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INTERPRETAÇÃO DE EXAMES

BIOQUÍMICOS
Professora Thaline Milany da Silva Dias

Teresina-PI
2021por Eduzz.com
Licenciado para - Mayara Linhares Victor medeiros - 02549974301 - Protegido
SOLICITAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS

ALIADA DO NUTRICIONISTA

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EXAMES BIOQUÍMICOS

Exames complementares que possibilitam


averiguar a individualidade bioquímica de
cada indivíduo, em conjunto com os sinais
clínicos e avaliação dietética

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EXAMES BIOQUÍMICOS

 Os indicadores bioquímicos fornecem medidas


objetivas das alterações orgânicas e do estado
nutricional, tendo como vantagens principais:

 Confirmação das deficiências nutricionais;


 Identificação precoce de problemas nutricionais antes que
qualquer sinal e/ou sintoma clínico nutricional de
deficiência e/ou excesso de nutrientes seja percebido pelo
indivíduo ou nutricionista;
 E monitoramento clínico do indivíduo em tratamento
dietoterápico.

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O NUTRICIONISTA PODE
PRESCREVER EXAMES?

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O nutricionista pode solicitar exames
laboratoriais?

 Sim. A competência legal do Nutricionista para


solicitar exames laboratoriais necessários ao
diagnóstico nutricional, à prescrição dietética e
ao acompanhamento da evolução nutricional do
cliente/paciente está prevista nas seguintes
normatizações: Lei Federal 8.234/91, artigo 4º,
inciso VIII, Resolução CFN nº 306/03, Resolução
CFN nº 600/18 e Resolução CFN nº 417/08.

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O nutricionista
O nutricionista pode solicitar
pode solicitar exames exames
laboratoriais?
laboratoriais?

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O nutricionista pode solicitar
O nutricionista exames laboratoriais?
pode solicitar exames
laboratoriais?

 No entanto, a Lei Federal nº. 9.656/1998, que dispõe


sobre planos e seguros de assistência à saúde, no art.
12, faculta a oferta, a contratação e a vigência dos
produtos definidos no plano-referência.

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O nutricionista
O nutricionista pode solicitar
pode solicitar exames
exames laboratoriais?
laboratoriais?
 A divergência estabelecida entre as empresas operadoras
dos planos e seguros de assistência, os prestadores de
serviço (no caso, o nutricionista) e o usuário consumidor da
assistência suplementar é que as empresas não querem
pagar os exames laboratoriais necessários para
complementar o adequado atendimento.

 No início do atendimento nutricional, sejam


esclarecidas essas condições a seus
clientes/pacientes, de acordo com cada plano de
saúde, com a patologia ou situação nutricional do
indivíduo.

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O nutricionista pode solicitar exames
laboratoriais?

 A Justiça Federal julgou procedente o pedido do CFN feito na


Ação Civil Pública, para que a ANS atualize o Rol de
Procedimentos e Eventos em Saúde, a fim de que conste que
o Nutricionista pode solicitar exames laboratoriais
necessários ao acompanhamento dietoterápico, com a
consequente cobertura de pagamento pelos planos de saúde.
Essa decisão assegura que todas as operadoras de plano de
saúde devem cobrir os exames laboratoriais necessários ao
acompanhamento dietoterápico prescrito por Nutricionistas.
Essa decisão ainda está pendente do julgamento final.

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O nutricionista pode solicitar exames
laboratoriais?

De acordo com o Conselho Federal de Nutricionistas,


não cabe ao cabe ao CFN ou ao CRN o
estabelecimento de um rol de exames laboratoriais
que o nutricionista pode prescrever, entretanto,
reforça-se que é de responsabilidade do nutricionista
fundamentar tais solicitações em seus aspectos
técnico e legal, quando necessários.

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Interpretação

 As principais fontes de variação nos ensaios bioquímicos podem ser


 atribuídas a eventos pré-analíticos e analíticos.
 Os fatores pré-analíticos são os principais responsáveis pela variação
dos resultados.
 As fontes de variação pré-analíticas incluem variáveis fisiológicas,
idade, gênero, uso de medicamentos e bebidas alcoólicas,
alimentação, horário da coleta e tempo de jejum, variações sazonais,
altitude, menstruação, gravidez, estilo de vida, exercício físico,
acondicionamento da amostra, transporte da amostra, entre outros.2

 As variáveis analíticas são aquelas que


interferem no resultado em decorrência da
metodologia empregada, dos reagentes e do
sistema de calibração dos aparelhos utilizados.

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Formulário de Solicitação
Formulário de Solicitação

 Nome do paciente
 Exames solicitados
 Data
 Carimbo e assinatura do profissional solicitante
(com número de inscrição no Conselho Regional
de Nutricionistas – CRN e respectiva jurisdição)

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Formulário
Formuláriode
deSolicitação
Solicitação
Formulário de Solicitação

08/05/2021
THALINE MILANY DA SILVA DIAS
Nutricionista
Licenciado para - Mayara Linhares Victor medeiros - 02549974301CRN 17011
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Exames
Exames Diagnóstico
Diagnóstico Nutricional
Nutricional

 Exames laboratoriais utilizados em desnutrição


proteica: hemograma completo, proteínas totais.

