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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

BRUNA POPAK ISMAEL 32019890


CATARINA KANG 42238757
STHEFANY VICTORIA MAIA ZAMPROGNA 42238056

PROJETO DE PESQUISA: SUSTENTABILIDADE COMO ESTRATÉGIA NO


MERCADO DA MODA

SÃO PAULO

2023
BRUNA POPAK ISMAEL 32019890
CATARINA KANG 42238757
STHEFANY VICTORIA MAIA ZAMPROGNA 42238056

PROJETO DE PESQUISA: SUSTENTABILIDADE COMO ESTRATÉGIA NO


MERCADO DA MODA

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de


Administração da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, para aprovação na disciplina de
Metodologia da Pesquisa em Ciências
Sociais Aplicadas.

Orientador: Prof. Dr. Almir Martins Vieira

SÃO PAULO

2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 04

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 07
Conceito de Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável 07
Origens Históricas da Sustentabilidade 08
Críticas e Debates Sobre a Sustentabilidade 08
Impactos da Sustentabilidade no Mercado 09
História da Moda e Sua Evolução 10
Moda Sustentável 11
Primeiras Reflexões de Sustentabilidade Empresarial 12
Início da Conscientização da Sustentabilidade Pelo Consumidor 13
Consumidor Sustentável nos Dias Atuais 14

METODOLOGIA 15
Tipo de Pesquisa..............................................................................................................15
Coleta de Dados...............................................................................................................16
Resultados Esperados......................................................................................................17
Cronograma.....................................................................................................................18

