Você está na página 1de 6

Em face da publicação do Decr eto nº 54.977/2020 - DOE RS de 07.01.2020, este pr ocedimento foi atualizado. T ópicos atualizados: 1.

Quadr o
sinótico, e 2. Dir eito ao cr édito.

ICMS/ RS - Mat er ial de us o ou cons umo

Res umo: Este pr ocedimento abor da o tr atamento tr ibutár io, bem como os pr ocedimentos fiscais, nas hipóteses de entr adas e saídas de
mer cador ias par a o uso e/ou consumo.

Sumár io

1. Quadr o s inót ico


2. Dir eit o ao cr édit o
3. Conceit o
3.1 Mer cador ias excluídas do conceito de mater ial de uso e consumo
3.2 Conceito de par tes, peças e acessór ios
4. Tr ans fer ência
5. Difer encial de alíquot as
6. Impor t ação
7. Dev olução
7.1 Cr édito fiscal
8. Código Fis cal de Oper ações e Pr es t ações (CFOP)
9. Venda
10. Es cr it ur ação fis cal
11. Penalidades
12. Jur is pr udência

R e t orna r a o Sumá rio

1. Quadr o s inót ico

A Lei Complementar nº 87/1996 , com r edação alter ada pela Lei Complementar nº. 114/2002, expr essamente autor izava que as empr esas
contr ibuintes de ICMS poder iam apr oveitar, a par tir de 1º.01.2007, os cr éditos de ICMS decor r entes dos mater iais de uso e consumo, a
totalidade da ener gia elétr ica consumida e o r ecebimento total do ser viço de comunicação.

Contudo, em 13.12.2006, foi publicado no DOU a Lei Complementar nº 122/2006 , a qual alter ou a legislação mencionada, par a deter minar
que os cr éditos só poder ão ser utilizados a par tir de 1º.01.2011. Esse pr azo vem sendo pr or r ogado, a mais r ecente pr or r ogação foi par a
1º.01.2033 por meio da Lei Complementar nº 171/2019 .

A seguir, com fundamento no RIC MS- RS/1997 e na Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , examinar emos os pr incipais aspectos
r elacionados às aquisições de mater ial de uso e consumo do estabelecimento.

Apr esentamos, a seguir, quadr o com as pr incipais consider ações acer ca dos mater iais de uso e consumo.

MA TERIA L DE USO E CONSUMO

Dire it o ao
S o me n t e n as aq u isiç õ e s re alizad as a p art ir d e 1 º. 0 1 . 2 0 3 3
c ré d it o

É a me rc ad o ria ad q u irid a p ara se r u sad a o u c o n su mid a n o e st ab e le c ime n t o , e xc e t o a c lassific ad a c o mo at ivo p e rman e n t e , t al c o mo


Co n c e it o b at e ria e p n e u p ara ve íc u lo ; mat e rial d e e sc rit ó rio ( láp is, b o rrac h a, p ap e l e t c . ) , mat e rial o u u t e n sílio d e limp e za, in c lu sive máq u in as
e mp re g ad as n o p ro c e sso in d u st rial ( vasso u ra, e sc o va, alve jan t e , e st o p a e t c . )

Tran sfe rê n c ia Não in c id e o imp o st o .

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 31 , I, "b")


.

R e t orna r a o Sumá rio


2. Dir eit o ao cr édit o

A legislação do ICMS assegur a ao contr ibuinte o dir eito de cr editar -se do imposto (destacado em documento fiscal hábil) r elativo à entr ada
de mer cador ia, r eal ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada a uso ou consumo ou ao Ativo Per manente, ou o r ecebimento de
ser viços de tr anspor te inter estadual e inter municipal ou de comunicação.

