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Embriologia, fisiologia e anatomopatologia

do folículo piloso e couro cabeludo


Unidade: Tricologia
Professoras: Isabel Claudino Silvano e
Silvana Cristina Trauthman
Curso Estética e Cosmética
Coordenador Fabiana Durante de Medeiros
Fase 2 fase
Número de Créditos 04

Carga Horária 60 h/a


Semestre Letivo 2018B
Unidade Tricologia
Professoras Isabel Claudino Silvano e
Silvana Cristina Trauthman
e-mail isabel.silvano51@gmail.com
silvanatrauthman@ymail.com
Ementa
Estrutura e ciclo de crescimento dos cabelos e o couro cabeludo. Anomalias
estruturais dos cabelos. Doenças e substâncias que afetam o folículo piloso e
couro cabeludo. Alopécias. Eflúvio. Tipos de cabelo. Cosméticos capilares.
Habilidades
• Reconhecer o folículo piloso e couro cabeludo normais e o ciclo de crescimento da haste capilar.
• Identificar as fases de crescimento capilar e o mecanismo de ação de ativos cosméticos usados
em tricologia.
• Distinguir as anormalidades estruturais dos cabelos.
• Compreender as alterações dos cabelos determinadas por doenças sistêmicas e por uso de
drogas.
• Identificar as possíveis causas de perdas de cabelos.
• Caracterizar os diferentes tipos de cabelo.
• Compreender as ações e aplicações de produtos cosméticos e tratamentos capilares.
Estratégias de Ensino e de Aprendizagem: aulas expositivas e dialogadas. Leitura e
discussão de artigos.

1 - Apresentação da disciplina. Embriologia, fisiologia e anatopatologia do folículo piloso


e couro cabeludo;
(09/08 – 3h/a) Aula expositiva e dialogada. Silvana

2 - Tipos de cabelos; Eflúvio; Alterações dos cabelos por doenças sistêmicas e drogas;
(16/08 – 3h/a) Aula expositiva e dialogada. Silvana

3 - Alterações genéticas envolvendos os cabelos; Anamolias estruturais dos cabelos,


moniletrix e alterações hipomelanóticas dos cabelos; Doenças do couro cabeludo de
natureza inflamatórias, infecciosas e tumorais; Alopecia androgenética, areata e
cicatricial;
(23/08 – 3h/a) Aula expositiva e dialogada. Silvana

4 – Primeira avaliação do Tópico I


(30/08 – 3h/a) Avaliação. Silvana
5 – Cosméticos capilares para lavar, condicionar, recuperar danos, alisar, descolorir e
colorir.
(06/09 – 3h/a) Aula expositiva e dialogada. Silvana

6 - Cosméticos capilares para lavar, condicionar, recuperar danos, alisar, descolorir e


colorir.
Aula expositiva e dialogada. (13/09 – 3h/a) Silvana

7 - Cosméticos capilares para lavar, condicionar, recuperar danos, alisar, descolorir e


colorir.
(20/09 – 3h/a) Aula expositiva e dialogada. Silvana

8 - Segunda avaliação do Tópico I


(27/09 – 3h/a) Avaliação. Silvana
Estratégias de Ensino e de Aprendizagem: aulas expositiva e dialogada; aulas teórico-
prática Leitura e discussão de artigos; resolução de casos.

Ambientes de Aprendizagem: sala de aula e laboratório de anexos cutâneos

10- Eletroterapias, laser de baixa potência, LED, intradermoterapia, carboxiterapia,


microagulhamento.
(11/10 – 3h/a) Aula expositiva e dialogada. Isabel

11 - Eletroterapias, laser de baixa potência, LED, intradermoterapia, carboxiterapia,


microagulhamento.
(18/10 – 3h/a) Aula expositiva e dialogada. Isabel
12 – Eletroterapias, laser de baixa potência, LED, intradermoterapia, carboxiterapia,
microagulhamento
(25/10 – 3h/a) Aula prática. Isabel

