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( - SEPARATA do BGPM n° 82, de 27 de outubro de 2022 - )

ESTADO-MAIOR

Memorando nº 30.127.3/22 – EMPM

Belo Horizonte, 27 de outubro de 2022.

Aos: Comandantes, Diretores e Chefes.


Assunto: Câmeras Operacionais Portáteis.
Anexo: Único - POP nº 1.7.0.042 (Utilização das Câmeras Operacionais Portáteis).

Considerando que o uso de câmeras portáteis por policiais tem sido cada vez mais
adotado em atividades operacionais das corporações de segurança pública ao redor do
mundo.

2 Considerando que a utilização das câmeras tem potencial em dissuadir pessoas de


descumprirem regras de conduta, diminuindo as possibilidades de conflitos (ARIEL;
FARRAR; SUTHERLAND, 2015).

3 Considerando que o registro audiovisual captado pela câmera operacional é um


elemento de prova, dotado de integridade e credibilidade, garantido por cadeia de
custódia, que constitui elemento probatório em caráter administrativo e/ou judicial.

4 Considerando que a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) adquiriu Câmeras


Operacionais Portáteis (COP) para utilização como instrumento de apoio à atividade-
fim.

5 Diante do exposto, RECOMENDO:

5.1 Difundir e instruir todos os policiais militares a respeito do conteúdo do presente


Memorando, especialmente, o POP nº 1.7.0.042 (Utilização das Câmeras Operacionais
Portáteis), constante do Anexo Único.
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5.2 Inserir o conteúdo do presente Memorando como tema de Treinamento Tático (TTa)
e Treinamento Técnico (TT) para todas as Unidades subordinadas.

(a) EDUARDO FELISBERTO ALVES, CORONEL PM


CHEFE DO ESTADO-MAIOR
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ANEXO ÚNICO (POP nº 1.7.0.042 – Utilização de Câmeras Operacionais Portáteis) AO
MEMORANDO Nº 30.127.3/22

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade POP nº
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Portáteis
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1 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA
1.1 Constituição do Estado de Minas Gerais1.
1.2 Diretriz Geral para Emprego Operacional nº 3.01.01/2019-CG (DGEOp).
1.3 Manual Técnico-Profissional nº 3.04.01/2020-CG - MTP-01(Intervenção Policial, Processo de
Comunicação e Uso da Força.
1.4 Lei Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação).
1.5 Lei Federal nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).
1.6 Manual Técnico-Profissional nº 3.04.12/2013-CG - (Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo -
IMPO).

2 ABREVIATURAS E SIGLAS
2.1 CG - Comando-Geral.
2.2 COP - Câmera Operacional Portátil.
2.4 DGEOp - Diretriz Geral para Emprego Operacional.
2.5 DCO - Diretoria de Comunicação Organizacional.
2.6 IMPO - Instrumento de Menor Potencial Ofensivo.
2.7 MTP - Manual Técnico-Profissional.
2.8 PM - Polícia / Policial Militar.
2.9 PM3 - Terceira Seção do Estado-Maior.
2.10 PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais.
2.11 P3 - Seção de Emprego Operacional.
2.12 POP - Procedimento Operacional Padrão.
2.13 PEIE - Pistola de Emissão de Impulsos Elétricos.
2.14 RAT - Relatório de Atividade.
2.15 REDS - Registro de Eventos de Defesa Social.
2.16 TIC - Tecnologia de Informações e Comunicações.
2.17 UEOp - Unidade de Execução Operacional.

3 RESULTADOS ESPERADOS
3.1 Reforçar a transparência e a legitimidade das ações da PMMG, otimizando a qualidade dos serviços
prestados.
3.2 Garantir a integridade física e moral do policial militar e os direitos individuais dos cidadãos, em
especial pelo efeito dissuasório da tecnologia.
3.3 Fortalecer o conjunto probatório coletado pela PMMG, no que se refere ao registro audiovisual
coletado em fato de natureza policial.
3.4 Contribuir para a segurança jurídica do policial militar na atuação operacional, fornecendo subsídios
da legalidade das ações desencadeadas.
3.5 Alinhar o emprego de instrumentos de menor potencial ofensivo, especialmente a PEIE, com a
COP.

