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2018
Vogal – Arguente Principal Professor Doutor Luís Filipe Barbosa Loureiro Pipa
Professor Auxiliar do Departamento de Música da Universidade do Minho
À minha família, à minha namorada Camila, respetiva sua família e aos meus
amigos, pela paciência que tiveram comigo e pelo apoio que me deram.
Aos professores e alunos de oboé que perderam algum tempo para responder
aos inquéritos, ajudando-me a alcançar alguns resultados neste projeto.
palavras-chave oboé, construção de palhetas, ferramenta didática, material pedagógico,
autonomia.
abstract The lack of written in Portuguese documentation about reed making led to verbal
transmission of the procedures, by demonstration, exposition and imitation. In
order to create a viable option that allows a methodology’s systemization, the
elaboration of an oboe reed making guide was thought.
The results of this investigation display the large diversity of reed making
methodologies and schools/models. The data collected from inquiries expose the
lack of time to teach reed making procedures and the lack of didactic tools and
educational materials about this subject. The project also revealed that the reed
making guide is a viable didactic tool but it doesn’t replace the teacher.
ÍNDICE
Índice de Ilustrações ................................................................................................. 5
Preâmbulo ...............................................................................................................11
2
4.3.9. Aluno C – 3º Período.............................................................................160
Anexos ......................................................................................................................189
3
Anexo 17: Declaração de faltas pela OFB .............................................................355
4
Índice de Ilustrações
5
Figura 26: Palhetas Vienenses de Anatol Petrov vistas à luz natural (esquerda) e à
contraluz (direita) .............................................................................................................37
Figura 27: Palheta de Saxofone Alto Légère ...............................................................38
Figura 28: Palheta de oboé Légère .............................................................................38
Figura 29: Palheta de fagote Légère ...........................................................................39
Figura 30: Máquina de raspar palhetas Reeds ‘n Stuff ................................................46
Figura 31: Ficha orientadora das combinações na amarragem das palhetas ..............52
Figura 32: Inquérito Pré-Workshop..............................................................................57
Figura 33: Inquérito Pós-Workshop .............................................................................58
Figura 34: Academia de Música de Vilar do Paraíso ...................................................81
Figura 35: Organograma funcional da AMVP ..............................................................85
Figura 36: Oferta educativa da AMVP .........................................................................86
Figura 37: Valores da AMVP .......................................................................................92
Figura 38: Concerto do Quinteto Promenade no Cinema Nun'Alvares ......................179
Figura 39: Artigo da Newsletter do CMSM ................................................................180
Figura 40: Sessão de Amarragem do workshop ........................................................181
Figura 41: Sessão de Raspagem do workshop .........................................................182
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Índice de Gráficos
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Índice de Tabelas
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10
Preâmbulo
Durante o meu percurso como estudante de oboé percebi que uma grande parte do meu
trabalho residia na construção e manutenção de palhetas duplas de oboé. Como na maioria
das escolas de ensino especializado, quer de regime oficial, quer de regime não oficial, o
meu processo de aprendizagem dos métodos de construção de palhetas foi realizado
através dos métodos expositivo, demonstrativo e imitativo. Ora, este sistema de ensino
baseado em demonstrações e apreciações mostrou-se muito demorado pois dependia
sempre da presença e da apreciação de um professor. A complexidade do processo de
construção de palhetas é de tal forma relevante que uma parte das aulas, entre 10 a 15
minutos, é ocupada com o ensino do processo. Só depois de ingressar no ensino superior
e após vários anos de tentativas e erros consegui criar uma certa autonomia que me fez
falta nos primeiros anos de estudo do oboé.
Hoje em dia, enquanto professor, deparo-me com o mesmo problema nos meus alunos,
a falta de autonomia e a falta de tempo para transmitir os processos que lhes permitirão ter
mais independência e um melhor aproveitamento nas aulas. Por vezes, o aproveitamento
dos alunos, nas aulas, é menor, devido a problemas constantes com as palhetas e à
incapacidade de os solucionar, sem a orientação e supervisão do professor.
Devido à falta de tempo letivo para o ensino da construção de palhetas, decidi pesquisar
material didático que pudesse ajudar os alunos de forma a estes se tornarem mais
independentes do professor. Deparei-me com a falta de documentação escrita em Língua
Portuguesa direcionada para o tema, sendo que os poucos materiais existentes estavam
escritos na maioria em alemão, inglês, francês e apenas um ou dois livros em Língua
Portuguesa. De alguns livros de estudos para oboé retiravam-se pequenas alusões ao
tópico da construção de palhetas, mas sem grande aprofundamento. Dos livros dedicados
à construção de palhetas retirava-se apenas um método por livro. Ora, um método pode
não resultar na totalidade com alguns alunos e, tendo em conta o custo de alguns dos
livros, seria dispendiosa a aquisição de livros até encontrar um método que se adeque a
determinado aluno e, ainda assim, teríamos as limitações do idioma do livro.
Posto isto, o presente projeto surge no âmbito da unidade curricular de Prática de Ensino
Supervisionada, inserida no Mestrado em Ensino da Música, na Universidade de Aveiro,
tendo como objetivo geral, a criação de um guia de construção manual de palhetas que
aborde várias metodologias para cada fase da elaboração de uma palheta de oboé. Como
objetivos específicos, o projeto pretende analisar e comprovar a necessidade de um guia
escrito em Língua Portuguesa, através de inquéritos realizados a professores e alunos de
oboé, e compreender de que forma é lecionada a construção de palhetas, procurando
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verificar a existência de uma marginalização do ensino de oboé, no que diz respeito ao
tempo letivo dedicado ao tema.
De forma a cumprir os objetivos gerais e específicos deste projeto, foi realizada uma
pesquisa bibliográfica, que permitisse a obtenção de dados para uma fundamentação
teórica do projeto e os conteúdos necessários à elaboração do guia de construção manual
de palhetas.
Numa primeira fase foram realizados inquéritos gerais, sob a forma de questionários,
destinados a professores e alunos, de forma a averiguar o ensino da construção de
palhetas, em Portugal e a pertinência/necessidade da criação de um guia de construção
manual de palhetas de oboé, escrito em Língua Portuguesa, para melhor funcionamento
do ensino deste tema, criando um importante apoio pedagógico. O estudo vem comprovar
a falta de documentação e a necessidade de existir mais material didático, escrito em
Língua Portuguesa, para este tema, além de demonstrar uma carência de tempo letivo
para a instrução da construção de palhetas.
De seguida, deu-se a construção do documento, o qual resultou de uma compilação de
metodologias para cada fase do processamento das palhetas. A estrutura do livro é dividida
em dois capítulos, amarragem e raspagem. Como implementação do projeto, de forma a
verificar-se a eficácia do guia, foi realizado um workshop, dividido em duas sessões, cada
uma dedicada a um capítulo do documento e, consequentemente, dedicada a uma das
fases do processamento das palhetas.
De forma a perceber a eficácia do livro e avaliar possíveis falhas e pontos a alterar no
mesmo, foram realizados inquéritos aos participantes do workshop. Na fase pré workshop
foram averiguados os conhecimentos já adquiridos pelos alunos bem como o tempo
despendido para a prática da construção de palhetas. Na fase pós workshop foi provada a
eficácia do documento, sendo expostas as dificuldades que experienciaram na utilização
do mesmo.
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é apresentada a implementação do projeto, através da realização de um
workshop de construção de palhetas.
A terceira secção é dedicada às ferramentas de obtenção de dados. Nesta são
apresentados os inquéritos gerais, sob a forma de questionário, direcionados a
professores e alunos e os inquéritos realizados nas fases pré e pós workshop.
Finalmente, é feita uma análise dos dados recolhidos e uma breve apreciação e
discussão dos resultados.
Finalmente, a quarta secção é constituída pelo relatório de estágio da
componente de Prática de Ensino Supervisionada, onde será apresentada a
escola – Academia de Música de Vilar do Paraíso – respetivo projeto educativo
e regulamento interno, lista de docentes, caracterização dos alunos, relatórios
de aulas assistidas e planificações de aulas.
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14
Parte I: Enquadramento e Fundamentação
Teórica
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1.1. O oboé
“O termo oboé deriva do francês haut-bois, formado pelos vocábulos haut (alto ou
agudo) e bois (madeira)” (Bosch, Lima, Ramos, & Saraiva, 2012, p. 146). Hautbois significa,
então “madeira alta”, devido ao registo agudo do instrumento. Descendente da charamela,
o oboé começou a ser construído e usado na época de Lully, que o inclui pela primeira vez
na sua orquestra em 1657 (Baines, 1967, p. 279).
O oboé é um instrumento de tubo cónico, tocado a partir de uma palheta dupla e possui
um registo agudo, exceto em certas variedades em que experiencia outros registos (Sadie
& Tyrrell, 1980). O tubo do oboé tem cerca de “60 cm e é feito geralmente em ébano (ou
granadilha). (…) É construído em três partes, sendo a última um pequeno pavilhão
(campânula) pouco pronunciado. A embocadura é uma palheta dupla; na realidade não é
uma palheta mas sim duas, encostadas uma à outra e fixadas no extremo inferior a uma
peça de metal (tudel). O executante prende a palheta nos lábios e soprando faz com que
as duas lâminas que a compõem vibrem, batendo uma na outra. O oboé é portanto um
instrumento de palheta dupla batente. Tem uma extensão de duas oitavas e uma sexta (Si
b 2 a Sol 5) e é munido de um sistema de chaves Boehm” (Henrique, 2011, p. 278).
“O instrumentista que toca oboé denomina-se oboísta” (Grout & Palisca, 2001).
Segundo Burgess e Haynes (2010), foi no fim do século XIX que se desenvolveu o oboé
com o sistema de conservatório, com os melhoramentos técnicos de F. Lorée. Lorée
adicionou um sistema de chaves muito mais simples que facilitava a vibração do
instrumento bem com a flexibilidade entre registos. Bosch et al. (2012) afirma que o modelo
de Lorée estabeleceu-se como a chave na qual se baseia o oboé moderno.
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“Analisando um instrumento musical do ponto de vista físico, podemos encará-lo como
um sistema dinâmico. Seja qual for o instrumento em questão, ele é constituído por três
componentes, que podem ser considerados subsistemas de fronteiras mais limitadas:
sistema excitador, sistema ressoador e sistema radiante” (Henrique, 2002, p. 310).
Luís Henrique (2002) apresenta o sistema excitador como um mecanismo que gera as
vibrações transformando energia não-vibratória em energia vibratória. Um exemplo deste
sistema é a vibração da palheta dupla do oboé causada pelo fluxo de ar do oboísta.
O sistema ressoador é o “processo pelo qual as oscilações são amplificadas, filtradas
ou modificadas. O ressoador é o elemento que ressoa à frequência pretendida” (Henrique,
2002, p. 311). No caso do oboé, o sistema ressoador é o seu próprio tubo por onde passam
as vibrações.
O sistema radiante “é constituído pelos mecanismos que o instrumento possui para
radiar som, isto é, transmitir vibrações ao ar circundante originando assim a onda sonora
que se propaga no meio até atingir os nossos ouvidos. A energia vibratória e acústica
resultante dos sistemas excitador e ressoador é transformada em energia vibratória do ar
(energia acústica radiante)” (Henrique, 2002, p. 311). No caso do oboé, neste sistema
temos os orifícios laterais e o pavilhão/ campânula.
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1.1.2. Classificação do oboé enquanto Instrumento Musical
Faz parte da cultura geral a divisão dos instrumentos musicais em “três grandes grupos:
os instrumentos de corda, instrumentos de sopro e instrumentos de percussão” (Hornbostel
& Sachs, 1961, p. 5). Podemos caracterizar os instrumentos de sopro “por produzirem som
através de vibrações no ar. Estas são causadas pelo seu utilizador direta ou indiretamente,
sendo uma das suas funções amplificar a vibração inicial de forma natural. Os instrumentos
de sopro podem ser divididos em vários grupos dependendo da maneira como obtemos a
vibração. A divisão mais utilizada estabelece-se entre dois grandes grupos: os metais e as
madeiras” (Moreira et al., 2014, p. 3). Ora, esta divisão é feita através da distinção dos
materiais usados para a construção dos instrumentos pelo que podemos juntar o oboé ao
grupo dos instrumentos de sopro de madeira. Contudo estas divisões são demasiado
gerais e “não podem ser defendidas. Um número vasto de instrumentos não pode ser
incluído nesta divisão sem os colocar numa posição não natural, como a celesta, que, como
instrumento de percussão, aproxima-se dos instrumentos de pele” (Hornbostel & Sachs,
1961, p. 6).
Surge, então, em 1914, no Systematik der Musikinstrumente: ein Versuch (Sistemática
dos Instrumentos Musicais: uma tentativa de classificação), a classificação de Hornbostel-
Sachs que se baseia nos princípios físicos e acústicos que regem o modo como os
instrumentos produzem som (Hornbostel & Sachs, 1961). Este novo sistema prevê quatro
principais categorias: idiofones – o som é produzido pelo próprio corpo do instrumento,
feito de materiais elásticos naturalmente sonoros, sem estarem submetidos a tensão –
aerofones – o som é produzido pela vibração de uma massa de ar originada no (ou pelo)
instrumento – membranofones – o som é produzido por uma membrana esticada – e
cordofones – o som é produzido por uma corda tensa (Henrique, 2011). Neste sistema,
podemos catalogar o oboé como um aerofone.
Os aerofones podem distinguidos com base na embocadura. Existem então Aerofones
de aresta – o jato de ar é direcionado para uma aresta – Aerofones de palheta – o jato
de ar é modulado pela vibração de uma ou duas palhetas – Aerofones de bocal – o som
é produzido pela vibração labial – Aerofones livres – o som é produzido pelo ar que passa
por um corpo sólido em movimento – Voz humana e Órgão – caso singular que possui
ambas as embocaduras de aresta e palheta (Henrique, 2011).
Como Henrique (2011) refere, a palheta dupla do oboé é constituída por duas canas
encostadas e fixadas a um tudel. Estas duas canas vibram uma contra a outra devido ao
fluxo de ar que passa entre elas, originando assim o som. Sendo assim, e tendo em conta
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o processo de classificação de Hornbostel-Sachs, a melhor forma de definir o oboé,
enquanto instrumento musical, seria como sendo um aerofone de palheta dupla batente3.
02/10/2018.
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Um instrumento menos usual nesta família é o oboé barítono ou oboé baixo “que soa
uma oitava abaixo do oboé e tem um aspeto semelhante ao corne inglês de maiores
dimensões” (Cardoso, 2012, p. 38). À semelhança do corne inglês, é munido de um tudel
que “apresenta uma curvatura para a frente e só depois é curvo para trás, em direção ao
instrumentista” (Henrique, 2011, p. 284).
Ainda menos usado, outro instrumento semelhante ao oboé, desta vez em proporções
menores. O oboé piccolo ou oboé musette é um instrumento transpositor em Fá, na
marca F. Lorée, e em Mi b, nas marcas F. Patricola e Marigaux (de Gourdon, de Gourdon,
& de Gourdon, 2013; Patalowski, sem data)
“As palhetas vibrantes são lâminas de um material elástico que transformam uma
emissão contínua de ar numa emissão intermitente, interrompida regularmente” (Henrique,
2011). “A palheta dupla é uma pequena tira de cana especial dobrada «em dois», amarrada
com um fio num pequeno tudel cilíndrico de cobre denominado tudel. O tudel, por sua vez,
sustenta as mesmas e liga a palheta ao corpo do oboé. Quando a extremidade da cana
dobrada é aberta, passamos a ter duas cansas livres uma contra a outra, daí o nome de
palheta dupla” (Cardoso, 2012, p. 43).
Podem ser considerados diferentes tipos de palheta tendo em conta o som produzido
por elas. As palhetas idiofónicas, que “feitas de um material duro e pesado (geralmente
metal), produzem apenas um som cuja altura depende do seu comprimento e espessura”
6 Fonte: http://www.loree-paris.com/instruments/hautbois-baryton/?lang=en#prettyPhoto/0/
acedido a 02/10/2018.
7 Fonte: http://www.loree-paris.com/instruments/hautbois-piccolo/?lang=en#prettyPhoto/0/
acedido a 02/10/2018.
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(Henrique, 2011, p. 232). Instrumentos como o acordeão e o harmónio possuem este tipo
de palhetas. No caso do oboé e até do clarinete, são usadas palhetas heterofónicas que,
“feitas de um material flexível e leve (por norma cana), são capazes de produzir vários sons
se estiverem acopladas a tubos sonoros, sendo o comprimento destes que determina a
frequência a que vibram” (Henrique, 2011, p. 232-233).
Em relação ao seu movimento, as palhetas podem ser livres – quando oscilam sem
obstáculo para um e para o outro lado da sua posição de repouso – batentes simples –
quando vibram livremente só para um lado, batendo contra uma armação (por exemplo as
palhetas de clarinete) – ou batentes duplas – quando são um par de palhetas iguais que
batem uma na outra, fechando ou abrindo a fenda existente entre elas, e que estão ligadas
uma à outra pelas respetivas bases (Henrique, 2011).
“A cana usada para as palhetas de oboé é da espécie Arundo Donax e cresce nos
pântanos à beira rio no sul de França e outros locais com condições climatéricas
semelhantes” (Rothwell, 1982, p. 47). Existem mais zonas geográficas de onde se pode
extrair este tipo de cana mas os minerais presentes nos solos do sul de frança enriquecem
a qualidade da cana tornando-a mais suscetível de vibrar.
“A abertura da palheta tem uma forma de elipse formada pelo contacto entre as pontas
das lâminas da cana” (Gjebic, 2013, p. 3). Esta abertura depende sempre do diâmetro que
o tubo de cana possui. Quanto maior for o diâmetro da cana, menor será a abertura da
palheta pois a tira de cana será menos arredondada. Segundo Henrique (2011), o diâmetro
da cana deve rondar entre 10 e 11 mm para palhetas de oboé e entre 11 a 12 mm para
palhetas de corne inglês.
