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Universidade de Aveiro Departamento de Comunicação e Arte

2018

Luís Filipe Araújo de GUIA DE CONSTRUÇÃO MANUAL DE PALHETAS DE


Matos OBOÉ PARA ALUNOS, PROFESSORES, AMADORES
E PROFISSIONAIS DA MÚSICA
Universidade de Aveiro Departamento de Comunicação e Arte
2018

Luís Filipe Araújo de GUIA DE CONSTRUÇÃO MANUAL DE PALHETAS DE


Matos OBOÉ PARA ALUNOS, PROFESSORES, AMADORES
E PROFISSIONAIS DA MÚSICA

Relatório apresentado à Universidade de Aveiro para cumprimento dos


requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ensino da Música,
realizada sob a orientação científica da Profª. Doutora Helena Maria da Silva
Santana, Professora Auxiliar do Departamento de Comunicação e Arte da
Universidade de Aveiro.
Dedicatória Dedico este trabalho a toda a comunidade oboística que procura soluções
viáveis para o grande problema que é a construção das palhetas.
O júri

Presidente Professor Doutor Luís Filipe Leal de Carvalho


Professor Auxiliar do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro

Vogal – Arguente Principal Professor Doutor Luís Filipe Barbosa Loureiro Pipa
Professor Auxiliar do Departamento de Música da Universidade do Minho

Vogal - Orientador Professora Doutora Helena Maria da Silva Santana


Professora Auxiliar do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro
Agradecimentos Quero agradecer à Academia de Música de Vilar do Paraíso pela hospitalidade
e formação que me ofereceu e pela cedência de espaço para a aplicação deste
projeto educativo, pela disponibilidade de todos os docentes, dirigentes e corpo
não docente, à orientadora científica, Prof.ª Doutora Helena Santana,
coorientador científico, Jean Michel Garetti e orientador cooperante, Júlio
Conceição, que me ajudaram a obter a profissionalização.

À minha família, à minha namorada Camila, respetiva sua família e aos meus
amigos, pela paciência que tiveram comigo e pelo apoio que me deram.

A todos os meus professores, nomeadamente o professor Jean Michel Garetti e


a professora Ana Madalena Silva por todo o conhecimento transmitido, amizade
e todo o apoio e ajuda ao longo desta etapa.

À classe de oboé do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de


Aveiro, nomeadamente a Joana e a Telma por todo o apoio, ajuda e amizade.

Aos professores e alunos de oboé que perderam algum tempo para responder
aos inquéritos, ajudando-me a alcançar alguns resultados neste projeto.
palavras-chave oboé, construção de palhetas, ferramenta didática, material pedagógico,
autonomia.

resumo Dada a inexistência de documentação, escrita em Língua Portuguesa,


direcionada para o ensino da construção de palhetas, a pedagogia deste tema
tem sido realizada, essencialmente, de forma oral, através dos métodos
demonstrativo, expositivo e imitativo. De forma a criar uma alternativa viável,
que permita uma sistematização das metodologias, foi pensada a elaboração de
um guia de construção manual de palhetas duplas de oboé.

O presente projeto tem como objetivos gerais entender diferentes metodologias


de ensino da construção de palhetas de oboé e a redação de um guia de
construção manual de palhetas de oboé. De uma outra perspetiva, o estudo
procura comprovar a necessidade/pertinência de um documento escrito, em
Língua Portuguesa, demonstrando uma série de metodologias para a
construção de palhetas, e a verificar uma possível marginalização do ensino de
oboé, em Portugal.

Para a realização deste projeto, foi concretizada uma pesquisa bibliográfica,


para fundamentação teórica e para a compreensão de metodologias de
construção de palhetas. Foram, também, elaborados inquéritos gerais a alunos
e professores para estudar o ensino da construção de palhetas, em Portugal e
a pertinência/necessidade da existência de um guia de construção manual de
palhetas de oboé, escrito em Língua Portuguesa. Seguiu-se a redação e
elaboração do guia, resultado de uma compilação de metodologias para cada
fase do processamento. A implementação do projeto foi realizada sob a forma
de um workshop, em que se pretendia testar o guia, verificando a sua eficácia.
Foram, ainda, realizados dois inquéritos, a serem respondidos pelos
participantes do workshop, de forma a perceber a eficácia do documento.

Os resultados desta investigação permitem aferir a grande diversidade de


metodologias bem como de modelos/escolas de construção de palhetas. Pelos
dados recolhidos em inquéritos, foi fundamentada a falta de tempo letivo
dedicado ao ensino da construção de palhetas e a falta de material didático e
suporte pedagógico para o mesmo efeito. Foi ainda possível verificar de uma
perspetiva quantitativa que o guia de construção manual de palhetas é viável
para auxiliar a pedagogia deste tema, não substituindo, contudo, o professor.
keywords oboe, reed making, didactic tool, educational material, autonomy.

abstract The lack of written in Portuguese documentation about reed making led to verbal
transmission of the procedures, by demonstration, exposition and imitation. In
order to create a viable option that allows a methodology’s systemization, the
elaboration of an oboe reed making guide was thought.

This project has the general goal of understanding different methodologies of


oboe reed making teachings and the creation of a reed making guide. The project
has some specific goals, such as proofing the need of a written in Portuguese
document, presenting several procedures about reed making and the disregard
about reed making in oboe teaching, in Portugal.

In order to understand the reed making methodologies and substantiate the


project, it was required some research. General inquiries were answered by oboe
teachers and students in order to study the Portuguese reed making teachings
and the need of a written in Portuguese reed making guide. Afterwards, the reed
making guide was created as a result of a methodologies compilation. This
project implementation occurred at a workshop, in order to test the reed making
guide efficiency. Lastly, there were two inquiries answered by workshop
participants, in order to understand the document efficiency.

The results of this investigation display the large diversity of reed making
methodologies and schools/models. The data collected from inquiries expose the
lack of time to teach reed making procedures and the lack of didactic tools and
educational materials about this subject. The project also revealed that the reed
making guide is a viable didactic tool but it doesn’t replace the teacher.
ÍNDICE
Índice de Ilustrações ................................................................................................. 5

Índice de Gráficos ..................................................................................................... 7

Índice de Tabelas ..................................................................................................... 9

Preâmbulo ...............................................................................................................11

Parte I: Enquadramento e Fundamentação Teórica ....................................................15

1.1. O oboé ...........................................................................................................17

1.1.1. Instrumento Musical ................................................................................17

1.1.2. Classificação do oboé enquanto Instrumento Musical .............................19

1.1.3. Variantes do oboé ...................................................................................20

1.2. A palheta dupla ..............................................................................................21

1.2.1. Construção das palhetas duplas .............................................................23

1.2.2. Literatura Disponível – Manuais de Construção de Palhetas ..................27

1.2.3. Modelos/Tendências de Raspagem ........................................................30

Parte II: Projeto Educativo ...........................................................................................41

2.1. Introdução ......................................................................................................43

2.1.1. O ensino da construção de palhetas .......................................................43

2.1.2. Porquê fazermos as nossas palhetas......................................................44

2.2. Construção e Implementação do Projeto........................................................47

2.2.1. Objetivos .................................................................................................47

2.2.2. Construção do Guia ................................................................................47

2.2.3. Implementação do projeto .......................................................................50

Parte III: Ferramentas de Obtenção de Dados ............................................................53

3.1. Construção das Ferramentas de Obtenção de Dados ....................................55

3.1.1. Inquéritos Gerais a Professores ..............................................................55

3.1.2. Inquéritos Gerais a Alunos ......................................................................56

3.1.3. Inquéritos Pré-workshop .........................................................................56

3.1.4. Inquéritos Pós-workshop .........................................................................57

3.2. Análise dos dados ..........................................................................................59


3.2.1. Inquéritos Gerais a professores ..............................................................59

3.2.2. Inquéritos Gerais a Alunos ......................................................................65

3.2.3. Inquéritos Pré-Workshop.........................................................................71

3.2.4. Inquéritos Pós-Workshop ........................................................................71

3.2.5. Workshop ................................................................................................72

3.3. Discussão dos Resultados .............................................................................73

3.4. Conclusões ....................................................................................................76

Parte IV: Relatório de PES (Prática de Ensino Supervisionada) ..................................79

4.1. Descrição e Caracterização da Instituição de Acolhimento ............................81

4.1.1. As instalações .........................................................................................81

4.1.2. Órgãos de Gestão e Organização Escolar ..............................................83

4.1.3. Oferta Educativa .....................................................................................86

4.1.4. Regulamento Interno...............................................................................88

4.1.5. Regulamento do Quadro de Mérito e Excelência ....................................88

4.1.6. Docentes .................................................................................................89

4.1.7. Missão e objetivos...................................................................................91

4.2. Caracterização da Classe ..............................................................................94

4.2.1. A Classe de Oboé ...................................................................................94

4.2.2. O professor Cooperante – Júlio Conceição .............................................94

4.2.3. Os Alunos ...............................................................................................95

4.3. Planificações e Relatórios de Aulas Coadjuvadas e Assistidas ......................97

4.3.1. Aluno A – 1º Período ...............................................................................97

4.3.2. Aluno A – 2º Período .............................................................................104

4.3.3. Aluno A – 3º Período .............................................................................113

4.3.4. Aluno B – 1º Período .............................................................................119

4.3.5. Aluno B – 2º Período .............................................................................127

4.3.6. Aluno B – 3º Período .............................................................................136

4.3.7. Aluno C – 1º Período.............................................................................142

4.3.8. Aluno C – 2º Período.............................................................................151

2
4.3.9. Aluno C – 3º Período.............................................................................160

4.3.10. Orquestra de Sopros – 1º Período .....................................................166

4.3.11. Orquestra de Sopros – 2º Período .....................................................169

4.3.12. Orquestra de Sopros – 3º Período .....................................................174

4.4. Relatórios de Atividades inseridas em PES..................................................178

4.4.1. Audição de Classe ................................................................................178

4.4.2. Concerto do Quinteto Promenade .........................................................179

4.4.3. Workshop de palhetas duplas ...............................................................181

4.4.4. Masterclass de oboé .............................................................................183

4.5. Reflexões Finais...........................................................................................185

Referências Bibliográficas .........................................................................................187

Anexos ......................................................................................................................189

Anexo 1: Manual Guia de Construção de Palhetas Duplas – para Oboístas (excertos)


...................................................................................................................................191

Anexo 2: Projeto Educativo da AMVP ....................................................................197

Anexo 3: Regulamento Interno da AMVP ..............................................................223

Anexo 4: Regulamento do Quadro de Mérito e Excelência da AMVP ....................271

Anexo 5: Plano Anual de Formação.......................................................................275

Anexo 6: Folhas de Presença ................................................................................277

Anexo 7: Planificações de Oboé do Ensino Básico ................................................281

Anexo 8: Classe de Oboé ......................................................................................297

Anexo 9: Programa de Oboé .................................................................................298

Anexo 10: Critérios de Avaliação de Oboé (2ºCiclo) ..............................................319

Anexo 11: Matrizes Provas Trimestrais de Sopros.................................................320

Anexo 12: Matriz Prova Global de Sopros .............................................................323

Anexo 13: Documentação referente à Audição de Classe .....................................326

Anexo 14: Documentação referente ao Workshop .................................................328

Anexo 15: Documentação referente à Masterclass de Oboé .................................349

Anexo 16: Documentação referente ao Concerto do Quinteto Promenade ............353

3
Anexo 17: Declaração de faltas pela OFB .............................................................355

4
Índice de Ilustrações

Figura 1: Oboé Lorée ..................................................................................................17


Figura 2: Interpretação de um instrumento musical do ponto de vista físico. ...............18
Figura 3: Oboé d'amore Lorée.....................................................................................20
Figura 4: Corne Inglês Lorée .......................................................................................20
Figura 5: Oboé Baixo Lorée ........................................................................................21
Figura 6: Oboé piccolo Lorée ......................................................................................21
Figura 7: Palheta de oboé ...........................................................................................23
Figura 8: Fases da confeção de uma palheta de oboé ................................................23
Figura 9: Agricultor verificando a qualidade da Arundo Donax ....................................24
Figura 10: Arundo Donax cortada em tubos ................................................................24
Figura 11: Corte do tubo de cana com uma flecha ......................................................25
Figura 12: Goivagem de uma cana .............................................................................25
Figura 13: Corte da forma da cana ..............................................................................26
Figura 14: Amarragem de uma palheta .......................................................................26
Figura 15: Raspagem de uma palheta.........................................................................27
Figura 16: Palhetas Alemãs de Fritz Fischer vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz
(direita) ............................................................................................................................31
Figura 17: Palhetas Alemãs de Helmut Eggers vistas à luz natural (esquerda) e à
contraluz (direita) .............................................................................................................32
Figura 18: Palhetas Francesas de Alexandre Duvoir vistas à luz natural (esquerda) e à
contraluz (direita) .............................................................................................................33
Figura 19: Palhetas Francesas de Marcel Dandois vistas à luz natural (esquerda) e à
contraluz (direita) .............................................................................................................33
Figura 20: Palheta Inglesas de William Tait vista à luz natural (esquerda) e à contraluz
(direita) ............................................................................................................................34
Figura 21: Palhetas Inglesas de Harry B. Baker vistas à luz natural (esquerda) e à
contraluz (direita) .............................................................................................................34
Figura 22: Palhetas Americanas de Joseph Robinson vistas à luz natural (esquerda) e
à contraluz (direita) ..........................................................................................................35
Figura 23: Palhetas Americanas de John Mack vistas à luz natural (esquerda) e à
contraluz (direita) .............................................................................................................35
Figura 24: Oboé Vienense...........................................................................................36
Figura 25: Palhetas Vienenses de Manfred Kautzky vistas à luz natural (esquerda) e à
contraluz (direita) .............................................................................................................36

5
Figura 26: Palhetas Vienenses de Anatol Petrov vistas à luz natural (esquerda) e à
contraluz (direita) .............................................................................................................37
Figura 27: Palheta de Saxofone Alto Légère ...............................................................38
Figura 28: Palheta de oboé Légère .............................................................................38
Figura 29: Palheta de fagote Légère ...........................................................................39
Figura 30: Máquina de raspar palhetas Reeds ‘n Stuff ................................................46
Figura 31: Ficha orientadora das combinações na amarragem das palhetas ..............52
Figura 32: Inquérito Pré-Workshop..............................................................................57
Figura 33: Inquérito Pós-Workshop .............................................................................58
Figura 34: Academia de Música de Vilar do Paraíso ...................................................81
Figura 35: Organograma funcional da AMVP ..............................................................85
Figura 36: Oferta educativa da AMVP .........................................................................86
Figura 37: Valores da AMVP .......................................................................................92
Figura 38: Concerto do Quinteto Promenade no Cinema Nun'Alvares ......................179
Figura 39: Artigo da Newsletter do CMSM ................................................................180
Figura 40: Sessão de Amarragem do workshop ........................................................181
Figura 41: Sessão de Raspagem do workshop .........................................................182

6
Índice de Gráficos

Gráfico 1: Número de professores a lecionar em escolas de diferentes regimes .........59


Gráfico 2: Percentagem de professores que fazem palhetas para alunos ...................60
Gráfico 3: Percentagem de professores que ensinam os alunos a fazer palhetas .......60
Gráfico 4: Respostas à pergunta “vende palhetas feitas por si aos alunos?” ...............61
Gráfico 5: Respostas à pergunta “pede aos alunos que comprem palhetas em lojas
especializadas?” ..............................................................................................................61
Gráfico 6: Graus de ensino em que se inicia o ensino do processamento das palhetas
........................................................................................................................................61
Gráfico 7: Fases do processamento das palhetas abordadas inicialmente ..................62
Gráfico 8: Métodos de ensino das palhetas .................................................................62
Gráfico 9: Respostas relativas ao uso do tempo de aula para instruir a construção de
palhetas ...........................................................................................................................63
Gráfico 10: Respostas relativas ao conhecimento de manuais de palhetas em Língua
Portuguesa ......................................................................................................................63
Gráfico 11: Respostas relativas ao uso de um manual como suporte didático ............64
Gráfico 12: Poupança de tempo de aula com o recurso do livro ..................................64
Gráfico 13: Idades dos alunos inquiridos .....................................................................65
Gráfico 14: Anos dedicados ao estudo de oboé ..........................................................65
Gráfico 15: Grau académico dos alunos inquiridos......................................................66
Gráfico 16: Regime de ensino das escolas frequentadas pelos inquiridos ..................66
Gráfico 17: Frustração sentida face a problemas nas palhetas ...................................66
Gráfico 18: Respostas relativas à formação a nível de palhetas..................................67
Gráfico 19: Conhecimento de manuais em Língua Portuguesa ...................................67
Gráfico 20: Necessidade de existir um manual em Português .....................................68
Gráfico 21: Fases do processamento das palhetas já iniciadas ..................................68
Gráfico 22: Dificuldades apresentadas ao longo do processamento das palhetas ......69
Gráfico 23: Respostas à pergunta "geralmente quem faz as tuas palhetas?" ..............69
Gráfico 24: Autonomia dos alunos quando têm problemas nas palhetas.....................70
Gráfico 25: Utilidade de um manual de palhetas .........................................................70

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8
Índice de Tabelas

Tabela 1: Classe de oboé da AMVP ............................................................................94


Tabela 2: Atividades de PES propostas ....................................................................178
Tabela 3: Atividades de PES realizadas ....................................................................178
Tabela 4: Lista de participantes no workshop ............................................................181
Tabela 5: Lista de inscritos na masterclass de oboé .................................................183
Tabela 6: Lista de repertório da masterclass de oboé ...............................................184
Tabela 7: Programação da masterclass de oboé no dia 18 de dezembro .................184
Tabela 8: Programação da masterclass de oboé no dia 19 de dezembro .................184

9
10
Preâmbulo

Durante o meu percurso como estudante de oboé percebi que uma grande parte do meu
trabalho residia na construção e manutenção de palhetas duplas de oboé. Como na maioria
das escolas de ensino especializado, quer de regime oficial, quer de regime não oficial, o
meu processo de aprendizagem dos métodos de construção de palhetas foi realizado
através dos métodos expositivo, demonstrativo e imitativo. Ora, este sistema de ensino
baseado em demonstrações e apreciações mostrou-se muito demorado pois dependia
sempre da presença e da apreciação de um professor. A complexidade do processo de
construção de palhetas é de tal forma relevante que uma parte das aulas, entre 10 a 15
minutos, é ocupada com o ensino do processo. Só depois de ingressar no ensino superior
e após vários anos de tentativas e erros consegui criar uma certa autonomia que me fez
falta nos primeiros anos de estudo do oboé.
Hoje em dia, enquanto professor, deparo-me com o mesmo problema nos meus alunos,
a falta de autonomia e a falta de tempo para transmitir os processos que lhes permitirão ter
mais independência e um melhor aproveitamento nas aulas. Por vezes, o aproveitamento
dos alunos, nas aulas, é menor, devido a problemas constantes com as palhetas e à
incapacidade de os solucionar, sem a orientação e supervisão do professor.
Devido à falta de tempo letivo para o ensino da construção de palhetas, decidi pesquisar
material didático que pudesse ajudar os alunos de forma a estes se tornarem mais
independentes do professor. Deparei-me com a falta de documentação escrita em Língua
Portuguesa direcionada para o tema, sendo que os poucos materiais existentes estavam
escritos na maioria em alemão, inglês, francês e apenas um ou dois livros em Língua
Portuguesa. De alguns livros de estudos para oboé retiravam-se pequenas alusões ao
tópico da construção de palhetas, mas sem grande aprofundamento. Dos livros dedicados
à construção de palhetas retirava-se apenas um método por livro. Ora, um método pode
não resultar na totalidade com alguns alunos e, tendo em conta o custo de alguns dos
livros, seria dispendiosa a aquisição de livros até encontrar um método que se adeque a
determinado aluno e, ainda assim, teríamos as limitações do idioma do livro.
Posto isto, o presente projeto surge no âmbito da unidade curricular de Prática de Ensino
Supervisionada, inserida no Mestrado em Ensino da Música, na Universidade de Aveiro,
tendo como objetivo geral, a criação de um guia de construção manual de palhetas que
aborde várias metodologias para cada fase da elaboração de uma palheta de oboé. Como
objetivos específicos, o projeto pretende analisar e comprovar a necessidade de um guia
escrito em Língua Portuguesa, através de inquéritos realizados a professores e alunos de
oboé, e compreender de que forma é lecionada a construção de palhetas, procurando

11
verificar a existência de uma marginalização do ensino de oboé, no que diz respeito ao
tempo letivo dedicado ao tema.
De forma a cumprir os objetivos gerais e específicos deste projeto, foi realizada uma
pesquisa bibliográfica, que permitisse a obtenção de dados para uma fundamentação
teórica do projeto e os conteúdos necessários à elaboração do guia de construção manual
de palhetas.
Numa primeira fase foram realizados inquéritos gerais, sob a forma de questionários,
destinados a professores e alunos, de forma a averiguar o ensino da construção de
palhetas, em Portugal e a pertinência/necessidade da criação de um guia de construção
manual de palhetas de oboé, escrito em Língua Portuguesa, para melhor funcionamento
do ensino deste tema, criando um importante apoio pedagógico. O estudo vem comprovar
a falta de documentação e a necessidade de existir mais material didático, escrito em
Língua Portuguesa, para este tema, além de demonstrar uma carência de tempo letivo
para a instrução da construção de palhetas.
De seguida, deu-se a construção do documento, o qual resultou de uma compilação de
metodologias para cada fase do processamento das palhetas. A estrutura do livro é dividida
em dois capítulos, amarragem e raspagem. Como implementação do projeto, de forma a
verificar-se a eficácia do guia, foi realizado um workshop, dividido em duas sessões, cada
uma dedicada a um capítulo do documento e, consequentemente, dedicada a uma das
fases do processamento das palhetas.
De forma a perceber a eficácia do livro e avaliar possíveis falhas e pontos a alterar no
mesmo, foram realizados inquéritos aos participantes do workshop. Na fase pré workshop
foram averiguados os conhecimentos já adquiridos pelos alunos bem como o tempo
despendido para a prática da construção de palhetas. Na fase pós workshop foi provada a
eficácia do documento, sendo expostas as dificuldades que experienciaram na utilização
do mesmo.

Este projeto está estruturado em quatro secções:


 Na primeira secção é apresentado um enquadramento teórico onde é
apresentado o oboé, a palheta dupla, uma seleção de literatura acerca do tema
e contextualização das escolas de oboé e as respetivas tendências de raspagem
de palhetas.
 Na segunda secção é exposto o projeto da criação de um guia de construção
manual de palhetas duplas. Nesta secção são explorados e apresentados o
sistema de ensino da construção de palhetas e os motivos da construção manual
das mesmas. É, então, apresentado o projeto, sendo explicado o processo de
criação do Guia de Construção de Palhetas Duplas e a sua estrutura. Por último

12
é apresentada a implementação do projeto, através da realização de um
workshop de construção de palhetas.
 A terceira secção é dedicada às ferramentas de obtenção de dados. Nesta são
apresentados os inquéritos gerais, sob a forma de questionário, direcionados a
professores e alunos e os inquéritos realizados nas fases pré e pós workshop.
Finalmente, é feita uma análise dos dados recolhidos e uma breve apreciação e
discussão dos resultados.
 Finalmente, a quarta secção é constituída pelo relatório de estágio da
componente de Prática de Ensino Supervisionada, onde será apresentada a
escola – Academia de Música de Vilar do Paraíso – respetivo projeto educativo
e regulamento interno, lista de docentes, caracterização dos alunos, relatórios
de aulas assistidas e planificações de aulas.

13
14
Parte I: Enquadramento e Fundamentação
Teórica

15
16
1.1. O oboé

“O termo oboé deriva do francês haut-bois, formado pelos vocábulos haut (alto ou
agudo) e bois (madeira)” (Bosch, Lima, Ramos, & Saraiva, 2012, p. 146). Hautbois significa,
então “madeira alta”, devido ao registo agudo do instrumento. Descendente da charamela,
o oboé começou a ser construído e usado na época de Lully, que o inclui pela primeira vez
na sua orquestra em 1657 (Baines, 1967, p. 279).
O oboé é um instrumento de tubo cónico, tocado a partir de uma palheta dupla e possui
um registo agudo, exceto em certas variedades em que experiencia outros registos (Sadie
& Tyrrell, 1980). O tubo do oboé tem cerca de “60 cm e é feito geralmente em ébano (ou
granadilha). (…) É construído em três partes, sendo a última um pequeno pavilhão
(campânula) pouco pronunciado. A embocadura é uma palheta dupla; na realidade não é
uma palheta mas sim duas, encostadas uma à outra e fixadas no extremo inferior a uma
peça de metal (tudel). O executante prende a palheta nos lábios e soprando faz com que
as duas lâminas que a compõem vibrem, batendo uma na outra. O oboé é portanto um
instrumento de palheta dupla batente. Tem uma extensão de duas oitavas e uma sexta (Si
b 2 a Sol 5) e é munido de um sistema de chaves Boehm” (Henrique, 2011, p. 278).
“O instrumentista que toca oboé denomina-se oboísta” (Grout & Palisca, 2001).
Segundo Burgess e Haynes (2010), foi no fim do século XIX que se desenvolveu o oboé
com o sistema de conservatório, com os melhoramentos técnicos de F. Lorée. Lorée
adicionou um sistema de chaves muito mais simples que facilitava a vibração do
instrumento bem com a flexibilidade entre registos. Bosch et al. (2012) afirma que o modelo
de Lorée estabeleceu-se como a chave na qual se baseia o oboé moderno.

Figura 1: Oboé Lorée1

1.1.1. Instrumento Musical

Instrumento musical é “todo o dispositivo suscetível de produzir som, utilizado como


meio de expressão musical” (Henrique, 2011, p. 3).

1 Fonte: http://www.loree-paris.com/instruments/f-loree/?lang=en#prettyPhoto/0/ acedido a


02/10/2018.

17
“Analisando um instrumento musical do ponto de vista físico, podemos encará-lo como
um sistema dinâmico. Seja qual for o instrumento em questão, ele é constituído por três
componentes, que podem ser considerados subsistemas de fronteiras mais limitadas:
sistema excitador, sistema ressoador e sistema radiante” (Henrique, 2002, p. 310).
Luís Henrique (2002) apresenta o sistema excitador como um mecanismo que gera as
vibrações transformando energia não-vibratória em energia vibratória. Um exemplo deste
sistema é a vibração da palheta dupla do oboé causada pelo fluxo de ar do oboísta.
O sistema ressoador é o “processo pelo qual as oscilações são amplificadas, filtradas
ou modificadas. O ressoador é o elemento que ressoa à frequência pretendida” (Henrique,
2002, p. 311). No caso do oboé, o sistema ressoador é o seu próprio tubo por onde passam
as vibrações.
O sistema radiante “é constituído pelos mecanismos que o instrumento possui para
radiar som, isto é, transmitir vibrações ao ar circundante originando assim a onda sonora
que se propaga no meio até atingir os nossos ouvidos. A energia vibratória e acústica
resultante dos sistemas excitador e ressoador é transformada em energia vibratória do ar
(energia acústica radiante)” (Henrique, 2002, p. 311). No caso do oboé, neste sistema
temos os orifícios laterais e o pavilhão/ campânula.

Figura 2: Interpretação de um instrumento musical do ponto de vista físico2.

Tendo em conta esta descrição de um instrumento musical do ponto de vista físico


podemos interpretar que para tocar oboé são precisos quatro elementos: a fonte de energia
– o oboísta, que constrói um fluxo de ar ao soprar para o instrumento – o elemento que
vibra – a palheta dupla, que vibra com a passagem do fluxo de ar – o elemento ressoador
– o tubo do instrumento – e por fim, o elemento radiante – a campânula do oboé.

2 Fonte: Henrique, L. L. (2002). Acústica musical. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

18
1.1.2. Classificação do oboé enquanto Instrumento Musical

Faz parte da cultura geral a divisão dos instrumentos musicais em “três grandes grupos:
os instrumentos de corda, instrumentos de sopro e instrumentos de percussão” (Hornbostel
& Sachs, 1961, p. 5). Podemos caracterizar os instrumentos de sopro “por produzirem som
através de vibrações no ar. Estas são causadas pelo seu utilizador direta ou indiretamente,
sendo uma das suas funções amplificar a vibração inicial de forma natural. Os instrumentos
de sopro podem ser divididos em vários grupos dependendo da maneira como obtemos a
vibração. A divisão mais utilizada estabelece-se entre dois grandes grupos: os metais e as
madeiras” (Moreira et al., 2014, p. 3). Ora, esta divisão é feita através da distinção dos
materiais usados para a construção dos instrumentos pelo que podemos juntar o oboé ao
grupo dos instrumentos de sopro de madeira. Contudo estas divisões são demasiado
gerais e “não podem ser defendidas. Um número vasto de instrumentos não pode ser
incluído nesta divisão sem os colocar numa posição não natural, como a celesta, que, como
instrumento de percussão, aproxima-se dos instrumentos de pele” (Hornbostel & Sachs,
1961, p. 6).
Surge, então, em 1914, no Systematik der Musikinstrumente: ein Versuch (Sistemática
dos Instrumentos Musicais: uma tentativa de classificação), a classificação de Hornbostel-
Sachs que se baseia nos princípios físicos e acústicos que regem o modo como os
instrumentos produzem som (Hornbostel & Sachs, 1961). Este novo sistema prevê quatro
principais categorias: idiofones – o som é produzido pelo próprio corpo do instrumento,
feito de materiais elásticos naturalmente sonoros, sem estarem submetidos a tensão –
aerofones – o som é produzido pela vibração de uma massa de ar originada no (ou pelo)
instrumento – membranofones – o som é produzido por uma membrana esticada – e
cordofones – o som é produzido por uma corda tensa (Henrique, 2011). Neste sistema,
podemos catalogar o oboé como um aerofone.
Os aerofones podem distinguidos com base na embocadura. Existem então Aerofones
de aresta – o jato de ar é direcionado para uma aresta – Aerofones de palheta – o jato
de ar é modulado pela vibração de uma ou duas palhetas – Aerofones de bocal – o som
é produzido pela vibração labial – Aerofones livres – o som é produzido pelo ar que passa
por um corpo sólido em movimento – Voz humana e Órgão – caso singular que possui
ambas as embocaduras de aresta e palheta (Henrique, 2011).
Como Henrique (2011) refere, a palheta dupla do oboé é constituída por duas canas
encostadas e fixadas a um tudel. Estas duas canas vibram uma contra a outra devido ao
fluxo de ar que passa entre elas, originando assim o som. Sendo assim, e tendo em conta

19
o processo de classificação de Hornbostel-Sachs, a melhor forma de definir o oboé,
enquanto instrumento musical, seria como sendo um aerofone de palheta dupla batente3.

1.1.3. Variantes do oboé

O oboé d’amore ou oboé de amor “é um oboé um pouco maior e apresenta algumas


diferenças em relação ao oboé comum: o seu tudel (pequeno tubo de latão onde se prende
a palheta, com um enrolamento de fio) é mais longo e ligeiramente curvo e o pavilhão é
periforme e cavo (o que torna a sonoridade mais velada). A sua extensão vai de Sol # 2 a
Dó # 5. É um instrumento transpositor em Lá e era um dos instrumentos favoritos de Bach,
mas perdeu popularidade durante o Classicismo e o Romantismo, talvez pela pouca
sonoridade para as grandes orquestras” (Henrique, 2011, p. 283)

Figura 3: Oboé d'amore Lorée4

Mais um instrumento da família do oboé, como dito anteriormente é o corne inglês.


Este é “um instrumento semelhante ao oboé de amor, mas maior (cerca de um metro de
comprimento). Apresenta também pavilhão periforme e tudel em ângulo sendo ambos
maiores. É um instrumento transpositor em Fá, com uma extensão de de Mi 2 a Dó 5”
(Henrique, 2011, p. 288). “Instrumento de extraordinária sonoridade, o corne inglês tem
sido particularmente em solos orquestrais explorando o seu carácter nostálgico e
melancólico” (Henrique, 2002, p. 579) O seu nome “vem do francês cor anglais, que
significa corno anguloso” (Cardoso, 2012, p. 31).

Figura 4: Corne Inglês Lorée5

3A definição de palheta dupla batente está disponível no capítulo “A palheta dupla”.


4 Fonte: http://www.loree-paris.com/instruments/hautbois-damour/?lang=en#prettyPhoto/0/
acedido a 02/10/2018.
5 Fonte: http://www.loree-paris.com/instruments/f-loree-2/?lang=en#prettyPhoto/0/ acedido a

02/10/2018.

20
Um instrumento menos usual nesta família é o oboé barítono ou oboé baixo “que soa
uma oitava abaixo do oboé e tem um aspeto semelhante ao corne inglês de maiores
dimensões” (Cardoso, 2012, p. 38). À semelhança do corne inglês, é munido de um tudel
que “apresenta uma curvatura para a frente e só depois é curvo para trás, em direção ao
instrumentista” (Henrique, 2011, p. 284).

Figura 5: Oboé Baixo Lorée6

Ainda menos usado, outro instrumento semelhante ao oboé, desta vez em proporções
menores. O oboé piccolo ou oboé musette é um instrumento transpositor em Fá, na
marca F. Lorée, e em Mi b, nas marcas F. Patricola e Marigaux (de Gourdon, de Gourdon,
& de Gourdon, 2013; Patalowski, sem data)

Figura 6: Oboé piccolo Lorée7

1.2. A palheta dupla

“As palhetas vibrantes são lâminas de um material elástico que transformam uma
emissão contínua de ar numa emissão intermitente, interrompida regularmente” (Henrique,
2011). “A palheta dupla é uma pequena tira de cana especial dobrada «em dois», amarrada
com um fio num pequeno tudel cilíndrico de cobre denominado tudel. O tudel, por sua vez,
sustenta as mesmas e liga a palheta ao corpo do oboé. Quando a extremidade da cana
dobrada é aberta, passamos a ter duas cansas livres uma contra a outra, daí o nome de
palheta dupla” (Cardoso, 2012, p. 43).
Podem ser considerados diferentes tipos de palheta tendo em conta o som produzido
por elas. As palhetas idiofónicas, que “feitas de um material duro e pesado (geralmente
metal), produzem apenas um som cuja altura depende do seu comprimento e espessura”

6 Fonte: http://www.loree-paris.com/instruments/hautbois-baryton/?lang=en#prettyPhoto/0/
acedido a 02/10/2018.
7 Fonte: http://www.loree-paris.com/instruments/hautbois-piccolo/?lang=en#prettyPhoto/0/
acedido a 02/10/2018.

