questionário nos grupos das redes sociais
retornou em 141 respostas, sendo todas validas. Sendo assim, a amostra final da pesquisa é
composta por 141 consumidoras brasileiras de empresas fast-fashion.
O questionário precisou ser adaptado para a língua portuguesa, visto que a amostra é
composta por mulheres brasileiras. Para isso, foi utilizado a técnica de tradução colaborativa e
iterativa proposta por Douglas e Craig (2007). Essa técnica garante que diferentes pontos de
vista sejam representados para um melhor desenvolvimento de questionário. Em primeiro lugar,
foi realizado uma tradução livre de forma independente por uma doutoranda em Administração.
Este procedimento garantiu uma tradução mais precisa. Em seguida, a equipe se reuniu em um
grupo online para discutir e propor as adequações que julgaram necessárias.
Para realizar o pré-teste antes da disponibilização do questionário nos grupos da rede
social, foi realizada entrevistas com quarenta consumidoras para validar e entender se os itens
estavam mensurando corretamente o constructo. Nenhuma mudança significativa foi realizada
no questionário após o pré-teste.
O objetivo dessa etapa foi de observar a estrutura fatorial inicial das variáveis da escala.
Uma análise fatorial foi realizada para verificar a necessidade de excluir alguns itens que não
contribuem para os índices de construção. Segundo Hair et al. (2019), cargas fatoriais menores
que 0,50 devem ser eliminadas dos constructos. Sendo assim, conforme a Tabela 1, do
constructo sobre o consumo de fast-fashion (FF), foram eliminados os itens FF7, FF8 e FF9, do
valor monetário foi eliminado o item VM4 e do valor social foi eliminado o item VS5.
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Para investigar as relações entre os constructos e testar as hipóteses que compõem este
estudo, utiliza-se o software SmartPLS, versão 2.
5. RESULTADOS
Os resultados encontrados foram divididos em três subseções. A primeira delas
apresenta uma relação demográfica do perfil das respondentes desta pesquisa. A segunda
demonstra os resultados referentes à avaliação do modelo estrutural reflexivo. A terceira
subseção, por sua vez, se concentra na análise do modelo estrutural e os resultados para as
hipóteses testadas neste estudo.
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Para a avaliação do modelo estrutural reflexivo (que avalia a relação entre os indicadores
e constructos) envolve a avaliação da confiabilidade composta, validade, convergente,
confiabilidade do indicador, alfa de cronbach e validade discriminante. Para que o modelo
estrutural seja válido, é necessário que se avalie todos esses indicadores. A primeira análise a
ser realizada é os valores das cargas fatoriais. Segundo Hair et al. (2019), cargas fatoriais com
valores acima de 0,708 são indicadas, pois indicam que o constructo explica mais que 50% da
variância do indicador. Sendo assim, conforme é possível observar na tabela 2, todas as cargas
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fatoriais do estudo estão acima do valor indicado, indicando não haver problemas de invariância
do indicador.
A segunda análise é em relação a validade composta dos constructos. De acordo com
Hair et al. (2014), a confiabilidade composta analisa se a amostra está livre de vieses. Os autores
postulam que valores entre 0,60 e 0,70 são considerados aceitáveis, enquanto, os valores entre
0,70 e 0,90 são considerados de satisfatórios a bons. E por fim, valores acima de 0,95 são
considerados problemáticos, visto que indicam que os itens são redundantes. Ao analisar a
tabela 2, é possível observar que todos os constructos do modelo possuem validade composta
satisfatória, pois estes variam de 0,8511 a 0,9290.
A terceira análise consiste em analisar a variância média extraída (AVE) do constructo.
Os autores Fornell & Larcker (1981), argumentam que uma AVE acima de 0,50 indica que o
constructo explica pelo menos 50% da variação de seus itens. Ao verificar os resultados do
modelo, é possível verificar que todos os constructos apresentam valores acima de 0,50, estes
estão dentro do intervalo de 0,5890 a 0,8675. A quarta análise é em relação ao alfa de Cronbach.
Segundo Tenenhaus et al. (2004) os valores dessa análise devem ser maiores que 0,70.
Conforme a tabela 2, todos os alfas de cronbach desse estudo estão acima do valor indicado,
sendo que estes variam de 0,7754 a 0,8767.
VS1 0,7004
VS2 0,801
VS 0,589 0,8511 0,7754 -
VS3 0,7591
VS4 0,8048
VE1 0,8539
0,2665
VE VE2 0,852 0,7234 0,887 0,809
VE3 0,8458
VM1 0,8371
0,0899
VM VM2 0,9075 0,7505 0,9001 0,8339
VM3 0,8528
VQ1 0,9336 0,0744
VQ 0,8675 0,929 0,8473
VQ2 0,9291
CA1 0,7303
CA2 0,7686
CA3 0,7882 0,5121
FF 0,6194 0,9069 0,8767
CA4 0,7611
CA5 0,8181
CA6 0,8502
Fonte: Elaborado pelas autoras (2021)
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acordo com Hair et al. (2019), o modelo apresenta validade discriminante quando as correlações
entre as variáveis latentes forem inferiores aos seus AVEs.
Após o ajuste e adequação das cinco etapas de análise do modelo estrutural reflexivo,
pode-se concluir que todos os critérios foram atendidos, fornecendo suporte para a
confiabilidade e validade das medidas reflexivas.