Antes da criação do oboé, antecessores como as bombardas, chirimias e charamelas
eram usados ao ar livre acompanhando fanfarras e bandas militares. “O som destes
instrumentos era extremamente penetrante e agressivo” (Neuhaus, 1998, p. 139). “A
evolução do oboé, desde que este surgiu em meados do século XVII, foi acompanhada de
perto pela evolução das palhetas” (Conceição, 2015, p. 15). Com a inclusão do oboé nos
meios de música de câmara e de orquestra, esta tendência no seu som teve de ser
aprimorada para que os oboístas tivessem a capacidade de fundir o timbre com o dos
outros instrumentos, mas com uma certa flexibilidade para destacar o seu som quando
necessário (Neuhaus, 1998).
Segundo Burgess e Haynes (2010), Os relatos e amostras de palhetas mais antigos que
existem remontam a finais do século XVII e princípios do século XVIII. Este período foi
bastante experimental na história do oboé e tal como os próprios oboés, que apresentavam
algumas diferenças de fabricante para fabricante, as palhetas e as suas formas e medidas
também o eram. Em Inglaterra usavam-se palhetas mais largas e compridas (semelhantes
às palhetas de corne inglês), já em França usavam o oposto.
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As palhetas mais largas e raspadas tinham como propósito compensar as diferenças de
sonoridade e afinação que ocorriam do uso de dedilhações com meios buracos e sobretudo
de dedilhações cruzadas (forquilhas) nos oboés dos períodos barroco e clássico. Com a
evolução da mecânica do oboé e a adição de mais chaves e orifícios, esses desequilíbrios
foram desaparecendo e as palhetas passaram a ser, pouco a pouco, mais estreitas e curtas
(Burgess & Haynes, 2010)
“Tocar oboé inclui duas habilidades distintas: tocar o instrumento e construir as palhetas”
(Gjebic, 2013, p. 3).
Ao contrário dos outros instrumentos de sopro, que têm algum tipo de estrutura fixa
como um bocal ou boquilha, toda a palheta do oboé é “construída a partir de um material
moldável. Os oboístas tentam construir palhetas que satisfaçam as suas necessidades
individuais, mas, devido à sua fragilidade, é importante serem capazes de duplicar ao
máximo cada palheta” (Wehner, 1970, p. 242).
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clima for muito húmido, as fibras da cana absorvem muta água e ficam demasiado
espaçadas, tornando a cana muito macia e sem estabilidade. Contrariamente, se o clima
for demasiado seco, a cana tende a ficar muito dura e com muitas vibrações, tornando a
palheta mais estridente” (Cardoso, 2012, p. 55).
Após a sua colheita, a Arundo Donax é selecionada por diâmetro, podendo variar entre
10 a 11 mm. Após isso, a cana é cortada em tubos com um comprimento de entre 10 a 15
cm para facilitar a sua distribuição para fabricantes de palhetas e oboístas de todo o mundo
(Baines, 1967).
10 Fonte: https://www.ctvnews.ca/sci-tech/is-the-giant-arundo-reed-a-renewable-fuel-miracle-or-
nightmare-1.1042496 acedido a 03/10/2018.
11 Fonte: https://www.reedsnstuff.com/en/Oboe/Cane/Tube-Cane-oxid.html acedido a
03/10/2018.
24
Segundo Baines (1967), devido à irregularidade da cana, esta é cortada tendo em vista
escolher os pedaços mais perfeitos. Geralmente corta-se o tubo em duas partes com o
auxílio de uma faca, ou em três partes com recurso a um utensílio de corte triplo – o divisor
de canas ou flecha. Os pedaços de cana são, então, cortados para terem o comprimento
desejado. Para isto é usada uma guilhotina.
Nesta fase é removido o excesso de cana do seu interior com uma pré-goiva e de
seguida com uma goiva que deixará a cana com a espessura ideal.
25
A cana é finalmente cortada/talhada com base numa forma já existente, ficando pronta
para ser amarrada.
A cana já goivada e talhada é dobrada ao meio e amarrada, com um fio, a um tudel, que
servirá para ligar a palheta ao oboé.
Para finalizar, é preciso abrir a palheta, com o recurso de uma guilhotina ou de uma
lâmina afiada. De seguida é inserida uma lingueta para suportar as lâminas da cana e, com
uma faca, a palheta é raspada, em ambos os lados, até que vibre com a passagem do ar.
“As duas lâminas de cana devem ficar o mais idênticas possível. Todos os ajustes feitos
numa das lâminas de cana deve ser replicado na outra” (Boyce, 1976, p. 29). Qualquer
14 Foonte : https://reedpros.wordpress.com/2012/09/10/arundo-donax-journey-from-cane-to-
oboe-reed-part-1/ acedido a 03/10/2018.
15 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=2AsaoDRiRgg acedido a 03/10/2018.
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diferença entre as duas lâminas de cana pode criar inconsistências e influenciar
negativamente a palheta.
Para uma palheta ser funcional “deve haver um equilíbrio entre as partes raspadas, uma
combinação das medidas de goiva, de dureza da cana, de densidade, de diâmetro da cana
e, além disso, uma observação dos fenômenos climáticos que alteram a maneira de vibrar
de uma palheta” (Gisiger, 2017, p. 24).
“A maioria dos Métodos de oboé descreve a palheta como uma peça de cana dobrada,
atada sobre um tudel e raspada de modo a permitir que vibre pela ação do ar. É o tipo de
descrição que remete a construção de palhetas para o campo da feitiçaria. É necessária
uma abordagem mais científica do que isso! Uma palheta é tão só um conjunto de variáveis,
mas aqui reside grande parte do problema: é indispensável alguma metodologia para evitar
que nos percamos no meio de uma miríade de possibilidades” (Lopes, 2012, p. 1).
Ainda Lopes (2012, p. 1) refere que à semelhança de um iceberg, 9/10 das
características das palhetas não são visíveis. “A maioria das variáveis não se pode aferir
visualizando uma palheta terminada. Daí talvez a ênfase que geralmente se coloca na
raspagem. Na realidade, existe literatura abundante sobre as diferentes técnicas de
raspagem, mas praticamente não se escreve sobre estes ocultos 9/10”.
Como já referido, o ensino da construção de palhetas continua a ser realizado
oralmente. Contudo, existe já alguma documentação escrita que aborda este tema e que
27
explica o que devemos fazer para construir uma palheta funcional. O principal problema
deste material é a língua, na sua maioria estão disponíveis em Língua Inglesa ou Língua
Espanhola, mas raros são os documentos escritos em Língua Portuguesa. Por isto, em
Portugal, torna-se difícil a utilização de material didático escrito com alunos pequenos
principalmente se tiverem dificuldades em idiomas estrangeiros.
Por norma, os livros que abordam a construção de palhetas apresentam um único
método. Como foi referido anteriormente, tendo em conta os custos de alguma
documentação e escrita e audiovisual torna-se dispendiosa a aquisição de alguns livros
que poderão não conter um método de construção de palhetas adequado. Além disso,
alguns livros focam-se apenas num único estilo e nos aspetos da raspagem desse mesmo
estilo, enquanto outros exploram todo o processamento da cana desde o cultivo da mesma
até à obtenção de uma palheta, por vezes em vários estilos. A seguinte lista é apenas uma
seleção de alguns materiais didáticos que poderão ajudar alguns oboístas.
1. Estilo Europeu
Karl Steins – Rohrbau für Oboen, editado pela Bote & Bock em 1964. Disponível
em Língua Alemã.
Karl Hentschel – Das Oboenrohr, Eine Bauanleitung, editado pela Moeck Verlag
em 1986. Disponível em Língua Alemã.
Frieder Uhlig – S(chw)ingendes Holz: Ein Weg zum individuellen, editado pelo
autor em 2013. Disponível em Língua Alemã.
28
David Werner – Der Weg zum guten Oboenrohr, editado pela Grahl & Nicklas
GmbH em 2014. Disponível em Língua Alemã.
2. Estilo Americano
Norma Boyce – Making and Adjusting the Oboe Reed, editado pela Utah State
University em 1976. Disponível em Língua Inglesa.
Jay Light – The Oboe Reed Book, editado pelo autor em 1983. Disponível em
Língua Inglesa.
Paul Lehman – Teachers Guide: Oboe, editado pela Conn-Selmer, Inc em 1965.
Disponível em Língua Inglesa.
David Ledet – The Art of Oboe Playing, editado pela Summy-Birchard em 1961.
Disponível em Língua Inglesa.
Graham Salter – Understanding the Oboe Reed, editado pelo autor em 2018.
Disponível em Língua Inglesa.
Alain Girard – The Singing Reed, editado pela Musik-Akademie der Stadt em
1983. Disponível em Língua Inglesa, Alemã e Francesa.
Dos materiais didáticos analisados, devem ser apontados, quer os mais completos a
nível de informação, quer os mais estruturados e úteis à aprendizagem da construção de
palhetas.
29
O Manual de Cañas para Oboes de R. Neuhaus aborda todo o processamento da cana
até à construção de uma palheta do estilo europeu. Além disso faz uma pequena
abordagem de todos os outros estilos e dos aspetos físicos da execução do oboé. É um
livro bastante completo e com um elevado número de imagens (desenhos), contudo está
disponível apenas em Espanhol.
O filme The Oboe Reed Making de L. Walsh é um documentário bastante estruturado e
que demonstra visualmente toda a construção de uma palheta. Para além disso ainda
apresenta entrevistas realizadas a vários fabricantes de palhetas e oboístas de renome
internacional.
O livro Understanding the Oboe Reed de G. Salter é um livro bastante recente que
aborda todo o processamento das palhetas em vários estilos, além de abordar as escolas
de oboé ao longo da História. Talvez o livro mais completo existente até ao momento.
O livro Reliable Reeds de R. Koster é também um livro bastante completo ao abordar
todo o processamento das palhetas. Oferece uma análise científica das palhetas ao
demonstrar uma série de medidas que permitem um maior controlo da qualidade das
palhetas.
O único livro disponível em Língua Portuguesa desta lista, O Oboísta e a Palheta Dupla
de M. Cardoso, é bastante completo pois descreve a História do oboé desde os seus
antecessores até à atualidade e todo o desenvolvimento paralelo das palhetas. Contudo,
apesar de descrever todo o processamento das palhetas, apresenta apenas um método
de construção de palhetas.
Esta pequena seleção de materiais didáticos poderá ser uma grande ajuda para muitos
oboístas que procuram soluções para as suas palhetas, contudo apenas um está
disponível em Língua Portuguesa e, à exceção do documentário de L. Walsh e do livro de
R. Neuhaus, nenhum explica detalhadamente como devem ser manuseadas as
ferramentas.
Com a evolução quer dos instrumentos, quer do repertório, quer dos músicos, as
palhetas também sofreram um desenvolvimento. Com os ensinamentos de professor para
aluno foram criadas Escolas em que se notavam tendências na raspagem das palhetas.
Segundo Ledet (2000), Burgess e Haynes (2010) e Neuhaus (1998), podemos considerar
uma Escola um grupo de músicos com uma tradição de ensinamentos transmitidos de
professor para aluno ao longo dos anos. Assim observa-se uma tendência natural de
características técnicas, instrumentos usados, sonoridades e palhetas.
30
De acordo com Burgess e Haynes (2004), foi no século XX que se iniciaram cinco
escolas principais, a escola Alemã – com Fritz Flemming (1873-1947) – a escola Francesa
– com Georges Gillet (1854-1920) – a escola Vienense – com Alexander Wunderer (1877-
1955) – a escola Inglesa – com Léon Gossens (1897-1988) – e a escola Americana – com
Marcel Tabuteau (1887-1966). Desta surgiram ainda três pequenas variações – Suíça,
Holandesa, Italiana – que dadas as semelhanças próximas com as outras cinco grande
escolas de oboé foram-se adaptando até se uniformizarem com elas.
Segundo Ledet (1981), existem características que, devido a serem partilhadas entre
muitos oboístas que estudaram com determinado professor, permitem associá-las a uma
determinada escola.
A raspagem característica da escola Alemã tem, geralmente, entre 10 a 12 mm
possuindo uma coluna e um coração salientes (Ledet, 2008) além de uma base em “U” e
uma espessura pequena. Estas características criam uma “melhor distribuição das
vibrações ao longo da palheta, que fortalecem os primeiros harmónicos, retirando um
pouco do timbre brilhante às notas agudas. Este equilíbrio combinada com uma
embocadura envolvente geram um timbre característico alemão, descrito como «escuro»,
ideal para tocar em orquestra ou música de câmara” (Neuhaus, 1998, p. 141). Estas
palhetas (figuras 8 e 9) permitem uma articulação fácil e um timbre homogéneo em toda
extensão do instrumento, além de uma boa flexibilidade, enriquecendo “o potencial
expressivo do instrumento” (Neuhaus, 1998, p. 141). Alguns oboístas que difundiram estas
palhetas são Ingo Goritzki (1939-), Lothar Koch (1935-2003) e Hansjörg Schellenberger
(1948-).
Figura 16: Palhetas Alemãs de Fritz Fischer vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)17
17Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
31
Figura 17: Palhetas Alemãs de Helmut Eggers vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)18
As palhetas da escola Francesa (figuras 10 e 11) possuem uma raspagem que varia
entre “9 e 13 mm, com a ausência de uma coluna e de um coração bem definidos” (Ledet,
2008) além de uma ponta extremamente fina. Geralmente a base desta raspagem é em
“V” e a espessura é pequena. “A escola Francesa desenvolvia tendencialmente a destreza
técnica e empregava menos atenção às questões interpretativas. Por isto, eram
necessárias palhetas confortáveis que permitissem uma fácil emissão com pouca
resistência ao ar” (Neuhaus, 1998, p. 144). Estas palhetas baseiam-se na “vibração frontal
produzindo uma articulação leve e fácil. A vibração destas palhetas produz um timbre mais
anasalado devido ao enriquecimento dos harmónicos médios e agudos. Apesar disto,
devido à tendência do som mais escuro e denso nas orquestras, as palhetas da escola
Francesa da atualidade sofreram um refinamento no timbre e articulação sem perder a sua
tradicional flexibilidade” (Neuhaus, 1998, p. 145). Alguns representantes desta escola são
Pierre Pierlot (1921-2007) e Maurice Bourgue (1939-).
18Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
32
Figura 18: Palhetas Francesas de Alexandre Duvoir vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)19
Figura 19: Palhetas Francesas de Marcel Dandois vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)20
A raspagem das palhetas da escola Inglesa (figuras 12 e 13) caracteriza-se por ser
bastante “semelhante à da escola Francesa. Geralmente possui um comprimento inferior
a 9 mm e sobretudo uma ponta mais fina” (Ledet, 2008, p. 71). Como representantes desta
escola temos Terence MacDonagh (1908-1986) e Derek Wickens (1937-).
19 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
20 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
33
Figura 20: Palheta Inglesas de William Tait vista à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)21
Figura 21: Palhetas Inglesas de Harry B. Baker vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)22
Ao contrário destas escolas que possuem uma tradição semelhante a nível da raspagem
das palhetas, a escola Americana distingue-se de todas. As palhetas desta escola (figuras
14 e 15) possuem uma raspagem longa que varia entre 14 a 22 mm apresentando um
coração bastante espesso, uma coluna bem acentuada, duas «janelas» bem vincadas e
finas e uma ponta comprida (Burgess & Haynes, 2010; Ledet, 2008), além de uma base
em “W”. Segundo Neuhaus (1998), estas palhetas são, na verdade, adaptações da escola
Francesa pois o fundador da escola Americana, Marcel Tabuteau, era francês. “Para
compensar a flacidez criada pela raspagem longa, o coração é mais espesso e transita de
forma abrupta para a ponta. Alguns oboístas raspam mais as janelas para criar mais solidez
e estabilidade ao som, além de uma maior facilidade de emissão, características úteis ao
21 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
22 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
34
trabalho orquestral. A raspagem longa e a ponta comprida servem para procurar uma
extensão de harmónicos mais abrangente e uma facilidade de emissão maior” (Neuhaus,
1998, p. 142). Nestas palhetas a embocadura é mais relaxada e pouco ou nada afetam o
som. Alguns representantes desta escola são John de Lancie (1921-2002), John Mack
(1927-2006) e Liang Wang (1980-).
Figura 22: Palhetas Americanas de Joseph Robinson vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)23
Figura 23: Palhetas Americanas de John Mack vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)24
Por fim, a escola Vienense destaca-se por, primeiro que tudo, ter um modelo de oboé
próprio – o oboé vienense (figura 16) – sendo a única escola “que hoje em dia não usa o
modelo de oboé de conservatório” (Conceição, 2015, p. 19). Estes oboés, com um
sistema de dedilhação algo primitivo, existem desde o final do século XVIII e continuam
23 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
24 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
35
a ser usados, juntamente com as trompas vienenses, em orquestras como a Orquestra
Filarmónica de Viena e as orquestras de ópera de Viena.
Devido ao tubo deste oboé ser mais largo, as palhetas (figuras 17 e 18) também se
distinguem de todas as anteriormente referidas. A cana é geralmente “mais larga,
especialmente na ponta, o tudel é mais curto (entre 37 a 38 mm) e a raspagem possui
um comprimento que varia entre 15 a 16 mm” (Ledet, 2008). A raspagem da palheta
vienense é visualmente semelhante à raspagem das palhetas de fagote. Baseada no
modelo alemão, apresenta uma ponta bastante fina e um coração e coluna bem
salientes.
Figura 25: Palhetas Vienenses de Manfred Kautzky vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)26
Press.
36
Figura 26: Palhetas Vienenses de Anatol Petrov vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)27
O livro Oboe Reed Styles (1981) escrito por Ledet analisa várias amostras de palhetas,
como as já apresentadas neste trabalho, que remontam aos anos 60. Segundo Burgess e
Haynes (2004), já em 1981 a tendência era de serem atenuadas as diferenças entre as
palhetas das escolas Inglesa, Francesa e Alemã. Nos dias de hoje, essas diferenças são
ainda menos evidentes devido à procura de um ideal de som escuro por parte quer por
oboístas quer por orquestras. Outro motivo para esta estandardização e uniformização de
um único estilo europeu baseado na escola Alemã apresentado por Kilmer, em Oboe Reed
Styles (2008), é a evolução gradual das máquinas de goivar e talhar bem como a
industrialização que massifica e padroniza certas formas no corte da cana e na raspagem
das palhetas. Sendo assim, este trabalho foca-se não numa escola em específico, mas
num conjunto de características que criam um Estilo Europeu. A escolha das palhetas
com raspagem europeia reside nas escolas onde se inseriram os meus estudos. Numa
fase inicial do meu percurso, os professores que tive vinham da escola Alemã e só mais
recentemente tive um contacto direto com a escola Francesa. O pouco contacto com a
escola Americana deixa-me um pouco reticente em abordar as características desta,
ficando apenas o desejo de completar, mais tarde, este trabalho, com as técnicas de
construção de palhetas americanas.