21
(Henrique, 2011, p. 232). Instrumentos como o acordeão e o harmónio possuem este tipo
de palhetas. No caso do oboé e até do clarinete, são usadas palhetas heterofónicas que,
“feitas de um material flexível e leve (por norma cana), são capazes de produzir vários sons
se estiverem acopladas a tubos sonoros, sendo o comprimento destes que determina a
frequência a que vibram” (Henrique, 2011, p. 232-233).
Em relação ao seu movimento, as palhetas podem ser livres – quando oscilam sem
obstáculo para um e para o outro lado da sua posição de repouso – batentes simples –
quando vibram livremente só para um lado, batendo contra uma armação (por exemplo as
palhetas de clarinete) – ou batentes duplas – quando são um par de palhetas iguais que
batem uma na outra, fechando ou abrindo a fenda existente entre elas, e que estão ligadas
uma à outra pelas respetivas bases (Henrique, 2011).
“A cana usada para as palhetas de oboé é da espécie Arundo Donax e cresce nos
pântanos à beira rio no sul de França e outros locais com condições climatéricas
semelhantes” (Rothwell, 1982, p. 47). Existem mais zonas geográficas de onde se pode
extrair este tipo de cana mas os minerais presentes nos solos do sul de frança enriquecem
a qualidade da cana tornando-a mais suscetível de vibrar.
“A abertura da palheta tem uma forma de elipse formada pelo contacto entre as pontas
das lâminas da cana” (Gjebic, 2013, p. 3). Esta abertura depende sempre do diâmetro que
o tubo de cana possui. Quanto maior for o diâmetro da cana, menor será a abertura da
palheta pois a tira de cana será menos arredondada. Segundo Henrique (2011), o diâmetro
da cana deve rondar entre 10 e 11 mm para palhetas de oboé e entre 11 a 12 mm para
palhetas de corne inglês.
Antes da criação do oboé, antecessores como as bombardas, chirimias e charamelas
eram usados ao ar livre acompanhando fanfarras e bandas militares. “O som destes
instrumentos era extremamente penetrante e agressivo” (Neuhaus, 1998, p. 139). “A
evolução do oboé, desde que este surgiu em meados do século XVII, foi acompanhada de
perto pela evolução das palhetas” (Conceição, 2015, p. 15). Com a inclusão do oboé nos
meios de música de câmara e de orquestra, esta tendência no seu som teve de ser
aprimorada para que os oboístas tivessem a capacidade de fundir o timbre com o dos
outros instrumentos, mas com uma certa flexibilidade para destacar o seu som quando
necessário (Neuhaus, 1998).
Segundo Burgess e Haynes (2010), Os relatos e amostras de palhetas mais antigos que
existem remontam a finais do século XVII e princípios do século XVIII. Este período foi
bastante experimental na história do oboé e tal como os próprios oboés, que apresentavam
algumas diferenças de fabricante para fabricante, as palhetas e as suas formas e medidas
também o eram. Em Inglaterra usavam-se palhetas mais largas e compridas (semelhantes
às palhetas de corne inglês), já em França usavam o oposto.

22
As palhetas mais largas e raspadas tinham como propósito compensar as diferenças de
sonoridade e afinação que ocorriam do uso de dedilhações com meios buracos e sobretudo
de dedilhações cruzadas (forquilhas) nos oboés dos períodos barroco e clássico. Com a
evolução da mecânica do oboé e a adição de mais chaves e orifícios, esses desequilíbrios
foram desaparecendo e as palhetas passaram a ser, pouco a pouco, mais estreitas e curtas
(Burgess & Haynes, 2010)

Figura 7: Palheta de oboé8

1.2.1. Construção das palhetas duplas

“Tocar oboé inclui duas habilidades distintas: tocar o instrumento e construir as palhetas”
(Gjebic, 2013, p. 3).
Ao contrário dos outros instrumentos de sopro, que têm algum tipo de estrutura fixa
como um bocal ou boquilha, toda a palheta do oboé é “construída a partir de um material
moldável. Os oboístas tentam construir palhetas que satisfaçam as suas necessidades
individuais, mas, devido à sua fragilidade, é importante serem capazes de duplicar ao
máximo cada palheta” (Wehner, 1970, p. 242).

Figura 8: Fases da confeção de uma palheta de oboé9

O processo da construção de palhetas inicia-se com a colheita da cana, Arundo Donax.


Os locais de onde é extraída a cana tendem a ter um clima rico mas moderado pois “se o

8Fonte: https://www.reedsnstuff.com/en/Oboe/Reeds/Oboe-Reed.html acedido a 28/09/2018.


9Fonte: Henrique, L. L. (2011). Instrumentos Musicais (7a edição). Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian.

23
clima for muito húmido, as fibras da cana absorvem muta água e ficam demasiado
espaçadas, tornando a cana muito macia e sem estabilidade. Contrariamente, se o clima
for demasiado seco, a cana tende a ficar muito dura e com muitas vibrações, tornando a
palheta mais estridente” (Cardoso, 2012, p. 55).

Figura 9: Agricultor verificando a qualidade da Arundo Donax10

Após a sua colheita, a Arundo Donax é selecionada por diâmetro, podendo variar entre
10 a 11 mm. Após isso, a cana é cortada em tubos com um comprimento de entre 10 a 15
cm para facilitar a sua distribuição para fabricantes de palhetas e oboístas de todo o mundo
(Baines, 1967).

Figura 10: Arundo Donax cortada em tubos11

10 Fonte: https://www.ctvnews.ca/sci-tech/is-the-giant-arundo-reed-a-renewable-fuel-miracle-or-
nightmare-1.1042496 acedido a 03/10/2018.
11 Fonte: https://www.reedsnstuff.com/en/Oboe/Cane/Tube-Cane-oxid.html acedido a
03/10/2018.

24
Segundo Baines (1967), devido à irregularidade da cana, esta é cortada tendo em vista
escolher os pedaços mais perfeitos. Geralmente corta-se o tubo em duas partes com o
auxílio de uma faca, ou em três partes com recurso a um utensílio de corte triplo – o divisor
de canas ou flecha. Os pedaços de cana são, então, cortados para terem o comprimento
desejado. Para isto é usada uma guilhotina.

Figura 11: Corte do tubo de cana com uma flecha12

Nesta fase é removido o excesso de cana do seu interior com uma pré-goiva e de
seguida com uma goiva que deixará a cana com a espessura ideal.

Figura 12: Goivagem de uma cana13

12 Fonte: http://www.doubleornothingreeds.com/dnr-blog/category/splitting-cane acedido a


03/10/2018.
13 Fonte: https://reedpros.wordpress.com/2012/09/10/arundo-donax-journey-from-cane-to-oboe-

reed-part-1/ acedido a 03/10/2018.

25
A cana é finalmente cortada/talhada com base numa forma já existente, ficando pronta
para ser amarrada.

Figura 13: Corte da forma da cana14

A cana já goivada e talhada é dobrada ao meio e amarrada, com um fio, a um tudel, que
servirá para ligar a palheta ao oboé.

Figura 14: Amarragem de uma palheta15

Para finalizar, é preciso abrir a palheta, com o recurso de uma guilhotina ou de uma
lâmina afiada. De seguida é inserida uma lingueta para suportar as lâminas da cana e, com
uma faca, a palheta é raspada, em ambos os lados, até que vibre com a passagem do ar.
“As duas lâminas de cana devem ficar o mais idênticas possível. Todos os ajustes feitos
numa das lâminas de cana deve ser replicado na outra” (Boyce, 1976, p. 29). Qualquer

14 Foonte : https://reedpros.wordpress.com/2012/09/10/arundo-donax-journey-from-cane-to-
oboe-reed-part-1/ acedido a 03/10/2018.
15 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=2AsaoDRiRgg acedido a 03/10/2018.

26
diferença entre as duas lâminas de cana pode criar inconsistências e influenciar
negativamente a palheta.

Figura 15: Raspagem de uma palheta16

Para uma palheta ser funcional “deve haver um equilíbrio entre as partes raspadas, uma
combinação das medidas de goiva, de dureza da cana, de densidade, de diâmetro da cana
e, além disso, uma observação dos fenômenos climáticos que alteram a maneira de vibrar
de uma palheta” (Gisiger, 2017, p. 24).

1.2.2. Literatura Disponível – Manuais de Construção de Palhetas

“A maioria dos Métodos de oboé descreve a palheta como uma peça de cana dobrada,
atada sobre um tudel e raspada de modo a permitir que vibre pela ação do ar. É o tipo de
descrição que remete a construção de palhetas para o campo da feitiçaria. É necessária
uma abordagem mais científica do que isso! Uma palheta é tão só um conjunto de variáveis,
mas aqui reside grande parte do problema: é indispensável alguma metodologia para evitar
que nos percamos no meio de uma miríade de possibilidades” (Lopes, 2012, p. 1).
Ainda Lopes (2012, p. 1) refere que à semelhança de um iceberg, 9/10 das
características das palhetas não são visíveis. “A maioria das variáveis não se pode aferir
visualizando uma palheta terminada. Daí talvez a ênfase que geralmente se coloca na
raspagem. Na realidade, existe literatura abundante sobre as diferentes técnicas de
raspagem, mas praticamente não se escreve sobre estes ocultos 9/10”.
Como já referido, o ensino da construção de palhetas continua a ser realizado
oralmente. Contudo, existe já alguma documentação escrita que aborda este tema e que

16 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=06xYFxAWZmQ acedido a 03/10/2018.

27
explica o que devemos fazer para construir uma palheta funcional. O principal problema
deste material é a língua, na sua maioria estão disponíveis em Língua Inglesa ou Língua
Espanhola, mas raros são os documentos escritos em Língua Portuguesa. Por isto, em
Portugal, torna-se difícil a utilização de material didático escrito com alunos pequenos
principalmente se tiverem dificuldades em idiomas estrangeiros.
Por norma, os livros que abordam a construção de palhetas apresentam um único
método. Como foi referido anteriormente, tendo em conta os custos de alguma
documentação e escrita e audiovisual torna-se dispendiosa a aquisição de alguns livros
que poderão não conter um método de construção de palhetas adequado. Além disso,
alguns livros focam-se apenas num único estilo e nos aspetos da raspagem desse mesmo
estilo, enquanto outros exploram todo o processamento da cana desde o cultivo da mesma
até à obtenção de uma palheta, por vezes em vários estilos. A seguinte lista é apenas uma
seleção de alguns materiais didáticos que poderão ajudar alguns oboístas.

1. Estilo Europeu

 Robert Neuhaus – Manual de Cañas para Oboes, editado pela Universidad


Nacional Autónoma de México em 1998. Disponível em Língua Espanhola.

 Margarida Cardoso – O Oboísta e a Palheta Dupla, editado pela Ava Editions


em 2012. Disponível em Língua Portuguesa.

 Ralf-Jörn Koster – Reliable Reeds, editado pela KDD Kompetenzzentrum Digital-


Druck GmBH em 2017. Disponível em Língua Inglesa e Alemã

 Karl Steins – Rohrbau für Oboen, editado pela Bote & Bock em 1964. Disponível
em Língua Alemã.

 Karl Hentschel – Das Oboenrohr, Eine Bauanleitung, editado pela Moeck Verlag
em 1986. Disponível em Língua Alemã.

 Frieder Uhlig – S(chw)ingendes Holz: Ein Weg zum individuellen, editado pelo
autor em 2013. Disponível em Língua Alemã.

 Pierre Cruchon – Methode de Hautbois, editado pela Billaudot em 2000.


Disponível em Língua Francesa e Inglesa.

28
 David Werner – Der Weg zum guten Oboenrohr, editado pela Grahl & Nicklas
GmbH em 2014. Disponível em Língua Alemã.

2. Estilo Americano

 Norma Boyce – Making and Adjusting the Oboe Reed, editado pela Utah State
University em 1976. Disponível em Língua Inglesa.

 Jay Light – The Oboe Reed Book, editado pelo autor em 1983. Disponível em
Língua Inglesa.

 Paul Lehman – Teachers Guide: Oboe, editado pela Conn-Selmer, Inc em 1965.
Disponível em Língua Inglesa.

 David Ledet – The Art of Oboe Playing, editado pela Summy-Birchard em 1961.
Disponível em Língua Inglesa.

 Evelyn Rothwell – The Oboist’s Companion, editado pela Oxford University


Press. Disponível em Língua Inglesa.

3. Estilos Europeu e Americano

 Linda Walsh – The Oboe Reed Making, distribuído no site


www.oboereedmaking.com desde 2008. Disponível em Língua Inglesa,
Francesa, Alemã e Espanhola.

 Graham Salter – Understanding the Oboe Reed, editado pelo autor em 2018.
Disponível em Língua Inglesa.

 Alain Girard – The Singing Reed, editado pela Musik-Akademie der Stadt em
1983. Disponível em Língua Inglesa, Alemã e Francesa.

Dos materiais didáticos analisados, devem ser apontados, quer os mais completos a
nível de informação, quer os mais estruturados e úteis à aprendizagem da construção de
palhetas.

29
O Manual de Cañas para Oboes de R. Neuhaus aborda todo o processamento da cana
até à construção de uma palheta do estilo europeu. Além disso faz uma pequena
abordagem de todos os outros estilos e dos aspetos físicos da execução do oboé. É um
livro bastante completo e com um elevado número de imagens (desenhos), contudo está
disponível apenas em Espanhol.
O filme The Oboe Reed Making de L. Walsh é um documentário bastante estruturado e
que demonstra visualmente toda a construção de uma palheta. Para além disso ainda
apresenta entrevistas realizadas a vários fabricantes de palhetas e oboístas de renome
internacional.
O livro Understanding the Oboe Reed de G. Salter é um livro bastante recente que
aborda todo o processamento das palhetas em vários estilos, além de abordar as escolas
de oboé ao longo da História. Talvez o livro mais completo existente até ao momento.
O livro Reliable Reeds de R. Koster é também um livro bastante completo ao abordar
todo o processamento das palhetas. Oferece uma análise científica das palhetas ao
demonstrar uma série de medidas que permitem um maior controlo da qualidade das
palhetas.
O único livro disponível em Língua Portuguesa desta lista, O Oboísta e a Palheta Dupla
de M. Cardoso, é bastante completo pois descreve a História do oboé desde os seus
antecessores até à atualidade e todo o desenvolvimento paralelo das palhetas. Contudo,
apesar de descrever todo o processamento das palhetas, apresenta apenas um método
de construção de palhetas.
Esta pequena seleção de materiais didáticos poderá ser uma grande ajuda para muitos
oboístas que procuram soluções para as suas palhetas, contudo apenas um está
disponível em Língua Portuguesa e, à exceção do documentário de L. Walsh e do livro de
R. Neuhaus, nenhum explica detalhadamente como devem ser manuseadas as
ferramentas.

1.2.3. Modelos/Tendências de Raspagem

Com a evolução quer dos instrumentos, quer do repertório, quer dos músicos, as
palhetas também sofreram um desenvolvimento. Com os ensinamentos de professor para
aluno foram criadas Escolas em que se notavam tendências na raspagem das palhetas.
Segundo Ledet (2000), Burgess e Haynes (2010) e Neuhaus (1998), podemos considerar
uma Escola um grupo de músicos com uma tradição de ensinamentos transmitidos de
professor para aluno ao longo dos anos. Assim observa-se uma tendência natural de
características técnicas, instrumentos usados, sonoridades e palhetas.

30
De acordo com Burgess e Haynes (2004), foi no século XX que se iniciaram cinco
escolas principais, a escola Alemã – com Fritz Flemming (1873-1947) – a escola Francesa
– com Georges Gillet (1854-1920) – a escola Vienense – com Alexander Wunderer (1877-
1955) – a escola Inglesa – com Léon Gossens (1897-1988) – e a escola Americana – com
Marcel Tabuteau (1887-1966). Desta surgiram ainda três pequenas variações – Suíça,
Holandesa, Italiana – que dadas as semelhanças próximas com as outras cinco grande
escolas de oboé foram-se adaptando até se uniformizarem com elas.
Segundo Ledet (1981), existem características que, devido a serem partilhadas entre
muitos oboístas que estudaram com determinado professor, permitem associá-las a uma
determinada escola.
A raspagem característica da escola Alemã tem, geralmente, entre 10 a 12 mm
possuindo uma coluna e um coração salientes (Ledet, 2008) além de uma base em “U” e
uma espessura pequena. Estas características criam uma “melhor distribuição das
vibrações ao longo da palheta, que fortalecem os primeiros harmónicos, retirando um
pouco do timbre brilhante às notas agudas. Este equilíbrio combinada com uma
embocadura envolvente geram um timbre característico alemão, descrito como «escuro»,
ideal para tocar em orquestra ou música de câmara” (Neuhaus, 1998, p. 141). Estas
palhetas (figuras 8 e 9) permitem uma articulação fácil e um timbre homogéneo em toda
extensão do instrumento, além de uma boa flexibilidade, enriquecendo “o potencial
expressivo do instrumento” (Neuhaus, 1998, p. 141). Alguns oboístas que difundiram estas
palhetas são Ingo Goritzki (1939-), Lothar Koch (1935-2003) e Hansjörg Schellenberger
(1948-).

Figura 16: Palhetas Alemãs de Fritz Fischer vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)17

17Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.

31
Figura 17: Palhetas Alemãs de Helmut Eggers vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)18

As palhetas da escola Francesa (figuras 10 e 11) possuem uma raspagem que varia
entre “9 e 13 mm, com a ausência de uma coluna e de um coração bem definidos” (Ledet,
2008) além de uma ponta extremamente fina. Geralmente a base desta raspagem é em
“V” e a espessura é pequena. “A escola Francesa desenvolvia tendencialmente a destreza
técnica e empregava menos atenção às questões interpretativas. Por isto, eram
necessárias palhetas confortáveis que permitissem uma fácil emissão com pouca
resistência ao ar” (Neuhaus, 1998, p. 144). Estas palhetas baseiam-se na “vibração frontal
produzindo uma articulação leve e fácil. A vibração destas palhetas produz um timbre mais
anasalado devido ao enriquecimento dos harmónicos médios e agudos. Apesar disto,
devido à tendência do som mais escuro e denso nas orquestras, as palhetas da escola
Francesa da atualidade sofreram um refinamento no timbre e articulação sem perder a sua
tradicional flexibilidade” (Neuhaus, 1998, p. 145). Alguns representantes desta escola são
Pierre Pierlot (1921-2007) e Maurice Bourgue (1939-).

18Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.

32
Figura 18: Palhetas Francesas de Alexandre Duvoir vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)19

Figura 19: Palhetas Francesas de Marcel Dandois vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)20

A raspagem das palhetas da escola Inglesa (figuras 12 e 13) caracteriza-se por ser
bastante “semelhante à da escola Francesa. Geralmente possui um comprimento inferior
a 9 mm e sobretudo uma ponta mais fina” (Ledet, 2008, p. 71). Como representantes desta
escola temos Terence MacDonagh (1908-1986) e Derek Wickens (1937-).

19 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
20 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University

Press.

33
Figura 20: Palheta Inglesas de William Tait vista à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)21

Figura 21: Palhetas Inglesas de Harry B. Baker vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)22

Ao contrário destas escolas que possuem uma tradição semelhante a nível da raspagem
das palhetas, a escola Americana distingue-se de todas. As palhetas desta escola (figuras
14 e 15) possuem uma raspagem longa que varia entre 14 a 22 mm apresentando um
coração bastante espesso, uma coluna bem acentuada, duas «janelas» bem vincadas e
finas e uma ponta comprida (Burgess & Haynes, 2010; Ledet, 2008), além de uma base
em “W”. Segundo Neuhaus (1998), estas palhetas são, na verdade, adaptações da escola
Francesa pois o fundador da escola Americana, Marcel Tabuteau, era francês. “Para
compensar a flacidez criada pela raspagem longa, o coração é mais espesso e transita de
forma abrupta para a ponta. Alguns oboístas raspam mais as janelas para criar mais solidez
e estabilidade ao som, além de uma maior facilidade de emissão, características úteis ao

21 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
22 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University

Press.

34
trabalho orquestral. A raspagem longa e a ponta comprida servem para procurar uma
extensão de harmónicos mais abrangente e uma facilidade de emissão maior” (Neuhaus,
1998, p. 142). Nestas palhetas a embocadura é mais relaxada e pouco ou nada afetam o
som. Alguns representantes desta escola são John de Lancie (1921-2002), John Mack
(1927-2006) e Liang Wang (1980-).

Figura 22: Palhetas Americanas de Joseph Robinson vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)23

Figura 23: Palhetas Americanas de John Mack vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)24

Por fim, a escola Vienense destaca-se por, primeiro que tudo, ter um modelo de oboé
próprio – o oboé vienense (figura 16) – sendo a única escola “que hoje em dia não usa o
modelo de oboé de conservatório” (Conceição, 2015, p. 19). Estes oboés, com um
sistema de dedilhação algo primitivo, existem desde o final do século XVIII e continuam

23 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.
24 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University

Press.

35
a ser usados, juntamente com as trompas vienenses, em orquestras como a Orquestra
Filarmónica de Viena e as orquestras de ópera de Viena.

Figura 24: Oboé Vienense25

Devido ao tubo deste oboé ser mais largo, as palhetas (figuras 17 e 18) também se
distinguem de todas as anteriormente referidas. A cana é geralmente “mais larga,
especialmente na ponta, o tudel é mais curto (entre 37 a 38 mm) e a raspagem possui
um comprimento que varia entre 15 a 16 mm” (Ledet, 2008). A raspagem da palheta
vienense é visualmente semelhante à raspagem das palhetas de fagote. Baseada no
modelo alemão, apresenta uma ponta bastante fina e um coração e coluna bem
salientes.

Figura 25: Palhetas Vienenses de Manfred Kautzky vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)26

25 Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/42/Hautbois_viennois.jpg acedido a


10/10/2018.
26 Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University

Press.

36
Figura 26: Palhetas Vienenses de Anatol Petrov vistas à luz natural (esquerda) e à contraluz (direita)27

O livro Oboe Reed Styles (1981) escrito por Ledet analisa várias amostras de palhetas,
como as já apresentadas neste trabalho, que remontam aos anos 60. Segundo Burgess e
Haynes (2004), já em 1981 a tendência era de serem atenuadas as diferenças entre as
palhetas das escolas Inglesa, Francesa e Alemã. Nos dias de hoje, essas diferenças são
ainda menos evidentes devido à procura de um ideal de som escuro por parte quer por
oboístas quer por orquestras. Outro motivo para esta estandardização e uniformização de
um único estilo europeu baseado na escola Alemã apresentado por Kilmer, em Oboe Reed
Styles (2008), é a evolução gradual das máquinas de goivar e talhar bem como a
industrialização que massifica e padroniza certas formas no corte da cana e na raspagem
das palhetas. Sendo assim, este trabalho foca-se não numa escola em específico, mas
num conjunto de características que criam um Estilo Europeu. A escolha das palhetas
com raspagem europeia reside nas escolas onde se inseriram os meus estudos. Numa
fase inicial do meu percurso, os professores que tive vinham da escola Alemã e só mais
recentemente tive um contacto direto com a escola Francesa. O pouco contacto com a
escola Americana deixa-me um pouco reticente em abordar as características desta,
ficando apenas o desejo de completar, mais tarde, este trabalho, com as técnicas de
construção de palhetas americanas.
Derivado de uma tentativa de inovar tecnologicamente, marcas como a Légère Reeds
comercializam palhetas feitas de polímeros sintéticos não influenciáveis pelas condições
de temperatura e humidade. Existem já no mercado palhetas simples de clarinete e
saxofone com bastante qualidade sendo que hoje em dia já muitos músicos profissionais
optam por esta alternativa. No entanto, o custo destas palhetas é mais alto que as palhetas
de cana. Tendo em conta um custo médio de aproximadamente 2€, por palheta de cana,

27Fonte: Ledet, D. A. (2008). Oboe Reed Styles. (R. Killmer, Ed.). Indiana: Indiana University
Press.

37
é possível verificar que o custo de uma palheta sintética, de aproximadamente 30€, é,
sensivelmente, 15 vezes superior.

Figura 27: Palheta de Saxofone Alto Légère28

No caso concreto das palhetas duplas de fagote e de oboé sintéticas, a sua


comercialização já é feita, mas a sua qualidade ainda não se compara à cana de origem
natural. Apesar da boa qualidade já apresentada, as palhetas sintéticas não proporcionam,
ao oboísta, a adaptabilidade que a cana possui, retirando a “individualidade tímbrica” das
palhetas, que Neuhaus (1998) refere.

Figura 28: Palheta de oboé Légère29

28Fonte: https://m.thomann.de/ie/legere_altsax_4_1_4.htm acedido a 05/10/2018.


29 Fonte: https://www.gear4music.pt/pt/Sopros-de-madeira-sopros-de-metal-cordas/Legere-
Oboe-Reed-European-Scrape-Medium-Hard-Strength-B-Stock/2I99 acedido a 05/10/2018.

38
Figura 29: Palheta de fagote Légère30

Relativamente às palhetas de oboé, estão disponíveis, para comercialização, ambas as


tendências principais de raspagem, a raspagem europeia e a raspagem americana. Isto é
um avanço tecnológico que poderá ser o futuro dos aerofones de palheta dupla mas, para
já, não é uma opção viável a nível financeiro.
Apesar do ponto positivo de resistirem às condições de temperatura e humidade, as
palhetas sintéticas são caracterizadas pela fácil emissão de som, requerendo pouco
esforço físico e pouco controlo da embocadura para a execução do instrumento, a afinação
instável, e dificuldade nas transições graduais de dinâmicas. Isto, aliado ao seu custo
excessivamente alto (cerca de 135€), torna as palhetas sintéticas uma opção muito pouco
viável, exceto na sua utilização em digressões, nas quais não serão sentidas as alterações
de clima.
Em suma, as palhetas compostas por cana garantem uma maior adaptabilidade que as
palhetas sintéticas e, por isso, torna-se importante a aquisição de competências que
permitam adaptar as primeiras. Sendo assim, torna-se necessário material de apoio, no
qual os oboístas se possam basear para tratarem e adaptarem as suas palhetas.

30 Fonte: https://www.mmimports.com/product/legere-bassoon-reed/ acedido a 05/10/2018.

39
40
Parte II: Projeto Educativo

41
42
2.1. Introdução

2.1.1. O ensino da construção de palhetas

Lehman (1965, p. 12) afirma que “após tocarem oboé durante um ano, os alunos devem
começar a tentar construir as suas palhetas, fazendo parte da sua formação. Ao fazer as
suas palhetas, os alunos poupam dinheiro, aprendem a cuidar das suas palhetas e a
ajustá-las de acordo com a sua embocadura e sua conceção de qualidade de som”.
Contudo, um ano talvez seja pouco para iniciar esta prática de construir palhetas visto que
a maioria dos alunos começam os seus estudos ainda bastante novos. Colocar facas e
acessórios afiados nas mãos de crianças pequenas seria perigoso pelo que o início da
aprendizagem da construção de palhetas deve ser feito assim que a maturidade do aluno
o permita. Ainda assim, processos que não envolvam materiais cortantes poderão ser
estudados desde cedo para que os alunos tenham também algum tempo para os
compreender passo a passo. Além disso, a pouca maturidade musical não permite que os
alunos, em apenas um ano, adquiram a sensibilidade para saber o timbre ideal ou qual a
resistência que a palheta deve oferecer.
Geralmente, em Portugal, o início do ensino da construção de palhetas é dedicado à
amarragem (verificar ponto 3.2.1.). Os professores optam por ensinar este processo numa
fase inicial do estudo do oboé, ou seja, com alunos bastante jovens. É, portanto, necessário
algum cuidado com o manuseamento de utensílios cortantes e, por isso, a amarragem é
uma boa opção para se iniciar o ensino da construção de palhetas, devido à pouca
utilização de lâminas.
Gisiger (2017, p. 23) retrata a sua aprendizagem do processo como o resultado de
“puros gestos de imitação daquilo que o professor fazia, procurando fazer um desenho ou
um formato que se assemelhasse a uma palheta. Modelos de moldes, não havia; medidas
padrão, não havia; modelos de tubos, não havia; espessura de goiva, não havia; técnicas
de montagem, não havia. Era tudo empírico”. Ora, esta falta de método pode ser explicada
pela falta de material escrito que explique todo o processo da construção de palhetas.
Numa fase mais avançada dos estudos em que o oboísta tenha conhecimentos
suficientes para desenvolver a sua abordagem ao instrumento, “o caminho mais curto é
adotar um sistema que funcione e deixa-lo evoluir. Isto quer dizer: ir estudar com alguém
cuja abordagem do instrumento seja próxima do que nos agrada e atrai, e partir do seu
sistema de palhetas para encontrar o nosso próprio sistema, um que traduza a nossa
verdadeira individualidade” (Lopes, 2012, p. 2).

43
Por experiência pessoal e pelos dados recolhidos em inquéritos é possível observar que
a aprendizagem do processo é feita, hoje em dia, ainda por via oral. Segundo Neuhaus
(1998), esta tradição é a principal razão de não existir muito material escrito que suporte o
estudo do estilo das palhetas europeias.

2.1.2. Porquê fazermos as nossas palhetas

Do ponto de vista do professor e do aluno, o processo de fazer palhetas é um dos


aspetos mais importantes na pedagogia do oboé. Fazer palhetas é uma parte inseparável
no processo de aprendizagem do oboísta para ser bem-sucedido (Ledet, 2008).
O oboé é considerado um dos instrumentos de sopro mais complexos. O oboísta deve
dominar não só os aspetos artísticos, mas também os manuais. Geralmente, o oboísta é
obrigado a ser mais um «faz-tudo» do que propriamente um músico (Schaeferdiek, 2007).
Também Henrique (2011) diz que o oboé apresenta dificuldades próprias e distintas em
relação aos outros instrumentos de madeira e afirma que além do problema que a obtenção
das palhetas constitui, convém referir que a simples mudança das condições atmosféricas
ou da temperatura o afeta.
“O domínio das técnicas de construção de palhetas requere um esforço de vários anos
e rouba muito tempo que podia ser melhor aproveitado no estudo técnico do instrumento.
Contudo, Será a palheta um obstáculo à aprendizagem do oboé?” (Neuhaus, 1998, p. 29).
Neuhaus (1998, p. 29) garante que apesar do longo processo de aprendizagem ser
acompanhado de alguma frustração, impaciência ou até desespero, “poucos são os
instrumentos que possuem a riqueza expressiva do oboé no que diz respeito à diversidade
de articulação, agilidade, coloração do som e contrastes de dinâmica, sendo precisamente
a palheta que permite esta versatilidade”.
Gisiger (2017, p.29) afirma que “tudo o que um oboísta faz depende do controle total de
uma rebelde peça de 72 milímetros (a palheta), que se altera de um momento para o outro,
por vezes perdendo a capacidade de emitir uma nota ou de se fazer um legato e um
staccato com precisão”.
“A aprendizagem da construção de palhetas faz parte da técnica instrumental tal como
as escalas ou os exercícios de sonoridade, e quando dominada transforma-se na grande
mais-valia do oboé, transformando-o num dos poucos instrumentos que pode adaptar-se
drasticamente às necessidades da peça a executar” (Lopes, 2012, p. 1). Então, os
oboístas, após dominarem a técnica de construção de palhetas, conseguem adaptar as
suas palhetas, não só ao repertório mas também às condições em que vão executar o
instrumento e, portanto, torna-se indispensável a aprendizagem dos procedimentos.

44
François Leleux (1971-), oboísta, maestro e solista internacional, em entrevista para o
documentário The Oboe Reed Making, de Linda Walsh, afirma que “para tocar o concerto
de Richard Strauss usa palhetas muito diferentes das que usa para tocar em orquestra.
Para tocar um concerto a solo, é necessário que as palhetas tenham uma afinação muito
estável para não despender energia necessária para ensaiar. Para tocar em orquestra, a
palheta é sempre adaptada ao repertório”. Leleux oferece ainda um conselho aos
estudantes de oboé: “sejam loucos e usem bastante tempo para fazerem experiências com
as palhetas de forma a terem uma certa experiência empírica quando forem profissionais.
Não existe uma técnica que torne as palhetas perfeitas pois a mesma palheta não funciona
exatamente da mesma forma com todos os oboístas. Todos têm diferentes fisionomias,
lábios, dentes e cavidades orais e, por isso, nunca devem tentar copiar exatamente a
técnica de construção de palhetas de outro oboísta, mas sim tentar criar um estilo de
palhetas próprio” (Walsh, 2008).
Também Brod (1963, p. 13) garante que “é totalmente necessário e útil saber fazer as
suas próprias palhetas (…). É possível adquiri-las já feitas com qualidade, quando feitas
por professores, mas é infinitamente mais vantajoso fazê-las, pois as palhetas devem estar
adaptadas à forma dos nossos lábios, dentes e, melhor que ninguém, nós sabemos dar o
toque final do qual depende a perfeição da execução da obra que estamos a trabalhar”.
Nicholas Daniel (1962-), solista internacional, afirma que os oboístas devem ser capazes
de ajustar as suas palhetas pois terão de o fazer consoante as diferenças de temperatura,
de humidade e até a tendência de afinação em certos países (Inglaterra ≤ 441 Hz e
Alemanha ≥ 442 Hz) (Walsh, 2008).
“O timbre, articulação, emissão do ar, afinação e flexibilidade são aspetos influenciados
diretamente pela palheta, a performance de um oboísta está intrinsecamente ligada à
qualidade da sua palheta” (Conceição, 2015, p. 22). A complexa estrutura da raspagem
das palhetas de oboé permite que as canas vibrem com estabilidade para que o oboísta
consiga executar o seu instrumento sem requerer demasiado esforço. Ora, se a raspagem
das palhetas de oboé fosse baseada num único corte com um ângulo constante, como é o
caso das palhetas simples (por exemplo as palhetas de clarinete), seria perfeitamente
escusado o ensino da construção de palhetas, mas, tendo em conta a sua especificidade
e a sua estrutura semicircular torna-se complicada a sua produção em massa. Tendo em
conta a origem natural da cana e a sua estrutura delicada, a cana é suscetível a mudanças
nas suas reações “conforme as condições de temperatura e humidade em que se encontra”
(Conceição, 2015, p. 22). Isto leva a que, com a mais subtil alteração nestas condições, a
cana deixe de vibrar como deveria. Este problema é sentido nas palhetas simples mas,
devido a possuírem duas canas, nas palhetas duplas o problema agrava-se pois “basta um

45
desequilíbrio numa das canas para a palheta ficar radicalmente diferente” (Conceição,
2015, p. 22).
Neuhaus (1998, p. 30) fala do aspeto da personalização das palhetas, citando um
pensamento de Ingo Goritzki: “somos afortunados porque temos a sorte de poder atingir,
através da construção de palhetas, uma personalidade tímbrica e musical absolutamente
individualizada. A quantidade de sonoridades distintas que uma cana, segundo o seu
desenho, é capaz de produzir num oboé é infinita. O timbre que alguns oboístas alcançam
é tão característico que, ao escutar uma gravação, um ouvido sensibilizado o reconhece
imediatamente. Como o oboé, só a voz humana tem a capacidade para alcançar esse nível
de individualidade tímbrica”.
A questão financeira é também um fator que justifica a construção manual das palhetas.
O custo de uma palheta profissional é elevado (entre 15 a 30€ dependendo do fabricante),
não existindo garantias de que a palheta irá funcionar na perfeição com todos os oboístas.
Por outro lado, um tudel tem um custo de cerca de 3€ e é reutilizável. Já a cana tem um
custo pouco superior a 2€. Feitas as contas e tendo em conta a durabilidade de um tudel,
o custo final de uma palheta feita manualmente é de pouco mais de 2€, uma diferença
considerável tendo em conta o custo de uma palheta comprada e o nível de personalização
que a mesma terá.
Para facilitar o processo de construção das palhetas foram criadas máquinas de
raspagem. Atualmente existem diversos fabricantes que apostam em máquinas que
deixam as palhetas praticamente prontas a tocar.

