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APOSTILA PRIMEIRO MODULO

PROJETOS 123 – AGRICULTURA DE


PERCISÃO
Sumário
1 - AutoCAD (AP) ........................................................................................................................... 3

1.1 História ................................................................................................................................ 3

1.2 - Aprender abrir, fechar, salvar e gerar novo arquivo......................................................... 4

1.3 – Movimentar tela – comandos mouse .............................................................................. 8

1.4 - Aprender utilizar comando PL – TR – EX – Offset – Hatch .............................................. 10

1.5 - Aprender Configurar unidades ........................................................................................ 53

2 - Base topografia (AP)............................................................................................................... 54

2.1 - O que são coordenadas geográficas ............................................................................... 54

2.2 - O que são coordenadas UTM .......................................................................................... 56

3 - GPS ......................................................................................................................................... 59

3.1 RTK (CONCEITO EM VIDEO) ............................................................................................... 59

3.2 RTX (CONCEITO EM VIDEO) ............................................................................................... 59

3 - Levantamento de Campo ....................................................................................................... 59

3.1 - Quais pontos de atenção ................................................................................................ 59

3.2 - Quais métodos existem ................................................................................................... 61

3.3 – Definição de método ...................................................................................................... 62

4 - C3DFarm (APOSTILA PROPRIA) .............................................................................................. 63

5 - Mapa cadastral ....................................................................................................................... 64

6 - Mapa planialtimétrico ............................................................................................................ 66

7 - Introdução AP......................................................................................................................... 67

7.1 - Dados e números ............................................................................................................ 69

7.2 – Importância (CONCEITO EM VIDEO) ...................................Erro! Indicador não definido.

7.3 Desafios (CONCEITO EM VIDEO) ............................................Erro! Indicador não definido.

7.4 Vantagens (CONCEITO EM VIDEO) .........................................Erro! Indicador não definido.

7.5 Oportunidades (CONCEITO EM VIDEO) ..................................Erro! Indicador não definido.


Coluna 1 -
1 - AutoCAD (AP)
1.1 História
Na década de 1980 ocorreu o ‘’boom’’ no desenvolvimento de CAD’s, que surgiu
através da empresa Autodesk de John Walker, o software chamado COMDEX
(primeiro nome do AutoCAD). Em 1982, o projeto do COMDEX foi mostrado à IBM
em busca de conseguir maior investimento e popularidade para seu software.

Primeiramente o AutoCAD tinha um desempenho pouco satisfatório, sendo difícil


desenhar e projetar dentro dele. Contudo, com o passar do tempo ele foi aperfeiçoado
e com o desenvolvimento do MS-DOS e depois Windows, o software AutoCAD
passou a performar melhor.

Você sabe o que é AutoCAD?

O AutoCAD é um software tipo CAD (Computer Aided Design) utilizado em áreas


como engenharia mecânica e civil, para o desenvolvimento de projetos e desenhos
técnicos.

Por meio da tecnologia bidimensional (2D) ou tridimensional (3D), reproduz com a


máxima fidelidade as especificações e medidas de plantas residenciais e comerciais,
máquinas, equipamentos entre outros objetos, a partir de elementos gráficos vetoriais.

É comercializado pela Autodesk Inc, que disponibiliza uma licença gratuita para
estudantes universitários, em função da importância da aplicação na formação de
profissionais em cursos como arquitetura e engenharia elétrica.
1.2 - Aprender abrir, fechar, salvar e gerar novo arquivo.

Para abrir o AutoCAD clique no ícone presente na área de trabalho:

CLIQUE no A para acessar o menu principal onde você encontrará as opções para:

Novo (new) – Para iniciar um novo trabalho.

Abrir (open) – Quando você já tiver começado algum trabalho você poderá abrir para
continuar ou acessar novamente.
Salvar (save) – Para salvar etapas que foram desenvolvidas em arquivos JÁ
EXISTENTES, este comando não serve para salvar arquivos novos que ainda não
foram criados.

Salvar como (save as) – Para salvar arquivos novos, ou seja, quando você criar um
novo trabalho e precisar salvar a primeira vez você deverá utilizar este comando.

Exportar (Export) – Para exportar arquivos em versões para integrar com outros
softwares (não utilizado na AP).

Publicar (publish) – publicar arquivo online, (não utilizado na AP).

Imprimir (Print) – Imprimir arquivo em impressora ou plotter, além de exportar em


PDF – Utiliza-se bastante o print para gerar arquivos em PDF.

Os arquivos salvos em AutoCad tem uma extensão chamada DWG, então quando
você salvar um arquivo que você quiser abrir de novo em autocad e poder editar o
arquivo deverá estar em DWG.

Para gerar um novo arquivo vamos clicar em novo (NEW) e abrirá esta tela
Devemos clicar em autocadtemplate e abrir o arquivo acadiso. É muito importante
que sempre abra o arquivo acadiso, para não haver problemas nas configurações.

O novo arquivo terá seu nome exibido na paleta superior.

Para salvarmos este arquivo devemos ir no salvar como (Save as).

Abrirá esta tela e devemos escolher a pasta que queremos salvar, no meu caso irei
salvar na área de trabalho.

Escolho um nome para o arquivo como aula 1 e observo que o files of type esta como
DWG no final.
Após salvar poderemos observar o arquivo no local de destino, no meu caso a área de
trabalho.

Temos duas formas para abrir este arquivo e continuar editando, uma dela é dando
duplo clique em cima do arquivo e a outra é utilizando o menu principal clicando em
abrir (Open) e Drawling DWG.
Depois localizamos nosso arquivo, às vezes é necessário navegar pelas pastas e
clicamos em abrir.

1.3 – Movimentar tela – comandos mouse


Chegamos em uma parte que exige coordenação motora, e leva um certo tempo até
assimilar estes comandos, por incrível que pareça. Vocês vão entender o que eu estou
falando conforme for utilizando o AutoCAD.

