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Joel Chaúque

História da Origem das Geometrias:


Euclidiana e não Euclidiana

Licenciatura em Matemática

Universidade Save
Chongoene
2022
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Joel Chaúque

História da Origem das Geometrias:


Euclidiana e não Euclidiana

Trabalho a ser apresentado ao


Departamento de ciências Naturais e
Exactas, no curso de Licenciatura em
Matemática para efeitos de avaliação,
na cadeira de Geometria não
Euclidiana, sob orientação do MSc.
Johane Mutuque

Universidade Save
Chongoene
2022
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Índice
1.0. Introdução ........................................................................................................................ 4

2.0. Objectivos ........................................................................................................................ 5

2.1. Geral ............................................................................................................................. 5

2.2. Específicos ................................................................................................................... 5

3.0. Metodologia ..................................................................................................................... 5

4.0. Breve historial do surgimento da Geometria Euclidiana ................................................. 6

5.0. Preliminares da Geometria Euclidiana ............................................................................ 7

5.1. Noções Comuns das ciências ....................................................................................... 7

5.2. Axiomas ou postulados da Geometria Euclidiana ....................................................... 7

6.0. Aspectos históricos das Geometrias não Euclidianas ...................................................... 9

6.1. Discussões a volta do 5° Postulado de Euclides .......................................................... 9

6.2. Contribuição de Lobatchevsky .................................................................................. 10

6.3. Contribuições de Riemann ......................................................................................... 11

7.0. Principais Diferenças ..................................................................................................... 12

7.1. O Postulado das Paralelas .......................................................................................... 12

8.0. Quadro Comparativo entre alguns conteúdos Geométricos .......................................... 13

9.0. Conclusão ...................................................................................................................... 14

10.0. Referências Bibliográficas ........................................................................................... 15


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1.0. Introdução
O presente trabalho circunscreve – se na cadeira de Geometria não Euclidiana e tem em
vista apresentar de forma resumida o historial da evolução da Geometria Euclidiana, no que
se refere aos seus precursores, construção axiomática, suas limitações, e as discussões por
volta do quinto postulado de Euclides de Alexandria (nascido por volta de 365 a.C.), que
resultaram no surgimento das Geometrias não Euclidianas.

A palavra Geometria em si, tem a sua origem do grego Geometrein (Geo – Terra, e
Metrein que significa Medida); originalmente Geometria é tida como um instrumento de
medição da terra.

As primeiras ideias geométricas surgiram da necessidade de o homem resolver problemas


como construção de casas, delimitação de terrenos e plantações, entre outros.
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2.0. Objectivos

2.1. Geral
 Conhecer origens das Geometrias não Euclidianas

2.2. Específicos
 Resumir a Origem e Evolução da Geometria Euclidiana
 Identificar os axiomas da Geometria Euclidiana
 Explicar o surgimento das Geometrias não Euclidianas
 Comparar as duas Geometrias (Euclidiana e não Euclidiana)

3.0. Metodologia
Para a realização do presente trabalho, baseou – se numa primeira fase na pesquisa, a qual
consistiu na consulta de diversas obras bibliográficas e recolecção da informação inerente
ao tema em causa. Em seguida usou – se o método analítico, que consistiu na análise da
informação recolhida e por fim seguiu – se com a respectiva compilação.

Segundo RUDIO (1980), “Não se pode fazer pesquisa válida sem consultar livros e outras
obras, em cada uma das fases do processo”. O método bibliográfico é desenvolvido a partir
do material já elaborado, sobretudo os manuais e as teses científicas já publicadas que tem
como vantagem garantir que o investigador consiga fazer a colecta e a sistematização das
matérias a serem analisadas.
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Fundamentação Teórica

4.0. Breve historial do surgimento da Geometria Euclidiana

Há cerca de 2000 anos a.C., já havia no mundo humano conhecimentos da Geometria


plana, não como ciência, mas como teorias matemáticas em aplicação, tais como: o valor de
pi, por dois pontos passa uma recta, e o teorema de Pitágoras. (BIBLIA 7:23).