REFERÊNCIAS 19
INTRODUÇÃO
A indústria da moda é um dos setores mais dinâmicos e influentes da economia global,
mas também é conhecida por seu impacto negativo no meio ambiente e nas condições
de trabalho. À medida que a consciência ambiental cresce e os consumidores se tornam
mais conscientes de suas escolhas de consumo, a sustentabilidade emergiu como uma
estratégia essencial no mercado da moda. Nesta introdução, exploraremos como a
sustentabilidade se tornou uma abordagem crítica para as empresas de moda, desde a
busca por materiais eco-friendly até a redefinição das cadeias de suprimentos e o
envolvimento dos consumidores.
A sustentabilidade passou a virar um fator estratégico para as organizações, à medida
que os consumidores passaram a questionar as práticas tradicionais da indústria da moda
e com isso uma cultura sustentável tornou-se um agente influenciador das decisões de
consumidores, marcas e empresas. O rápido ciclo de produção, o uso de recursos
naturais esgotáveis e as más condições de trabalho em fábricas têxteis chamaram a
atenção para a necessidade de uma mudança fundamental. Como resultado, as empresas
de moda estão adotando abordagens mais sustentáveis, que buscam minimizar seu
impacto ambiental e social, mas como reforça Cardoso (2013), essa degradação
ambiental ainda não é um problema resolvido.
A importância da sustentabilidade como estratégia de negócio está intrinsecamente
ligada aos desafios globais enfrentados atualmente. À medida que a população mundial
cresce e os recursos naturais se tornam mais escassos, as empresas estão reconhecendo
que a sustentabilidade não é apenas uma preocupação ética, mas também uma
necessidade imperativa para garantir o sucesso a longo prazo. Ao adotar práticas
sustentáveis, como a redução das emissões de carbono, o uso eficiente de recursos e a
gestão responsável de resíduos, as empresas podem minimizar seu impacto ambiental e
contribuir para um planeta mais saudável.
A sustentabilidade não é apenas uma estratégia de responsabilidade social, mas também
uma fonte de vantagem competitiva e resiliência no mercado da moda em constante
evolução. Segundo Cietta (2017), é necessário pensar não apenas na sustentabilidade de
cada componente, mas na sustentabilidade do modelo de negócio como um todo. Além
dos benefícios para a reputação e a fidelização de clientes, a sustentabilidade também
pode impulsionar a inovação no mercado da moda. A necessidade de encontrar
alternativas criativas e eficientes em termos de recursos leva as empresas a explorarem
novos materiais, processos de produção inovadores e modelos de negócios circulares.
Essas inovações não apenas reduzem o impacto ambiental, mas também podem resultar
em uma economia de custos e maior eficiência operacional, trazendo maior
lucratividade (CHAPARINI; ARIAS; DIAS, 2022).
Uma das maneiras pelas quais a sustentabilidade está sendo incorporada na moda é por
meio da escolha de materiais e processos de produção mais ecologicamente corretos.
Muitas marcas agora optam por utilizar fibras naturais, orgânicas e recicladas em suas
coleções, reduzindo assim a dependência de materiais prejudiciais ao meio ambiente,
como o poliéster. Além disso, estão investindo em tecnologias inovadoras, como a
impressão 3D e a reciclagem de roupas, para reduzir o desperdício de tecidos e recursos.
Como por exemplo a empresa C&A, que recentemente lançou uma nova coleção de
jeans em que os itens foram produzidos com redução de consumo de água em 65%
durante o processo de lavagem. Além disso, a empresa possui o maior número de
porcentagem de transparência (70%) no Índice de Transparência de Moda Brasil
(PÉTALA, 2021), onde reforçam constantemente a busca pela “moda com um impacto
positivo”, seja com uso de matérias-primas sustentáveis, mais algodão sustentável ou
redução de impactos em outros processos de produção (C&A, 2019).
Contudo, deve-se destacar que a sustentabilidade não se limita apenas ao uso de
materiais orgânicos e processos de produção de baixo impacto, mas também envolve a
promoção de condições de trabalho justas, optando por processos mais transparentes e
éticos, respeito aos direitos humanos ao longo da cadeia de suprimentos e a redução do
desperdício, tendo a adoção de práticas e políticas voltadas ao ESG, nas quais
representam a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa
(Environmental, Social and Governance) das empresas em um enfoque holístico
(SOUZA; MORAES; SOUZA; MARTINS, 2022).
Um exemplo real de uma empresa, na qual não se preocupou com a governança do
ESG, foi a marca de luxo Balenciaga, responsável pelo maior escândalo da moda em
2022. A marca havia divulgado a campanha Gift Shop, que apresentou a linha de
presentes para o final de ano, incluindo acessórios e itens para a casa. Porém, as fotos
divulgadas mostravam crianças segurando ursinhos de pelúcia com looks de bondage de
couro, regata telhada e itens associados ao universo BDSM e fetichismo, cercadas por
outros produtos. Diante dessas fotos, a marca foi acusada de sexualizar os modelos
infantis, agredindo assim o Pilar Social, no que diz referente às questões relacionadas
aos impactos sociais da empresa em sua comunidade e em seus stakeholders, como os
direitos humanos, o trabalho justo, a diversidade e inclusão, a segurança no local de
trabalho e o envolvimento comunitário (ISSAWI, 2023). Tendo como resultado uma
repercurssão negativa por promover pedofilia e pornografia infantil e assim, afetando na
imagem da marca diante de seus consumidores.
Em resumo, a sustentabilidade tornou-se uma estratégia indispensável no mercado da
moda. À medida que a indústria se adapta às crescentes demandas por práticas mais
éticas e ecológicas, as empresas que abraçam a sustentabilidade estão posicionadas para
prosperar em um mundo cada vez mais consciente de suas escolhas de consumo. Este
ensaio explora mais profundamente os vários aspectos da moda sustentável e como ela
está moldando o cenário da indústria da moda atual.
Por fim, o trabalho em questão visa ampliar a discussão e destacar a necessidade de
atenção para o tema da sustentabilidade no mercado de moda brasileiro e sua relação
com o consumidor. A crescente conscientização sobre questões ambientais e éticas entre
os consumidores brasileiros cria uma oportunidade única e urgente para explorar como a
moda pode se tornar uma força positiva para a sustentabilidade. É fundamental
compreender a dinâmica entre as escolhas do consumidor, as práticas das empresas de
moda e o impacto resultante sobre o meio ambiente e a sociedade, a fim de promover
mudanças significativas no setor.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta etapa, serão apresentados tópicos relevantes para construção da pesquisa com o
objetivo de compreender desde conceitos de sustentabilidade e de moda, até o impacto
da sustentabilidade como estratégia no mercado da moda e a relação do consumidor
com esse tema.