Derivado de uma tentativa de inovar tecnologicamente, marcas como a Légère Reeds
comercializam palhetas feitas de polímeros sintéticos não influenciáveis pelas condições
de temperatura e humidade. Existem já no mercado palhetas simples de clarinete e
saxofone com bastante qualidade sendo que hoje em dia já muitos músicos profissionais
optam por esta alternativa. No entanto, o custo destas palhetas é mais alto que as palhetas
de cana. Tendo em conta um custo médio de aproximadamente 2€, por palheta de cana,
27Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
37
é possível verificar que o custo de uma palheta sintética, de aproximadamente 30€, é,
sensivelmente, 15 vezes superior.
38
Figura 29: Palheta de fagote Légère30
39
40
Parte II: Projeto Educativo
41
42
2.1. Introdução
Lehman (1965, p. 12) afirma que “após tocarem oboé durante um ano, os alunos devem
começar a tentar construir as suas palhetas, fazendo parte da sua formação. Ao fazer as
suas palhetas, os alunos poupam dinheiro, aprendem a cuidar das suas palhetas e a
ajustá-las de acordo com a sua embocadura e sua conceção de qualidade de som”.
Contudo, um ano talvez seja pouco para iniciar esta prática de construir palhetas visto que
a maioria dos alunos começam os seus estudos ainda bastante novos. Colocar facas e
acessórios afiados nas mãos de crianças pequenas seria perigoso pelo que o início da
aprendizagem da construção de palhetas deve ser feito assim que a maturidade do aluno
o permita. Ainda assim, processos que não envolvam materiais cortantes poderão ser
estudados desde cedo para que os alunos tenham também algum tempo para os
compreender passo a passo. Além disso, a pouca maturidade musical não permite que os
alunos, em apenas um ano, adquiram a sensibilidade para saber o timbre ideal ou qual a
resistência que a palheta deve oferecer.
Geralmente, em Portugal, o início do ensino da construção de palhetas é dedicado à
amarragem (verificar ponto 3.2.1.). Os professores optam por ensinar este processo numa
fase inicial do estudo do oboé, ou seja, com alunos bastante jovens. É, portanto, necessário
algum cuidado com o manuseamento de utensílios cortantes e, por isso, a amarragem é
uma boa opção para se iniciar o ensino da construção de palhetas, devido à pouca
utilização de lâminas.
Gisiger (2017, p. 23) retrata a sua aprendizagem do processo como o resultado de
“puros gestos de imitação daquilo que o professor fazia, procurando fazer um desenho ou
um formato que se assemelhasse a uma palheta. Modelos de moldes, não havia; medidas
padrão, não havia; modelos de tubos, não havia; espessura de goiva, não havia; técnicas
de montagem, não havia. Era tudo empírico”. Ora, esta falta de método pode ser explicada
pela falta de material escrito que explique todo o processo da construção de palhetas.
Numa fase mais avançada dos estudos em que o oboísta tenha conhecimentos
suficientes para desenvolver a sua abordagem ao instrumento, “o caminho mais curto é
adotar um sistema que funcione e deixa-lo evoluir. Isto quer dizer: ir estudar com alguém
cuja abordagem do instrumento seja próxima do que nos agrada e atrai, e partir do seu
sistema de palhetas para encontrar o nosso próprio sistema, um que traduza a nossa
verdadeira individualidade” (Lopes, 2012, p. 2).
43
Por experiência pessoal e pelos dados recolhidos em inquéritos é possível observar que
a aprendizagem do processo é feita, hoje em dia, ainda por via oral. Segundo Neuhaus
(1998), esta tradição é a principal razão de não existir muito material escrito que suporte o
estudo do estilo das palhetas europeias.
44
François Leleux (1971-), oboísta, maestro e solista internacional, em entrevista para o
documentário The Oboe Reed Making, de Linda Walsh, afirma que “para tocar o concerto
de Richard Strauss usa palhetas muito diferentes das que usa para tocar em orquestra.
Para tocar um concerto a solo, é necessário que as palhetas tenham uma afinação muito
estável para não despender energia necessária para ensaiar. Para tocar em orquestra, a
palheta é sempre adaptada ao repertório”. Leleux oferece ainda um conselho aos
estudantes de oboé: “sejam loucos e usem bastante tempo para fazerem experiências com
as palhetas de forma a terem uma certa experiência empírica quando forem profissionais.
Não existe uma técnica que torne as palhetas perfeitas pois a mesma palheta não funciona
exatamente da mesma forma com todos os oboístas. Todos têm diferentes fisionomias,
lábios, dentes e cavidades orais e, por isso, nunca devem tentar copiar exatamente a
técnica de construção de palhetas de outro oboísta, mas sim tentar criar um estilo de
palhetas próprio” (Walsh, 2008).
Também Brod (1963, p. 13) garante que “é totalmente necessário e útil saber fazer as
suas próprias palhetas (…). É possível adquiri-las já feitas com qualidade, quando feitas
por professores, mas é infinitamente mais vantajoso fazê-las, pois as palhetas devem estar
adaptadas à forma dos nossos lábios, dentes e, melhor que ninguém, nós sabemos dar o
toque final do qual depende a perfeição da execução da obra que estamos a trabalhar”.
Nicholas Daniel (1962-), solista internacional, afirma que os oboístas devem ser capazes
de ajustar as suas palhetas pois terão de o fazer consoante as diferenças de temperatura,
de humidade e até a tendência de afinação em certos países (Inglaterra ≤ 441 Hz e
Alemanha ≥ 442 Hz) (Walsh, 2008).
“O timbre, articulação, emissão do ar, afinação e flexibilidade são aspetos influenciados
diretamente pela palheta, a performance de um oboísta está intrinsecamente ligada à
qualidade da sua palheta” (Conceição, 2015, p. 22). A complexa estrutura da raspagem
das palhetas de oboé permite que as canas vibrem com estabilidade para que o oboísta
consiga executar o seu instrumento sem requerer demasiado esforço. Ora, se a raspagem
das palhetas de oboé fosse baseada num único corte com um ângulo constante, como é o
caso das palhetas simples (por exemplo as palhetas de clarinete), seria perfeitamente
escusado o ensino da construção de palhetas, mas, tendo em conta a sua especificidade
e a sua estrutura semicircular torna-se complicada a sua produção em massa. Tendo em
conta a origem natural da cana e a sua estrutura delicada, a cana é suscetível a mudanças
nas suas reações “conforme as condições de temperatura e humidade em que se encontra”
(Conceição, 2015, p. 22). Isto leva a que, com a mais subtil alteração nestas condições, a
cana deixe de vibrar como deveria. Este problema é sentido nas palhetas simples mas,
devido a possuírem duas canas, nas palhetas duplas o problema agrava-se pois “basta um
45
desequilíbrio numa das canas para a palheta ficar radicalmente diferente” (Conceição,
2015, p. 22).
Neuhaus (1998, p. 30) fala do aspeto da personalização das palhetas, citando um
pensamento de Ingo Goritzki: “somos afortunados porque temos a sorte de poder atingir,
através da construção de palhetas, uma personalidade tímbrica e musical absolutamente
individualizada. A quantidade de sonoridades distintas que uma cana, segundo o seu
desenho, é capaz de produzir num oboé é infinita. O timbre que alguns oboístas alcançam
é tão característico que, ao escutar uma gravação, um ouvido sensibilizado o reconhece
imediatamente. Como o oboé, só a voz humana tem a capacidade para alcançar esse nível
de individualidade tímbrica”.
A questão financeira é também um fator que justifica a construção manual das palhetas.
O custo de uma palheta profissional é elevado (entre 15 a 30€ dependendo do fabricante),
não existindo garantias de que a palheta irá funcionar na perfeição com todos os oboístas.
Por outro lado, um tudel tem um custo de cerca de 3€ e é reutilizável. Já a cana tem um
custo pouco superior a 2€. Feitas as contas e tendo em conta a durabilidade de um tudel,
o custo final de uma palheta feita manualmente é de pouco mais de 2€, uma diferença
considerável tendo em conta o custo de uma palheta comprada e o nível de personalização
que a mesma terá.
Para facilitar o processo de construção das palhetas foram criadas máquinas de
raspagem. Atualmente existem diversos fabricantes que apostam em máquinas que
deixam as palhetas praticamente prontas a tocar.
Sendo assim, com este avanço técnico será plausível fazer palhetas sem usar as
máquinas? Köster (2017) responde de forma afirmativa. Isto porque podemos comprar
canas ou palhetas em qualquer fase do processamento. As máquinas de raspagem apenas
nos podem ajudar se todo o processamento da cana for extremamente meticuloso. “As
31 Fonte: https://www.reedsnstuff.com/en/Oboe/Reed-Making-Machines/Profiling/Profiling-
Machine.html acedido a 01/10/2018.
46
máquinas não conseguem fazer boas palhetas a partir de uma cana com pouca qualidade.
Só depois de selecionar e remover a cana de baixa qualidade poderemos construir uma
palheta aceitável. (…) Infelizmente, todas as máquinas têm um aspeto em comum, (ainda)
nenhuma consegue construir uma palheta perfeita” (Köster, 2017, p. 46)
2.2.1. Objetivos
47
(ver anexo 1). Então, o conceito deste documento não será fornecer a técnica de
construção da palheta perfeita, mas sim um conjunto de metodologias, que possa levar
cada oboísta, através da experiência empírica, a encontrar o seu próprio método.
A investigação realizada acerca das várias possibilidades de construção de palhetas
decorreu através da análise dos vários métodos de amarragem e raspagem, com os quais
tive contacto. Mais uma vez, como é tradição, principalmente na Europa, os conhecimentos
foram transmitidos oralmente, tendo por base a observação e a análise dos métodos.
Os métodos de amarragem foram recolhidos do contacto quer com professores que
acompanharam o meu percurso enquanto oboísta, quer com professores que orientaram
masterclasses que participei. Além desta via oral, alguns dos métodos foram
compreendidos após a visualização de alguns documentários e outros formatos
audiovisuais, bem como o estudo de alguns livros como Reliable Reeds, de R. Koster,
Manual de Cañas para Oboes, de R. Neuhaus, ou O Oboísta e a Palheta Dupla, de M.
Cardoso, entre outros.
Como já referido, iniciei os meus estudos com uma professora que se inseria na Escola
Alemã de oboé. Deste contacto retirei aquele que foi o método base das minhas palhetas
durante vários anos – o método de Raspagem Europeia/Curta Básica (partindo da ponta).
De seguida, tive contacto com um professor que se inseria na Escola Francesa de oboé,
que me levou a um método de raspagem um pouco diferente, mais complexo e que
necessita de uma sensibilidade maior, além de uma maior experiência empírica
nomeadamente no manuseio da faca. Daqui surge o meu atual método de raspagem – o
método de Raspagem Europeia/Curta Avançado.
Contudo, tendo em conta o objetivo do livro, de apresentar diversidade de métodos para
ajudar o maior número de pessoas, dois métodos de raspagem não chegariam,
principalmente tendo em conta as dificuldades experienciadas empiricamente em vários
anos de uma certa autonomia a nível da construção de palhetas. Surge então, através do
contacto com o orientador cooperante, Júlio Conceição, o método de Raspagem
Europeia/Curta Básica (partindo da base).
Após a recolha dos dados iniciou-se a idealização da possível estrutura do livro de forma
que a informação ficasse bem organizada, não causando dúvidas ao leitor. O livro,
inicialmente, teria 4 capítulos, um primeiro que abordasse o processamento da cana e toda
a maquinaria necessária para o fazer, um segundo capítulo que abordasse a amarragem
e todo o material necessário, além de uma breve explicação acerca do manuseamento de
alguns materiais, o terceiro capítulo apresentaria a raspagem e todos os matérias a ela
necessários, e finalmente o quarto e último capítulo que explicasse possíveis formas de
resolver certos problemas nas palhetas. Um dos objetivos do guia é tentar substituir total
ou parcialmente as demonstrações dos professores, poupando tempo de aula e
48
aumentando a autonomia dos alunos, portanto era preciso uma forma visual de apresentar
os conteúdos escritos. Foram então usadas fotografias captadas com a câmara de um
telemóvel XiaoMi Redmi Note 4 e de um telemóvel Huawei P7 Lite. A nível gráfico, ou seja,
desenhos esquemáticos, foi usado o programa Paint da Microsoft.
Foram então construídas algumas palhetas para que se pudesse captar, por via de
fotografias, cada passo executado em cada fase do processo de amarragem e raspagem.
De seguida, iniciou-se a construção do documento pelo capítulo da Amarragem, onde se
procurou apresentar entre duas a quatro possibilidades de proceder em cada fase. O
capítulo seguinte foi o da Raspagem. Neste capítulo, apesar da qualidade das fotos ser
relativamente boa, houve necessidade de criar desenhos esquemáticos que melhor
representassem as áreas da cana que deveriam ser raspadas. Após realizados os
desenhos no programa Paint passou-se à escrita do capítulo, onde são apresentados três
métodos de raspagem Europeia, dois mais simples ideais para iniciantes, podendo ser
perfeitamente usados por profissionais, e um mais complexo ideal para oboístas com
alguma experiência na construção de palhetas. Com este último método é possível
destacar melhor as características que o oboísta pretenda para o seu conceito de tocar
oboé.
Devido à impossibilidade de testar o livro nos temas do processamento da cana e
resolução de problemas, o primeiro e o último capítulo ficaram em suspenso para um dia
mais tarde o documento ser completado. Sendo assim, o guia, disponível no anexo 1, é
constituído apenas por dois capítulos – Amarragem e Raspagem.
No capítulo dedicado à amarragem de palhetas, é apresentada uma listagem do material
necessário, bem como a explicação do seu manuseio. A amarragem é descrita em cinco
fases:
Preparação do Material: São apresentados e explicados diversos
procedimentos que podem ser realizados antes de iniciar a amarragem.
Pré-Amarragem: São descritas três alternativas de início da amarragem que
fecham o espaçamento entre as lâminas de cana.
Amarragem: São apresentados duas metodologias de amarragem que fixam a
cana ao tudel.
Nó: São expostos 4 nós diferentes para finalizar a amarragem.
Pós-Amarragem: Nesta última fase, a palheta já se encontra amarrada. Assim,
são apresentados apenas alguns conselhos para garantir uma palheta de
melhor qualidade.
49
No capítulo dedicado à raspagem, são apresentados os materiais necessários, sendo
explicado o manuseio dos mesmos. Neste capítulo é apresentada, sob a forma de
esquema, a “anatomia” da raspagem de palhetas europeias. De seguida, são apresentados
os três métodos de raspagem propostos:
Método de Raspagem Europeia/Curta Básica (partindo da base)
Método de Raspagem Europeia/Curta Básica (partindo da ponta)
Método de Raspagem Europeia/ Curta Avançada
Nestes métodos são abordadas as três fases da raspagem:
Pré-Raspagem: Nesta fase, a palheta é aberta de forma que as lâminas de cana
estejam separadas.
Raspagem: As palhetas são raspadas de acordo com o método, de forma que
as lâminas de cana vibrem com a passagem do ar.
Raspagem da Base/Ponta: Nesta fase é finalizada a estrutura da raspagem de
acordo com o método em questão.
Finalmente, são apresentadas técnicas que finalizam a raspagem, deixando-a funcional.
50
O participante 1 é do sexo masculino, tem 12 anos de idade e frequenta o 3º
grau de oboé na Academia de Música de Espinho (escola em regime oficial).
51
Figura 31: Ficha orientadora das combinações na amarragem das palhetas
52
Parte III: Ferramentas de Obtenção de Dados
53
54
3.1. Construção das Ferramentas de Obtenção de Dados
Para a validação deste trabalho, é necessária a recolha de alguns dados. Para este
efeito, foram utilizadas algumas ferramentas de obtenção de dados, dentro das quais, a
realização de inquéritos por questionário, a professores e alunos, em diferentes fases de
construção e implementação do projeto. Assim sendo, foi construído um inquérito geral a
professores e alunos, implementado no início do projeto, de forma a obter dados
importantes para a construção do guia manual de construção de palhetas e para a análise
do ensino das metodologias de construção de palhetas, em Portugal. De seguida, foram
construídos outros dois inquéritos, implementados nas fases pré e pós workshop, tendo
como objetivos averiguar os conhecimentos já adquiridos, pelos alunos, acerca da
construção de palhetas, e avaliar de forma direta a qualidade e a organização dos
conteúdos apresentados no livro. Durante o workshop, foi ainda realizada a observação
direta da atividade, de forma a obter dados que permitissem uma avaliação e a eventual
reformulação do documento proposto.
De seguida, passamos a descrever estas mesmas ferramentas.
55
3.1.2. Inquéritos Gerais a Alunos
56
Figura 32: Inquérito Pré-Workshop
57
Figura 33: Inquérito Pós-Workshop
58
3.2. Análise dos dados
59
Gráfico 2: Percentagem de professores que fazem palhetas para alunos
Dos 3 professores que não ensinam a fazer palhetas, nenhum vende palhetas aos
alunos. No entanto, dois destes pedem aos alunos que comprem as palhetas em lojas
especializadas.
60
Gráfico 4: Respostas à pergunta “vende palhetas feitas por si aos alunos?”
Gráfico 5: Respostas à pergunta “pede aos alunos que comprem palhetas em lojas especializadas?”
Dos 21 professores que ensinam os alunos a fazer palhetas, todos iniciam a instrução
entre o 1º e 6º grau, sendo que 11 (52,4%) optam por começar entre o 3º e o 4º grau.