1 Art. 2º, inciso VII – garantir a educação, o acesso à informação, o ensino, a saúde e a assistência à maternidade,
à infância, à adolescência e à velhice) e Art. 142.
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


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3.6 Alinhar a doutrina operacional da PMMG ao cenário nacional e internacional.


3.7 Maximizar a coleta de boas ações durante as intervenções policiais para o fortalecimento da marca.

4 RECURSOS NECESSÁRIOS
4.1 De uso individual:
4.1.1 Fardamento operacional.
4.1.2 Cinto de guarnição com equipamentos.
4.1.3 Colete balístico com suporte para câmera.
4.1.4 Arma de porte.
4.1.5 Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO).
4.1.6 Instrumentos de comunicação operacional.
4.1.7 Câmera Operacional Portátil (COP).
4.1.8 Doca da Câmera Operacional Portátil.
4.1.9 Pistola de Emissão de Impulsos Elétricos (PEIE).

4.2 De uso coletivo:


4.2.1 Viatura policial 4 rodas com compartimento para transporte de presos.
4.2.2 Equipamentos de informática para download das imagens captadas.

4.3 Do suporte e manutenção:


4.3.1 A manutenção, conforme instruções do fabricante, será realizada pela Seção de Logística das
UEOp (Bloco de Competências de Tecnologia da Informação e Comunicações - TIC).
4.3.2 O armazenamento de dados deverá contar com a colaboração técnica da TIC.
4.3.3 Caberá à TIC instruir e/ou auxiliar na instrução de utilização da COP.

5 PROCEDIMENTOS BÁSICOS
5.1 Conceito de utilização
A COP é destinada ao uso exclusivo no serviço operacional, por policial militar devidamente capacitado,
para captação de imagens de ações e operações policiais militares, incluindo o uso em instrução e
treinamento ou em teste de funcionamento do equipamento, além da utilização para defesa ou
promoção da imagem institucional.

5.2 Forma de utilização


5.2.1 Para a realização das intervenções policiais2 a câmera deverá ser ligada.
5.2.2 Via de regra, a gravação ocorrerá de maneira intermitente, sendo facultado permanecer ligada
durante todo o turno de serviço.
5.2.2.1 Em todos os casos, o acionamento do equipamento deverá ocorrer em situação de segurança
para a equipe policial.

2 Conforme Manual Técnico-Profissional 01 (MTP-01) “Entende-se por intervenção policial, a ação ou a operação
que empregam técnicas e táticas policiais, em eventos de defesa social, tendo como objetivo prioritário a
promoção e a defesa dos direitos fundamentais da pessoa”.
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5.2.2.2 Durante o patrulhamento preventivo/ponto-base, os equipamentos poderão ser mantidos