Quanto à entr ada de mater ial de uso ou consumo, o dir eito ao cr édito somente poder á ser usufr uído a par tir de 1º.01.2033.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 31 , I, "b")

R e t orna r a o Sumá rio

3. Conceit o

A legislação gaúcha define mer cador ia par a uso e consumo como sendo aquela adquir ida par a ser usada ou consumida no estabelecimento,
exceto a classificada como Ativo Per manente, tal como bater ia e pneu par a veículo; mater ial de escr itór io (lápis, bor r acha, papel etc.),
mater ial ou utensílio de limpeza, inclusive máquinas empr egadas no pr ocesso industr ial (vassour a, escova, alvej ante, estopa etc.). Entr e
essas mer cador ias, incluem-se:
a) o mater ial de r eposição cuj o consumo não decor r a de uma aplicação dir eta no pr ocesso industr ial, tal como o esmer il em pedr a
utilizada na r ecuper ação ou conser vação de fer r amentas;
b) a que, consumida em decor r ência da ação dir eta sobr e o pr oduto em fabr icação, desde que esta ação não estej a dir etamente
vinculada ao pr ocesso industr ial ou não sej a incondicionalmente necessár ia à efetiva obtenção do pr oduto final;
c) as par tes, peças e acessór ios de máquinas, adquir idos em separ ado das r espectivas máquinas, a que se r efer e o RICMS , Livr o I, ar t.
31, I, "b", nota.

Entr e as mer cador ias usadas ou consumidas pelo estabelecimento, não se incluem as par tes, peças e acessór ios de máquinas que, mesmo
adquir idos em separ ado, for em utilizados na instalação inicial do conj unto.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 31 , I, "b", nota; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo V, subitem 2.1.1)

R e t orna r a o Sumá rio

3.1 Mer cador ias excluídas do conceit o de mat er ial de us o e cons umo

Entr e as mer cador ias usadas ou consumidas pelo estabelecimento, não se incluem:
a) as matér ias-pr imas e os mater iais secundár ios, assim entendidas as mer cador ias que se destinem a ser tr ansfor madas em
constituintes do obj eto centr al da pr odução, integr ando-se, agr egando-se ou incor por ando-se ao pr oduto final por meio de qualquer
pr ocesso, inclusive aquelas utilizadas na embalagem ou acondicionamento de mer cador ias;
b) os pr odutos auxiliar es, ainda que não integr em o pr oduto final, desde que:
b.1) sej am consumidos dir etamente no pr ocesso industr ial, tais como: combustíveis (lenha, car vão, acetileno, oxigênio etc.);
desengr axantes utilizados nos pr ocessos industr iais; mater iais abr asivos ou par a polimento, desde que líquidos, em pó, massa ou
pasta (esmer ial em pó ou pasta, gr afite em pó etc.); papéis e fitas utilizadas em pintur a de pr odutos; pr odutos químicos par a
composição de banhos e par a tr atamento físico-químico (ácidos, sais, alcalinos etc.); amônia empr egada na pr odução de fr io
ambiental em estabelecimento fr igor ífico; mater iais empr egados na limpeza ger al do pr oduto, visando melhor ar a sua apar ência
(cer a, limpador, álcool etc.);
b.2) sofr am danos como desgaste, desbaste ou per da de suas pr opr iedades, não mais se pr estando às suas finalidades iniciais, em
r azão de ação dir eta e necessár ia sobr e o pr oduto em elabor ação ou r espectivo insumo, e que sej am estr eitamente vinculados ao
pr ocesso industr ial e incondicionalmente necessár ios à efetiva obtenção do pr oduto final, tais como bitz, vídias, pastilhas de metal
dur o par a usinagem, lixas, ser r as, br ocas, r ebolos, esmer il em pedr a, pincéis, escovas etc.;
b.3) a mer cador ia consumida como insumo na pr estação de ser viço, tais como o combustível e o lubr ificante utilizados na
pr estação de ser viço de tr anspor te;
b.4) as par tes, peças e acessór ios de máquinas que, mesmo adquir idos em separ ado, for em utilizados na instalação inicial do
conj unto.

(Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo V, subitem 2.1.2)

R e t orna r a o Sumá rio

3.2 Conceit o de par t es , peças e aces s ór ios

Estão incluídas entr e as mer cador ias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, as par tes, peças e acessór ios de máquinas,
adquir idos em separ ado, consider ando-se como:
a) par te, o elemento ou por ção de um todo, cuj a r etir ada descar acter iza a máquina;
b) peça, cada uma das par tes que compõem a máquina e a integr am individualmente, destinadas à r eposição;
c) acessór io, os acr éscimos que se fazem à máquina sem que venham a fazer par te dela, que, embor a possam ser consider ados
desnecessár ios, contr ibuem par a melhor ar seu desempenho, pr opor cionar confor to ou pr oteção ao seu usuár io.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar t. 31 , I, "b", nota)


.