 Exames bioquímicos para avaliação e acompanhamento


de doenças
cardiovasculares: triglicérides, colesterol total, HDL, LDL,
VLDL.

 Exames utilizados para acompanhamento de doenças
endócrinas: glicemia, teste oral de tolerância à
glicose, insulina, peptídeo C, hemoglobina glicada.

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Exames
Exames Diagnóstico
Diagnóstico Nutricional
Nutricional

 Exames para avaliação da tireoide: tiroxina (total e livre),


triiodotironina, globulina ligadora de tiroxina (TGB),
hormônio estimulador da tireóide (TSH).

 Exames utilizados para acompanhamento de doenças


renais: gasometria, uréia, creatinina, sódio, cálcio (total e
iônico), potássio sérico.

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Exames
Exames Diagnóstico
Diagnóstico Nutricional
Nutricional

 Exames laboratoriais para acompanhamento de doenças


hepáticas: alanina aminotransferase (ALT); aspartato
aminotransferase (AST), gama glutamiltransferase (GGT),
bilirrubina.

 Exames laboratoriais para acompanhamento de anemia:


ferro, transferrina, ferritina, capacidade total de ligação
do ferro.

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Exames Diagnóstico Nutricional

 Acompanhamento laboratorial de carências específicas


advindas de cirurgia bariátrica e/ou outras desordens:
vitamina B12, ácido fólico, cálcio total, cálcio iônico, ferro,
zinco, sódio, fósforo, selênio, cloro, vitamina A, vitamina
C, vitamina E, vitamina K, vitamina B6, vitamina B2,
vitamina D3.

 Outros hormônios: ACTH, ADH, calcitonina, cortisol, FSH,


GH, progesterona, prolactina, testosterona.

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AMOSTRAS UTILIZADAS
AMOSTRAS PARA ANÁLISES
UTILIZADAS BIOQUÍMICAS
PARA ANÁLISES
BIOQUÍMICAS
Amostras
Sangue venoso (soro, plasma ou eritrócitos)
Sangue arterial
Sangue capilar
Fezes
Urina
Líquido cerebroespinal
Catarro e saliva
Tecido e células
Aspirados (líquidos pleural, sinovial, intestinal)
Cálculos renais

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Formação de células

• Produção de hemácias, leucócitos e plaquetas é feita


na medula óssea

• Todas as células se originam das células tronco (stem


cell) que são totipotentes

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SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES DO SANGUE

No plasma, estão presentes fatores de coagulação.

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HEMOGRAMA

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HEMOGRAMA

O sangue é composto por células


(eritrócitos, leucócitos e
plaquetas) e plasma

Utilizado para avaliar os


eritrócitos (série vermelha),
os leucócitos (série branca) e
as plaquetas

Anticoagulante

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Métodos de Estudo
HEMOGRAMA

 As células do sangue geralmente são estudadas em

esfregaços preparados pelo espalhamento de uma gota


de sangue sobre uma lâmina, onde as células ficam
estiradas e separadas, o que facilita a observação ao
microscópio óptico.

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HEMOGRAMA

Avalia:

Anemia;
Infecções;
Inflamações;
Leucemias;
Distúrbios de coagulação.

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Como interpretar cada elemento
do hemograma série vermelha?

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Série Vermelha
 Na avaliação da série vermelha, observamos:

 Alterações quantitativas da contagem dos eritrócitos

através da hematimetria;

 Concentração da hemoglobina;

 Relação entre a massa eritrocitária e o volume total de

sangue (hematócrito);

 Índices hematimétricos: VCM, HCM, CHCM e RDW;

 Alterações qualitativas dos eritrócitos quanto ao

tamanho,cor e forma.

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HEMOGRAMA

ERITRÓCITOS OU HEMÁCIAS

 Mais numerosos dos elementos figurados;


 Número e aspecto dos eritrócitos;
 Em estados patológicos, podem apresentar
alterações de tamanho, formato e
coloração.

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HEMOGRAMA

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(ROSSI; CARUSO; GALANTE, 2015)
HEMOGRAMA

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(ROSSI; CARUSO; GALANTE, 2015)
HEMOGRAMA
HEMOGRAMA
HEMOGLOBINA
 Responsável pelo transporte de O2;
 Pode ser utilizada como marcador do EN;
 Marcador que pode fornecer dados sobre a
presença de doenças
Hb baixa:
 Anemia
 Leucemia
 Hipotireoidismo
 Deficiência de ferro e vitaminas
 Hemorragia

 Hb alta:
 Uso de tabaco
 Desidratação
 Enfisema pulmonar
 Fibrose pulmonar
 Tumor nos rins
 Uso de anabolizantes ou eritropoeitina
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(ROSSI; CARUSO; GALANTE, 2015)
HEMOGRAMA

HEMATÓCRITO

 Indica a massa total de células


sanguíneas por unidade de
volume;
 Depende do volume ocupado
pelos eritrócitos;
 Avalia a porcentagem das
hemácias que pode estar
diminuída por redução da síntese
(doença renal, hemorragias) e/ou
por perdas (hemólise,
queimadura, hemorragia)

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HEMOGRAMA

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HEMOGRAMA

INDICES HEMATIMÉTRICOS

 Os índices hematimétricos definem o tamanho e o


conteúdo de hemoglobina das hemácias e são
utilizados para diferenciar os vários tipos de anemias;
 Não devem ser avaliados isoladamente;
 Principais:

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HEMOGRAMA

INDICES HEMATIMÉTRICOS

 Volume corpuscular médio: Representa o tamanho


individual das hemácias e é o melhor índice para
classificar as anemias.

