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FAZENDO

UM
ARCO E FLECHA

Criação, pesquisa e elaboração


Equipe Pegasus

2008

Pegasus – Cursos, e-books, apostilas, manuais e tutoriais on-line.


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Índice

Materiais usados na fabricação


Escolhendo a madeira
Desbastando a madeira
Lixando a madeira
Revestimento
Empunhadura e sulcos para a corda do arco.
Envergando o arco
Flechas e cordas do arco
Tipos de Flecha
Acabamento
Fotos da fabricação de um arco
Links úteis

Equipe Pegasus

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Materiais usados na fabricação
1 Grosa (Limas para madeira) (entre 25 e 30 cm)
1 Grosa cilíndrica pequena e fina (a menor)
1 Plaina para madeira
Lixas para madeira (Numeração 60, 80, 100, 120, 140, 160, 180, 200 e 220)
(Duas de cada)
1Bancada (mesa) para trabalho
4 Grampos tipo C
1 Régua (marcação em cm. e polegadas)
1 Trena (marcação em cm. e polegadas)
Facas de tamanhos variados e/ou canivete
Madeiras (Ipê, Gonçalo Alves ou aroeira, Jatobá, Pau roxo, Pau Brasil)
500 gramas de Cola para madeira (com base vinílica)
1 Lápis/Caneta
1 Arco com serra
1 Torno de bancada

Escolhendo a madeira
A madeira ideal para ser usada em um arco, seria aquela da derrubada
de uma árvore e seu tronco, rachado de forma triangular, é guardado à sombra
por aproximadamente dois anos que seria trabalhada partindo-se dos anéis de
crescimento.
Entretanto, isso pode tornar-se uma tarefa difícil e demorada e por isso
iremos trabalhar nesse projeto usando um caibro com alguma das madeiras
citadas com um posterior revestimento para que o arco possa suportar a
pressão sem quebrar-se.
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Para esse projeto, usaremos uma madeira com 70 polegadas de
comprimento por 1,5 polegadas quadrada, pois esse tamanho e medida
permitem que se faça um arco com uma “puxada” de 28 polegadas (tamanho
da maioria dos arcos comprados prontos) ideais para pessoas até um 1,80
metros de altura.
Acima dessa altura, uma madeira de 72 polegadas é suficiente e caso a
pessoa tenha até um 1,70 metros, o tamanho da madeira poderia ter 68
polegadas.

Acompanhe o passo a passo:

1 - Pegue a madeira com o tamanho exato e com o lápis ou caneta trace uma
linha exatamente no centro.

2 - Trace mais duas linhas conforme o esquema abaixo.

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3 - Faça mais duas linhas com 2,5 polegadas ao lado das duas últimas que
você traçou anteriormente.

4 - Mais uma linha, agora na horizontal.

5 - Trace 4 linhas em direção as diagonais de acordo com as instruções.

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6 - Faça as linhas no local da empunhadura.

7 - De modo que depois de traçadas todas as linhas, você possa saber quais
as áreas serão desbastadas do caibro de madeira usando a plaina e a grosa.
A área em preto representa bem essas partes.

Os esquemas apresentados acima representam uma visão aérea, uma


“vista de cima” do arco, onde a parte apresentada seria as costas do arco ( a
parte que fica de frente para o alvo).
Há de notar-se que a parte direita do arco é um pouco maior que a parte
esquerda. Não se preocupe, pois isso é do projeto mesmo. Esta parte maior
representa o que será a parte superior do arco, parte essa, que precisa ser
pouco maior devido sofrer maior pressão quando o arco é usado e
conseqüentemente, sofrendo uma maior fadiga (stress).
Bem, tendo desenhado todas as linhas nas “costas” do arco, chega à hora
de fazer os riscos nas laterais para posteriormente ser então retirada a a
madeira excedente.
Observe o arco e seus riscos, numa visão lateral:

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8 - A madeira, com as linhas traçadas anteriormente.

9 - Agora trace as linhas que faltam, na lateral da madeira.

Desbastando a madeira

Após terminar de riscar toda a madeira, chega hora de você retirar a parte
que não é preciso; chega hora de usar a plaina, a grosa e a serra para ao final
ter uma lâmina de madeira que será seu arco.

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Essas tarefas chamam-se “desbastes” e você deverá prender bem a
madeira em um torno de bancada para poder usar as ferramentas da forma
correta.
Com a madeira devidamente presa, inicie o trabalho observando as
próximas ilustrações.

9 - A representação abaixo mostra a parte da madeira que deverá ser retirada.