1. Sustentabilidade
1.1 Conceito de Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável
Os termos "sustentabilidade" e "desenvolvimento sustentável" enfrentam uma
complexidade conceitual que resulta na falta de um consenso sólido em relação à sua
definição. A crescente movimentação global em direção a uma sociedade mais
sustentável envolve diversas partes interessadas, incluindo comunidades, empresas,
governos, universidades e indivíduos, o que leva a uma ampla variedade de
interpretações (Lindsey, 2011).
Neste contexto, é crucial compreender como o termo "sustentabilidade" é abordado na
literatura. Grober (2007) fornece uma visão sobre o conceito de sustentabilidade, em
que envolve encontrar um equilíbrio entre as dimensões ecológicas, sociais e
econômicas da vida. Ele enfatiza que a sustentabilidade não se trata apenas de conservar
recursos ou proteger o meio ambiente, mas também envolve a criação de uma sociedade
que seja resiliente e capaz de se adaptar às mudanças, destacando sua origem e
evolução. A noção de sustentabilidade remonta a 1713, quando Carlowitz publicou o
livro "Sylvicultura economica oder Anweisung zur wilden Baumzucht." Nesta obra, o
termo "nachhaltend" ou "sustentável" foi introduzido, englobando esses pilares da
ecologia-natureza, economia e ética social (Pisani, 2006).
O conceito de desenvolvimento sustentável foi popularizado e amplamente utilizado nas
décadas de 1980 e 1990 (Pisani, 2006. Sua divulgação global ocorreu em 1987, através
do relatório da Comissão de Brundtland (Grober, 2007). Esse relatório não apenas
mapeou as mudanças ambientais, mas também impulsionou a mudança na política
global, levando a uma expansão significativa da qualidade e do volume de legislações
ambientais e acordos internacionais no início da década de 1990 (Adams, 2006).
1.2 Origens Históricas da Sustentabilidade
O entendimento da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável também pode ser
enriquecido por uma análise das origens históricas desses conceitos. Como mencionado
anteriormente, Carlowitz introduziu o termo "nachhaltend" em 1713, estabelecendo as
bases para a compreensão inicial da sustentabilidade (Pisani, 2006).
A verdadeira transformação ocorreu em 1988, quando a Comissão de Brundtland
publicou o relatório "Nosso Futuro Comum," representou um marco na discussão global
sobre sustentabilidade. O relatório definiu o desenvolvimento sustentável como:
[...] um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos
investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional
se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender as
necessidades e aspirações humanas (Nosso Futuro Comum, 1988).
Essa definição ampla e abrangente foi um marco na história da
sustentabilidade, consolidando-a como um conceito central nas discussões globais.
A Rio 92, uma conferência de destaque realizada em 1992, desempenhou um papel
fundamental na promoção da aceitação do conceito de desenvolvimento sustentável.
Durante essa conferência, as Nações Unidas apresentaram o conceito como uma
estratégia para moldar - e de fato salvar - o futuro do planeta. Prometia se tornar a
palavra-chave para descrever um novo equilíbrio entre o uso e a preservação dos
potenciais e recursos da natureza (Grober, 2007).
Em 2012, ocorreu a conferência Rio+20, que marcou o vigésimo aniversário da Rio 92,
tendo como objetivo avaliar o progresso no desenvolvimento sustentável. Aconteceu em
meio a uma crise econômica global desencadeada pela crise dos créditos hipotecários
nos EUA, o que levantou dúvidas sobre a capacidade dos líderes mundiais de abordar as
questões socioambientais. Nessa conferência, foi introduziu o conceito de "Economia
Verde", outras metas foram estabelecidas e foram debatidas questões já em pauta
(Oliveira LD., 2022).