desligados.
5.2.3 São consideradas circunstâncias obrigatórias para que a COP esteja ligada:
5.2.3.1 Abordagem policial-militar (em ações ou operações policiais-militares).
5.2.3.2 Atendimento de ocorrência policial de qualquer natureza (empenhado ou por iniciativa), a partir
da chegada da equipe policial no local de atuação.
5.2.3.3 Situações em que se presuma a necessidade do uso da força.
5.2.3.4 Perseguição de veículo ou perseguição de pessoa a pé.
5.2.3.5 Fiscalizações atribuídas à PMMG, por competência originária ou delegada, em
ações/operações policiais de apoio a outros órgãos públicos, bem como em operações policiais
conjuntas com outras instituições do sistema de segurança pública.
5.2.3.6 Ações/operações policiais-militares de busca e varredura, bem como incursões em ambientes
de alto risco e congêneres.
5.2.3.7 Condução de pessoas a outros órgãos (delegacias/distritos policiais, hospitais,
estabelecimentos prisionais, etc.), durante o período em que a custódia e/ou responsabilidade estiver
a cargo da autoridade policial-militar. A câmera poderá ser desligada durante a redação da ocorrência,
sendo que deverá ser novamente ligada quando houver interação do policial militar com os envolvidos
na ocorrência, por exemplo para colher a versão do fato do autor, vítima ou testemunhas.
5.2.3.8 Nas ações/operações policiais em virtude do cumprimento de mandado de busca e apreensão
e/ou mandado de prisão/apreensão.
5.2.3.9 Em procedimentos de preservação do local de crime, em procedimentos policiais nos quais seja
detectada a existência de vestígios de infrações, nas etapas da cadeia de custódia.
5.2.3.10 Outras situações não especificadas, que surjam no emprego policial, em que o policial militar
avalie a necessidade de gravação. Em caso de dúvida quanto à gravação, a COP deverá ser acionada.

5.3 Procedimentos durante a utilização


5.3.1 Quando não estiverem sendo utilizadas, as câmeras ficarão acauteladas na Intendência da UEOp,
acopladas à doca (dock station). A instalação da COP na doca é o procedimento para download e
armazenamento dos vídeos produzidos. Durante o momento em que está acoplada à doca, a COP
também realiza o carregamento da sua bateria interna.
5.3.2 No início do turno de serviço o policial militar deverá equipar com a COP junto à Intendência da
UEOp em sistema próprio de controle (ou via Sistema de Intendência da Intranet PM) que permita
identificar o período em que a COP esteve sob responsabilidade do policial militar.
5.3.3 De posse da COP o policial militar deverá realizar a inspeção do equipamento e seus acessórios,
atentando-se para a existência de avarias visíveis e principalmente o funcionamento adequado do
equipamento através da realização de teste.
5.3.4 Ao final do turno, quando for devolvida à Intendência, o policial militar responsável pela
Intendência deverá retirar do sistema a cautela da COP.
5.3.5 Via de regra, a Equipe portando a COP estará também com a PEIE.
5.3.6 É vedado ao policial militar repassar a COP para outro policial sem o devido registro no sistema
de cautela, salvo em casos excepcionais quando o portador do equipamento não tiver condição de
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operá-lo (policial militar ferido, por exemplo). Nestes casos, a mudança da cautela do equipamento
ocorrerá na primeira oportunidade, sem que haja comprometimento da segurança e da atividade
operacional desempenhada.
5.3.7 O policial militar deverá atentar-se sobre os seguintes procedimentos durante a utilização das
COP:
5.3.7.1 Uma vez iniciada a gravação pela COP, resguardadas as circunstâncias previstas neste POP,
o policial militar só poderá finalizá-la quando houver encerrado a intervenção policial-militar,
esclarecendo o motivo do encerramento, com registro da própria fala no dispositivo.
5.3.7.2 Havendo gravação de vesígios por meio de COP durante o atendimento de ocorrências policiais,
a Guarnição de Radiopatrulhamento deverá apontar a circunstância do uso da tecnologia no histórico
da ocorrência policial.
5.3.7.3 Ao iniciar a gravação, o policial militar deve informar às partes sobre o registro audiovisual da
intervenção ou interação. Se tal ação for potencialmente prejudicial à integridade física do policial militar
ou das partes, não haverá necessidade de informar às partes o início da captação dos vestígios.
5.3.7.4 Em determinadas circunstâncias, mesmo caracterizadas como intervenção policial, poderá
ocorrer a interrupção da gravação, devendo o policial militar responsável, registrar sua fala no próprio
equipamento antes de desligá-lo, esclarecendo o motivo da interrupção.
a) Deve-se evitar a gravação de imagens de criança ou adolescente na condição de vítima, ou em
casos de crimes sexuais.
b) São exemplos de circunstâncias em que a gravação será apenas parcial ou realizada após criteriosa
análise do policial militar:
1) por solicitação de vítima ou testemunha, podendo suas declarações ser registradas somente em
áudio;
2) dentro de instalações médicas, apenas o necessário para intervenção policial.
c) São exemplos de circunstâncias em que as gravações devem ser interrompidas:
1) pessoas da comunidade que queiram denunciar crimes e situações que requeiram intervenção
policial e não queiram ser identificadas (colaborador potencial ou atual), não poderá haver gravação
de imagem e nem áudio, no intuito de se resguardar o sigilo da fonte e a integridade física do
cidadão;
2) na realização de busca pessoal completa3, ocasião em que o ambiente deverá ser previamente
filmado em 360º.
5.3.8 Quando houver submissão de indivíduo a procedimento de busca (pessoal, veicular ou
residencial), antes da liberação, recomenda-se que o policial militar questione o abordado se todos os
seus pertences se encontram em sua posse e registre este procedimento com a COP.