 Hemoglobina corpuscular média: Representa a média da


hemoglobina por eritrócito, que pode estar reduzida na
microcitose e aumentada na macrocitose.

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HEMOGRAMA
INDICES HEMATIMÉTRICOS

 Concentração da hemoglobina corpuscular média: Representa a


concentração de hemoglobina presente em 100 ml de hemácias,
possibilitando a avaliação do grau de saturação de hemoglobina no
eritrócito. A saturação da hemoglobina normal indica a presença de
hemácias ditas normocrômicas. Quando diminuída, têm-se hemácias
denominadas hipocrômicas e, quando aumentada, hemácias
hipercrômicas;

 Índice de variação de volume de células dentro da população de


eritrócitos: É um índice que indica a anisocitose (variação de
tamanho) de hemácias e representa a porcentagem de variação dos
volumes obtidos

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HEMOGRAMA
 Volume corpuscular médio: Representa o tamanho individual das hemácias e é o melhor
índice para classificar as anemias

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HEMOGRAMA

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(ROSSI; CARUSO; GALANTE, 2015)
HEMOGRAMA
 Hemoglobina corpuscular média: Representa a média da hemoglobina por eritrócito, que
pode estar reduzida na microcitose e aumentada na macrocitose

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(ROSSI; CARUSO; GALANTE, 2015)
HEMOGRAMA
 Concentração da hemoglobina corpuscular média: Representa a concentração de
hemoglobina presente em 100 ml de hemácias, possibilitando a avaliação do grau de
saturação de hemoglobina no eritrócito. A saturação da hemoglobina normal indica a
presença de hemácias ditas normocrômicas. Quando diminuída, têm-se hemácias
denominadas hipocrômicas e, quando aumentada, hemácias hipercrômicas;

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(ROSSI; CARUSO; GALANTE, 2015)
HEMOGRAMA
 Índice de variação de volume de células dentro da população de eritrócitos: É um
índice que indica a anisocitose (variação de tamanho) de hemácias e representa a
porcentagem de variação dos volumes obtidos;
 Em um estudo que avaliou o índice hematimétrico no diagnóstico diferencial de
anemias microcíticas, determinou-se a elevação da variação na distribuição do volume
dos eritrócitos (acima de 16%) como melhor índice discriminador de anemia
ferropriva, o que é explicado pela coexistência de eritrócitos no sangue periférico
produzidos em estágios progressivos da deficiência de ferro, causando mistura de
células normocíticas e progressivamente microcíticas.

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HEMOGRAMA

SÉRIE BRANCA

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HEMOGRAMA
SÉRIE BRANCA

 Leucócitos – responsáveis pela defesa do organismo;


 Únicas células completas presentes no sangue;

 3 tipos: Granulócitos (neutrófilos, basófilos e


eosinófilos), Linfócitos e Monócitos.

 O leucograma é um exame obtido pela contagem dos


diferentes tipos de leucócitos, em uma lâmina, por meio
do microscópio. Essa lâmina é preparada fazendo-se um
esfregaço com uma gota de sangue, que é
posteriormente corado.

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(ROSSI; CARUSO; GALANTE, 2015)
Desvios do Leucograma
HEMOGRAMA
 Leucocitose:
 Elevação do número de leucócitos acima de 9000/mm³
 Pode apresentar aumento de um único tipo de célula, de
dois, três ou até todas ao mesmo tempo

 Pode ocorrer nas infecções (neutrofilia), verminoses


(eosinofilia) e nos processos crônicos (leucocitose
linfocítica)

 Leve: 9000 – 11000/ mm³


 Moderada: 11000 – 13000/ mm³
 Acentuada: 13000 – 18000/ mm³
 Muito acentuada: > 18000/ mm³
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Desvios do Leucograma
HEMOGRAMA
 Neutrofilia:

 Processo que produz leucocitose por aumento dos


neutrófilos

 Aumento superior a 70% ou 6.000/ mm³

 Causas

Aumento da produção pela M.O.

Doenças mieloprolifaretivas
Aumento reacional

infecção, inflamação, necrose.


Liberação acelerada pelo compartimento de reserva

Infecção, inflamação, necrose, corticoides.


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Desvios do Leucograma
HEMOGRAMA

 Leucopenia:
 Diminuição do número total de leucócitos <
6000/ mm³
 Geralmente é provocada pela neutropenia
 Abaixo de 6000/ mm³

 Significado clínico < 4000/ mm³

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Desvios do Leucograma
HEMOGRAMA

 Neutropenia:
 Diminuição do número de neutrófilos
 Ocorre quando houver inibição da medula (aplasia
medular)
 Causas:
Menor produção
Insuficiência proliferativa da medula óssea
Hematopoese ineficiente
Mielodisplasia, deficiências de vitamina B12 e folatos
Diminuição da liberação da medula para o sangue
Defeito de maturação ou deficiência de estímulo
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HEMOGRAMA
CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS
 Indica a defesa celular e as reservas imunológicas
momentâneas do organismo;
 A CTL é um indicador do estado nutricional que evidencia
alterações bioquímicas precocemente, anterior às lesões
celulares e/ou orgânicas;
 Pode estar aumentada nas infecções virais, agudas e doenças
colagenosas e diminuída com o uso de corticosteroides e em
doenças relacionadas com a deficiência do sistema
imunológico;
 Valores inferiores a 1.200 mm³ podem ser significativos na
doença renal crônica
 Depleção leve: de 1.200 a 2.000/mm³
% 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿 𝑋𝑋 𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿  Depleção moderada: de 800 a 1.199/mm³
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 =
100  Depleção grave: < 800/mm³.