Nesta etapa mostrarei como movimentar a tela e como usar o mouse para selecionar.
Nesta etapa não tem muito que ser ensinado, porém, não a subestimem, pois acreditem
em mim no começo vocês irão sofrer MUITO com a movimentação, seleção, etc... E
isso é EXTREMAMENTE NORMAL, pois como eu disse esta etapa exige coordenação
motora e concentração, e pouquíssimo conhecimento técnico uma vez que são poucos
comandos.

O único conhecimento técnico que vocês precisam levar daqui é o seguinte, existem
duas maneiras de selecionar: uma mais abrangente e outra mais seletiva.

A mais abrangente - imagine que você tenha um desenho grande, que a linha percorre
todo o perímetro:
Igual a este exemplo, a mais abrangente se você tocar apenas um pedacinho do desenho
ele irá acabar selecionando o desenho inteiro.

A menos abrangente - ainda utilizando o exemplo acima, ele só irá selecionar o que
você tocar por inteiro, eu vou mostrar para vocês no nosso próximo tópico.

1.4 - Aprender utilizar comando PL – TR – EX – Offset – Hatch


Aprenderemos a utilizar os comandos mais básicos do AutoCAD, porém antes quero
falar com vocês sobre o menu superior:
Temos muitas configurações, botões e comandos neste menu superior que levariam uns
6 meses explicando tudo e ainda assim vocês não entenderiam nada e não utilizariam
para agricultura de precisão. Então, mantendo nosso foco em agricultura de precisão e
não em AutoCAD e sempre com aquele objetivo que falei para vocês, que se tornou um
mantra para mim, FÁCIL, DIRETO E DESCOMPLICADO, nós iremos direto para o
que interessa.

Deste menu superior o único que nos importa é o menu do C3DFarm, porém nos
teremos um tópico exclusivo para ele.

Os comandos básicos que vocês devem começar a se preocupar realmente são para
criar: linhas, recortar linha excedente, prolongar linha faltante, replicar desenho com
certa distância e hachurar. Sim, bem básico, bem simples e bem de boa...

O comando para criar linhas nós SEMPRE UTILIZAREMOS, SEMPRE, o polyline


(pl). Faremos o seguinte, no seu AutoCAD aberto, sem ter clicado em nada e sem ter
apertado nada sem querer nós iremos digitar pl, para garantir que não tem nada clicado
ou selecionado sugiro vocês a digitar “esc” antes, então vamos lá:

“esc” ->pl

*
Ele pedirá para especificarmos o primeiro ponto, nos clicaremos com o botão esquerdo
do mouse onde quisermos iniciar nossa linha e depois clicaremos com o botão esquerdo,
novamente, onde quisermos finalizar a linha.
Você irá observar que ele pedirá sucessivamente os próximos pontos, sem parar. Por
isso esse comando se chama polyline, pois você poderá desenhar quantas linhas quiser,
basta ir clicando nos próximos pontos.

Imagine se você receber um levantamento de campo com 4 pontos, mostrando onde são
os limites da propriedade, basta você criar uma polyline e ir clicando nos pontos,
pronto, terá seu primeiro polígono.

No nosso exemplo, vamos tentar criar algo mais parecido com um quadrado possível,
sem se preocupar se vai ficar exatamente igual ao meu.

Mas observem que ele não sabe à hora de parar, então vamos ter que apertar “esc”
quando quisermos parar de desenhar nossa linha.
Porém temos um problema, quando eu aproximo (rodando a rodinha do centro do
mouse para frente) eu vejo que ele não fechou certinho, é muito difícil acertar direitinho
para fechar. Então existe um comando que é o close (fechar) nos digitamos o “c” ao
invés de desenhar a ultima linha, vou explicar melhor.

Vamos tentar fazer outro quadrado, porém desta vez você irá fazer 3 linhas e quando for
fazer a 4 ao invés de clicar com o mouse você ira digitar o “c” e apertar o enter.

*
Olhem a mágica, ele fecha nosso polígono exatamente no ponto inicial, esse comando é
MUITO USADO NA AGRICULTURA DE PRECISÃO.

Após desenharmos esses 2 polígonos, um fechado e o outro não vamos aprender um


pouco sobre as propriedades, para abrir a aba de propriedades vocês vão digitar “pr” e
enter.

Eu sugiro arrastar ela para a lateral esquerda do autoCAD, caso ela não vai
automaticamente, desta forma:
Nas propriedades temos (o que importa) mudar cor, mudar layer e visualizar
propriedades como área e perímetro.

Vamos selecionar nosso polígono fechado e olhar nas propriedades para vermos:

De cima para baixo temos a cor, depois a layer (layer será explicada mais pra frente) em
baixo temos a área e o perímetro, e por último se está fechado ou não. Neste caso como
pegamos o polígono fechado observe que ele está closed: Yes

Vamos apertar “esc” para deselecionar este polígono e vamos selecionar apenas o
polígono aberto para ver:
*
Olha como ele aparece closed: No, pessoal esta propriedade, de polígono fechado é
MUITO IMPORTANTE PARA AGRICULTURA DE PRECISÃO.

Vamos aprender a mudar a cor, seleciona o polígono aberto clique na cor que está
escrito ByLayer e coloque vermelho:

Faça o mesmo com o polígono fechado.


Agora selecione os dois polígonos simultaneamente podendo ser assim:
E volte para branco:

Agora vamos aprender a desenhar um círculo. O círculo nos também utilizamos o “c”
para desenhar, porém é bom nos sabermos quando o “c” serve para fechar e quando
serve para desenhar círculo.