3 Conforme Manual Técnico-Profissional 3.04.02/2020-CG – MTP-02, busca completa é a verificação detalhada do


corpo do abordado, que se despirá e entregará seu vestuário ao policial militar (MINAS GERAIS, 2020, p. 83).
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5.3.9 Todas as imagens coletadas durante o turno de serviço deverão ser transferidas para o sistema
de armazenamento de imagens pelo policial militar responsável pelo equipamento, podendo o
coordenador do turno ou supervisor operacional requisitar a visualização das imagens antes de serem
armazenadas. A transferência das imagens se dá de maneira automática ao acoplar a COP na doca
para carregamento da bateria.
5.3.10 As imagens coletadas em ocorrências policiais que constituam vestígios do evento registrado
serão carregadas no sistema REDS pelo policial militar no momento do registro. Caso haja alguma
circunstância que impeça o carregamento no momento do registro, o arquivo poderá ser remetido por
outros meios à Autoridade de Polícia Judiciária, descrevendo o fato no histórico do boletim de
ocorrência.
5.3.11 Caso a COP passe à condição de inoperante, o fato deverá ser registrado em relatório e ser
reportado imediatamente ao Coordenador do turno de serviço ou correspondente, o qual será o
responsável por tomar as providências cabíveis à regularização do problema. Se a falha ocorrer durante
atendimento de ocorrência, deverá constar no registro o horário e local em que a inoperância ocorreu.
5.3.12 O policial militar deve ter em mente que sua segurança e da sua equipe será sempre prioridade.
Assim, havendo motivos que impeçam a ativação da COP no momento da intervenção, o policial deverá
priorizar a solução do fato e posteriormente ligar o dispositivo. O fato deverá ser registrado no sistema
REDS, indicando o motivo do dispositivo ter sido mantido desligado durante a atividade, mesmo diante
da obrigatoriedade de utilização.
5.3.13 Nos casos em que as luzes da COP (luz de infravermelho ou indicativo de stand-by) possam
comprometer a segurança da equipe policial devido a inobservância da disciplina de luz durante
operação policial, a COP poderá ficar desligada com autorização expressa do Comandante da
Operação. Estes casos somente poderão ser autorizados para os modelos de equipamento que não
possuam a função de desligar as referidas luzes e a autorização deverá ser devidamente registrada.
5.3.14 É responsabilidade dos coordenadores de turno operacional, bem como dos comandantes de
frações destacadas, sem prejuízo da atuação dos escalões superiores, supervisionar se as equipes
policiais estão utilizando as COP conforme normatização.