61
Analisando o seguinte gráfico podemos constatar que que 95,2% dos 21 professores
iniciam o ensino das palhetas pela amarragem.
Dos 21 professores, 15 (71,4%) dedicam algum tempo da aula de oboé para transmitir
os conhecimentos sobre a construção de palhetas.
62
Gráfico 9: Respostas relativas ao uso do tempo de aula para instruir a construção de palhetas
Face ao gráfico 10, é possível reparar uma clara falta de conhecimento de manuais de
palhetas escritos em Língua Portuguesa. As, apenas, 4 respostas positivas devem-se,
sobretudo, à falta de documentação escrita.
63
Gráfico 11: Respostas relativas ao uso de um manual como suporte didático
64
3.2.2. Inquéritos Gerais a Alunos
65
Gráfico 15: Grau académico dos alunos inquiridos
Dos 48 inquiridos, 93,8% (45) mostraram ficar frustrados quando a palheta apresenta
algum problema.
66
Apenas 3 dos 48 inquiridos não começaram ainda a fazer palhetas.
Todos os alunos demonstraram uma certa necessidade de obter material didático que
os ajude a construir palhetas sem a ajuda do professor.
67
Gráfico 20: Necessidade de existir um manual em Português
68
Gráfico 22: Dificuldades apresentadas ao longo do processamento das palhetas
No gráfico 23 é possível observar que apenas 31,1% dos inquiridos tem total autonomia
para adaptar as suas palhetas, um número inferior ao número de alunos no ensino superior
desta amostra.
69
Gráfico 24: Autonomia dos alunos quando têm problemas nas palhetas
70
3.2.3. Inquéritos Pré-Workshop
71
Todos os alunos afirmam que o formato de vídeo poderia facilitar a compreensão das
fases a realizar.
3.2.5. Workshop
72
3.3. Discussão dos Resultados
73
verifica-se que esta é a tendência em Portugal, visto que 21 dos 24 professores
confessaram fazer palhetas para os alunos.
Relativamente aos inquéritos a alunos é possível verificar que a maioria (95,8%) estuda
em escolas em regime oficial, o que faz sentido tendo em conta que as classes de oboé de
escolas em regime não oficial geralmente são muito reduzidas. Apesar de mais extensas,
as classes de oboé nas escolas oficiais raramente ultrapassam os 10 alunos.
Tendo em conta a amostra com alunos entre o 5º grau do ensino básico e o mestrado
é possível ter uma boa noção do panorama nacional do ensino de oboé. Mais uma vez, a
lacuna existente a nível de suporte pedagógico é notória, visto que apenas 3 alunos
afirmaram conhecer manuais de palhetas. Esta falha no sistema de ensino de oboé traz
problemas aos alunos, tais como frustração quando as palhetas apresentam problemas. A
existência de mais material pedagógico certamente ajudaria os alunos a resolver muitas
anomalias nas palhetas e, consequentemente, a baixar o nível de stress psicológico
causado por problemas nas palhetas. Esta afirmação é sustentada pelo facto de todos os
alunos acharem necessária a existência de manuais de palhetas escritos em Língua
Portuguesa.
Mais de 90% dos alunos inquiridos já começaram a amarrar e raspar as próprias
palhetas, sendo, portanto, capazes de definir pessoalmente a fase mais complexa. Dos
inquiridos, 35 alunos consideram a raspagem a fase mais difícil. Sustentado pelos
resultados do workshop é possível afirmar que a maior dificuldade no processo de
raspagem vem da falta de experiência no manuseio da faca. A faca é um objeto que deve
ter a lâmina extremamente bem afiada, possuindo um gume ligeiramente orientado para a
direção da raspagem de forma que a cana seja raspada e não cortada ou arrancada. O
que acontece na maioria dos casos é que a faca encontra-se em mau estado, quer por a
lâmina estar pouco afiada quer por uma má orientação do gume, e os alunos não
conseguem perceber se necessitam de exercer mais ou menos pressão com a lâmina na
cana.
Tendo em conta os graus de escolaridade dos inquiridos, naturalmente, a maioria (80%)
já constrói as próprias palhetas ou faz uma das partes do processo, geralmente a
amarragem, sendo esta a primeira fase a ser abordada. A autonomia dos alunos
relativamente às palhetas mostra-se bastante baixa, com apenas 31,1% dos inquiridos a
apresentarem-se capazes de ajustar as próprias palhetas. Esta percentagem é inferior à
percentagem de alunos que se encontram a estudar no ensino superior (41,6%). Isto revela
que alguns alunos do ensino superior não possuem, ainda, a destreza ou os
conhecimentos necessários para criar a sua autonomia na construção das palhetas. Isto
pode originar um sucesso escolar inferior devido ao tempo «perdido» com as palhetas que
poderia e deveria ser aproveitado para estudar o instrumento.
74
Relativamente ao workshop de palhetas duplas de oboé, a amostra, apesar de limitada
e até reduzida, a extensão de níveis de escolaridade é diversificada e traz, já, algumas
conclusões nomeadamente à qualidade do manual. À semelhança dos resultados dos
inquéritos online a alunos, os participantes demonstraram ter alguns conhecimentos acerca
das palhetas, nomeadamente a nível da amarragem. No entanto, dois participantes nunca
tinham feito palhetas ou abordado o assunto.
A falta de experiência e de necessidade em fazer as palhetas poderá ter afetado
algumas respostas relativas à dificuldade do processo. Contudo, a média contabilizada
indica que o processo de construção de palhetas é um tema bastante complexo. Segundo
os dados recolhidos, o tema é pouco abordado em aula e 4 alunos consideram que não
existe tempo letivo suficiente para trabalhar estes aspetos. Os restantes alunos não
mostraram carência de tempo para trabalhar a construção de palhetas. Dadas as idades
dos participantes, é possível que alguns ainda não sintam uma carência de tempo para
trabalhar o tema pois são os professores que fazem as suas palhetas e, sendo assim, não
sentem necessidade de explorar o assunto.
Apesar das críticas positivas ao guia, nomeadamente à sua estrutura e boa qualidade
de informação e fotos, os participantes sentiram alguma dificuldade em algumas fases. Da
sessão de amarragem, foi possível perceber que a informação se apresenta de uma forma
explícita, o que ajudou os alunos a montarem as palhetas sem grandes dificuldades. Isto é
suportado pelo facto de os alunos que nunca tinham feito palhetas terem cumprido o
objetivo de amarrar 5 palhetas com bastante qualidade.
Da sessão de raspagem, retira-se a falta de eficácia do livro para demonstrar a pressão
que devia ser exercida na faca para raspar as palhetas. Contudo, o manuseio da faca foi o
principal problema apontado, pois os métodos de raspagem apresentaram-se bem
explícitos, especialmente com o recurso de desenhos esquemáticos das palhetas que
permitiam uma melhor noção das áreas a raspar.
Das reações dos alunos, é possível afirmar que o livro é bastante eficaz, cumprindo o
objetivo de apresentar vários métodos quer de amarragem, quer de raspagem, de forma
explícita, organizada e com recurso a imagens de boa qualidade. Contudo, as dificuldades
apresentadas pelos alunos demonstram que o guia não substitui na íntegra a supervisão
de um professor. Os alunos apresentam ainda o formato de vídeo como um bom
complemento ao livro para algumas questões que o formato de texto não é capaz de
demonstrar.
75
3.4. Conclusões
76
os processos de forma que os alunos possam imitar, optando por vezes por recorrer a
vídeos como complemento ao ensino. No entanto, estas metodologias de ensino, como foi
possível aferir, são consequência de uma carência de documentação escrita em Língua
Portuguesa que se adeque ao máximo número de oboístas. Foi, também, interessante
averiguar que os professores ensinam os alunos a fazer palhetas nos primeiros anos de
estudo de oboé, sendo o 3º e o 4º grau os preferidos para o início desta formação.
Com o estudo realizado aos 48 alunos, foi possível perceber que a raspagem é um
método considerado, na generalidade, bastante complexo, e que, devido à falta de material
pedagógico, obriga os alunos a recorrer aos professores quando têm problemas com as
palhetas. Um dado curioso foi o facto de, em 48 inquiridos, apenas 15 têm autonomia para
fazer as suas palhetas sozinhos e apenas 14 são capazes de ajustar as suas palhetas
quando ocorre algum problema. O facto curioso vem do número de respostas de alunos do
ensino superior, 20. Percebe-se que alguns alunos de nível superior ainda não são
autónomos para construir e ajustar as suas palhetas. Juntamente com os dados dos graus
em que se inicia o ensino da construção de palhetas, é possível assumir que existe pouco
trabalho neste aspeto, consequência da falta de tempo para o mesmo efeito. Quando
comparada uma aula de oboé com uma aula de outro instrumento vemos que as exigências
da construção de palhetas tornam o tempo de aula de oboé escasso para trabalhar este
aspeto essencial na formação dos oboístas.
Em relação ao workshop, com a amostra, embora limitada, mas representativa da
realidade nacional, não é possível generalizar os resultados obtidos acerca da qualidade
do guia. No entanto, dentro da amostra, o documento mostrou ser eficaz e explícito na
informação que apresentava, cumprindo o objetivo de substituir parcialmente um professor
na tarefa de instruir este conteúdo. Não dispensado o acompanhamento do professor, o
objetivo de criar um suporte pedagógico escrito em Língua Portuguesa foi, também,
alcançado, superando as expetativas, sobretudo no capítulo da amarragem, com o qual,
alunos que nunca tinham construído palhetas, foram capazes de amarrar palhetas, num
espaço de algumas horas.
No futuro seria interessante completar o livro de forma a atingir a ideia inicial de criar
um livro completo, que pudesse ajudar todos os oboístas, abordando qualquer estilo de
palhetas e verificar quanto aperfeiçoaria o ensino das palhetas, com a implementação
deste documento, como material didático. Seria, também, interessante verificar a eficácia
do livro com professores e músicos profissionais, para um melhor controlo da qualidade do
livro.
É importante salientar que a construção de palhetas é um processo que requer muita
prática e tempo para aperfeiçoar até atingir uma completa autonomia. A falta de tempo de
77
aula para o ensino deste tema, implica que a autonomia, necessária a um músico
profissional, surja apenas mais tarde.
Em suma, esta investigação deu-me a conhecer alguns aspetos, sobretudo a nível
histórico, que nunca tinha abordado antes, serviu para compreender como são ensinadas
as técnicas de construção de palhetas e a criar um documento escrito, em Língua
Portuguesa, que poderá ser introduzido na lista de suporte pedagógico de muitas classes
de oboé nacionais.
78
Parte IV: Relatório de PES (Prática de Ensino
Supervisionada)
79
80
4.1. Descrição e Caracterização da Instituição de Acolhimento
4.1.1. As instalações
81
estacionamento. A sua localização está estrategicamente próxima das escolas de ensino
básico e secundário das freguesias de Vilar do Paraíso e Valadares para facilitar o
transporte entre escolas.
Desde 2007, a AMVP possui autonomia pedagógica, lecionando cursos oficiais de
música e de dança, desde o pré-escolar até ao secundário, com modalidades de frequência
de cursos nos regimes Articulado (Cursos oficiais em articulação com as escolas do
ensino regular), Integrado (Cursos oficiais com aglutinação dos estudos gerais e estudos
artísticos), Supletivo (Cursos oficiais sem articulação com as escolas do ensino regular) e
Livre (Cursos não oficiais). Desde 2003, leciona o curso livre de teatro musical e, desde
2015, o curso de jazz e música moderna para o nível secundário, nos regimes livre e oficial.
Os mais de 800 alunos, que se distribuem entre estes cursos, são maioritariamente do
concelho de Vila Nova de Gaia. As turmas de regime integrado têm um limite de vinte
alunos para que o ensino seja mais eficiente. A idade mínima para a inscrição de alunos é
de 3 anos, não existindo limite de idade máxima.
Pedagogicamente, as preocupações dominantes são a qualidade do seu ensino
nomeadamente na dinamização de vários grupos instrumentais, corais, de dança e de
teatro que são orientados através de uma interação ativa e criativa de forma a dotar os
alunos com as competências necessárias às exigências da sociedade e do mercado de
trabalho atual. Estas classes têm participado em diversos concertos, festivais, concursos
e outras iniciativas de carácter cultural, quer nacional quer internacionalmente, tendo sido
reconhecida com alguns prémios. A AMVP, entre 1987 e 2005, organizou Festivais
Internacionais de Música para Jovens, em Gaia, onde se relacionou com diversos
agrupamentos europeus, sul-americanos e africanos. Dinamiza ainda semanas culturais,
com cursos de aperfeiçoamento musical, concursos e estágios, contando com a presença
de vários professores e artistas de reconhecido valor artístico.
Condecorada com a Medalha de Mérito Municipal (classe de ouro), pela Câmara
Municipal de Vila Nova de Gaia, a AMVP é uma escola de onde singraram diversos alunos
para carreiras artísticas reconhecidas nacional e internacionalmente.
82
4.1.2. Órgãos de Gestão e Organização Escolar
Alexandra Mendes
Gonçalo Morais
Luísa Coelho
Alexandra Mendes
Daniela Azevedo
Gonçalo Morais
João Guimarães
Luísa Coelho
Mário Alves
Sérgio Castro
Teresa Amaral
83
Os Delegados de Grupo Disciplinar representam os demais professores nas reuniões
dos departamentos de formação vocacional e geral, em articulação com o Conselho
Pedagógico, assumindo a coordenação pedagógica dos seus grupos disciplinares. Dos
diversos grupos disciplinares, são delegados:
Alexandra Távora
Carla Figueiredo
Carla Gageiro
Carla Santos
Cláudia Abrantes
Cristina Martins
Filipa Fava
José Silvares
Marta Amorim
Patrícia Silva
Rúben Campos
Rui Pereira
Rute Castro
Sara Lima
Sérgio Castro
84
A Associação de Pais e a Associação de Estudantes representam, respetivamente,
os pais e/ou encarregados de educação dos alunos e os alunos da comunidade escolar da
AMVP. Sempre que se justifique, estas associações podem colaborar com os órgãos de
gestão e administração da AMVP.
O corpo docente é constituído por 107 professores. O corpo não docente integra 16
elementos – 3 técnicos administrativos, 13 técnicos operacionais da ação educativa e 1
psicóloga. A AMVP dispõe ainda de Serviços Administrativos, que asseguram o
atendimento geral e encarregam-se de tarefas administrativas; Tesouraria, que gere e
efetua pagamentos e recebimentos; Biblioteca e Mediateca; Reprografia; Bar;
Refeitório; Salas de Estudo, vocacionadas para a realização de trabalhos de casa e
estudo individual ou orientado; Serviço de Apoio Psicológico e Psicopedagógico, que
asseguram todo o trabalho de orientação vocacional dos alunos; e Serviço de Nutrição,
que regula o funcionamento do bar e da cantina com planos de alimentação saudável.
85
4.1.3. Oferta Educativa
A AMVP leciona cursos que abrangem três áreas artísticas: Música, Dança e Teatro.
O curso de Música é lecionado nos regimes integrado, articulado, supletivo e livre. Neste
curso, os alunos aprendem a tocar um instrumento, a solo e em conjunto. Tem como
objetivos gerais incutir o gosto pela música desenvolvendo competências musicais e
motoras; o trabalho individual, coletivo e interdisciplinas entre as diferentes vertentes,
estimulando a comunicação e a partilha; a geração de novos públicos e a preparação do
aluno para o mundo do trabalho.
O curso de Dança é lecionado em regime integrado. Os objetivos gerais propõem
melhorar o conceito de dança como uma forma de arte, motivando para uma maior
sensibilidade estética e expressiva e aumentando capacidades como a consciência
corporal.
A academia leciona ainda cursos livres, com programas próprios, de música, dança,
teatro musical, jazz e música moderna. Dentro do 1º Ciclo do ensino básico, a AMVP
leciona cursos de iniciação musical e iniciação à dança, disponíveis para crianças com
idades a partir dos 3 anos.
86
Definidos e aprovados pelo Ministério da Educação e da Ciência, os planos curriculares
dos cursos oficiais que a AMVP ministra são:
a) Acordeão
b) Bandolim
c) Canto
d) Clarinete
e) Contrabaixo
f) Dança
g) Fagote
h) Flauta de bisel
i) Flauta transversal
j) Formação musical
k) Guitarra clássica
l) Harpa
m) Oboé
n) Órgão
o) Percussão
p) Piano
q) Saxofone
r) Trombone
s) Trompa
t) Trompete
u) Tuba
v) Violeta
w) Violino
x) Violoncelo
87
Ao contrário do supletivo, o Regime Livre tem aumentado no número de matrículas,
explicado por uma procura de melhor adaptação dos alunos no 1º ciclo. Não tem restrição
de idade, começando no pré-escolar até à idade adulta. O curso livre deixa o aluno escolher
as disciplinas que quer frequentar de forma isolada.
88
básicas de convivência social. De forma a congratular os alunos inseridos no quadro de
mérito, a AMVP organiza uma cerimónia, com data e local designado pela mesma, onde
toda a comunidade deve estar presente.