Sempre que você tiver com o comando “pl” ativo e digitar o “c” ele servirá para fechar,
quando você tiver sem nenhum comando ativo e digitar “c” ele será para desenhar
círculo, então vamos lá, Abra eu autoCAD e digite “c” enter:

Ele está pedindo para você clicar onde será o ponto central do círculo, clique em algum
lugar da tela, depois ele está pedindo para especificar o raio do círculo, você pode fazer
de duas formas:
Uma delas é levando o mouse até aonde você quer que desenhe o círculo, e a outra dela
é você digitando o raio do seu círculo, por exemplo 50 metros. Vamos fazer isso, após
clicar especificando o centro do círculo digite 50 e enter. Dependendo do zoom que
tiver ele poderá ficar bem pequenininho.... ou muito grande.... não se preocupem, mais
pra frente a gente pega o jeito disso.

No meu caso ele ficou super pequenininho.... mas tudo bem, vamos continuar....

Vamos agora para o comando trim (tr) ele corta o excedente da linha, para isso vamos
criar duas linhas, vamos digitar pl, enter criar uma linha e apertar esc, depois digitar pl
novamente, enter e criar outra linha cruzando a primeira, mais ou menos assim:

Lembra que eu quero transformar todos os ensinamentos e ensinamentos práticos e


seguros (que não irão se perder) pois bem, vamos precisar imaginar agora....
Imagine a seguinte situação: seu topografo estava marcando uma cerca, quando resolveu
ir almoçar. Para isso, ele foi até a propriedade vizinha e sentou de baixo de uma arvore,
porém ele esqueceu de desligar o GPS, e acabou gerando excedente gerando a linha
branca. A linha vermelha representa a divisa das propriedades, portanto a parte a linha
branca que está à esquerda da linha vermelha (tela) deverá ser recortada. Como a gente
resolve isso?

Vamos criar um círculo pequeno na ponta da linha branca para marcarmos qual local do
almoço do nosso topografo, para isso vamos digitar “c” e clicar na ponta da linha
branca.
Mas observem, que eu retorno naquele mesmo problema na hora de fechar o polígono.
Não sei exatamente, milimetricamente, aonde que termina a linha branca, e é
praticamente impossível clicar certinho, para isso existe um grande auxilio para nós, e
eu vou ensinar ele agora:

Se trata deste quadradinho branco em baixo, chamado Snap, clique com o botão direito
nele e vai em object snap settings:
Ele abrirá esta tela:

Nosso interesse, neste caso, é selecionar o ponto final da linha, então vamos marcar o
Endpoint:
E apertar ok, ainda não acontecerá nada, pois devemos ativar o snap. Clique com botão
esquerdo do mouse em cima do quadradinho branco para ele ficar azul, assim:

Agora sim, vamos apertar “esc” para garantir que não tenha nada selecionado, vamos
digitar “c” enter e clicar no final da linha branca:
Observe que aparecerá um quadradinho verde antes de você clicar, isso significa que
está bem no final da linha, então clique para deixar ali o centro do seu raio e depois
mova o mouse para que o círculo fique aproximadamente deste tamanho, após ficar do
tamanho aproximado do desenho, clique com o mouse para parar de desenhar o círculo:

O melhor jeito é recortar o excedente, para isso precisamos selecionar a linha que será
nosso limite (base), no nosso caso a linha vermelha. Para selecionar nós podemos fazer
de duas formas, uma delas é clicando em cima e a outra é abrindo um quadrado de
seleção e pegando um trecho dela. O que eu indico é o quadrado de seleção mais
abrangente.

Agora chegamos no ponto de falar dos quadrados de seleção: os quadrados de seleção


podem ser abrangentes ou menos abrangentes, se seu clico na tela e levo o mouse para a
esquerda ele cria um quadradinho verde, esse é o mais abrangente, ou seja, se eu pegar
apenas uma pontinha do desenho ele já seleciona tudo.

Então indico que façam assim:


Após selecionar sua linha vai ficar desta forma:

Observe que eu selecionei única e exclusivamente a linha vermelha. Com nossa base
selecionada agora iremos digitar o comando, digitem “tr” e enter.
Ele irá pedir para selecionar o objeto a ser cortado, vamos clicar no excedente da linha
Assim:

Pronto, agora vamos clicar no círculo e apertar o delete. Ficando assim:


Agora vamos aprender o comando extender, ou “ex”. Imagine que esta mesma
propriedade de cima foi adquirida mais um pedaço para a direita dela, então a nova
cerca de limite ficará assim:

E nós queremos prolongar nossa cerca interna (piquete), exatamente no mesmo


alinhamento até encontrar com a nova cerca, devemos então fazer o seguinte:
Selecionar nossa referência (base) que será a nova cerca vermelha, assim:
Depois de selecionar vamos digitar “ex” e enter, ele vai perguntar qual objeto queremos
extender:

Vamos clicar na cerca branca e ele já irá extender para você.


Outro comando muito importante é o comando OFFSET. Este comando basicamente
replica o mesmo objeto ou linha a uma distância determinada, se liga no ex:
Vamos criar uma nova linha de qualquer tamanho, como figura abaixo:

Nós queremos replicar esta linha a uma distância de 50 metros do local original da
mesma, porém queremos manter as duas linhas, então devemos selecionar a linha que
queremos de modelo digitar offset e enter:
Após isso temos que dizer com qual distância queremos replicar, para isso vamos clicar
no ponto inicial e a partir daí temos duas opções. Ou digitamos a distância e apertamos
enter ou clicamos no local que queremos replicar. No nosso caso, após clicarmos no
local que será nosso ponto inicial para calcular a distância iremos digitar 50 e apertar
enter.