5.4 Cadeia de custódia dos vestígios digitais


5.4.1 A cadeia de custódia dos vestígios digitais tem início com a gravação dos dados (sons e imagens)
pela COP reconhecidos como ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a
produção da prova, sendo responsabilidade do policial militar que utiliza o equipamento garantir a
integridade das informações até o download dos vestígios digitais para o armazenamento no sistema
disponível na UEOp a que pertence o militar.
5.4.2 Os dados deverão ser transferidos da COP para o sistema de armazenamento ao término de
cada turno de serviço, obrigatoriamente, quando o policial militar usuário ou responsável pelo
equipamento enviará os dados para a unidade de armazenamento através da conexão do equipamento
à doca.
5.4.3 Após realizado o download das imagens no sistema de armazenamento, a responsabilidade sobre
a administração e custódia dos vestígios digitais produzidas pelo efetivo da respectiva UEOp passa a
ser do Chefe da P3 da Unidade, que terá as atribuições de:
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5.4.3.1 Controlar o acesso de integrantes da UEOp ao sistema de armazenamento.


5.4.3.2 Garantir a salvaguarda e integridade dos dados produzidos pela respectiva UEOp.
5.4.3.3 Providenciar a disponibilização de arquivo com integridade preservada e sem qualquer edição,
para autoridade policial-militar ou civil competente por apuração de processo/procedimento
judicial/administrativo que o requisitar.

5.5 Disponibilidade e acesso às gravações


5.5.1 Os vestígios digitais produzidos pela COP possuem temporalidade de armazenamento conforme
espaço do disco de armazenamento de dados, sendo-lhes asseguradas as proteções previstas em lei
e regulamentos.
5.5.2 As imagens coletadas pelas COP em intervenções policiais que gerarem registro por meio de
REDS serão anexadas no sistema juntamente com o registro do fato.
5.5.3 O policial militar poderá ter acesso aos registros audiovisuais atrelados à ocorrência em que tenha
atuado, com o objetivo de instruir processos/procedimentos administrativos e/ou judiciais, na condição
de testemunha, vítima ou acusado, sendo vedada a captação das imagens por outro equipamento
(filmar a tela por exemplo), bem como a sua edição.
5.5.4 O requerimento de dados para subsidiar procedimento apuratório, realizado diretamente pelo
militar/civil interessado (ou por procuração destes), deve ser feito ao encarregado do
processo/procedimento/inquérito (se já instaurado), ou ao Comandante da Unidade.
5.5.5 As informações serão disponibilizadas para a autoridade requisitante, preferencialmente por meio
de link rastreável de acesso via Internet, podendo ser fornecidas, alternativamente, em mídia física.
5.5.6 As requisições de órgãos públicos para acesso às imagens produzidas pelas COP ocorrerão de
maneira similar às demais requisições judiciais e de procedimentos apuratórios conduzidos por órgãos
externos (fluxograma previsto no item 9.2).
5.5.7 As demandas de acesso a imagens produzidas pelas COP por órgãos de imprensa ou solicitações
diversas serão encaminhadas à DCO, a qual analisará e dará o tratamento adequado para cada caso.

5.6 Controle e auditoria das gravações


5.6.1 A responsabilidade pelo controle e gestão dos vídeos coletados pelas COP será da P3 das UEOp.
5.6.2 O policial militar poderá valer-se de imagens produzidas por dispositivos eletrônicos particulares
para gravação de vestígios e/ou comprovar a legitimidade da ação policial, desde que sejam íntegras
(não editadas), conforme já previsto no MTP-03.04.01/2020-CG:

Os recursos tecnológicos (aparelhos telefônicos celulares que tiram fotos, filmam,


gravam áudio, ou outros similares) que estejam acessíveis para comprovar a atuação
legítima do policial militar e a resistência do abordado, podem ser utilizados. Nesse
caso, o policial militar deve proceder com especial atenção, com relação a sua postura
e segurança, de forma que não se torne vulnerável durante este procedimento, e
alertar formalmente ao interlocutor que estará registrando a intervenção (MTP-
03.04.01/2020-CG).
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5.6.3 As autoridades em nível de comando deverão ter credenciais de acesso ao sistema de


armazenamento para verificar a qualidade dos serviços prestados pelos policiais militares sob sua
autoridade.