Acompanhe:

10 - Seguindo as recomendações, o caibro de madeira terá essa aparência


depois de retirada parte da madeira
Vista aérea:

Obs. Na fato acima as linhas do desenho possuem os degraus devido o


esquema ter sido feito no programa “paint” e este não obtém uma linha

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Flechas e cordas do arco
Para esses dois itens, recomendamos que os comprassem prontos, pois
fazer uma flecha ou a corda sem muitos equipamentos será uma tarefa muito
difícil.
Esses dois itens não são caros.

Tipos de flechas

Flecha padrão, com ponta larga de metal

Flechas pesadas em relação à tração do arco


aumentam o dano, mas são mais lentas e têm menor alcance.

Flechas leves em relação à tração do arco


(usadas principalmente em tiro ao alvo) voam mais longe, mas provocam
menos dano: dão maior Alcance, mas reduzem a penetração
penetração e o dano
dano básico.

Para ser lançada a grandes distâncias. É


extremamente leve em relação à tração do arco (13 g ou menos), pequena e
tão aerodinâmica quanto possível. É popular na Turquia e nos países árabes,
onde o tiro ao arco à distância é um esporte popular.
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Normalmente, só tem uso esportivo, mas poderia ser usada para sinalização ou
para enviar mensagens. As hastes são leves e longas, as cabeças muito
pequenas e as “penas” podem ser folhas
f olhas de navalha. O recorde de distância
para flechas (de 29 cm) é de 1.854 m, usando um “arco” mecânico com 136 kg
de força (equivalente a Força +10½). Com arcos manuais convencionais, o
recorde é de 850 m com 65 kgf (Força +7½)

Flechas primitivas, com pontas de sílex ou outra


pedra dura, usadas desde o paleolítico

Com ponta de lasca de obsidiana (vidro vulcânico


negro). Causa mais dano que o normal, mas quebra se atingir Proteção
superior a 1 e então produz apenas dano contundente.

Flecha simples de madeira ou bambu, com ponta


endurecida no fogo e aguçada. Os tupi-guaranis preferiam madeira de
bocaiúva (mas flechas de brinquedo ou vendidas como artesanato costumam
ser feitas de taquara). Sai facilmente da carne do animal (porco do mato, tatú,
paca, anta, jacaré etc., no caso dos índios brasileiros), deixando-o sangrar até
a morte.

Usadas em arqueirismo esportivo, têm pontas


menores e mais aerodinâmicas, mas que não penetram no alvo muito
profundamente, para facilitar sua retirada e causar menos dano ao alvo.

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Usadas para caçar, têm pontas mais aguçadas
que as de tiro ao alvo, pois visam ferir e matar a presa.

Flechas dentadas de difícil extração são usadas


por caçadores tribais para caçar animais médios e ariscos, como macacos e
gatos selvagens. Removê-la aumenta o dano em meio grau, a menos que se
seja bem sucedido em um teste de Primeiros Socorros ou Cirurgia de
dificuldade 2.

Para caçar pássaros e coelhos: a presa


atordoada cai com a flecha, que não fica travada na copa das árvores e é
recolhida com facilidade, junto com a presa.

É um tipo de flecha de ponta rombuda com


penas que produzem muito arrasto, o que estabiliza a flecha mas reduz seu
alcance. Para caça de pássaros e animais pequenos em vegetação densa, o
alcance curto e as penas longas tornam a flecha mais fácil de encontrar,
reduzindo em um grau a dificuldade de recolhê-las.

Algumas flechas fluflu têm uma armação de


arame em torno da ponta, com cerca de 3 cm de diâmetro (até 6,5 cm em
alguns modelos) para não sumirem no mato. São uma invenção moderna, mas
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poderiam ter sido desenvolvidas há mais tempo. Se erram, não se enterram
facilmente no mato. A dificuldade para encontrá-las é dois graus menores.
Essas flechas também aumentam ligeiramente a chance de atingir animais
pequenos (Tamanho -3 ou menor).

Têm hastes pesadas e uma ponta endurecida e


sem farpas (ou quase) de uns 6 cm de comprimento. Foram usadas por
arqueiros antigos e medievais para perfurar armaduras de placas.

Têm hastes pesadas e uma ponta mais longa


(cerca de 10 cm). Foram usadas por arqueiros antigos e medievais para
perfurar armaduras de placas.

Flecha padrão no Japão dos samurais, com


ponta semelhante à de uma lança, também usada para perfurar armaduras.

Flecha de dois gumes, farpada, com ponta


triangular ou em forma de folha, de bronze ou ferro, de cerca de 5 cm de
comprimento. Era a mais usada na guerra e na caça a animais grandes. Removê-la
aumenta o dano em meio grau, a menos que se seja bem sucedido em um teste de Primeiros Socorros ou Cirurgia de
dificuldade 2.