Conta a história que no Egipto antigo, em torno do ano 3600 a.C., as planícies que ficavam
as margens do Rio Nilo, durante os meses do ano em que as águas baixavam, eram
divididas em lotes para o plantio. Nessa divisão, havia necessidade de lotes rectangulares, e
para obtê – los era preciso marcar “ângulos rectos”. Esses ângulos rectos eram obtidos,
mesmo que fosse de modo intuitivo, com a utilização do “Teorema de Pitágoras”, para o
caso de um triângulo particular, cujos lados mediam 3,4 e 5 unidades de comprimento.

Uma corda não elástica e com 13 nós igualmente espaçados, era esticada a partir de estacas
fincadas no chão, de modo que em cada estaca ficasse um nó; além do que, a 1ͣ e a 2ͣ estacas

ficavam a uma distância de três unidades. Feito isso, a 3ͣ estaca seria fincada em um ponto,
de modo a obter um triângulo, conforme ilustrado na figura abaixo:

Figura 1: Divisão de Terrenos de Plantio a beira do rio.

Fonte: www.mat.ufpb.br/ead

Procedendo desse modo, os homens que dividiam as terras (Agrimensores) sabiam que
havia um ângulo recto localizado na 1ͣ estaca. Isso nos faz crer que a Geometria surge a
partir das necessidades naturais do ser humano.

Com o passar dos séculos e dos milénios, a Matemática foi se desenvolvendo com os mais
variados objectivos até que, no século III a. C., na Grécia, um dos maiores sábios da
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antiguidade, Euclides, sistematizou todo conhecimento matemático até então conhecido, em


uma magistral obra intitulada “Elementos”, na qual apresenta a Geometria Euclidiana de
forma axiomática.

5.0. Preliminares da Geometria Euclidiana

A Geometria Euclidiana tem como elementos básicos: o ponto, a recta e o plano, os quais
são denominados “entes primitivos”. Os pontos e as rectas são representados,
respectivamente por letras maiúsculas e minúsculas do alfabeto latim enquanto os planos
são geralmente representados por uma letra grega.

A partir desses três entes primitivos, os quais são aceitos sem definição, juntamente com
cinco “noções comuns”, as quais parecem aceitas como hipóteses fundamentais a todas as
ciências, e mais cinco axiomas (ou postulados) fundamentais, os quais seriam hipóteses
peculiares de Geometria, Euclides apresenta como um sistema dedutivo, na sua obra
“Elementos”, o que conhecemos como Geometria Euclidiana.

5.1. Noções Comuns das ciências

As cinco noções comuns são:

 Coisas que são iguais a uma mesma coisa são também iguais
 Se iguais são adicionados a iguais, os totais são iguais
 Se iguais são subtraídos de iguais, os restos são iguais
 Coisas que coincidem uma com a outra são iguais
 O todo é maior do que qualquer uma de suas partes

5.2. Axiomas ou postulados da Geometria Euclidiana

Para DAVIS e HERSH (1995, p. 207) não há uma distinção clara entre as palavras axiomas
e postulados, tanto que, actualmente estas palavras são usadas quase que indiferentemente.
Antigamente, “significava uma verdade evidente ou reconhecida universalmente, uma
verdade aceita sem prova.

Na geometria dedutiva, o axioma funciona como o pilar em que as outras conclusões


assentam”. A contribuição de Euclides para o conhecimento matemático inicia com duas
definições fundamentais, a de recta e a de ponto. Ponto é o que não tem partes e Recta um
comprimento sem medida.
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A partir desses conceitos, realiza-se uma sistematização geométrica através de cinco


axiomas ou postulados. O enunciado, em linguagem actual, dos cinco postulados de
Euclides nos quais assenta sua geometria é:
 Pode – se traçar uma única recta ligando dois pontos distintos
 Pode – se continuar de uma única maneira qualquer segmento em uma recta
 Pode – se traçar um círculo com qualquer centro e com qualquer raio
 Todos os ângulos rectos são iguais
 É verdade que, se uma recta, ao cortar duas outras, formando ângulos internos, no
mesmo lado, cuja soma é menor do que dois ângulos rectos, então as duas rectas, se
continuadas, encontrar – se – ão no lado onde estão os ângulos cuja soma é menor
do que dois ângulos rectos. Veja a figura abaixo:

Figura 2: Ilustração Gráfica do 5° postulado de Euclides


Fonte: www.mat.ufpb.br/ead
Observação: Na ilustração gráfica acima, os dois ângulos internos (situados entre as rectas r
e s) representados, somam menos do que dois ângulos rectos do lado direito da recta t,
portanto o 5° axioma afirma que, as rectas r e s forem prolongadas, elas irão se encontrar
desse lado.