13 – Instrumental diagnóstico e tratamento empregado na tricologia;


dermatoscopia/tricoscopia;
(01/11 – 3h/a) Aula expositiva e dialogada. Isabel

14 – Instrumental diagnóstico e tratamento empregado na tricologia;


dermatoscopia/tricoscopia;
(08/11 – 3h/a) Aula prática. Isabel

15 – Feriado (15/11 – 3h/a)

16 – Primeira avaliação do Tópico II


(29/11 – 3h/a) Avaliação Isabel

17 - Segunda avaliação do Tópico II


(06/12 – 3h/a) Avaliação – Estudo de caso – 3h/a. Isabel

18 - Avaliação Final (13/12 – 3h/a) Avaliação


Instrumentos:
Instrumento 1: avaliação teórica. Realizada individualmente e sem consulta a
material de apoio. Peso da atividade: 25% da média final.

Instrumento 2: avaliação teórica. Realizada individualmente e sem consulta a


material de apoio. Peso da atividade: 25% da média final.

Instrumento 3: avaliação teórico-prática. Realizada em duplas e sem consulta a


material de apoio. Peso da atividade: 25% da média final.

Instrumento 4: Estudo de caso. Realizado em grupos de 3 a 4 integrantes com


consulta a material de apoio. Peso da atividade: 25% da média final.
Habilidades

• Reconhecer o folículo piloso e couro cabeludo normais e o ciclo de


crescimento da haste capilar.
Cabelos

• Cabelos são uma das características humanas mais variáveis.


• A cor, o comprimento, a densidade e o aspecto caracterizam as diversas
raças e podem sugerir a idade e a religião.
• A modelagem do cabelo está intimamente relacionada à moda
determinando padrões de beleza. 1
• Tem a função de proteger a cabeça dos raios solares, através da
melanina presente nele, a qual também é responsável pela sua
coloração.
• O cabelo possui receptores nervosos que funcionam como sensores, os
quais levam a aumentar a proteção da cabeça quando necessário.5
Fonte: http://www.diegoangi.com.br/o-que-e-dermopigmentacao/
Embriologia do folículo piloso e couro cabeludo

• Como se formaram o folículo piloso e o pelo?


Embriologia do folículo piloso e couro cabeludo

• No período embrionário estimulada por


sinalizações químicas porções da
epiderme se proliferam e invadem a
derme formando uma coluna que forma
um germe capilar.
• Ocorrem modificações de forma
(pregador) na porção inferior e um bulbo
se forma. A papila dérmica do folículo
resulta do tecido mesenquimal démico
que foi engolfado pela epiderme.10
Embriologia do folículo piloso e couro cabeludo

• O bulbo passa a se diferenciar e dando origem à


haste do pelo e à bainha interna do folículo
piloso.
• Fibras nervosas paralelas aos vasos sanguíneo se
desenvolvem nos locais (istmo e bulbo)
• dos folículos pilosos.
• A primeira pelagem “lanugo” fina e longa de
pigmentação variável cai entre o 7 e 8 meses
de gestação.
• Uma segunda cobertura de “lanugo” se forma e
torna a cair 3 a 4 meses após o nascimento
• Após estes dois ciclos pelos velos e terminais
começam a se desenvolver. 10
Fonte: https://www.monografias.com/trabajos63/desarrollo-embrionario-pelo/desarrollo-embrionario-pelo5.shtml
Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

• Entre 100 a 150 mil folículos na cabeça7,8

• A densidade de cabelos no couro cabeludo é variável, de 175 a 300/cm²,


dependendo da área, sexo e idade do indivíduo. 8

• Já nascemos com o número total já determinado e com o crescimento da


cabeça a densidade reduz. 7

• Com distribuição irregular e produzem diferentes tipos de pelos. 7


Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

Os folículos capilares, na
epiderme, distribuído por toda
epiderme exceto na pele glabra
(sola dos pés e palma das mãos)
dão origem aos fios de cabelo. 5,7

Ficam próximos e associados às


glândulas secretoras: a sebácea, a
sudorípora e a apócrina. As
secreções produzidas por estas
glândulas nutrem os fios de
cabelo. 5

Fonte: CASTRO-LIMA, 2016.


Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

• Manto hidrolipídico12

A água presente na epiderme não é suficiente para a hidratação epidérmica (pele, cabelo e
unhas) se não houver fatores para a sua retenção, impedindo a evaporação para o meio.
• Fator de hidratação natural (FHN) e lípides intercelulares
O componente ceratinocítico, o FHN (conjunto de estruturas higroscópicas, que
interagem entre si), retém água e condiciona um aspecto normal para o tegumento.
Os lípides intercelulares (originados dos ceratinócitos nucleados e dispostos na camada
córnea) são estruturas bipolares (com "cabeças" hidrofílicas e "caudas" hidrofóbicas). Tais
estruturas gordurosas selam o FHN nos corneócitos, mantendo o conteúdo hídrico
intercelular.
Tais lípides são tão importantes para o funcionamento normal da epiderme que, quando
aplicados topicamente, atravessam o estrato córneo, nos cabelos favorecem o
crescimento dos fios (lubrificam) e melhoram o arranjo das células da cutícula dos
cabelos.
• Fios com pH normal da pele são saudáveis e tem as cutículas fechadas (aderentes e
lisas).
• De modo ideal os produtos devem ser neutros (pH igual ao do cabelo, pele e unha) ou
levemente ácidos (pH = 6,1).

Produtos muito alcalinos (pH acima de 10), adicionado os cabelos abrem as cutículas e
expõe o córtex fica mais exposto útil para a realização de tratamentos químicos.
Rotas de permeação cutânea
Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

Tipos de pelos:

• Velo
• Terminais 7,8

• Por estímulo hormonal androgênico o pelo velo se transforma em


terminal nas axilas e pube de ambos os sexos e na face dos homens.8
Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

• Os pelos velos são finos e pequenos, sem


medula, despigmentados ou pouco
pigmentados e com até 2 cm de
comprimento.

• Os pelos terminais são longos, grossos,


pigmentados e restritos ao couro cabeludo,
barba, sobrancelhas e cílios até a puberdade.
Possuem glândulas sebáceas médias ou
grandes. 7,8

Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=pelos+velus+terminais&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjk2Y7
vt8zcAhXGjpAKHfLuDMgQ_AUICigB&biw=1366&bih=586#imgrc=mLTdayulWFk3IM:
Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

• A redução da densidade com o envelhecimento é significativa em todas as


regiões do couro cabeludo, com perda de cerca de 30% da segunda a oitava
década. 8

• O crescimento normal dos fios terminais é de pouco mais de 1 cm por mês e 100
a 150 hastes são eliminadas diariamente. 8

• Essas hastes são substituídas, a partir de células germinativas, as células tronco


(CT), do bulge (região mediana dérmica do folículo). O folículo piloso é um dos
poucos tecidos humanos ricos em CT, além disso possui queratinócitos e
melanócitos, fundamentais na reparação da epiderme. 8 O folículo piloso passa
ao longo da vida por 20 ciclos completos. 7
• As hastes tem substituição cíclica,
determinada pela multiplicação das
células da matriz folicular, na base
do bulbo; alternando fases de
crescimento, repouso e queda, de
forma independente e assincrônica
entre os folículos. 8,9

• Quando as células atingem a zona de


queratinização perdem água e
tornam-se fisicamente reticuladas
formando a proteína Queratina.

Fonte: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/182051/TCC_Maiara_Marques_final.pdf?sequence=1
• Bainhas reticulares interna (IRS) e externa (ORS)

• Bulge, localizada na ORS em um pequeno nicho


logo abaixo da glândula sebácea e próxima ao
local de inserção do músculo eretor do pelo é
um reservatório de células tronco.

• A regeneração do folículo piloso, é iniciada pela


ativação e proliferação das CT.
Fonte:http://belezasjdr.blogspot.com/2012/04/estrutura-capilar.html
Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

• Ciclos nos folículos 8,9


• No couro cabeludo normal 85% a 90% dos fios estão na fase anágena, 10%
a 15% na telógena e 1% na fase catágena8,9

5%

85%

15%
1%
ANÁGENA TELÓGENA CATÁGENA
Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

• Ciclos nos folículos. 8,9

• A fase anágena ou de crescimento


dura entre 2 e 7 anos e se caracteriza por intensa atividade
mitótica na matriz, quando o pelo apresenta sua estrutura
completamente desenvolvida.
As células tornam-se fisicamente reticuladas pelo processo de
queratinização celular, que confere ao eixo do cabelo alta
resistência à tração e flexibilidade. A IRS também é
queratinizada, trazendo rigidez para suportar e guiar o eixo do
cabelo durante seu processo de diferenciação.