Após digitar e apertar enter devemos especificar o sentido que queremos, para a direita
ou esquerda da nossa linha de referência e dar um click simples.
Para desenharmos um retângulo existe um comando que se chama REC, para isso
iremos aproveitar a mesma tela e apertar esc, para garantir que não tenha nenhum
comando pré-selecionado, e vamos digitar rec, ele irá pedir para selecionar o primeiro
canto:

Vamos clicar em um local onde queremos iniciar nossa retângulo:


E agora ele pede para especificarmos o segundo ponto, vamos escolher algum local da
tela e clicar:
Ficará assim.
Existe um outro modo de desenhar o retângulo, que é inserindo suas medidas, para isso
iremos apertar esc para garantir que não tenha nenhum comando pré-selecionado, e
depois iremos digitar rec, desta vez vamos selecionar o primeiro canto do triângulo,
onde queremos iniciar:

Porém não iremos clicar no segundo ponto e sim informar quais as dimensões terá meu
retângulo. Iniciaremos com o comprimento e depois a largura, para isto você digitará no
quadradinho azul, que está evidenciado o nosso comprimento em metros, 500 e na
largura de 400 metros, para separá-los iremos utilizar a vírgula. Então ficará desta forma
a sequência de comandos:
Rec – enter – clica onde queremos iniciar – 500,400 – enter
Teremos nosso retângulo com as dimensões exatas.
Agora quero mostrar para vocês outro comando MUITO utilizado que é o hatch, ou
hachurra. Para quem não sabe, hachurra é preencher pintando-o.
Vamos iniciar pintando o retângulo maior, então digite hatch :

Após digitar, vai aparecer estas opções de hachurra que estão evidenciadas na figura de
cima. Vamos escolher a forma sólida e a cor azul.
Para trocarmos de cor é semelhante a trocar de cor nas linhas, vá em propriedades e
clique na cor azul.
Após fazermos isso iremos clicar no centro do nosso retângulo e enter, e ele irá pintar:

Vamos para o comando Peddit, um comando importantíssimo que possui vários sub
comandos dentro dele, um sub comando é semelhante ao close, quando estamos
utilizando a polyline.
Para aprendermos a utilizar este comando, vamos desenhar um retângulo com os lados
desconectados. Para isso vamos digitar pl e criar uma única linha e dar enter, desta
forma:
Vamos criar outra linha, desta forma, PARA ISSO É IMPORTANTE QUE O
COMANDO SNAP ESTEJA LIGADO:

Vamos agora completar o retângulo com linhas independentes, sempre dando enter
entre uma pl e outra.
Ate que fique assim:
Agora digitaremos esc e após o comando PE ele pergunta se queremos selecionar uma
poliline:

Porém queremos selecionar múltiplas pl, então digitaremos M:


Agora ele pede para selecionarmos o objeto, devemos selecionar as 4 linhas, pode ser
clicando uma por uma ou criando um quadradinho verdinho pegando todas as linhas:

Após selecionar digite enter:


Aparecerá para nós um leque de sub comandos e estamos interessados no join que faz
essa junção, para isso iremos digitar J:

Ele pergunta se existe alguma distância deixamos zero e enter e depois esc. Pronto
temos um único objeto.
Text
Comando utilizado para inserir texto no desenho. Para utilizar o comando digitaremos t
e enter:

Ele pedirá para especificar o primeiro canto, pois irá abrir uma caixa de texto,
semelhante a de outros programas.
Então depois, clicaremos no segundo canto. Após isso abrirá para digitação, vamos
digitar o que queremos e clicar fora da caixa de texto.
O texto quase sempre aparecerá pequeno, então devemos ir nas propriedades dele para
mudar o tamanho e a cor, caso queira.

Para isso vamos selecionar o texto (lembrando das varias maneiras de seleção) e vamos
na aba das propriedades.
Podemos mudar a cor em color e em textheight mudaremos o tamanho. Vamos colocar
50.

Rotate
Comando serve para rotacionar objetos para isso vamos selecionar o objeto que
queremos rotacionar e digitar rotate e enter.
Ele está pedindo para especificarmos um ponto de base, este ponto servirá como eixo
para o rotacionamento. Vamos escolher um próximo de onde o mouse está na figura
acima

Após escolher o ponto de base e clicar em rotacionar, o mouse perceberá que sua
imagem rotaciona também, vamos deixa-la alinhada com a lateral do talhão e dar enter.
Move
Serve para movimentarmos objetos. Vou utilizar como exemplo o texto criado no
comando acima, observem que o texto está fora do talhão e precisamos arrastar o texto
para dentro do talhão, para isso basta que eu selecione o texto e digite m e enter.

Este comando também pede para especificar o ponto de base, este ponto serve para usar
como referência para arrastar o desenho. Iremos escolher um ponto próximo ao local do
mouse na figura acima.

Após escolhermos o ponto de base, basta movimentar o mouse que o objeto movimenta
também, quando estiver em posição aperte enter.
Boundary
Serve para criar polígonos através de polilines, imaginem a situação deste polígono:

Ele forma uma espécie de triângulo, porém tenho uma curva de nível cortando ele no
“bico” e se eu quiser criar um polígono para a parte de cima da curva e outro para a
parte de baixo?
Teriam duas alternativas: a primeira seria usando o trim e o peddit para juntar tudo,
porém daria muito trabalho, outra alternativa é a seguinte:
Digite bo e enter, ele irá aparecer uma janela:
Clique nas flechinhas verde pick point, e clique dentro do polígono que quer
transformar:

Após clicar ele irá marcar o novo polígono:


Basta apertar enter.
Copiar e colar desenhos com as coordenadas originais
Comando importantíssimo, imaginem que você está fazendo um mapa e percebeu que
faltou levantar em campo um carreador, seu topografo vai na área e levanta, agora você
precisa passar o carreador para o mapa que está fazendo, porem ele não pode ir para
qualquer lugar, ele tem que ir exatamente nas coordenadas originais dele, para isso
faremos o seguinte, baixe o arquivo adicional que está nesta aula e abra ele no
autoCAD, deixando duas janelas abertas, a do mapa que estamos trabalhando chamado
movimentação.dwg e a segunda janela chamada carreadorfaltante.dwg, desta forma:

O objeto de interesse é essa linha branca cruzando o talhão, vamos selecionar ela e
segurar o Ctrl e apertar o C.
Neste ponto, você já tem uma certa maturidade de AutoCAD, quero que você observe o
seguinte, veja que em baixo onde circulei apareceu escrito 1 objeto copiado. Quando
realizamos alguma ação no autoCAD ele aparece nesta barra.