Após ser realizada a avaliação do modelo de mensuração, é possível realizar o teste das
hipóteses por meio da análise de bootstrapping. De acordo com Hair et al. (2014), neste
processo de avaliação é necessário demonstrar e discutir os efeitos de determinação (R²), o
tamanho do coeficiente de caminhos, se estes são ou não significativos, e o tamanho do efeito
(f²). Para isso, foi realizada uma análise de bootstrapping com 5.000 casos para verificar as
estimativas do modelo (HAIR et al., 2019). Os valores de R² foram apresentados na Tabela 2,
sendo que dos valores podemos verificar que 26,65 % do valor emocional, 8,99% do valor
monetário e 7,44% do valor de qualidade explicam o consumo da moda fast-fashion por
mulheres brasileiras. Os resultados referentes ao tamanho e significância dos coeficientes de
caminho do modelo são apresentados na tabela 3.
Tendo em vista os resultados obtidos, pode-se concluir que o valor social impacta
significativamente o consumo por moda fast fashion por mulheres brasileiras (β= 0,2145; p-
valor= 3,6963E-02), esse resultado dá suporte para aceitar a hipótese 1a. Esse resultado está de
acordo com Belk (1988) e Solomon e Stuart (2000) no qual afirmam que os consumidores
compram produtos com os quais se identificam, considerando que os produtos de fast fashion
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são englobados no nível individual da extensão de si mesmos. Em relação à hipótese 1b, que
analisa a influência do valor social sobre o valor emocional com relação ao consumo por moda
fast fashion, os resultados suportam a hipótese (β= 8,2357; p-valor= 1,1350E-13). Esse
resultado vai ao encontro dos achados de El Hedhli et al. (2016) no qual estabelece que as
motivações de compra não estão apenas relacionadas com o cumprimento dos objetivos
funcionais (valor utilitário), mas também com a diversão e o prazer sentidos pelo comprador
durante o momento de compra.
Sobre a relação entre o valor emocional com o consumo da moda fast fashion, os
resultados demonstram apoio para a hipótese 2a (β= 0,4802; p-valor= 1,9429E-06). Esse
resultado está de acordo com Sherman et al. (1997), pode ser explicado pelo fato do estado
emocional e pelo estado de espírito dos consumidores, sendo que tendem a gostar mais dos
produtos quando estão de bom humor, pelo que a percepção de prazer e o nível de excitação
afetam a experiência de compra. De forma semelhante, o valor emocional também demonstrou
relação significativa com o valor monetário (β= 0,2999 p-valor= 3,179-03), aceitando a hipótese
2b. Esse resultado corrobora os achados de (Kemp e Kopp, 2011) afirmando que as pessoas
para manter o seu estado emocional utilizam do consumo pois ele gera emoções positivas, como
diversão e satisfação.
A relação entre o valor monetário e o consumo de fast-fashion, embora tenha
demonstrado significância estatística, o sinal do coeficiente de caminho foi ao contrário do que
estava previsto na hipótese, o que não permite aceitar a hipótese 3a. Esse resultado indica que
o valor monetário tem uma influência negativa sobre o consumo de moda fast-fashion das
consumidoras brasileiras. Esse resultado vai contra os achados de Stevenson (2011) pois o autor
afirma que grande parte da população global opta pelos produtos de moda rápida por possuírem
preços baixos e maior variedade de produtos. Contudo, ao analisar a relação entre o valor
monetário e o valor de qualidade, é possível verificar uma relação positiva e significativa (β=
0,2727; p-valor= 2,9673E-03). Esse resultado confirma os achados de Stevenson (2011) no qual
grande parte da população global opta pelos produtos de fast fashion não considerando
qualidade, modo de produção e características sustentáveis.
Por fim, a análise da influência do valor de qualidade sobre o valor emocional das
consumidoras de moda fast fashion brasileiras, indica uma relação positiva e significativa (β=
0,2128; p-valor= 1,1468E-02). Esse resultado vai ao encontro dos achados de Yee e San (2011)
e Mitra e Golder (2006), para esses autores o ponto de vista dos consumidores, a qualidade
geral do produto provavelmente será avaliada com base na disponibilidade o desempenho de
um produto, recursos, confiabilidade, conformidade, durabilidade, facilidade de manutenção,
nome da marca, imagem da marca, reputação da empresa, imagem do fabricante, imagem da
loja de varejo e o país de origem ou por experiência própria. Esses tópicos englobam o valor
emocional, pois este é considerado difícil de ser mensurado de forma única.
Além de avaliar a significância dos coeficientes de caminhos e o nível de valores de R²,
é importante verificar o tamanho dos efeitos (f²). Os resultados dessa avaliação são apresentados
na tabela 4.
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De acordo com Hair et al. (2014), para as análises sobre o tamanho do efeito (f²) dos
constructos sobre o consumo de moda fast-fashion pelas consumidoras brasileiras, considera-
se que os valores de f² inferiores a 0,020, indicam um efeito pequeno. Já os valores entre 0,150
e 0,350 indicam um efeito médio, E por fim, valores acima de 0,350 indicam um efeito grande.
Dessa maneira, é possível verificar na tabela 4, que o valor de qualidade apresenta um baixo
efeito sobre o consumo de fast-fashion pelas consumidoras do Brasil. Já o valor monetário
apresenta um efeito médio. E por fim, os valores emocionais e sociais possuem um efeito grande
sobre o consumo de moda fast fashion das consumidoras brasileiras.
6. CONCLUSÃO
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