Figura 30: Máquina de raspar palhetas Reeds ‘n Stuff31

Sendo assim, com este avanço técnico será plausível fazer palhetas sem usar as
máquinas? Köster (2017) responde de forma afirmativa. Isto porque podemos comprar
canas ou palhetas em qualquer fase do processamento. As máquinas de raspagem apenas
nos podem ajudar se todo o processamento da cana for extremamente meticuloso. “As

31 Fonte: https://www.reedsnstuff.com/en/Oboe/Reed-Making-Machines/Profiling/Profiling-
Machine.html acedido a 01/10/2018.

46
máquinas não conseguem fazer boas palhetas a partir de uma cana com pouca qualidade.
Só depois de selecionar e remover a cana de baixa qualidade poderemos construir uma
palheta aceitável. (…) Infelizmente, todas as máquinas têm um aspeto em comum, (ainda)
nenhuma consegue construir uma palheta perfeita” (Köster, 2017, p. 46)

2.2. Construção e Implementação do Projeto

2.2.1. Objetivos

O objetivo geral deste projeto é a criação de um guia de construção manual de palhetas


duplas, escrito em Língua Portuguesa, que permita a qualquer oboísta contruir uma palheta
funcional. Qualquer oboísta pois este tipo de material pedagógico poderá ser útil quer para
alunos, quer para professores, amadores ou profissionais. A criação do guia não se justifica
se não existirem provas da sua qualidade e eficiência, portanto, é também objetivo testar
o livro, compreendendo se é explícito e se a sua aplicação no ensino de oboé em Portugal
é rentável.
Como foi já evidenciado, o ensino da técnica de construção de palhetas geralmente é
feito oralmente, o que obriga os professores a dispensar um pouco do tempo de aula ou
do seu tempo livre para transmitir tais conhecimentos e observar os alunos no decorrer do
processo empírico. Com este estudo pretende-se compreender se existe uma carência de
material escrito para o tema, de tempo letivo dedicado ao ensino da temática e se um
documento escrito, em Língua Portuguesa, aperfeiçoaria o ensino, em Portugal, dos
métodos de construção de palhetas. Pretende-se ainda criar material didático que possa
dispensar parcial ou totalmente um professor do ensino da construção de palhetas.
É fundamental voltar a referir que este projeto foca-se nas palhetas do Estilo Europeu
dada o contacto que o autor tem com a Escola Europeia (Alemã e Francesa) de oboé. O
pouco contacto e conhecimento empírico na matéria da Escola Americana impede que este
trabalho seja, para já, mais completo.

2.2.2. Construção do Guia

O guia foi construído através da análise de vários métodos de construção de palhetas.


Ao contrário do formato dos manuais de construção de palhetas existentes, em que é
apresentado apenas um método de obtenção de palhetas de oboé, neste guia é
apresentado um conjunto de possibilidades, de procedimentos, para cada fase do processo

47
(ver anexo 1). Então, o conceito deste documento não será fornecer a técnica de
construção da palheta perfeita, mas sim um conjunto de metodologias, que possa levar
cada oboísta, através da experiência empírica, a encontrar o seu próprio método.
A investigação realizada acerca das várias possibilidades de construção de palhetas
decorreu através da análise dos vários métodos de amarragem e raspagem, com os quais
tive contacto. Mais uma vez, como é tradição, principalmente na Europa, os conhecimentos
foram transmitidos oralmente, tendo por base a observação e a análise dos métodos.
Os métodos de amarragem foram recolhidos do contacto quer com professores que
acompanharam o meu percurso enquanto oboísta, quer com professores que orientaram
masterclasses que participei. Além desta via oral, alguns dos métodos foram
compreendidos após a visualização de alguns documentários e outros formatos
audiovisuais, bem como o estudo de alguns livros como Reliable Reeds, de R. Koster,
Manual de Cañas para Oboes, de R. Neuhaus, ou O Oboísta e a Palheta Dupla, de M.
Cardoso, entre outros.
Como já referido, iniciei os meus estudos com uma professora que se inseria na Escola
Alemã de oboé. Deste contacto retirei aquele que foi o método base das minhas palhetas
durante vários anos – o método de Raspagem Europeia/Curta Básica (partindo da ponta).
De seguida, tive contacto com um professor que se inseria na Escola Francesa de oboé,
que me levou a um método de raspagem um pouco diferente, mais complexo e que
necessita de uma sensibilidade maior, além de uma maior experiência empírica
nomeadamente no manuseio da faca. Daqui surge o meu atual método de raspagem – o
método de Raspagem Europeia/Curta Avançado.
Contudo, tendo em conta o objetivo do livro, de apresentar diversidade de métodos para
ajudar o maior número de pessoas, dois métodos de raspagem não chegariam,
principalmente tendo em conta as dificuldades experienciadas empiricamente em vários
anos de uma certa autonomia a nível da construção de palhetas. Surge então, através do
contacto com o orientador cooperante, Júlio Conceição, o método de Raspagem
Europeia/Curta Básica (partindo da base).
Após a recolha dos dados iniciou-se a idealização da possível estrutura do livro de forma
que a informação ficasse bem organizada, não causando dúvidas ao leitor. O livro,
inicialmente, teria 4 capítulos, um primeiro que abordasse o processamento da cana e toda
a maquinaria necessária para o fazer, um segundo capítulo que abordasse a amarragem
e todo o material necessário, além de uma breve explicação acerca do manuseamento de
alguns materiais, o terceiro capítulo apresentaria a raspagem e todos os matérias a ela
necessários, e finalmente o quarto e último capítulo que explicasse possíveis formas de
resolver certos problemas nas palhetas. Um dos objetivos do guia é tentar substituir total
ou parcialmente as demonstrações dos professores, poupando tempo de aula e

48
aumentando a autonomia dos alunos, portanto era preciso uma forma visual de apresentar
os conteúdos escritos. Foram então usadas fotografias captadas com a câmara de um
telemóvel XiaoMi Redmi Note 4 e de um telemóvel Huawei P7 Lite. A nível gráfico, ou seja,
desenhos esquemáticos, foi usado o programa Paint da Microsoft.
Foram então construídas algumas palhetas para que se pudesse captar, por via de
fotografias, cada passo executado em cada fase do processo de amarragem e raspagem.
De seguida, iniciou-se a construção do documento pelo capítulo da Amarragem, onde se
procurou apresentar entre duas a quatro possibilidades de proceder em cada fase. O
capítulo seguinte foi o da Raspagem. Neste capítulo, apesar da qualidade das fotos ser
relativamente boa, houve necessidade de criar desenhos esquemáticos que melhor
representassem as áreas da cana que deveriam ser raspadas. Após realizados os
desenhos no programa Paint passou-se à escrita do capítulo, onde são apresentados três
métodos de raspagem Europeia, dois mais simples ideais para iniciantes, podendo ser
perfeitamente usados por profissionais, e um mais complexo ideal para oboístas com
alguma experiência na construção de palhetas. Com este último método é possível
destacar melhor as características que o oboísta pretenda para o seu conceito de tocar
oboé.
Devido à impossibilidade de testar o livro nos temas do processamento da cana e
resolução de problemas, o primeiro e o último capítulo ficaram em suspenso para um dia
mais tarde o documento ser completado. Sendo assim, o guia, disponível no anexo 1, é
constituído apenas por dois capítulos – Amarragem e Raspagem.
No capítulo dedicado à amarragem de palhetas, é apresentada uma listagem do material
necessário, bem como a explicação do seu manuseio. A amarragem é descrita em cinco
fases:
 Preparação do Material: São apresentados e explicados diversos
procedimentos que podem ser realizados antes de iniciar a amarragem.
 Pré-Amarragem: São descritas três alternativas de início da amarragem que
fecham o espaçamento entre as lâminas de cana.
 Amarragem: São apresentados duas metodologias de amarragem que fixam a
cana ao tudel.
 Nó: São expostos 4 nós diferentes para finalizar a amarragem.
 Pós-Amarragem: Nesta última fase, a palheta já se encontra amarrada. Assim,
são apresentados apenas alguns conselhos para garantir uma palheta de
melhor qualidade.

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No capítulo dedicado à raspagem, são apresentados os materiais necessários, sendo
explicado o manuseio dos mesmos. Neste capítulo é apresentada, sob a forma de
esquema, a “anatomia” da raspagem de palhetas europeias. De seguida, são apresentados
os três métodos de raspagem propostos:
 Método de Raspagem Europeia/Curta Básica (partindo da base)
 Método de Raspagem Europeia/Curta Básica (partindo da ponta)
 Método de Raspagem Europeia/ Curta Avançada
Nestes métodos são abordadas as três fases da raspagem:
 Pré-Raspagem: Nesta fase, a palheta é aberta de forma que as lâminas de cana
estejam separadas.
 Raspagem: As palhetas são raspadas de acordo com o método, de forma que
as lâminas de cana vibrem com a passagem do ar.
 Raspagem da Base/Ponta: Nesta fase é finalizada a estrutura da raspagem de
acordo com o método em questão.
Finalmente, são apresentadas técnicas que finalizam a raspagem, deixando-a funcional.

2.2.3. Implementação do projeto

Para a implementação do projeto, foi organizado um workshop, dedicado à construção


palhetas duplas, dividido em duas partes, onde seria apresentado e testado o documento
criado, Guia de Construção de Palhetas Duplas – para Oboístas (ver anexo 1). As duas
sessões do workshop decorreram nas instalações da Academia de Música de Vilar do
Paraíso, em dois sábados consecutivos (12 e 19 de maio de 2018), no período da manhã,
com a duração de 3 horas cada sessão (entre as 9h30 e as 12h30).
Neste estudo, a amostra é finita (número limitado de participantes), não intencional e
não probabilística, devido à escolha dos alunos ser feita através da disponibilidade e/ou
conveniência dos mesmos. Para este estudo, interessava a participação de alunos dos
mais variados graus de ensino. Foi imposto um limite máximo de 10 vagas para a
realização do workshop, das quais apenas 6 foram preenchidas.
Todas as identidades são salvaguardadas e, por isso, anónimas. São usados nomes
como Participante 1 para as identificar. A amostra é constituída por 6 participantes:

50
 O participante 1 é do sexo masculino, tem 12 anos de idade e frequenta o 3º
grau de oboé na Academia de Música de Espinho (escola em regime oficial).

 O participante 2 é do sexo masculino, tem 19 anos de idade e frequenta o 2º ano


de licenciatura em Música na Universidade de Aveiro.

 O participante 3 é do sexo feminino, tem 15 anos de idade e frequenta o 5º grau


de oboé na Academia de Música do Grupo Coral de Esmoriz (escola em regime
não oficial).

 O participante 4 é do sexo masculino, tem 13 anos de idade e frequenta o 4º


grau de oboé no Conservatório de Música de Águeda (escola em regime oficial).

 O participante 5 é do sexo feminino, tem 15 anos de idade e frequenta o 5º grau


de oboé na Escola Profissional de Música de Espinho (escola em regime oficial).

 O participante 6 é do sexo feminino, tem 14 anos de idade e frequenta o 5º grau


de oboé na Escola Profissional de Música de Espinho (escola em regime oficial).

A primeira sessão, realizada a 12 de maio de 2018, destinava-se à amarragem de


palhetas de oboé, sendo testado, pelos participantes, o capítulo referente a este tema.
Durante a realização desta sessão, os participantes deveriam analisar os conteúdos do
livro, de forma a preencher uma ficha (figura 31) que os orientaria na escolha dos vários
procedimentos para cada fase do processo de amarragem.
Esta ficha permitia, aos alunos, organizar as combinações de procedimentos
escolhidas, de forma que todas as possibilidades, para cada fase da amarragem, fossem
testadas pelo menos uma vez. As fichas, devidamente preenchidas, estão disponíveis no
anexo 14.

51
Figura 31: Ficha orientadora das combinações na amarragem das palhetas

A segunda sessão, realizada a 19 de maio de 2018, destinava-se ao teste do capítulo


do guia dedicado à raspagem. Nesta sessão, os participantes deveriam analisar os
conteúdos do livro, de forma a escolherem o(s) procedimento(s) de raspagem que iriam
testar. Devido à falta de experiência por parte dos alunos optou-se por apenas testarem os
dois métodos básicos, indicados para iniciantes na construção de palhetas, tendo apenas
o participante 2 realizado o método avançado de raspagem.

52
Parte III: Ferramentas de Obtenção de Dados

53
54
3.1. Construção das Ferramentas de Obtenção de Dados

Para a validação deste trabalho, é necessária a recolha de alguns dados. Para este
efeito, foram utilizadas algumas ferramentas de obtenção de dados, dentro das quais, a
realização de inquéritos por questionário, a professores e alunos, em diferentes fases de
construção e implementação do projeto. Assim sendo, foi construído um inquérito geral a
professores e alunos, implementado no início do projeto, de forma a obter dados
importantes para a construção do guia manual de construção de palhetas e para a análise
do ensino das metodologias de construção de palhetas, em Portugal. De seguida, foram
construídos outros dois inquéritos, implementados nas fases pré e pós workshop, tendo
como objetivos averiguar os conhecimentos já adquiridos, pelos alunos, acerca da
construção de palhetas, e avaliar de forma direta a qualidade e a organização dos
conteúdos apresentados no livro. Durante o workshop, foi ainda realizada a observação
direta da atividade, de forma a obter dados que permitissem uma avaliação e a eventual
reformulação do documento proposto.
De seguida, passamos a descrever estas mesmas ferramentas.

3.1.1. Inquéritos Gerais a Professores

Foi realizado, através da plataforma de Formulários do Google, um inquérito online


destinado a professores, com o objetivo de aferir de que forma é lecionada a construção
de palhetas de oboé em Portugal e qual a necessidade de criação de um documento
escrito, em Língua Portuguesa, abordando o tema. Os inquéritos abrangiam quer escolas
em regime oficial, quer escolas em regime não oficial para que a amostra fosse mais
abrangente. Foram recolhidas respostas de 24 professores. Nesta parte do estudo era
importante uma amostra ampla para que, através da análise das respostas aos inquéritos,
fosse possível perceber o panorama do ensino de oboé em Portugal.
Os inquéritos realizados a professores procuravam perceber de que forma são
lecionados os conteúdos da construção de palhetas. Isto inclui a ordem por que são
abordadas as fases do processamento das palhetas, os graus de ensino em que é iniciada
a instrução das mesmas, os suportes pedagógicos e o período letivo em que é feita a
instrução.

55
3.1.2. Inquéritos Gerais a Alunos

À semelhança do ponto anterior, foi realizado, através da plataforma de Formulários do


Google, um inquérito online destinado a alunos. Os inquéritos abrangiam quer escolas em
regime oficial, quer escolas em regime não oficial para que a amostra fosse mais
abrangente. Foram recolhidas respostas de 48 alunos. Nesta parte do estudo era
importante uma amostra ampla para que fosse possível perceber o panorama do ensino
de oboé em Portugal.
Os inquéritos destinados aos alunos procuravam perceber qual o nível de instrução da
amostra, tendo em conta as idades e graus de ensino, qual a necessidade sentida
relativamente à existência de um livro que suportasse o estudo dos métodos de construção
de palhetas e quais as fases consideradas mais complexas.
No final, de forma a chegar a uma conclusão acerca da eficácia do guia e do estado do
ensino do processamento das palhetas em Portugal, foram analisados todos os inquéritos
e todo o decorrer do workshop.

3.1.3. Inquéritos Pré-workshop

Na sequência do workshop, no início da sessão dedicada à amarragem, os participantes


foram submetidos a um questionário (figura 32). Este procurava aferir a fase de estudo em
que se encontravam relativamente à construção de palhetas, isto é, se teriam já iniciado a
aprendizagem, ou não, do tema, e com que regularidade praticavam os processos. Além
disto, o inquérito procurava conferir a regularidade com que era lecionado o tema da
construção de palhetas e a existência de uma possível carência de tempo de aula para a
instrução deste tema.
As respostas aos inquéritos estão disponíveis no anexo 14.

56
Figura 32: Inquérito Pré-Workshop

3.1.4. Inquéritos Pós-workshop

No final do curso, os alunos responderam a mais um questionário (figura 33) que


procurava descobrir possíveis falhas no guia, e avaliar a eficácia do livro tendo em conta o
pouco tempo que tiveram para o testar. Procurou-se, ainda, averiguar se o livro poderia
substituir, total ou parcialmente, um professor na instrução dos métodos de construção de
palhetas e se outro tipo de formatos, como vídeo, poderiam ajudar a compreensão dos
conteúdos.
As respostas aos inquéritos estão disponíveis no anexo 14.

57
Figura 33: Inquérito Pós-Workshop

Através da análise dos inquéritos e dos resultados do workshop, é possível entender se


o livro será uma boa ferramenta para, possivelmente, ser adotado como suporte
pedagógico no ensino de oboé em Portugal, combatendo a carência de tempo letivo
dedicado à aprendizagem dos métodos de construção de palhetas.

58
3.2. Análise dos dados

3.2.1. Inquéritos Gerais a professores

Foram recebidas 24 respostas de professores ao questionário. Tendo em conta o


número de escolas de ensino especializado em música existentes no país, pode parecer
um número pequeno, mas se tivermos em conta que as classes de oboé são, geralmente,
pequenas e que grande parte dos professores têm a necessidade de lecionar em várias
escolas simultaneamente para terem saúde financeira, então este número de respostas
torna-se um número significativamente alto para o panorama nacional do ensino de oboé.
Destas 24 respostas, foi possível verificar que 20 professores lecionam em escolas em
regime oficial, sendo que 5 destes lecionam, também, em escolas em regime não oficial.
Isto sustenta a ideia de que os professores acabam por lecionar em várias escolas
simultaneamente, tornando esta amostra bastante completa.

Gráfico 1: Número de professores a lecionar em escolas de diferentes regimes

À pergunta “Costuma fazer palhetas para os seus alunos?”, 21 professores


responderam afirmativamente, o que dá uma percentagem de 87,5%. Os restantes 3
professores, 12,5% dos inquiridos responderam negativamente.

59
Gráfico 2: Percentagem de professores que fazem palhetas para alunos

A mesma estatística aparece relativamente ao ensino do processamento das palhetas.

Gráfico 3: Percentagem de professores que ensinam os alunos a fazer palhetas

Dos 3 professores que não ensinam a fazer palhetas, nenhum vende palhetas aos
alunos. No entanto, dois destes pedem aos alunos que comprem as palhetas em lojas
especializadas.

60
Gráfico 4: Respostas à pergunta “vende palhetas feitas por si aos alunos?”

Gráfico 5: Respostas à pergunta “pede aos alunos que comprem palhetas em lojas especializadas?”

Dos 21 professores que ensinam os alunos a fazer palhetas, todos iniciam a instrução
entre o 1º e 6º grau, sendo que 11 (52,4%) optam por começar entre o 3º e o 4º grau.

Gráfico 6: Graus de ensino em que se inicia o ensino do processamento das palhetas

61
Analisando o seguinte gráfico podemos constatar que que 95,2% dos 21 professores
iniciam o ensino das palhetas pela amarragem.

Gráfico 7: Fases do processamento das palhetas abordadas inicialmente

O método de instrução mais comum, dentro dos 21 professores, é a demonstração,


seguida do recurso a desenhos e vídeos online. A pouca adesão aos livros poderá ser
causada pelo pouco material escrito disponível em Língua Portuguesa, que, segundo
Neuhaus (1998), resulta da forte tradição europeia de transmitir os conhecimentos
oralmente.

Gráfico 8: Métodos de ensino das palhetas

Dos 21 professores, 15 (71,4%) dedicam algum tempo da aula de oboé para transmitir
os conhecimentos sobre a construção de palhetas.

62
Gráfico 9: Respostas relativas ao uso do tempo de aula para instruir a construção de palhetas

Face ao gráfico 10, é possível reparar uma clara falta de conhecimento de manuais de
palhetas escritos em Língua Portuguesa. As, apenas, 4 respostas positivas devem-se,
sobretudo, à falta de documentação escrita.

Gráfico 10: Respostas relativas ao conhecimento de manuais de palhetas em Língua Portuguesa

Quando questionados acerca da utilização de um livro como suporte pedagógico, no


caso da existência do mesmo, os professores mostraram-se bastante recetivos com 15
respostas positivas e 6 respostas não conclusivas.

63
Gráfico 11: Respostas relativas ao uso de um manual como suporte didático

A mesma estatística é observada quando questionados se um livro ajudaria a poupar


tempo de aula e a desenvolver mais autonomia nos alunos.

Gráfico 12: Poupança de tempo de aula com o recurso do livro

Quando questionados acerca de outros possíveis suportes didáticos, apenas 17


professores responderam, nomearam o formato de vídeo como o a ferramenta mais precisa
e eficaz para complementar um livro.

64
3.2.2. Inquéritos Gerais a Alunos

Foram recebidas respostas de 48 alunos ao questionário. As idades dos inquiridos


variam entre os 14 e os 26 anos.

Gráfico 13: Idades dos alunos inquiridos

A amostra apresenta uma diversidade considerável de anos de experiência, entre 3 a


15 anos. Cerca de metade dos inquiridos estudam oboé há 9 ou mais anos.

Gráfico 14: Anos dedicados ao estudo de oboé

Os alunos inquiridos encontram-se a estudar entre o 5º grau e o mestrado, sendo que


o maior número de respostas veio de alunos entre o 8º grau e a Licenciatura. Apenas dois
alunos estudam em escolas não oficiais, enquanto 46 estudam em escolas oficiais.

65
Gráfico 15: Grau académico dos alunos inquiridos

Gráfico 16: Regime de ensino das escolas frequentadas pelos inquiridos

Dos 48 inquiridos, 93,8% (45) mostraram ficar frustrados quando a palheta apresenta
algum problema.

Gráfico 17: Frustração sentida face a problemas nas palhetas

66
Apenas 3 dos 48 inquiridos não começaram ainda a fazer palhetas.

Gráfico 18: Respostas relativas à formação a nível de palhetas

Quando questionados acerca da existência de um manual escrito em Língua


Portuguesa, apenas 3 alunos responderam positivamente.

Gráfico 19: Conhecimento de manuais em Língua Portuguesa

Todos os alunos demonstraram uma certa necessidade de obter material didático que
os ajude a construir palhetas sem a ajuda do professor.

67
Gráfico 20: Necessidade de existir um manual em Português

A amarragem e a raspagem apresentam-se como as fases mais trabalhadas dentro


desta amostra de alunos. Tendo em conta os graus em que se encontram os inquiridos, é
normal a existência de 8 alunos que já estudaram o processamento da cana.

Gráfico 21: Fases do processamento das palhetas já iniciadas

As fases do processamento das palhetas têm dificuldades próprias. Quando


questionados acerca da fase mais complexa, 35 (77,8%) dos inquiridos elegeram a
raspagem a mais difícil. Dada a pequena percentagem de alunos que já iniciou os estudos
no processamento da cana, é natural que esta fase seja a menos votada para a mais difícil.

68
Gráfico 22: Dificuldades apresentadas ao longo do processamento das palhetas

O gráfico 22 demonstra a realidade dos alunos de oboé que geralmente amarram as


palhetas mas deixam a raspagem para os professores. Tendo a amarragem como ponto
de partida no ensino das palhetas, é natural que esta seja a realidade de 46,7% dos
inquiridos, especialmente, quando 58,3% dos inquiridos não se encontra no ensino
superior.

Gráfico 23: Respostas à pergunta "geralmente quem faz as tuas palhetas?"

No gráfico 23 é possível observar que apenas 31,1% dos inquiridos tem total autonomia
para adaptar as suas palhetas, um número inferior ao número de alunos no ensino superior
desta amostra.

69
Gráfico 24: Autonomia dos alunos quando têm problemas nas palhetas

Quando questionados acerca da utilização que dariam a um manual de palhetas,


apenas 18 alunos responderam que usariam o livro como método de aprendizagem das
fases que ainda não estudaram. No entanto, 37 responderam que consultariam o livro
quando tivessem dúvidas concretas.

Gráfico 25: Utilidade de um manual de palhetas

À semelhança dos professores, os alunos inquiridos elegem o formato de vídeo como o


melhor suporte pedagógico para a construção de palhetas.

70
3.2.3. Inquéritos Pré-Workshop

Foi pedido aos seis participantes do workshop que respondessem a um questionário


que procurava perceber qual a regularidade com que praticavam a construção de palhetas.
Daqui se retirou que dois dos participantes nunca tinham feito palhetas, enquanto, dos
restantes quatro, apenas um fazia palhetas regularmente.
Os alunos foram, também, questionados acerca do nível de dificuldade do
processamento das palhetas. Nesta pergunta apenas um aluno deu a pontuação máxima,
sendo esse o único que regularmente faz palhetas. As restantes respostas indicam que a
dificuldade da construção de palhetas é alta ou mediana, fruto, talvez, da falta de
experiência que têm no processo. Contudo, a média de dificuldade apontada é de 4, entre
1 e 5.
Dos 6 participantes, 4 alegam sentir falta de tempo de aula para trabalhar a construção
de palhetas, enquanto os outros 2 dizem não sentir falta de tempo para explorar o tema.
Quando questionados acerca da regularidade com que trabalham a construção de
palhetas com os professores, todos os participantes demonstraram ter um trabalho algo
escasso do tema.
Todos os alunos declararam que um livro poderia ajudá-los a aprender e a desenvolver
a técnica de construção de palhetas.

3.2.4. Inquéritos Pós-Workshop

Após a conclusão do workshop, foi pedido aos participantes que preenchessem um


último questionário para que fosse possível avaliar a eficácia do livro.
Quanto à eficácia do livro, todos os participantes assumiram que o livro se apresenta
como um material pedagógico útil e eficaz.
Os alunos consideraram explícita e boa a qualidade e a organização da informação,
quer em texto, quer em imagens. Apenas uma aluna classificou a qualidade da informação
como mediana.
Todos os alunos consideraram as imagens explícitas e capazes de demonstrar com
precisão cada passo a realizar.
Quanto à capacidade de construírem uma palheta funcional usando o livro como
recurso, sem qualquer orientação de um professor, as respostas dividem-se. Quatro
participantes pensam que o recurso do livro não seria suficiente para construírem as suas
palhetas. Os restantes dois participantes consideram que seriam capazes de obter
palhetas funcionais usando apenas o livro como recurso.

71
Todos os alunos afirmam que o formato de vídeo poderia facilitar a compreensão das
fases a realizar.

3.2.5. Workshop

Durante a primeira sessão de amarragem do workshop, foi possível averiguar que os


alunos apresentaram poucas dúvidas. Os alunos que nunca tinham feito palhetas foram,
inclusive, capazes de amarrar algumas palhetas apenas com o recurso do livro. Contudo,
ocorreram algumas dúvidas, nomeadamente num dos estilos de amarragem. Os alunos
não se queixavam da falta de qualidade das imagens mas sim da dificuldade do estilo de
amarragem. Relativamente aos nós, alguns alunos apresentaram dúvidas devido à pouca
precisão das fotos num dos métodos (ver anexos 1 e 14). O resultado desta sessão foi
bastante positiva pois, além das poucas dúvidas, apenas uma foi causada por uma
imprecisão do manual e, além disso, todos os participantes conseguiram montar as suas
palhetas, abordando todas as hipóteses para cada fase. Todas as palhetas foram
montadas usando o livro como recurso, tendo o orientador sido requisitado apenas em
caso de dúvidas.
Durante a sessão de raspagem do workshop, foi possível observar que os participantes
perceberam bem os conteúdos apresentados no livro. Porém, surgiram dificuldades em
todos no manuseio da faca. Excetuando o Participante 2, sendo o mais experiente, todos
tiveram dúvidas relativamente à pressão que deviam fazer com a faca na cana. Este tipo
de dúvida não é facilmente resolvido através da explicação quer oral, quer escrita.
Visualmente é possível esclarecer estas dúvidas até certo ponto, mas só a experiência,
com a prática, pode levar à resolução do problema. No entanto, outro problema detetado
teve a ver com a qualidade das facas que apresentavam lâminas pouco afiadas, o que
origina complicações na raspagem, principalmente com iniciantes. Infelizmente, apenas
um dos participantes, o mais experiente, conseguiu raspar quatro palhetas. Os restantes
encontraram dificuldades desde a primeira palheta e, por isso, apenas conseguiram raspar
duas.
O balanço do curso acabou por ser bastante positivo apesar de pequenas falhas
detetadas.

72
3.3. Discussão dos Resultados

De um ponto de vista estatístico, a amostra do inquérito a alunos abrange idades entre


os 14 e os 26 anos, variando também a experiência e o número de anos que já dedicaram
ao estudo de oboé, entre 3 a 15 anos. Variam, também, os graus de ensino em que se
encontram, entre o 5º grau do ensino básico e o mestrado.
A amostra do inquérito a professores demonstra a realidade dos professores de oboé
em Portugal, que precisam de lecionar em várias escolas simultaneamente. Por vezes,
alguns professores dão aulas em escolas em regime oficial e escolas em regime não oficial.
Além disto, alguns professores, devido à distância entre as escolas, chegam a ter de
percorrer vários quilómetros para dar aulas.
A amostra do workshop revelou-se pouco abrangente a nível de idades, entre 12 e 19
anos. Contudo, a nível de graus de ensino a amostra abrange alunos entre o 3º grau do
ensino básico e o 2º ano de licenciatura.
No que diz respeito ao estudo em concreto, relativamente ao inquérito de professores
foi possível observar que, tal como Neuhaus (1998) postula, o ensino da construção de
palhetas é feito sobretudo oralmente e baseada em demonstrações, o que obriga à
ocupação de algum tempo de aula com o trabalho de palheta. Isto deve-se não só à
tradição já instalada na Europa, mas, também, à falta de suporte didático. A nível dos
materiais didáticos, escritos em Língua Portuguesa, para o ensino da construção de
palhetas existe uma clara lacuna. Apenas 4 professores afirmam ter conhecimento de
manuais de palhetas escritos em Português. No entanto, a grande maioria dos professores
considera que um manual de palhetas seria uma boa ferramenta para complementar o
ensino de oboé, oferecendo mais autonomia aos alunos e poupando tempo de aula para
abordar o tema.
Segundo os dados recolhidos, a realidade de Lehman (1999) verifica-se em Portugal,
visto que os professores abordam o tema das palhetas logo nos primeiros anos de estudo
de oboé, entre o 1º e o 6º grau. Podemos ainda observar que a Amarragem é o primeiro
ponto a ser abordado por 95,2% dos professores. Sendo a fase que menos recurso faz de
lâminas afiadas, é natural que surja primeiro no ensino devido à pouca maturidade das
crianças para manusear objetos afiados.
Lopes (2012) afirma que “não é possível fazer boas palhetas sem tocar bem, sendo que
não é possível aprender a tocar bem sem dispor de boas palhetas! Como quebrar este
ciclo? Como sempre se fez ao longo da história do instrumento: o professor faz palhetas
adequadas ao aluno até este criar critérios de aferição”. Pelos resultados dos inquéritos,

73
verifica-se que esta é a tendência em Portugal, visto que 21 dos 24 professores
confessaram fazer palhetas para os alunos.
Relativamente aos inquéritos a alunos é possível verificar que a maioria (95,8%) estuda
em escolas em regime oficial, o que faz sentido tendo em conta que as classes de oboé de
escolas em regime não oficial geralmente são muito reduzidas. Apesar de mais extensas,
as classes de oboé nas escolas oficiais raramente ultrapassam os 10 alunos.
Tendo em conta a amostra com alunos entre o 5º grau do ensino básico e o mestrado
é possível ter uma boa noção do panorama nacional do ensino de oboé. Mais uma vez, a
lacuna existente a nível de suporte pedagógico é notória, visto que apenas 3 alunos
afirmaram conhecer manuais de palhetas. Esta falha no sistema de ensino de oboé traz
problemas aos alunos, tais como frustração quando as palhetas apresentam problemas. A
existência de mais material pedagógico certamente ajudaria os alunos a resolver muitas
anomalias nas palhetas e, consequentemente, a baixar o nível de stress psicológico
causado por problemas nas palhetas. Esta afirmação é sustentada pelo facto de todos os
alunos acharem necessária a existência de manuais de palhetas escritos em Língua
Portuguesa.
Mais de 90% dos alunos inquiridos já começaram a amarrar e raspar as próprias
palhetas, sendo, portanto, capazes de definir pessoalmente a fase mais complexa. Dos
inquiridos, 35 alunos consideram a raspagem a fase mais difícil. Sustentado pelos
resultados do workshop é possível afirmar que a maior dificuldade no processo de
raspagem vem da falta de experiência no manuseio da faca. A faca é um objeto que deve
ter a lâmina extremamente bem afiada, possuindo um gume ligeiramente orientado para a
direção da raspagem de forma que a cana seja raspada e não cortada ou arrancada. O
que acontece na maioria dos casos é que a faca encontra-se em mau estado, quer por a
lâmina estar pouco afiada quer por uma má orientação do gume, e os alunos não
conseguem perceber se necessitam de exercer mais ou menos pressão com a lâmina na
cana.
Tendo em conta os graus de escolaridade dos inquiridos, naturalmente, a maioria (80%)
já constrói as próprias palhetas ou faz uma das partes do processo, geralmente a
amarragem, sendo esta a primeira fase a ser abordada. A autonomia dos alunos
relativamente às palhetas mostra-se bastante baixa, com apenas 31,1% dos inquiridos a
apresentarem-se capazes de ajustar as próprias palhetas. Esta percentagem é inferior à
percentagem de alunos que se encontram a estudar no ensino superior (41,6%). Isto revela
que alguns alunos do ensino superior não possuem, ainda, a destreza ou os
conhecimentos necessários para criar a sua autonomia na construção das palhetas. Isto
pode originar um sucesso escolar inferior devido ao tempo «perdido» com as palhetas que
poderia e deveria ser aproveitado para estudar o instrumento.