Na realidade, ao escrever as noções comuns e os axiomas, não foram exactamente essas as


palavras utilizadas por Euclides; além disso, especialistas em Geometria observaram que
fica subentendida a utilização de outras hipóteses fundamentais.

Uma coisa, não há dúvidas, é que o quinto axioma gerou, ao longo de mais de 2000 anos,
uma das maiores polémicas da Matemática. Conta – se que o próprio Euclides teria
chegado a desconfiar desse axioma.
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Ao longo dos mais de 2000 anos após a obra de Euclides, muitos matemáticos ilustres
obtiveram muitos resultados importantes para o desenvolvimento da Matemática, a partir de
tentativas da negação ou da demonstração do 5° axioma.

6.0. Aspectos históricos das Geometrias não Euclidianas

6.1. Discussões a volta do 5° Postulado de Euclides

Inserido no conhecimento geométrico, os postulados 1, 2, 3 e 4, de Euclides, são simples e


evidentes. Entretanto, o quinto postulado, conhecido como “postulado das paralelas” é
diferente, ou seja, é complicado e pouco evidente. Foram realizadas investigações para
provar sua validade, ou seja deduzi-lo a partir dos quatro anteriores, porém as tentativas
falharam.

O resultado dos estudos e tentativas para provar este postulado é visto como uma grande
contribuição para o conhecimento matemático. Estes estudos propiciaram avanços em
relevância e importância ao conhecimento matemático. Estas tentativas contribuíram para a
sistematização de novos conhecimentos e de avanços no conhecimento científico em geral.
Tal afirmação pode ser feita, pois a partir das “ideias geométricas de Riemann, outros
matemáticos, desenvolveram o Cálculo Tensorial que veio a ser a ferramenta matemática
utilizada por Einstein para formular a Teoria da Relatividade Gera (GARBI, 2006, p. 262).

Os estudos que visavam validar o quinto postulado de Euclides são considerados o ponto de
partida para o desenvolvimento das Geometrias Não Euclidianas. Estas Geometrias,
segundo KASNER e NEWMAN (1968, p. 135) se caracterizam na história da ciência como
um conhecimento que “abalou os fundamentos da crença secular de que Euclides havia
apresentado verdades eternas”.

No contexto das Geometrias, matemáticos tentaram provar o quinto postulado de Euclides.


Segundo GARBI (2006, p. 239) os principais geómetras que realizaram estudos buscando
uma prova para o quinto postulado, o das paralelas, foram: “Posidônio (século I a.C.),
Gêmino (século I a.C.), Cláudio Ptolomeu (século II), Proclo (século V), Nasir ed-din
(século XIII), Commandino (século XVI), John Wallis (século XVII), Girolamo Saccheri
(século XVIII), Johann Heinrich Lambert (século XVIII) e Adrien-Marie Legendre (século
XVIII)”. Outros matemáticos, tais como Johann Carl Friedrich Gauss, Felix Klein, Nikolai
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Ivanovich Lobachevsky, János Bolyai e Georg Friedrich Bernhard Riemann, no período


que compreende meados do século XVIII ao final do século XIX, realizaram estudos e
apresentaram soluções satisfatórias para o impasse. Suas descobertas marcaram a
sistematização das Geometrias Não Euclidianas e, por conseguinte, uma mudança
importante de concepção da matemática.

6.2. Contribuição de Lobatchevsky

Lobatchevsky foi um matemático com uma ampla visão sobre o conhecimento matemático.
Realizou estudos em vários campos da Matemática. A Geometria é um dos campos que foi
seu objecto de estudo.

Na geometria suas pesquisas alcançaram grandes destaques. Realizou investigações sobre o


postulado das paralelas pelas quais assumiu a contradição em relação ao quinto postulado
de Euclides e, com os conceitos elaborados, ampliou significativamente o campo da
geometria.

Em relação ao uso ou não do postulado das paralelas a Geometria se divide em duas partes:
a geometria absoluta e a geometria não absoluta. A absoluta é aquela em que suas
proposições não se apoiam no postulado das paralelas, enquanto a não absoluta, suas
proposições dependem directamente do postulado das paralelas.

