Você está na página 1de 28

ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

Unidade II
3 ARTROLOGIA

Ao notar uma manobra de um esquiador estilo livre em uma montanha, ou um jogador driblando
e deixando os defensores para trás, se está observando as articulações em ação. Os músculos puxam
os ossos para movê‑los, entretanto, o movimento não seria possível sem as articulações entre os ossos.

O local onde dois ou mais ossos se encontram, existindo ou não movimento entre eles, é chamado
de articulações ou junturas.

Figura 121 – Esquiador

Figura 122 – Drible no futebol

Ainda que sempre reflitamos sobre as articulações como móveis, esse nem sempre é o caso. Muitas
possibilitam apenas movimentos limitados e outras não consentem nenhum tipo de movimento aparente.
A estrutura de uma determinada articulação está diretamente relacionada com o seu grau de movimento.

115
Unidade II

As articulações móveis são locais do corpo onde os ossos se movimentam em contato próximo um
com o outro. Ao trabalhar com máquinas, compreendemos que as peças que fazem contato entre si
demandam maior conservação. Contudo, em nossos corpos, damos pouca importância às articulações
móveis até que patologias ou danos tornem a mobilidade muito precária. Se a mobilidade for limitada,
mesmo em uma articulação altamente móvel, a qualquer instante uma articulação móvel pode ser
transformada em uma articulação imóvel.

Os três tipos principais de articulações podem ser subdivididos em sinartroses, anfiartroses


e diartroses. As partes ósseas das sinartroses são conectadas por um tecido de preenchimento.
Nas sinartroses encontram‑se as articulações fibrosas, cuja conexão óssea é constituída por tecido
conjuntivo. Já nas anfiartroses encontram‑se as articulações cartilagíneas, cuja conexão óssea é
composta por cartilagem. As diartroses se caracterizam pela presença de uma cavidade articular
entre os ossos articulados, preenchida por líquido sinovial ou sinóvia. As articulações fibrosas e
cartilagíneas são estabelecidas pela continuidade dos ossos articulantes por meio do tecido interposto.
As articulações sinoviais se fazem por contiguidade.

3.1 Articulações fibrosas

Nas articulações fibrosas os ossos são conectados entre si por fibras de tecido conjuntivo, e desse
modo é possível muito pouco movimento. Consideram‑se os seguintes tipos de articulações fibrosas:
suturas, sindesmoses, gonfoses e esquindileses.

3.1.1 Suturas

Nas suturas existe um pequeno afastamento entre os ossos e, consequentemente, uma pequena
quantidade de tecido conjuntivo interposto. As suturas da calota craniana são exemplos desse tipo
de articulação.

A morfologia dessas suturas diferem entre si, são elas: sutura serrátil, sutura escamosa e sutura plana.

Sutura
sagital

Figura 123 – Vista superior do crânio

116
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

Sutura
escamosa

Figura 124 – Vista lateral do crânio

Sutura palatina
mediana

Figura 125 – Palato duro (vista inferior)

Na sutura serrátil as margens apresentam dentículos que se engrenam de forma simples


inicialmente, mas posteriormente pode apresentar a extremidade mais dilatada que a base, o
que impede o afastamento dos ossos. A sutura escamosa apresenta as margens ósseas cortadas
em bisel, às custas das faces opostas dos ossos. Já na sutura plana as margens ósseas são planas
e lisas.

117
Unidade II

3.1.2 Sindesmoses

Essas articulações fibrosas ocorrem quando o afastamento entre os ossos é grande e há


consequentemente grande quantidade de tecido conjuntivo interposto. Os dois ossos vizinhos são
conectados por fibras colágenas de tecido conjuntivo, como, por exemplo, a membrana interóssea do
antebraço, entre os ossos rádio e ulna; ou a sindesmose tibiofibular, conforme ilustram as figuras a
seguir; a membrana interóssea da perna, entre os ossos: tíbia e fíbula; ou por fibras elásticas de tecido
conjuntivo, como, por exemplo, nos ligamentos amarelos entre os arcos de vértebras vizinhas.

Membrana interóssea

Figura 126 – Sindesmose

Sindesmose tibiofibular

Figura 127 – Sindesmose

3.1.3 Gonfoses

Nas gonfoses temos a união das raízes de um dente com as paredes dos alvéolos dentários. As fibras
colágenas de tecido conjuntivo conectam o periósteo do osso alveolar ao periodonto.

118
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

Articulação
dentoalveolar
(gonfose)

Figura 128 – Corte vestibulolingual do primeiro molar inferior e da mandíbula

3.1.4 Esquindilese

As esquindileses ocorrem quando a margem óssea aguda é inserida em uma fenda, como, por exemplo,
do corpo do esfenoide que se aloja em uma superfície em forma de fenda entre as asas do osso vômer.