74
Relativamente ao workshop de palhetas duplas de oboé, a amostra, apesar de limitada
e até reduzida, a extensão de níveis de escolaridade é diversificada e traz, já, algumas
conclusões nomeadamente à qualidade do manual. À semelhança dos resultados dos
inquéritos online a alunos, os participantes demonstraram ter alguns conhecimentos acerca
das palhetas, nomeadamente a nível da amarragem. No entanto, dois participantes nunca
tinham feito palhetas ou abordado o assunto.
A falta de experiência e de necessidade em fazer as palhetas poderá ter afetado
algumas respostas relativas à dificuldade do processo. Contudo, a média contabilizada
indica que o processo de construção de palhetas é um tema bastante complexo. Segundo
os dados recolhidos, o tema é pouco abordado em aula e 4 alunos consideram que não
existe tempo letivo suficiente para trabalhar estes aspetos. Os restantes alunos não
mostraram carência de tempo para trabalhar a construção de palhetas. Dadas as idades
dos participantes, é possível que alguns ainda não sintam uma carência de tempo para
trabalhar o tema pois são os professores que fazem as suas palhetas e, sendo assim, não
sentem necessidade de explorar o assunto.
Apesar das críticas positivas ao guia, nomeadamente à sua estrutura e boa qualidade
de informação e fotos, os participantes sentiram alguma dificuldade em algumas fases. Da
sessão de amarragem, foi possível perceber que a informação se apresenta de uma forma
explícita, o que ajudou os alunos a montarem as palhetas sem grandes dificuldades. Isto é
suportado pelo facto de os alunos que nunca tinham feito palhetas terem cumprido o
objetivo de amarrar 5 palhetas com bastante qualidade.
Da sessão de raspagem, retira-se a falta de eficácia do livro para demonstrar a pressão
que devia ser exercida na faca para raspar as palhetas. Contudo, o manuseio da faca foi o
principal problema apontado, pois os métodos de raspagem apresentaram-se bem
explícitos, especialmente com o recurso de desenhos esquemáticos das palhetas que
permitiam uma melhor noção das áreas a raspar.
Das reações dos alunos, é possível afirmar que o livro é bastante eficaz, cumprindo o
objetivo de apresentar vários métodos quer de amarragem, quer de raspagem, de forma
explícita, organizada e com recurso a imagens de boa qualidade. Contudo, as dificuldades
apresentadas pelos alunos demonstram que o guia não substitui na íntegra a supervisão
de um professor. Os alunos apresentam ainda o formato de vídeo como um bom
complemento ao livro para algumas questões que o formato de texto não é capaz de
demonstrar.

75
3.4. Conclusões

Os objetivos principais deste projeto educativo foram a criação de um documento acerca


da construção de palhetas de oboé, escrito em Língua Portuguesa (ver anexo 1), que
apresentasse, não um método, mas vários métodos e possibilidades para cada fase do
processo, e aferir se o mesmo seria capaz de substituir um professor na tarefa de instruir,
os alunos, na prática da construção de palhetas. Para isto, foram analisados diferentes
métodos de construção de palhetas, quer por minha experiência com diferentes
professores e escolas, quer com a análise de diversos vídeos, documentários e livros. A
partir das informações recolhidas surgiu um livro, resultado de uma compilação de
metodologias diferentes.
Inicialmente foi pensada a elaboração de um livro dividido em quatro secções. Tendo
em conta a implementação do projeto, esta ideia foi de imediato refutada pois não existiria
oportunidade de testar todos os conteúdos. O resultado final foi, então, um documento
dividido em duas secções que permitia abordar a amarragem e a raspagem das palhetas.
Desta forma, foi pensado ceder cópias do livro a alguns professores de oboé para que
pudessem testar o livro com alunos. No entanto, dada a ambição de editar, mais tarde, o
livro, esta ideia não pôde ser realizada de forma a não haver cópias do livro já em
circulação. Assim, surgiu a ideia de realizar um workshop que serviria de teste ao livro,
podendo abranger oboístas de todas as idades e níveis de formação (ver anexo 14).
Da análise da revisão bibliográfica podemos concluir que as técnicas de construção de
palhetas são um aspeto fundamental na formação de um oboísta. A acústica e as
condições de uma sala são fatores que podem influenciar positiva ou negativamente as
palhetas, o que torna a capacidade de ajustar as palhetas indispensável aos oboístas. Além
da questão dos ajustes relativos a alterações na palheta, o oboísta é capaz de criar uma
certa individualidade no seu som e conceito de tocar oboé. Foi importante perceber o fator
histórico das escolas de oboé que ao longo do tempo têm vindo a uniformizar-se. Um
aspeto negativo observado foi a carência de documentação escrita em Língua Portuguesa,
restringindo o uso de suportes pedagógicos. Por fim, o ponto essencial ao estudo foi
perceber que as metodologias de ensino das técnicas de construção de palhetas são feitas,
de acordo com a tradição, oralmente, devido à falta de suporte pedagógico escrito em
Língua Portuguesa, o que origina, positivamente, uma diversidade de modelos de palheta
e, negativamente, uma certa falta de uniformização de métodos de ensino.
Com os resultados do estudo realizado aos 24 professores, foi possível perceber que o
ensino das metodologias é realizado, geralmente, pela mesma ordem, Amarragem –
Raspagem – Processamento da cana. Verificou-se que todos os professores demonstram

76
os processos de forma que os alunos possam imitar, optando por vezes por recorrer a
vídeos como complemento ao ensino. No entanto, estas metodologias de ensino, como foi
possível aferir, são consequência de uma carência de documentação escrita em Língua
Portuguesa que se adeque ao máximo número de oboístas. Foi, também, interessante
averiguar que os professores ensinam os alunos a fazer palhetas nos primeiros anos de
estudo de oboé, sendo o 3º e o 4º grau os preferidos para o início desta formação.
Com o estudo realizado aos 48 alunos, foi possível perceber que a raspagem é um
método considerado, na generalidade, bastante complexo, e que, devido à falta de material
pedagógico, obriga os alunos a recorrer aos professores quando têm problemas com as
palhetas. Um dado curioso foi o facto de, em 48 inquiridos, apenas 15 têm autonomia para
fazer as suas palhetas sozinhos e apenas 14 são capazes de ajustar as suas palhetas
quando ocorre algum problema. O facto curioso vem do número de respostas de alunos do
ensino superior, 20. Percebe-se que alguns alunos de nível superior ainda não são
autónomos para construir e ajustar as suas palhetas. Juntamente com os dados dos graus
em que se inicia o ensino da construção de palhetas, é possível assumir que existe pouco
trabalho neste aspeto, consequência da falta de tempo para o mesmo efeito. Quando
comparada uma aula de oboé com uma aula de outro instrumento vemos que as exigências
da construção de palhetas tornam o tempo de aula de oboé escasso para trabalhar este
aspeto essencial na formação dos oboístas.
Em relação ao workshop, com a amostra, embora limitada, mas representativa da
realidade nacional, não é possível generalizar os resultados obtidos acerca da qualidade
do guia. No entanto, dentro da amostra, o documento mostrou ser eficaz e explícito na
informação que apresentava, cumprindo o objetivo de substituir parcialmente um professor
na tarefa de instruir este conteúdo. Não dispensado o acompanhamento do professor, o
objetivo de criar um suporte pedagógico escrito em Língua Portuguesa foi, também,
alcançado, superando as expetativas, sobretudo no capítulo da amarragem, com o qual,
alunos que nunca tinham construído palhetas, foram capazes de amarrar palhetas, num
espaço de algumas horas.
No futuro seria interessante completar o livro de forma a atingir a ideia inicial de criar
um livro completo, que pudesse ajudar todos os oboístas, abordando qualquer estilo de
palhetas e verificar quanto aperfeiçoaria o ensino das palhetas, com a implementação
deste documento, como material didático. Seria, também, interessante verificar a eficácia
do livro com professores e músicos profissionais, para um melhor controlo da qualidade do
livro.
É importante salientar que a construção de palhetas é um processo que requer muita
prática e tempo para aperfeiçoar até atingir uma completa autonomia. A falta de tempo de

77
aula para o ensino deste tema, implica que a autonomia, necessária a um músico
profissional, surja apenas mais tarde.
Em suma, esta investigação deu-me a conhecer alguns aspetos, sobretudo a nível
histórico, que nunca tinha abordado antes, serviu para compreender como são ensinadas
as técnicas de construção de palhetas e a criar um documento escrito, em Língua
Portuguesa, que poderá ser introduzido na lista de suporte pedagógico de muitas classes
de oboé nacionais.

78
Parte IV: Relatório de PES (Prática de Ensino
Supervisionada)

79
80
4.1. Descrição e Caracterização da Instituição de Acolhimento

4.1.1. As instalações

Integrada a rede de escolas de ensino particular e cooperativo (Decreto-Lei 152/2013,


de 4 de novembro), e com cursos artísticos especializados financiados pelo Ministério de
Educação, através de Contrato de Patrocínio (Portaria 140/2018, de 16 de maio), a
Academia de Música de Vilar do Paraíso (AMVP) é uma escola de artes com três
departamentos, Música, Teatro e Dança. Foi fundada, em 1979, pelo professor e atual
diretor Hugo Berto Marques Coelho, e esteve sediada, até ao final do ano letivo 2008/09,
na Rua Camilo Castelo Branco, nº 20 – Vilar do Paraíso, V. N. de Gaia. No ano letivo
2009/10, mudou-se para as suas novas instalações, com a atual morada Rua do Cruzeiro,
nº 49 – Vilar do Paraíso, V. N. de Gaia.

Figura 34: Academia de Música de Vilar do Paraíso32

As novas instalações, da autoria do arquiteto português Joaquim Massena, são


constituídas por três núcleos: o primeiro, central, com um piso apenas, liga os outros dois
e contém situados os serviços administrativos, a receção e a tesouraria; do lado esquerdo,
com dois pisos, encontra-se o núcleo dedicado à dança e ao teatro; finalmente, à direita,
com três pisos, situa-se o núcleo dedicado à música. Possui, ainda, um piso abaixo do rés-
do-chão, onde ficam situados o bar, o refeitório, a biblioteca e o auditório principal. Nas
redondezas da escola existem jardins, um campo de jogos e um parque de

32Fonte: http://www.hager.pt/servicos/obras-de-referencia/43128.htm?referenceid=21 acedido a


16/10/2018.

81
estacionamento. A sua localização está estrategicamente próxima das escolas de ensino
básico e secundário das freguesias de Vilar do Paraíso e Valadares para facilitar o
transporte entre escolas.
Desde 2007, a AMVP possui autonomia pedagógica, lecionando cursos oficiais de
música e de dança, desde o pré-escolar até ao secundário, com modalidades de frequência
de cursos nos regimes Articulado (Cursos oficiais em articulação com as escolas do
ensino regular), Integrado (Cursos oficiais com aglutinação dos estudos gerais e estudos
artísticos), Supletivo (Cursos oficiais sem articulação com as escolas do ensino regular) e
Livre (Cursos não oficiais). Desde 2003, leciona o curso livre de teatro musical e, desde
2015, o curso de jazz e música moderna para o nível secundário, nos regimes livre e oficial.
Os mais de 800 alunos, que se distribuem entre estes cursos, são maioritariamente do
concelho de Vila Nova de Gaia. As turmas de regime integrado têm um limite de vinte
alunos para que o ensino seja mais eficiente. A idade mínima para a inscrição de alunos é
de 3 anos, não existindo limite de idade máxima.
Pedagogicamente, as preocupações dominantes são a qualidade do seu ensino
nomeadamente na dinamização de vários grupos instrumentais, corais, de dança e de
teatro que são orientados através de uma interação ativa e criativa de forma a dotar os
alunos com as competências necessárias às exigências da sociedade e do mercado de
trabalho atual. Estas classes têm participado em diversos concertos, festivais, concursos
e outras iniciativas de carácter cultural, quer nacional quer internacionalmente, tendo sido
reconhecida com alguns prémios. A AMVP, entre 1987 e 2005, organizou Festivais
Internacionais de Música para Jovens, em Gaia, onde se relacionou com diversos
agrupamentos europeus, sul-americanos e africanos. Dinamiza ainda semanas culturais,
com cursos de aperfeiçoamento musical, concursos e estágios, contando com a presença
de vários professores e artistas de reconhecido valor artístico.
Condecorada com a Medalha de Mérito Municipal (classe de ouro), pela Câmara
Municipal de Vila Nova de Gaia, a AMVP é uma escola de onde singraram diversos alunos
para carreiras artísticas reconhecidas nacional e internacionalmente.

82
4.1.2. Órgãos de Gestão e Organização Escolar

A Direção Executiva é o órgão máximo de administração e gestão nas áreas


administrativa, financeira e pedagógica da AMVP e é constituída por:

 Hugo Berto Coelho


 Luísa Coelho
 Victor Hugo Coelho (Diretor Logístico)

A Direção Pedagógica, nomeada pela Direção Executiva, é o órgão que coordena a


ação educativa, representando a Academia no Ministério da Educação e Ciência, e preside
o conselho pedagógico, certificando a qualidade do ensino. Encarregue de planificar e
promover o cumprimento de atividades curriculares e culturais, é constituída por:

 Alexandra Mendes
 Gonçalo Morais
 Luísa Coelho

O Conselho Pedagógico é o órgão que discute e propõe sobre os assuntos de


natureza pedagógica. É constituído por:

 Alexandra Mendes
 Daniela Azevedo
 Gonçalo Morais
 João Guimarães
 Luísa Coelho
 Mário Alves
 Sérgio Castro
 Teresa Amaral

83
Os Delegados de Grupo Disciplinar representam os demais professores nas reuniões
dos departamentos de formação vocacional e geral, em articulação com o Conselho
Pedagógico, assumindo a coordenação pedagógica dos seus grupos disciplinares. Dos
diversos grupos disciplinares, são delegados:

 Ciências musicais: Teresa Amaral


 Teclas e percussão: Mário Alves
 Cordas dedilhadas: Ana Sofia Silva
 Cordas friccionadas: José Pedro Henriques
 Sopros: Filipe Fonseca
 Canto e Classe de Conjunto: Alexandra Moura
 Línguas: Conceição Morais
 Ciências sociais e humanas: Rúben Campos
 Ciências naturais e exatas: Lurdes Oliveira
 Expressões: José Silvares

O Conselho de Diretores de Turma, responsável pela articulação e uniformidade de


procedimentos nas várias turmas de regime integrado, é constituído por:

 Alexandra Távora
 Carla Figueiredo
 Carla Gageiro
 Carla Santos
 Cláudia Abrantes
 Cristina Martins
 Filipa Fava
 José Silvares
 Marta Amorim
 Patrícia Silva
 Rúben Campos
 Rui Pereira
 Rute Castro
 Sara Lima
 Sérgio Castro

84
A Associação de Pais e a Associação de Estudantes representam, respetivamente,
os pais e/ou encarregados de educação dos alunos e os alunos da comunidade escolar da
AMVP. Sempre que se justifique, estas associações podem colaborar com os órgãos de
gestão e administração da AMVP.

O corpo docente é constituído por 107 professores. O corpo não docente integra 16
elementos – 3 técnicos administrativos, 13 técnicos operacionais da ação educativa e 1
psicóloga. A AMVP dispõe ainda de Serviços Administrativos, que asseguram o
atendimento geral e encarregam-se de tarefas administrativas; Tesouraria, que gere e
efetua pagamentos e recebimentos; Biblioteca e Mediateca; Reprografia; Bar;
Refeitório; Salas de Estudo, vocacionadas para a realização de trabalhos de casa e
estudo individual ou orientado; Serviço de Apoio Psicológico e Psicopedagógico, que
asseguram todo o trabalho de orientação vocacional dos alunos; e Serviço de Nutrição,
que regula o funcionamento do bar e da cantina com planos de alimentação saudável.

Figura 35: Organograma funcional da AMVP

85
4.1.3. Oferta Educativa

A AMVP leciona cursos que abrangem três áreas artísticas: Música, Dança e Teatro.
O curso de Música é lecionado nos regimes integrado, articulado, supletivo e livre. Neste
curso, os alunos aprendem a tocar um instrumento, a solo e em conjunto. Tem como
objetivos gerais incutir o gosto pela música desenvolvendo competências musicais e
motoras; o trabalho individual, coletivo e interdisciplinas entre as diferentes vertentes,
estimulando a comunicação e a partilha; a geração de novos públicos e a preparação do
aluno para o mundo do trabalho.
O curso de Dança é lecionado em regime integrado. Os objetivos gerais propõem
melhorar o conceito de dança como uma forma de arte, motivando para uma maior
sensibilidade estética e expressiva e aumentando capacidades como a consciência
corporal.
A academia leciona ainda cursos livres, com programas próprios, de música, dança,
teatro musical, jazz e música moderna. Dentro do 1º Ciclo do ensino básico, a AMVP
leciona cursos de iniciação musical e iniciação à dança, disponíveis para crianças com
idades a partir dos 3 anos.

Figura 36: Oferta educativa da AMVP

86
Definidos e aprovados pelo Ministério da Educação e da Ciência, os planos curriculares
dos cursos oficiais que a AMVP ministra são:
a) Acordeão
b) Bandolim
c) Canto
d) Clarinete
e) Contrabaixo
f) Dança
g) Fagote
h) Flauta de bisel
i) Flauta transversal
j) Formação musical
k) Guitarra clássica
l) Harpa
m) Oboé
n) Órgão
o) Percussão
p) Piano
q) Saxofone
r) Trombone
s) Trompa
t) Trompete
u) Tuba
v) Violeta
w) Violino
x) Violoncelo

O Regime Integrado aglomera a formação geral e artística, possibilitando uma


compatibilidade de horários e deslocações. Procura desenvolver a obtenção de saberes
nas diferentes disciplinas, promovendo um espírito crítico e sensibilidade estética.
No Regime Articulado, os alunos frequentam duas instituições de ensino: um para a
formação geral e a AMVP para a formação artística. Para poder usufruir deste regime, a
Academia deve ter um protocolo com a outra escola que o aluno frequenta. Tal como
integrado, visa desenvolver a obtenção de conhecimentos nas componentes.
O Regime Supletivo funciona como um complemento à formação integral dos alunos.
Este tem demonstrado uma diminuição no número de alunos, pois optam pelos dois
regimes anteriores já que são subsidiados na totalidade.

87
Ao contrário do supletivo, o Regime Livre tem aumentado no número de matrículas,
explicado por uma procura de melhor adaptação dos alunos no 1º ciclo. Não tem restrição
de idade, começando no pré-escolar até à idade adulta. O curso livre deixa o aluno escolher
as disciplinas que quer frequentar de forma isolada.

4.1.4. Regulamento Interno

Aprovado a 6 de novembro de 2014 e revisto a 29 de julho de 2015, o regulamento


interno da AMVP tem como propósito aclarar as normas gerais e específicas da AMVP,
dos seus órgãos de administração e gestão e das estruturas de orientação educativa.
Define os direitos e deveres dos membros da comunidade escolar, para que todos possam
contribuir de forma ativa na escola e no seu projeto educativo. Este encontra-se disponível
no site da Academia e no anexo 3 deste trabalho.
O capítulo I fornece informações sobre a estrutura e os serviços, estando dividido em 3
secções: órgãos de administração e gestão; órgãos representativos e auxiliares; serviços
funcionais. No capítulo II é apresentada a oferta educativa onde constam: cursos e planos
curriculares; provas; material; matrículas, transferências e horários; avaliação;
apresentações públicas; organização do ano letivo; regime de faltas; atividades
extracurriculares; propinas e mensalidades. No capítulo III são indicados os direitos e
deveres da comunidade escolar, em relação aos: alunos; docentes; pessoal administrativo
e auxiliar da ação educativa; pais e/ou encarregados de educação; comunidade escolar. O
capítulo IV menciona as disposições finais.
No anexo A é possível observar um organograma funcional da academia. No anexo B
é apresentada a Biblioteca escolar. O anexo C contém o regulamento da prova de aptidão
artística. No anexo D são expostas as medidas disciplinares corretivas e sancionatórias.

4.1.5. Regulamento do Quadro de Mérito e Excelência

Disponível no site da AMVP e no anexo 4, o Quadro de Mérito e Excelência da Academia


de Música de Vilar do Paraíso tem como principal objetivo valorizar o empenho dos seus
alunos.
Para cada ano escolar dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário (regimes
integrado, articulado e supletivo), é criado um quadro de mérito que consiste numa lista de
alunos que satisfizeram as condições estipuladas pelo regulamento lei. Nesta lista são
avaliadas a média das classificações finais das componentes gerais e artísticas, a
assiduidade e pontualidade, o relacionamento com os outros e o cumprimento de regras

88
básicas de convivência social. De forma a congratular os alunos inseridos no quadro de
mérito, a AMVP organiza uma cerimónia, com data e local designado pela mesma, onde
toda a comunidade deve estar presente.

4.1.6. Docentes

O corpo docente é composto por 28 professores do ensino regular e 79 do ensino


artístico, o que faz um total de 107 professores.

No departamento de Dança os docentes são:


 Dança clássica: Alexandra Mendes, Ana Francês, Bárbara Teixeira, Cátia
Esteves, Joana Espanha, João Pinto;
 Dança criativa: Alexandra Mendes, Ana Francês, Bárbara Teixeira, Cátia
Esteves;
 Dança contemporânea: Joana Espanha e Raquel Rua;
 Danças tradicionais: Marina Vasques;
 Expressão criativa: Mário Gonçalves

Os docentes do departamento de Teatro Musical são:


 Alexandra Moura
 Ana Santos
 Emanuel Henriques
 João Guimarães
 Joana Espanha
 Marta Mota
 Miguel Amorim
 Patrícia Franco
 Patrícia Quinta.

No departamento de Música, os professores são:


 Análise e técnicas de composição: Ângela Lopes e Nuno Jacinto
 Acústica: Rui Pedro Sampaio
 História da cultura e das artes: Enóe Ferrão
 Iniciação Musical: Ana Madruga, Diana Gonçalves, Ricardo Baptista e Rui
Rodrigues

89
 Formação Musical: Cláudia Vasconcelos, Diana Gonçalves, Sara Lima e
Teresa Amaral
 Canto: Alexandra Moura, Emanuel Henriques e Patrícia Quinta
 Coro infantil: Ana Madruga e Rui Rodrigues
 Coro Juvenil: Bruno Pereira
 Classe de Conjunto Vocal: Iryna Horbatyuk e Patrícia Quinta
 Acordeão: Liliana Aparício
 Clarinete: Joana Vieira e Manuel Moura
 Contrabaixo: Nuno Campos
 Fagote: José Pedro Figueiredo
 Flauta de bisel: João Rocha
 Flauta transversal: Carolina Ferreira e Joaquim Pereira
 Guitarra clássica: Augusto Pacheco, Ana Sofia Silva, Firmino Gomes, Gonçalo
Morais, José Avelino e Paulo Andrade
 Harpa: Ana Paula Miranda
 Piano: Anabela Gomes, Ana Raquel Cunha, Elsa Sofia Silva, Isabel Sá, Mário
Alves Pedro Ludgero, Sandra Meister e Tatiana Ioffe
 Saxofone: António Filipe Fonseca
 Violoncelo: Ana Isabel Oliveira e Bruno Cardoso
 Trombone: Joel Santos
 Trompa: Marco Maia
 Trompete: André Ribeiro e Luís Filipe Pinho
 Tuba: Nelson Carvalho
 Percussão: Luís Oliveira e Luís Felipe Santiago
 Violino: Andras Burai, José Pedro Henriques, Luís Trigo e Ricardo Camarinha
 Violeta: Carina Rocha
 Oboé: Júlio Conceição
 Ensemble de Flautas: Joaquim Pereira
 Grupo de Percussão (GP-AMVP): Luís Arrigo
 Orquestra Clássica: Ernesto Coelho
 Orquestra de Cordas: Ricardo Camarinha
 Orquestra de Guitarras: Augusto Pacheco, Ana Sofia Silva, Gonçalo Morais e
Paulo Andrade
 Orquestra Orff: Ricardo Batista
 Orquestra de Sopros: Luís Filipe Pinho

90
 Pianista acompanhador/a: Cecília Pereira, Pedro Ludgero, Olga Vasilyeva e
Miguel Amorim

No curso de Jazz e Música Moderna os professores são:


 Nuno Campos
 Pedro Neves
 Marceel Royo
 Mariana Vergueira
 Leandro Leonet

Os docentes das áreas de formação geral são:


 Português: Andreia Amaral, Alexandra Paiva, Carla Santos, Conceição Morais,
Cristina Martins, Filipa Fava e Teresa Livramento
 Francês: Andreia Amaral
 Inglês: Cristina Martins, Miriam Alves, Manuel Oliveira e Raquel Perestrelo
 Alemão: Raquel Perestrelo
 Espanhol: Carla Santos
 Italiano: Maria Pia Mottini
 Matemática: Belmira Azevedo, Carla Gageiro, Cláudia Abrantes, Lurdes
Oliveira, Manuela Arminda Oliveira, Marta Amorim e Patrícia Silva
 Ciências Naturais: Cláudia Abrantes, Raquel Sousa e Rute Castro
 Geografia: Daniela Azevedo
 Educação Visual: Alzira Guedes e Rui Pereira
 Educação Física: Carla Figueiredo e José Silvares
 Físico-Química: Lúcia Pinto
 História: Daniela Azevedo, Rúben Campos e Sérgio Castro

4.1.7. Missão e objetivos

A AMVP tem por missão assegurar um ensino com qualidade e excelência em áreas
artísticas como a Música, a Dança e o Teatro Musical. A AMVP pretende dotar os seus
alunos de competências técnico-artísticas e como assegurar o desenvolvimento do gosto
e da sensibilidade para as artes. Herdeira de um percurso cultural e artístico, existe pela
paixão pelas artes e pelo gosto de ensinar, possibilitando uma educação intimamente
ligada ao gosto de aprender. A AMVP procura um ensino que cria seres humanos mais
críticos, criativos, inovadores, autónomos, participativos e responsáveis, apresentando-se

91
como uma escola com valores sociais e morais, atenta e preocupada com a integração,
vivência, segurança e sucesso dos alunos.
Proporciona ensino artístico especializado, selecionando e identificando alunos com
potencial e aptidão das áreas da música, dança e teatro. Fomenta valores humanistas nas
vertentes educativa, artística e sociocultural garantindo um desenvolvimento humano
através do ensino artístico.

Figura 37: Valores da AMVP

A AMVP procura apoiar e dinamizar a formação e qualificação dos seus colaboradores


para possuir um corpo docente que articule competências curriculares com pedagógicas e
humanas.
Fomenta o desenvolvimento de competências artísticas, humanas, socioculturais,
científicas e tecnológicas, sensibilizando os alunos para o respeito e defesa do património

92
cultural e artístico e formar públicos atentos, assíduos e críticos em relação à programação
cultural.
Estimula a colaboração com outras instituições e organismos para a realização de
atividades e projetos de interesse comum. Daqui surgem parcerias e protocolos com várias
escolas e fundações como:
 Escolas EB 2/3: Valadares, Soares dos Reis, Sophia de Mello Breyner, Teixeira
Lopes, Vilar de Andorinho, Fontes Pereira de Melo e Santa Marinha
 Escolas Secundárias: Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, Almeida Garrett,
António Sérgio, Dr. Manuel Laranjeira e Oliveira do Douro
 Agrupamentos de Escolas: Fernando Pessoa (Stª Maria da Feira), Stª Bárbara
(Fânzeres, Gondomar) e de Fiães
 Colégios: Nossa Sr ª da Bonança, Internato dos Carvalhos
 Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa
 Universidade de Aveiro
 Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa
 Mountview Academy of Arts
 Escola Profissional de Gaia
 Escola Profissional de Espinho
 Aprender e Saber, Centro de Formação
 Junta de Freguesia de Mafamude e Vilar do Paraíso
 Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia - Gaianima
 Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)
 Fundação de Serralves

A AMVP tem vindo a desenvolver e promover vários projetos como:


 Projeto de solidariedade
 Olimpíadas da matemática
 Exposições temáticas
 Comemorações
 Intercâmbio escolar e visitas de estudo
 Concertos/audições/espetáculos
 Concursos

93
4.2. Caracterização da Classe

4.2.1. A Classe de Oboé

A Academia de Música de Vilar do Paraíso tem um professor de oboé, Júlio Conceição,


que assegura a formação instrumental de 6 alunos de oboé, distribuídos da seguinte forma:

Nível de Nº de Nº total de
Regime Área Grau
ensino alunos alunos
1º 1
Integrado Música Básico 3º 1 5
5º 3
Supletivo Música Secundário 6º 1 1
Tabela 1: Classe de oboé da AMVP

4.2.2. O professor Cooperante – Júlio Conceição

O professor Júlio Conceição iniciou os estudos de oboé com o professor Aldo Salvetti,
em 2010, tendo, em 2001, ingressado na Escola Profissional de Música de Espinho, na
classe de oboé do mesmo professor.
É Mestre em Ensino da Música pela Universidade de Aveiro. Licenciou-se em Música
na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto, na classe de oboé do
professor Ricardo Lopes, tendo aulas posteriormente com os professores Nélson Alves e
Pedro Ribeiro.
Realizou cursos de aperfeiçoamento orientados por Alex Klein, Thomas Indermühle,
Philipe Gonzales, Christian Wetzel, David Walter e François Lelleux.
Realizou trabalho de orquestra com a Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra de
Sopros Minho-Galaica, Orquestra da ESART, Orquestra Sinfonieta da ESMAE, Orquestra
do Norte, Remix Orquestra Barroca, Orquestra de Câmara do Minho, Orquestra Clássica
do Centro, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra Nacional do Porto e Orquestra
Gulbenkian.
Já lecionou na Academia de Perosinho e na Academia Valentim Moreira de Sá.
Atualmente é professor de oboé na Academia de Música de Paços de Brandão, Academia
de Música de Vilar de Paraíso, Academia de Música de Espinho e Tuna Musical de Anta.33

33 Informações cedidas pelo docente

94
De um ponto de vista metodológico, com base nas aulas observadas, o professor
sempre proporcionou um ambiente calmo e saudável, adequando as metodologias a cada
aluno e necessidades reveladas. Usou os métodos expositivo, imitativo, interrogativo,
demonstrativo e ativo. Em várias aulas, o professor usou ainda técnicas como a simulação
e a descoberta por resolução de problemas. Apresentou-se um professor calma, paciente,
respeitador e compreensivo, incutindo nos alunos a importância de estudarem de forma
organizada, regular, com recurso do metrónomo e afinador.

4.2.3. Os Alunos

Foram-me selecionados três alunos na Prática de Ensino Supervisionada (PES), em


conformidade com o horário do professor e orientador cooperante, Júlio Conceição, de
modo a ficar com pelo menos dois graus distintos. Devido ao reduzido número de alunos
na classe, os alunos selecionados para a minha prática pedagógica de coadjuvação letiva
foram os mesmos que integraram a participação em atividade pedagógica do orientador
cooperante.

4. Aluno A

O aluno A é do sexo feminino e tem 14 anos. Frequenta o 5º grau do regime integrado,


tendo iniciado os seus estudos musicais aos 10 anos de idade, no ano letivo 2013/2014,
na AMVP, na classe do professor Júlio Conceição. Tem aula individual de oboé à segunda-
feira, entre as 09h20 e as 10h05, e, em conjunto com outro aluno, à sexta-feira, entre as
08h30 e as 09h15. O segundo horário foi o escolhido para a assistência e coadjuvação.
É uma rapariga muito calma mas detentora de um problema de saúde, dislexia, que a
impede de evoluir a um ritmo normal. Durante o ano letivo, a aluna demonstrou pouco
interesse e, devido à sua condição, apresentou dificuldades na leitura de partituras e no
uso de metrónomo, com o qual não conseguia sincronizar a pulsação.
A nível de provas, o nervosismo é uma característica bem evidente na aluna, não
conseguindo superá-lo.
A nível técnico e performativo, apresentou sempre dificuldades, um som pouco
consistente e alguma falta de interesse e de confiança, o que implicou um repertório menos
exigente do que o adequado a um 5º grau. Deve trabalhar sobretudo a afinação e estudar
com metrónomo, com o máximo nível de concentração e uma postura mais correta e
relaxada.

95
5. Aluno B

O aluno B é do sexo masculino e tem 14 anos. Frequenta o 5º grau do regime integrado,


tendo iniciado os seus estudos musicais aos 10 anos de idade, no ano letivo 2013/2014,
na AMVP, na classe do professor Júlio Conceição. Tem aula individual de oboé à segunda-
feira, entre as 13h45 e as 14h30, e, em conjunto com outro aluno, à sexta-feira entre as
08h30 e as 09h15. O segundo horário foi o escolhido para a assistência e coadjuvação.
O aluno B é um rapaz calmo mas bastante enérgico. É um aluno bastante intuitivo,
revelando facilidades a nível musical. É um aluno que estuda regularmente e apresenta os
conteúdos bem assimilados. A evolução do aluno é prejudicada pela qualidade do
instrumento, com algum desgaste.
A nível de provas, apresenta algum nervosismo inicialmente, conseguido superá-lo
rapidamente.
A nível técnico e performativo, apresentou sempre os conteúdos solicitados com uma
boa execução. Deve trabalhar um pouco mais os aspetos de afinação e adotar uma postura
e embocadura mais relaxada.

6. Aluno C

O aluno C é do sexo feminino e tem 10 anos. Frequenta o 1º grau do regime integrado,


tendo iniciado os seus estudos musicais aos 8 anos de idade, no ano letivo 2015/2016, na
AMVP, na classe de oboé do professor Júlio Conceição. Tem aula individual de oboé à
sexta-feira entre as 09h20 e as 10h05.
É uma rapariga muito querida e simpática. Inicialmente era reservada mas, com o
desenrolar das aulas, demonstrou-se bastante brincalhona e extrovertida. É uma rapariga
com bastantes facilidades na execução do oboé, detentora de um excelente som, mas um
pouco desorganizada. Infelizmente, a partir do 2º período, as facilidades levaram-na a não
estudar regularmente, originando problemas de solfejo, principalmente a nível rítmico.
A nível de provas apresenta-se, desde início, bastante confiante, o que a ajuda a
alcançar bons resultados.
A nível técnico e performativo, deve estudar mais regularmente para que, aliada às
facilidades que possui, progredir mais rapidamente. Uso de metrónomo é bastante
aconselhado à aluna pois demonstra pouca estabilidade na pulsação.