Agora iremos retornar ao nosso desenho e vamos clicar com o botão direito do mouse
em qualquer local do desenho, sem nada selecionado.

Vamos em clipboard e vamos clicar em copiar com as coordenadas originais:


E pronto:

Layout
Vamos falar sobre apresentação do mapa, neste ponto do curso quero fazer uma
explicação superficial de layout, iremos nos aprofundar no segundo pilar, uma vez que
layout está relacionado com outros tópicos avançados que veremos mais para frente.
Porém para vocês concluírem a elaboração de um Projeto Planialimetrico é necessário
saber o básico de layout.

Layout é uma aba do AutoCAD que serve para criar e configurar a folha de impressão, é
lá que colocamos a etiqueta e as margens tabelas, conforme imagem abaixo:
Pois bem, vamos ao que importa, clique na aba layout:

Abrirá a seguinte tela:


Vamos clicar com o botão direito sobre a aba layout, que esta circulada na imagem
acima, e clique em page setup manager:

Abrirá uma janela, clique em modify com o layout 1 selecionado:


Após clicarmos abrira outra janela onde teremos 3 pontos de interesse para o momento:

Onde, 1 é para selecionar o tipo de impressora eu sempre deixo DWG to PDF ou seja,
quando mandar imprimir ele irá gerar um PDF.
O segundo ponto é o tamanho da Folha, no nosso exemplo deixaremos a folha A4 (mais
pra frente nos iremos aprofundar neste tópico) conforme imagem abaixo:

O 3º ponto é a orientação do desenho deixaremos Portrait:


Nem sempre serão essas configurações, dependerá o tamanho do desenho e a escala que
quer imprimir, mas isso é tópico para o segundo pilar, por enquanto referente a layout é
isso.

Master View

Nada adianta configurar o nosso layout se a imagem não aparecer nele, para fazer a
imagem aparecer do Model para o Layout devemos utilizar uma espécie de janela, que
ira abrir para nos vermos o que esta desenhado em model e reproduzir aqui no layout.

Para isso vamos digitar mv e enter, ele funcionará igual um retângulo, vamos clicar no
primeiro canto e depois no outro desta forma:
1.5 - Aprender Configurar unidades
É muito importante que digamos ao programa em quais unidades estamos trabalhando
(apesar de não ser mais necessário após instalarmos e utilizarmos o C3DFarm)

Ate agora estávamos falando em distancias em metros, porem, não atribuímos isso no
AutoCAD.

Imaginem que o autoCAD viesse com configurações de fabricas atribuído em


centímetros, então sempre que eu quisesse desenhar um retângulo de 50 metros eu
precisaria digitar 5000. Mas para que não aconteça isso vamos aprender a determinar as
unidades.

Para isso vamos abrir um novo arquivo, quem não se lembra volte no item relacionado.
Após abrir o arquivo (Muito importante que seja um Acadiso) vamos digitar units ou
um e enter.
Temos esses 3 campos que aparecerão que são os mais importantes:
1 – Distancia, nos colocaremos o tipo de unidade e precisão que usaremos nas
distancias. Gosto de deixar decimal, ou seja, com pontos separando o que é unidade de
decimais e a precisão de 3 casas após a virgula.

No ângulo gosto de trabalhar com graus minutos e segundos, então deixo Deg/Mim/Sec
e precisão de 0d00’00”.

Na escala gosto de deixar internacional.


Existem variações porem o foco e objetivo do nosso curso é Projetos de AP então para
nós estas variações não são importantes neste momento, seguiremos em frente...

2 - Base topografia (AP)

2.1 - O que são coordenadas geográficas

Relaxa, não vai ter blablabla nem enrolação, é só o que a gente precisa saber para fazer
Projetos de Agricultura de Precisão e nada mais.

De forma EXTREMAMENTE SIMPLES, RESUMIDA E BEM DIRETA a terra foi


dividida em varias linhas imaginárias tanto na horizontal quanto na vertical ficando
mais ou menos desta forma:
As linhas horizontais chamamos de paralelas. Até por que se vocês observarem todas as
linhas HORIZONTAIS são paralelas. Essas são as famosas latitudes.

Já as linhas verticais chamamos de meridianos e se vocês observarem elas não são


paralelas umas das outras pois todas partem de um “ponto” zero que ficam nos trópicos.
Essas são as longitudes.

Latitudes e longitudes são representadas em graus, então sempre que estivermos lendo
uma latitude ou longitude podemos dizer graus ao final do número.

Poderia escrever um livro inteiro falando sobre isso, mas para nós só algumas coisas
daqui importam.

Existem coordenadas geográficas positivas e negativas e elas variam de certos números,


é bom sabermos disso pois se recebermos algum arquivo com coordenadas muito
diferente das que vou mostrar para vocês podem desconfiar que há algum erro.

Se vocês observarem o Brasil está entre a latitude 60º e 30º graus e longitude 30º e 0º
graus.

Na minha Região, por exemplo, as latitudes e longitudes ficam sempre em -21º e -51º
graus, variando apenas as casas decimais. Você que está em Goiás, Rio Grande do Sul,
Pará, Tocantins Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, pesquise as suas, é importante saber.

Você se atentou que eu coloquei um sinal de – (menos) antes dos graus da latitude e
longitude da minha região?

Pois é, e eu não errei, é isso mesmo, o Brasil fica em uma região aonde as latitudes e
longitudes são valores negativos, funciona assim:
Tudo o que for a baixo do Tropico do equador, a linha preta no mapa que está na
horizontal e tudo que for à esquerda do meridiano de Greenwich a linha preta que está
no mapa na vertical é negativo.

Portanto nos EUA a latitude tem valores + (positivo) e a longitude valores – (negativo).
Já no Brasil tanto a latitude quanto a longitude têm valores negativos.... Continuem a
analogia e me digam... Na Rússia como seria? E na Australia?