Esquindilese
esfenovomeral

Figura 129 – Vista inferior do crânio

119
Unidade II

Nas articulações fibrosas, o movimento entre os ossos é reduzido. Elas podem ser classificadas em:
suturas, sindesmoses, gonfoses e esquindileses.

3.2 Articulações cartilagíneas

As articulações cartilagíneas conectam dois ossos por meio de cartilagem hialina ou fibrosa. Podem
ser divididas em dois tipos: primária e secundária. Uma articulação primária, como acontece nas
sincondroses, é aquela na qual os ossos são unidos por uma lâmina ou barra de cartilagem hialina. Desse
modo, a união entre a epífise e a diáfise de um osso em crescimento e a que ocorre entre a costela I e o
manúbrio do esterno são exemplos de tal articulação.

Na região da base do crânio localiza‑se a sincondrose esfenoccipital, conforme ilustra a figura a


seguir. Nela nenhum movimento é possível. Uma articulação cartilagínea secundária é aquela na qual
os ossos são unidos por uma lâmina de fibrocartilagem e as faces articulares dos ossos são cobertas
por uma fina lâmina de cartilagem hialina. Esse tipo encontra‑se na sínfise púbica, entre os ossos do
quadril, e nos discos intervertebrais, entre os corpos das vértebras. Nela uma pequena quantidade de
movimento é possível.

Sincondrose Sutura
esfenocciptal incisiva

Figura 130 – Vista inferior de um crânio infantil

120
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

Sínfise púbica
(a cartilagem foi removida)

Figura 131 – Vista anterior da pelve óssea

Sínfise
intervertebral

Figura 132 – Corte sagital paramediano da cabeça e do pescoço (vista medial)

Algumas articulações cartilagíneas possibilitam pequenos movimentos entre os ossos. Elas são
classificadas em dois tipos: sincondroses e sínfises.

3.3 Articulações sinoviais

As articulações sinoviais, ou também chamadas de diartroses, têm grande mobilidade e possuem


diversas estruturas anatômicas essenciais. Nelas as as terminações ósseas articulares são recobertas por
cartilagem hialina, de maneira a compor uma superfície lisa, o que leva a uma diminuição máxima do
atrito, chamadas de superfícies articulares.

121
Unidade II

Suas superfícies articulares podem ser convexas, ou seja, esse formato de corpo articular é chamado
de cabeça articular; ou côncavas, nesse caso, diz‑se um acetábulo. O acetábulo pode estar elevado em
tamanho em virtude de uma protuberância de suas margens, por meio do lábio glenoidal, como, por
exemplo, as articulações do ombro e do quadril. A incongruência de algumas superfícies articulares é
contrabalançada por discos ou meniscos.

Lembrete

A cartilagem articular, formada por tecido conjuntivo, consiste em


uma camada protetora de 1 a 5 milímetros de espessura desse material
que reveste as extremidades dos ossos, que se articulam nas articulações
sinoviais. Durante o crescimento normal, a cartilagem articular em uma
articulação sinovial, como o joelho, aumenta em volume conforme a
criança vai ficando mais alta.

A segunda estrutura anatômica que encontraremos nas articulações sinoviais é a cápsula articular.
Ela forma um folheto de tecido conjuntivo em torno da articulação, isolando‑a de modo hermético.
A cápsula articular encontra‑se presa aos dois ossos articulares, em geral, na margem das superfícies
articulares recobertas por cartilagem.

Ela é formada por uma camada interna e outra externa. A camada interna de uma cápsula interna é
a terceira característica anatômica, que define a articulação sinovial, pois é formada de uma membrana
sinovial que produz e aprisiona o líquido sinovial dentro da cavidade articular. A membrana sinovial
é altamente vascularizada e transporta muitas das trocas fisiológicas necessárias para manter as
superfícies articulares em funcionamento.

Assim, a quarta estrutura anatômica que encontraremos nas articulações sinoviais é a cavidade
articular. Ela, na realidade, não existe como uma cavidade, uma vez que entre as duas partes articuladas
há apenas uma fenda capilar em razão da pressão negativa existente ou da tração dos músculos que
passam sobre a articulação.

A quinta estrutura anatômica que compõe as articulações sinoviais é o líquido sinovial ou sinóvia.
Ele é um líquido viscoso, claro ou amarelo‑claro, assim chamado por sua semelhança em aspecto e
consistência com a clara do ovo. Como visto anteriormente, o líquido sinovial é secretado por células
sinoviais na membrana sinovial e líquido intersticial filtrado do plasma sanguíneo. O líquido sinovial tem
três papéis principais:

• Fornecer lubrificação: a fina camada de líquido sinovial que reveste a face interna da cápsula
articular e as faces expostas das cartilagens articulares oferece lubrificação e diminui o atrito.
Isso é alcançado pelo ácido hialurônico e pela lubricina do líquido sinovial, que diminuem o
atrito entre as superfícies das cartilagens articulares em uma articulação sinovial até cerca de um
quinto daquele visto entre dois pedaços de gelo.