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(ROSSI; CARUSO; GALANTE, 2015)
HEMOGRAMA
PLAQUETAS

 O estudo da série plaquetária inclui a contagem de plaquetas


(trombócitos) e sua avaliação morfológica;
 A trombocitopenia pode ser consequência da redução da produção de
plaquetas, do aumento de sua utilização ou destruição ou de
hiperesplenismo. podem ter causas hereditárias (síndrome de Bernard-
Soulier) ou adquiridas, como nos casos de púrpura trombocitopênica e
anemia megaloblástica.
 As trombocitoses ocorrem em doenças mieloproliferativas, como a
leucemia mieloide aguda, trombocitemia essencial, inflamatória ou
maligna, hemorragia, anemia ferropriva, inflamação ou esplenectomia;
 As alterações do número de plaquetas estão associadas a diversas
condições, como alterações medulares, aterosclerose, diabetes,
hiperlipidemias, tabagismo etc.;
 Os valores de referência para adultos são de 150.000 a 450.000/mm³
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(ROSSI; CARUSO; GALANTE, 2015)
Sistema Imunológico
Principal barreira do hospedeiro contra as infecções, e tem a
capacidade de realizar uma resposta rápida e efetiva contra
os patógenos invasores.

Imunidade inata – Imunidade adaptativa


células rapidamente – células tem memória,
disponíveis para exigem exposiçãoprévia
resposta imune à antígenos, tardia

Leucócitos

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Sistema Imunológico

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Estudo das anemias

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 A anemia caracteriza-se por uma deficiência no
tamanho e número de eritrócitos (hemácias) ou na
quantidade de hemoglobina que eles contém. Esta
deficiência prejudica a função básica dos
eritrócitos que é a troca gasosa (entrega de O2 e
retirada de CO2) deles com os tecidos corporais.

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 As anemias podem resultar da
deficiência de nutrientes (anemias
nutricionais), sendo o ferro, B12 e ácido
fólico os principais envolvidos, ou de
condições como hemorragias,
anormalidades genéticas, doenças
crônicas ou intoxicação por drogas
(anemias não nutricionais).

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Anemia Ferropriva

 Caracterizada pela produção de


eritrócitos pequenos (microcítica) e com
menos hemoglobina (hipocrômica) e
representa o último estágio de um
período prolongado de privação de ferro

Anemia ferropriva = microcitose + hipocromia


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Ferritina
Ferritina
 Indicador mais sensível para a quantidade de ferro armazenada
no organismo – proteína de reserva do ferro.

 Valores de ferritina abaixo do normal indicam diagnóstico de anemia.

 Valores baixos indicam carência crônica e valores elevados indicam


sobrecarga de Fe
 Atenção: depleção orgânica acontece antes mesmo se o indivíduo
apresentar diminuição dos níveis de hematócrito, hemoglobina,
VCM e HCM.
Valores de referência:
Homem: 36–262 μg/L.
Mulher: 20 - 110 μg/L.
Licenciado para - Mayara Linhares Victor medeiros - 02549974301 - Protegido Mulher pós-menopausa: 24–155 μg/L
por Eduzz.com
Ferritina
Ferritina
 Considerações importantes:
 É uma proteína de fase aguda positiva - está elevada em
casos de estresse metabólico, podendo mascarar
diagnóstico de anemia ferropriva

 Só interromper a suplementação de ferro após


normalização
da ferritina que indica repleção das reservas.
 Não usar hematócrito , Hb, VCM e CHCM sozinhos para
parâmetro de avaliação do tratamento

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Ferritina
Ferritina
Ferritina
 Considerações importantes:
 Suplementação de ferro não elevou ferritina?

 paciente pode não estar tomando adequadamente a


medicação
 presença de sangramento mais rápido que a reposição de
hemácias
pela medula óssea
 ferro suplementar não está sendo absorvido
(esteatorréia?; doença celíaca?; hemodiálise?)

 Indicação de suplementação endovenosa: conduta médica!


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Ferritina
Transferrina
Transferrina
 Fe circula no sangue ligado a uma proteína
denominada TRANSFERRINA (ou siderofilina);

 Constituída de uma única cadeia polipeptídica com dois locais de

ligação, quimicamente distintos, para o ferro;

 Está reduzida em fase aguda por ser PTN de fase aguda negativa;

 Está elevada na anemia ferropriva.