5.7 Vedações
5.7.1 É vedada a utilização das COP para atividades particulares e registro de qualquer fato que não
seja intervenção policial ou treinamento.
5.7.2 É vedada a edição dos vídeos anexados ao REDS e/ou destinados às autoridades de Polícia
Judiciária/requisitantes.
5.7.3 É vedada a divulgação/compartilhamento não autorizada pela PMMG de qualquer áudio/vídeo
produzido pelas COP, incluindo redes sociais, grupos de WhatsApp e/ou similares.
5.7.4 É vedado o registro de briefings4, discussões de emprego tático ou debriefings5 operacionais,
bem como de treinamentos táticos.
5.7.5 É vedado o acesso de policiais militares portando COP em vestiários e sanitários de uso coletivo.
Nestes casos, o policial deverá retirar o equipamento e guardá-lo enquanto utiliza as instalações
descritas.
5.7.6 É vedado o registro de imagens de integrantes do SIPOM em atividades operacionais.

6 ATIVIDADES CRÍTICAS
6.1 Deixar de reportar ao escalão superior problemas de funcionamento da câmera ou situações que o
equipamento, mesmo que temporariamente, passe para o estado de inoperante.
6.2 Deixar de registrar a motivação em caso de impossibilidade de registro de intervenção policial.
6.3 Deixar de testar equipamento antes do turno de serviço.
6.4 Deixar de acoplar devidamente a COP à doca, impedindo que seja realizado o download dos vídeos
realizados e recarga da bateria do equipamento.
6.5 Deixar de anexar no REDS o vídeo captado pela COP que contenha vestígio da infração identificado
durante a intervenção policial.

7 AÇÕES CORRETIVAS
7.1 Capacitar os policiais militares para utilização da COP.
7.2 Instruir quanto aos cuidados necessários para manter a COP em condições de uso.
7.3 Testar o equipamento no início dos turnos de serviço, verificando os aspectos de funcionamento.
7.4 Supervisionar periodicamente os bancos de dados de imagens captadas quanto à integridade dos
dados coletados.
7.5 Destinar à autoridade o vídeo que contenha vestígio quando não tenha feito no momento do
registro.
7.6. Supervisionar se a utilização das COP está ocorrendo conforme normatização.

4 Briefing é um conjunto de informações ou uma coleta de dados passados em uma reunião para o desenvolvimento
de um trabalho ou documento.
5 Debriefing consiste em reunião de avaliação dos resultados e coleta de informações acerca de operação
realizada.
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8 ERROS A SEREM EVITADOS
8.1 Desconhecimento quanto ao uso do equipamento, bem como de sua finalidade para apoio à
atividade operacional.
8.2 Redução das ações policiais por iniciativa, por receio de gravação das interações realizadas.
8.3 Não ter o devido zelo com o equipamento, reduzindo sua vida útil e qualidade da captação das
imagens.
8.4 Não realizar a manutenção adequada conforme orientações do fabricante.
8.5 Deixar de utilizar capa de colete adequada e suporte para acoplar a COP, comprometendo a
integridade e vida útil do equipamento.
8.6 Não ter o devido cuidado no armazenamento das imagens, comprometendo a cadeia de custódia
dos registros audiovisuais que constituam elemento probatório.
8.7 Coletar e divulgar imagens fora dos casos previstos.

9 FLUXOGRAMA
9.1 Utilização das Câmeras Operacionais Portáteis
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9.2 Solicitação de imagens por órgãos públicos

9.3 Solicitação de imagens por órgãos de imprensa e pessoas físicas/jurídicas

(a) EDUARDO FELISBERTO ALVES, CORONEL PM


CHEFE DO ESTADO-MAIOR

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