A geometria de Lobachevsky em sua parte absoluta não diferencia da Geometria de


Euclides. Mas, em relação à parte na qual se utiliza o axioma das paralelas, a situação
diferencia-se bastante. Segundo RIBNIKOV (1987, p. 434) a Geometria de Lobachevsky
apresenta teoremas que introduzem conceitos na Matemática diferentes dos sistematizados
na geometria euclidiana nos conteúdos matemáticos que tratam sobre: “a) a disposição das
rectas paralelas; b) a soma dos ângulos em triângulos e polígonos; c) as áreas; d) os
polígonos inscritos e circunscritos na circunferência; e) a semelhança e congruência de
figuras; f) a trigonometria; g) o teorema de Pitágoras; h) as medições do círculo e suas
partes. Em sua geometria consta, em dizeres de hoje, a afirmação: “por um ponto P fora de
uma recta r passa mais de uma recta paralela à recta r” (COUTINHO, p. 40, 2001). Este
postulado e os teoremas consequentes levaram à configuração de uma Geometria Não
Euclidiana, posteriormente denominada por Félix Klein de Hiperbólica. Pouco tempo antes,
porém sem publicar o resultado dos estudos, Bolyai chegara aos mesmos resultados a que
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Lobachevsky chegaria em um futuro próximo. Desta forma a Geometria Hiperbólica pode


ser considerada criação de Lobachevsky e Bolyai.

6.3. Contribuições de Riemann

Riemann também contribui de maneira significativa para a ampliação do conhecimento


geométrico ao reunir em um corpo de doutrina outra Geometria Não Euclidiana oriunda dos
estudos na superfície esférica, também denominada de elíptica.

Suas investigações foram diferentes das de Bolyai e Lobachevsky. Enquanto estes dois
últimos, criaram uma nova geometria com um postulado sobre paralelas diferente do
postulado das paralelas de Euclides, “Riemann caracterizou as geometrias por aquilo que
hoje chamamos sua métrica, ou seja, a maneira como a distância entre dois pontos
infinitamente próximos é expressa em função das diferenças de coordenadas daqueles
pontos (GARBI, 2006, p. 261).

Com seus estudos, Riemann concluiu ser possível criar quantas geometrias quisermos. Para
tanto, é necessário estabelecer as maneiras pelas quais se expressa o elemento distância em
função das coordenadas. Por meio de uma fórmula geral para o elemento distância e
mediante a variação de seus parâmetros, um número infinito de novas geometrias podem
ser criadas.

A introdução do conceito de espaços com mais do que três dimensões foi realizada por
Riemann ao definir espaços curvos e relacionar sua curvatura com o elemento de distância.
Para Riemann as superfícies podem ser formadas por curvas. Desta forma, uma esfera pode
ser formada por círculos, um cilindro pode ser formado de rectas e círculos e um
parabolóide pode ser formado por parábolas e círculos.

Na Geometria de Riemann é possível:

 Construir geometrias em que uma recta seja limitada.


 Em que as perpendiculares a uma recta passam por um só ponto.
 Sobre uma esfera as perpendiculares passam por dois pontos diametralmente
opostos.
 Duas perpendiculares a uma mesma recta sempre se cruzam
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Investigou e propôs que por um ponto do plano, não se pode traçar nenhuma recta paralela
a uma recta dada. Esta hipótese tem sua validade na superfície esférica e o enunciado do
axioma que contraria o quinto postulado de Euclides é: “Quaisquer duas rectas em um
plano têm um ponto de encontro” (COUTINHO, p. 73, 2001).

7.0. Principais Diferenças

Toda Geometria, Euclidiana ou Não Euclidiana, é formada e, portanto, determinada por um


grupo de afirmações consideradas verdadeiras e denominadas de axiomas. De acordo com
KALEFF e NASCIMENTO (2004, p. 14): “para uma Geometria ser chamada de não
Euclidiana é preciso que em seu conjunto de axiomas, pelo menos um dos axiomas da
Geometria Euclidiana não seja verdadeiro”. ROBOLD (1992, p. 45) define Geometrias Não
Euclidianas como “um sistema geométrico construído sem a ajuda da hipótese euclidiana
das paralelas e contendo uma suposição sobre paralelas incompatível com a de Euclides”.
DAVIS e HERSH (1995, p. 207) dizem que “uma Geometria Não Euclidiana é aquela que
é jogada com axiomas diferentes dos de Euclides”.