122
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

• Nutrir os condrócitos: a quantidade total de líquido sinovial em uma articulação é normalmente


inferior a 3 mililitros, mesmo em uma articulação grande como, por exemplo, a do joelho. Esse volume
relativamente pequeno de líquido deve circular para oferecer nutrientes e uma via de rejeite de resíduos
para os condrócitos das cartilagens articulares. A circulação do líquido sinovial é estimulada pelo
movimento articular, que também traz ciclos de compressão e expansão nas cartilagens articulares
contrárias. À compressão, o líquido sinovial é forçado para fora das cartilagens articulares; à reexpansão,
o líquido sinovial é trazido de volta para as mesmas cartilagens. Esse fluxo de líquido sinovial para fora
e para dentro das cartilagens articulares provê nutrição para seus condrócitos.

• Agir como amortecedor de impactos: o líquido sinovial amortece os impactos nas articulações
sujeitas à compressão. Por exemplo, as articulações de quadril, joelho e tornozelo são contidas
durante a deambulação e intensamente contidas durante a deambulação acelerada ou a corrida.
Quando a pressão eleva abruptamente, o líquido sinovial concentra o impacto e o dissemina de
maneira invariável sobre as faces articulares.

Lembrete

O líquido sinovial também contém células fagocíticas que retiram


micróbios e resíduos resultantes do uso e desgaste da articulação.

As articulações sinoviais podem apresentar uma diversidade de estruturas anatômicas acessórias,


como, por exemplo, o disco de fibrocartilagem e os corpos adiposos, os ligamentos, os tendões, as bolsas
sinoviais e as bainhas tendíneas sinoviais. Elas são as mais numerosas no organismo e apresentam a
superfície articular, a cápsula articular, a cavidade articular, a membrana sinovial, o líquido sinovial, os
ligamentos, os meniscos e os discos articulares.

Os ligamentos conectam os ossos uns aos outros. Todas as articulações sinoviais são reforçadas por
ligamentos de tecido conectivo elástico, mas não muitos.

Cápsula
articular

Figura 133 – Articulação sinovial

123
Unidade II

Ligamento Cartilagem
extracapsular articular

Ligamento Menisco
intracapsular

Figura 134 – Articulação sinovial

Cápsula
articular

Faces
articulares

Cavidade
articular

Figura 135 – Articulações sinoviais

Nas articulações complexas, como, por exemplo, a do joelho, estruturas anatômicas acessórias
podem localizar‑se entre as faces articulares opostas e alterar as formas dessas faces, como os que são
citados a seguir.

• Os meniscos e discos articulares são estruturas fibrocartilagíneas em forma de meia lua e localizadas
no joelho. Os papéis dos meniscos e discos articulares não são totalmente entendidos, contudo
as conhecidas incluem: (1) absorção de impacto; (2) melhor encaixe entre as superfícies ósseas
da articulação; (3) oferecimento de superfícies amoldáveis para movimentos combinados; (4)
distribuição de peso sobre uma superfície de contato maior e (5) propagação do líquido sinovial
pelas faces articulares da articulação.

124
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

• Os corpos adiposos, geralmente, estão localizados próximo à periferia da articulação,


delicadamente revestidos pela membrana sinovial. Os coxins de corpos adiposos oferecem
proteção para as cartilagens articulares e servem como material de arranjo para a articulação
como um todo. Eles ocupam os espaços produzidos quando os ossos se movimentam e a
cavidade articular altera de formato.

• A cápsula articular que circunda toda a articulação é contínua com o periósteo dos ossos que
se articulam. Os ligamentos são estruturas anatômicas acessórias que amparam, fortalecem
e reforçam as articulações sinoviais. Os ligamentos intrínsecos, ou ligamentos capsulares, são
adensamentos da própria cápsula articular. Os ligamentos extrínsecos são separados da cápsula
articular. Esses ligamentos podem ser encontrados externa ou internamente à cápsula articular e
são chamados ligamentos extracapsulares e intracapsulares, respectivamente.

• Os tendões, ainda que caracteristicamente não componham parte da articulação como uma
estrutura anatômica essencial ou acessória, geralmente atravessam a articulação ou em sua
proximidade. A tonicidade muscular normal mantém os tendões tensos e a tensão pode restringir
a amplitude de movimento. Em algumas articulações, os tendões são partes complementares da
cápsula articular e oferecem resistência significativa à cápsula.

• As bolsas sinoviais são pequenas estruturas anatômicas preenchidas por líquido sinovial no tecido
conectivo. São recobertas pela membrana sinovial e podem comunicar‑se ou não com a cavidade
articular. Elas constituem‑se onde o tendão ou os ligamentos entram em atrito contra outros
tecidos. Seu papel é diminuir o atrito e atuar como amortecedor de choque. Elas são localizadas
ao redor da maioria das articulações sinoviais, como, por exemplo, a do ombro.

