Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
POP Câmeras Operacionais Portáteis - SEPARATA NR 82 de 27 - 10 - 2022
POP Câmeras Operacionais Portáteis - SEPARATA NR 82 de 27 - 10 - 2022
ESTADO-MAIOR
Considerando que o uso de câmeras portáteis por policiais tem sido cada vez mais
adotado em atividades operacionais das corporações de segurança pública ao redor do
mundo.
5.2 Inserir o conteúdo do presente Memorando como tema de Treinamento Tático (TTa)
e Treinamento Técnico (TT) para todas as Unidades subordinadas.
2 ABREVIATURAS E SIGLAS
2.1 CG - Comando-Geral.
2.2 COP - Câmera Operacional Portátil.
2.4 DGEOp - Diretriz Geral para Emprego Operacional.
2.5 DCO - Diretoria de Comunicação Organizacional.
2.6 IMPO - Instrumento de Menor Potencial Ofensivo.
2.7 MTP - Manual Técnico-Profissional.
2.8 PM - Polícia / Policial Militar.
2.9 PM3 - Terceira Seção do Estado-Maior.
2.10 PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais.
2.11 P3 - Seção de Emprego Operacional.
2.12 POP - Procedimento Operacional Padrão.
2.13 PEIE - Pistola de Emissão de Impulsos Elétricos.
2.14 RAT - Relatório de Atividade.
2.15 REDS - Registro de Eventos de Defesa Social.
2.16 TIC - Tecnologia de Informações e Comunicações.
2.17 UEOp - Unidade de Execução Operacional.
3 RESULTADOS ESPERADOS
3.1 Reforçar a transparência e a legitimidade das ações da PMMG, otimizando a qualidade dos serviços
prestados.
3.2 Garantir a integridade física e moral do policial militar e os direitos individuais dos cidadãos, em
especial pelo efeito dissuasório da tecnologia.
3.3 Fortalecer o conjunto probatório coletado pela PMMG, no que se refere ao registro audiovisual
coletado em fato de natureza policial.
3.4 Contribuir para a segurança jurídica do policial militar na atuação operacional, fornecendo subsídios
da legalidade das ações desencadeadas.
3.5 Alinhar o emprego de instrumentos de menor potencial ofensivo, especialmente a PEIE, com a
COP.
1 Art. 2º, inciso VII – garantir a educação, o acesso à informação, o ensino, a saúde e a assistência à maternidade,
à infância, à adolescência e à velhice) e Art. 142.
( - SEPARATA do BGPM n° 82, de 27 de outubro de 2022 - )
4 RECURSOS NECESSÁRIOS
4.1 De uso individual:
4.1.1 Fardamento operacional.
4.1.2 Cinto de guarnição com equipamentos.
4.1.3 Colete balístico com suporte para câmera.
4.1.4 Arma de porte.
4.1.5 Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO).
4.1.6 Instrumentos de comunicação operacional.
4.1.7 Câmera Operacional Portátil (COP).
4.1.8 Doca da Câmera Operacional Portátil.
4.1.9 Pistola de Emissão de Impulsos Elétricos (PEIE).
5 PROCEDIMENTOS BÁSICOS
5.1 Conceito de utilização
A COP é destinada ao uso exclusivo no serviço operacional, por policial militar devidamente capacitado,
para captação de imagens de ações e operações policiais militares, incluindo o uso em instrução e
treinamento ou em teste de funcionamento do equipamento, além da utilização para defesa ou
promoção da imagem institucional.
2 Conforme Manual Técnico-Profissional 01 (MTP-01) “Entende-se por intervenção policial, a ação ou a operação
que empregam técnicas e táticas policiais, em eventos de defesa social, tendo como objetivo prioritário a
promoção e a defesa dos direitos fundamentais da pessoa”.
( - SEPARATA do BGPM n° 82, de 27 de outubro de 2022 - )
operá-lo (policial militar ferido, por exemplo). Nestes casos, a mudança da cautela do equipamento
ocorrerá na primeira oportunidade, sem que haja comprometimento da segurança e da atividade
operacional desempenhada.
5.3.7 O policial militar deverá atentar-se sobre os seguintes procedimentos durante a utilização das
COP:
5.3.7.1 Uma vez iniciada a gravação pela COP, resguardadas as circunstâncias previstas neste POP,
o policial militar só poderá finalizá-la quando houver encerrado a intervenção policial-militar,
esclarecendo o motivo do encerramento, com registro da própria fala no dispositivo.
5.3.7.2 Havendo gravação de vesígios por meio de COP durante o atendimento de ocorrências policiais,
a Guarnição de Radiopatrulhamento deverá apontar a circunstância do uso da tecnologia no histórico
da ocorrência policial.
5.3.7.3 Ao iniciar a gravação, o policial militar deve informar às partes sobre o registro audiovisual da
intervenção ou interação. Se tal ação for potencialmente prejudicial à integridade física do policial militar
ou das partes, não haverá necessidade de informar às partes o início da captação dos vestígios.
5.3.7.4 Em determinadas circunstâncias, mesmo caracterizadas como intervenção policial, poderá
ocorrer a interrupção da gravação, devendo o policial militar responsável, registrar sua fala no próprio
equipamento antes de desligá-lo, esclarecendo o motivo da interrupção.
a) Deve-se evitar a gravação de imagens de criança ou adolescente na condição de vítima, ou em
casos de crimes sexuais.
b) São exemplos de circunstâncias em que a gravação será apenas parcial ou realizada após criteriosa
análise do policial militar:
1) por solicitação de vítima ou testemunha, podendo suas declarações ser registradas somente em
áudio;
2) dentro de instalações médicas, apenas o necessário para intervenção policial.
c) São exemplos de circunstâncias em que as gravações devem ser interrompidas:
1) pessoas da comunidade que queiram denunciar crimes e situações que requeiram intervenção
policial e não queiram ser identificadas (colaborador potencial ou atual), não poderá haver gravação
de imagem e nem áudio, no intuito de se resguardar o sigilo da fonte e a integridade física do
cidadão;
2) na realização de busca pessoal completa3, ocasião em que o ambiente deverá ser previamente
filmado em 360º.