R e t orna r a o Sumá rio

4. Tr ans fer ência

Na saída de mater ial de uso e consumo em tr ansfer ência par a estabelecimento do mesmo titular, localizado neste ou em outr o Estado, não há
incidência do ICMS .

Neste caso, o contr ibuinte deve obser var o seguinte:


a) o estabelecimento r emetente deste Estado poder á cr editar -se do ICMS r elativo ao pr oduto r esultante da aplicação da difer ença entr e
a alíquota inter na e a inter estadual sobr e a base de cálculo r elativa à aquisição dos r efer idos bens pelo r emetente;
b) quando se tr atar de bens adquir idos de outr o Estado, o cr édito r efer ido na letr a "a" não poder á ultr apassar o valor do ICMS pago a
este Estado r efer ente ao difer encial de alíquota incidente por ocasião da entr ada da mer cador ia.

Essa exigência r elativa ao cr édito do imposto não se aplica, quando houver incidência do ICMS , nas oper ações com mer cador ias que não
tenham sido aplicadas na instalação ou no funcionamento do estabelecimento r emetente, embor a adquir idas de ter ceir os par a esta finalidade,
e que se destinem ao uso ou consumo ou ao Ativo Per manente do estabelecimento destinatár io, nas seguintes hipóteses:
a) na entr ada no estabelecimento de contr ibuinte deste Estado, or iunda de outr o Estado, mesmo quando decor r ente de tr ansfer ência de
estabelecimento da mesma empr esa, sendo devido o ICMS cor r espondente ao difer encial de alíquota;
b) na saída par a estabelecimento de outr a empr esa, situado neste ou em outr o Estado.

( RIC MS- RS/1997 , ar t. 11, X V; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo II, item 4.1, "c", 4.1.3, e item 4.2)

R e t orna r a o Sumá rio

5. Difer encial de alíquot as

Na entr ada de mater ial de uso ou consumo pr ocedente de outr a Unidade da Feder ação, compete ao contr ibuinte, em r egr a dev e r ecolher o
ICMS cor r espondente à difer ença entr e a alíquota inter na e a inter estadual.

Ressaltamos que na entr ada de mater ial de uso ou consumo r ecebido em tr ansfer ência, a legislação des t e Es t ado t ambém pr ev ê o
r ecolhiment o do difer encial de alíquot a.

Assim, ainda que haj a pr evisão de não incidência do ICMS , na entr ada no estabelecimento de contr ibuinte deste Estado, or iundas de outr a
Unidade da Feder ação, quando decor r ent e de t r ans fer ência de es t abeleciment o da mes ma empr es a, ser á devido o ICMS
cor r espondente ao difer encial de alíquota.

Não haver á r ecolhimento do difal, nas oper ações com mer cador ias que não tenham sido aplicadas na instalação ou no funcionamento do
estabelecimento r emetente, embor a adquir idas de ter ceir os par a esta finalidade, e que se destinem ao uso ou consumo ou ao ativo
per manente do estabelecimento destinatár io.

( RIC MS- RS/1997 , ar t. 4º, IX ; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capítulo II, item 4.2)

R e t orna r a o Sumá rio

6. Impor t ação

Na entr ada de mater ial de uso ou consumo pr ocedente de outr a Unidade da Feder ação, compete ao contr ibuinte lançar o ICMS
cor r espondente à difer ença entr e a alíquota inter na e a inter estadual.