1.3 Críticas e Debates Sobre a Sustentabilidade


A sustentabilidade emergiu como um princípio fundamental na busca por um futuro
equilibrado, no entanto, permanecem críticas relevantes que merecem reflexão. A
"inflação" do termo sustentabilidade levanta preocupações quanto à sua ambiguidade,
tornando-o uma "palavra plástica" que pode ser interpretada de várias maneiras. Isso
pode prejudicar a clareza e a aplicação eficaz do conceito, uma vez que "a falta de
substância" pode obscurecer o verdadeiro significado da sustentabilidade (Sachs, 1992).
Por outro lado, é questionado se a sustentabilidade pode ser percebida como uma forma
de estagnação, destacando que a ideia de "desenvolvimento sustentável" pode ser
interpretada como uma tentativa de manter o status quo. Isso pode não ser suficiente
para lidar com as crescentes demandas populacionais e a pressão do consumo. Ou seja,
a crítica levanta dúvidas sobre a capacidade da sustentabilidade de se sustentar a longo
prazo (Mitcham, 1995).
Apesar dessas críticas, é importante destacar que a sustentabilidade não é apenas uma
moda passageira, mas reflete valores éticos, como coragem, prudência e esperança
(Bañon Gomis et al., 2011).

1.4 Impactos da Sustentabilidade no Mercado


A preocupação crescente com a sustentabilidade levou as empresas a divulgar
voluntariamente suas ações sociais e ambientais. A gestão ambiental tornou-se parte
integrante das práticas de governança corporativa. Essa transparência não apenas
demonstra o compromisso das empresas com a sustentabilidade, mas também influencia
a percepção do público e do mercado Rover, Borba e Borgert, 2008).
A crescente importância dada às ações sustentáveis também afeta a relação com os
clientes. Consumidores estão mais propensos a escolher empresas que demonstram
responsabilidade ambiental e social. Além dos consumidores, investidores também
desempenham um papel crucial na integração da sustentabilidade no mercado, pois
estão em busca de empresas social e ambientalmente responsáveis, acreditando que
essas empresas estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos e
socioambientais a longo prazo. Isso torna empresas sustentáveis opções de investimento
mais atraentes (Vital, 2009).
Portanto, a adoção de medidas sustentáveis pelas empresas influencia positivamente sua
imagem, relação com os consumidores e atratividade para investidores, desafiando as
organizações a se adaptarem a uma nova realidade de negócios centrada na
sustentabilidade.
2. Moda e Sua Relação Com a Sustentabilidade
2.1 História da Moda e Sua Evolução
Ao longo da história, a moda foi muito além da frivolidade associada ao consumismo.
Ela reflete gerações e épocas, funciona como uma espécie de documentação social, dado
que está vinculada a descobertas e evoluções tecnológicas, expressando as mudanças
dos valores da sociedade através do tempo. Ao criar linguagens, transformar
comportamentos e alterar a formas de expressão tornou-se um fenômeno sociocultural.
A história da moda é vasta e reflete as mudanças culturais, sociais, econômicas,
políticas, de arte e cultura ao longo do tempo (Laver, 1947). Diante disso, diversos
autores importantes se fizeram presentes para explicar sua evolução e entender seu
reflexo na sociedade do ponto de vista social e cultural.
As primeiras evidências de moda remontam às civilizações antigas, como os egípcios e
os sumérios, que usavam túnicas longas e elaboradas, além de jóias e acessórios para
demonstrar status social. As vestimentas eram confeccionadas a partir de fibras
vegetais, folhas e peles de animais. O uso de vestuário, já nesse contexto, não estava
apenas associado à necessidade de abrigo e proteção contra ataques externos, mas
também já era visto como uma ferramenta para expressar o anseio de poder e exposição
do homem primitivo (Andrade, 2010).
No período renascentista a moda experimentou uma mudança significativa, entre os
séculos VII e I a.C., a vestimenta começa a ser usada como meio de distinção de classes
em uma sociedade hierarquizada. A escolha dos tecidos e a forma de confecção das
roupas se baseavam também nesse critério, assim como os acessórios que eram de uso
exclusivo dos mais abastados. Já no século XIX, com destaque para a Era Vitoriana, as
mulheres usavam vestidos longos e volumosos, muitas vezes com espartilhos para criar
uma cintura fina. Enquanto os homens usavam casacas e cartolas como parte de seu
traje formal. Na década de 1920, a Moda Flapper foi marcada pelo estilo que incluía
vestidos curtos, soltos e adornados com franjas. Contudo, foi na década de 1960 com a
Moda Swinging Sixties que a moda passou por uma revolução, contando com o uso de
minissaias, cores vibrantes, estampas psicodélicas e o estilo icônico da designer Coco
Chanel. (Laver, 1969). Por último, no século XXI, marca-se a Moda Contemporânea, na
qual conta com uma variedade de estilos e tendências, desde a moda minimalista até o
revival de estilos do passado como estilo retro. Além do movimento da moda
sustentável e a influência das redes sociais na rápida disseminação das tendências.
No entanto, de acordo com Crane (2006), “Com a globalização, na virada dos anos 1970
para os 1980, o mundo da moda foi se tornando cada vez mais complexo e sua
importância social aumentou consideravelmente”. E é isso que Bourdieu, um sociólogo
francês, em 1975 explica: a relação entre a moda e o poder constituído pelas classes
dominantes como distinção social. Desse modo, a maneira como se consome é essencial
para identificar no consumo um signo de distinção, visto que o vestuário desempenha
uma função de representação e distinção perante os demais, aceitação aos semelhantes,
ficando além do simples uso de um casaco para proteção, mas está intimamente ligado
ao valor simbólico que essa representação estética espelha na realidade social vivida
pelos agentes consumidores (Bourdieu, 2007).