5.3.8 Quando houver submissão de indivíduo a procedimento de busca (pessoal, veicular ou
residencial), antes da liberação, recomenda-se que o policial militar questione o abordado se todos os
seus pertences se encontram em sua posse e registre este procedimento com a COP.
5.3.9 Todas as imagens coletadas durante o turno de serviço deverão ser transferidas para o sistema
de armazenamento de imagens pelo policial militar responsável pelo equipamento, podendo o
coordenador do turno ou supervisor operacional requisitar a visualização das imagens antes de serem
armazenadas. A transferência das imagens se dá de maneira automática ao acoplar a COP na doca
para carregamento da bateria.
5.3.10 As imagens coletadas em ocorrências policiais que constituam vestígios do evento registrado
serão carregadas no sistema REDS pelo policial militar no momento do registro. Caso haja alguma
circunstância que impeça o carregamento no momento do registro, o arquivo poderá ser remetido por
outros meios à Autoridade de Polícia Judiciária, descrevendo o fato no histórico do boletim de
ocorrência.
5.3.11 Caso a COP passe à condição de inoperante, o fato deverá ser registrado em relatório e ser
reportado imediatamente ao Coordenador do turno de serviço ou correspondente, o qual será o
responsável por tomar as providências cabíveis à regularização do problema. Se a falha ocorrer durante
atendimento de ocorrência, deverá constar no registro o horário e local em que a inoperância ocorreu.
5.3.12 O policial militar deve ter em mente que sua segurança e da sua equipe será sempre prioridade.
Assim, havendo motivos que impeçam a ativação da COP no momento da intervenção, o policial deverá
priorizar a solução do fato e posteriormente ligar o dispositivo. O fato deverá ser registrado no sistema
REDS, indicando o motivo do dispositivo ter sido mantido desligado durante a atividade, mesmo diante
da obrigatoriedade de utilização.
5.3.13 Nos casos em que as luzes da COP (luz de infravermelho ou indicativo de stand-by) possam
comprometer a segurança da equipe policial devido a inobservância da disciplina de luz durante
operação policial, a COP poderá ficar desligada com autorização expressa do Comandante da
Operação. Estes casos somente poderão ser autorizados para os modelos de equipamento que não
possuam a função de desligar as referidas luzes e a autorização deverá ser devidamente registrada.
5.3.14 É responsabilidade dos coordenadores de turno operacional, bem como dos comandantes de
frações destacadas, sem prejuízo da atuação dos escalões superiores, supervisionar se as equipes
policiais estão utilizando as COP conforme normatização.
5.7 Vedações
5.7.1 É vedada a utilização das COP para atividades particulares e registro de qualquer fato que não
seja intervenção policial ou treinamento.
5.7.2 É vedada a edição dos vídeos anexados ao REDS e/ou destinados às autoridades de Polícia
Judiciária/requisitantes.
5.7.3 É vedada a divulgação/compartilhamento não autorizada pela PMMG de qualquer áudio/vídeo
produzido pelas COP, incluindo redes sociais, grupos de WhatsApp e/ou similares.
5.7.4 É vedado o registro de briefings4, discussões de emprego tático ou debriefings5 operacionais,
bem como de treinamentos táticos.
5.7.5 É vedado o acesso de policiais militares portando COP em vestiários e sanitários de uso coletivo.
Nestes casos, o policial deverá retirar o equipamento e guardá-lo enquanto utiliza as instalações
descritas.
5.7.6 É vedado o registro de imagens de integrantes do SIPOM em atividades operacionais.
6 ATIVIDADES CRÍTICAS
6.1 Deixar de reportar ao escalão superior problemas de funcionamento da câmera ou situações que o
equipamento, mesmo que temporariamente, passe para o estado de inoperante.
6.2 Deixar de registrar a motivação em caso de impossibilidade de registro de intervenção policial.
6.3 Deixar de testar equipamento antes do turno de serviço.
6.4 Deixar de acoplar devidamente a COP à doca, impedindo que seja realizado o download dos vídeos
realizados e recarga da bateria do equipamento.
6.5 Deixar de anexar no REDS o vídeo captado pela COP que contenha vestígio da infração identificado
durante a intervenção policial.
7 AÇÕES CORRETIVAS
7.1 Capacitar os policiais militares para utilização da COP.
7.2 Instruir quanto aos cuidados necessários para manter a COP em condições de uso.
7.3 Testar o equipamento no início dos turnos de serviço, verificando os aspectos de funcionamento.
7.4 Supervisionar periodicamente os bancos de dados de imagens captadas quanto à integridade dos
dados coletados.
7.5 Destinar à autoridade o vídeo que contenha vestígio quando não tenha feito no momento do
registro.
7.6. Supervisionar se a utilização das COP está ocorrendo conforme normatização.
4 Briefing é um conjunto de informações ou uma coleta de dados passados em uma reunião para o desenvolvimento
de um trabalho ou documento.
5 Debriefing consiste em reunião de avaliação dos resultados e coleta de informações acerca de operação
realizada.
( - SEPARATA do BGPM n° 82, de 27 de outubro de 2022 - )
9 FLUXOGRAMA
9.1 Utilização das Câmeras Operacionais Portáteis
( - SEPARATA do BGPM n° 82, de 27 de outubro de 2022 - )