Valores de referência
(capacidade total de fixação)
Total: 250–450 µg/dL
Livre: 150–340 µg/dL.
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TIBC ou CTLF
Ferritina
Transferrina
Ferritina
Transferrina
Transferrina
 Total iron bind capacity ou capacidade total de
ligação do ferro
 Representa a porção total de ferro ligado à
transferrina
Saturação da
 Referência: 250 a 450g/dl transferrina
% = ferro sérico
TIBC
-em indivíduos normais,
apenas 1/3
 TBI C dessa capacidade é
aproveitada

Fe plasma nunca é suficiente


para saturar toda transferrina

Referencia: 20 a 50%

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Ferritina
Ferro Transferrina
Sérico e Transferrina
Transferrina
 A dosagem de Transferrina exige a dosagem de Fe sérico,
além da dosagem do Fe capaz de fixar-se à transferrina
livre (determinação da capacidade latente de fixação)

 Importante na anemia ferropriva e hemocromatose


 Ferro sérico < 50 g/dL + saturação da transferrina <16%, há
diminuição da eritropoiese antes do aparecimento de
microcitose e hipocromia!
Valores de referência para ferro
sérico:
Homem: 60–170 g/dL.
Mulher: 50–160 g/dL

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Deficiência em Ferro

1º Estágio – Depleção nos depósitos de ferro: ferritina


Ferro sérico, saturação da transferrina e hemoglobina
normais.
2º Estágio – Alteração no transporte e hemácias: diminuição
na saturação da transferrina, redução do Fe sérico e CTLF
aumentada.
3º Estágio – Anemia estabelecida: microcítica e
hipocrômica.

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Deficiência em Ferro

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Manifestações Clínicas da Anemia Ferropriva

 Manifestações iniciais
- Função muscular inadequada: menor desempenho
ocupacional e tolerância à exercícios
- envolvimento neurológico: fadiga, anorexia e pica
(principalmente pagofagia – ingestão de gelo)
- anormalidades de crescimento em crianças
- alteração cognitiva em crianças: essa alteração pode
preceder a anemia evidente
- distúrbios epiteliais
- redução na acidez gástrica
- redução da imunocompetência: especialmente prejuízo na
função de células fagocitárias (neutrófilos), que podem
induzir infecção.

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Diagnóstico diferencial

 A forma mais comum de se detectar a


anemia é por meio da medida do valor
da concentração da hemoglobina no
sangue

 Ferritina: avalia as reservas de ferro. È


o parâmetro mais sensível já que se
altera antes da saturação de transferrina

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Os pontos de corte de hemoglobina para diagnóstico da anemia,
definidos pela Organização Mundial da Saúde em 1968, ainda são
utilizados para populações que vivem ao nível do mar

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Tratamento da Anemia Ferropriva

 Deve ser focado no tratamento da doença de


base ou na extinção da causa da anemia,
devendo ser o principal objetivo a repleção das
reservas de ferro.

 O tratamento consiste na:


 Suplementação medicamentosa de ferro + intervenção
nutricional.

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Tratamento da Anemia Ferropriva

Ferropriva
1º momento: normo/normo
2º momento: micro/hipo
Fe sérico baixo
Ferritina baixa
TIBC alto
Saturação transferrina baixa
Tratamento: dieta + suplementação
- sulfato ferroso 200 a 300mg 3x/dia ou
ou gluconato ferroso - 0,3g 3x/dia após refeições

Resposta:
-Reticulocitose a partir do 4º dia tto
- Hb e Ht ↑ em 2 semanas e
normalizam em 4 a 6 semanas
- continuar TTO por mais 4 meses

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Tratamento da Anemia Ferropriva

 Além da suplementação de ferro, deve-se atentar para a


quantidade de sua ingestão durante a alimentação.

 Uma boa fonte de ferro contém quantidade significativa desse


nutriente com relação ao seu conteúdo calórico (alta densidade de
nutriente) e contribui para pelo menos 10% das metas da ingestão
diária recomendada para consumo de ferro.

 Fígado, rim, carne bovina, frutas secas, ervilhas secas e feijões,


castanhas, vegetais de folhas verdes, pães com grãos integrais
fortificados estão entre os alimentos que apresentam índice mais
elevado de ferro

 Estima-se que 1,8 mg de ferro deva ser absorvido diariamente para


suprir as necessidades de 80% a 90% das mulheres adultas e de
adolescentes dos sexos masculino e feminino

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 Características da dieta para anemia ferropriva são:
hiperférrica, hiperproteica, rica em vitamina C e isenta de
alimentos de dificil digestão e flatulentos

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Anemias Megaloblásticas
A deficiência de vitamina B12 e/ou folato. Essas
vitaminas são indispensáveis na síntese de timidina,
nucleotídeos que compõem o DNA. É considerada como
anemia macrocítica (eritrócitos grandes)..
• Principais causas: Def.B12 e ácido fólico

B12 folato

A alterações hematológicas são as mesmas para deficiência de


B12 ou folato
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Anemias Megaloblásticas
 B12 ou ácido fólico - são essenciais à síntese de
nucleoproteínas (DNA celular), de maneira que sua
ausência gera distúrbios nesta síntese com consequente
alteração morfológica e funcional em eritrócitos,
leucócitos e plaquetas.