2.2 Moda Sustentável


Fast fashion é uma tendência de moda de ciclo rápido, onde produtos de baixa
qualidade, fabricados em série a um baixo custo, incentivam o consumo de itens baratos
e pouco duráveis, gerando muito impacto negativo na produção, no consumo e no meio
social (Exame, 2022). Ou seja, cerca de 10% de todas as emissões de gases do efeito
estufa do mundo são responsáveis pelos setores da moda, que configuram entre os
maiores poluentes do meio ambiente (Niinimäki et al., 2020), emitindo mais gás
carbônico que os voos internacionais e o transporte marítimo juntos (Mcfall-Johnsen,
2019). Logo, esse modelo é insustentável e prejudicial para o planeta e para os
trabalhadores da indústria (Siegle, 2011).
Contudo, a produção e o consumo de produtos de moda não são os únicos problemas
desse mercado, uma vez que faz se necessário a análise por meio do conceito de Triple
Bottom Line (Elkington, 2002), na qual é proposto que a sustentabilidade seja
compreendida a partir de três pilares sendo estes: ambiental, ligada à sustentabilidade
ambiental e a preservação do ambiente, de sua fauna e flora; o aspecto social que
engloba os indivíduos que tenham algum vínculo com a organização; e por fim a
sustentabilidade econômica que engloba a capacidade da empresa de se sustentar
financeiramente ao longo do tempo. Juntas, esses três pilares capacitam a empresa a
conseguir crescer e se desenvolver de forma sustentável (Fung et al., 2020).
Desse modo, questões trabalhistas como o uso de mão de obra escrava, condições
precárias de trabalho, baixos salários e outros problemas que afetam os trabalhadores
que produzem roupas para grandes marcas de moda no mundo são exemplos de práticas
recorrentes e presentes nesse mercado (Minney, 2015). Diversas notícias e exemplos
reais relacionados a esse tema passaram a se popularizar pelo descobrimento de
situações de exploração e compartilhamentos de histórias de trabalhadores que
enfrentam condições desumanas. (Minney, 2015). Atualmente, citado pelo jornal Exame
(2022) "A gigante da moda chinesa Shein, foi o centro de controvérsias recentemente,
quando um documentário da rede de televisão britânica Channel 4, “Untold: Inside the
Shein Machine”, expôs as más condições de trabalho dos seus funcionários."
Em suma, Lucy Siegle (2011), jornalista e autora conhecida por seu compromisso com
questões ambientais e de sustentabilidade, em particular na indústria da moda, cita ao
longo de seu livro "To Die For: Is Fashion Wearing Out the World?" alternativas
sustentáveis na moda, incluindo a promoção de roupas duráveis, a conscientização sobre
o comércio justo, o uso de materiais orgânicos e reciclados, a produção local e a
importância da transparência na cadeia de suprimentos. Ademais, o slow fashion e a
moda sustentável são formas de conscientizar os consumidores, infiltrando valores e
melhorando a qualidade de vida (Fletcher, 2007). Trata-se de uma mudança da
quantidade para a qualidade (Lee et al., 2020). As peças são criadas para ser duráveis,
com modelagens atemporais e tecidos ecológicos, apresentando maior qualidade (D.
Pereira & Nogueira, 2013).