• As bainhas tendíneas sinoviais são bolsas tubulares que rodeiam os tendões onde eles atravessam
as superfícies ósseas. Elas também podem surgir embaixo da pele que recobre um osso ou no
interior de outros tecidos conectivos sujeitados a atrito ou pressão. As bolsas que se desenvolvem
em situação anormal ou devido a pressões anormais são chamadas de bolsas adventícias.

Disco articular

Figura 136 – Articulações sinoviais

125
Unidade II

As crianças que realizam atividades esportivas vigorosas acumulam cartilagem articular de forma
mais rápida que as que não realizam as mesmas atividades. Já os meninos tendem a adquirir cartilagem
articular no joelho mais rapidamente que as meninas.

Observação

As inflamações dos tendões são chamadas de tendinites. A inflamação


da bolsa sinovial é chamada de bursite. Na presença de cargas elevadas, pode
acontecer uma inflamação da bainha tendínea, chamada de tendovaginite.

Saiba mais

Para saber mais sobre as articulações sinoviais do corpo humano e


sua classificação:

LAROSA, P. R. R. Sistema articular. In: ___. Anatomia humana: texto e


atlas. São Paulo: Guanabara‑Koogan, 2016, p. 68‑69.

Exemplo de aplicação

Vamos associar o detalhes ósseos estudados com as articulações? Relembre os principais detalhes
ósseos dos esqueletos axial e apendicular e das cinturas escapular e pélvica. Na escápula, por exemplo,
encontramos a cavidade glenoide, a qual se une com o úmero, ou seja, pela cabeça, formando a
articulação do ombro ou glenoumeral.

Já a articulação do ombro é classificada morfologicamente como esferoide e funcionalmente realiza


movimentos nos três eixos, ou seja, flexão, extensão, adução, abdução e rotação. Esportes de alto
rendimento provocam lesões nas articulações, como, por exemplo, as luxações e as entorses. Partindo
desses exemplos, faça uma descrição de algumas articulações sinoviais: quadril, joelho, tornozelo, ombro,
cotovelo, punho e mão, contendo os principais componentes anatômicos, os movimentos que podem
ocorrer e sua significância clínica.

4 MIOLOGIA

A miologia é o estudo dos músculos, que quimicamente consistem em água e sólidos. Tais sólidos são
as proteínas, os carboidratos, os sais inorgânicos, abrangendo o cloreto de cálcio, o ferro, o magnésio, o
fósforo, o potássio e o sódio; além das enzimas, dos glóbulos de gordura, dos extrativos nitrogenados,
como o ácido úrico e a creatina; e os extrativos não nitrogenados, como o ácido láctico e o glicogênio.
Sem os músculos nós, seres humanos, seríamos pouco mais do que bonecos de lojas de shopping,

126
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

impossibilitados de deambular, articular as palavras, piscar os olhos ou até mesmo segurar uma bola de
futebol. Todavia, nenhuma dessas inconveniências nos importunaria, porque também permaneceríamos
inábeis de respirar. Uma das principais qualidades dos seres humanos é a nossa competência de se mover.
Porém, também utilizamos os músculos esqueléticos quando não estamos em movimento. Os músculos
chamados posturais estão constantemente se contraindo para nos manter nas posturas sentado ou em
pé. Os músculos chamados respiratórios estão constantemente trabalhando para nos manter respirando,
mesmo durante o sono. A nossa comunicação depende dos músculos esqueléticos, seja para escrever,
digitar ou conversar. Mesmo a comunicação silenciosa, utilizando sinais manuais ou expressões faciais,
carece do trabalho dos músculos esqueléticos.

A quantidade de músculos em nosso corpo depende de uma série de fatores e nem todos os
indivíduos apresentam exatamente a mesma quantidade. Alguns podem surgir em um lado do
corpo, entretanto, não no lado oposto, como, por exemplo, o músculo psoas menor. Outros estão
totalmente ausentes em certos indivíduos, como o músculo palmar longo. Essas características,
como visto anteriormente, são chamadas variações anatômicas. Assim, em conjunto, encontraremos
aproximadamente 700 músculos no corpo humano, sendo eles controlados voluntariamente com
variações de tamanho e formato.

Manter bons estoques de glicogênio muscular é essencial para o desempenho esportivo e a


recuperação muscular pós‑treino. A fim de ter um melhor desempenho diversos atletas e desportistas
estão buscando a utilização dos recursos ergogênicos, tratamentos ou substâncias usadas para melhorar
a performance. Elas são classificadas em diferentes tipos, sendo recursos mecânicos, fisiológicos,
farmacológicos, psicológicos ou nutricionais. Dentre os diversos recursos está a creatina.