96
4.3. Planificações e Relatórios de Aulas Coadjuvadas e
Assistidas

4.3.1. Aluno A – 1º Período

Aluno A 5º Grau
13/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 1
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Dó Menor
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV41:a3 (1º andamento)

Descrição da aula assistida


A aula iniciou-se com a execução da escala de Dó Menor natural articulada, seguida da
escala de Dó Menor harmónica ligada e da escala de Dó Menor melódica articulada, todas,
numa extensão de duas oitavas. Seguiu-se a execução do arpejo de Dó menor no qual a
aluna demonstrou alguns problemas de afinação nas notas agudas, já evidenciados nas
escalas. O professor aconselhou a aluna a relaxar a embocadura e a apoiar as notas
agudas com mais velocidade de ar e não com o apertar da palheta à medida que ia subindo
no registo.
De seguida, a aluna tocou o primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de Telemann.
Esta peça tinha sido já lida em aulas anteriores e sido selecionada para trabalho de casa
com indicações de estudo com metrónomo e afinador. A aluna apresentou alguns
problemas de solfejo, nomeadamente de imprecisão rítmica e em particular no ritmo

siciliano ( ). Tentou-se resolver estes problemas com exercícios rítmicos utilizando


semínimas e colcheias, num andamento lento. A aluna foi sensibilizada para um estudo
mais regular e mais consciente em casa.
Para trabalho de casa ficaram marcadas as escalas e arpejo de Dó Menor para que a
aluna trabalhasse melhor a afinação do registo agudo, o estudo 26 do método de G. A.
Hinke e o primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de Telemann.

97
Aluno A 5º Grau
20/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 2
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Si Maior
 G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 26)
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV41:a3 (1º andamento)

Descrição da aula assistida


A aula foi iniciada com a escala de Si Maior com uma extensão de duas oitavas. A aluna
demonstrou alguns erros de notas o que revelou falta de estudo da escala. Além disto a
afinação do registo agudo revelou-se bastante alta devido à aluna apertar a palheta, motivo
esse que levou o professor a sugerir exercícios de relaxamento da embocadura. O
professor aconselhou a aluna a dedicar algum de tempo de estudo às escalas não só para
melhorar a técnica de dedos mas também a técnica de embocadura.
De seguida foi executado o estudo 26 de Hinke. Tendo sido visto na aula individual
anterior, a aluna tinha este estudo marcado como trabalho de casa para melhorar a sua
técnica com recurso do metrónomo e afinador. A aluna apresentou sinais de tensão que
resultaram numa técnica de dedos extremamente presa enquanto tocava. Algumas destas
tensões era derivadas da técnica de respiração extremamente centrada na inspiração. A
aluna foi alertada que a técnica de respiração no oboé baseia-se bastante mais na
expiração do que na inspiração por ser gasto muito pouco ar durante a performance.
Por fim, a aluna executou o primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de Telemann.
Nesta aula, o solfejo da peça estava muito bem estudado. Contudo, a afinação do registo
agudo continuou um problema que foi trabalhado ao longo da aula. O professor sugeriu
que a aluna fizesse exercícios com palheta para dar estabilidade à sua embocadura e,
simultaneamente, relaxar a mesma de forma a controlar melhor a afinação e qualidade do
timbre.
Como trabalho de casa, ficou marcada a escala de Si Maior, o estudo 26 do método de
G. A. Hinke e o primeiro e segundo andamento da Sonata em Lá Menor de Telemann.

98
Aluno A 5º Grau
27/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 3
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Si Maior
 G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 19)
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV41:a3 (1º andamento)

Descrição da aula assistida


A aula começou com a realização da escala de Si Maior num âmbito de duas oitavas,
seguida do respetivo arpejo maior e arpejo de sétima da dominante, também, numa
extensão de duas oitavas. Foi pedido à aluna que fizesse as escalas e arpejos articulados
e ligados para melhorar a técnica.
A seguir, a aluna executou o estudo 19 de Hinke demonstrando alguns problemas de
solfejo, nomeadamente rítmicos. Os problemas rítmicos foram trabalhados com
metrónomo numa velocidade mais lenta para que a aluna conseguisse sentir a divisão do
tempo. O estudo está escrito na tonalidade de Si Maior e a aluna, durante a execução,
esquecia-se algumas vezes da armação de clave errando as algumas notas. A aluna foi
aconselhada a estudar mais concentrada e, sobretudo, estudar sempre com o metrónomo
e o afinador. O professor aconselhou a aluna a estudar em velocidades lentas e ir
gradualmente acelerando sugerindo uma aceleração entre 2 e 4 bpm (batimentos por
minuto).
No fim da aula a aluna fez uma leitura do segundo andamento da Sonata em Lá Menor
de Telemann. Foram notadas dificuldades no solfejo, desde notas trocadas a ritmos
errados. Contudo, a aluna respeitou sempre a articulação escrita. Foi pedido à aluna que
tocasse num andamento lento, com o metrónomo para estabilizar o tempo, de forma a
resolver a questão das notas. Tratando-se de um andamento rápido (Spirituoso), o
professor aconselhou utilizar a colcheia como unidade de tempo para facilitar a leitura das
notas e do ritmo durante o estudo.
Para trabalho em casa, foi pedida a escala de Sol Sustenido Menor, o estudo 19 do
método de G. A. Hinke e o primeiro e segundo andamento da Sonata em Lá Menor de
Telemann. A aluna foi sensibilizada para o estudo com metrónomo, sendo sugerido como
objetivo apresentar a peça num valor entre 60 a 75 bpm.

99
Aluno A 5º Grau
03/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 4
Interrupção Intercalar

Aluno A 5º Grau
10/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 5
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras, de leitura e de expressividade através da prática do
instrumento.
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Objetivos aspetos referentes à postura.
Gerais Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala de Sol Sustenido Menor – 5 min.
Conteúdos
G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 19) – 17,5 min.
Através dos métodos imitativo, expositivo, interrogativo, demonstrativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.

100
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas
Solfejar e entoar.
Tocar com o uso do metrónomo.
Escala de Sol Sustenido Menor
Escala cromática em duas oitavas, de Si2 (grave) a Si4 (agudo)
TPC
G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 20)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (1º andamento)

Descrição da aula coadjuvada


Iniciou-se com a escala de Sol Sustenido Menor natural ligada, numa extensão de duas
oitavas. A aluna demonstrou algumas falhas que se revelaram ser de desconcentração
após pedir que a aluna repetisse a escala. De seguida a aluna tocou uma só vez as escalas
de Sol Sustenido Menor harmónica, com todas as notas ligadas, e melódica, com todas as
notas articuladas.
A seguir, a aluna apresentou o estudo 19 de Hinke, tendo demonstrado algumas falhas
momentâneas de notas. Foram notados sinais de ansiedade na aluna aquando da
performance, o que originou alguma irregularidade no tempo e falhas rítmicas. Para
regularizar a pulsação, foi pedido à aluna que tocasse, com o metrónomo, num andamento
confortável.

Aluno A 5º Grau
17/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 6
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Sol Sustenido Menor
 Escala Cromática de Si
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (1º andamento)

Descrição da aula assistida


A aluna iniciou a aula executando apenas uma vez as escalas de Sol Sustenido Menor
natural, harmónica e melódica, numa extensão de duas oitavas.
De seguida, a aluna apresentou a escala cromática no âmbito entre as notas Si2 e Si4
utilizando articulações diversas. Foi pedido que a aluna tocasse a escala toda ligada, toda

101
articulada, com duas notas articuladas e duas ligadas ( ), com três notas ligadas e

três articuladas ( ) e com duas notas ligadas e uma articulada ( ).


Durante o tempo restante, a aula foi lecionada na sala em que se encontrava o pianista
acompanhador. A aluna tocou uma vez o primeiro andamento e demonstrou dificuldades
em manter a pulsação e o movimento siciliano no início. Sensibilizou-se a aluna para as
questões da pulsação e da precisão rítmica e deu-se início a mais uma passagem do
andamento com o piano. Desta vez, a pulsação manteve-se estável e o ritmo foi bastante
preciso. Contudo, a aluna foi informada dos seus movimentos corporais excessivos que
estavam a prejudicar a sua execução musical, tais como agitar o oboé durante a
performance.
Como trabalho de casa a aluna levou o estudo 20 do método de G. A. Hinke e a Sonata
em Lá Menor de Telemann.

Aluno A 5º Grau
24/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 7
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Sol Sustenido Menor
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (1ºandamento)

Descrição da aula assistida


A aula iniciou-se com a execução da escala de Sol Sustenido Menor melódica toda
articulada, seguida da escala de Sol Sustenido Menor harmónica toda ligada. A aluna
demonstrou dúvidas nas alterações da escala melódica sendo imediatamente corrigida.
Seguiu-se a apresentação do primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de
Telemann, na qual a aluna foi advertida para algumas passagens técnicas mais exigentes
que não estavam limpas. Foi pedido à aluna que estudasse as mesmas passagens numa
pulsação bastante mais baixa para que tivesse tempo de pensar no ritmo e nas notas. O
professor consciencializou a aluna, também, para as questões da afinação que subia
bastante devido ao facto da aluna apertar a palheta enquanto toca. Sugeriu-se que a aluna
relaxasse mais a embocadura para conseguir um maior controlo da afinação.
Na última parte da aula foi feito um ensaio com piano. Durante o ensaio foi possível
observar que a aluna, geralmente, cortava o som das notas muito cedo, diminuindo a
duração das mesmas e a sua ressonância. A aluna foi de imediato alertada para este facto
e corrigiu-o ao longo do ensaio. Notaram-se algumas imprecisões rítmicas, especialmente

102
no ritmo siciliano pelo que o professor pediu que a aluna trabalhasse mais
pormenorizadamente esta célula rítmica. A aluna tocou uma segunda vez o primeiro
andamento e demonstrou cuidado com os aspetos referidos anteriormente, mantendo,
também, uma afinação estável e um fraseado convincente. Foi sugerido que a aluna
trabalhasse este andamento com afinador devido a desafinações pontuais em algumas
notas agudas, nomeadamente o Lá4 (agudo) e que exagerasse mais o fraseado com o uso
de um maior espetro de dinâmicas, principalmente na ampliação da dinâmica forte.
Como trabalho de casa a aluna levou os materiais que viriam ser apresentados na prova
trimestral.

Aluno A 5º Grau
01/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 8
Feriado - Restauração da Independência

Aluno A 5º Grau
08/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 9
Feriado - Dia da Imaculada Conceição

Aluno A 5º Grau
15/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 10
Prova Trimestral

Conteúdos:
 Escala de Si Maior e de Sol Sustenido Menor, arpejos com inversões de 3 e 4
sons, arpejo de sétima da dominante e escala cromática com diferentes
articulações.
 G. A. Hinke – Elementarschule (estudos 19 e 20)
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (1º andamento)

Descrição:
O professor cooperante dispensou a minha presença, pois iria constituir o júri das provas
de vários instrumentos.
A nota final da prova foi de 61 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 3.

103
Conteúdos Cotação Nota final

Escalas 16/20

Estudos 25/40 61/100

Peças 20/40

4.3.2. Aluno A – 2º Período

Aluno A 5º Grau
05/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 11
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Ré Bemol Maior
 G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 6)
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (2º andamento)

Descrição da aula assistida


Iniciou-se a aula com a execução da escala de Ré Bemol Maior. A aluna apresentou
algumas dúvidas na armação de clave desta tonalidade levando o professor a corrigir os
erros ao longo da escala. Pediu-se que a aluna tocasse uma vez mais a escala e, desta
vez, melhorou, não apresentando erros, sempre com um fluxo de ar constante, que resultou
numa afinação estável e som bastante centrado e consistente.
Seguiu-se a execução do estudo 6 de Hinke. Neste estudo a aluna apresentou
fragilidades de solfejo tocando notas e ritmos errados. Foi sugerido à aluna que solfejasse
o estudo, tendo realizado a tarefa sem erros. De seguida pediu-se que tocasse com
metrónomo, num andamento lento, tendo a aluna corrigido as falhas que tinha. A aluna foi
alertada para a forma como finalizava as frases, visto cortar o som demasiado cedo e sem
controlo da dinâmica e foi-lhe pedido que fizesse um pequeno diminuendo nos finais de
frase. Ao longo do estudo insistiu-se no uso de uma maior variedade de dinâmicas usando
como recurso controladores de dinâmica para a interpretação do estudo adquirir mais
contrastes.
Na fase final da aula foi executado o segundo andamento da Sonata em Lá Menor de
Telemann. Durante a apresentação deste andamento a aluna demonstrou alguma
instabilidade na pulsação pelo que foi sugerido o uso de metrónomo durante o estudo.
Devido à afinação relativa do instrumento estar constantemente alta a aluna foi
aconselhada a fazer menos pressão na palheta, sendo que ao longo da aula este aspeto

104
foi sendo sempre trabalhado, havendo melhorias no final da aula. De maneira geral a aluna
conseguiu tocar o andamento com alguma qualidade. Contudo, as passagens
tecnicamente mais exigentes precisavam de mais trabalho e atenção, pelo que o professor
aconselhou a aluna a trabalhar a obra por secções, focando-se mais nas passagens
difíceis.
Para casa ficou a escala de Ré Bemol Maior, o estudo 6 do método de G. A. Hinke e o
segundo andamento da Sonata em Lá Menor de Telemann.

Aluno A 5º Grau
12/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 12
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras, de leitura e de expressividade através da prática do
instrumento.
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Objetivos aspetos referentes à postura.
Gerais Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala de Ré Bemol Maior, com escala cromática – 5 min.
G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 6) – 8 min.
Conteúdos
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (2º andamento) –
9,5 min.
Através dos métodos imitativo, expositivo, interrogativo, demonstrativo
Metodologias e
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
Estratégias de
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.

105
Ensino- Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Aprendizagem Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Solfejar e entoar.
Tarefas Tocar com o uso do metrónomo.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala de Si Bemol Menor
TPC G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 6)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (2º andamento)

Descrição da aula coadjuvada


A aula foi iniciada com a execução da escala de Ré Bemol Maior, na qual a aluna
apresentou dificuldade em sincronizar o movimento de todos os dedos, na passagem de
Dó4 para Réb4. Foi pedido à aluna que fizesse apenas essa passagem, lentamente, e que
fosse acelerando, aos poucos, de forma a controlar o movimento dos dedos.
Seguiu-se a realização do estudo 6 de Hinke, onde a aluna demonstrou um staccato um
pouco longo e pouca diferença de dinâmicas. A aluna foi consciencializada para o uso de
uma articulação mais curta e para o respeito das indicações de crescendo e diminuendo
escritas na partitura. A aluna, não foi capaz de melhorar a articulação, mas conseguiu criar
mais contrastes de dinâmicas.
Para a Sonata de Telemann, foi de imediato pedido à aluna que tocasse com
metrónomo, de forma a estabilizar a pulsação, resolvendo um problema recorrente de aulas
anteriores. Durante a execução da peça, a aluna apresentou-se com uma afinação alta,
pelo que lhe foi sugerido que relaxasse a embocadura, pensando numa vogal mais aberta
como “ô”. Devido às dificuldades técnicas apresentadas, foi pedido à aluna tocasse, com
metrónomo, num andamento mais lento e confortável, de forma a estar mais relaxada a
tocar e simplificar a execução. A aluna começou a tocar mais relaxada e com uma afinação
mais controlada, mas os erros de notas continuavam. Foi sugerido, então, que a aluna

106
solfejasse e entoasse um excerto e de seguida tocasse. Apesar do solfejo correto, a aluna
não foi capaz de tocar o excerto corretamente.

Aluno A 5º Grau
19/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 13
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Si Bemol Menor
 G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 6)
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (2º andamento)

Descrição da aula assistida


A aula foi iniciada com a escala de Si Bemol Menor natural em duas oitavas articulada,
onde a aluna demonstrou dificuldades em tocar o Sib2 e o Dó3 devido a uma má colocação
dos dedos. Foram realizados exercícios com essas notas e o Ré3, com ritmos de galope,
para trabalhar as posições do registo grave. Foi pedido à aluna que tocasse a escala uma

vez mais a escala, desta vez com as notas ligadas duas a duas ( ) tendo sido notadas
algumas melhorias. A aluna foi alertada para a afinação das notas agudas que por vezes
subia, sendo-lhe pedido que relaxasse a embocadura.
Seguiu-se o estudo de Hinke onde a aluna mostrou um controlo de som muito mais
estável que em aulas anteriores. Apesar de errar algumas notas, por distração, a aluna
conseguiu manter um fraseado bem estruturado, mantendo sempre a qualidade do som. O
professor aconselhou a aluna a continuar o seu estudo sempre com bastante apoio de ar
e pouca pressão na embocadura. A afinação, excetuando algumas notas agudas, manteve-
se bastante estável.
Por fim deu-se a execução do segundo andamento da Sonata de Telemann. Tratando-
se de um andamento rápido e bastante técnico, o professor pediu à aluna que tocasse com
uma pulsação lenta para ser confortável a leitura das notas. Notaram-se algumas
precipitações nas passagens mais fáceis, o que originou instabilidade na pulsação.
Para trabalho de casa ficou a escala de Si Bemol Menor natural e harmónica, o estudo
7 do método de G. A. Hinke e o segundo andamento da Sonata em Lá Menor de G. P.
Telemann.

107
Aluno A 5º Grau
26/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 14
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras34

Aluno A 5º Grau
02/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 15
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras35

Aluno A 5º Grau
09/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 16
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Mi Menor natural
 F. T. Blatt – 15 entertaining studies (estudo 1)
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (3º andamento)

Descrição da aula assistida


Iniciou-se com a escala de Mi Menor natural, numa extensão de duas oitavas, articulada.
A aluna, inicialmente, demonstrou alguns problemas a nível de afinação no registo agudo.
O professor pediu que a aluna tocasse com menos pressão labial e mais abdominal e,
quando repetiu a escala, a afinação foi muito mais equilibrada. Contudo, demonstrou
alguma dificuldade na passagem da nota Ré5 para Mi5 e no registo mais grave.
De seguida, a aluna apresentou o estudo 1 de F. T. Blatt tendo demonstrado algumas
imprecisões rítmicas, resultado do estudo sem metrónomo. Apesar do timbre um pouco
descentrado, a afinação mostrou-se estável. O professor aconselhou a repetição das
secções mais técnicas e de difícil leitura, tendo como objetivo os 80 bpm, à colcheia, e,
depois, 50 bpm, à semínima com ponto.
Após isto, tocou o terceiro andamento da Sonata em Lá Menor de Telemann. Além de
alguns erros, devido a desconcentração, nos finais das frases, a aluna fazia um ligeiro
acento. O professor alertou-a, sugerindo que fizesse um pequeno diminuendo nos finais
de frase, ao que a aluna reagiu de forma positiva, corrigindo o erro. Para além disso,
perante algumas passagens com sextinas em que a primeira nota está ligada a uma
anterior, esta era demasiado prolongada, pelo que as 5 seguintes eram iniciadas tarde

34 A declaração de justificação de faltas está disponível no Anexo 17


35 A declaração de justificação de faltas está disponível no Anexo 17

108
demais, problema que não foi possível resolver. O professor alertou, ainda, para a
estabilização da embocadura e para o controlo do ar com apoio abdominal.
Como trabalho para casa a aluna levou a escala de Mi Menor natural, harmónica e
melódica, o estudo 1 de Blatt e o terceiro e quarto andamentos da Sonata em Lá Menor de
Telemann, sendo sugerido o estudo contínuo com metrónomo.

Aluno A 5º Grau
16/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 17
Interrupção Intercalar

Aluno A 5º Grau
23/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 18
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Mi Menor harmónica
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (3º e 4º andamento)

Descrição da aula assistida


Iniciou-se a aula com a escala de Mi Menor harmónica articulada, numa extensão de
duas oitavas. A aluna demonstrou bastantes dificuldades pela falta de estudo da mesma.
A afinação estava alta e ainda apresentava algumas dúvidas de notas. O professor pediu
que a aluna fizesse menos movimentos verticais com o queixo e que tivesse mais controlo
do ar. Para além disto, pediu também que cantasse “interiormente”, ou seja, que pensasse
nas notas e as entoasse de tocar.
De seguida, a aluna apresentou o terceiro e quarto andamentos da Sonata em Lá Menor
de Telemann. Em ambos, revelou falhas a nível de solfejo e de afinação. O professor pediu
que a aluna estabilizasse a embocadura, fazendo menos movimentos labiais, e que
tocasse com o afinador à sua frente de modo a controlar a afinação.
Como trabalho para casa a aluna levou a escala de Mi Menor harmónica e melódica, o
estudo 1 de Blatt e o terceiro e quarto andamentos da Sonata em Lá Menor de Telemann.

109
Aluno A 5º Grau
02/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 19
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Mi Menor melódica
 F. T. Blatt – 15 Entertaining Studies (estudo 1)

Descrição da aula assistida


Começou com a escala de Mi Menor melódica, articulada, numa extensão de duas
oitavas. A aluna revelou falhas de notas, principalmente no registo agudo, e a sua afinação
estava instável devido à pressão exercida sobre a palheta, fechando-a, por vezes, de modo
a que o ar não passasse. O professor aconselhou a aluna a relaxar a embocadura para
que a palheta pudesse vibrar com a passagem do ar.
De seguida, a aluna tocou o estudo 1 de Blatt. Neste, demonstrou algumas falhas de
notas e problemas a nível de afinação devido ao facto da aluna apertar demasiado a
palheta aquando da performance. Para além disso, mostrou alguns problemas de precisão
rítmica, pelo que foi aconselhada a estudar com o metrónomo e a solfejar os excertos mais
difíceis.
Como trabalho para casa a aluna levou a escala de Mi Menor natural, harmónica e
melódica, o estudo 1 de Blatt e o terceiro andamento da Sonata em Lá Menor de Telemann.

Aluno A 5º Grau
09/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 20
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras, de leitura e de expressividade através da prática do
instrumento.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Gerais aspetos referentes à postura.
Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na

110
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala de Mi Menor Melódica – 5 min.
Conteúdos
F. T. Blatt – 15 Entertaining Studies – 17,5 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Solfejar e entoar.
Tarefas
Tocar com o uso do metrónomo.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
TPC Repertório da prova trimestral

Descrição da aula coadjuvada


A aula foi iniciada com a escala de Mi Menor melódica ligada e articulada. Seguiu-se a
escala relativa Maior (Sol Maior) e o arpejo de sétima da dominante, com inversões.
Primeiramente, em inversão de 3 sons e, depois, em inversões de 4 sons.
De seguida, a aluna apresentou o estudo 1 de Blatt. Durante a performance, a aluna
revelou algumas dificuldades a nível rítmico, de dinâmica e afinação. Para corrigir os
problemas rítmicos, foi pedido à aluna que solfejasse, com metrónomo. A aluna
demonstrou hesitações nalgumas passagens mais rápidas, pelo que lhe foi sugerido que
solfejasse num andamento mais lento. Foi, então, pedido que tocasse um excerto do

111
estudo, onde era o registo era mais agudo, sem exagerar a dinâmica piano, para um maior
conforto em termos de afinação.

Aluno A 5º Grau
16/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 21
Prova Trimestral

Conteúdos:
 Escala de Sol Maior e de Mi Menor, arpejos com inversões de 3 e 4 sons, arpejo
de sétima da dominante e escala cromática com diferentes articulações.
 F. T. Blatt – 15 entertaining studies (estudo 1)
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3 (3º andamento)

Descrição:
A aluna iniciou a prova com um notório nervosismo. Relativamente às escalas, a aluna
cumpriu os objetivos, falhando apenas em algumas articulações solicitadas para a escala
cromática.
No estudo e na foi evidente a falta de estabilidade na pulsação, o que originava falhas
rítmicas. As falhas de notas e a afinação alta no registo agudo foram dois problemas
presentes em toda a prova. O professor comentou, com a aluna, que o nervosismo causa
uma maior tensão no corpo, incluindo a embocadura. Terminou, aconselhando a aluna a
realizar alguns exercícios de relaxamento diariamente.
A avaliação final da prova foi de 60 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 3.

Conteúdos Cotação Nota final

Escalas 18/20

Estudos 22/40 60/100

Peças 20/40

112
Aluno A 5º Grau
23/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 22
Aula assistida

Conteúdos:
 Exercícios de respiração e controlo do som

Descrição da aula assistida


A aula iniciou-se com a realização de exercícios de notas longas. Neste exercício, a
aluna começava por tocar a nota pedal Ré, e a partir desta, ascendia cromaticamente. Em
algumas mudanças de notas, eram audíveis alguns ruídos, derivados da falta de
sincronização dos dedos quando era necessário mover vários, em simultâneo. Para além
disto, trabalhou-se, com afinador, a nota Lá sustenido. Foi pedido à aluna que procurasse
a afinação correta e explicasse o que tinha mudado. Esta procurou essencialmente
mudanças a nível da embocadura o que afetou negativamente o timbre, ficando mais
estridente. O professor indicou à aluna que fizesse mais apoio diafragmático para que a
velocidade do ar fosse maior e, consequentemente, a afinação subisse.
Como trabalho de casa, a aluna levou o Romance de Carl Nielsen, estudos do livro 15
entertaining studies, de Blatt, exercícios de notas longas e as escalas de Si bemol Maior e
Sol Menor.

4.3.3. Aluno A – 3º Período

Aluno A 5º Grau
13/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 23
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras, de leitura e de expressividade através da prática do
instrumento.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Gerais aspetos referentes à postura.
Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na

113
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala de Si Bemol Maior, com escala cromática – 5 min.
Conteúdos
F. T. Blatt – 15 Entertaining Studies (estudo 2) – 17,5 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Solfejar e entoar.
Tarefas Tocar com o uso do metrónomo e afinador.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala de Si Bemol Maior e escala cromática
TPC F. T. Blatt – 15 Entertaining Studies (estudo 2)
C. Nielsen – Two Fantasy Pieces, Op. 2 (Romance)

Descrição da aula coadjuvada


A aula foi iniciada com a escala de Si Bemol Maior, numa extensão de duas oitavas, e
o arpejo com inversões de 4 sons. Durante a escala, a aluna apresentou um som bastante
centrado, algo que, nas últimas aulas, não se verificou. Apesar disso, a afinação das notas
mais agudas era instável, soando, umas vezes, alta e, outras vezes, baixa. Foi pedido à

114
aluna que, além do uso de afinador, entoasse interiormente as notas, para uma melhor
afinação relativa.
Seguiu-se o estudo de Blatt, onde a aluna demonstrou muitas dificuldades no solfejo,
em muito, relacionadas com a instabilidade da pulsação. Foi sugerido o uso de metrónomo
a uma pulsação lenta e confortável, mas, apesar de inicialmente estar com a pulsação
estável, a aluna não foi capaz de manter a pulsação, acelerando e atrasando
constantemente. Nas passagens com notas ligadas seguidas de notas articuladas, a aluna
tocou de uma forma agressiva, com uma articulação dura, quase “à cacetada”. Alertou-se
a aluna, dando o exemplo de um toque suave, com o lápis na estante, ao contrário de uma
um murro na mesa. A aluna, de seguida tocou um excerto do estudo onde apresentou
melhorias significativas em termos de articulação.

Aluno A 5º Grau
20/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 24
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Sol Menor
 C. Nielsen – Two Fantasy Pieces, Op. 2 (Romance)

Descrição da aula assistida


A aula iniciou-se com a escala de Sol Menor harmónica e melódica, articulada e ligada,
respetivamente, numa extensão de duas oitavas. A aluna apresentou algumas dúvidas nas
posições de algumas notas agudas como o Fá#5, acabando por pedir ajuda ao professor.
Após a explicação do professor, a aluna executou a escala sem falhas, apresentando
apenas um som um pouco estridente e aberto.
Seguiu-se a execução do Romance, onde a aluna revelou, uma vez mais, fragilidades
na afinação. O professor pediu à aluna para usar cantar as notas, com o afinador ligado,
para que fosse mais fácil a assimilação das mesmas. Após isso a aluna foi capaz de tocar
o último excerto da peça com uma afinação muito mais estável e controlada.
Como trabalho de casa, a aluna levou a escala de Sol Menor harmónica e melódica, o
estudo número 2 de Blatt e o Romance de Nielsen.

115
Aluno A 5º Grau
27/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 25
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Sol Menor harmónica e melódica
 C. Nielsen – Two Fantasy Pieces, Op. 2 (Romance)

Descrição da aula assistida


A aluna começou por apresentar a escala, demonstrando um trabalho mais rigoroso a
nível de qualidade do som, mas ainda com dificuldades na afinação.
De seguida foi executado o Romance, onde a aluna mostrou algumas dificuldades de
solfejo, incluindo passagens com notas e ritmos errados. Para além disto, a afinação
estava, geralmente, instável. A aluna apresenta, de forma geral, um reduzido espetro de
dinâmicas, tocando, quase sempre, na mesma dinâmica.
Como trabalho de casa, a aluna levou o estudo número 2 do livro 15 entertaining studies
e o Romance de Carl Nielsen.

Aluno A 5º Grau
04/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 26
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Sol Menor harmónica e melódica
 C. Nielsen – Two Fantasy Pieces, Op. 2 (Romance)

Descrição da aula assistida


A aluna tocou, primeiramente, a escala de Sol Menor harmónica e melódica, e arpejo,
revelando um melhor controlo da afinação, em relação a aulas anteriores.
De seguida, foi realizado um ensaio com piano do Romance de Carl Nielsen. Durante a
performance, a aluna revelou problemas em compreender a sua afinação relativamente ao
piano. Para além disto, demonstrou uma postura incorreta, tendo os cotovelos muito
próximos ao tronco, algo, de imediato, corrigido pelo professor que sugeriu à aluna que,
em casa, estudasse em frente a um espelho. Apesar de mostrar algumas inseguranças e
falta de conhecimento das partes de piano, a aluna conseguiu ter uma boa junção com o
instrumento acompanhador.

116
Como trabalho de casa, a aluna levou a escala de Sol Menor harmónica e melódica, o
estudo número 2 do livro F. T. Blatt – 15 entertaining studies e o Romance de Carl Nielsen.

Aluno A 5º Grau
11/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 27
O professor cooperante faltou devido a trabalho com orquestra

Aluno A 5º Grau
18/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 28
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras, de leitura e de expressividade através da prática do
instrumento.
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Objetivos aspetos referentes à postura.
Gerais Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala de Lá Bemol Maior – 5 min.
Conteúdos
C. Nielsen – Two Fantasy Pieces, Op. 2 (Romance) – 17,5 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
Metodologias e e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
Estratégias de vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Ensino- Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Aprendizagem Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
de um som uniforme, contínuo e controlado.

117
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Solfejar e entoar.
Tarefas Tocar com o uso do metrónomo.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Arpejo de sétima da dominante de Lá Bemol Menor
Escala de Fá Menor
TPC F. T. Blatt – 15 Entertaining Studies (estudo 1)
C. Nielsen – Two Fantasy Pieces, Op. 2 (Romance)
G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3

Descrição da aula coadjuvada


A aluna iniciou a aula com a escala de Lá bemol Maior articulada. A aluna apresentou
pequenas quebras de som entre as notas, por isso, foi-lhe pedido que fizesse a escala
ligada em loop e que começasse a articular assim que sentisse a coluna de ar estável e
controlada. Apresentando melhorias na escala, seguiu-se o arpejo e as respetivas
inversões. Desta vez, foi pedido que a aluna tocasse, uma vez, as inversões do arpejo
ligadas, com o pensamento de que estaria a tocar uma única nota longa. O resultado deste
exercício foi positivo, pois a aluna conseguiu ultrapassar as quebras de registo, mantendo
sempre a coluna de ar ativa.
De seguida, a aluna apresentou o Romance, no qual se incentivou, logo de início, a
aluna para uma boa condução do ar, tal como nos exercícios realizados com a escala. O
resultado foi um som mais presente, cheio e centrado. Em termos de afinação, a aluna
continuava com problemas derivados da tendência de “morder” a palheta. Foi pedido à
aluna que procurasse pensar na vogal “ô”, de forma que a cavidade oral ficasse mais
aberta, impedindo-a de fechar a palheta. A aluna inicialmente melhorou esse aspeto mas
depressa se esqueceu da ideia e voltou ao erro de apertar a embocadura.

118
Aluno A 5º Grau
25/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 29
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Fá Menor natural
 F. T. Blatt – 15 entertaining studies – Estudo nº 1
 G. P. Telemann – Sonata em Lá Menor, TWV 41:a3

Descrição da aula assistida


A aluna começou por tocar a escala de Fá Menor natural e demonstrou dificuldades na
passagem da nota Réb para Mib, devido à pouca velocidade do ar, quebrando o som.
Depois, com o estudo número 1 de Blatt, a aluna revelou problemas de pulsação, não
conseguindo manter o tempo regular, mesmo com o metrónomo ligado. Para além disto, a
afinação não era estável.
De seguida, com a Sonata em Lá Menor de Telemann, a aluna mostrou melhorias a
nível da pulsação, apresentando-a mais estável. Contudo, ainda evidenciava algumas
dificuldades na afinação e no ritmo.
Como trabalho de casa, a aluna levou a escala de Lá bemol completa, os estudos
número 1 e 2 do livro 15 entertaining studies, a Sonata em Lá Menor de Telemann e o
Romance de Carl Nielsen.

4.3.4. Aluno B – 1º Período

Aluno B 5º Grau
13/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 1
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Sol Sustenido Menor
 F. T. Blatt – 20 Estudos (Estudo 9)

Descrição da aula assistida


A aula iniciou-se com a execução da escala de Sol Sustenido Menor natural ligada,
seguida da escala harmónica da mesma tonalidade articulada, ambas num âmbito de uma
oitava e meia (Sol#3 a Ré#5). Foi notada uma clara falta de estudo nesta aula visto que o

119
aluno além de ter de pensar para saber qual a escala a tocar também não sabia as
alterações da escala. O professor aconselhou o aluno a estudar a escala para a poder
apresentar na aula seguinte.
Seguiu-se a execução do estudo 9 de Blatt. O aluno não apresentou nenhuma
dificuldade técnica, sendo que o único aspeto a assinalar foi a questão das mudanças entre
ritmos de colcheias para tercinas. Para trabalhar este ponto o professor indicou ao aluno
que, com metrónomo, tocasse colcheias utilizando uma nota à sua escolha. De seguida foi
pedido que o aluno repetisse o exercício mas desta vez tocando tercinas e finalmente
semicolcheias. Depois, foi sugerido que o aluno fizesse uma fusão das três partes do

exercício em loop ( ). Após conseguir repetir algumas vezes o exercício, foi


executado o mesmo ritmo mas, desta vez, numa escala com uma oitava. Por fim o aluno
repetiu o estudo mostrando melhorias nos aspetos trabalhados.
Para casa ficou marcada a escala de Sol Sustenido Menor, o estudo 10 do método dos
20 estudos de F. T. Blatt e o Concertino de A. Klughardt.