As definições apresentadas aqui nos permitem conhecê-las um pouco mais do ponto de


vista das diferenças oriundas do 5º postulado de Euclides.

7.1. O Postulado das Paralelas

Geometria Euclidiana

“Dados um ponto P e uma recta r, existe uma única recta s que passa pelo ponto P e é
paralela a r.”

Geometrias não Euclidianas

Geometria Hiperbólica

“Por um ponto P fora de uma recta r, passa mais de uma recta s paralela à recta r.”
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Geometria Elíptica

“Quaisquer duas rectas em um plano têm um ponto de encontro” (COUTINHO, p. 73,


2001).

8.0. Quadro Comparativo entre alguns conteúdos Geométricos

Conteúdo Geometria Geometrias Não Euclidianas


Matemático Euclidiana
Hiperbólica Elíptica
Duas rectas distintas Um ponto Um ponto Em dois pontos
intersectam em antípododos

Uma recta É dividida em É dividida em Não é dividida


duas por um ponto duas por um em duas por um
ponto ponto

A soma das medidas Igual a 180º Menor do que Maior que 180º
dos ângulos internos 180º
de um triângulo é
Dada uma recta L e Uma recta e só Pelo menos duas Não há recta que
um ponto P exterior a uma que passa por rectas que passa por P e é
L, existe (m) P e é paralela a L. passam por P e paralela a L.
são paralela a L.
As rectas paralelas São equidistantes Nunca são Não existem.
equidistantes

Se uma recta Intercepta a outra Pode ou não Como não há


intercepta uma de duas interceptar a paralelas, isto
paralelas outra não ocorre
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9.0. Conclusão

Através deste trabalho, de cunho bibliográfico foi possível perceber que o legado deixado
por Euclides é, sem sombra de dúvidas, uma produção matemática de excelência.

É de salientar também que a legitimidade da Geometria de Euclides e a consistência das


Geometrias Hiperbólica e Esférica ou Elíptica são os desdobramentos centrais do axioma
das paralelas.

Durante séculos os questionamentos relativos ao quinto postulado: “o das paralelas”, e a


fragilidade da teoria euclidiana, no que diz respeito a organização lógica, geraram uma
série de trabalhos importantes e fundamentais na construção das Geometrias não
Euclidianas. Nessa história de afirmações e refutações, o quinto postulado mostrou – se
como a mola propulsora de uma trama que atravessou desde Euclides até aos demais,
contando ainda com a magnitude das descobertas de Henri Poincaré, segundo o qual “todas
as geometrias são igualmente verdadeiras a depender da conveniência”.
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10.0. Referências Bibliográficas

 BARBOSA, J. L. M. (2006), Geometria Euclidiana Plana, Colecção do Professor


de Matemática, SBN, 10ͣ ed. Rio de Janeiro.
 CAJORI, F. (2007), Uma história da Matemática. Rio de Janeiro: Editora ciência
moderna.
 COUTINHO, L. (2001), Convite às Geometrias não - Euclidianas. Rio de Janeiro:
Editora Interciência.
 DAVIS, P. J.; HERSH, R. (1995), A Experiência Matemática. Lisboa: Gradiva.
 GARBI, G. (2006), A Rainha das Ciências: Um passeio histórico pelo maravilhoso
mundo da Matemática. São Paulo: Editora Livraria da Física.
 KASNER, E.; NEWMAN, J. (1968), Matemática e Imaginação: O mundo fabuloso
da matemática ao alcance de todos. Rio de Janeiro: Zahar Editores.
 KALEFF, A. M.; NASCIMENTO, R. S. Actividades Introdutórias às Geometrias
não – Euclidianas: O exemplo da Geometria do Táxi. Boletim GEPEM. Rio de
Janeiro, n. 44, p. 13-42.
 RIBNIKOV, K. (1987), História de las Matemáticas. Moscou: Mir.
 ROBOLD, A. I. (1992), Geometria não euclidiana. In: EVES, H. Tópicos de
História da Matemática para uso em sala de aula: Geometria. São Paulo: Atual.

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