Variante japonesa da flecha farpada. Pode ter


de 2,5 a 15 cm e freqüentemente tem gume serrilhado. Cuidadosamente
trabalhadas, são mais precisas que as flechas européias medievais. O nome
japonês significa “rasga-carne”. Removê-la aumenta o dano em meio grau, a
menos que se seja bem sucedido em um teste de Primeiros Socorros ou
Cirurgia de dificuldade 2.

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Com forma de folha, causa o mesmo dano que
uma flecha farpada, mas pode ser removida sem causar dano extra. Alguns
modelos japoneses são cuidadosamente elaborados e muito artísticos. O nome
japonês significa “folha de salgueiro”.

Possuem três ou quarto farpas metálicas e


aerodinâmicas, que lhe dão mais precisão que às flechas farpadas tradicionais.
Removê-la aumenta o dano em meio grau, a menos que se seja bem sucedido
em um teste de Primeiros Socorros ou Cirurgia de dificuldade 2.

Algumas flechas modernas de caça têm lâminas


que se abrem com o impacto. São mais úteis para caçar peixes, pois as farpas
expansivas tornam a flecha muito difícil de remover. Essas flechas também são
pouco eficientes contra qualquer tipo de Proteção (blindagem, couraça).
Removê-la aumenta o dano em um grau, a menos que se seja bem sucedido
em um teste de Primeiros Socorros ou Cirurgia de dificuldade 3.

Com ponta em forma de tridente ou forquilha,


eram usadas por arqueiros antigos e por samurais japoneses. Seu objetivo é
produzir tanto dano quanto possível e permanecer presa quando puxada.
Também foram usadas para caçar peixes e grandes animais e, nas batalhas
navais, para cortar o cordame de navios.
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Removê-la aumenta o dano em um grau, a menos que se seja bem sucedido
em um teste de Primeiros Socorros ou Cirurgia de dificuldade 2.

Algumas culturas usaram flechas com pontas


em forma de lua crescente, voltadas para a frente, com gume afiado, cuja
principal utilidade era cortar asas de aves ou tendões das patas de animais (ou
pessoas) para impedir sua fuga. Também teriam sido usadas para decapitar
avestruzes.

Este tipo de flecha tem uma cabeça bulbosa


com furos que assobiam quando ela voa. No Japão e entre os mongóis, era
costume começar uma batalha disparando essas flechas sobre a cabeça dos
inimigos como forma de guerra psicológica, mas elas também podiam ser
usadas para sinalização. Às vezes, os arqueiros enchiam a ponta da flecha
com pólvora e a acendiam, criando uma flecha incendiária.

Qualquer flecha pode ser transformada em


incendiária se uma bucha de material inflamável for enrolada na haste e acesa
(na Idade Média, geralmente trapos embebidos em óleo).
Leva 3 segundos para acender uma flecha incendiária em uma chama pronta.
Flechas incendiárias se apagam uma vez em seis. Não causam dano extra,
mas podem pôr fogo em materiais inflamáveis. Causam dano normal para o
seu tipo de ponta e a dificuldade de atingi-las é +½.

Os ninjas usavam flechas carregadas com


pólvora e efeitos pirotécnicos. Não causam dano, mas distraem o inimigo com
a luz e o ruído. Uma salva noturna dessas flechas (10 ou mais ao mesmo
tempo) causa uma penalidade de dois graus em testes de Percepção, Visão e
Audição, cumulativa com penalidades devidas à escuridão. Personagens com

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A madeira já descascada
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Não use madeiras rachadas. Sempre procure madeiras um pouco maiores para
caso seja preciso serrar algum pedaço.

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A madeira presa no torno de bancada para ser trabalhada

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Com a madeira pronta, chega hora de tirar as medidas e desenhar os riscos do
modelo do seu arco

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Madeira desbastada

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Reforço do arco foi feito de couro
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Considerações finais
Encerramos esse manual, certos que de alguma forma ajudamos você a
conhecer e adentrar ao mundo da arqueiria.
Desejamos que esse seja o primeiro de vários projetos nesse campo, e
que jamais desanime se o seu primeiro arco não sair uma cópia do que
desejava.
Sabemos que somente a prática nos leva a perfeição, mas com paciência,
dedicação e vontade, em pouco tempo atingiremos excelentes resultados.
Um cordial abraço,

Equipe Pegasus

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ATENÇÃO
Proibida a reprodução
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Fim
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