 A anemia megaloblástica causada pela deficiência


da vitamina B12 secundária à ausência de fator
intrínseco é denominada Anemia perniciosa

 Uma glicoproteína secretada pelas células parietais da


mucosa gástrica, necessária para a absorção da B12 em
íleo terminal. Logo, mesmo que a ingestão dietética seja
satisfatória, a anemia ocorrerá, pois a absorção não
ocorre.
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Anemias Megaloblásticas

Se a deficiência perdurar por muito tempo


pode causar lesão irreversível no sistema
Apesar das manifestações hematológicas da anemia por B12 ou folato
nervoso,
serem as mesmas, os mesmo
sintomasse repuser adaB12
neurológicos anemia por deficiência
de B12 a destinguem da anemia por acido fólico. Os sintomas são fruto
do acometimento do sistema nervoso periférico e central, devido à
inadequada mielinização dos nervos. Dentre os mais evidentes estão:
 Parestesia (formigamento) em mão e pés
 Má coordenação muscular
 Memória precária
 Alucinações
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Anemias Megaloblásticas

Tratamento médico da anemia perniciosa

Administração oral: doses orais


grandes (1000 microgramas) de B12
são eficazes mesmo sem o FI, visto
que 1% será absorvido por difusão

Injeção intramuscular ou subcutânea de B12 :


100 microgramas por semana. Posteriormente, a
frequência de administração vai se reduzindo
até chegar a injeções mensais.

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Anemias Megaloblásticas
Tratamento Nutricional

 Dieta hiperproteica (1,5g/kg/dia)


 Aumentar ingestão de vegetais verdes, pois
contem ferro e ácido fólico
 Incluir fígado com frequência, carnes bovina
e suína
 Considerar maior ingestão de ovos, leite e
derivados, mas considerar o conteúdo de
colesterol alto.

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Anemias Megaloblásticas
Anemia por deficiência de Ácido Fólico
Grupos de risco: adolescentes,
grávidas, alto consumo de bebidas
alcoólicas, terceira idade, consumo
crônico de anticonvulsivante e
contraceptivos orais além de dieta
inadequada.

Deficiência de B12 gera deficiência


funcional de ácido fólico, ou seja,
mesmo se ele estiver em
concentrações adequadas, não
consegue se tornar ativo para exercer
sua função.

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Anemias Megaloblásticas
Anemia por deficiência de Ácido Fólico

As reservas corporais de ácido fólico


esgotam-se em 2 a 4 meses

 A anemia por deficiência de folato é diagnosticada por:


 Folato sérico < 3ng/ml
 Folato nas hemácias (eritrocitário) < 140ng/ml => reflete
as reservas corporais de folato, sendo portanto superior
ao folato sérico para determinar o estado nutricional de
folato (indicador PRÍMÁRIO DOS ESTOQUES NOS TECIDOS)
 Homocisteína sérica > 16mcmol/l podem refletir
inadequação de folato

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Anemias Megaloblásticas
Anemia por deficiência de Ácido Fólico

Tratamento médico

1 a 5mg via oral/dia por 2 a 3 semanas

 Iniciado o tratamento, ocorre melhora sintomática em


24 a 48h, pouco antes da normalização dos valores
hematológicos, que leva aproximadamente 1mês.

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Anemias Megaloblásticas
Anemia por deficiência de Ácido Fólico

Tratamento Nutricional
 Instruir o paciente a consumir ao menos 1 fruta
crua, ou vegetal cozido ou 1 copo de suco de fruta
diariamente
 As frutas e vegetais devem ser crus, já que o
folato é facilmente destruído pelo calor
 Dieta hiperproteica, hipervitamínica (folato, B12
e vit C), hiperférrica, hipercúprica (rica em cobre)
com restante ajustado às necessidades.

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Perfil glicídico

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Metabolismo da
glicose

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Sequência de Sinalização para Secreção de Insulina

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Via de sinalização da insulina.

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DIABETES MELLITUS

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CONCEITO E ETIOLOGIA

 Etiologia múltipla, caracterizada por hiperglicemia


crônica decorrente da secreção inadequada de
insulina e/ou resposta menor dos tecidos à insulina,
ou ainda de uma combinação de ambas.

Fatores de Risco Não-Modificáveis

• Influência genética
• Senilidade

Fatores de Risco Modificáveis

• Estilo de vida
• Hábitos alimentares
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CLASSIFICAÇÃO

 Diabetes Mellitus tipo 1:


 Deficiência absoluta de insulina
 Destruição seletiva das células β das ilhotas de
Langerhans do pâncreas
 5-10% dos pacientes diabéticos
 Infância ou adolescência

 Diabetes Mellitus tipo 2:


 Produção excessiva de glicose hepática
 Diminuição da secreção de insulina
 Resistência à insulina (diversos fatores)

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GLICOSE PLASMÁTICA
• Indicação principal  diagnóstico de Diabetes Mellitus
• Exame útil também para:
• Monitoramento terapêutico do diabetes.
• Avaliação de distúrbios do metabolismo dos carboidratos.
• Diagnóstico diferencial das hipoglicemias (insulinomas,
diabetes).