Saiba mais

Para saber mais sobre o uso dos recursos ergogênicos.

OLIVEIRA, L. M. et al. Efeitos da suplementação de creatina sobre a


composição corporal de praticantes de exercícios físicos: uma revisão
de literatura. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 11,
n. 61, p. 10‑15, 2017. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/
articulo?codigo=5771924>. Acesso em: 13 mar. 2019.

4.1 Tipos de músculos

Quando a contração de um músculo resulta de uma ação de vontade dizemos que esse é um músculo
voluntário, mas quando a contração muscular escapa ao controle consciente do indivíduo, chamamos
o músculo de involuntário.

127
Unidade II

Os músculos voluntários diferenciam‑se histologicamente dos involuntários por possuírem


estriações transversais, sendo por isso chamados de estriados. Já os músculos involuntários não
possuem estriações, sendo por esse motivo lisos.

Há ainda outro tipo de músculo, o cardíaco, que se assemelha histologicamente ao músculo


esquelético, ainda que apresente uma ação involuntária, conforme ilustra a figura a seguir.
Músculo estriado esquelético

Estriação
Fibra muscular
Núcleo

Músculo estriado cardíaco

Estriação
Fibra muscular
Disco intercalar
Núcleo

Músculo liso (não estriado)

Fibra de músculo liso

Núcleo

Figura 137 – Tipos de músculos

Podemos também distinguir os músculos estriados dos lisos pela topografia, já que os estriados
são, na maioria das vezes, fixados ao menos por uma de suas extremidades ao esqueleto. Já os
músculos lisos são viscerais, isto é, são localizados na parede das vísceras de vários sistemas do organismo.

O principal papel do tecido muscular estriado esquelético é movimentar o organismo ao


executar tração sobre os ossos do esqueleto, permitindo‑nos diversas atividades, como, por
exemplo, andar, dançar ou tocar um instrumento musical. O músculo estriado cardíaco impulsiona
o sangue para os vasos do sistema cardiovascular; o tecido muscular liso conduz líquidos e sólidos
ao longo do canal alimentar e exerce papéis variados em outros sistemas, portanto, não serão
agora foco deste livro.

128
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

Observação

Anatomicamente, os músculos são classificados como esqueléticos


quando possuem pelo menos uma extremidade ligada a osso; ou viscerais,
quando formam a parede de órgãos moles e cavitários.

4.2 Papéis dos músculos

Desses três tipos de músculos, aquele que nos interessa diretamente é o estriado ou voluntário.
A lista a seguir resume os principais papéis de todos os três tipos de músculos:

• Manutenção da postura e posicionamento do organismo: as contrações de músculos


específicos sustentam a postura corporal, como, por exemplo, conservar a cabeça em posição
durante a leitura de um livro ou equilibrar a massa corporal sobre os pés ao caminhar compreende
a contração de músculos que estabilizam as articulações. Sem a constante contração muscular,
não seria possível sentar em postura ereta sem cair nem levantar sem tombar para frente.

• Sustentação de tecidos moles: a parede abdominal e o assoalho da cavidade pélvica consistem


em camadas de músculos estriados esqueléticos. Esses músculos suportam o peso das vísceras e
protegem os tecidos internos contra lesões.

• Regulação da entrada e saída de materiais: aberturas ou orifícios do canal alimentar e das


vias urinárias são circundados por músculos estriados esqueléticos. Esses músculos possibilitam o
controle voluntário da deglutição, defecação e micção.

• Manutenção da temperatura corporal: a contração muscular necessita de energia e sempre


que o organismo usa energia, quando transforma parte dela em calor. A perda de calor pela
contração muscular conserva nossa temperatura corporal dentro do intervalo indispensável para
o seu funcionamento normal.

• Reserva de nutrientes: os lipídios são armazenados nos músculos estriados esqueléticos como
elementos de reserva e usados nas reações energéticas. Já as substâncias minerais influenciam
as alterações químicas musculares e a sua contração. Além disso, o glicogênio é armazenado em
grande quantidade nas fibras musculares, transformando‑se em glicose quando há necessidade
de energia para as células.

4.3 Componentes macroscópicos dos músculos estriados esqueléticos

O músculo estriado esquelético possui uma porção carnosa, vermelha no vivente, chamada ventre
muscular, em que prevalecem as fibras musculares, sendo, portanto, a parte contrátil do músculo.
Apresenta também extremidades que, quando são cilíndricas ou possuem formato de fita, chamamos
de tendões, e quando têm formato de lâminas são chamadas aponeuroses, conforme ilustram as
figuras a seguir.