Os valores negativos servem para que não haja duas latitudes e duas longitudes iguais
uma vez que ela inicial do zero no ponto D, então precisamos distinguir com sinal de
negativo as latitudes e longitudes que ficam abaixo deste ponto e a esquerda dela.
Simples, não é completo, é apenas isso. Sabe o por que? A principal virtude de uma
latitude e longitude é que elas sejam únicas e que elas estejam em um único ponto
preciso, pois desta forma, imaginem vocês um navio perdido no meio do oceano, se eles
falarem a latitude e longitude que estão, pronto, solucionado, é só pegar um GPS e ir ate
lá.

2.2 - O que são coordenadas UTM

Já as coordenadas UTM vieram para nos auxiliar na cartografia basicamente, pois, se


nos esticássemos o globo terrestre para representarmos em uma folha de papel não teria
a necessidade de termos linhas que não sejam paralelas, igual ocorre nas longitudes,
lembrando:
Então se tivéssemos coordenadas que fossem todas paralelas seria mais fácil representar
em um caderno ou desenhar um mapa, e foi aí que surgiram as Coordenadas UTM.

As UTM são um pouco diferentes das CG. Foi dividido o mapa mundi em vários
“quadradinhos” que são conhecidos como zonas ou fusos e estas zonas, todas elas
variam 10.000.000 metros, ou seja 10 milhões de metros no eixo norte e sul (longitude)
e 500.000 m, ou seja 500 mil metros no eixo Leste e oeste (longitude), então não são
“quadradinhos” são “retangulozinhos”

Bom, se nós lembrarmos que a principal finalidade das coordenadas são serem únicas,
então se todas as zonas tem a mesma variação é IMPRENSIDIVEL em UTM indicar a
zona junto com a coordenada.

Calma que vou explicar de forma mais direta, o mapa todo quadriculadinho fica assim:
Mais especificamente no Brasil fica assim:

Olhem, temos letras e numero, mas é bem fácil, ex:


No RS seria a zona 22 J, parte da zona 21 J e assim por diante.
No Para seria zona 22 M entre outras.
Em SP seria parte da 22 K entre outras.

Faca esta mesma analogia para seu Estado. Neste mapa não há divisões por Estado o
que dificulta um pouco, mais tudo bem, qualquer coisa você digita no google qual a
zona UTM ou fuso se encontra determinada cidade e pronto.
Bom qual a sacada desta parte do curso, é que posso citar uma experiencia que já
ocorreu comigo:
O fato das coordenadas UTM sempre se repetirem é que teremos por exemplo:
Lat: 10.000 m
Long 5:000 m em todos os fusos/zonas do mundo, se esquecermos de explicar qual zona
se trata teremos um problemão, então as coordenadas UTM sempre devem apresentar o
fuso junto.

3 - GPS
3.1 RTK (CONCEITO EM VIDEO)

3.2 RTX (CONCEITO EM VIDEO)

3 - Levantamento de Campo
3.1 - Quais pontos de atenção
Bom, a ideia aqui neste tópico é passar minha experiência para vocês, isso aqui vocês
não vão aprender na faculdade e em nenhum outro curso por ai, por que isso faz parte da
minha experiência de mais de quase 10 anos tomando conta de um canavial de mais de
80 mil hectares de duas usinas e vários fornecedores diferentes, vamos lá.

Para começar devemos saber que o levantamento topográfico é ponto importantíssimo


para um bom desenvolvimento de projetos de ap. afinal, devemos saber que a base para
todos projetos de ap são os mapas cadastral e planialtimétrico (trataremos sobre ele no
próximo tópico).

Devemos conhecer muito bem a área, saber seus limites, seus carreadores já existentes,
seus acidentes geográficos, suas construções e quando falo construções quero dizer
absolutamente tudo. linhas de transmissão, gasoduto, caso haja curral, bebedouro, etc...
também devemos levantar toda e qualquer coisa que seja protegida, como: nascentes,
córregos, árvores, matas, fragmentos de matas etc...

Vou listar para vocês como uma espécie de cartilha para o bom levantamento de campo
e peco para seguirem e ainda para incrementar esta cartilha à-vontade com as
peculiaridades de cada região, mas basicamente é isso:

1 Lei ambiental, lembrando que mudou a legislação e a que está vigente hoje é a Givan
ainda não tenho esse numero vou pesquisar e te mando
- Nascentes
- Apps em geral
- Vegetação nativa
- Reserva legal
2 áreas non edificandi
-Linhas de transmissão
- Estradas
- Gasodutos
3 Limites das propriedades
4 Conversas com proprietário da área
- Tirar área especifica
- Saber tubulações internas
5 Topografo que entra no brejo
6 Ponto bom é ponto coletado no lugar exato
7 Elaborar um croqui em campo a mão
O topografo de campo são os olhos de quem está no escritório elaborando os projetos,
imaginem se o topógrafo esquece de levantar uma construção, uma mata nativa... ou
pior e mais grave, uma nascente, que dependendo do horário do plantio pode não ser
identificada pelo operador do trator antes de ultrapassar sua faixa de preservação... e aí,
o problema é muito sério.

Um levantamento topográfico bem feito deve ser realizado primeiramente por um


equipamento de precisão, rtx ou rtk, conforme já estudamos, e por uma pessoa que não
tem medo de entrar no brejo, literalmente.

O mais adequado para realizar o levantamento e dar mais agilidade é utilizar uma moto,
pois desta forma o topógrafo conseguirá chegar mais próximo do alvo mesmo que este
seja de difícil acesso, e quando, for inviável ele deixa a moto e vai a pé mesmo. o
importante no levantamento de campo é coletar o ponto o mais próximo possível do
local de interesse (e quando digo próximo é próximo mesmo).