4.1.6. Docentes
89
Formação Musical: Cláudia Vasconcelos, Diana Gonçalves, Sara Lima e
Teresa Amaral
Canto: Alexandra Moura, Emanuel Henriques e Patrícia Quinta
Coro infantil: Ana Madruga e Rui Rodrigues
Coro Juvenil: Bruno Pereira
Classe de Conjunto Vocal: Iryna Horbatyuk e Patrícia Quinta
Acordeão: Liliana Aparício
Clarinete: Joana Vieira e Manuel Moura
Contrabaixo: Nuno Campos
Fagote: José Pedro Figueiredo
Flauta de bisel: João Rocha
Flauta transversal: Carolina Ferreira e Joaquim Pereira
Guitarra clássica: Augusto Pacheco, Ana Sofia Silva, Firmino Gomes, Gonçalo
Morais, José Avelino e Paulo Andrade
Harpa: Ana Paula Miranda
Piano: Anabela Gomes, Ana Raquel Cunha, Elsa Sofia Silva, Isabel Sá, Mário
Alves Pedro Ludgero, Sandra Meister e Tatiana Ioffe
Saxofone: António Filipe Fonseca
Violoncelo: Ana Isabel Oliveira e Bruno Cardoso
Trombone: Joel Santos
Trompa: Marco Maia
Trompete: André Ribeiro e Luís Filipe Pinho
Tuba: Nelson Carvalho
Percussão: Luís Oliveira e Luís Felipe Santiago
Violino: Andras Burai, José Pedro Henriques, Luís Trigo e Ricardo Camarinha
Violeta: Carina Rocha
Oboé: Júlio Conceição
Ensemble de Flautas: Joaquim Pereira
Grupo de Percussão (GP-AMVP): Luís Arrigo
Orquestra Clássica: Ernesto Coelho
Orquestra de Cordas: Ricardo Camarinha
Orquestra de Guitarras: Augusto Pacheco, Ana Sofia Silva, Gonçalo Morais e
Paulo Andrade
Orquestra Orff: Ricardo Batista
Orquestra de Sopros: Luís Filipe Pinho
90
Pianista acompanhador/a: Cecília Pereira, Pedro Ludgero, Olga Vasilyeva e
Miguel Amorim
A AMVP tem por missão assegurar um ensino com qualidade e excelência em áreas
artísticas como a Música, a Dança e o Teatro Musical. A AMVP pretende dotar os seus
alunos de competências técnico-artísticas e como assegurar o desenvolvimento do gosto
e da sensibilidade para as artes. Herdeira de um percurso cultural e artístico, existe pela
paixão pelas artes e pelo gosto de ensinar, possibilitando uma educação intimamente
ligada ao gosto de aprender. A AMVP procura um ensino que cria seres humanos mais
críticos, criativos, inovadores, autónomos, participativos e responsáveis, apresentando-se
91
como uma escola com valores sociais e morais, atenta e preocupada com a integração,
vivência, segurança e sucesso dos alunos.
Proporciona ensino artístico especializado, selecionando e identificando alunos com
potencial e aptidão das áreas da música, dança e teatro. Fomenta valores humanistas nas
vertentes educativa, artística e sociocultural garantindo um desenvolvimento humano
através do ensino artístico.
92
cultural e artístico e formar públicos atentos, assíduos e críticos em relação à programação
cultural.
Estimula a colaboração com outras instituições e organismos para a realização de
atividades e projetos de interesse comum. Daqui surgem parcerias e protocolos com várias
escolas e fundações como:
Escolas EB 2/3: Valadares, Soares dos Reis, Sophia de Mello Breyner, Teixeira
Lopes, Vilar de Andorinho, Fontes Pereira de Melo e Santa Marinha
Escolas Secundárias: Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, Almeida Garrett,
António Sérgio, Dr. Manuel Laranjeira e Oliveira do Douro
Agrupamentos de Escolas: Fernando Pessoa (Stª Maria da Feira), Stª Bárbara
(Fânzeres, Gondomar) e de Fiães
Colégios: Nossa Sr ª da Bonança, Internato dos Carvalhos
Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa
Universidade de Aveiro
Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa
Mountview Academy of Arts
Escola Profissional de Gaia
Escola Profissional de Espinho
Aprender e Saber, Centro de Formação
Junta de Freguesia de Mafamude e Vilar do Paraíso
Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia - Gaianima
Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)
Fundação de Serralves
93
4.2. Caracterização da Classe
Nível de Nº de Nº total de
Regime Área Grau
ensino alunos alunos
1º 1
Integrado Música Básico 3º 1 5
5º 3
Supletivo Música Secundário 6º 1 1
Tabela 1: Classe de oboé da AMVP
O professor Júlio Conceição iniciou os estudos de oboé com o professor Aldo Salvetti,
em 2010, tendo, em 2001, ingressado na Escola Profissional de Música de Espinho, na
classe de oboé do mesmo professor.
É Mestre em Ensino da Música pela Universidade de Aveiro. Licenciou-se em Música
na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto, na classe de oboé do
professor Ricardo Lopes, tendo aulas posteriormente com os professores Nélson Alves e
Pedro Ribeiro.
Realizou cursos de aperfeiçoamento orientados por Alex Klein, Thomas Indermühle,
Philipe Gonzales, Christian Wetzel, David Walter e François Lelleux.
Realizou trabalho de orquestra com a Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra de
Sopros Minho-Galaica, Orquestra da ESART, Orquestra Sinfonieta da ESMAE, Orquestra
do Norte, Remix Orquestra Barroca, Orquestra de Câmara do Minho, Orquestra Clássica
do Centro, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra Nacional do Porto e Orquestra
Gulbenkian.
Já lecionou na Academia de Perosinho e na Academia Valentim Moreira de Sá.
Atualmente é professor de oboé na Academia de Música de Paços de Brandão, Academia
de Música de Vilar de Paraíso, Academia de Música de Espinho e Tuna Musical de Anta.33
94
De um ponto de vista metodológico, com base nas aulas observadas, o professor
sempre proporcionou um ambiente calmo e saudável, adequando as metodologias a cada
aluno e necessidades reveladas. Usou os métodos expositivo, imitativo, interrogativo,
demonstrativo e ativo. Em várias aulas, o professor usou ainda técnicas como a simulação
e a descoberta por resolução de problemas. Apresentou-se um professor calma, paciente,
respeitador e compreensivo, incutindo nos alunos a importância de estudarem de forma
organizada, regular, com recurso do metrónomo e afinador.
4.2.3. Os Alunos
4. Aluno A
95
5. Aluno B
6. Aluno C
96
4.3. Planificações e Relatórios de Aulas Coadjuvadas e
Assistidas
Aluno A 5º Grau
13/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 1
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Dó Menor
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV41:a3 (1º andamento)
97
Aluno A 5º Grau
20/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 2
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Si Maior
G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 26)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV41:a3 (1º andamento)
98
Aluno A 5º Grau
27/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 3
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Si Maior
G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 19)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV41:a3 (1º andamento)
99
Aluno A 5º Grau
03/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 4
Interrupção Intercalar
Aluno A 5º Grau
10/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 5
Aula coadjuvada
100
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas
Solfejar e entoar.
Tocar com o uso do metrónomo.
Escala de Sol Sustenido Menor
Escala cromática em duas oitavas, de Si2 (grave) a Si4 (agudo)
TPC
G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 20)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (1º andamento)
Aluno A 5º Grau
17/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 6
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Sol Sustenido Menor
Escala Cromática de Si
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (1º andamento)
101
articulada, com duas notas articuladas e duas ligadas ( ), com três notas ligadas e
Aluno A 5º Grau
24/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 7
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Sol Sustenido Menor
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (1ºandamento)
102
no ritmo siciliano pelo que o professor pediu que a aluna trabalhasse mais
pormenorizadamente esta célula rítmica. A aluna tocou uma segunda vez o primeiro
andamento e demonstrou cuidado com os aspetos referidos anteriormente, mantendo,
também, uma afinação estável e um fraseado convincente. Foi sugerido que a aluna
trabalhasse este andamento com afinador devido a desafinações pontuais em algumas
notas agudas, nomeadamente o Lá4 (agudo) e que exagerasse mais o fraseado com o uso
de um maior espetro de dinâmicas, principalmente na ampliação da dinâmica forte.
Como trabalho de casa a aluna levou os materiais que viriam ser apresentados na prova
trimestral.
Aluno A 5º Grau
01/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 8
Feriado - Restauração da Independência
Aluno A 5º Grau
08/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 9
Feriado - Dia da Imaculada Conceição
Aluno A 5º Grau
15/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 10
Prova Trimestral
Conteúdos:
Escala de Si Maior e de Sol Sustenido Menor, arpejos com inversões de 3 e 4
sons, arpejo de sétima da dominante e escala cromática com diferentes
articulações.
G. A. Hinke – Elementarschule (estudos 19 e 20)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (1º andamento)
Descrição:
O professor cooperante dispensou a minha presença, pois iria constituir o júri das provas
de vários instrumentos.
A nota final da prova foi de 61 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 3.
103
Conteúdos Cotação Nota final
Escalas 16/20
Peças 20/40
Aluno A 5º Grau
05/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 11
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Ré Bemol Maior
G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 6)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (2º andamento)
104
foi sendo sempre trabalhado, havendo melhorias no final da aula. De maneira geral a aluna
conseguiu tocar o andamento com alguma qualidade. Contudo, as passagens
tecnicamente mais exigentes precisavam de mais trabalho e atenção, pelo que o professor
aconselhou a aluna a trabalhar a obra por secções, focando-se mais nas passagens
difíceis.
Para casa ficou a escala de Ré Bemol Maior, o estudo 6 do método de G. A. Hinke e o
segundo andamento da Sonata em Lá Menor de Telemann.
Aluno A 5º Grau
12/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 12
Aula coadjuvada
105
Ensino- Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Aprendizagem Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Solfejar e entoar.
Tarefas Tocar com o uso do metrónomo.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala de Si Bemol Menor
TPC G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 6)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (2º andamento)
106
solfejasse e entoasse um excerto e de seguida tocasse. Apesar do solfejo correto, a aluna
não foi capaz de tocar o excerto corretamente.
Aluno A 5º Grau
19/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 13
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Si Bemol Menor
G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 6)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (2º andamento)
vez mais a escala, desta vez com as notas ligadas duas a duas ( ) tendo sido notadas
algumas melhorias. A aluna foi alertada para a afinação das notas agudas que por vezes
subia, sendo-lhe pedido que relaxasse a embocadura.
Seguiu-se o estudo de Hinke onde a aluna mostrou um controlo de som muito mais
estável que em aulas anteriores. Apesar de errar algumas notas, por distração, a aluna
conseguiu manter um fraseado bem estruturado, mantendo sempre a qualidade do som. O
professor aconselhou a aluna a continuar o seu estudo sempre com bastante apoio de ar
e pouca pressão na embocadura. A afinação, excetuando algumas notas agudas, manteve-
se bastante estável.
Por fim deu-se a execução do segundo andamento da Sonata de Telemann. Tratando-
se de um andamento rápido e bastante técnico, o professor pediu à aluna que tocasse com
uma pulsação lenta para ser confortável a leitura das notas. Notaram-se algumas
precipitações nas passagens mais fáceis, o que originou instabilidade na pulsação.
Para trabalho de casa ficou a escala de Si Bemol Menor natural e harmónica, o estudo
7 do método de G. A. Hinke e o segundo andamento da Sonata em Lá Menor de G. P.
Telemann.
107
Aluno A 5º Grau
26/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 14
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras34
Aluno A 5º Grau
02/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 15
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras35
Aluno A 5º Grau
09/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 16
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Mi Menor natural
F. T. Blatt – 15 entertaining studies (estudo 1)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (3º andamento)
108
demais, problema que não foi possível resolver. O professor alertou, ainda, para a
estabilização da embocadura e para o controlo do ar com apoio abdominal.
Como trabalho para casa a aluna levou a escala de Mi Menor natural, harmónica e
melódica, o estudo 1 de Blatt e o terceiro e quarto andamentos da Sonata em Lá Menor de
Telemann, sendo sugerido o estudo contínuo com metrónomo.
Aluno A 5º Grau
16/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 17
Interrupção Intercalar
Aluno A 5º Grau
23/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 18
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Mi Menor harmónica
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (3º e 4º andamento)
109
Aluno A 5º Grau
02/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 19
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Mi Menor melódica
F. T. Blatt – 15 Entertaining Studies (estudo 1)
Aluno A 5º Grau
09/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 20
Aula coadjuvada
110
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala de Mi Menor Melódica – 5 min.
Conteúdos
F. T. Blatt – 15 Entertaining Studies – 17,5 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Solfejar e entoar.
Tarefas
Tocar com o uso do metrónomo.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
TPC Repertório da prova trimestral
111
estudo, onde era o registo era mais agudo, sem exagerar a dinâmica piano, para um maior
conforto em termos de afinação.
Aluno A 5º Grau
16/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 21
Prova Trimestral
Conteúdos:
Escala de Sol Maior e de Mi Menor, arpejos com inversões de 3 e 4 sons, arpejo
de sétima da dominante e escala cromática com diferentes articulações.
F. T. Blatt – 15 entertaining studies (estudo 1)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (3º andamento)
Descrição:
A aluna iniciou a prova com um notório nervosismo. Relativamente às escalas, a aluna
cumpriu os objetivos, falhando apenas em algumas articulações solicitadas para a escala
cromática.
No estudo e na foi evidente a falta de estabilidade na pulsação, o que originava falhas
rítmicas. As falhas de notas e a afinação alta no registo agudo foram dois problemas
presentes em toda a prova. O professor comentou, com a aluna, que o nervosismo causa
uma maior tensão no corpo, incluindo a embocadura. Terminou, aconselhando a aluna a
realizar alguns exercícios de relaxamento diariamente.
A avaliação final da prova foi de 60 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 3.
Escalas 18/20
Peças 20/40
112
Aluno A 5º Grau
23/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 22
Aula assistida
Conteúdos:
Exercícios de respiração e controlo do som
Aluno A 5º Grau
13/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 23
Aula coadjuvada
113
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala de Si Bemol Maior, com escala cromática – 5 min.
Conteúdos
F. T. Blatt – 15 Entertaining Studies (estudo 2) – 17,5 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Solfejar e entoar.
Tarefas Tocar com o uso do metrónomo e afinador.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala de Si Bemol Maior e escala cromática
TPC F. T. Blatt – 15 Entertaining Studies (estudo 2)
C. Nielsen – Two Fantasy Pieces, Op. 2 (Romance)
114
aluna que, além do uso de afinador, entoasse interiormente as notas, para uma melhor
afinação relativa.
Seguiu-se o estudo de Blatt, onde a aluna demonstrou muitas dificuldades no solfejo,
em muito, relacionadas com a instabilidade da pulsação. Foi sugerido o uso de metrónomo
a uma pulsação lenta e confortável, mas, apesar de inicialmente estar com a pulsação
estável, a aluna não foi capaz de manter a pulsação, acelerando e atrasando
constantemente. Nas passagens com notas ligadas seguidas de notas articuladas, a aluna
tocou de uma forma agressiva, com uma articulação dura, quase “à cacetada”. Alertou-se
a aluna, dando o exemplo de um toque suave, com o lápis na estante, ao contrário de uma
um murro na mesa. A aluna, de seguida tocou um excerto do estudo onde apresentou
melhorias significativas em termos de articulação.
Aluno A 5º Grau
20/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 24
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Sol Menor
C. Nielsen – Two Fantasy Pieces, Op. 2 (Romance)
115
Aluno A 5º Grau
27/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 25
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Sol Menor harmónica e melódica
C. Nielsen – Two Fantasy Pieces, Op. 2 (Romance)
Aluno A 5º Grau
04/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 26
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Sol Menor harmónica e melódica
C. Nielsen – Two Fantasy Pieces, Op. 2 (Romance)
116
Como trabalho de casa, a aluna levou a escala de Sol Menor harmónica e melódica, o
estudo número 2 do livro F. T. Blatt – 15 entertaining studies e o Romance de Carl Nielsen.
Aluno A 5º Grau
11/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 27
O professor cooperante faltou devido a trabalho com orquestra
Aluno A 5º Grau
18/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 28
Aula coadjuvada
117
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Solfejar e entoar.
Tarefas Tocar com o uso do metrónomo.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Arpejo de sétima da dominante de Lá Bemol Menor
Escala de Fá Menor
TPC F. T. Blatt – 15 Entertaining Studies (estudo 1)
C. Nielsen – Two Fantasy Pieces, Op. 2 (Romance)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3
118
Aluno A 5º Grau
25/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 29
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Fá Menor natural
F. T. Blatt – 15 entertaining studies – Estudo nº 1
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3
Aluno B 5º Grau
13/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 1
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Sol Sustenido Menor
F. T. Blatt – 20 Estudos (Estudo 9)
119
aluno além de ter de pensar para saber qual a escala a tocar também não sabia as
alterações da escala. O professor aconselhou o aluno a estudar a escala para a poder
apresentar na aula seguinte.
Seguiu-se a execução do estudo 9 de Blatt. O aluno não apresentou nenhuma
dificuldade técnica, sendo que o único aspeto a assinalar foi a questão das mudanças entre
ritmos de colcheias para tercinas. Para trabalhar este ponto o professor indicou ao aluno
que, com metrónomo, tocasse colcheias utilizando uma nota à sua escolha. De seguida foi
pedido que o aluno repetisse o exercício mas desta vez tocando tercinas e finalmente
semicolcheias. Depois, foi sugerido que o aluno fizesse uma fusão das três partes do
Aluno B 5º Grau
20/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 2
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Sol Sustenido Menor
A. Klughardt – Concertino, Op. 18
todas as notas com a mesma duração, deveria tocar com um ritmo de galope ( ), seguido
120
espectro de dinâmicas apesar de bem demonstrado o fraseado por parte do aluno. Foi
sugerido que o aluno exagerasse as dinâmicas, especialmente a dinâmica forte, para que
pudesse realçar os contrastes de ambientes da obra. Devido a algumas falhas na afinação
foi sugerido que o aluno estudasse a obra com afinador e que se gravasse a tocar para
poder ter uma melhor perceção quer das dinâmicas, quer da afinação.
Como trabalho de casa o aluno levou a escala de Dó Sustenido Maior e o Concertino
de A. Klughardt, devendo estudar mais pormenorizadamente o terceiro andamento.
Aluno B 5º Grau
27/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 3
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Dó Sustenido Maior
W. Ferling – 48 Estudos (Estudo 1)
A. Klughardt – Concertino, Op. 18
121
uma vez o aluno apresentou dificuldade nas entradas pelo que foi sugerido o aluno
trabalhar as entradas em casa imaginando o contexto de audição, com o pianista ao seu
lado, e foi explicado que deveria respirar um tempo antes de entrar, com a energia e com
a pulsação em que iria tocar a seguir. Com algumas passagens mais simples, o aluno
precipitava e nem sempre era capaz de sincronizar a velocidade do staccato com a
velocidade dos dedos.
Na fase final da aula ainda houve tempo para o aluno apresentar o estudo 1 de Ferling.