Aluno B 5º Grau
20/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 2
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Sol Sustenido Menor
 A. Klughardt – Concertino, Op. 18

Descrição da aula assistida


Iniciou-se a aula com a execução da escala de Sol Sustenido Menor num âmbito de
uma oitava e meia (Sol#3 a Ré#5). Numa primeira fase, o aluno tocou a escala uma vez
toda ligada e uma vez toda articulada. Como o aluno demonstrou algumas dúvidas na
construção da escala foi-lhe pedido que tocasse a mesma escala mas, desta vez, tocando
duas colcheias em cada nota e depois com tercinas e ainda com semicolcheias. Após a
execução deste exercício foi pedido ao aluno que repetisse a escala mas, em vez de tocar

todas as notas com a mesma duração, deveria tocar com um ritmo de galope ( ), seguido

de um ritmo de uma colcheia e duas semicolcheias ( ) e a sua inversão rítmica ( ).


Por fim o alunou executou a escala como inicialmente apresentando melhorias
significativas, tanto na construção da escala como na regularidade dos dedos.
Na fase final da aula deu-se o ensaio com piano do primeiro e segundo andamento do
Concertino de Klughardt. Ao longo do ensaio foram observadas algumas limitações do

120
espectro de dinâmicas apesar de bem demonstrado o fraseado por parte do aluno. Foi
sugerido que o aluno exagerasse as dinâmicas, especialmente a dinâmica forte, para que
pudesse realçar os contrastes de ambientes da obra. Devido a algumas falhas na afinação
foi sugerido que o aluno estudasse a obra com afinador e que se gravasse a tocar para
poder ter uma melhor perceção quer das dinâmicas, quer da afinação.
Como trabalho de casa o aluno levou a escala de Dó Sustenido Maior e o Concertino
de A. Klughardt, devendo estudar mais pormenorizadamente o terceiro andamento.

Aluno B 5º Grau
27/10/2017 08h30 – 09h15 Aula 3
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Dó Sustenido Maior
 W. Ferling – 48 Estudos (Estudo 1)
 A. Klughardt – Concertino, Op. 18

Descrição da aula assistida


O aluno iniciou a aula com a execução da escala de Dó Sustenido Maior com uma
extensão de duas oitavas, uma vez articulada e uma vez ligada. Seguiu-se a realização do
arpejo, com inversões de três e de quatro, e o arpejo de sétima da dominante. No arpejo
de sétima da dominante, o aluno apresentou algumas dúvidas de notas pelo que foi sendo
corrigido enquanto o executava. Foi sugerido que o aluno estudasse melhor em casa o
arpejo de sétima da dominante com inversões para o compreender melhor.
Seguiu-se o ensaio com piano do Concertino de Klughardt. Durante o processo de
afinação o aluno demonstrou precisar de ajuda para perceber como se encontrava a sua
afinação relativamente à do piano, pelo que o professor interveio, ajudando-o. Ensaiou-se
o primeiro andamento, no qual o aluno apresentou dúvidas nas suas entradas e, para
corrigir esse problema, foi-lhe sugerido que estudasse a obra com a parte de piano de
forma a assimilar não só a sua parte como também a parte de acompanhamento. Apesar
destas dúvidas o aluno demonstrou boa musicalidade explorando uma vasta gama de
articulações, dinâmicas e seus controladores (crescendo e diminuendo). A afinação por
vezes tornava-se alta devido à pressão que o aluno fazia na palheta, consequência
também do cansaço. Nas secções cadenciais do primeiro andamento o aluno mostrou-se
um pouco tímido e retraído a tocar pelo que foi aconselhado a relaxar e tentar abstrair-se
de qualquer fator que desconcentração. De seguida passou-se à frente do segundo
andamento e foi ensaiado o terceiro devido a ser o único ainda não tocado com piano. Mais

121
uma vez o aluno apresentou dificuldade nas entradas pelo que foi sugerido o aluno
trabalhar as entradas em casa imaginando o contexto de audição, com o pianista ao seu
lado, e foi explicado que deveria respirar um tempo antes de entrar, com a energia e com
a pulsação em que iria tocar a seguir. Com algumas passagens mais simples, o aluno
precipitava e nem sempre era capaz de sincronizar a velocidade do staccato com a
velocidade dos dedos.
Na fase final da aula ainda houve tempo para o aluno apresentar o estudo 1 de Ferling.
Tratando-se de um estudo lento em que a unidade de tempo é a colcheia, o aluno
apresentou dificuldades em manter a pulsação, nomeadamente em passagens mais
simples em que acelerava, pelo que foi sugerido o uso de metrónomo durante o estudo. O
aluno demonstrou muita preocupação com a técnica e pouca com a musicalidade. Para
corrigir isto, o professor, além de ajudar o aluno a marcar as suas respirações de forma a
estruturar o fraseado, incentivou o aluno a usar o vibrato como forma de expressão do
fraseado musical.
Como trabalho de casa o aluno levou a escala de Dó Sustenido Maior e relativa Menor
com o arpejo de sétima da dominante, o estudo 1 de W. Ferling e o Concertino de A.
Klughardt para rever.

Aluno B 5º Grau
03/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 4
Interrupção Intercalar

Aluno B 5º Grau
10/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 5
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras, de leitura e de expressividade através da prática do
instrumento.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Gerais aspetos referentes à postura.
Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na

122
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala de Lá Sustenido Menor – 5 min.
Conteúdos
W. Ferling – 48 Estudos (estudo 1) – 17,5 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tocar com o uso do metrónomo.
Tarefas
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala cromática e arpejo de Lá Sustenido
TPC W. Ferling – 48 Estudos (estudo 1)
A. Klughardt – Concertino, Op. 18

Descrição da aula coadjuvada


A aula iniciou-se com a execução da escala de Lá Sustenido Menor natural ligada com
uma extensão de duas oitavas e meia (Lá#2 a Mi#5), seguida da escala harmónica, onde
se evidenciaram falhas na passagem de Ré# para Mi#. Para trabalhar esta passagem foi
pedido ao aluno que realizasse alguns exercícios envolvendo as notas Ré#, Dó# e Mi#,
nas três oitavas, sendo observadas melhorias. Seguiu-se a escala Menor melódica com

123
articulações variadas e o arpejo de Lá Sustenido Menor. Notou-se falta de estudo do arpejo
pelo que o aluno não foi capaz de o executar.
De seguida foi executado o estudo 1 de Ferling onde o aluno apresentou falhas de notas,
precipitação em alguns ritmos e problemas de afinação. Foi pedido que o aluno estudasse
numa pulsação lenta, com metrónomo e afinador e que relaxasse aquando da execução
musical para ter uma melhor consciência do que estava a tocar e das tensões necessárias
e desnecessárias à performance.

Aluno B 5º Grau
17/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 6
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala Cromática de Lá Sustenido
 A. Klughardt – Concertino, Op. 18

Descrição da aula
O aluno começou por apresentar a escala cromática de Lá Sustenido num âmbito de
duas oitavas e meia (Lá#2 a Mi#5). Primeiro, tocou a escala toda ligada uma vez e a seguir
toda articulada. De seguida, para trabalhar o staccato, foram pedidas articulações

diferentes, tais como notas ligadas duas a duas ( ), duas ligadas e duas articuladas (

) e respetiva inversão ( ), duas ligadas e uma articulada ( ) e respetiva

inversão ( ), duas ligadas e três articuladas ( ) e finalmente quatro ligadas e uma

articulada ( ). O aluno apenas apresentou dúvidas na última articulação pelo que


repetiu o exercício duas vezes.
De seguida deu-se o ensaio com piano onde o aluno tocou, pela primeira vez, o
Concertino de Klughardt completo do início ao fim. No primeiro andamento o aluno foi muito
musical falhando apenas em algumas questões de articulação devido à língua não estar
coordenada com os dedos. No segundo andamento o aluno manteve uma interpretação
muito expressiva fazendo recurso das dinâmicas, crescendos e diminuendos. Os diálogos
com o piano foram muito bem conseguidos tendo apenas precipitado uma entrada. Por fim,
no terceiro andamento o aluno mostrou alguma incerteza no gesto que deveria fazer para
dar entrada ao piano e foi imediatamente corrigido pelo professor. Na cadência final o aluno
o aluno precipitou um pouco algumas passagens demonstrando ainda alguma falta de
controlo nas passagens tecnicamente mais exigentes. Ao longo de toda a obra foi possível
notar ainda alguma dificuldade na técnica de respiração que se encontrava muito centrada

124
na inspiração e pouco na expiração, gerando tensões musculares que resultaram em muito
cansaço acumulado e sobretudo articulação presa e imprecisa. O aluno foi aconselhado a
trabalhar exercícios de respiração focando-se sempre em expirar para eliminar tensões e
a rever os gestos que deveria executar para dar entradas ao piano.
Como trabalho de casa foi pedido ao aluno que estudasse a escala de Fá Sustenido
Menor, o estudo 1 de Ferling e continuasse a melhorar os aspetos menos positivos do
Concertino de Klughardt.

Aluno B 5º Grau
24/11/2017 08h30 – 09h15 Aula 7
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Fá Sustenido Menor
 A. Klughardt – Concertino, Op. 18

Descrição da aula assistida


Iniciou-se a aula com a escala de Fá Sustenido Menor natural ligada seguida da mesma
escala com a articulação de tercinas em cada nota. Durante a execução da escala foi
possível notar, em relação a aulas anteriores, uma melhoria da qualidade do som, da
afinação e da articulação devido a uma melhor gestão da respiração e um maior apoio de
ar.
Seguiu-se o ensaio com piano do Concertino de Klughardt. Foi apresentada uma
melhoria significativa dos aspetos trabalhados em aulas anteriores como a afinação, exceto
algumas notas agudas para as quais o aluno apertava mais a palheta, e as entradas para
o piano que se tornaram bastante convincentes e explícitas. Musicalmente o aluno
conseguiu criar ambientes muito interessantes, sempre de forma bastante expressiva.
Conseguiu ainda melhorar os seus fins de frase, com diminuendos muito bem controlados,
e criar um bom balanço para a música se tornar fluida. A junção com o piano esteve sempre
muito precisa e as secções cadenciais bastante musicais fazendo recurso do vibrato, do
rubato e do silêncio para criar diferentes atmosferas. Apenas na cadência final se notou
alguma precipitação do staccato em relação aos dedos.
Como trabalho de casa ficou a escala de Fá Sustenido Menor, o estudo 1 de W. Ferling,
o Concertino de A. Klughardt e o primeiro andamento da Sonata em Dó Menor de G. F.
Händel.

125
Aluno B 5º Grau
01/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 8
Feriado - Restauração da Independência

Aluno B 5º Grau
08/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 9
Feriado - Dia da Imaculada Conceição

Aluno B 5º Grau
15/12/2017 08h30 – 09h15 Aula 10
Prova Trimestral

Conteúdos:
 Escala de Fá Sustenido Maior e de Ré Sustenido Menor, arpejos com inversões
de 3 e 4 sons, arpejo de sétima da dominante e escala cromática com diferentes
articulações.
 Universal – 100 Easy Classical Studies (estudo 42)
 W. Ferling – 48 Estudos (Estudo 1)
 A. Klughardt – Concertino, Op. 18

Descrição:
O professor cooperante dispensou a minha presença, pois iria constituir o júri das provas
de vários instrumentos.
A nota final da prova foi de 82 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 4.

Conteúdos Cotação Nota final

Escalas 17/20

Estudos 30/40 82/100


Peças 35/40

126
4.3.5. Aluno B – 2º Período

Aluno B 5º Grau
05/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 11
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Si Bemol Maior
 W. Ferling – 48 Estudos (Estudo 2)
 G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366 (1º andamento)

Descrição da aula assistida


A aula foi iniciada com a execução da escala de Si Bemol Maior num âmbito de duas
oitavas. A escala foi tocada uma vez articulada e outra vez ligada. O aluno apresentou um
som bastante compacto e centrado além de uma afinação bastante estável.
Seguiu-se a exibição do estudo 2 de Ferling onde foram evidentes dificuldades de
solfejo. Foi pedido ao aluno que solfejasse o início do estudo lentamente e que, a seguir,
o voltasse a tocar, notando-se melhorias. O estudo é tecnicamente bastante exigente e,
por isso, o professor aconselhou o aluno a revê-lo em casa, lentamente com metrónomo.
Foi notada uma oscilação na transição entre as notas derivada de um pequeno movimento
vertical com o queixo que faz descair a nota antes de transitar para outra. Para corrigir este
problema, foi sugerido ao aluno que controlasse melhor a embocadura e estudasse em
frente a um espelho para ter consciência destes movimentos de forma a eliminá-los. Foi
sugerido, também, que o aluno apoiasse o som com mais ar fazendo mais pressão na zona
abdominal e menos na garganta.
No fim da aula, foi apresentado o primeiro andamento da Sonata em Dó Menor de
Händel na qual o aluno voltou a demonstrar um som estável, compacto e afinado. A
pulsação foi bastante estável e musicalmente o aluno conseguiu realizar o fraseado
pretendido recorrendo a um grande espectro de dinâmicas. Foram de notar, também, os
controlados diminuendos até ao limite do som que o aluno realizou nos finais de frase.
Para trabalhar em casa ficou a escala de Si Bemol Maior até à nota Fá5, o Estudo 2 de
Ferling e a Sonata em Dó Menor de G. F. Händel.

127
Aluno B 5º Grau
12/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 12
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras, de leitura e de expressividade através da prática do
instrumento.
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Objetivos aspetos referentes à postura.
Gerais Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala cromática de Si Bemol – 5 min.
W. Ferling – 48 Estudos (estudo 2) – 8 min.
Conteúdos
G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366 (1º andamento) – 9,5
min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
Tarefas
controlo da coluna de ar.

128
Tocar com o uso do metrónomo.
Solfejar e Entoar.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala de Sol Menor
TPC W. Ferling – 48 Estudos (estudo 2)
G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366 (2º andamento)

Descrição da aula coadjuvada


A aula foi iniciada com a execução da escala cromática de Si Bemol, primeiro, com todas
as notas ligadas e, depois, com todas as notas articuladas. Foi pedido ao aluno que
realizasse a escala com articulações diferentes, como por exemplo: 3 notas ligadas e 2
articuladas; 5 notas articuladas e 2 ligadas; 2 ligadas e 4 articuladas. O aluno apresentou
alguma incerteza ao tocar as articulações que remetiam a compassos de 5/8 e 7/8, devido
à sua irregularidade. Contudo, após ser sugerido tocar um pouco mais lento, o aluno foi
capaz de cumprir o exercício.
No estudo, após algumas falhas de solfejo, foi proposto, ao aluno, o desafio de tocar
cinco vezes seguidas e sem erros, cada uma das passagens, para poder seguir para a
seguinte passagem. O aluno aceitou o desafio e sempre que se enganava voltava ao início
da contagem. No fim de concluir o desafio, foi possível notar melhorias significativas em
todo o estudo devido ao processo de mecanização das passagens que exigiam mais
trabalho.
Na Sonata, o aluno apresentou-se bastante seguro e musical. As questões trabalhadas
foram de construção de fraseado que, já bem estruturado pelo aluno, necessitavam apenas
de mais direção para realçar a estrutura. Foi pedido ao aluno que exagerasse ao máximo
as dinâmicas para melhorar a interpretação.

Aluno B 5º Grau
19/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 13
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Sol Menor
 W. Ferling – 48 Estudos (Estudo 2)

129
Descrição da aula assistida
Iniciou-se a aula com a escala de Sol Menor natural com uma oitava e meia (Sol3 a Ré5)
onde foi notado algum descontrolo dos dedos. Inicialmente o aluno mostrou dificuldade em
tocar o registo grave e, para corrigir isso, foi-lhe sugerido que pensasse numa vogal mais
aberta mas mais centrada como “Ô” para relaxar os lábios e centrar mais o seu ar,
permitindo que a palheta vibrasse mais. Depois, o aluno apresentou uma afinação bastante
alta no registo agudo, nomeadamente na nota Ré5. Além disso, precipitava a passagem
entre as notas Sib4, Dó5 e Ré5. Para trabalhar ambas as questões foi-lhe proposto, além

de pensar numa vogal, como já tinha sido trabalhado, tocar a escala em galopes ( ), de
forma que as mudanças de posição ficassem mais mecanizadas e automáticas. Após
repetir o exercício em galope no registo agudo algumas vezes, foi pedido que o aluno
tocasse uma vez mais a escala, primeiro com todas as notas a ter a mesma duração e

depois em ritmo de colcheia e duas semicolcheias ( ), tendo sido notadas melhorias


significativas em todos os aspetos a corrigir.
Passou-se, então, ao estudo de Ferling. Durante a execução do estudo, a afinação
voltou a apresentar-se alta no registo agudo, pelo que o professor decidiu verificar a palheta
do aluno e, realmente, a culpa não era só do aluno. A afinação estava exageradamente
alta devido à palheta já estar um pouco gasta e, aliado ao às condições de pouca humidade
e temperatura alta na sala, fechar muito. Além do problema da afinação, a palheta não
permitia, também, uma forte vibração no registo grave o que dificultava a emissão de notas
graves. Aparte destes problemas técnicos, o aluno executou o estudo e foi possível reparar
que acelerava nas passagens de galope e nas passagens mais fáceis. Foi, então, sugerido
ao aluno que tocasse com uma pulsação mais baixa e trabalhasse as passagens onde
havia precipitações e pequenos erros.
No fim da aula, foi pedido ao aluno que tocasse uma escala cromática, sem colocar a
palheta no oboé, para que o aluno conseguisse ouvir a vibração da palheta e fosse capaz
de perceber os movimentos que fazia com o maxilar criando um efeito “wah wah” durante
a transição das notas. Este efeito involuntário foi notado principalmente no estudo, em
passagens arpejadas.
Em casa o aluno deve estudar a escala de Sol Menor natural e harmónica, o estudo 2
do método de Ferling para melhorar e a Sonata de G. F. Händel. Além disto, o aluno deverá
exercitar o exercício de palheta para melhorar a continuidade da coluna de ar.

130
Aluno B 5º Grau
26/01/2018 08h30 – 09h15 Aula 14
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras36

Aluno B 5º Grau
02/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 15
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras37

Aluno B 5º Grau
09/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 16
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Sol sustenido Menor
 W. Ferling – 48 Estudos (Estudo 3)

Descrição da aula assistida


Iniciou-se com a escala de Sol Sustenido Menor harmónica até à nota Ré#5, articulada,
ligada e com ritmos variados (colcheia e duas semicolcheias, por exemplo). Quando o
aluno tocou a escala articulada mostrou um timbre centrado e afinação correta. Depois
disto, aquando da introdução de ritmos variados, o aluno demonstrou algumas dificuldades
a nível da precisão rítmica, principalmente devido à imprecisão da velocidade do staccato.
De seguida, o aluno apresentou o estudo 3 de Ferling, tendo-se destacado os repetidos
acentos nos ataques iniciais. Foi pedido ao aluno que fizesse os ataques sem recurso à
língua e que, posteriormente, fosse recorrendo à língua, progressivamente. Para além
disto, o aluno mostrou um bom fraseado e gestão de dinâmicas, apesar da sua articulação
nem sempre estar enquadrada na dinâmica tocada.
Como trabalho para casa, o aluno levou a escala de Sol sustenido Menor natural,
harmónica e melódica, o estudo 4 de Ferling e o primeiro e segundo andamentos da Sonata
em Dó Menor de Händel.

Aluno B 5º Grau
16/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 17
Interrupção Intercalar

36 A declaração de justificação de faltas está disponível no Anexo 17


37 A declaração de justificação de faltas está disponível no Anexo 17

131
Aluno B 5º Grau
23/02/2018 08h30 – 09h15 Aula 18
Aula assistida

Conteúdos:
 Exercícios
 Solo da obra Dillon’s Flight – Ralph Ford (orquestra de sopros)
 G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366

Descrição da aula assistida


A aula começou com a realização da escala cromática com a nota pedal Ré, em notas
longas. O aluno mostrou alguma instabilidade na velocidade do ar.
Depois, foi trabalhado o solo da obra Dillon’s Flight – Ralph Ford, trabalhada no âmbito
da disciplina de Orquestra de Sopros. Essencialmente, foram feitas correções a nível da
afinação e de alguns intervalos entre as notas. O aluno mostrou um bom fraseado.
Após isto, tocou a Sonata em Dó Menor de Händel com acompanhamento do piano.
Apesar de alguns problemas de afinação e pulsação, devido ao stress, o aluno revelou ter
boa resistência, visto que conseguiu apresentar o andamento do início ao fim, apenas com
pequenas falhas de distração.
Como trabalho para casa, o aluno levou o estudo 4 de Ferling e o primeiro e segundo
andamentos da Sonata em Dó Menor de Händel.

Aluno B 5º Grau
02/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 19
Aula assistida

O aluno faltou à aula por motivo de doença.

Aluno B 5º Grau
09/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 20
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
Objetivos
motoras, de leitura e de expressividade através da prática do
Gerais
instrumento.

132
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura.
Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala de Si Maior – 5 min.
Conteúdos G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366 (1º e 2º andamentos)
– 17,5 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
TPC Repertório para a prova trimestral

Descrição da aula coadjuvada


O aluno começou com a escala de Si Maior, articulada, ligada e com duas notas ligadas
seguidas de duas articuladas. De seguida, o arpejo, onde o aluno apresentou dificuldades
na transição entre as notas Si2 e Ré#3, as notas mais graves do arpejo. Esta passagem,

133
especialmente complexa no sistema de chaves do oboé, foi trabalhada, numa pulsação
lenta, para que o aluno tivesse tempo de corrigir a posição do dedo mindinho esquerdo
entre as chaves de Si2 e Ré#. Foi explicado que a forma mais fácil e usual de fazer esta
passagem seria pressionar ambas as chaves, em simultâneo, na nota Si, tendo de, na
transição para Ré#, deixar de pressionar a chave de Si. Apesar de alguma resistência dos
dedos, que ficaram um pouco tensos devido à dificuldade da posição, o aluno melhorou
um pouco a passagem. Tocou ainda o arpejo de sétima dominante com inversões de 3
sons.
Seguidamente, o aluno tocou, com o pianista, o primeiro e segundo andamento da
Sonata em Dó Menor de Händel. Demonstrou alguma dificuldade em compreender a sua
afinação, por isso, foi que alargasse um pouco a embocadura, para verificar.se a afinação
piorava ou melhorava. O aluno chegou à conclusão que a afinação piorava e que estaria
com a afinação um pouco baixa. De um ponto de vista musical, o aluno já apresentava uma
grande maturidade na obra. Foi-lhe indicado que poderia explorar um pouco mais as
dinâmicas para realçar o fraseado.

Aluno B 5º Grau
16/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 21
Prova Trimestral

Conteúdos:
 Escala de Si Maior e de Sol Sustenido Menor, arpejos com inversões de 3 e 4
sons, arpejo de sétima da dominante e escala cromática com diferentes
articulações.
 W. Ferling – 48 Estudos (Estudos 2 e 3)
 G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366 (1º e 2º andamentos)

Descrição:
O aluno apresentou-se um pouco nervoso durante a execução da escala. Na escala, os
objetivos foram cumpridos, mas foi possível reparar que o problema dos movimentos
verticais da embocadura continuavam a afetar a sua performance, criando um efeito “wah-
wah” nas mudanças de nota.
Foi pedido ao aluno que apresentasse apenas o estudo nº 2, no qual notou-se apenas
uma pequena hesitação em algumas passagens galopadas. Apesar das dificuldades
causadas pelo mau estado do instrumento, o aluno apresentou poucas falhas no registo
grave, o que demonstra bastante trabalho nesse registo.

134
Ultrapassado o nervosismo, o aluno iniciou a execução da Sonata de Händel. No
primeiro andamento os professores não tiveram nada a apontar, exceto uma pequena
desafinação no final, devido ao cansaço e à falta de ar. No segundo andamento, o aluno
apresentou algumas dificuldades em algumas passagens mais difíceis. Ainda assim, a sua
prestação foi muito consistente o que se refletiu na nota final.
A avaliação final da prova foi de 88 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 4.

Conteúdos Cotação Nota final

Escalas 18/20

Estudos 35/40 88/100

Peças 35/40

Aluno B 5º Grau
23/03/2018 08h30 – 09h15 Aula 22
Aula assistida

Conteúdos:
 Exercícios de respiração e controlo do som
 G. F. Händel – Sonata em Dó Menor, HWV 366 (1º e 2º andamentos)

Descrição da aula assistida


A aula iniciou-se com a realização de exercícios de notas longas. Neste exercício, o
aluno começava por tocar a nota pedal Ré, e a partir desta, ascendia cromaticamente,
voltando sempre à nota pedal.
De seguida, o aluno tocou a Sonata em Dó Menor de Händel, onde demonstrou algumas
dificuldades em compreender a sua afinação, resultado de um movimento vertical com o
maxilar que criava um efeito “wah-wah”. Para além disto, o aluno tinha tendência em
acelerar o andamento em passagens com uma colcheia e duas semicolcheias. O aluno
trabalhou, de seguida, num andamento mais lento, as passagens em que tinha maior
dificuldade.
No fim da aula, o professor escolheu, com o aluno, as palhetas que este usaria no
concurso interno da escola.
Como trabalho de casa, o aluno levou a Sonata de Händel de forma a preparar-se para
o concurso interno.

135
4.3.6. Aluno B – 3º Período

Aluno B 5º Grau
13/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 23
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras, de leitura e de expressividade através da prática do
instrumento.
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Objetivos aspetos referentes à postura.
Gerais Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
Escala cromática de Ré Menor – 5 min.
Conteúdos T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (1º andamento) – 17,5
min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.

136
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tocar com o uso do metrónomo.
Tarefas Solfejar e Entoar.
Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala de Lá Menor
TPC W. Ferling – 48 Estudos (estudo 4)
T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (1º andamento)

Descrição da aula coadjuvada


No início da aula, foi pedido, ao aluno, que, com a escala de Ré Menor natural,
harmónica e melódica, numa extensão de duas oitavas, pensasse que estaria a tocar uma
única nota longa. O aluno mostrou um bom trabalho, principalmente a nível da afinação,
reduzindo o efeito “wah-wah” característico das últimas aulas. Posteriormente, como
pedido, executou o arpejo com inversões de 4 sons, em frente a um espelho, para que
pudesse observar o seu maxilar. Isto fez com que o aluno tivesse consciência dos
movimentos involuntários do maxilar, o que o ajudou a melhorar neste aspeto.
Depois, foi entregue ao aluno o Concerto em Ré Menor de Albinoni, pelo que se seguiu
a leitura do mesmo. Numa fase inicial, o aluno revelou instabilidade na afinação quando
tocava no registo agudo. Aconselhou-se o uso do metrónomo, com uma pulsação lenta, à
colcheia, com objetivo de trabalhar as secções ritmicamente mais difíceis. Essas mesmas
passagens foram trabalhadas de imediato. Foi pedido ao aluno que solfejasse,
inicialmente, apenas o ritmo e que percutisse, com palmas, a pulsação, sincronizada com
o metrónomo. Depois foi pedido que tocasse, na mesma pulsação, os excertos
trabalhados, apresentando ligeiras melhorias.

Aluno B 5º Grau
20/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 24
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala Cromática de Ré
 T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (1º andamento)

137
Descrição da aula assistida
A aula iniciou-se com a execução da escala cromática de Ré articulada e, de seguida,
ligada. O professor sugeriu ainda algumas articulações como: duas notas ligadas e duas
articuladas; 3 notas articuladas e duas ligadas; 4 notas ligadas e 3 articuladas. O aluno
mostrou-se confuso com as articulações que remetiam a compassos 7/8 e 5/8, devido ao
pouco trabalho dos mesmos. No entanto, foi pedido ao aluno que realizasse o exercício
mais lentamente, concentrando-se no balanço natural e característico destes compassos.
De seguida, apesar de algumas hesitações, o aluno foi capaz de executar o exercício.
Seguiu-se a finalização da leitura do 1º andamento do Concerto de Albinoni. De seguida
iniciou-se o trabalho da primeira secção do andamento, onde o aluno não apresentou
dúvidas. Passou-se, então, ao trabalho das passagens galopadas, onde o aluno
apresentou mais dificuldades na leitura, sendo solicitado que tocasse as tocasse
lentamente, à colcheia. O aluno demonstrou uma certa imprecisão rítmica, pois tocava
“galopes de tercina” em vez de galopes regulares. Foi, então pedido ao aluno que
articulasse cada subdivisão do tempo, para que percebesse onde encaixava a nota mais
curta. O aluno não conseguiu realizar o exercício, ficando para trabalhar em casa.
Como trabalho de casa, o aluno levou a escala cromática de Ré, o estudo 4 de Ferling
e o Concerto em Ré Menor de Albinoni.

Aluno B 5º Grau
27/04/2018 08h30 – 09h15 Aula 25
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Ré Menor
 T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (1º andamento)

Descrição da aula assistida


O aluno começou por apresentar a escala de Ré Menor natural, harmónica e melódica,
com ritmo galopado, articulação ligada e staccato. Nisto, o aluno mostrou algumas dúvidas
na escala melódica.
Depois, a aula seguiu-se com o Concerto em Ré Menor de Albinoni, onde o aluno
revelou pouca precisão rítmica devido à pulsação instável. Para além disto, demonstrou
alguns problemas de afinação, principalmente no registo agudo. Foi feito um trabalho lento
e seccionado nas partes em que o aluno tinha mais dificuldades.
Como trabalho de casa, o aluno levou o estudo 4 de Ferling e o Concerto em Ré Menor
de Albinoni.

138
Aluno B 5º Grau
04/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 26
Aula assistida

Conteúdos:
 T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (1º andamento)

Descrição da aula assistida


Nesta aula, o aluno trabalhou o Concerto em Ré Menor de Albinoni com o pianista
acompanhador. Revelou um som bastante consistente, embora em alguns ataques se
notasse instabilidade na afinação. Mostrou alguma dificuldade em ser preciso
ritmicamente, principalmente quando tinha passagens galopadas, e em algumas
passagens mais rápidas, onde não eram percetíveis todas as notas.
Como trabalho de casa, o aluno levou o estudo 4 de Ferling e o Concerto em Ré Menor
de Albinoni.

Aluno B 5º Grau
11/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 27
O professor cooperante faltou devido a trabalho com orquestra

Aluno B 5º Grau
18/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 28
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras, de leitura e de expressividade através da prática do
instrumento.
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Objetivos aspetos referentes à postura.
Gerais Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.

139
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
sonoridade emitida, sentido de ritmo, pulsação e fraseado.
Objetivos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
Específicos aspetos referentes à postura e embocadura. Desenvolvimento da
capacidade interpretativa, principalmente ao nível das dinâmicas,
articulação e vibrato. Exploração do registo sobreagudo.
T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (3º andamento) – 22,5
Conteúdos
min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e
Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de
Relembrar a importância do controlo da coluna de ar para a obtenção
Ensino-
de um som uniforme, contínuo e controlado.
Aprendizagem
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar com o uso do metrónomo.
Solfejar e Entoar.
Tarefas Explorar ao máximo as dinâmicas e articulações, para um maior leque
de ferramentas interpretativas.
Interpretar a peça respeitando as indicações assinaladas.
Escala de Mi Menor
TPC W. Ferling – 48 Estudos (estudo 5)
T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2

Descrição da aula coadjuvada


Nesta aula, o aluno trabalhou o 3º andamento do Concerto em Ré Menor de Albinoni.
Apesar da boa sonoridade e da excelente articulação, o aluno mostrou alguns problemas
de solfejo, nomeadamente na imprecisão rítmica. Foi pedido ao aluno que solfejasse e
entoasse os excertos em que demonstrava mais dificuldades e que, posteriormente,
voltasse a tocar essas passagens. Após este trabalho, o aluno foi alertado para a afinação,
que estaria um pouco alta. Foi sugerido ao aluno que alargasse a embocadura, de modo a
corrigir a afinação, tendo em especial atenção aos ataques das notas.
Como forma de expandir o leque de ferramentas interpretativas, foi abordado o conceito
de hemíola, como um padrão rítmico inserido numa métrica, articulado de forma a criar

140
uma métrica de compasso diferente, ou seja, neste caso, um padrão rítmico inserido num
compasso de 6/8, articulado de forma a soar a um compasso de 3/4. O aluno tentou
executar um excerto onde estava presente uma hemíola, mas não foi capaz de salientar
este fenómeno.
Em algumas passagens com escalas rápidas, o aluno precipitava-as, o que não permitia
a audição das notas todas, mas sim de uma espécie de glissando. Foi sugerido ao aluno
que tocasse, com metrónomo, as mesmas escalas, num andamento mais lento para
controlar o movimento dos dedos. Ao longo da aula foi notória a subida da afinação devido
ao cansaço, que impelia o aluno a apertar, cada vez mais, a palheta.

Aluno B 5º Grau
25/05/2018 08h30 – 09h15 Aula 29
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Ré bemol Maior
 T. Albinoni – Concerto em Ré Menor, Op. 9, nº2 (3º andamento)

Descrição da aula assistida


O aluno começou por tocar a escala de Ré bemol Maior articulada e ligada, com
respetivo arpejo e inversões. Apenas mostrou alguma dificuldade na execução no registo
grave.
De seguida, com o Concerto em Ré Menor de Albinoni, o aluno demonstrou tendência
em acelerar quando toca sem auxílio do metrónomo e afinação apresenta-se,
tendencialmente, alta. Nesta aula revelou alguma falta de trabalho e rigor rítmico.
Como trabalho de casa, o aluno levou a escala de Ré bemol Maior e Si Menor, o estudo
4 e 5 de Ferling, o primeiro e terceiro andamentos do Concerto em Ré Menor de Albinoni
e o Concertino de Klughardt, para rever.