( RIC MS- RS/1997 , ar t. 2º, IV)

R e t orna r a o Sumá rio

7. Dev olução

Na devolução de mer cador ia adquir ida par a uso ou consumo do estabelecimento, o contr ibuinte dever á emitir nota fiscal, obser vando todos os
r equisitos exigidos, especialmente com a indicação dos seguintes elementos:
a) O destaque do imposto, se devido;
b) a natur eza da oper ação: a indicação da expr essão "Devolução de compr a de mater ial de uso ou consumo";
c) o CFOP: 5.556 (oper ação inter na), 6.556 (oper ação inter estadual) e 7.556 (expor tação);
d) no campo "Infor mações Complementar es" do quadr o "Dados Adicionais", a especificação dos dados da nota fiscal de aquisição
(númer o, sér ie, data e valor da oper ação etc.) e o motivo da devolução.
A Nota Fiscal Eletr ônica (NF-e) deve ser emitida na for ma estabelecida na Instr ução Nor mativa em fundamento. Neste caso deve ser indicado
o númer o da chave de acesso da nota fiscal de aquisição.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o II , ar ts.26-A e ar t. 29; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, X I, S eção 20.0)

R e t orna r a o Sumá rio

7.1 Cr édit o fis cal

Ocor r endo a devolução de mer cador ia adquir ida par a uso ou consumo do estabelecimento, o contr ibuinte poder á cr editar o ICMS destacado
no documento fiscal de aquisição (escr itur ado no CFOP 1.556/2.556) e não cr editado à época.

Da mesma for ma, poder á ser cr editado o valor do imposto pago como difer encial de alíquotas, quando o bem tiver sido adquir ido de outr a
Unidade da Feder ação. É necessár io lançar o valor do imposto debitado no documento fiscal de devolução, acr escido do valor do difer encial
de alíquotas, se for o caso, a cr édito na for ma pr evista na legislação, no per íodo em que for efetuada a devolução. Vej a demonstr ação no
quadr o a seguir :

PROCEDIMENTOS NA DEVOLUÇÃ O DE MA TERIA L DE USO OU CONSUMO

Co nt r ibuint e Pr o c e dim e nt o Es c r it ur a ç ã o fis c a l Funda m e nt o le ga l

E mit ir a n o t a fisc al d e d e vo lu ç ão , c o m o CFO P 5 . 5 5 6 o u 6 . 5 5 6 :

a) re fe re n c ian d o o d o c u me n t o fisc al d e aq u isiç ão ;

RIC MS/RS ) , Livro


b ) u t ilizan d o o me smo t rat ame n t o t rib u t ário in d ic ad o n a n o t a fisc al d e
III , A rt . 25 , I e
O p t an t e aq u isiç ão ;
E sc rit u rar n o rmalme n t e t o d o s o s IN DRP 045/98 ,
p e lo S imp le s
d o c u me n t o s T ít u lo I, Cap ít u lo XI,
Nac io n al
c ) in fo rman d o o s valo re s d a b ase d e c álc u lo e d o ICMS p ró p rio , t o t ais o u S e ç ão 4 . 0 , S u b it e m
p ro p o rc io n ais à e ssa d e vo lu ç ão , c o n fo rme o c aso , n o c amp o "In fo rmaç õ e s 4.1.1.2
Co mp le me n t are s" d a No t a Fisc al, mo d e lo 1 o u 1 -A , o u , n o c aso d e
e missão d e NF-e , mo d e lo 5 5 , n o s c amp o s p ró p rio s, c o n fo rme d isp o st o n a
Re so lu ç ão CGS N 140/2018 , art . 59 , § 7 º, 9 º e De c re t o
37. 699/1997 .

E mit ir a n o t a fisc al d e d e vo lu ç ão ( CFO P 5 . 5 5 6 o u 6 . 5 5 6 ) , re fe re n c ian d o o


In st ru ç ão No rmat iva
d o c u me n t o fisc al d e re c e b ime n t o e ad o t an d o o me smo t rat ame n t o
DRP n º 45/1998 ,
t rib u t ário d aq u e le b e m/ me rc ad o ria in ic ialme n t e e n t re g u e . In c lu sive , E sc rit u rar n o rmalme n t e n a E FD
T ít u lo I, Cap ít u lo XI,
in fo rman d o n o s c amp o s p ró p rio s o s valo re s d a b ase d e c álc u lo e d o ICMS
S e ç ão 4 . 0 .
P ró p rio , p ro p o rc io n ais ao b e m/ me rc ad o ria d e vo lvid o