Tratando-se de um estudo lento em que a unidade de tempo é a colcheia, o aluno
apresentou dificuldades em manter a pulsação, nomeadamente em passagens mais
simples em que acelerava, pelo que foi sugerido o uso de metrónomo durante o estudo. O
aluno demonstrou muita preocupação com a técnica e pouca com a musicalidade. Para
corrigir isto, o professor, além de ajudar o aluno a marcar as suas respirações de forma a
estruturar o fraseado, incentivou o aluno a usar o vibrato como forma de expressão do
fraseado musical.
Como trabalho de casa o aluno levou a escala de Dó Sustenido Maior e relativa Menor
com o arpejo de sétima da dominante, o estudo 1 de W. Ferling e o Concertino de A.
Klughardt para rever.
Aluno B 5º Grau
03/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 4
Interrupção Intercalar
Aluno B 5º Grau
10/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 5
Aula coadjuvada
122
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala de Lá Sustenido Menor – 5 min.
Conteúdos
W. Ferling – 48 Estudos (estudo 1) – 17,5 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tocar com o uso do metrónomo.
Tarefas
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala cromática e arpejo de Lá Sustenido
TPC W. Ferling – 48 Estudos (estudo 1)
A. Klughardt – Concertino, Op. 18
123
articulações variadas e o arpejo de Lá Sustenido Menor. Notou-se falta de estudo do arpejo
pelo que o aluno não foi capaz de o executar.
De seguida foi executado o estudo 1 de Ferling onde o aluno apresentou falhas de notas,
precipitação em alguns ritmos e problemas de afinação. Foi pedido que o aluno estudasse
numa pulsação lenta, com metrónomo e afinador e que relaxasse aquando da execução
musical para ter uma melhor consciência do que estava a tocar e das tensões necessárias
e desnecessárias à performance.
Aluno B 5º Grau
17/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 6
Aula assistida
Conteúdos:
Escala Cromática de Lá Sustenido
A. Klughardt – Concertino, Op. 18
Descrição da aula
O aluno começou por apresentar a escala cromática de Lá Sustenido num âmbito de
duas oitavas e meia (Lá#2 a Mi#5). Primeiro, tocou a escala toda ligada uma vez e a seguir
toda articulada. De seguida, para trabalhar o staccato, foram pedidas articulações
diferentes, tais como notas ligadas duas a duas ( ), duas ligadas e duas articuladas (
124
na inspiração e pouco na expiração, gerando tensões musculares que resultaram em muito
cansaço acumulado e sobretudo articulação presa e imprecisa. O aluno foi aconselhado a
trabalhar exercícios de respiração focando-se sempre em expirar para eliminar tensões e
a rever os gestos que deveria executar para dar entradas ao piano.
Como trabalho de casa foi pedido ao aluno que estudasse a escala de Fá Sustenido
Menor, o estudo 1 de Ferling e continuasse a melhorar os aspetos menos positivos do
Concertino de Klughardt.
Aluno B 5º Grau
24/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 7
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Fá Sustenido Menor
A. Klughardt – Concertino, Op. 18
125
Aluno B 5º Grau
01/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 8
Feriado - Restauração da Independência
Aluno B 5º Grau
08/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 9
Feriado - Dia da Imaculada Conceição
Aluno B 5º Grau
15/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 10
Prova Trimestral
Conteúdos:
Escala de Fá Sustenido Maior e de Ré Sustenido Menor, arpejos com inversões
de 3 e 4 sons, arpejo de sétima da dominante e escala cromática com diferentes
articulações.
Universal – 100 Easy Classical Studies (estudo 42)
W. Ferling – 48 Estudos (Estudo 1)
A. Klughardt – Concertino, Op. 18
Descrição:
O professor cooperante dispensou a minha presença, pois iria constituir o júri das provas
de vários instrumentos.
A nota final da prova foi de 82 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 4.
Escalas 17/20
126
4.3.5. Aluno B – 2º Período
Aluno B 5º Grau
05/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 11
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Si Bemol Maior
W. Ferling – 48 Estudos (Estudo 2)
G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366 (1º andamento)
127
Aluno B 5º Grau
12/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 12
Aula coadjuvada
128
Tocar com o uso do metrónomo.
Solfejar e Entoar.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala de Sol Menor
TPC W. Ferling – 48 Estudos (estudo 2)
G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366 (2º andamento)
Aluno B 5º Grau
19/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 13
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Sol Menor
W. Ferling – 48 Estudos (Estudo 2)
129
Descrição da aula assistida
Iniciou-se a aula com a escala de Sol Menor natural com uma oitava e meia (Sol3 a Ré5)
onde foi notado algum descontrolo dos dedos. Inicialmente o aluno mostrou dificuldade em
tocar o registo grave e, para corrigir isso, foi-lhe sugerido que pensasse numa vogal mais
aberta mas mais centrada como “Ô” para relaxar os lábios e centrar mais o seu ar,
permitindo que a palheta vibrasse mais. Depois, o aluno apresentou uma afinação bastante
alta no registo agudo, nomeadamente na nota Ré5. Além disso, precipitava a passagem
entre as notas Sib4, Dó5 e Ré5. Para trabalhar ambas as questões foi-lhe proposto, além
de pensar numa vogal, como já tinha sido trabalhado, tocar a escala em galopes ( ), de
forma que as mudanças de posição ficassem mais mecanizadas e automáticas. Após
repetir o exercício em galope no registo agudo algumas vezes, foi pedido que o aluno
tocasse uma vez mais a escala, primeiro com todas as notas a ter a mesma duração e
130
Aluno B 5º Grau
26/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 14
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras36
Aluno B 5º Grau
02/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 15
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras37
Aluno B 5º Grau
09/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 16
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Sol sustenido Menor
W. Ferling – 48 Estudos (Estudo 3)
Aluno B 5º Grau
16/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 17
Interrupção Intercalar
131
Aluno B 5º Grau
23/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 18
Aula assistida
Conteúdos:
Exercícios
Solo da obra Dillon’s Flight – Ralph Ford (orquestra de sopros)
G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366
Aluno B 5º Grau
02/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 19
Aula assistida
Aluno B 5º Grau
09/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 20
Aula coadjuvada
132
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura.
Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala de Si Maior – 5 min.
Conteúdos G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366 (1º e 2º andamentos)
– 17,5 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
TPC Repertório para a prova trimestral
133
especialmente complexa no sistema de chaves do oboé, foi trabalhada, numa pulsação
lenta, para que o aluno tivesse tempo de corrigir a posição do dedo mindinho esquerdo
entre as chaves de Si2 e Ré#. Foi explicado que a forma mais fácil e usual de fazer esta
passagem seria pressionar ambas as chaves, em simultâneo, na nota Si, tendo de, na
transição para Ré#, deixar de pressionar a chave de Si. Apesar de alguma resistência dos
dedos, que ficaram um pouco tensos devido à dificuldade da posição, o aluno melhorou
um pouco a passagem. Tocou ainda o arpejo de sétima dominante com inversões de 3
sons.
Seguidamente, o aluno tocou, com o pianista, o primeiro e segundo andamento da
Sonata em Dó Menor de Händel. Demonstrou alguma dificuldade em compreender a sua
afinação, por isso, foi que alargasse um pouco a embocadura, para verificar.se a afinação
piorava ou melhorava. O aluno chegou à conclusão que a afinação piorava e que estaria
com a afinação um pouco baixa. De um ponto de vista musical, o aluno já apresentava uma
grande maturidade na obra. Foi-lhe indicado que poderia explorar um pouco mais as
dinâmicas para realçar o fraseado.
Aluno B 5º Grau
16/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 21
Prova Trimestral
Conteúdos:
Escala de Si Maior e de Sol Sustenido Menor, arpejos com inversões de 3 e 4
sons, arpejo de sétima da dominante e escala cromática com diferentes
articulações.
W. Ferling – 48 Estudos (Estudos 2 e 3)
G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366 (1º e 2º andamentos)
Descrição:
O aluno apresentou-se um pouco nervoso durante a execução da escala. Na escala, os
objetivos foram cumpridos, mas foi possível reparar que o problema dos movimentos
verticais da embocadura continuavam a afetar a sua performance, criando um efeito “wah-
wah” nas mudanças de nota.
Foi pedido ao aluno que apresentasse apenas o estudo nº 2, no qual notou-se apenas
uma pequena hesitação em algumas passagens galopadas. Apesar das dificuldades
causadas pelo mau estado do instrumento, o aluno apresentou poucas falhas no registo
grave, o que demonstra bastante trabalho nesse registo.
134
Ultrapassado o nervosismo, o aluno iniciou a execução da Sonata de Händel. No
primeiro andamento os professores não tiveram nada a apontar, exceto uma pequena
desafinação no final, devido ao cansaço e à falta de ar. No segundo andamento, o aluno
apresentou algumas dificuldades em algumas passagens mais difíceis. Ainda assim, a sua
prestação foi muito consistente o que se refletiu na nota final.
A avaliação final da prova foi de 88 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 4.
Escalas 18/20
Peças 35/40
Aluno B 5º Grau
23/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 22
Aula assistida
Conteúdos:
Exercícios de respiração e controlo do som
G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366 (1º e 2º andamentos)
135
4.3.6. Aluno B – 3º Período
Aluno B 5º Grau
13/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 23
Aula coadjuvada
136
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tocar com o uso do metrónomo.
Tarefas Solfejar e Entoar.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala de Lá Menor
TPC W. Ferling – 48 Estudos (estudo 4)
T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (1º andamento)
Aluno B 5º Grau
20/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 24
Aula assistida
Conteúdos:
Escala Cromática de Ré
T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (1º andamento)
137
Descrição da aula assistida
A aula iniciou-se com a execução da escala cromática de Ré articulada e, de seguida,
ligada. O professor sugeriu ainda algumas articulações como: duas notas ligadas e duas
articuladas; 3 notas articuladas e duas ligadas; 4 notas ligadas e 3 articuladas. O aluno
mostrou-se confuso com as articulações que remetiam a compassos 7/8 e 5/8, devido ao
pouco trabalho dos mesmos. No entanto, foi pedido ao aluno que realizasse o exercício
mais lentamente, concentrando-se no balanço natural e característico destes compassos.
De seguida, apesar de algumas hesitações, o aluno foi capaz de executar o exercício.
Seguiu-se a finalização da leitura do 1º andamento do Concerto de Albinoni. De seguida
iniciou-se o trabalho da primeira secção do andamento, onde o aluno não apresentou
dúvidas. Passou-se, então, ao trabalho das passagens galopadas, onde o aluno
apresentou mais dificuldades na leitura, sendo solicitado que tocasse as tocasse
lentamente, à colcheia. O aluno demonstrou uma certa imprecisão rítmica, pois tocava
“galopes de tercina” em vez de galopes regulares. Foi, então pedido ao aluno que
articulasse cada subdivisão do tempo, para que percebesse onde encaixava a nota mais
curta. O aluno não conseguiu realizar o exercício, ficando para trabalhar em casa.
Como trabalho de casa, o aluno levou a escala cromática de Ré, o estudo 4 de Ferling
e o Concerto em Ré Menor de Albinoni.
Aluno B 5º Grau
27/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 25
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Ré Menor
T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (1º andamento)
138
Aluno B 5º Grau
04/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 26
Aula assistida
Conteúdos:
T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (1º andamento)
Aluno B 5º Grau
11/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 27
O professor cooperante faltou devido a trabalho com orquestra
Aluno B 5º Grau
18/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 28
Aula coadjuvada
139
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (3º andamento) – 22,5
Conteúdos
min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar com o uso do metrónomo.
Solfejar e Entoar.
Tarefas Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala de Mi Menor
TPC W. Ferling – 48 Estudos (estudo 5)
T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2
140
uma métrica de compasso diferente, ou seja, neste caso, um padrão rítmico inserido num
compasso de 6/8, articulado de forma a soar a um compasso de 3/4. O aluno tentou
executar um excerto onde estava presente uma hemíola, mas não foi capaz de salientar
este fenómeno.
Em algumas passagens com escalas rápidas, o aluno precipitava-as, o que não permitia
a audição das notas todas, mas sim de uma espécie de glissando. Foi sugerido ao aluno
que tocasse, com metrónomo, as mesmas escalas, num andamento mais lento para
controlar o movimento dos dedos. Ao longo da aula foi notória a subida da afinação devido
ao cansaço, que impelia o aluno a apertar, cada vez mais, a palheta.
Aluno B 5º Grau
25/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 29
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Ré bemol Maior
T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (3º andamento)
141
4.3.7. Aluno C – 1º Período
Aluno C 5º Grau
13/10/2017 09h20 – 10h05 Aula 1
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Dó Maior
C. P. Herfurth – A Tune A Day (Lição 18 – Exercício 3)
N. Siniavine – Mélodie Hongroise
colcheias tinham uma articulação escrita de duas ligadas e duas articuladas ( ) e aluna
apresentava todas as colcheias articuladas. Alertou-se a aluna para este erro e a mesma
corrigiu-o de imediato, tocando, uma vez mais, o estudo todo.
No fim da aula a aluna apresentou a peça Mélodie Hongroise apresentando alguns
problemas de solfejo que foram corrigidos ao longo da execução da mesma. A afinação
voltou a ser instável no registo agudo pelo que foi sugerido à aluna que estudasse a peça
com afinador e metrónomo para controlar também a pulsação que por vezes variava.
Para casa ficou a escala de Dó Maior em duas oitavas, o exercício 4 da lição 18 do
método A Tune A Day e a peça Mélodie Hongroise. A aluna foi aconselhada a estudar
sempre com o metrónomo e o afinador para ter uma melhor perceção da pulsação e da
afinação.
142
Aluno C 5º Grau
20/10/2017 09h20 – 10h05 Aula 2
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Dó Maior
C. P. Herfurth – A Tune A Day (Lição 18 – Exercício 4)
N. Siniavine – Mélodie Hongroise
ponto e uma colcheia ( ). Como a aluna ainda não tinha sido confrontada com esta
célula rítmica foi-lhe explicada que era constituída por uma semínima e duas colcheias
sendo a primeira colcheia ligada à semínima ( ). Para trabalhar esta célula o professor
pediu à aluna que tocasse o ritmo articulando todas as quatro colcheias que caberiam
naquela célula. A aluna conseguiu realizar o exercício e passou-se logo à execução do
restante do estudo. Outro problema foi a utilização da posição de forquilha da nota Fá. Para
trabalhar foram usados exercícios envolvendo as notas Ré, Mi e Fá (posição natural e
posição de forquilha). Pela primeira vez, a aluna foi confrontada com a nota Si2 (grave) pelo
que lhe foi demonstrada a posição para essa nota, aproveitando-se ainda para apresentar
a nota Sib2 devido à semelhança entre as duas. Sendo a primeira vez que a aluna executou
estas notas foi natural a sua hesitação no momento de as tocar pelo que foi sugerido que
trabalhasse a passagem mais lentamente.
Na última fase da aula foi apresentada a peça Mélodie Hongroise. A aluna apresentou
dificuldades de leitura nas passagens com mudança de oitava, mantendo, por vezes, a
oitava em vez de fazer os saltos quer para a oitava aguda quer para a oitava grave. Foi-
lhe sugerido que estudasse lento e que assinalasse todas as mudanças de oitava que teria
de realizar o que originou melhorias. Foi possível notar também erros de contagem de
tempos em duas passagens semelhantes em que aluna deveria tocar durante três tempos,
em colcheias, a nota Sol4 (agudo). O professor aconselhou a que aluna marcasse os
tempos na partitura o que a ajudou a melhorar este aspeto. A afinação, no registo agudo,
143
nomeadamente nas notas Sol4 e Lá4, encontrava-se bastante instável devido à aluna
apertar a palheta aquando da execução destas notas.
Para trabalhar em casa ficou a escala de Ré Maior com uma oitava e meia de âmbito
(Ré3 a Lá4), o estudo 3 da Lição 17 do método de Herfurth, a peça Mélodie Hongroise e o
primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de A. Corelli.
Aluno C 5º Grau
27/10/2017 09h20 – 10h05 Aula 3
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Ré Maior
C. P. Herfurth – A Tune A Day (Lição 17 – Exercício 3)
N. Siniavine – Mélodie Hongroise
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5
144
aconselhado à aluna que marcasse os tempos na partitura e os numerasse para tornar
mais fácil a contagem.
Numa última fase da aula deu-se a leitura da Sonata em Lá Menor de Corelli. Foi
ensinada a nota Sol# à aluna para que ela pudesse ler todo o primeiro andamento e foram
marcadas respirações para definir o fraseado a trabalhar e para uma boa gestão do
esforço.
Ao longo desta aula foi notado que a aluna estudou pouco e, para compensar o som
mais aberto derivado dessa falta de estudo, começou a apertar mais a palheta para tentar
centrar o som, sendo que o resultado final foi a subida da afinação. Esta maior pressão na
embocadura aliada à falta de estudo gerou um nível de cansaço mais acentuado e a meio
da aula notou-se que a aluna já não conseguia segurar os lábios. Nota-se, também, alguma
falta de cuidado com a palheta a qual a aluna, sem querer bate no próprio corpo ou na
estante.
Para casa ficou a escala de Lá Menor natural e harmónica, a peça Mélodie Hongroise
para rever, o primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de A. Corelli e o exercício 61 do
Método An ABC For The Young Oboist de M. Giot. A aluna foi ainda aconselhada a estudar
mais tempo e ter em atenção os problemas identificados durante a aula.
Aluno C 5º Grau
03/11/2017 09h20 – 10h05 Aula 4
Interrupção Intercalar
Aluno C 5º Grau
10/11/2017 09h20 – 10h05 Aula 5
Aula coadjuvada
145
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
Objetivos sonoridade emitida, sentido de ritmo e pulsação.
Específicos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura e embocadura.
Escala de Lá Menor – 5 min.
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61) – 10 min.
Conteúdos
N. Siniavine – Mélodie Hongroise – 15 min.
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 – 15 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de Relembrar a importância do controlo da coluna de ar, nomeadamente
Ensino- da respiração diafragmática, para a obtenção de um som uniforme,
Aprendizagem contínuo e controlado.