Fonte: https://www.hairlossrevolution.com/vellus-hair-to-terminal-hair/
Embriologia, fisiologia e anatopatologia do folículo piloso e couro cabeludo

• Na fase anágena a média de crescimento é de 0,3-0,4 mm/dia (0,9 – 1,2


cm/mês) e os capilares sanguíneos que envolvem o folículo fornecem
nutrientes e outras substâncias exógenas.5
Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

• Ciclos nos folículos. 8,9


• A fase catágena, ou de regressão ou involução,
é um período de transição de cerca de 2-3 semanas, entre a fase de
crescimento e a de repouso. As células matriciais param de se dividir e a
estrutura do folículo diminui em um terço (a papila dérmica permanece
na região próxima as CT do bulge.

Fonte: https://www.hairlossrevolution.com/vellus-hair-to-terminal-hair/
Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

• Ciclos nos folículos. 8,9


• A fase telógena (repouso)
dura aproximadamente 3 meses, quando o pelo se
separa da papila dérmica e é facilmente destacado.
• Sua porção inferior está queratinizada em forma
de clava pela deposição adicional de queratina.

Figura - Fio telógeno. A extremidade da haste apresenta um


ponto branco dilatado que, quando observado ao microscópio,
Fonte: MULINARI-BRENNER, 2012 apresenta aspecto de “cotonete”.
Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

Ciclos nos folículos. 8,9


• No final do ciclo um trato fibroso pode ser
observado na região previamente ocupada
e uma nova fase anágena se desenvolverá.
• Entre a queda do folículo telógeno e a
nova fase anágena um período de total
repouso folicular é observado: a fase
quenógena.
• Na infância normal 8% dos folículos
apresentam a fase quenógena que pode
durar cerca de dois meses. 9

Fonte: https://www.hairlossrevolution.com/vellus-hair-to-terminal-hair/
• Como é esta haste/fibra capilar/fio de cabelo?
Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

Fonte: COLENCI, 2007


Fisiologia do folículo piloso e couro cabeludo

• A fibra capilar
é um biopolímero complexo pertencente ao seguimento da alfa-queratina/α-
queratina que apresenta 3 grandes divisões principais: cutícula, córtex e medula.
Embriologia, fisiologia e anatopatologia do folículo piloso e couro cabeludo

• A cutícula é a camada externa da fibra capilar


(5-10 células achatadas), constitui cerca de
10% da fibra, formada por um material
proteico e amorfo, é responsável pela
proteção das células corticais. Ela também
tem função de regular a saída e o ingresso de
água e pequenas moléculas. Não possui
pigmentação e é translucida, os processos de
interações químicas e físicas podem induzir à
quebra ou lixiviação dessa estrutura.3
• Responsável pela propriedades táteis e visuais
dos cabelos como o brilho. É nela que pela
incidência da luz se observa a reflexão,
transmissão e espalhamento. 2

Fibra capilar
Fonte: Santos et al.
Embriologia, fisiologia e anatopatologia do folículo piloso e couro cabeludo

Camadas da cutícula
Epicutícula: mais externa coberta por estrutura
hidrolipídica (composta por ácidos graxos unidos
por material adesivo composto por uma camada
fibrosa de proteína subjacente, conectada por
ligações tio-éster de cisteína)6
Camanda A: rica em cistina (>30%) confere
resistência física e química
Exocutícula (55% da cutícula): rica em cisteína
(>15%) com menor rigidez física
Endocutícula: cistina (~3%) na presença de água
se incha, o que fragiliza os fios à quebra quando
penteados molhados 2
Fibra capilar
Fonte: COLENCI, 2007
Embriologia, fisiologia e anatopatologia do folículo piloso e couro cabeludo