E sc rit u rar n a E FD, u t ilizan d o o


Cat e g o ria re g ist ro C1 9 7 c o m c ó d ig o d e
g e ral aju st e a c ré d it o , RIC MS- RS/1997
Co mp e n saç ão d o c ré d it o : RS 1 0 0 0 0 2 0 6 | "O u t ro s Cré d it o s" -
, Livro II , art . 26 ,
De vo lu ç ão me rc ad o rias re c e b id as
II;
p ara u so e c o n su mo | 0 1 0 1 2 0 1 2 | .
P ara c o mp e n sar o ICMS n ão ap ro p riad o n o re c e b ime n t o :
In st ru ç ão No rmat iva
O b se rvaç ão : No s re g ist ro s C1 0 0 e
e mit ir No t a Fisc al E le t rô n ic a d e aju st e , c o m o ( CFO P 1 . 9 4 9 / 2 . 9 4 9 ) , C1 9 0 , n ão d e ve rão se r DRP n º 45/1998 ,
re fe re n c ian d o o d o c u me n t o fisc al d e d e vo lu ç ão . p re e n c h id o s o s c amp o s T ít u lo I, Cap ít u lo LI,
c o rre sp o n d e n t e s ao s valo re s d o S u b it e m 4 . 4 . 2 , "c ".
ICMS , p ara q u e n ão h aja c álc u lo
d o b rad o .

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar ts. 30 e 31 ; Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, X I, S eção 20.0)
.

R e t orna r a o Sumá rio

8. Código Fis cal de Oper ações e Pr es t ações (CFOP)

As aquisições, em oper ações inter nas, de mater ial par a uso ou consumo dever ão ser lançadas com o CFOP 1.556 - Compr a de mater ial par a
uso ou consumo, j á que se classificam nesse código as compr as de mer cador ias destinadas a uso ou consumo do estabelecimento. Na
aquisição de outr o Estado, o CFOP ser á 2.556.

( RIC MS- RS/1997 , Apêndice VI)

R e t orna r a o Sumá rio


9. Venda

Confor me vimos, a mer cador ia que foi adquir ida bem como o ser viço tomado par a uso ou consumo do pr ópr io estabelecimento não dar á
dir eito ao cr édito do ICMS , mas na hipótese do contr ibuinte alter ar a sua destinação r ealizando a venda desses itens, esses ser ão
nor malmente tr ibutados, sendo per mitido nesse caso, a apr opr iação do cr édito r elativo ao ser viço tomado ou à r espectiva entr ada, na
pr opor ção quantitativa das oper ações ou das pr estações tr ibutadas.

Nesse caso, ser á necessár io a emissão de documento fiscal, onde constar á como natur eza da oper ação "Venda de mater ial de uso e
consumo", com CFOP 5.949, pois não existe CFOP específico par a a oper ação.

Com r elação a escr itur ação fiscal, não é necessár io a modificação do Registr o de Entr ada desse item, modificando-o como mer cador ia par a
r evenda, mesmo que tenha sido r egistr ado or iginalmente como uso e consumo.

( RIC MS- RS/1997 , Livr o I , ar ts. 30 e 31 , I, "b")

R e t orna r a o Sumá rio

10. Es cr it ur ação fis cal

Os documentos fiscais de aquisição de mater iais de uso e consumo ser ão escr itur ados no r egistr o C100 (entr adas) da Escr itur ação Fiscal
Digital (EFD) sem cr édito do ICMS .

(Instr ução Nor mativa DRP nº 45/1998 , T ítulo I, Capitulo LI)

R e t orna r a o Sumá rio

11. Penalidades

Constitui infr ação, par a os efeitos do ICMS , toda ação ou omissão que impor te em inobser vância pelo contr ibuinte no cumpr imento da
obr igação pr incipal ou acessór ia, positiva ou negativa, estabelecidas na legislação tr ibutár ia do ICMS .

Vej a mais em IC MS/RS - F isc a liza ç ã o - Infra ç õe s e pe na lida de s .