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas
Tocar com o uso do metrónomo.
Solfejar e Entoar.
Escala de Lá Menor natural, harmónica, melódica, com arpejo
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
TPC
N. Siniavine – Mélodie Hongroise
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (1º andamento)
146
vezes, ficava alta. As entradas foram outro aspeto menos positivo do ensaio. A aluna
apresentou algumas dificuldades em fazer uma respiração assertiva para dar entrada ao
pianista acompanhador, sendo logo demonstrado como deveria ser feito o gesto para dar
a entrada. Foi notada também alguma hesitação e dificuldade na parte fina da peça, a mais
exigente tecnicamente. A aluna foi aconselhada a trabalhar, em casa, a peça por secções,
centrando assim a sua atenção para os problemas e dificuldades de cada secção,
nomeadamente a última parte da obra.
Na fase final da aula ainda foi executada a parte inicial do primeiro andamento da Sonata
de Corelli, tendo a aluna apresentado dúvidas no ritmo de semínima com ponto e colcheia
Aluno C 5º Grau
17/11/2017 09h20 – 10h05 Aula 6
Aula assistida
Conteúdos:
Escala Cromática de Lá Menor
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
N. Siniavine – Mélodie Hongroise
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5
Descrição da aula
A aula foi iniciada com a execução da escala de Lá Menor. Primeiro a aluna tocou a
escala natural articulada, depois a harmónica também articulada, seguindo-se a melódica
ligada e por fim o arpejo, uma vez ligado e outra vez articulado. Na escala natural e
harmónica a aluna mostrou boa compreensão, havendo apenas alguma confusão entre a
escala harmónica e a escala melódica. Na escala melódica a aluna precisa de dedicar mais
tempo de estudo pois ainda existem dúvidas nas alterações, sendo questões normais visto
147
a aluna estar a trabalhar escalas menores pela primeira vez sem ter, ainda, falado na
matéria nas aulas de Formação Musical.
Seguiu-se o estudo no qual a aluna demonstrou algumas dúvidas no ritmo. Foi pedido
à aluna que solfejasse o estudo e, a seguir, tocasse algumas secções sendo notada uma
melhoria. A aluna foi ainda alertada para a sua articulação que estava demasiado curta
sendo-lhe sugerido que não deixasse de soprar aquando da articulação das notas.
Passou-se à peça Mélodie Hongroise na qual a aluna mostrou uma significativa melhoria
na precisão rítmica e estabilidade da pulsação na parte final da peça. Iniciou-se, entretanto,
o ensaio com piano onde foi logo notado pouco cuidado com a entrada dada ao pianista.
O professor demonstrou uma vez mais à aluna que deveria respirar de forma ativa,
enérgica e no contexto da pulsação em que iria tocar a peça. Deu-se ainda o exemplo de
pulsações diferentes e das respetivas respirações para que a aluna percebesse a influência
da respiração na entrada do acompanhamento. Durante o ensaio a aluna não esteve tão
bem na secção final repetindo as falhas já trabalhadas e corrigidas anteriormente. A nível
da afinação esteve muito mais estável exceto em algumas notas agudas que ficaram altas.
Terminado o ensaio, a aluna foi alertada para a falta de atenção e concentração durante o
ensaio que originou falhas que não tinham sido demonstradas em aula.
Finalmente, foi apresentado o primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de Corelli.
Mais uma vez, foram notadas faltas de concentração ocorrendo falhas de notas e,
principalmente, descontrolo na pulsação. Possivelmente estas faltas de concentração
deveram-se ao cansaço acumulado que já se fazia sentir durante o ensaio com piano. A
embocadura da aluna já não era estável e a aluna tinha que fazer pausas para descansar.
A aula foi dada como concluída após se notar que a aluna já não conseguia aguentar mais
tempo a tocar.
Para casa ficou a escala de Lá Menor e respetivo arpejo, a Variação 1 da página 38 e o
exercício 61 do Método An ABC For The Young Oboist de M. Giot, a peça Mélodie
Hongroise para rever e o primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de A. Corelli.
148
Aluno C 5º Grau
24/11/2017 09h20 – 10h05 Aula 7
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Lá Menor
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Variação 1 da página 38)
N. Siniavine – Mélodie Hongroise
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5
149
Por fim, a aluna executou a Sonata de Corelli apresentando muita incerteza rítmica.
Para trabalho de casa e, para a prova trimestral, ficaram as escalas já tocadas nas aulas
anteriores, os dois exercícios, 61 e Variação 1 da página 38, de Giot e a peça Mélodie
Hongroise.
Aluno C 5º Grau
01/12/2017 09h20 – 10h05 Aula 8
Feriado - Restauração da Independência
Aluno C 5º Grau
08/12/2017 09h20 – 10h05 Aula 9
Feriado - Dia da Imaculada Conceição
Aluno C 5º Grau
15/12/2017 09h20 – 10h05 Aula 10
Prova Trimestral
Conteúdos:
Escala de Lá Menor
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Variação 1 da página 38)
N. Siniavine – Mélodie Hongroise
Descrição:
O professor cooperante dispensou a minha presença, pois iria constituir o júri das provas
de vários instrumentos.
A nota final da prova foi de 90 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 5.
Conteúdos Cotação Nota final
Escalas 18/20
Peças 37/40
150
4.3.8. Aluno C – 2º Período
Aluno C 5º Grau
05/01/2018 09h20 – 10h05 Aula 11
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Fá Maior
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op. 5
151
Para casa ficou a escala de Ré Maior, estudo 61 e 63 do método An ABC For The Young
Oboist de M. Giot e a Sonata de Corelli.
Aluno C 5º Grau
12/01/2018 09h20 – 10h05 Aula 12
Aula coadjuvada
152
Tocar com o uso do metrónomo.
Solfejar e Entoar.
Escala de Ré Maior
TPC M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (1º andamento)
Aluno C 5º Grau
19/01/2018 09h20 – 10h05 Aula 13
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Ré Maior
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5
153
agudo que subia constantemente. Foi pedido que relaxasse a embocadura de forma a
conseguir uma melhor e mais estável afinação em toda extensão do oboé. A aluna tocou
uma vez mais a escala apresentando melhorias ao nível da afinação.
Seguiu-se o estudo de Giot onde a aluna apresentou uma afinação estável. Contudo,
as dificuldades rítmicas trabalhadas nas últimas aulas ainda não se mostraram resolvidas.
O ritmo de semínima com ponto e colcheia ( ) voltou a ser problemático o que levou o
professor a pedir à aluna que solfejasse um pouco a peça, tarefa que não foi capaz de
finalizar. O professor alertou a aluna para a importância do solfejo e começou a solfejar
com ela para a ajudar. Depois de solfejadas as secções com o ritmo que sistematicamente
foi errado a aluna apresentou melhorias, quer a solfejar quer a tocar. No entanto, a
articulação das notas continuava curta demais e alertou-se a aluna para essa questão,
sendo-lhe pedido que prolongasse mais as notas de forma a dar-lhes a duração adequada.
Foi notado que por vezes a aluna perde-se na contagem das notas longas e, por isso,
acaba por lhes retirar ou acrescentar tempos, acabando por também ocultar as pausas
escritas. Sugeriu-se marcar os tempos de cada nota longa e pausa para facilitar a
contagem, o que resultou numa melhoria a nível rítmico. Devido a algumas passagens
estarem um pouco precipitadas, foi pedido que a aluna tocasse em ritmo galopado as
passagens, trabalhando de forma seccionada. O professor aproveitou para corrigir a
posição e trabalhar a coordenação dos dedos da aluna para evitar ruídos entre notas. Na
passagem final do estudo a aluna apresentou falta de cuidado com a sua coluna de ar que
resultou num Dó5 (agudo) extremamente instável e com afinação alta e um Dó4 (médio)
descontrolado a nível de projeção. Foi sugerido à aluna que trabalhasse um pouco mais
este estudo de forma a corrigir estes pequenos problemas, sempre com consciência da
velocidade que dava ao ar.
Na fase final da aula foi executada a Sonata de Corelli na qual a aluna acusou alguma
falta de concentração trocando constantemente as notas Fá# com as notas Fá. A nível
rítmico, o trabalho de solfejo realizado no estudo ajudou a aluna a dar estabilidade e mais
precisão rítmica à sua execução. Mais uma vez teve de se alertar a aluna para a articulação
demasiado curta das notas. A aluna tem tendência a encurtar o valor das notas e, por isso,
foi sugerido trabalhar esse aspeto em casa tentando dar continuidade ao fluxo do ar
quando articula. Foi pedido à aluna que usasse o metrónomo em casa durante o estudo,
pois nota-se alguma irregularidade de pulsação.
Para casa ficou a escala de Sol Maior, o estudo 63 do método An ABC For The Young
Oboist de M. Giot e a Sonata de Corelli, devendo o estudo ser acompanhado de metrónomo
para encontrar uma boa pulsação e, acima de tudo, uma pulsação estável.
154
Aluno C 5º Grau
26/01/2018 09h20 – 10h05 Aula 14
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras38
Aluno C 5º Grau
02/02/2018 09h20 – 10h05 Aula 15
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras39
Aluno C 5º Grau
09/02/2018 09h20 – 10h05 Aula 16
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Ré Menor natural, harmónica e melódica
M. Giot – An ABC for the Young Oboist (página 39 – variação 5)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5
155
exercício, foi capaz de executar a passagem corretamente. Para além disso, a articulação
estava demasiado curta, devido às quebras do sopro, no momento da articulação.
Como trabalho de casa, a aluna levou a escala de Sol Maior e Mi Menor natural e
harmónica, a variação 5 da página 39 do manual de Giot e a Melody from ‘Ich liebe dich’
de Ludwig van Beethoven.
Aluno C 5º Grau
16/02/2018 09h20 – 10h05 Aula 17
Interrupção Intercalar
Aluno C 5º Grau
23/02/2018 09h20 – 10h05 Aula 18
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Sol Maior e Mi Menor natural e harmónica
M. Giot – An ABC for the Young Oboist (página 39 – variação 5)
L. v. Beethoven - Melody from ‘Ich liebe dich’
Aluno C 5º Grau
02/03/2018 09h20 – 10h05 Aula 19
Aula assistida
156
Conteúdos:
Escala de Mi Menor harmónica
Ludwig van Beethoven - Melody from ‘Ich liebe dich’
Aluno C 5º Grau
09/03/2018 09h20 – 10h05 Aula 20
Aula coadjuvada
157
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de Relembrar a importância do controlo da coluna de ar, nomeadamente
Ensino- da respiração diafragmática, para a obtenção de um som uniforme,
Aprendizagem contínuo e controlado.
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas
Tocar com o uso do metrónomo e afinador.
Solfejar e Entoar.
TPC Repertório para a prova trimestral
158
Aluno C 5º Grau
16/03/2018 09h20 – 10h05 Aula 21
Prova Trimestral
Conteúdos:
Escala de Ré Maior e arpejo.
M. Giot – An ABC for the Young Oboist (exercício 61 e 63)
L. v. Beethoven - Melody from ‘Ich liebe dich’
Descrição:
A aluna apresentou-se um pouco nervosa durante a execução da escala. Na escala,
ligada, os objetivos foram cumpridos. Na execução da escala articulada, a aluna
apresentou uma articulação agressiva, em que o ataque da nota era descontrolado e a
duração das notas tornava-se demasiado curta.
Numa altura em que a aluna já se encontrava mais relaxada, foi-lhe pedido que
apresentasse apenas o estudo nº 61, no qual demonstrou instabilidade na pulsação e
alguns erros de solfejo, nomeadamente notas erradas.
Iniciou-se a execução da Melody de Beetthoven, com a qual a aluna se apresentou mais
concentrada, o que se refletiu na performance. A aluna apresentou um bom controlo do
som, afinação e das dinâmicas, tendo apenas demonstrado algum cansaço no fim da obra.
A avaliação final da prova foi de 85 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 4.
Escalas 18/20
Peças 35/40
Aluno C 5º Grau
23/03/2018 09h20 – 10h05 Aula 22
Aula assistida
Conteúdos:
L. v. Beethoven - Melody from ‘Ich liebe dich’
159
Descrição da aula assistida
A aula iniciou-se com Melody from ‘Ich liebe dich’ de Ludwig van Beethoven. Foi
trabalhado, com a aluna, algumas questões relacionadas com a articulação, que estava
demasiado curta, alterando, por vezes, a duração de algumas células rítmicas. Após
algumas correções a nível rítmico e de afinação, a aluna começou a ficar cansada,
perdendo capacidade de se concentrar.
Para estudar em casa ficou a revisão das escalas de Dó Maior, Ré Maior, Fá Maior, Sol
Maior, Mi Menor e Lá Menor, a Sonata em Lá Menor de Corelli (3º andamento) e o estudo
67 de Giot.
Aluno C 5º Grau
13/04/2018 09h20 – 10h05 Aula 23
Aula coadjuvada
160
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de Relembrar a importância do controlo da coluna de ar, nomeadamente
Ensino- da respiração diafragmática, para a obtenção de um som uniforme,
Aprendizagem contínuo e controlado.
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas
Tocar com o uso do metrónomo e afinador.
Solfejar e Entoar.
Escala de Ré Maior com arpejo
TPC M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 67)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (3º andamento)
161
Seguiu-se a execução do estudo de Giot, no qual a aluna demonstrou pouco estudo.
Desde o início que a aluna se esquecia, constantemente, da armação de clave e
apresentava dúvidas rítmicas. Foi pedido à aluna que solfejasse o excerto inicial do estudo,
onde a aluna não apresentou dúvidas, mas, quando voltou a tocar o mesmo excerto, a
aluna voltou a apresentar os mesmos erros. Ficou claro que as dúvidas ou hesitações, que
a aluna apresentava, derivavam das mudanças de articulação, entre notas ligadas e notas
articuladas. Foi pedido à aluna que simplificasse o estudo, tocando todas as notas
articuladas e, assim, a os erros rítmicos foram eliminados. Na segunda parte do estudo, a
aluna voltou a apresentar os mesmos problemas, pelo que lhe foi pedido que solfejasse,
inicialmente, apenas ritmo acrescentando, depois, o nome das notas, com o recurso do
metrónomo, numa pulsação mais lenta. De seguida, voltou a tocar o excerto com algumas
falhas de solfejo. Foi, então, sugerido, à aluna, que estudasse de forma seccionada, em
casa.
De seguida, foi realizada a leitura do 3º andamento da Sonata de Corelli.
Aluno C 5º Grau
20/04/2018 09h20 – 10h05 Aula 24
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Ré Maior
M. Giot – An ABC for the Young Oboist (exercício 67)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (3º andamento)
162
Aluno C 5º Grau
27/04/2018 09h20 – 10h05 Aula 25
Aula assistida
Conteúdos:
Escala de Ré Maior
P. Wastall – Learn as you play the Oboe (página 29)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (3º andamento)
Aluno C 5º Grau
04/05/2018 09h20 – 10h05 Aula 26
Aula assistida
Conteúdos:
P. Wastall – Learn as you play the Oboe (página 26)
163
Aluno C 5º Grau
11/05/2018 09h20 – 10h05 Aula 27
O professor cooperante faltou devido a trabalho com orquestra
Aluno C 5º Grau
18/05/2018 09h20 – 10h05 Aula 28
Aula coadjuvada
164
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas
Tocar com o uso do metrónomo e afinador.
Solfejar e Entoar.
Escala de Ré Maior com arpejo
TPC M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 67)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (3º andamento)
Aluno C 5º Grau
25/05/2018 09h20 – 10h05 Aula 29
Aula assistida
Conteúdos:
Escala cromática de Ré
Hinke – Elementarschule (exercício 2)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (3º andamento)
165
Com o exercício 2 de Hinke, a aluna demonstrou algumas dificuldades em manter a
pulsação estável. Para além disso, mostrou muitas dúvidas de solfejo, alterando muitas
células rítmicas. O professor aconselhou à aluna que estudasse com metrónomo.
De seguida, com o terceiro andamento da Sonata em Lá Menor de Corelli, a aluna
evidenciou alguns problemas em juntar os ornamentos com o ritmo, pelo que foi necessário
algum trabalho neste aspeto. Inicialmente, o professor sugeriu que a aluna tocasse um
excerto sem andamentos, de forma a consolidar o ritmo. De seguida, foram adicionados os
ornamentos, mas a aluna, com a dificuldade dos ornamentos, não foi capaz de tocar o ritmo
corretamente.
Como trabalho de casa, a aluna levou a escala de Sol Maior e Mi Menor, os exercícios
1 e 2 de Hinke e o terceiro andamento da Sonata em Lá Menor de Corelli.
Conteúdos:
R. Ford – Dillon’s Flight
Arr. Bob Lowden – Disney Favorites
S. Prokofiev – Pedro e o Lobo
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Fá Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Dillon’s Flight. Seguiram-se as obras Disney Favorites e Pedro e o Lobo.
166
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
31/10/2017 15h30-18h00 Aula 2
Interrupção Intercalar
Conteúdos:
R. Ford – Dillon’s Flight
J. Strauss – Annen Polka
J. Strauss – Rosen aus dem Süden
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Sol Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Annen Polka. Seguiram-se as obras Dillon’s Flight e Rosen aus dem Süden.
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
S. Prokofiev – Pedro e o Lobo
J. Strauss – Annen Polka
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Annen Polka. Seguiu-se a obra Pedro e o Lobo.
167
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
21/11/2017 15h30-18h00 Aula 5
Aula assistida
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
S. Prokofiev – Pedro e o Lobo
J. Strauss – Annen Polka
J. Strauss – Rosen aus dem Süden
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Annen Polka. Seguiram-se as obras Rose naus dem Süden e Pedro e o Lobo.
Conteúdos:
J. Strauss – Annen Polka
J. Strauss – Rosen aus dem Süden
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Ré Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Annen Polka. Seguiu-se a obra Rose naus dem Süden.
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
S. Prokofiev – Pedro e o Lobo
J. Strauss – Radetzky March
168
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Radetzky March. Seguiu-se a obra Pedro e o Lobo.