Uma boa pratica para implantar na rotina do pessoal de campo é elaborar um croqui da
área e este croqui deve ser elaborado pelo topografo apontando todos os pontos de
interesse e o que mais ele achar relevante. ele deve demonstrar o formato da
propriedade, caso ele pegue algum ponto isolado, no meio do nada que seja por
exemplo um bebedouro ele deverá apontar no croqui identificando o número do ponto e
do que se trata, por que, caso contrário, imaginem, como o pessoal do escritório saberia
do que se trata um ponto coletado no meio de uma pastagem. mesmo se tentar utilizar
imagem de satélite para identificar do que se trata dificilmente ele conseguirá identificar
devido a escala das imagens.

A mesma pratica deve ser feita com as áreas de app, vegetação ou qualquer coisa que
fique com dúvida. e aqui vai uma dica de ouro, na dúvida colete o ponto e tire uma foto
para analisar depois, por que acreditem não é nada boa a sensação de ter que voltar em
uma área a 200 km de distância apenas para pegar uma moita de árvores, mas acontece
alias aconteceram várias vezes.

É muito importante uma reunião com o topografo de campo e o desenhista do escritório


após o levantamento de uma área, além do topografo de campo apresentar e explicar o
croqui para o desenhista ainda poderá retirar várias dúvidas evitando assim erros no
desenho que servirá de base para toda a cadeia produtiva dos projetos.

3.2 - Quais métodos existem


* O curso está em constante melhoramento e você que adquiriu o conteúdo sempre terá
o mais atualizado. Desta forma, durante a elaboração do material o idealizador do curso
Rafael Sarante modificou o local deste tópico, pois desta forma o conhecimento será
mais facilmente absorvido.

Para a agricultura de precisão existem 4 métodos de levantamento, que eu considero:


1 – Moto + RTX
2 – Carro + RTX ou RTK
3 – Trator + RTX ou RTK
4 – VANT + RTK

Ah, existem outros métodos e modelos que usam para topografia ou que estão
desenvolvendo... Bom, com minha experiência posso afirmar para vocês, HOJE, não
compensa considerar outro método (talvez no futuro passaremos a considerar imagens
de satélite).

Método 1 – Moto + RTX

Agilidade, baixo custo de operação, baixo custo de manutenção, porém investimento


alto, não recomendado para rastrear curvas de nível e não recomendado para elaborar
altimetria.

Método 2 – Carro + RTX ou RTK


Agilidade (menos que a moto, porém mais que o trator), custo de operação médio,
manutenção alto e investimento alto, não recomendado para rastrear curvas de nível e
não recomendado para elaborar altimetria.

Método 3 – Trator + RTX ou RTK

Baixa agilidade, alto custo de operação, custo de manutenção baixo (quase não quebra
pois o serviço de levantamento é leve para o trator) investimento alto, recomendado
para rastrear curvas de nível e não recomendado para elaborar altimetria.

Método 4 – VANT + RTK

Alta agilidade, baixo custo de operação, custo de manutenção baixo, investimento


médio, recomendado para rastrear curvas de nível, recomendado para elaborar
altimetria.

3.3 – Definição de método

* O curso está em constante melhoramento e você que adquiriu o conteúdo sempre terá
o mais atualizado. Desta forma, durante a elaboração do material o idealizador do curso
Rafael Sarante modificou o local deste tópico, pois desta forma o conhecimento será
mais facilmente absorvido.

Uma boa maneira de definir o melhor método é separar levantamento de curvas de


nível, levantamento da altimetria e levantamento do perímetro.

Seguinte... nem todas as propriedades que irão ser feitas projetos de agricultura de
precisão serão também elaborados os projetos de sistematização. Caso o projeto de
sistematização não seja necessário e a propriedade não apresenta curvas de nível,
recomendo utilizar a MOTO + RTX e passar poucas vezes pela área fazendo um
levantamento mais ou menos assim:
Vamos pensar: se a área não tem curva de nível é por que a mesma não tem grandes
declividades, então não se trata de uma área “problema”. Outro ponto é o fato de não ter
curva de nível deixa a área vulnerável, não deixando muitas margens para arriscar,
então para maior segurança durante a elaboração do projeto de AP é recomendado que
você realize este levantamento e utilize a altimetria para elaborar a superfície e desta
forma realizar a análise de declividade dos tiros. Mais um ponto é que não será
necessária uma altimetria perfeita da área pois não será elaborado o projeto de
sistematização.

Outro caso seria uma área que precisaria ser realizado um projeto de sistematização, e
neste caso eu indico fortemente que seja realizado o levantamento com um VANT +
RTX, pois desta forma a nuvem de pontos, e conforme já vimos que a nuvem de pontos
é extremamente importante para este projeto, será mais confiável e precisa.

Caso não seja necessário projeto de sistematização, porém será necessário levantar
curva de nível pré-existentes, recomento que seja feito uma metodologia dupla para
melhor precisão e menor custo. Utilizaria a metodologia de TRATOR + RTX ou RTX
para levantar as curvas de nível (caixa e crista das curvas) e moto + RTX para rastrear
todo o resto.

MUITO CUIDADO utilizar moto ou carro para rastrear curvas de nível pode gerar
imperfeições no levantamento devido a oscilação dos veículos, pois vamos lembrar que
ele irá passar por áreas gradeadas sem estabilidade nenhuma e isso poderá refletir
DESASTROSAMENTE no restante do seu projeto.

4 - C3DFarm (APOSTILA PROPRIA)


5 - Mapa cadastral
Segundo as definições da Universidade Federal de Uberlândia, o mapa cadastral
consiste de unidades cadastrais e cada uma delas representa umaúnica parcela de terra.
O mapa cadastral não se limita a definir limites de propriedades, mas inclui referências
geoespaciais para outros direitos ou obrigações que afetam as parcelas de terra
registradas.

A definição acima esclarece que um mapa cadastral é um mapa de uso específico para
definir a propriedade da terra, mas que tem como base o mapeamento topográfico em
grandes escalas.