141
4.3.7. Aluno C – 1º Período

Aluno C 5º Grau
13/10/2017 09h20 – 10h05 Aula 1
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Dó Maior
 C. P. Herfurth – A Tune A Day (Lição 18 – Exercício 3)
 N. Siniavine – Mélodie Hongroise

Descrição da aula assistida


A aula foi iniciada com a execução da escala de Dó Maior articulada num âmbito de
duas oitavas, na qual a aluna apresentou dificuldades em manter a afinação no registo
agudo. Para melhorar este aspeto, foi sugerido que a aluna aumentasse a velocidade do
ar para estabilizar o som e relaxasse a embocadura para não subir a afinação. A aluna
repetiu a escala apresentando melhorias tanto na afinação como na qualidade do som.
Seguiu-se a apresentação do estudo de Herfurth no qual a aluna demonstrou dúvidas
na execução das colcheias do penúltimo compasso. Foi explicado à aluna que a duração
da colcheia valia metade do valor da semínima e, portanto, duas colcheias encaixavam no
valor de uma semínima. Após esta explicação o professor demonstrou como deveriam ser
tocados os últimos dois compassos para que a aluna percebesse e imitasse. Foi pedido à
aluna que repetisse os dois compassos finais apresentando melhorias. Contudo, as

colcheias tinham uma articulação escrita de duas ligadas e duas articuladas ( ) e aluna
apresentava todas as colcheias articuladas. Alertou-se a aluna para este erro e a mesma
corrigiu-o de imediato, tocando, uma vez mais, o estudo todo.
No fim da aula a aluna apresentou a peça Mélodie Hongroise apresentando alguns
problemas de solfejo que foram corrigidos ao longo da execução da mesma. A afinação
voltou a ser instável no registo agudo pelo que foi sugerido à aluna que estudasse a peça
com afinador e metrónomo para controlar também a pulsação que por vezes variava.
Para casa ficou a escala de Dó Maior em duas oitavas, o exercício 4 da lição 18 do
método A Tune A Day e a peça Mélodie Hongroise. A aluna foi aconselhada a estudar
sempre com o metrónomo e o afinador para ter uma melhor perceção da pulsação e da
afinação.

142
Aluno C 5º Grau
20/10/2017 09h20 – 10h05 Aula 2
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Dó Maior
 C. P. Herfurth – A Tune A Day (Lição 18 – Exercício 4)
 N. Siniavine – Mélodie Hongroise

Descrição da aula assistida


A aula foi iniciada com a execução da escala de Dó Maior em duas oitavas, uma vez
ligada e outra articulada. Foi possível reparar que a aluna apertava um pouco a palheta no
registo agudo e foi sendo corrigida ao longo da aula com o intuito de melhorar a afinação.
Seguiu-se a execução do estudo 4 de Herfurth no qual foram evidentes falhas de solfejo,
nomeadamente do ritmo de galope de dois tempos, constituído por uma semínima com

ponto e uma colcheia ( ). Como a aluna ainda não tinha sido confrontada com esta
célula rítmica foi-lhe explicada que era constituída por uma semínima e duas colcheias

sendo a primeira colcheia ligada à semínima ( ). Para trabalhar esta célula o professor
pediu à aluna que tocasse o ritmo articulando todas as quatro colcheias que caberiam
naquela célula. A aluna conseguiu realizar o exercício e passou-se logo à execução do
restante do estudo. Outro problema foi a utilização da posição de forquilha da nota Fá. Para
trabalhar foram usados exercícios envolvendo as notas Ré, Mi e Fá (posição natural e
posição de forquilha). Pela primeira vez, a aluna foi confrontada com a nota Si2 (grave) pelo
que lhe foi demonstrada a posição para essa nota, aproveitando-se ainda para apresentar
a nota Sib2 devido à semelhança entre as duas. Sendo a primeira vez que a aluna executou
estas notas foi natural a sua hesitação no momento de as tocar pelo que foi sugerido que
trabalhasse a passagem mais lentamente.
Na última fase da aula foi apresentada a peça Mélodie Hongroise. A aluna apresentou
dificuldades de leitura nas passagens com mudança de oitava, mantendo, por vezes, a
oitava em vez de fazer os saltos quer para a oitava aguda quer para a oitava grave. Foi-
lhe sugerido que estudasse lento e que assinalasse todas as mudanças de oitava que teria
de realizar o que originou melhorias. Foi possível notar também erros de contagem de
tempos em duas passagens semelhantes em que aluna deveria tocar durante três tempos,
em colcheias, a nota Sol4 (agudo). O professor aconselhou a que aluna marcasse os
tempos na partitura o que a ajudou a melhorar este aspeto. A afinação, no registo agudo,

143
nomeadamente nas notas Sol4 e Lá4, encontrava-se bastante instável devido à aluna
apertar a palheta aquando da execução destas notas.
Para trabalhar em casa ficou a escala de Ré Maior com uma oitava e meia de âmbito
(Ré3 a Lá4), o estudo 3 da Lição 17 do método de Herfurth, a peça Mélodie Hongroise e o
primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de A. Corelli.

Aluno C 5º Grau
27/10/2017 09h20 – 10h05 Aula 3
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Ré Maior
 C. P. Herfurth – A Tune A Day (Lição 17 – Exercício 3)
 N. Siniavine – Mélodie Hongroise
 A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5

Descrição da aula assistida


Iniciou-se a aula com a execução da escala de Ré Maior em uma oitava e meia (Ré 3 a
Lá4). A aluna apresentou falhas na construção da escala tocando-a com Dó natural em vez
de Dó#, sendo de imediato corrigida apesar da aluna se ter esquecido da posição de Dó#,
conteúdo lecionado já no ano anterior. Seguiu-se a execução do arpejo no qual se notou
uma clara falta de estudo. Apesar disso, o professor pediu à aluna que pensasse nas notas
e voltasse a tentar tocar o arpejo, tendo desta concretizado a tarefa sem problemas.
Na segunda fase da aula, foi apresentado o estudo de Herfurth no qual a aluna
apresentou algumas falhas nas notas e uma afinação geralmente alta. Foi pedido à aluna
que executasse um exercício de relaxamento da embocadura, que consistia no uso
exclusivo de palheta e apenas com o ar presente na boca, sem apoio de ar vindo do
diafragma. Após este exercício a aluna melhorou o nível de relaxamento da embocadura
e, consequentemente, a afinação. Foi pedido que a aluna tocasse uma vez mais o estudo
para que corrigisse as notas que tinha errado, corrigir a afinação e corrigir algumas
articulações que tinham sido menos claras.
Seguiu-se a execução da peça Mélodie Hongroise onde a afinação voltou a estar alta.
De novo, o professor alertou a aluna e pediu que repetisse o exercício trabalhado
anteriormente, demonstrando-se melhorias. Foi notado, também, desconcentração da
contagem dos tempos quando se repetiam motivos de colcheias repetindo a nota Sol4. Foi

144
aconselhado à aluna que marcasse os tempos na partitura e os numerasse para tornar
mais fácil a contagem.
Numa última fase da aula deu-se a leitura da Sonata em Lá Menor de Corelli. Foi
ensinada a nota Sol# à aluna para que ela pudesse ler todo o primeiro andamento e foram
marcadas respirações para definir o fraseado a trabalhar e para uma boa gestão do
esforço.
Ao longo desta aula foi notado que a aluna estudou pouco e, para compensar o som
mais aberto derivado dessa falta de estudo, começou a apertar mais a palheta para tentar
centrar o som, sendo que o resultado final foi a subida da afinação. Esta maior pressão na
embocadura aliada à falta de estudo gerou um nível de cansaço mais acentuado e a meio
da aula notou-se que a aluna já não conseguia segurar os lábios. Nota-se, também, alguma
falta de cuidado com a palheta a qual a aluna, sem querer bate no próprio corpo ou na
estante.
Para casa ficou a escala de Lá Menor natural e harmónica, a peça Mélodie Hongroise
para rever, o primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de A. Corelli e o exercício 61 do
Método An ABC For The Young Oboist de M. Giot. A aluna foi ainda aconselhada a estudar
mais tempo e ter em atenção os problemas identificados durante a aula.

Aluno C 5º Grau
03/11/2017 09h20 – 10h05 Aula 4
Interrupção Intercalar

Aluno C 5º Grau
10/11/2017 09h20 – 10h05 Aula 5
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras e de leitura através da prática do instrumento.
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura.
Objetivos
Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Gerais
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.

145
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
Objetivos sonoridade emitida, sentido de ritmo e pulsação.
Específicos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura e embocadura.
Escala de Lá Menor – 5 min.
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61) – 10 min.
Conteúdos
N. Siniavine – Mélodie Hongroise – 15 min.
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 – 15 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de Relembrar a importância do controlo da coluna de ar, nomeadamente
Ensino- da respiração diafragmática, para a obtenção de um som uniforme,
Aprendizagem contínuo e controlado.
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas
Tocar com o uso do metrónomo.
Solfejar e Entoar.
Escala de Lá Menor natural, harmónica, melódica, com arpejo
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
TPC
N. Siniavine – Mélodie Hongroise
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (1º andamento)

Descrição da aula coadjuvada


A aula foi iniciada com a execução da escala de Lá Menor natural e harmónica, num
âmbito de uma oitava. Na escala harmónica a aluna hesitava na nota Sol# por ser uma
nota nova, sendo imediatamente corrigida. A escala foi uma outra vez executada,
apresentando-se melhorias.
Devido à aluna não ter estudado o estudo de Giot, o mesmo não foi executado devendo
ser apresentado na aula seguinte.
Seguiu-se o ensaio com piano da peça Mélodie Hongroise. A nível de junção com o
piano a aluna esteve muito bem, falhando apenas na afinação do registo agudo que, por

146
vezes, ficava alta. As entradas foram outro aspeto menos positivo do ensaio. A aluna
apresentou algumas dificuldades em fazer uma respiração assertiva para dar entrada ao
pianista acompanhador, sendo logo demonstrado como deveria ser feito o gesto para dar
a entrada. Foi notada também alguma hesitação e dificuldade na parte fina da peça, a mais
exigente tecnicamente. A aluna foi aconselhada a trabalhar, em casa, a peça por secções,
centrando assim a sua atenção para os problemas e dificuldades de cada secção,
nomeadamente a última parte da obra.
Na fase final da aula ainda foi executada a parte inicial do primeiro andamento da Sonata
de Corelli, tendo a aluna apresentado dúvidas no ritmo de semínima com ponto e colcheia

( ), que já tinha sido trabalhado anteriormente. Foram realizados exercícios usando as


colcheias como referência para facilitar a leitura do ritmo, começando a notar-se melhorias
na célula rítmica em questão.
No fim da aula a aluna foi alertada, pelo professor, para a falta de trabalho apresentado
nas últimas semanas apesar de ter mais tempo para preparar o material a apresentar. Foi
também alertada para a questão do solfejo, até agora com bastantes falhas principalmente
rítmicas, e para questões trabalhadas em aulas anteriores como posições de algumas
notas.

Aluno C 5º Grau
17/11/2017 09h20 – 10h05 Aula 6
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala Cromática de Lá Menor
 M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
 N. Siniavine – Mélodie Hongroise
 A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5

Descrição da aula
A aula foi iniciada com a execução da escala de Lá Menor. Primeiro a aluna tocou a
escala natural articulada, depois a harmónica também articulada, seguindo-se a melódica
ligada e por fim o arpejo, uma vez ligado e outra vez articulado. Na escala natural e
harmónica a aluna mostrou boa compreensão, havendo apenas alguma confusão entre a
escala harmónica e a escala melódica. Na escala melódica a aluna precisa de dedicar mais
tempo de estudo pois ainda existem dúvidas nas alterações, sendo questões normais visto

147
a aluna estar a trabalhar escalas menores pela primeira vez sem ter, ainda, falado na
matéria nas aulas de Formação Musical.
Seguiu-se o estudo no qual a aluna demonstrou algumas dúvidas no ritmo. Foi pedido
à aluna que solfejasse o estudo e, a seguir, tocasse algumas secções sendo notada uma
melhoria. A aluna foi ainda alertada para a sua articulação que estava demasiado curta
sendo-lhe sugerido que não deixasse de soprar aquando da articulação das notas.
Passou-se à peça Mélodie Hongroise na qual a aluna mostrou uma significativa melhoria
na precisão rítmica e estabilidade da pulsação na parte final da peça. Iniciou-se, entretanto,
o ensaio com piano onde foi logo notado pouco cuidado com a entrada dada ao pianista.
O professor demonstrou uma vez mais à aluna que deveria respirar de forma ativa,
enérgica e no contexto da pulsação em que iria tocar a peça. Deu-se ainda o exemplo de
pulsações diferentes e das respetivas respirações para que a aluna percebesse a influência
da respiração na entrada do acompanhamento. Durante o ensaio a aluna não esteve tão
bem na secção final repetindo as falhas já trabalhadas e corrigidas anteriormente. A nível
da afinação esteve muito mais estável exceto em algumas notas agudas que ficaram altas.
Terminado o ensaio, a aluna foi alertada para a falta de atenção e concentração durante o
ensaio que originou falhas que não tinham sido demonstradas em aula.
Finalmente, foi apresentado o primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de Corelli.
Mais uma vez, foram notadas faltas de concentração ocorrendo falhas de notas e,
principalmente, descontrolo na pulsação. Possivelmente estas faltas de concentração
deveram-se ao cansaço acumulado que já se fazia sentir durante o ensaio com piano. A
embocadura da aluna já não era estável e a aluna tinha que fazer pausas para descansar.
A aula foi dada como concluída após se notar que a aluna já não conseguia aguentar mais
tempo a tocar.
Para casa ficou a escala de Lá Menor e respetivo arpejo, a Variação 1 da página 38 e o
exercício 61 do Método An ABC For The Young Oboist de M. Giot, a peça Mélodie
Hongroise para rever e o primeiro andamento da Sonata em Lá Menor de A. Corelli.

148
Aluno C 5º Grau
24/11/2017 09h20 – 10h05 Aula 7
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Lá Menor
 M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
 M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Variação 1 da página 38)
 N. Siniavine – Mélodie Hongroise
 A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5

Descrição da aula assistida


A aula foi iniciada com a escala de Lá Menor natural articulada seguida das escalas
harmónica e melódica, ambas tocadas duas vezes, uma primeira vez articulada e depois
ligada. Na primeira vez que tocou a escala melódica a aluna sabia quais os graus da escala
ascendente que eram alterados mas esquecia-se que na escala descendente o VI e VII
graus deixavam de ser subidos. A aluna foi alertada e repetiu a escala com as correções
necessárias. Depois, foi executado o arpejo de Lá Menor, uma vez ligada e outra articulada.
De seguida, foi apresentado o estudo 61 de Giot no qual se notaram melhorias
significativas em relação à aula anterior. Ainda assim, aconselhou-se a aluna a estudar um
pouco mais o estudo para o apresentar ininterruptamente e sem qualquer falha. Como a
aluna até aqui estudou o estudo com todas as notas articuladas, o professor sugeriu à
aluna que trouxesse o estudo já com as ligaduras e restantes articulações na aula seguinte.
Passou-se à concretização da Variação 1 da página 38 do método de Giot que a aluna
executou sem falhas e com um timbre bastante centrado e com uma afinação estável,
tirando. O professor aconselhou a aluna a estudar com metrónomo para estabilizar a
pulsação e acompanhar sempre o estudo com afinador também para a ajudar a controlar
a afinação em todos os registos.
Iniciou-se o ensaio com piano da peça Mélodie Hongroise. A aluna voltou a apresentar
dificuldade em tocar a parte final da peça hesitando sempre que chegava às partes menos
seguras. Foi sugerido tocar mais lento para montar esta secção duas vezes e ir acelerando
progressivamente até à velocidade a que estava o resto da peça. Isto ajudou a aluna a
corrigir os erros mas na velocidade correta, a aluna continuava a hesitar e esquecia-se de
continuar a seguir a partitura. Por isto, o professor explicou que, em contexto de prova ou
audição, seria preferível a aluna errar mas seguir em frente ao invés de pensar que iria
falhar a passagem, esquecendo-se de seguir a partitura. Ao longo da peça a aluna
conseguiu manter a junção com o piano apesar das hesitações na parte final.

149
Por fim, a aluna executou a Sonata de Corelli apresentando muita incerteza rítmica.
Para trabalho de casa e, para a prova trimestral, ficaram as escalas já tocadas nas aulas
anteriores, os dois exercícios, 61 e Variação 1 da página 38, de Giot e a peça Mélodie
Hongroise.

Aluno C 5º Grau
01/12/2017 09h20 – 10h05 Aula 8
Feriado - Restauração da Independência

Aluno C 5º Grau
08/12/2017 09h20 – 10h05 Aula 9
Feriado - Dia da Imaculada Conceição

Aluno C 5º Grau
15/12/2017 09h20 – 10h05 Aula 10
Prova Trimestral

Conteúdos:
 Escala de Lá Menor
 M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
 M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Variação 1 da página 38)
 N. Siniavine – Mélodie Hongroise

Descrição:
O professor cooperante dispensou a minha presença, pois iria constituir o júri das provas
de vários instrumentos.
A nota final da prova foi de 90 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 5.
Conteúdos Cotação Nota final

Escalas 18/20

Estudos 35/40 90/100

Peças 37/40

150
4.3.8. Aluno C – 2º Período

Aluno C 5º Grau
05/01/2018 09h20 – 10h05 Aula 11
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Fá Maior
 M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
 A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op. 5

Descrição da aula assistida


Iniciou-se a aula com a execução da escala de Fá Maior em uma oitava e meia (Fá3 a
Dó5) uma vez articulada e outra ligada. Foi apresentado também o arpejo da mesma
tonalidade. Durante a execução da escala a aluna demonstrou um timbre bastante
compacto e centrado, além de uma afinação estável tirando o registo mais agudo,
nomeadamente as notas Lá4 e Dó5. Estes problemas devem-se a um problema que se tem
vindo a repetir em várias aulas, a pressão excessiva dos lábios na palheta que sobe a
afinação do instrumento. Foi sugerido à aluna que apoiasse, principalmente, as notas
agudas com mais ar e velocidade de ar, além de relaxar a embocadura para manter uma
afinação estável em todo o registo além de um som mais concentrado nas notas agudas.
Seguiu-se a execução do estudo de Giot, no qual foi pedido à aluna que realizasse todas
as articulações, focando-se nas ligaduras, escritas na partitura. Apesar de apresentar
dificuldade a aluna conseguiu realizar o proposto. Nas passagens mais técnicas, a aluna
apresentou bastantes dificuldades, principalmente rítmicas com a articulação escrita. Foi
pedido então que a aluna tocasse uma vez essas passagens sem ligaduras para que a
aluna percebesse o ritmo sem a dificuldade das articulações. Depois de consolidadas as
passagens foi pedido que executasse a passagem como estava escrita, sendo notadas
melhorias.
Finalmente a aluna apresentou a Sonata de Corelli onde foram, ainda, notados
problemas de solfejo. Foi pedido à aluna que realizasse o solfejo dos compassos onde se
evidenciaram maiores dificuldades. A aluna realizou o pedido e a seguir foi sugerido que
tocasse outra vez mas, apesar de existirem melhorias, foram notadas novamente
dificuldades. Devido a acabar o tempo, a aula terminou com o professor a recomendar o
uso de metrónomo durante o estudo da obra quer a tocar ou a solfejar, devendo solfejar
sempre antes de tocar.

151
Para casa ficou a escala de Ré Maior, estudo 61 e 63 do método An ABC For The Young
Oboist de M. Giot e a Sonata de Corelli.

Aluno C 5º Grau
12/01/2018 09h20 – 10h05 Aula 12
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras e de leitura através da prática do instrumento.
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura.
Objetivos
Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Gerais
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
Objetivos sonoridade emitida, sentido de ritmo e pulsação.
Específicos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura e embocadura.
Escala de Ré Maior – 5 min.
Conteúdos M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61) – 15 min.
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 – 20 min.
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de Relembrar a importância do controlo da coluna de ar, nomeadamente
Ensino- da respiração diafragmática, para a obtenção de um som uniforme,
Aprendizagem contínuo e controlado.
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
Tarefas
controlo da coluna de ar.

152
Tocar com o uso do metrónomo.
Solfejar e Entoar.
Escala de Ré Maior
TPC M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (1º andamento)

Descrição da aula coadjuvada


A aluna iniciou a aula com a escala de Ré Maior, numa extensão de uma oitava,
primeiramente, com todas as notas ligadas e, depois, com todas as notas articuladas.
Seguiu-se o estudo 61 de Giot, onde a aluna apresentou, uma vez mais, dificuldades a
nível de ritmo. Foi-lhe pedido que solfejasse e entoasse o estudo. A aluna solfejou sem
qualquer tipo de erro e, embora um pouco desafinada, entoou o estudo. Passou-se, então
à execução, no oboé, sendo pedido que tocasse o estudo com todas as notas articuladas,
de forma a simplificá-lo. A aluna foi capaz de cumprir o exercício e passou-se à execução
do estudo, com as articulações escritas na partitura. Aqui, a aluna voltou a apresentar
problemas, não sendo capaz de os resolver.
Passou-se à execução da Sonata, onde a aluna voltou a apresentar dificuldades no
solfejo de figuras galopadas. Foi sugerido que articulasse todas as colcheias de forma a
perceber a estrutura da célula rítmica. A aluna, inicialmente, não foi capaz de executar o
exercício mas, depois de algumas tentativas, conseguiu executá-lo, pelo que foi,
posteriormente, pedido que tocasse o excerto como estava escrito na partitura. A aluna,
entretanto, conseguiu tocar todo o andamento da Sonata sem qualquer erro.

Aluno C 5º Grau
19/01/2018 09h20 – 10h05 Aula 13
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Ré Maior
 M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61)
 A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5

Descrição da aula assistida


A aula foi iniciada com a execução da escala de Ré Maior em uma oitava e meia (Ré3 a
Lá4). A aluna tocou uma vez escala ligada e outra vez articulada, onde apresentou
dificuldades em articular as notas com toda a sua duração, além da afinação do registo

153
agudo que subia constantemente. Foi pedido que relaxasse a embocadura de forma a
conseguir uma melhor e mais estável afinação em toda extensão do oboé. A aluna tocou
uma vez mais a escala apresentando melhorias ao nível da afinação.
Seguiu-se o estudo de Giot onde a aluna apresentou uma afinação estável. Contudo,
as dificuldades rítmicas trabalhadas nas últimas aulas ainda não se mostraram resolvidas.

O ritmo de semínima com ponto e colcheia ( ) voltou a ser problemático o que levou o
professor a pedir à aluna que solfejasse um pouco a peça, tarefa que não foi capaz de
finalizar. O professor alertou a aluna para a importância do solfejo e começou a solfejar
com ela para a ajudar. Depois de solfejadas as secções com o ritmo que sistematicamente
foi errado a aluna apresentou melhorias, quer a solfejar quer a tocar. No entanto, a
articulação das notas continuava curta demais e alertou-se a aluna para essa questão,
sendo-lhe pedido que prolongasse mais as notas de forma a dar-lhes a duração adequada.
Foi notado que por vezes a aluna perde-se na contagem das notas longas e, por isso,
acaba por lhes retirar ou acrescentar tempos, acabando por também ocultar as pausas
escritas. Sugeriu-se marcar os tempos de cada nota longa e pausa para facilitar a
contagem, o que resultou numa melhoria a nível rítmico. Devido a algumas passagens
estarem um pouco precipitadas, foi pedido que a aluna tocasse em ritmo galopado as
passagens, trabalhando de forma seccionada. O professor aproveitou para corrigir a
posição e trabalhar a coordenação dos dedos da aluna para evitar ruídos entre notas. Na
passagem final do estudo a aluna apresentou falta de cuidado com a sua coluna de ar que
resultou num Dó5 (agudo) extremamente instável e com afinação alta e um Dó4 (médio)
descontrolado a nível de projeção. Foi sugerido à aluna que trabalhasse um pouco mais
este estudo de forma a corrigir estes pequenos problemas, sempre com consciência da
velocidade que dava ao ar.
Na fase final da aula foi executada a Sonata de Corelli na qual a aluna acusou alguma
falta de concentração trocando constantemente as notas Fá# com as notas Fá. A nível
rítmico, o trabalho de solfejo realizado no estudo ajudou a aluna a dar estabilidade e mais
precisão rítmica à sua execução. Mais uma vez teve de se alertar a aluna para a articulação
demasiado curta das notas. A aluna tem tendência a encurtar o valor das notas e, por isso,
foi sugerido trabalhar esse aspeto em casa tentando dar continuidade ao fluxo do ar
quando articula. Foi pedido à aluna que usasse o metrónomo em casa durante o estudo,
pois nota-se alguma irregularidade de pulsação.
Para casa ficou a escala de Sol Maior, o estudo 63 do método An ABC For The Young
Oboist de M. Giot e a Sonata de Corelli, devendo o estudo ser acompanhado de metrónomo
para encontrar uma boa pulsação e, acima de tudo, uma pulsação estável.

154
Aluno C 5º Grau
26/01/2018 09h20 – 10h05 Aula 14
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras38

Aluno C 5º Grau
02/02/2018 09h20 – 10h05 Aula 15
Falta devido a ensaio com a Orquestra Filarmonia das Beiras39

Aluno C 5º Grau
09/02/2018 09h20 – 10h05 Aula 16
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Ré Menor natural, harmónica e melódica
 M. Giot – An ABC for the Young Oboist (página 39 – variação 5)
 A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5

Descrição da aula assistida


A aluna começou por executar a escala de Ré Menor natural numa extensão de duas
oitavas, até à nota Lá4, articulada e depois ligada. De seguida, executou a escala
harmónica e a escala melódica, ambas articuladas, nas quais a aluna apresentou quebras
na circulação do ar. Foi pedido à aluna que repetisse a escala, desta vez, ligada para que,
pensando na continuidade do ar, criasse apoio diafragmático e abdominal. De seguida
pediu-se que repetisse a escala harmónica articulada, mas a aluna continuava a apresentar
quebras na continuidade do ar.
De seguida, a aluna apresentou a variação 5, da página 39 do manual de Giot, na qual
a aluna apresentou algumas dúvidas de solfejo. Demonstrou falta de estudo nas partes
intermédia e final. Contudo, a aluna apresentou sempre uma afinação estável com bom
som.
Após isto, tocou a Sonata em Lá Menor de Corelli, com acompanhamento de piano.
Demonstrou alguma dificuldade quando tinha de tocar um ritmo galopado invertido (uma
colcheia seguida de semínima com ponto) e, por isso, o professor pediu que a aluna
tocasse as mesmas passagens, articulando todas as colcheias. A aluna, após fazer o

38 A declaração de justificação de faltas está disponível no Anexo 17


39 A declaração de justificação de faltas está disponível no Anexo 17

155
exercício, foi capaz de executar a passagem corretamente. Para além disso, a articulação
estava demasiado curta, devido às quebras do sopro, no momento da articulação.
Como trabalho de casa, a aluna levou a escala de Sol Maior e Mi Menor natural e
harmónica, a variação 5 da página 39 do manual de Giot e a Melody from ‘Ich liebe dich’
de Ludwig van Beethoven.

Aluno C 5º Grau
16/02/2018 09h20 – 10h05 Aula 17
Interrupção Intercalar

Aluno C 5º Grau
23/02/2018 09h20 – 10h05 Aula 18
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Sol Maior e Mi Menor natural e harmónica
 M. Giot – An ABC for the Young Oboist (página 39 – variação 5)
 L. v. Beethoven - Melody from ‘Ich liebe dich’

Descrição da aula assistida


A aula começou com a escala de Sol Maior articulada e ligada, numa extensão de uma
oitava. A aluna demonstrou alguma dificuldade no registo agudo, principalmente nas notas
Fá#4 e Sol4. De seguida, na escala de Mi Menor, a aluna apresentou dúvidas na posição
da nota Ré#4, a qual o professor demonstrou e, de seguida, a aluna recomeçou a escala
menor.
De seguida, a aluna apresentou o estudo de Giot. Neste, a aluna demonstrou muitas
falhas de ritmo e notas, resultado do pouco estudo do mesmo.
Por fim, tocou a Melody from ‘Ich liebe dich’ de Ludwig van Beethoven, onde revelou
pouco estudo e muitas dúvidas de notas e ritmos. Foi feito algum trabalho de leitura.
Como trabalho para casa a aluna levou a escala de Mi Menor harmónica, o estudo visto
na aula e a Melody from ‘Ich liebe dich’ de Ludwig van Beethoven.

Aluno C 5º Grau
02/03/2018 09h20 – 10h05 Aula 19
Aula assistida

156
Conteúdos:
 Escala de Mi Menor harmónica
 Ludwig van Beethoven - Melody from ‘Ich liebe dich’

Descrição da aula assistida


A aluna iniciou a aula com a execução da escala de Mi Menor harmónica, articulada e
numa extensão de duas oitavas, onde revelou algumas falhas devido às alterações da
mesma. O professor fez uma revisão teórica da construção da escala harmónica, de modo
que a aluna conseguisse, por assimilação, tocar corretamente a escala.
De seguida, a aluna tocou a Melody from ‘Ich liebe dich’ de Ludwig van Beethoven, onde
revelou, uma vez mais, pouco estudo, ao apresentar muitas dúvidas de notas e ritmos.
Foram trabalhadas algumas passagens com o metrónomo numa pulsação lenta.
Como trabalho para casa a aluna levou a escala de Mi Menor harmónica, o estudo 61
de Giot e a Melody from ‘Ich liebe dich’ de Ludwig van Beethoven.

Aluno C 5º Grau
09/03/2018 09h20 – 10h05 Aula 20
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras e de leitura através da prática do instrumento.
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura.
Objetivos
Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Gerais
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
Objetivos sonoridade emitida, sentido de ritmo e pulsação.
Específicos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura e embocadura.
Escala de Ré Maior – 5 min.
Conteúdos M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 61) – 20 min.
L. v. Beethoven – Melody from ‘Ich liebe dich’ – 15 min.

157
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de Relembrar a importância do controlo da coluna de ar, nomeadamente
Ensino- da respiração diafragmática, para a obtenção de um som uniforme,
Aprendizagem contínuo e controlado.
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas
Tocar com o uso do metrónomo e afinador.
Solfejar e Entoar.
TPC Repertório para a prova trimestral

Descrição da aula coadjuvada


A aluna começou a aula com a escala de Ré maior, inicialmente, articulada e, depois,
ligada. Em ambas, aluna teve alguma dificuldade na passagem da nota Si3 para Dó#4. Foi
sugerido que a aluna trabalhasse essa passagem, lentamente, com o objetivo de controlar
o movimento dos dedos, sincronizando-os. Foi indicado à aluna que deveria acelerar, aos
poucos, para mecanizar a passagem.
De seguida, apresentou o estudo 61 de Giot. A aluna revelou algumas dificuldades em
ter uma afinação estável, pelo que foi pedido que tocasse algumas notas longas, com
recurso do afinador. Por vezes, apresentou erros de notas, resultantes de distrações, como
foi possível reparar, quando foi pedido, à aluna, que repetisse o estudo na íntegra.
Foi realizado um ensaio com piano da Melody from ‘Ich liebe dich’ de Ludwig van
Beethoven. A aluna apresentou uma afinação muito estável, mas continuou com algumas
dúvidas em alguns ritmos e a nível de equilíbrio de dinâmica.

158
Aluno C 5º Grau
16/03/2018 09h20 – 10h05 Aula 21
Prova Trimestral

Conteúdos:
 Escala de Ré Maior e arpejo.
 M. Giot – An ABC for the Young Oboist (exercício 61 e 63)
 L. v. Beethoven - Melody from ‘Ich liebe dich’

Descrição:
A aluna apresentou-se um pouco nervosa durante a execução da escala. Na escala,
ligada, os objetivos foram cumpridos. Na execução da escala articulada, a aluna
apresentou uma articulação agressiva, em que o ataque da nota era descontrolado e a
duração das notas tornava-se demasiado curta.
Numa altura em que a aluna já se encontrava mais relaxada, foi-lhe pedido que
apresentasse apenas o estudo nº 61, no qual demonstrou instabilidade na pulsação e
alguns erros de solfejo, nomeadamente notas erradas.
Iniciou-se a execução da Melody de Beetthoven, com a qual a aluna se apresentou mais
concentrada, o que se refletiu na performance. A aluna apresentou um bom controlo do
som, afinação e das dinâmicas, tendo apenas demonstrado algum cansaço no fim da obra.
A avaliação final da prova foi de 85 pontos em 100 possíveis, correspondente a um 4.

Conteúdos Cotação Nota final

Escalas 18/20

Estudos 32/40 85/100

Peças 35/40

Aluno C 5º Grau
23/03/2018 09h20 – 10h05 Aula 22
Aula assistida

Conteúdos:
 L. v. Beethoven - Melody from ‘Ich liebe dich’

159
Descrição da aula assistida
A aula iniciou-se com Melody from ‘Ich liebe dich’ de Ludwig van Beethoven. Foi
trabalhado, com a aluna, algumas questões relacionadas com a articulação, que estava
demasiado curta, alterando, por vezes, a duração de algumas células rítmicas. Após
algumas correções a nível rítmico e de afinação, a aluna começou a ficar cansada,
perdendo capacidade de se concentrar.
Para estudar em casa ficou a revisão das escalas de Dó Maior, Ré Maior, Fá Maior, Sol
Maior, Mi Menor e Lá Menor, a Sonata em Lá Menor de Corelli (3º andamento) e o estudo
67 de Giot.

4.3.9. Aluno C – 3º Período

Aluno C 5º Grau
13/04/2018 09h20 – 10h05 Aula 23
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras e de leitura através da prática do instrumento.
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura.
Objetivos
Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Gerais
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
Objetivos sonoridade emitida, sentido de ritmo e pulsação.
Específicos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura e embocadura.
Escala de Ré Maior com arpejo – 5 min.
Exercícios de articulação – 5 min.
Conteúdos
M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 67) – 20 min.
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (3º andamento) – 10 min.

160
Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo
e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de Relembrar a importância do controlo da coluna de ar, nomeadamente
Ensino- da respiração diafragmática, para a obtenção de um som uniforme,
Aprendizagem contínuo e controlado.
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas
Tocar com o uso do metrónomo e afinador.
Solfejar e Entoar.
Escala de Ré Maior com arpejo
TPC M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 67)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (3º andamento)

Descrição da aula coadjuvada


No início da aula, a aluna executou a escala de Ré Maior, num âmbito de Ré3 a Lá4. A
afinação foi geralmente estável, excetuando a nota Sol4 que, na escala descendente, ficava
um pouco alta. Foi pedido, à aluna, que repetisse a escala descendente, com atenção aos
intervalos entre as notas, de forma a corrigir a afinação. Nisto, foi possível reparar que a
aluna esquecia-se de transitar entre a chave de 2ª oitava e a chave de 1ª oitava, na
passagem de Lá para Sol, causando a desafinação. Alertou-se a aluna para este aspeto e,
de seguida, foi-lhe pedido que tocasse, uma última vez, a escala descendente, com
atenção às posições das notas e à afinação, o que ajudou a aluna a executar o exercício.
A aluna tocou ainda o arpejo de Ré Maior, com ligaduras duas em duas notas. Neste
exercício, a aluna reduzia a duração da segunda nota de cada ligadura, devido a colocar a
língua na palheta, impedindo que esta vibrasse, um pouco antes da articulação das notas.
Devido à articulação ser um fator interno, não visível, foi difícil explicar à aluna como
deveria corrigir o problema. No, entanto, foi pedido à aluna que tentasse reproduzir, com a
língua, o movimento de um dedo a pressionar, rápida e levemente, um teclado de
computador. A aluna melhorou a execução do exercício, apesar de reduzir, ainda, um
pouco da duração das notas.