3. Consumidor
3.1 Primeiras Reflexões de Sustentabilidade Empresarial
As primeiras reflexões sobre sustentabilidade iniciaram na década de 1960. Os livros
“Primavera Silenciosa”, de Rachel Carson, e “Nosso Entorno Sintético”, de Murray
Bookchin, lançados em 1962 foram marcos essenciais para o início da conscientização
da sustentabilidade (Martins, 2015).
Em 1972, a ONU realizou a Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio
Ambiente das Nações Unidas, e em 1983 a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, que foram eventos fundamentais para o amadurecimento do debate
sobre sustentabilidade (Sustentabilidade: origens históricas para a criação do conceito -
eCycle).
Mas foi somente por volta dos anos 90 que a preocupação com a escassez de recursos
naturais fez com que as empresas começassem a se sentir pressionadas, no Brasil e no
mundo. Como por exemplo a Natura, empresa brasileira que lançou a primeira
embalagem refil em 1983 (Abdalla, 2019) e a Samsung, empresa coreana, que em 1992
colocou a gestão ecológica como filosofia na sua Declaração Ambiental (Bring, 2021).

3.2 Início da Conscientização da Sustentabilidade Pelo Consumidor


O surgimento dessa onda de conscientização da sustentabilidade fez com que os
consumidores passassem a não se preocupar somente com a satisfação pessoal de seus
desejos e necessidades atuais, como também com a preservação do meio ambiente a
longo prazo e com a qualidade de vida das futuras gerações, pressionando as empresas a
adotarem uma cadeira de produção sustentável (Chamorro, 2003).
Mudanças em leis específicas também exerceram um importante papel na adoção de
estratégias verdes pelas empresas, que passaram a direcionar esforços na busca por
soluções que fossem menos agressivas ao meio ambiente e que, ao mesmo tempo,
atendessem as novas legislações. É importante mencionar que essas empresas pioneiras
em sustentabilidade obtiveram grande vantagem competitiva em relação aos seus
concorrentes (Porter e Van Der Linde, 1995).
Com o aumento da preocupação social e a emersão das legislações de cunho
sustentável, os profissionais de marketing passaram a desenvolver estratégias de
negócio mais sustentáveis. Estudos mostraram que no ano de 1990 os fabricantes
classificaram como “verdes” aproximadamente 10% dos produtos que estavam
lançando no mercado, vinte vezes maior que número de produtos “verdes” oferecidos ao
mercado em 1985 (Sheth e Parvatiyar, 1995).
A preocupação crescente com a sustentabilidade levou as empresas a divulgar
voluntariamente suas ações sociais e ambientais. A gestão ambiental tornou-se parte
integrante das práticas de governança corporativa. Essa transparência não apenas
demonstra o compromisso das empresas com a sustentabilidade, mas também influencia
a percepção do público e do mercado Rover, Borba e Borgert, 2008).
A crescente importância dada às ações sustentáveis também afeta a relação com os
clientes. Consumidores estão mais propensos a escolher empresas que demonstram
responsabilidade ambiental e social. Além dos consumidores, investidores também
desempenham um papel crucial na integração da sustentabilidade no mercado, pois
estão em busca de empresas social e ambientalmente responsáveis, acreditando que
essas empresas estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos e
socioambientais a longo prazo. Isso torna empresas sustentáveis opções de investimento
mais atraentes (Vital, 2009).
Portanto, a adoção de medidas sustentáveis pelas empresas influencia positivamente sua
imagem, relação com os consumidores e atratividade para investidores, desafiando as
organizações a se adaptarem a uma nova realidade de negócios centrada na
sustentabilidade.