129
Unidade II

Tendões

Ventre
muscular

Figura 138 – Vista anterolateral

Fáscia muscular
(rebatida) Aponeuroses
Ventre muscular

Figura 139 – Vista lateral da cabeça do braço

130
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

Os tendões e as aponeuroses são esbranquiçados, brilhantes e muito resistentes, formados por tecido
conectivo denso, rico em fibras colágenas, sendo responsáveis pela fixação dos músculos ao esqueleto.
Contudo, podem estar fixados também em cartilagens, cápsulas articulares, tendões de outros músculos
e na derme. Os tendões possuem um ponto de fixação. Já as aponeuroses apresentam diversos pontos
de fixação.

Frequentemente, a fixação de um tendão muscular ao osso estacionário é chamada de origem; a


fixação do outro tendão muscular ao osso móvel é chamada de inserção. Uma boa associação de ideias
é a mola de uma porta. Nesse exemplo, observamos a parte da mola fixada à estrutura é a origem; a
parte presa à porta representa a inserção. Geralmente, a origem é proximal e a inserção distal; a inserção
normalmente é tracionada em direção à origem.

Lembrete

A porção carnosa do músculo entre os tendões é chamada ventre


muscular, ele representa a porção espiral do meio da mola do nosso exemplo.

É importante lembrarmos também que existem alguns poucos músculos em que temos tendões
interpostos a seus ventres, todavia, esses tendões não servem para fixação no esqueleto.

Envolvendo o músculo, existe uma lâmina de tecido conectivo com espessura variável, às vezes
muito espessa, outras não, a fáscia muscular. Ela desempenha os papéis de:

• Bainha elástica de contenção: esse papel desempenhado pela fáscia, de conter ou manter
próximas as fibras musculares entre si, é relevante para possibilitar que o músculo possa executar
um trabalho competente de tração ao se contrair.

• Facilitar o deslizamento dos músculos entre si: relevante para impedir o atrito entre os
músculos durante a contração.

• Retináculo: alças de sustentação compostas de tecido conjuntivo, que sustentam os tendões em seu
lugar e, em parte, agem como apoio. São locais de desvio de músculos em seu caminho de origem até
a inserção, como, por exemplo, o retináculo extensor dos músculos extensores longos da mão e dos
dedos que, durante uma extensão dorsal, evita o afastamento do tendão em sentido dorsal.

Lembrete

Os músculos estriados esqueléticos fixam‑se normalmente aos ossos


por meio de suas extremidades. O ponto fixo (origem) do músculo não se
desloca durante a ação muscular, enquanto a extremidade contrária, que
se desloca, é o ponto móvel (inserção).

131
Unidade II

Saiba mais

Para saber mais sobre os seguintes tópicos: tecido muscular


estriado esquelético e organização muscular; anatomia macroscópica;
anatomia microscópica das fibras musculares estriadas esqueléticas;
contração muscular; unidades motoras e controle muscular; nota
clínica (rigor mortis); tono muscular e tipos de fibras musculares
estriadas esqueléticas:

MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLISTSCH, R. B. Sistema muscular. In:


___. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009, p. 238‑251.

4.4 Nomenclatura dos músculos estriados esqueléticos

Os músculos estriados esqueléticos são classificados de acordo com suas diversas características,
incluindo localização, tamanho, forma, disposição das fibras musculares, origem, inserção, número de
cabeças, embriologia e função.

4.4.1 Localização

Alguns nomes de músculos lembram o osso ou a região do organismo na qual o músculo está integrado,
por exemplo, o músculo temporal localiza‑se sobre o osso temporal; o músculo peitoral está localizado no
tórax; ou, ainda, o músculo glúteo está nas nádegas; e um músculo braquial que está no braço.

4.4.2 Tamanho relativo

Termos como máximo, mínimo, longo e curto são comumente usados em nomes de músculos.
Um músculo longo é mais comprido do que um curto. Além disso, uma segunda parte do nome
imediatamente nos fala se existe mais de um músculo relacionado. Se existe um músculo curto, muito
possivelmente um músculo longo está presente na mesma região, por exemplo, o músculo palmar
longo. Ainda podemos citar o músculo glúteo máximo, como mostra a figura a seguir, sendo ele o maior
músculo das nádegas, e o músculo glúteo mínimo, o menor.

4.4.3 Forma

Alguns músculos são chamados conforme sua forma, como o músculo pronador quadrado, que
apresenta um formato que lembra essa figura geométrica.

132
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

Músculo glúteo
máximo

Figura 140 – Região glútea

Músculo
deltoide

Figura 141 – Vista lateral de membro superior

4.4.4 Disposição das fibras musculares

Geralmente os músculos apresentam as fibras dispostas paralela ou obliquamente à direção de


tração exercida por eles. Há, ainda, os músculos dispostos de forma circular. Assim, os músculos
estriados esqueléticos podem ser classificados quanto a disposição paralela, a disposição oblíqua
e a disposição circular. Dentre os músculos que apresentam disposição paralela pode‑se citar:
os músculos longos, nos quais o comprimento é predominante, como, por exemplo, o músculo
sartório; os músculos largos, nos quais o comprimento e a largura são equivalentes, por exemplo,
o músculo glúteo máximo; os músculos fusiformes, predominantemente nos membros e que são
longos, mas que se nota uma convergência das fibras em direção aos tendões de origem e inserção,
por exemplo, o músculo braquial; e os músculos em formato de leque, que são largos, mas cujas
fibras convergem para um tendão em uma das extremidades, dando‑lhes a aparência de um leque,
por exemplo, o músculo temporal.