161
Seguiu-se a execução do estudo de Giot, no qual a aluna demonstrou pouco estudo.
Desde o início que a aluna se esquecia, constantemente, da armação de clave e
apresentava dúvidas rítmicas. Foi pedido à aluna que solfejasse o excerto inicial do estudo,
onde a aluna não apresentou dúvidas, mas, quando voltou a tocar o mesmo excerto, a
aluna voltou a apresentar os mesmos erros. Ficou claro que as dúvidas ou hesitações, que
a aluna apresentava, derivavam das mudanças de articulação, entre notas ligadas e notas
articuladas. Foi pedido à aluna que simplificasse o estudo, tocando todas as notas
articuladas e, assim, a os erros rítmicos foram eliminados. Na segunda parte do estudo, a
aluna voltou a apresentar os mesmos problemas, pelo que lhe foi pedido que solfejasse,
inicialmente, apenas ritmo acrescentando, depois, o nome das notas, com o recurso do
metrónomo, numa pulsação mais lenta. De seguida, voltou a tocar o excerto com algumas
falhas de solfejo. Foi, então, sugerido, à aluna, que estudasse de forma seccionada, em
casa.
De seguida, foi realizada a leitura do 3º andamento da Sonata de Corelli.

Aluno C 5º Grau
20/04/2018 09h20 – 10h05 Aula 24
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Ré Maior
 M. Giot – An ABC for the Young Oboist (exercício 67)
 A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (3º andamento)

Descrição da aula assistida


A aula iniciou-se com a escala de Ré Maior, numa extensão entre o Ré3 e o Lá4, e o
respetivo arpejo. A aluna manteve a afinação estável, embora com algumas dúvidas nas
inversões do arpejo.
De seguida, a aluna tocou o estudo de Giot Neste, demonstrou pouco estudo, pelo que,
constantemente, falhava notas e ritmos. Foi realizada uma segunda leitura do estudo.
Depois, com o terceiro andamento da Sonata em Lá Menor de Corelli, a aluna
apresentou alguma dificuldade em manter a pulsação, acelerando em muitos momentos.
Após algum trabalho com o metrónomo, a aluna melhorou na estabilidade rítmica. Contudo,
continuou a errar algumas notas em passagens já vistas em aulas anteriores.
Como trabalho de casa, a aluna levou a Sonata em Lá Menor de Corelli e a página 29
do livro de Wastall.

162
Aluno C 5º Grau
27/04/2018 09h20 – 10h05 Aula 25
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala de Ré Maior
 P. Wastall – Learn as you play the Oboe (página 29)
 A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (3º andamento)

Descrição da aula assistida


A aluna começou por apresentar a escala de Ré Maior, articulada e ligada, onde teve
alguns problemas no registo agudo.
A aula seguiram-se os estudos de Wastall. Nestes, a aluna revelou alguns problemas
no solfejo do ritmo, pelo que foi pedido que esta o solfejasse e corrigisse. Para além disso,
demonstrou alguma falta de extensão a nível de dinâmicas, mantendo-se sempre no
mesmo registo de dinâmica.
De seguida, a aluna tocou o terceiro andamento da Sonata, com acompanhamento do
pianista. Neste andamento, continuou a errar as mesmas células rítmicas das aulas
anteriores, apesar de já terem sido trabalhadas com o professor.
Como trabalho de casa, a aluna levou a escala de Sol Maior, a Sonata em Lá Menor de
Corelli e os estudos de Wastall.

Aluno C 5º Grau
04/05/2018 09h20 – 10h05 Aula 26
Aula assistida

Conteúdos:
 P. Wastall – Learn as you play the Oboe (página 26)

Descrição da aula assistida


O oboé da aluna estava em reparação, pelo que não tocou. Em primeiro, solfejou os
estudos da página 26 do Wastall. Depois, foram feitos alguns exercícios de respiração com
finalidade de corrigir a tendência da aluna em inspirar pelo nariz.
De seguida, o professor fez uma pequena introdução teórica dos instrumentos da família
do oboé (corne inglês; oboé d’amore; oboé barítono; oboé piccolo).
Como trabalho de casa, a aluna levou a escala de Mi Menor, os exercícios 1 e 2 de
Hinke e o terceiro andamento da Sonata em Lá Menor de Corelli.

163
Aluno C 5º Grau
11/05/2018 09h20 – 10h05 Aula 27
O professor cooperante faltou devido a trabalho com orquestra

Aluno C 5º Grau
18/05/2018 09h20 – 10h05 Aula 28
Aula coadjuvada

Planificação da aula coadjuvada:


Domínio Cognitivo: Aquisição e desenvolvimento de competências
motoras e de leitura através da prática do instrumento.
Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura.
Objetivos
Domínio Socio-Afetivo: Respeito pelo docente e os seus conselhos.
Gerais
Interação, aumento do vocabulário técnico-musical e da curiosidade
em descobrir novas funcionalidades do oboé. Demonstrar confiança na
execução das tarefas. Estudar com regularidade e qualidade, de forma
a desenvolver competências e a autorregulação do estudo individual.
Domínio Cognitivo: Consciencialização para a qualidade da
Objetivos sonoridade emitida, sentido de ritmo e pulsação.
Específicos Domínio Técnico-Performativo: Consciencialização e correção de
aspetos referentes à postura e embocadura.

Escala de Sol Maior e Mi Menor – 5 min.


Conteúdos
G. A. Hinke – Elementarschule (estudo 1)

Através dos métodos expositivo, interrogativo, demonstrativo, imitativo


e ativo, explicar, exemplificar e apoiar o aluno a colocar em prática os
vários aspetos enunciados, permitindo-lhe fazer a sua autocorreção.
Metodologias e Relembrar o aluno da importância da prática com uma postura correta.
Estratégias de Relembrar a importância do controlo da coluna de ar, nomeadamente
Ensino- da respiração diafragmática, para a obtenção de um som uniforme,
Aprendizagem contínuo e controlado.
Realizar exercícios que ajudem o aluno a ultrapassar dificuldades
como relaxar a embocadura, braços e dedos.
Repetir passagens lentamente, de forma a aperfeiçoá-las.

164
Tocar a escala lentamente, com vista a melhorar a sonoridade e o
controlo da coluna de ar.
Tarefas
Tocar com o uso do metrónomo e afinador.
Solfejar e Entoar.
Escala de Ré Maior com arpejo
TPC M. Giot – An ABC For The Young Oboist (Exercício 67)
A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (3º andamento)

Descrição da aula coadjuvada


A aluna iniciou a aula com a escala de Sol Maior, numa extensão de uma oitava, e
depois Mi Menor, numa extensão de Mi3 a Si4. Nestas, a aluna apresentou uma afinação
estável e controlada, apesar de ainda trocar algumas posições no registo agudo da escala
menor. Foram indicadas as posições das notas em dúvida e, de seguida, a aluna repetiu a
escala menor, sem qualquer tipo de falha.
De seguida, com o exercício 1 de Hinke, foi realizado um trabalho da articulação, para
resolver o problema da quebra na circulação do ar, derivada da colocação da língua na
palheta. Foi pedido à aluna que, apenas usando a palheta, tocasse uma nota longa.
Depois, foi pedido que a aluna imaginasse a circulação do ar como a água a percorrer uma
mangueira. Foi explicado que, quando colocado um objeto na ponta da mangueira, este
não deixa passar a água, assim como no caso da palheta, a língua não permite a passagem
do ar. A aluna executou, então, uma série de notas articuladas, na palheta, apresentando
melhorias.

Aluno C 5º Grau
25/05/2018 09h20 – 10h05 Aula 29
Aula assistida

Conteúdos:
 Escala cromática de Ré
 Hinke – Elementarschule (exercício 2)
 A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5 (3º andamento)

Descrição da aula assistida


A aluna começou por tocar a escala cromática, de Ré3 a Lá4, onde mostrou uma boa
afinação, embora, por vezes, trocasse as posições das notas Ré# e Dó#.

165
Com o exercício 2 de Hinke, a aluna demonstrou algumas dificuldades em manter a
pulsação estável. Para além disso, mostrou muitas dúvidas de solfejo, alterando muitas
células rítmicas. O professor aconselhou à aluna que estudasse com metrónomo.
De seguida, com o terceiro andamento da Sonata em Lá Menor de Corelli, a aluna
evidenciou alguns problemas em juntar os ornamentos com o ritmo, pelo que foi necessário
algum trabalho neste aspeto. Inicialmente, o professor sugeriu que a aluna tocasse um
excerto sem andamentos, de forma a consolidar o ritmo. De seguida, foram adicionados os
ornamentos, mas a aluna, com a dificuldade dos ornamentos, não foi capaz de tocar o ritmo
corretamente.
Como trabalho de casa, a aluna levou a escala de Sol Maior e Mi Menor, os exercícios
1 e 2 de Hinke e o terceiro andamento da Sonata em Lá Menor de Corelli.

4.3.10. Orquestra de Sopros – 1º Período

As aulas de orquestra realizam-se à terça-feira, entre as 15h30 e as 18h, com uma


duração de 2h30min, com um intervalo a meio.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


24/10/2017 15h30-18h00 Aula 1
Aula assistida

Conteúdos:
 R. Ford – Dillon’s Flight
 Arr. Bob Lowden – Disney Favorites
 S. Prokofiev – Pedro e o Lobo

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Fá Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Dillon’s Flight. Seguiram-se as obras Disney Favorites e Pedro e o Lobo.

166
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
31/10/2017 15h30-18h00 Aula 2
Interrupção Intercalar

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


07/11/2017 15h30-18h00 Aula 3
Aula assistida

Conteúdos:
 R. Ford – Dillon’s Flight
 J. Strauss – Annen Polka
 J. Strauss – Rosen aus dem Süden

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Sol Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Annen Polka. Seguiram-se as obras Dillon’s Flight e Rosen aus dem Süden.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


14/11/2017 15h30-18h00 Aula 4
Aula assistida

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 S. Prokofiev – Pedro e o Lobo
 J. Strauss – Annen Polka

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Annen Polka. Seguiu-se a obra Pedro e o Lobo.

167
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
21/11/2017 15h30-18h00 Aula 5
Aula assistida

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 S. Prokofiev – Pedro e o Lobo
 J. Strauss – Annen Polka
 J. Strauss – Rosen aus dem Süden

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Annen Polka. Seguiram-se as obras Rose naus dem Süden e Pedro e o Lobo.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


28/11/2017 15h30-18h00 Aula 6
Aula assistida

Conteúdos:
 J. Strauss – Annen Polka
 J. Strauss – Rosen aus dem Süden

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Ré Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Annen Polka. Seguiu-se a obra Rose naus dem Süden.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


05/12/2017 15h30-18h00 Aula 7
Aula assistida

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 S. Prokofiev – Pedro e o Lobo
 J. Strauss – Radetzky March

168
Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho da
obra Radetzky March. Seguiu-se a obra Pedro e o Lobo.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


12/12/2017 15h30-18h00 Aula 8
Aula assistida e Concerto

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 R. Ford – Dillon’s Flight
 Arr. Bob Lowden – Disney Favorites
 S. Prokofiev – Pedro e o Lobo
 J. Strauss – Annen Polka
 J. Strauss – Rosen aus dem Süden
 J. Strauss – Radetzky March

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida executaram-se as obras
Pedro e o Lobo e Disney Favorites. Foi realizado um intervalo antes do concerto, onde
foram apresentadas todas as obras trabalhadas ou longo do período.

4.3.11. Orquestra de Sopros – 2º Período

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


09/01/2018 15h30-18h00 Aula 9
Aula assistida e coadjuvada

Conteúdos:
 A. Reed – Viva Musica
 E. Garner – Misty
 J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’

169
Descrição da aula
A aula iniciou-se com um ensaio de naipes, onde orientei os naipes de flauta, oboé e
fagote. Após um breve aquecimento com a escala de Dó Maior, fez-se a leitura da obra
Viva Musica.
O ensaio tutti iniciou-se com a execução da escala de Si Bemol Maior, para
aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Misty, Adagio do ‘Concerto de Aranjuez e Viva Musica.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


16/01/2018 15h30-18h00 Aula 10
Aula assistida e coadjuvada

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 A. Reed – Viva Musica
 E. Garner – Misty
 J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’

Descrição da aula
A aula iniciou-se com um ensaio de naipes. Após um breve aquecimento com a escala
de Dó Maior, foi trabalhada a obra Viva Musica, dando uma especial atenção aos
compassos de 5/8 e 7/8.
A aula tutti iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho das
obras Misty e Adagio do ‘Concerto de Aranjuez.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


23/01/2018 15h30-18h00 Aula 11
Aula assistida e coadjuvada

Conteúdos:
 A. Reed – Viva Musica
 E. Garner – Misty
 G. Puccini – Nessun Dorma
 J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’

170
Descrição da aula
A aula iniciou-se com um ensaio de naipes. Foi trabalhada a junção e afinação dos
naipes de flauta, oboé e fagote na obra Viva Musica.
O ensaio tutti iniciou-se com a execução da escala de Dó Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Misty, Adagio do ‘Concerto de Aranjuez, Nessun Dorma e Viva Musica.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


30/01/2018 15h30-18h00 Aula 12
Aula assistida

Conteúdos:
 A. Reed – Viva Musica
 E. Garner – Misty
 E. Siebert – Lazy Trumpeter
 J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Mi Bemol Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Viva Musica, Misty, Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’ e Lazy Trumpeter.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


06/02/2018 15h30-18h00 Aula 13
Aula assistida

Conteúdos:
 A. Reed – Viva Musica
 G. Puccini – Nessun Dorma
 E. Garner – Misty
 E. Siebert – Lazy Trumpeter
 J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Lá Bemol Maior, para aquecimento.

171
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Viva Musica, Misty, Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’, Lazy Trumpeter, Nessun
Dorma e Viva Musica.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


20/02/2018 15h30-18h00 Aula 14
Aula assistida

Conteúdos:
 A. Reed – Viva Musica
 G. Puccini – Nessun Dorma
 E. Garner – Misty
 R. Ford – Dillon’s Flight
 J. Rodrigo – Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Dó Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Viva Musica, Misty, Adagio do ‘Concerto de Aranjuez’, Dillon’s Flight, Nessun
Dorma e Viva Musica.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


27/02/2018 15h30-18h00 Aula 15
Aula assistida

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 A. Reed – Viva Musica
 M. Sweeney – Northland Pines

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Viva Musica e Northland Pines.

172
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
06/03/2018 15h30-18h00 Aula 16
Aula assistida

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 M. Sweeney – Northland Pines
 A. McGinty – Legend of the Eagle

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines e Legend of the Eagle.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


13/03/2018 15h30-18h00 Aula 17
Aula assistida

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 M. Sweeney – Northland Pines
 A. McGinty – Legend of the Eagle
 A. Reed – Viva Musica
 R. Ford – Dillon’s Flight
 R. Ares – Cantabile for Winds

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines, Legend of the Eagle, Viva Musica, Dillon’s Flight e Cantabile for
Winds.

173
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
20/03/2018 15h30-18h00 Aula 18
Aula assistida

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 M. Sweeney – Northland Pines
 A. McGinty – Legend of the Eagle
 A. Reed – Viva Musica
 R. Ford – Dillon’s Flight
 R. Ares – Cantabile for Winds

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Dó Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines, Legend of the Eagle, Viva Musica, Dillon’s Flight e Cantabile for
Winds.

4.3.12. Orquestra de Sopros – 3º Período

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


10/04/2018 15h30-18h00 Aula 19
Aula assistida e coadjuvada

Conteúdos:
 M. Sweeney – Northland Pines
 A. McGinty – Legend of the Eagle
 A. Reed – Viva Musica
 R. Ford – Dillon’s Flight
 R. Ares – Cantabile for Winds

Descrição da aula
A aula iniciou-se com um ensaio de naipes. Foi trabalhada a junção e afinação dos
naipes de flauta, oboé e fagote nas obras Northland Pines e Legend of the Eagle.
O ensaio tutti iniciou-se com o trabalho das obras Norhland Pines, Legend of the Eagle,
Viva Musica, Dillon’s Flight e Cantabile for Winds.

174
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
17/04/2018 15h30-18h00 Aula 20
Aula assistida

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 M. Sweeney – Northland Pines
 A. McGinty – Legend of the Eagle
 A. Reed – Viva Musica
 R. Ford – Dillon’s Flight
 R. Ares – Cantabile for Winds

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Fá Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines, Legend of the Eagle, Viva Musica, Dillon’s Flight e Cantabile for
Winds.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


24/04/2018 15h30-18h00 Aula 21
Aula coadjuvada

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 M. Sweeney – Northland Pines
 R. Ford – Dillon’s Flight
 J. P. de Sousa – The Washington Post March

Descrição da aula
A pedido do professor, esta aula foi orientada por mim.
A aula iniciou-se com a execução da obra de aquecimento Tone Studies for Band.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines e Dillon’s Flight. No fim da aula, fez-se a leitura da obra The
Washington Post March.

175
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
08/05/2018 15h30-18h00 Aula 22
Aula assistida

Conteúdos:
 M. Sweeney – Northland Pines
 R. Ford – Dillon’s Flight
 J. P. de Sousa – The Washington Post March

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Dó Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras Norhland Pines, Dillon’s Flight e The Washington Post March.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


15/05/2017 15h30-18h00 Aula 23
Aula assistida

Conteúdos:
 M. Sweeney – Northland Pines
 R. Ford – Dillon’s Flight
 R. Ares – Cantabile for Winds
 J. P. de Sousa – The Wasington Post March

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Ré Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras The Washington Post March, Norhland Pines, Dillon’s Flight e Cantabile for
Winds.

176
Classe de Conjunto Orquestra de Sopros
22/05/2017 15h30-18h00 Aula 24
Aula assistida

Conteúdos:
 M. Sweeney – Northland Pines
 A. McGinty – Legend of the Eagle
 R. Ford – Dillon’s Flight
 R. Ares – Cantabile for Winds
 J. P. de Sousa – The Wasington Post March

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Ré Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se o trabalho
das obras The Washington Post March, Legend of the Eagle, Norhland Pines, Dillon’s Flight
e Cantabile for Winds.

Classe de Conjunto Orquestra de Sopros


29/05/2017 15h30-18h00 Aula 25
Aula assistida

Conteúdos:
 J. Curnow – Tone Studies for Band
 L. Andersen – Syncopated Clock
 A. Salieri – La Folia di Spagna

Descrição da aula
A aula iniciou-se com a execução da escala de Ré Maior, para aquecimento.
Realizou-se o processo de afinação da orquestra e, de seguida, iniciou-se a leitura das
obras Syncopated Clock e La folia di Spagna.

177
4.4. Relatórios de Atividades inseridas em PES

Propostas
Atividades
Atividade Data
Organizadas Audição de Classe A definir
18/12/2017
Masterclass de oboé
19/12/2017
Atelier de palhetas duplas A definir

Audição de música de câmara de oboés 19/12/2017


Participação
Ativa

Audição da classe de oboé da UA A definir

Concerto do Quinteto Promenade A definir


Tabela 2: Atividades de PES propostas

Realizadas
Atividades
Atividade Data
Audição de Classe 20/03/2018
Organizadas

18/12/2017
Masterclass de oboé
19/12/2017
12/05/2018
Workshop de palhetas duplas
19/05/2018
Concerto do Quinteto Promenade 20/03/2018
Participação

12/05/2018
Ativa

Workshop de palhetas duplas


19/05/2018

Tabela 3: Atividades de PES realizadas

4.4.1. Audição de Classe

A audição de classe do 2º período realizou-se no dia 20 de março de 2017, uma terça-


feira, pelas 18h00, no Auditório 1 da Academia de Música de Vilar do Paraíso.
Os 6 participantes eram alunos da classe de oboé do professor, e meu orientador
cooperante, Júlio Conceição. Foram apresentadas obras dos compositores A. Vivaldi, G.
P. Telemann, G. F. Händel, L. v. Beethoven e J. Barbirolli, com o acompanhamento do
pianista Pedro Ludgero.

178
A sala tinha algumas pessoas a assistir, entre elas, os pais, encarregados de educação,
familiares e amigos dos alunos.
Todos os alunos mantiveram uma postura correta, sem fazer qualquer ruído, enquanto
esperavam pela sua vez de tocar. Os alunos mais velhos eram os que acusavam mais
nervosismo, provavelmente pelo maior sentido de responsabilidade. Apesar do
nervosismo, todos os alunos alcançaram boas prestações.
No fim de cada atuação, o público aplaudiu, mostrando o seu agrado pelas prestações
dos alunos.
No final da audição, o professor Júlio Conceição aproveitou a situação para falar com
os encarregados de educação presentes, apelando a um estudo mais regular e persistente,
em casa.
O cartaz e o programa da audição encontram-se disponíveis no anexo 13.

4.4.2. Concerto do Quinteto Promenade

Figura 38: Concerto do Quinteto Promenade no Cinema Nun'Alvares

Este evento foi pensado, inicialmente, ser um ciclo de concertos didáticos, onde seriam
apresentadas algumas obras do repertório de quinteto de sopros, abrangendo as escolas
de acolhimento dos três elementos do quinteto em PES, Luís Matos, Ana Maria Pinho e
Carlos Tomaz. As três escolas de acolhimento são a Academia de Música de Vilar do

179
Paraíso (AMVP), o Curso de Música Silva Monteiro (CMSM) e a Escola de Artes da
Bairrada (EAB). Infelizmente, por falta de compatibilidade de disponibilidades, só um
concerto foi possível realizar, tendo sido realizado no Cinema Nun’Alvares, no dia 18 de
janeiro de 2018, quinta-feira, pelas 19h00.
Neste evento foram apresentadas obras de A. Dvorák, M. Arnold, A. Klughardt e E.
Carrapatoso a uma plateia repleta de alunos e alguns professores da escola Curso de
Música Silva Monteiro.
O público manteve sempre uma postura correta, em silêncio, a ouvir, com atenção, as
obras em apresentação. No fim de cada atuação, o público aplaudiu freneticamente,
demonstrado agrado pela prestação do grupo.
No fim do concerto, houve um espaço dedicado a questões que os alunos quisessem
colocar ao grupo. As perguntas feitas abrangiam a origem do nome do grupo, Promenade,
e o repertório.
O cartaz e o programa do concerto encontram-se disponíveis no Anexo 16.

Figura 39: Artigo da Newsletter do CMSM

180
4.4.3. Workshop de palhetas duplas

Figura 40: Sessão de Amarragem do workshop40

Este evento foi pensado, inicialmente, ser um atelier de palhetas com o meu professor,
e fundador da loja oboesales.com, Jean Michel Garetti. Devido a falta a falta de
disponibilidade, procurou-se outra solução para a realização deste evento. A solução
encontrada foi eu próprio ministrar o workshop, obtendo o pretexto ideal para testar o
manual de palhetas duplas, construído para este projeto.
O evento foi dividido em duas sessões, sendo a primeira, dedicada à amarragem de
palhetas, no dia 12 de maio de 2018, sábado, e a segunda, dedicada à raspagem, no dia
19 de maio de 2018, sábado. Ambas as sessões foram realizadas em salas de aula da
Academia de Música de Vilar do Paraíso. Para este evento, foi estabelecido um limite
máximo de 10 inscrições, das quais apenas 6 vagas foram preenchidas. Infelizmente,
nenhum aluno da classe de oboé da AMVP se inscreveu no workshop.

Participante Idade Grau Género Aluno


Participante 1 12 3º Grau Masculino Externo
Participante 2 19 2º Ano de Licenciatura Masculino Externo
Participante 3 15 5º Grau Feminino Externo
Participante 4 13 4º Grau Masculino Externo
Participante 5 15 5º Grau Feminino Externo
Participante 6 14 5º Grau Feminino Externo
Tabela 4: Lista de participantes no workshop

40 Fonte: Autoria do investigador.

181
Na sessão de amarragem, primeiramente, os alunos preencheram um questionário.
Depois, foram entregues cópias do manual a cada participante, de forma que todos
pudessem analisar os dados. Após isso, todos os participantes construíram uma lista que
declarava quais os procedimentos que iriam seguir para cada palheta.
Durante a amarragem das palhetas, alguns participantes pediram ajuda com manuseio
dos materiais e com alguns procedimentos. O ambiente na sala foi sempre relaxado e
calmo. No fim da sessão os resultados obtidos foram bastante positivos e todos os
participantes demonstraram agrado pela qualidade do livro.

Figura 41: Sessão de Raspagem do workshop41

A sessão de raspagem iniciou-se com a distribuição dos livros para os participantes


analisarem os conteúdos. De seguida, os participantes iniciaram a raspagem das suas
palhetas.
Durante a raspagem das palhetas, alguns participantes, nomeadamente os menos
experientes, colocaram imensas dúvidas, relativamente ao manuseio do material,
principalmente da faca. Devido à falta de experiência, os resultados desta sessão não se
revelaram tão positivos como os da sessão anterior. Apesar disso, o ambiente na sala, à
semelhança da sessão anterior, foi relaxado e calmo.
No final do workshop, foi pedido, aos participantes, que preenchessem um segundo
inquérito, sendo, de seguida, entregue um diploma de frequência no curso a cada aluno.
O cartaz, a ficha de inscrição e o diploma encontram-se disponíveis no Anexo 14.

41 Fonte: Autoria do investigador.

182
4.4.4. Masterclass de oboé

Este evento decorreu nos dias 18 e 19 de dezembro de 2017, segunda-feira e terça-


feira, respetivamente, com o oboísta Jean Michel Garetti, professor de oboé e música de
câmara na Universidade de Aveiro.
As inscrições, para a mesma, contemplavam alunos internos e alunos externos à AMVP,
na qualidade de executantes. Das 9 inscrições, apenas 3 eram de alunos internos.

Nome Grau Género Alunos


Participante A 8º Grau Feminino Externo
Participante B 8º Grau Feminino Externo
Participante C 5º Grau Feminino Externo
Participante D 5º Grau Masculino Interno
Participante E 1º Grau Feminino Interno
Participante F 3º Grau Masculino Externo
Participante G 8º Grau Feminino Externo
Participante H 6º Grau Feminino Externo
Participante I 3º Grau Masculino Interno
Tabela 5: Lista de inscritos na masterclass de oboé

O repertório proposto pelos alunos foi:

Aluno Programa
a) W. A. Mozart – Concerto em Dó Maior, KV 314
Participante A
b) C. Saint-Saëns – Sonata para oboé, Op. 166
a) W. A. Mozart – Concerto em Dó Maior, KV 314
Participante B b) F. Poulenc – Sonata para oboé, FP 185
c) A. Doráti – “La cigarre et la formie”
Participante C a) G. Jacob – Seven Bagatelles
Participante D a) A. Klughardt – Concertino, Op.18
a) N. Siniavine – Mélodie Hongroise
Participante E
b) A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5
Participante F a) J. Barbirolli – Concerto em Dó Menor
a) L. A. Lebrun – Concerto nº1 em Ré Menor
Participante G
b) J. S. Bach – Sonata em Sol Menor, BWV 1030
Participante H a) W. Ferling – 48 estudos, Op. 31 (estudo nº 11)

183
b) J. W. Kalliwoda – Morceau de Salon, Op. 228
a) W. Boyce – Gavotte
Participante I
b) G. P. Telemann – Partita nº5 em Mi Menor, TWV 41:e1
Tabela 6: Lista de repertório da masterclass de oboé

Todos os alunos usufruíram de duas aulas de 45 minutos que se distribuíram da


seguinte forma:

Horário 18/12/17 Aluno Programa


09h30 – 10h15 Participante G L. A. Lebrun – Concerto nº1 em Ré Menor
10h15 – 11h00 Participante A W. A. Mozart – Concerto em Dó Maior, KV 314
11h00 – 11h45 Participante E A. Corelli – Sonata em Lá Menor, Op.5
11h45 – 12h30 Participante H J. W. Kalliwoda – Morceau de Salon, Op. 228
12h30 – 13h30 Almoço
13h30 – 14h15 Participante F J. Barbirolli – Concerto em Dó Menor
14h15 – 15h00 Participante C G. Jacob – Seven Bagatelles
15h00 – 15h45 Participante I W. Boyce – Gavotte
15h45 – 16h30 Participante D A. Klughardt – Concertino, Op.18
16h30 – 17h15 Participante B W. A. Mozart – Concerto em Dó Maior, KV 314
17h15 – 18h00 Participante E N. Siniavine – Mélodie Hongroise
Tabela 7: Programação da masterclass de oboé no dia 18 de dezembro

Horário 19/12/17 Aluno Programa


09h30 – 10h15 Participante A C. Saint-Saëns – Sonata para oboé, Op. 166
10h15 – 11h00 Participante G J. S. Bach – Sonata em Sol Menor, BWV 1030
11h00 – 11h45 Participante F J. Barbirolli – Concerto em Dó Menor
G. P. Telemann – Partita nº5 em Mi Menor, TWV
11h45 – 12h30 Participante I
41:e1
12h30 – 13h30 Almoço
13h30 – 14h15 Participante C G. Jacob – Seven Bagatelles
14h15 – 15h00 Participante H J. W. Kalliwoda – Morceau de Salon, Op. 228
15h00 – 15h45 Participante D A. Klughardt – Concertino, Op.18
F. Poulenc – Sonata para oboé, FP 185
15h45 – 16h30 Participante B
A. Doráti – “La cigarre et la formie”
Tabela 8: Programação da masterclass de oboé no dia 19 de dezembro

O cartaz, a ficha de inscrição e o diploma encontram.se disponíveis no Anexo 15.

184
4.5. Reflexões Finais

Ter estagiado na Academia de Música de Vilar do Paraíso foi um privilégio, quer pela
oportunidade de ministrar e adquirir conhecimentos, quer pela experiência da prática
pedagógica-didática.
Todos os alunos revelaram uma postura exemplar, quer com o professor orientador
cooperante, quer comigo, merecendo todo o trabalho, esforço e interesse depositado neles.
Penso ter contribuído, durante este ano, para o seu crescimento e desenvolvimento
cognitivo, técnico-performativo e sócio-afetivo.
Nos objetivos gerais, todos os alunos desenvolveram competências motoras e de leitura
através da prática do instrumento, respeitaram os docentes e os seus conselhos e
mostraram interesse e curiosidade. Demonstraram mais dificuldade no que respeita à
consciencialização e correção de aspetos referentes à postura e movimentos involuntários.
A autorregulação do estudo individual deve ser algo a desenvolver nos alunos A e C
para uma melhor evolução. Já o aluno B é um aluno empenhado que, apesar do
nervosismo apresentado em provas, obtém resultados bastante positivos.
Todos os alunos necessitaram bastante atenção da parte do professor, bem como da
minha parte. Foi-lhes incutido o respeito pelos professores e colegas, a pontualidade e a
assiduidade, insistindo num estudo contínuo, regular e permanente.
O único ponto menos positivo, neste contacto com os alunos da AMVP, foi a falta de
interesse e participação nula no workshop de palhetas duplas, integrado nas atividades de
Prática de Ensino Supervisionada.
Relativamente às aulas de classe de conjunto, os alunos apresentaram-se, geralmente,
um pouco irrequietos por estarem em grupo. Contudo foi-lhes sempre incutido o espírito de
entreajuda, o respeito pelos colegas e pelos professores, a pontualidade, a assiduidade e
uma postura ativa de trabalho.
Como professor estagiário, apesar de algumas faltas justificadas por motivos
profissionais, fui assíduo e pontual, colaborei com os todos os docentes e não docentes.
Todos os conselhos e críticas que me foram apontados foram aceites como forma de
evoluir e melhorar o processo ensino-aprendizagem.
Depois de analisar a minha conduta, as minhas atitudes e os ensinamentos que me
foram transmitidos, reformulei algumas práticas de ensino de forma a motivar os alunos
para um trabalho mais regular e eficiente. A boa relação pedagógica professor/aluno,
criada ao longo deste ano, demonstrou ser facilitadora da aprendizagem.
Nas aulas de oboé, foi sempre comentado o trabalho dos alunos, tendo sido usados,
preferencialmente, juízos positivos, tendo sido apontados os erros sempre que necessário.

185
186
Referências Bibliográficas

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de http://amvp.pt
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ajustes nas palhetas de oboé sob ação de agentes climáticos externos.
Universidade Federal da Bahia.
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Translated from the Original German by Anthony Baines and Klaus P.
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Werner, D. (2014). Der Wer zum guten Oboenrohr. Frankfurt: Grahl & Nicklas
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188
Anexos

189
190
Anexo 1: Manual Guia de Construção de Palhetas Duplas –
para Oboístas (excertos)

191
192
193
194
195
Por motivos editoriais apenas são apresentadas algumas páginas do Guia de
Construção de Palhetas Duplas – para Oboístas.

196
Anexo 2: Projeto Educativo da AMVP

197
198
199
200
201
202
203
204
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206
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218
219
220
221
222
Anexo 3: Regulamento Interno da AMVP

223
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225
226
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266
267
268
269
270
Anexo 4: Regulamento do Quadro de Mérito e Excelência da
AMVP

271
272
273
274
Anexo 5: Plano Anual de Formação

275
276
Anexo 6: Folhas de Presença

277
278
279
280
Anexo 7: Planificações de Oboé do Ensino Básico

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283
284
285
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291
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294
295
296
Anexo 8: Classe de Oboé

297
Anexo 9: Programa de Oboé

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299
300
301
302
303
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305
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312
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314
315
316
317
318
Anexo 10: Critérios de Avaliação de Oboé (2ºCiclo)

319
Anexo 11: Matrizes Provas Trimestrais de Sopros

320
321
322
Anexo 12: Matriz Prova Global de Sopros

323
324
325
Anexo 13: Documentação referente à Audição de Classe

 Cartaz

326
 Programa

327
Anexo 14: Documentação referente ao Workshop

 Cartaz

328
 Desdobrável

329
 Inquéritos Pré-Workshop

330
331
332
333
334
335
 Inquéritos Pós-Workshop

336
337
338
339
340
341
 Fichas de controlo

342
343
344
345
346
347
 Diploma

348
Anexo 15: Documentação referente à Masterclass de Oboé

 Cartaz

349
 Desdobrável

350
351
 Diploma

352
Anexo 16: Documentação referente ao Concerto do Quinteto
Promenade

 Cartaz

353
 Programa

354
Anexo 17: Declaração de faltas pela OFB

355

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