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
R. Ford – Dillon’s Flight
Arr. Bob Lowden – Disney Favorites
S. Prokofiev – Pedro e o Lobo
J. Strauss – Annen Polka
J. Strauss – Rosen aus dem Süden
J. Strauss – Radetzky March
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida executaram-se as obras
Pedro e o Lobo e Disney Favorites. Foi realizado um intervalo antes do concerto, onde
foram apresentadas todas as obras trabalhadas ou longo do período.
Conteúdos:
A. Reed – Viva Musica
E. Garner – Misty
J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’
169
Descrição da aula
A aula iniciou-se com um ensaio de naipes, onde orientei os naipes de flauta, oboé e
fagote. Após um breve aquecimento com a escala de Dó Maior, fez-se a leitura da obra
Viva Musica.
O ensaio tutti iniciou-se com a execução da escala de Si Bemol Maior, para
aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Misty, Adagio do ‘Concerto de Aranjuez e Viva Musica.
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
A. Reed – Viva Musica
E. Garner – Misty
J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’
Descrição da aula
A aula iniciou-se com um ensaio de naipes. Após um breve aquecimento com a escala
de Dó Maior, foi trabalhada a obra Viva Musica, dando uma especial atenção aos
compassos de 5/8 e 7/8.
A aula tutti iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho das
obras Misty e Adagio do ‘Concerto de Aranjuez.
Conteúdos:
A. Reed – Viva Musica
E. Garner – Misty
G. Puccini – Nessun Dorma
J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’
170
Descrição da aula
A aula iniciou-se com um ensaio de naipes. Foi trabalhada a junção e afinação dos
naipes de flauta, oboé e fagote na obra Viva Musica.
O ensaio tutti iniciou-se com a execução da escala de Dó Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Misty, Adagio do ‘Concerto de Aranjuez, Nessun Dorma e Viva Musica.
Conteúdos:
A. Reed – Viva Musica
E. Garner – Misty
E. Siebert – Lazy Trumpeter
J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Mi Bemol Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Viva Musica, Misty, Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’ e Lazy Trumpeter.
Conteúdos:
A. Reed – Viva Musica
G. Puccini – Nessun Dorma
E. Garner – Misty
E. Siebert – Lazy Trumpeter
J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Lá Bemol Maior, para aquecimento.
171
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Viva Musica, Misty, Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’, Lazy Trumpeter, Nessun
Dorma e Viva Musica.
Conteúdos:
A. Reed – Viva Musica
G. Puccini – Nessun Dorma
E. Garner – Misty
R. Ford – Dillon’s Flight
J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Dó Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Viva Musica, Misty, Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’, Dillon’s Flight, Nessun
Dorma e Viva Musica.
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
A. Reed – Viva Musica
M. Sweeney – Northland Pines
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Viva Musica e Northland Pines.
172
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
06/03/2018 15h30-18h00 Aula 16
Aula assistida
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
M. Sweeney – Northland Pines
A. McGinty – Legend of the Eagle
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines e Legend of the Eagle.
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
M. Sweeney – Northland Pines
A. McGinty – Legend of the Eagle
A. Reed – Viva Musica
R. Ford – Dillon’s Flight
R. Ares – Cantabile for Winds
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines, Legend of the Eagle, Viva Musica, Dillon’s Flight e Cantabile for
Winds.
173
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
20/03/2018 15h30-18h00 Aula 18
Aula assistida
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
M. Sweeney – Northland Pines
A. McGinty – Legend of the Eagle
A. Reed – Viva Musica
R. Ford – Dillon’s Flight
R. Ares – Cantabile for Winds
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Dó Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines, Legend of the Eagle, Viva Musica, Dillon’s Flight e Cantabile for
Winds.
Conteúdos:
M. Sweeney – Northland Pines
A. McGinty – Legend of the Eagle
A. Reed – Viva Musica
R. Ford – Dillon’s Flight
R. Ares – Cantabile for Winds
Descrição da aula
A aula iniciou-se com um ensaio de naipes. Foi trabalhada a junção e afinação dos
naipes de flauta, oboé e fagote nas obras Northland Pines e Legend of the Eagle.
O ensaio tutti iniciou-se com o trabalho das obras Norhland Pines, Legend of the Eagle,
Viva Musica, Dillon’s Flight e Cantabile for Winds.
174
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
17/04/2018 15h30-18h00 Aula 20
Aula assistida
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
M. Sweeney – Northland Pines
A. McGinty – Legend of the Eagle
A. Reed – Viva Musica
R. Ford – Dillon’s Flight
R. Ares – Cantabile for Winds
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Fá Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines, Legend of the Eagle, Viva Musica, Dillon’s Flight e Cantabile for
Winds.
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
M. Sweeney – Northland Pines
R. Ford – Dillon’s Flight
J. P. de Sousa – The Washington Post March
Descrição da aula
A pedido do professor, esta aula foi orientada por mim.
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines e Dillon’s Flight. No fim da aula, fez-se a leitura da obra The
Washington Post March.
175
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
08/05/2018 15h30-18h00 Aula 22
Aula assistida
Conteúdos:
M. Sweeney – Northland Pines
R. Ford – Dillon’s Flight
J. P. de Sousa – The Washington Post March
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Dó Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines, Dillon’s Flight e The Washington Post March.
Conteúdos:
M. Sweeney – Northland Pines
R. Ford – Dillon’s Flight
R. Ares – Cantabile for Winds
J. P. de Sousa – The Wasington Post March
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Ré Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras The Washington Post March, Norhland Pines, Dillon’s Flight e Cantabile for
Winds.
176
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
22/05/2017 15h30-18h00 Aula 24
Aula assistida
Conteúdos:
M. Sweeney – Northland Pines
A. McGinty – Legend of the Eagle
R. Ford – Dillon’s Flight
R. Ares – Cantabile for Winds
J. P. de Sousa – The Wasington Post March
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Ré Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras The Washington Post March, Legend of the Eagle, Norhland Pines, Dillon’s Flight
e Cantabile for Winds.
Conteúdos:
J. Curnow – Tone Studies for Band
L. Andersen – Syncopated Clock
A. Salieri – La Folia di Spagna
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Ré Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se a leitura das
obras Syncopated Clock e La folia di Spagna.
177
4.4. Relatórios de Atividades inseridas em PES
Propostas
Atividades
Atividade Data
Organizadas Audição de Classe A definir
18/12/2017
Masterclass de oboé
19/12/2017
Atelier de palhetas duplas A definir
Realizadas
Atividades
Atividade Data
Audição de Classe 20/03/2018
Organizadas
18/12/2017
Masterclass de oboé
19/12/2017
12/05/2018
Workshop de palhetas duplas
19/05/2018
Concerto do Quinteto Promenade 20/03/2018
Participação
12/05/2018
Ativa
178
A sala tinha algumas pessoas a assistir, entre elas, os pais, encarregados de educação,
familiares e amigos dos alunos.
Todos os alunos mantiveram uma postura correta, sem fazer qualquer ruído, enquanto
esperavam pela sua vez de tocar. Os alunos mais velhos eram os que acusavam mais
nervosismo, provavelmente pelo maior sentido de responsabilidade. Apesar do
nervosismo, todos os alunos alcançaram boas prestações.
No fim de cada atuação, o público aplaudiu, mostrando o seu agrado pelas prestações
dos alunos.
No final da audição, o professor Júlio Conceição aproveitou a situação para falar com
os encarregados de educação presentes, apelando a um estudo mais regular e persistente,
em casa.
O cartaz e o programa da audição encontram-se disponíveis no anexo 13.
Este evento foi pensado, inicialmente, ser um ciclo de concertos didáticos, onde seriam
apresentadas algumas obras do repertório de quinteto de sopros, abrangendo as escolas
de acolhimento dos três elementos do quinteto em PES, Luís Matos, Ana Maria Pinho e
Carlos Tomaz. As três escolas de acolhimento são a Academia de Música de Vilar do
179
Paraíso (AMVP), o Curso de Música Silva Monteiro (CMSM) e a Escola de Artes da
Bairrada (EAB). Infelizmente, por falta de compatibilidade de disponibilidades, só um
concerto foi possível realizar, tendo sido realizado no Cinema Nun’Alvares, no dia 18 de
janeiro de 2018, quinta-feira, pelas 19h00.
Neste evento foram apresentadas obras de A. Dvorák, M. Arnold, A. Klughardt e E.
Carrapatoso a uma plateia repleta de alunos e alguns professores da escola Curso de
Música Silva Monteiro.
O público manteve sempre uma postura correta, em silêncio, a ouvir, com atenção, as
obras em apresentação. No fim de cada atuação, o público aplaudiu freneticamente,
demonstrado agrado pela prestação do grupo.
No fim do concerto, houve um espaço dedicado a questões que os alunos quisessem
colocar ao grupo. As perguntas feitas abrangiam a origem do nome do grupo, Promenade,
e o repertório.
O cartaz e o programa do concerto encontram-se disponíveis no Anexo 16.
180
4.4.3. Workshop de palhetas duplas
Este evento foi pensado, inicialmente, ser um atelier de palhetas com o meu professor,
e fundador da loja oboesales.com, Jean Michel Garetti. Devido a falta a falta de
disponibilidade, procurou-se outra solução para a realização deste evento. A solução
encontrada foi eu próprio ministrar o workshop, obtendo o pretexto ideal para testar o
manual de palhetas duplas, construído para este projeto.
O evento foi dividido em duas sessões, sendo a primeira, dedicada à amarragem de
palhetas, no dia 12 de maio de 2018, sábado, e a segunda, dedicada à raspagem, no dia
19 de maio de 2018, sábado. Ambas as sessões foram realizadas em salas de aula da
Academia de Música de Vilar do Paraíso. Para este evento, foi estabelecido um limite
máximo de 10 inscrições, das quais apenas 6 vagas foram preenchidas. Infelizmente,
nenhum aluno da classe de oboé da AMVP se inscreveu no workshop.
181
Na sessão de amarragem, primeiramente, os alunos preencheram um questionário.
Depois, foram entregues cópias do manual a cada participante, de forma que todos
pudessem analisar os dados. Após isso, todos os participantes construíram uma lista que
declarava quais os procedimentos que iriam seguir para cada palheta.
Durante a amarragem das palhetas, alguns participantes pediram ajuda com manuseio
dos materiais e com alguns procedimentos. O ambiente na sala foi sempre relaxado e
calmo. No fim da sessão os resultados obtidos foram bastante positivos e todos os
participantes demonstraram agrado pela qualidade do livro.
182
4.4.4. Masterclass de oboé
Aluno Programa
a) W. A. Mozart – Concerto em Dó Maior, KV 314
Participante A
b) C. Saint-Saëns – Sonata para oboé, Op. 166
a) W. A. Mozart – Concerto em Dó Maior, KV 314
Participante B b) F. Poulenc – Sonata para oboé, FP 185
c) A. Doráti – “La cigarre et la formie”
Participante C a) G. Jacob – Seven Bagatelles
Participante D a) A. Klughardt – Concertino, Op.18
a) N. Siniavine – Mélodie Hongroise
Participante E
b) A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5
Participante F a) J. Barbirolli – Concerto em Dó Menor
a) L. A. Lebrun – Concerto nº1 em Ré Menor
Participante G
b) J. S. Bach – Sonata em Sol Menor, BWV 1030
Participante H a) W. Ferling – 48 estudos, Op. 31 (estudo nº 11)
183
b) J. W. Kalliwoda – Morceau de Salon, Op. 228
a) W. Boyce – Gavotte
Participante I
b) G. P. Telemann – Partita nº5 em Mi Menor, TWV 41:e1
Tabela 6: Lista de repertório da masterclass de oboé
184
4.5. Reflexões Finais
Ter estagiado na Academia de Música de Vilar do Paraíso foi um privilégio, quer pela
oportunidade de ministrar e adquirir conhecimentos, quer pela experiência da prática
pedagógica-didática.
Todos os alunos revelaram uma postura exemplar, quer com o professor orientador
cooperante, quer comigo, merecendo todo o trabalho, esforço e interesse depositado neles.
Penso ter contribuído, durante este ano, para o seu crescimento e desenvolvimento
cognitivo, técnico-performativo e sócio-afetivo.
Nos objetivos gerais, todos os alunos desenvolveram competências motoras e de leitura
através da prática do instrumento, respeitaram os docentes e os seus conselhos e
mostraram interesse e curiosidade. Demonstraram mais dificuldade no que respeita à
consciencialização e correção de aspetos referentes à postura e movimentos involuntários.
A autorregulação do estudo individual deve ser algo a desenvolver nos alunos A e C
para uma melhor evolução. Já o aluno B é um aluno empenhado que, apesar do
nervosismo apresentado em provas, obtém resultados bastante positivos.
Todos os alunos necessitaram bastante atenção da parte do professor, bem como da
minha parte. Foi-lhes incutido o respeito pelos professores e colegas, a pontualidade e a
assiduidade, insistindo num estudo contínuo, regular e permanente.
O único ponto menos positivo, neste contacto com os alunos da AMVP, foi a falta de
interesse e participação nula no workshop de palhetas duplas, integrado nas atividades de
Prática de Ensino Supervisionada.
Relativamente às aulas de classe de conjunto, os alunos apresentaram-se, geralmente,
um pouco irrequietos por estarem em grupo. Contudo foi-lhes sempre incutido o espírito de
entreajuda, o respeito pelos colegas e pelos professores, a pontualidade, a assiduidade e
uma postura ativa de trabalho.
Como professor estagiário, apesar de algumas faltas justificadas por motivos
profissionais, fui assíduo e pontual, colaborei com os todos os docentes e não docentes.
Todos os conselhos e críticas que me foram apontados foram aceites como forma de
evoluir e melhorar o processo ensino-aprendizagem.
Depois de analisar a minha conduta, as minhas atitudes e os ensinamentos que me
foram transmitidos, reformulei algumas práticas de ensino de forma a motivar os alunos
para um trabalho mais regular e eficiente. A boa relação pedagógica professor/aluno,
criada ao longo deste ano, demonstrou ser facilitadora da aprendizagem.
Nas aulas de oboé, foi sempre comentado o trabalho dos alunos, tendo sido usados,
preferencialmente, juízos positivos, tendo sido apontados os erros sempre que necessário.
185
186
Referências Bibliográficas
187
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Kompetenzzentrum Digital-Druck GmBH.
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Light, J. (1983). The Oboe Reed Book. Edição de Autor.
Lopes, R. (2012). Princípios Gerais sobre Palhetas.
Moreira, J., Rocha, M., Santos, S., Varela, J., Beatriz, A., & Francisca, A. (2014). A
Engenharia e a Música - Instrumentos de SOPRO. Porto.
Neuhaus, R. K. (1998). Manual de Construcción de Cañas para Oboes (1a edição).
Universidad Nacional Autónoma de México.
Patalowski, R. (sem data). Marigaux Paris. Obtido 20 de Agosto de 2018, de
http://www.marigaux.com/instruments/hautbois-musette/904-2
Rothwell, E. (1982). Oboe Technique (3a edição). Oxford: Oxford University Press.
Rothwell, E. (1976). The Oboist's Companion. Oxford: Oxford University Press.
Sadie, S., & Tyrrell, J. (1980). Oboe. Em The new Grove Dictionary of Music and
Musicians. Macmillan Publishers Limited.
Salter, G. (2018). Understanding the Oboe Reed. Edição de Autor.
Schaeferdiek, M. (2007). The Oboe Doctor. Warngau: Accolade Musikverlag.
Steins, K. (1964). Rohrbau für Oboen. Berlim: Bote & Bock.
Uhlig, F. (2013). S(chw)ingendes Holz: Ein Weg zum individuellen. Edição de Autor.
Walsh, L. (2008). The Oboe Reed Making. Inglaterra: www.oboereedmaking.com.
Wehner, W. L. (1970). The Effects of Four Profiles of Oboe Reeds on Intonation.
Journal of Research in Music Education, 18(3), 242–247.
https://doi.org/10.2307/3344463
Werner, D. (2014). Der Wer zum guten Oboenrohr. Frankfurt: Grahl & Nicklas
GmbH.
188
Anexos
189
190
Anexo 1: Manual Guia de Construção de Palhetas Duplas –
para Oboístas (excertos)
191
192
193
194
195
Por motivos editoriais apenas são apresentadas algumas páginas do Guia de
Construção de Palhetas Duplas – para Oboístas.
196
Anexo 2: Projeto Educativo da AMVP
197
198
199
200
201
202
203
204
205
206
207
208
209
210
211
212
213
214
215
216
217
218
219
220
221
222
Anexo 3: Regulamento Interno da AMVP
223
224
225
226
227
228
229
230
231
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
242
243
244
245
246
247
248
249
250
251
252
253
254
255
256
257
258
259
260
261
262
263
264
265
266
267
268
269
270
Anexo 4: Regulamento do Quadro de Mérito e Excelência da
AMVP
271
272
273
274
Anexo 5: Plano Anual de Formação
275
276
Anexo 6: Folhas de Presença
277
278
279
280
Anexo 7: Planificações de Oboé do Ensino Básico
281
282
283
284
285
286
287
288
289
290
291
292
293
294
295
296
Anexo 8: Classe de Oboé
297
Anexo 9: Programa de Oboé
298
299
300
301
302
303
304
305
306
307
308
309
310
311
312
313
314
315
316
317
318
Anexo 10: Critérios de Avaliação de Oboé (2ºCiclo)
319
Anexo 11: Matrizes Provas Trimestrais de Sopros
320
321
322
Anexo 12: Matriz Prova Global de Sopros
323
324
325
Anexo 13: Documentação referente à Audição de Classe
Cartaz
326
Programa
327
Anexo 14: Documentação referente ao Workshop
Cartaz
328
Desdobrável
329
Inquéritos Pré-Workshop
330
331
332
333
334
335
Inquéritos Pós-Workshop
336
337
338
339
340
341
Fichas de controlo
342
343
344
345
346
347
Diploma
348
Anexo 15: Documentação referente à Masterclass de Oboé
Cartaz
349
Desdobrável
350
351
Diploma
352
Anexo 16: Documentação referente ao Concerto do Quinteto
Promenade
Cartaz
353
Programa
354
Anexo 17: Declaração de faltas pela OFB
355