O músculo que possui fibras dirigidas obliquamente e inseridas apenas em um lado do tendão,
à semelhança da metade de uma pena de ave, é classificado como reniforme. Um exemplo disso é

133
Unidade II

o músculo extensor longo do hálux. Músculos bipeniformes são os que têm o formato de uma pena
inteira, como, por exemplo, o músculo reto femoral.
Músculo
sartório

Figura 142 – Vista anterior da coxa

Músculo
bíceps
braquial

Músculo
braquial

Figura 143 – Vista anterolateral do braço

134
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

Músculo
extensor
longo do
hálux

Figura 144 – Vista anterior da perna

Músculo reto
femoral

Figura 145 – Vista anterior da coxa e do dorso do pé

Os músculos orbiculares da boca e dos olhos (linhas azul‑claro), conforme ilustra a figura a seguir,
têm seus fascículos dispostos em círculo em torno de uma abertura, atuando como esfíncteres para
fechar a abertura.

135
Unidade II

Músculo orbicular
dos olhos

MZM

CGS

CGS

MZM

Músculo
orbicular da boca

Figura 146 – Peças de cadáver fresco com compartimento de gordura superficial (CGS)
e músculos zigomático maior (MZM) expostos

4.4.5 Número de origens

Quando bíceps, tríceps ou quadríceps compõem parte do nome de um músculo, pode‑se adotar que
o músculo tem duas, três ou quatro origens, por exemplo, o músculo bíceps femoral, o tríceps da perna
e o quadríceps femoral.

O músculo bíceps femoral é formado por duas cabeças de origem: o músculo bíceps femoral cabeça
longa e o músculo bíceps femoral cabeça curta. Já o músculo tríceps da perna é formado por três
cabeças de origem: os músculos gastrocnêmios (medial e lateral) e o músculo sóleo. Por fim, o músculo
quadríceps femoral é formado por quatro cabeças de origem: o músculo reto femoral, os músculos
vastos (medial, intermédio e lateral).

M. sartório

Músculos quadríceps femoral:

M. reto
femoral

M. vasto
intermédio

M. vasto
lateral

M. vasto
medial

Figura 147 – (A) Vista anterior da coxa. (B) Vista anterior da coxa com o músculo reto femoral rebatido

136
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

Observação

A expressão “calcanhar de Aquiles”, em sentido amplo, significa


qualquer ponto desprotegido. Em anatomia, ele se chama tendão do
calcâneo, é o ponto de inserção do músculo tríceps da perna. Na mitologia
grega, o herói Aquiles foi tornado inatingível pela mãe ao ser banhado
nas águas do rio Estige. Porém, como foi segurado pelos calcanhares
para não afundar, essa parte continuou a ficar vulnerável. Mais tarde, na
Guerra de Troia, foi mortalmente golpeado por Páris com uma flechada
justamente no calcanhar.

4.4.6 Número de inserções

Os músculos também podem se inserir por mais de um tendão, sendo eles classificados como: bicaudado,
quando existirem dois tendões de inserção, por exemplo, músculo flexor curto do hálux; ou policaudado,
quando existirem três ou mais tendões de inserção, por exemplo, músculo extensor dos dedos.

4.4.7 Localização de suas fixações

Alguns músculos são nomeados conforme os seus pontos de origem e inserção. A origem é sempre
o primeiro nome, por exemplo, o músculo esternocleidomastoideo tem duas origens, no esterno e na
clavícula, e sua inserção é no processo mastoide do osso temporal.

Músculo flexor
curto do hálux

Figura 148 – Músculos da planta do pé

137
Unidade II

Músculo
extensor
dos dedos

Figura 149 – Vista posterior do antebraço

Músculo
esternocleidomastoideo

Figura 150 – Vista anterolateral da cabeça e do pescoço

4.4.8 Número de ventres

Existem músculos que apresentam mais de um ventre muscular, com tendões intermediários entre
eles. Eles podem ser: digástrico, quando possuem dois ventres musculares, por exemplo, músculo
138
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

digástrico; ou, ainda, poligástrico, quando apresentam três ou mais ventres musculares, por exemplo,
músculo reto do abdome.