3.3 Consumidor Sustentável nos Dias Atuais


A pandemia do COVID-19 foi o mais recente marco na história da sustentabilidade. De
um lado tivemos as inúmeras dificuldades no enfrentamento do vírus, mas por outro
lado o isolamento social ressaltou a importância da produção local e do apoio a
comunidades mais sustentáveis (Polen, 2023). No cenário de pós-pandemia, a proteção
do meio ambiente deve ser prioridade para 85% dos brasileiros, segundo pesquisa do
Instituto Ipsos, 2023.
Autores como Wiedmann et al. (2020) argumentam que essa mudança em direção a uma
economia mais digital e menos intensiva em recursos pode ser um caminho importante
para uma recuperação sustentável, desde que os impactos ambientais da infraestrutura
digital sejam gerenciados de forma eficaz.
METODOLOGIA
Nesta parte do trabalho, serão apresentados os procedimentos metodológicos que serão
adotados para conduzir esta pesquisa com o objetivo de compreender o impacto da
sustentabilidade como estratégia no mercado da moda. Esta seção é fundamental para
fornecer clareza sobre como a pesquisa será conduzida, justificando as escolhas a serem
feitas e garantindo a validade dos resultados.

Tipo de Pesquisa
Para atingir os objetivos desta pesquisa, serão escolhidos procedimentos metodológicos
que permitirão uma análise abrangente e aprofundada do fenômeno em questão. Assim,
a metodologia do presente estudo consiste na combinação de métodos qualitativos e
quantitativos, no qual se justificará pela necessidade de obter uma compreensão
holística das estratégias de sustentabilidade na indústria da moda, ao mesmo tempo em
que se permitirá a mensuração de tendências e padrões, no que diz sobre o
comportamento do consumidor.
A abordagem exploratória e descritiva será selecionada devido à natureza complexa e
multifacetada do tema, diante disso o caráter exploratório da pesquisa é definido a partir
da finalidade de proporcionar mais informações sobre o assunto investigado, assumindo
a definição e delineamento do tema (PRODANOV & FREITAS, 2013)., permitindo a
investigação de questões emergentes e a descrição minuciosa das práticas adotadas no
mercado da moda em relação à sustentabilidade.
Dessa forma, o estudo se dividirá em duas principais partes: no primeiro momento,
realizaremos uma busca por meio presencial e através de buscas na internet para
entender a divisão da população e assim se definir uma amostra e o público-alvo,
passando por um processo de análise de conteúdo qualitativa, de forma mais profunda, a
fim de se criar uma persona. Sendo assim, serão buscados elementos que se encaixem
em critérios pré-definidos a partir da perspectiva do consumo da moda sustentável e o
nível de conscientização das pessoas acerca do tema.
Na segunda parte será aplicada o questionário e realizada a entrevista por meio
presencial e através de formatos online como vídeo chamadas, onde será possível
analisar com mais proximidade o discurso da amostra e compreender como estas
enxergam o impacto da sustentabilidade como estratégia no mercado da moda. Nesse
caso, o questionário foi escolhido por se tratar de um instrumento de coleta de dados
que se define como uma série de perguntas organizadas e que, a partir de questões
abertas, permite que o informante discorra espontaneamente sobre o que está sendo
questionado podendo obter conclusões (FACHIN, 2006).