(Lei nº 6. 537/1973 , ar ts. 7º e 11 )

R e t orna r a o Sumá rio

12. Jur is pr udência

Tr anscr evemos, a seguir, o Acór dão nº 644/2007, extr aído do site da S ecr etar ia da Fazenda, cuj a utilização pr escinde de busca do texto
or iginal publicado em diár io oficial.
ACÓRDÃO Nº 644/07
RECURS O Nº 392/07
RECORRENT E: (...)
RECORRIDO: FAZENDA ES T ADUAL (Proc. nº 27380-14.00/07-2)
PROCEDÊNCIA: T EOT ÔNIA - RS
DECIS ÃO DE 1ª INS T ÂNCIA Nº : 61606034 e 61607006
AUT O DE LANÇAMENT O Nº : 0013285831
EMENT A:
ICMS - CRÉDIT O FIS CAL EX T EMPORÂNEO - ADJUDICAÇÃO INDEVIDA - INEX IS T ÊNCIA DE PREVIS ÃO LEGAL - MERCADORIA DE US O E
CONS UMO - DEMONS T RAÇÃO DE QUE PART E DA MERCADORIA S E DES T INAVA AO PROCES S O INDUS T RIAL - INDEFERIMENT O DE PERÍCIA
POR PRES CINDÍVEL - PRELIMINAR DE NULIDADE POR CERCEAMENT O DE DEFES A - REJEIÇÃO - RECURS O VOLUNT ÁRIO PARCIALMENT E
PROVIDO - UNANIMIDADE.
Tratando-se de apropriação de créditos fiscais extemporâneos não permitidos pela legislação de regência, referente às mercadorias
de uso e consumo do estabelecimento, tem-se como correta, em parte, a glosa efetuada, eis que o contribuinte, com a adjudicação
indevida, reduziu o imposto a pagar, sem qualquer respaldo legal.
Aplicáveis, ao caso, o artigo 33, inciso X II, do atual Regulamento do ICMS (Decreto nº 37. 699/97 ), que veda expressamente o
creditamento.
No tocante à IN DRP nº 45/98 , tem-se como correto o entendimento do julgador singular, no sentido de que se trata de simples
norma complementar às leis de regência e ao próprio decreto regulamentar (RICMS ), na forma do preceituado pelo art. 100 , do C TN .
Entretanto, examinados os autos e ponderando-se o demonstrativo apresentado pelo sujeito passivo em sede recursal, em que são
prestados esclarecimentos sobre a utilidade/finalidade de cada um dos produtos através da planilha "LAUDO T ÉCNICO - Produtos
Intermediários de Produção", e considerando, ainda, o prescrito na legislação vigente, em especial os arts. 33 , I da LC 87/96 ; 15, I,
"b" da Lei 8. 820/89 ; 31, I, "b" e 33, X II, do Livro I do RICMS ; e item 2.0, Capítulo V, T ítulo I da IN DRP 45/98 , foi possível concluir
que:
a) das 10 (dez) espécies de produtos citados às fls. 14 do anexo do Auto de Lançamento, todas são classificáveis como bens de uso e
consumo, pelo que nenhuma gera direito a crédito fiscal;
b) da lista de produtos contidos na planilha "ANÁLIS E DA PART ICIPAÇÃO NO PROCES S O PRODUT IVO - LAUDO T ÉCNICO" (fls. 34 E 35),
somente 04 (quatro) produtos não são considerados como bens de uso e consumo e, sim, como matéria-prima ou material secundário ou
como produto auxiliar aplicado e consumido diretamente no processo industrial, ainda que não integrem o produto final;
c) dos 04 produtos, 01 (hum) deles, qual seja, "CONS ERVANT E PARA CAS CA DE QUEIJO NATAMICINA", fornecido pela empresa ( ), não
foi objeto do Auto de Lançamento;
d) os demais produtos considerados como geradores do direito de crédito foram: "AMÔNIA ANIDRA GÁS (CILINDRO)", "CIT RATO DE
S ÓDIO" e "HIPOCLORIT O DE S ÓDIO CONCENT RADO 10%";
e) em relação à "AMÔNIA ANIDRA GÁS (CILINDRO)", dos dois fornecedores contidos na lista de produtos, os fornecimentos da
empresa ( ), também não foram objeto do Auto de Lançamento, pelo que só geram direito ao crédito as aquisições efetuadas junto à