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GLICOSE PLASMÁTICA
GLICOSE PLASMÁTICA
 Valor plasmático:

 Jejum  limites bastante estreitos

 Regulação hormonal extremamente sensível:

 Insulina (agente hipoglicemiante)

 Glucagon, cortisol e catecolaminas (agentes


hiperglicemiantes)

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Glicose
GLICOSE PLASMÁTICA
plasmática

Hipoglicemia

Hiperglicemia

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DIAGNÓSTICO

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Teste de Tolerância Oral a Glicose

 Coleta:
Glicemia jejum e 2h após a ingestão de 75g de
glicose anidra dissolvida em água (250-300ml)
ingerido em aproximadamente 5 min.

 Crianças:
Se houver indicação do TOTG usa-se 1,75 grama/kg
de glicose (máximo 75 gramas)

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Teste de Tolerância Oral a Glicose
 Padronização para o teste:
Alimentação com pelo menos 150g de HC nos 3 dias que
antecedem o exame;

 Atividade física habitual;

 No dia do teste jejum de 8-12h (permite-se ingerir água);

 Não fumar ou caminhar durante o teste;

 Medicações e intercorrências que podem alterar o teste devem


ser controladas

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Indicações doTeste de Tolerância Oral a Glicose

Indivíduos com glicemia de jejum entre 100 e


125 mg/dl.

Indivíduos com glicemia normal mas com pelo


menos dois fatores de risco.

Diabetes gestacional prévio, com glicemia de


jejum normal.

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Teste de Tolerância Oral a Glicose

 Valores (método enzimático):

155
Normal < 140 mg/dl

Intolerância à glicose 140 - 199 mg/dl

Diabetes Mellitus ≥ 200 mg/dl

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CURVA GLICÊMICA
 Semelhante ao TOTG, porém, com tempo de observação fracionado e
aumentado – usadas para estudo do metabolismo glicose.

 Curva glicêmica clássica:


 Glicemia jejum e 30/60/90/120/180 minutos após a ingestão de 75g de
glicose anidra dissolvida em água (250-300ml) ingerido em
aproximadamente 5 min.

 Subtipos:

 simplificada  jejum, 30, 60, 90 e 120 min ou

 prolongada de 4 horas  jejum, 30, 60, 90, 120, 180 e 240 min.

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CURVA GLICÊMICA

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DIAGNÓSTICO

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HEMOGLOBINA GLICADA

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HEMOGLOBINA GLICADA

 É um marcador metabólico de longo prazo.


Reflete glicemia média durante 2 a 4 meses
anteriores a realização do teste.

 Serve para diagnóstico e acompanhamento de


DM.

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HEMOGLOBINA GLICADA

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FRUTOSAMINA
 Exame usado para avaliação do controle do DM. Mede a
glicação das proteínas séricas de um modo geral, das
quais a principal é a albumina.

 Como a albumina tem um turnover de 2 semanas, a


frutosamina reflete o controle glicêmico ao longo
deste período.
Demonstra adesão ao tratamento.

 Não substitui a Hemoglobina glicosilada

 É utilizada principalmente no monitoramento do


controle glicêmico em curto prazo e no diabetes
gestacional
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FRUTOSAMINA

Relação frutosamina-albumina normal: 54 a 86


mcmol/g

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MARCADORES GLICÊMICOS

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Resistência à insulina
• É surpreendente o quanto a RI é prevalente na população (25 a 30%), sendo

componente de condições fisiológicas como puberdade e gravidez, e de

condições patológicas como DM2 (em mais de 90% dos pacientes), obesidade,

hipertensão arterial, síndrome metabólica, alterações do metabolismo da

glicose, dislipidemia, síndrome do ovário policístico, esteato-hepatite não

alcoólica (NASH), entre outras.

• Nesses casos, a RI é uma alteração fisiopatológica de base, precedendo

(mesmo por vários anos) e/ou contribuindo para o surgimento da respectiva

condição patológica.

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Diretriz SBD, 2015-2016
Resistência à insulina

• A hiperglicemia crônica é capaz de inibir tanto a


secreção de insulina induzida por glicose quanto a
sensibilidade celular à insulina. A deterioração da
função da célula beta e da ação insulínica inicia-se
anos antes do diagnóstico do diabetes, e, comumente,
a hiperglicemia crônica está associada à secreção
insulínica deficiente e à RI

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Diretriz SBD, 2015-2016
Resistência à insulina

 Insulina
 É um peptídeo sintetizado pelas células beta das ilhotas de
Langerhans do pâncreas

 Sua secreção é controlada


 pelos níveis de glicemia,
 estímulos nervosos e hormonais.

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Índice HOMA
 HOMA (Homeostasis Model Assesment) avalia a
resistência a
insulina, porém não tem indicações clara na prática clínica.

HOMA beta = 20 x insulinemia (mU/ml)


Glicemia (mMol/l) -3,5

HOMA IR = insulinemia (mU/ml) x Glicemia (mMol/l)


22,5

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INSULINA
Valores séricos de referência:
2,6 a 25 mcU/mL

 Síntese de insulina pela célula beta:

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Peptídeo C

 Após a clivagem da pró-insulina, o peptídeo C é secretado em


proporção equimolar, junto com a insulina

 Sua dosagem não se altera na presença de anticorpos anti-insulina,


refletindo, nestes casos, melhor que a insulina, a capacidade
secretória das células beta.

 Principal utilização -> avaliação da reserva de insulina endógena,


auxiliando na orientação terapêutica.