Coleta de Dados
A pesquisa se concentrará nos estudos no comportamento de empreendedores no âmbito
da moda e de consumidores, a partir de uma amostragem, além de empresas, que
servirão de estudo para entender como utilizando estratégias de sustentabilidade em
seus negócios e seus impactos. Sendo assim, trabalharemos com uma amostragem de
pessoas que se interessam pelo mercado da moda, podendo estas serem consumidoras,
comercializadoras ou apenas conhecedoras dos tópicos da moda.
A identificação dos dados de sustentabilidade e das empresas do mercado de moda do
Brasil será realizada por meio de pesquisa em órgãos reguladores, como a Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), e em organizações de pesquisa e consultoria, como o
Instituto Ethos, a GRI (Global Reporting Initiative) e a B3 (Bolsa de Valores de São
Paulo), que fornecem dados e relatórios de sustentabilidade de empresas brasileiras. A
coleta será feita também através de bancos de dados especializados, como Bloomberg
ESG Data, MSCI ESG Research e Sustainalytics. Os critérios utilizados para selecionar
as informações de sustentabilidade das empresas incluirão métricas ambientais (como
emissões de carbono, consumo de água), métricas sociais (como práticas de
responsabilidade social corporativa) e métricas de governança (como diversidade de
conselhos e políticas anticorrupção), além dos critérios para seleção das empresas, como
tamanho e localização geográfica.
Para acessar os dados, serão realizadas buscas nas páginas oficiais dos órgãos e
organizações. A análise será feita por meio da técnica de análise de conteúdo proposta
por Bardin (2011), incluindo pré-análise, exploração do material, categorização e
tratamento dos resultados.
Serão desenvolvidos questionários eletrônicos específicos para dois grupos-alvo no
mercado de moda sustentável no Brasil: consumidores engajados em práticas
sustentáveis e empresas de moda que praticam a sustentabilidade. A adaptação dos
questionários será embasada em estudos relevantes no campo da moda sustentável. A
adaptação dos questionários será embasada em estudos relevantes (Štefko e Steffek,
2018; Zhang, 2014).
Para a seleção de participantes, serão considerados os seguintes critérios:
Consumidores do mercado da moda:
Idade: Sem restrições de idade.
Área de atuação: 1. Consumidores de produtos de moda fast-fashion / 2. Consumidores
de produtos de moda sustentável
Classe social: B e C
Recorte temporal: consumidores engajados no tema há pelo menos 3 anos.
Empresas de Moda Sustentável:
Tempo de carreira: Considerando a sustentabilidade em moda, as empresas devem ter
um histórico de práticas sustentáveis documentadas.
Área de atuação: Empresas no setor de moda que adotam estratégias sustentáveis em
suas operações.
Recorte temporal: Documentação sobre práticas sustentáveis ao longo do tempo.
Natureza dos documentos: Oficiais, relatórios de sustentabilidade, registros históricos
de iniciativas de sustentabilidade.
A análise dos dados coletados dos consumidores e empresas de moda sustentável será
conduzida de acordo com as necessidades da pesquisa. Os dados podem ser analisados
de forma descritiva e podem ser submetidos a análises estatísticas mais avançadas,
como regressão linear múltipla, dependendo dos objetivos específicos do estudo.
Software estatístico, como o SPSS, será utilizado para análise de dados, quando
apropriado.
Também será utilizada a análise temática para analisar dados qualitativos, através das
etapas de transcrição precisa dos dados (entrevistas, observações, narrativas), a imersão
nos dados para adquirir familiaridade, a integração dos dados em uma ferramenta de
análise (organização das unidades de registro ou fragmentos de discurso), a
identificação da unidade de contexto, a extração do núcleo de significado e a
identificação de temas-chave (Dias, E. G., & Mishima, S. M., 2023).

Resultados Esperados
Para manter a qualidade dos dados, serão adotadas medidas rigorosas, incluindo a
validação dos questionários, a garantia de anonimato dos participantes e a consistência
na aplicação das técnicas de análise.
A análise dos resultados envolverá a organização dos dados em planilhas de Excel e a
criação de tabelas para apresentar os resultados de forma clara e acessível. A análise
incluirá a identificação de padrões e a criação de categorias analíticas com base no
referencial teórico.
Reconheceremos que, como em qualquer pesquisa, existirão limitações, incluindo
possíveis vieses na amostragem e restrições na disponibilidade de dados. Essas
limitações serão consideradas ao interpretar os resultados e poderão afetar a
generalização das conclusões.
Este capítulo proporcionará uma visão detalhada dos procedimentos metodológicos a
serem adotados, garantindo a transparência e a validade da pesquisa. Os dados coletados
e a análise realizada permitirão responder às questões de pesquisa e fornecerão insights
valiosos sobre o impacto da sustentabilidade como estratégia no mercado da moda.

Cronograma
O quadro abaixo se refere ao cronograma proposto para elaboração das fases do TCC.

Quadro 1. Cronograma de Execução


Elaboração da Introdução 01/02/24 a 05/02/24
Elaboração da Fundamentação Teórica 06/02/24 a 30/05/24
Realização das Entrevistas 01/06/24 a 06/08/24
Análise de Dados 07/08/24 a 07/09/24
Revisão 08/09/24 a 01/10/24
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