Músculo
temporal

Músculo
digástrico

Figura 151 – Vista lateral da cabeça

Músculo
reto do
abdome

Figura 152 – Vista anterior do tronco

139
Unidade II

4.4.9 Embriologia

Os músculos podem ser divididos em mioméricos, ou seja, derivados de miótomos, que são a grande
maioria; e branquioméricos, ou seja, derivado dos arcos branquais (faríngeos), como, por exemplo, os
músculos da mastigação, face, faringe, laringe e os músculos trapézio e esternocleidomastoideo.

4.4.10 Ação

Quando os músculos são chamados por suas ações, são utilizadas palavras como flexor, extensor ou
adutor no nome do músculo, por exemplo, o músculo extensor longo do hálux.

Como visto, os nomes dos músculos são dados conforme certos critérios, a figura a seguir ilustra e
resume alguma das classificações estudadas.

A C Ventre
Tendão de
origem Ventre Tendão
Bíceps intermediário

Tendão
intermediário
Intersecções
musculares
Tríceps

Tendão de
inserção D

Quadríceps
Superfície de
corte do músculo
esfincter

Origens
musculares
B Secção
transversal E
Secção fisiológica do
anatômica do músculo
músculo

Ângulo de
inclinação das
fibras
Aponeurose
(inserção)

Figura 153 – Tipos de músculos estriados esqueléticos. (A) Número de origens (pontos fixos).
(B) Direção das fibras. (C) Músculo poligástrico. (D) Fibras horizontais. (E) Origem e inserção de um músculo largo

140
ANATOMIA BÁSICA DOS SISTEMAS

Resumo

As articulações são formadas quando os ossos vizinhos se


articulam. Elas são classificadas de acordo com o tecido interposto
em fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. As articulações fibrosas são de
quatro tipos: suturas, sindesmoses, gonfoses e esquindileses. Os dois
tipos de articulações cartilagíneas são as sincondroses e as sínfises.
As articulações sinoviais com liberdade de movimentos apresentam
estruturas anatômicas, como a cápsula articular, a membrana sinovial,
o líquido sinovial, a cartilagem articular, os ligamentos, os meniscos e
os discos articulares.

Os músculos estriados esqueléticos possuem características


macroscópicas, como o ventre muscular, os tendões, as aponeuroses
e as fáscias musculares. Os nomes que os músculos estriados
esqueléticos receberam foram baseados na forma, no tamanho, na
direção das fibras, no número de origens, na localização de suas
fixações e ações. Os músculos do esqueleto axial incluem aqueles
responsáveis pela expressão facial, mastigação, parede abdominal
e coluna vertebral. Os músculos do esqueleto apendicular incluem
os músculos dos membros superiores e inferiores.

Exercícios

Questão 1. As articulações podem ser classificadas de acordo com os movimentos que são capazes
de realizar. Denominam-se de diartroses aquelas que permitem grandes movimentos dos ossos e de
sinartroses aquelas que permitem pouca ou nenhuma movimentação. Dentre as articulações citadas
abaixo, marque a única que é um exemplo de diartrose:

A) Articulações dos ossos do crânio.

B) Articulações da vértebra lombar e o osso sacro.

C) Articulação da costela com o esterno.

D) Articulações do púbis.

E) Articulação entre úmero e ulna.

Resposta correta: alternativa E.

141
Unidade II

Análise das alternativas

A) Alternativa incorreta.

Justificativa: denominada sutura, essa é um tipo de sinartrose, articulação composta de tecido


fibroso e, portanto, imóvel, com grau de movimento muito pequeno e quase imperceptível.

B) Alternativa incorreta.

Justificativa: articulação semimóvel entre os ossos conectada por discos de fibrocartilagem (entre as
vértebras), denominados anfiartroses.

C) Alternativa incorreta.

Justificativa: trata-se de uma anfiartrose do tipo sincondrose que mantém os ossos articulados por
cartilagem hialina. Podem ser tipo temporário (placas epifisárias) e permanente (cartilagem costal).

D) Alternativa incorreta.

Justificativa: trata-se de uma anfiartrose do tipo sínfise, que mantém os ossos articulados por
tecido fibrocartilaginoso.

E) Alternativa correta.

Justificativa: a articulação entre o úmero e a ulna permite a movimentação do braço.

Questão 2. Existem três tipos de tecidos musculares: estriado esquelético, estriado cardíaco e não
estriado. Eles diferenciam-se por sua morfologia e localização no corpo. Sobre o tecido muscular estriado
cardíaco, assinale a alternativa incorreta.

A) O tecido muscular estriado cardíaco apresenta contração involuntária.

B) O tecido muscular estriado cardíaco apresenta estriações transversais.

C) O tecido muscular estriado cardíaco apresenta células multinucleadas.

D) No tecido muscular estriado cardíaco é possível observar os chamados discos intercalares, que são
complexos juncionais.

E) O tecido muscular estriado cardíaco é encontrado apenas no coração.

Resolução desta questão na plataforma.

142

Você também pode gostar