• O córtex
é responsável por 88% da massa da fibra, possui
propriedades mecânicas relacionadas a resistência
3
Porção intermediária da fibra4 .
Assim, as mudanças nas propriedades mecânicas do cabelo
são atribuídas a modificações dessa estrutura. 3

Córtex
Fonte: Dias et al, 2009
Embriologia, fisiologia e anatopatologia do folículo piloso e couro cabeludo

O córtex é formado por


macrofibrilas (estrutura cristalina
do córtex) de queratina
orientadas paralelamente ao eixo 3
axial da fibra.
Contêm as microfibras que são
formadas por uma dupla hélice de
queratina tridimensional
cristalina, toda estrutura está
dentro de uma matriz amorfa que
contém a melanina.3

Córtex
Fonte: Dias et al, 2009
Embriologia, fisiologia e anatopatologia do folículo piloso e couro cabeludo

• O complexo da membrana celular (CMC)


(2% da fibra) une células cuticulares e corticais.

Contêm o ácido 18-metil eicosanóico (18-MEA) o


componente lipídico mais importante do CMC.

Estrutura hidrofóbica que interagem com os cosméticos


hidrófobos como silicones, álcoois graxos, óleos e
polímeros.3
Embriologia, fisiologia e anatopatologia do folículo piloso e couro cabeludo

• A medula
pode ou não existir na fibra
capilar. Quando presente, pode
ser contínua ou fragmentada ao
longo do eixo da fibra capilar.3
Em cabelo grossos existem
cavidades cheias de ar feitas
por tipos especiais de células
que forma a medula central.

Estruturas da fibra capilar


Fonte: Dias et al, 2009
O diâmetro da fibra varia de 15
a 110 micrômetros.
Embriologia, fisiologia e anatopatologia do folículo piloso e couro cabeludo

O cabelo humano é composto por aproximadamente 95% de proteínas, das


quais a principal é a queratina.

• Os componentes dos cabelos;


Água (H, O)
Proteínas (C, H, O, N, S)
Lipídios (ácidos graxos - estruturais e livre)
Pigmentos
Elementos como ferro , zinco, iodo (traços que geralmente são
combinados quimicamente por meio de cadeias laterais de proteínas ou
com grupos de ácidos graxos). 6
Embriologia, fisiologia e anatopatologia do folículo piloso e couro cabeludo
Sistemas que se conectam e influenciam sobre folículo piloso, cabelos e couro cabeludo

• Sistema Circulatório
Controla de modo contínuo as necessidades teciduais de
O2 , CO2, nutrientes (H2O, íons, gorduras, proteínas) e
produtos de metabolismo; defende o organismo e contrala
a temperatura e pH*13

• Sistema Linfático
Atuam na defesa do organismo humano e produzem
anticorpos. Captura o plasma que banha os tecidos, os
quais podem conter microorganismos e restos celulares e
o trás na forma de linfa, para o linfonodo que o limpa
(secreta anticorpos – linfócitos T e B, macrófagos e células
dendríticas).
Fonte:https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-linfatico/
Sistemas que se conectam e influenciam sobre folículo piloso, cabelos e couro cabeludo

• Sistema Endócrino
Glândulas endócrinas produzem hormônios sob estímulos regulando as
necessidades do corpo.
Ex: prolactina

e; https://www.slideshare.net/ReginadeCastro/sistema-endcrino-14658330
Sistemas que se conectam e influenciam sobre folículo piloso, cabelos e couro cabeludo

• Sistema Endócrino e os Hormônios que afetam os cabelos:


Tiroxina exerce prolongamento da fase anágena (Hipotiroidismo: promove
eflúvio telógeno)
Testosterona, a enzima 5-alfa-redutase a transforma em Diidrotestosterona
(DHT), que encurta a fase anágena (miniaturiza o folículo piloso e promovem a
queda do cabelo); pode ainda afinar o cabelo, causar hiperprodução sebácea e
clarear os fios) (Síndrome do ovário policístico: eleva a testosterona)

Progesterona, endógena, é anti-androgênica, por inibir a 5-alfa-redutase,


favorecendo os cabelos.
Estrogênio exerce prolongamento da fase anágena e redução da telógena
(Menopausa: reduz estrogênio).
Sistemas que se conectam e influenciam sobre folículo piloso, cabelos e couro cabeludo