Valores séricos de referência:


510 a 2.700 pg/dl
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Avaliação Glicêmica - Hemoglucoteste

Obtenção do sangue capilar e


colocação em fitas reagentes acopladas
em aparelhos que fornecem os
resultados em poucos segundos.

 Usado para auto-monitorização

 Aparelhos, em geral, bastante acurados

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Glicosúria
Presença de glicose na urina, o que pode indicar a presença de
diabetes até doenças renais, por exemplo

 Geralmente ocorre quando a glicose sanguínea encontra-se em


valores superiores a 160 ou 200 mg/dl

 Glicosúria é influenciado não só pela glicemia, mas também:

 pela taxa de filtração glomerular,

 pela taxa de reabsorção tubular e

 pelo fluxo urinário

Glicosúria depende de um rim normal


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Glicosúria

Outras situações patológicas como queimaduras, infecções,


doenças neurológicas e terapia oral com esteróides podem,
também, causar glicosúria.

 Não se faz diagnóstico de diabetes pela glicosúria

 Valores de referência: níveis indetectáveis até 100 mg/dl

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Intervenções dietéticas eficazes

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Intervenções dietéticas eficazes

 Evidências científicas demonstram que a intervenção


nutricional tem impacto significativo na redução da
hemoglobina glicada (HbA1c) no diabetes mellitus tipo 1
(DM1) e no diabetes mellitus tipo 2 (DM2), após 3 a 6 meses
de seguimento com profissional especialista,
independentemente do tempo de diagnóstico da doença.

 Além disso, quando associado a outros componentes


do cuidado em DM, o acompanhamento nutricional
pode favorecer ainda mais os parâmetros clínicos e
metabólicos decorrentes de uma melhor aderência
ao plano alimentar prescrito.

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Intervenções dietéticas eficazes

 Abordagem nutricional individualizada requer mudanças no


estilo de vida e objetivos que podem resultar em intervenções
dietéticas complexas

 É necessário conhecer alguns aspectos relacionados aos


alimentos, como cultura, regionalidade, composição de
nutrientes e preparo de refeições. Esse cenário justifica a
recomendação do nutricionista como profissional habilitado
para implementar intervenções e educação nutricional para
indivíduos com diabetes.

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Intervenções dietéticas eficazes

 A orientação nutricional tem como alicerce uma


alimentação variada e equilibrada cujo foco é atender às
necessidades nutricionais em todas as fases da vida.

 Essa terapia tem como objetivos, ainda, manutenção/obtenção de


peso saudável, alcance das metas de controle da glicemia (tanto em
jejum como pré e pós-prandial) e adequação dos níveis pressóricos e
dos níveis séricos de lipídios, considerando-se o uso de fármacos para
prevenir complicações de curto e médio prazos

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Intervenções dietéticas eficazes
 A ingestão dietética em pacientes com DM segue
recomendações semelhantes àquelas definidas para a
população geral, considerando-se todas as faixas etárias

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(SBD, 2017)
Intervenções dietéticas eficazes

Fibras dietéticas podem atenuar a resposta à insulina e,


assim, auxiliar na prevenção contra o DM2.

As principais fontes alimentares são frutas, verduras, legumes, farelo de


aveia e de cevada, semente de linhaça, além de leguminosas. As fibras
solúveis, presente em produtos como aveia, feijões, cevada, psyllium,
entre outros, auxiliam no retardo do esvaziamento gástrico,
contribuindo positivamente para o controle glicêmico pós-prandial
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Intervenções dietéticas eficazes

Diabetes Prevention Program (DPP)

Os principais objetivos da intervenção intensiva, comportamental e de


estilo de vida resumem-se em alcançar e manter no mínimo 7% de
perda de peso e 150 minutos de atividade física por semana,
semelhantemente à intensidade de uma caminhada rápida.

 Cada quilograma perdido esteve associado a uma redução de 16% do


risco de DM2.

 Estabeleceu-se a meta de redução de peso de 7% por ser um valor


factível e possível de manter. Os participantes foram encorajados a
atingir essa meta durante os primeiros 6 meses da intervenção, com
perda de peso estimada em 0,5 a 1,0 kg por semana
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Intervenções dietéticas eficazes

 Considerando que hábitos alimentares saudáveis devem


ser incentivados, existem evidências de que alguns
alimentos têm impacto positivo na prevenção do DM2.
 Alguns estudos sugerem que os cereais integrais podem
ajudar a prevenir o DM2. A maior ingestão de nozes,
frutas vermelhas, iogurte, café e chá está associada a
risco reduzido de diabetes. Por sua vez, o alto consumo
de carnes vermelhas e bebidas açucaradas relaciona-se
a um risco aumentado de desenvolvimento de DM

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Intervenções dietéticas eficazes

 Não existe uma estratégia alimentar universal para


prevenir o diabetes ou retardar o seu início, uma vez
que a individualidade bioquímica deve ser considerada

 Associação com a manutenção do peso corporal e com


uma alimentação saudável, a melhor estratégia para
diminuir o risco de diabetes, especialmente se as
recomendações dietéticas levam em conta as
preferências individuais, permitindo, assim, a adesão
ao tratamento nutricional a longo prazo

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thalinemilany@Hotmail.com

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