empresa ( ), cujo ICMS destacado nos documentos fiscais corresponde a R$28.102,26 (vinte e oito mil, cento e dois reais e vinte e seis
centavos);
f) no tocante ao "CIT RATO DE S ÓDIO", as aquisições feitas junto ao único fornecedor, ( ), geram direito de crédito, sendo o ICMS a
considerar no valor de R$ 22.737,64 (vinte e dois mil, setecentos e trinta e sete reais e sessenta e quatro centavos); e, finalmente:
g) quanto ao HIPOCLORIT O DE S ÓDIO CONCENT RADO A 10%, todas as aquisições feitas junto aos fornecedores geram direito de
crédito, correspondendo às compras de ( ) o ICMS de R$ 30.828,96 (trinta mil, oitocentos e vinte e oito reais e noventa e seis centavos),
às de ( ) o ICMS de R$ 2.089,78 (dois mil e oitenta e nove reais e setenta e oito centavos) e às de ( ) o ICMS de R$ 42,15 (quarenta e
dois reais e quinze centavos).
Em conseqüência, impõe-se o provimento parcial do recurso voluntário em relação às 3 (três) espécies de produtos acima
mencionadas, para os efeitos de excluir do crédito tributário: o valor de R$ 233.773,12 (duzentos de trinta e três mil, setecentos e setenta
e três reais e doze centavos), sendo R$ 95.417,60 (noventa e cinco mil, quatrocentos e dezessete reais e sessenta centavos) de ICMS , R$
114.501,12 (cento e quatorze mil, quinhentos e um reais e doze centavos) de multa e R$ 23.854,40 (vinte e três mil, oitocentos e
cinqüenta e quatro reais e quarenta centavos) de juros, tudo em moeda da época do lançamento.
Quanto a preliminar de nulidade por cerceamento de defesa, tem-se que o indeferimento da perícia sustentou-se em juízo de
prescindibilidade, adotado pelo julgador singular, em face dos estritos limites da controvérsia (incidência e aplicação de dispositivo legal
que regula a utilização de créditos fiscais), o que se constitui em matéria cuja discussão é eminentemente jurídica e não fática.
Não há, portanto, como prosperar o pleito de nulidade da decisão singular por cerceamento de defesa, sendo relevante destacar o
entendimento deste T ARF a respeito da matéria, consolidado quando da edição da S úmula 15, no sentido de que "não constitui
cerceamento de defesa o indeferimento de pedido de realização de perícia, quando esta for prescindível ou impraticável (Lei nº
6. 537/73 - art. 32 , "in fine")." (Resolução nº 06/95, DOE de 23/11/95, página 7)
Preliminar rejeitada e recurso voluntário a que dá parcial provimento. UNANIMIDADE.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDAM os membros da S egunda Câmara do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais
do Rio Grande do S ul, por UNANIMIDADE DE VOT OS , em dar provimento parcial ao recurso voluntário, nos termos do voto do juiz relator.
Participaram do julgamento, ainda, os Juízes Luiz Antônio Bins, Fúlvio Araújo S antos e Fábio Weber Now aczyk. Presentes os
Defensores da Fazenda Marcolina Maria Gerevini Dias e Abel Henrique Ferreira.
Porto Alegre, 19 de setembro de 2007.
CILON DA S ILVA S ANT OS - JUIZ RELATOR
ENIO AURÉLIO LOPES FRAGA - PRES IDENT E DA CÂMARA

Legis lação Refer enciada

A c ó rd ão n º 6 4 4 / 2 0 0 7

RIC MS- RS/1997

In st ru ç ão No rmat iva DRP n º 45/1998

Le i Co mp le me n t ar n º 122/2006

Le i Co mp le me n t ar n º 171/2019

Le i Co mp le me n t ar n º 87/1996

Le i n º 6. 537/1973

Le i 8. 820/89

Re so lu ç ão CGS N 140/2018

C TN

© Copyright 2020 IOB - Todos os direitos reservados ®

Você também pode gostar