• Estresse14:
Afeta os sistemas Nervoso, Endócrino e Imune.
1. Em situação de estresse um neuropeptídeo, a substância P é
liberada por estímulo de NGF e exerce inibição do crescimento no
folículo piloso e efeitos inflamatórios.
A fase anágena é encurtada e inicia-se a catágena e o processo de
apoptose dos queratinócitos. (Estresse: promove eflúvio telógeno).
2. Em situação de estresse hormônios cortisol, adrenocorticotrópico
(ACTH), prolactina, fator de crescimento neural (NGF)
Fonte: PETERS, et al. 2004
• Prurido15
Fibras sensoriais C são distribuídas na
epiderme e derme papilar.
São de dois tipos:
mecanicamente insensíveis, que são
ativados pela histamina e
mecanossensíveis, que causam prurido
com queimação quando ativados por
espículas de cowhage (Mucuna pruriens)

Fonte: BIN SAIF; ERICSON, 2011


Referências

1. MULINARI-BRENNER, Fabiane et al. Avaliação quantitativa em cortes histológicos transversais do couro cabeludo Quantitative evaluation of transverse scalp sections. An Bras
Dermatol, v. 81, n. 3, p. 227-32, 2006.
2. COLENCI, Ana Vivian Parrelli. Efeito de uma formulação contendo o biopolímero quitosana sobre a fibra capilar caucasiana. 2007. Tese de Doutorado. Universidade de São
Paulo.
3. SANTOS, Paulo Vinicius N. et al. MAPEAMENTO DA DEGRADAÇÃO DA FIBRA CAPILAR MEDIANTE O USO DE FORMALDEÍDO E OUTRAS INTERVENÇOES QUIMICAS.
4. DIAS, Edilma Paraguai de Souza et al. Hidrolisados de queratina, processo para sua produção e composições cosméticas contendo os mesmos. 2009.
5. DE LIMA, Elizabete Campos; DA SILVA, Clóvis Lúcio. Cabelo como Matriz Analítica Alternativa para a determinação de drogas de abuso. 2007.
6. DE OLIVEIRA, Ricardo AG et al. A química e toxicidade dos corantes de cabelo. Química Nova, p. 1037-1046, 2014.
7. LIMA, Cibele Rosana Ribeiro de Castro. Caracterização físico-química e analítica de fibras capilares e ingredientes cosméticos para proteção. 2016. Tese de Doutorado.
Universidade de São Paulo.
8. MULINARI-BRENNER, Fabiane. Alopecias: avaliação inicial. Paraná:[sn]. RBM Especial Dermatologia e Cosmiatria. V 69 Ago 12
9. COSTA, Izelda Maria Carvalho. Alopecia Androgenética: contribuição ao estudo morfométrico e de imuno-histoquímica em folículos pilosos. 1998.
10. BOLOGNIA, Jean; JORIZZO, Joseph L.; SCHAFFER, Julie V.. Dermatologia. 3 Ed. Elsevier Brasil, 2015.2792 p.
11. SILVA, Maiara Marques da et al. Efeito do secretoma de Células Tronco Mesenquimais da derme no crescimento do pelo de camundongos (Mus musculus) C57BL/6. 2017.
12. Costa A. [Hidratação cutânea]. Revista Brasileira de Medicina. v. 66, p. 15-21, abr. 2009. Disponível em:
<http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3999> Acesso em: 24 nov. 2016
13. Guyton, Arthur Clifton; Hall, John E.; Guyton, Arthur C. Tratado de fisiologia Medica. Editora Elsevier Brasil, 2006. 1115 p.
14. PETERS, Eva Milena J. et al. Neurogenic inflammation in stress-induced termination of murine hair growth is promoted by nerve growth factor. The American journal of
pathology, v. 165, n. 1, p. 259-271, 2004
15. BIN SAIF, Ghada A.; ERICSON, Marna E.; YOSIPOVITCH, Gil. The itchy scalp–scratching for an explanation. Experimental dermatology, v. 20, n. 12, p. 959-968, 2011..

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