Em áreas agrícolas as características naturais e acidentes geográficos são MUITO


importantes para a boa construção de um MAPA CADASTRAL, bem como o
conhecimento de legislações pertinentes como: o código ambiental, larguras de
servidões de estradas e rodovias e redes de eletrificações.
Vejamos um exemplo prático:
Sua empresa foi contratada para realizar um projeto de plantio automático (agricultura
de precisão) de uma propriedade que faz divisa com um córrego pelos fundos e pela
lateral direita divide com uma Rodovia Estadual. O primeiro passo para elaborar o
projeto é realizar o levantamento em campo, mais pra frente explico bem
detalhadamente como deve ser realizado um bom levantamento de campo.

Com os dados levantados é hora do AutoCAD entrarem ação, bom, todos nós sabemos
que quando temos um córrego devemos respeitar uma faixa que denomina-se
Área de Preservação Permanente (APP) que varia de acordo com cada caso especifico,
se for uma área de várzea, córrego com barranco, se possuir vegetações que
caracterizem restinga etc...

No geral estas faixas devem ter 30 metros, então mesmo que tenha uma área sem
vegetação plana é ideal para cultivar que esteja a menos de 30 metros de distância do
córrego você não poderá realizar o plantio neste local, devendo ser DEVIDAMENTE E
CLARAMENTE identificado no MAPA CADASTRAL. O mesmo serve para a faixa de
servidão da rodovia, já que muitas propriedades rurais tem suas cercas mais próximas da
rodovia do que sua faixa de servidão efetivamente exigem.

E aqui vai um conselho, muitos produtores arriscam plantando nestas áreas, porém o
risco de ser pego, além das multas PESADISSIMAS e ainda responder criminalmente, é
mais um dos casos que o dano causado é muito grande, não valendo o risco. E pessoal,
este é um ponto no qual eu vi pouquíssimos cursos de topografia/autoCAD/agricultura
tratar, talvez pela falta de vivencia pratica das pessoas que estavam ministrando o curso.
Bom, como se não bastasse o mapa cadastral ainda tem mais coisas, e a principal
finalidade do mapa cadastral é determinar a área produtiva. Nós costumamos chamar de
ÁREA AGRICULTAVEL. Este é o grande motivo de elaborar este mapa de forma
especialmente criteriosa.

Imagina o transtorno, durante a elaboração do mapa cadastral, seu topógrafo coleta um


círculo e te fala que se trata de uma vegetação nativa. O problema é que este círculo fica
bem no centro da área, e durante a elaboração do mapa, você fica no celular toda hora,
assistindo ao jogo do Vascão, e acaba se esquecendo de identificar este círculo.
Pronto,“Houston we have a problem“ esse mapa vai para o setor de elaboração do mapa
de sulcação onde a pessoa, coitada, não saberá da barbaridade que está
cometendo, rsrsrs...este mapa posteriormente vai para o campo onde começa o plantio
até que...te ligam no meio da madrugada com várias maquinas paradas, caminhões
transportadores ou seja, uma frente inteira parada, e tudo isso por culpa do jogo do
Vascão.

Ou pior ainda (sim, sempre dá pra ficar pior),o proprietário deixou claro que não
queria que plantasse em um corredor próximo a sua residência pois ali
ele gostaria de deixar uma área de pasto para seus cavalos e você, (oreiudo) se esqueceu
e não deixou identificado de forma clara no mapa cadastral.... pronto.....mas desta vez o
problema não é apenas refazer o projeto no meio da madrugada, você terá cana de
açúcar plantada, onde antes era um lindo pasto e agora, Jose?
Já entenderam a importância do mapa cadastral, ou preciso dar mais 200 exemplos?
Podemos fazer uma analogia que o mapa cadastral é o alicerce de uma
construção....e falar em alicerce...podemos continuar com essa analogia e dizer que o
LEVANTAMENTO DE CAMPO é o alicerce do MAPA CADASTRAL
6 - Mapa planialtimétrico

Bom, agora vamos passar para nosso segundo produto, o MAPA


PLANIALTIMETRICO, o que obviamente, é a junção de um mapa planimétrico com
um altimétrico, então vamos entender cada um dos dois.

Mapa Planimétrico – Conjunto de procedimentos empregados na obtenção da


representação gráfica da projeção horizontal do terreno (planta) e das diversas
particularidades dessa superfície sejam naturais ou artificiais, ou seja, o MAPA
CADASTRAL que já temos.

O mapa altimétrico – ‘’é a parte da topografia que tratados métodos e instrumentos


empregados no estudo erepresentação do relevo da Terra.” então basicamentedevemos
representar as isolinhas neste mapa. O termo isolinhas é bem conhecido dentro
da cartografia. Elas são linhas que aparecem em mapas, e permitem que tenhamos uma
melhor noção do relevo do lugar real, assim elas são mais comum sem mapas
topográficos, que possuem a intenção demostrara topografia.
7 - Introdução AP

Hoje é um marco no progresso de cada um de vocês, finalmente estão prontos para


falamos sobre o básico da AP. A preparação deve ser gradual, sempre elevando os
conceitos nos pilares básicos que formam a rede de sustentação para o conhecimento da
AP, mais especificamente dos projetos de Ap.

Em todos os módulos, tudo que nos falamos, e cada atividade, exemplo ou pratica foi
voltado UNICA E EXCLUSIVAMENTE PARA AP. Nenhum comando aprendido aqui,
nenhum conhecimento obtido foi em vão, ou então não será utilizado diretamente na
AP.
Talvez agora vocês entendem o que eu sempre bati na tecla para lhes dizer que o curso é
direto.
Por isso esse curso é simples, tudo aqui é voltado unicamente para linhas de plantio
(projeto de sulcacão), mapa de solos, linhas de colheita e operações.

Pois bem, creio que a maioria de vocês sabe o que é AP e conseguem visualizar de uma
maneira relativamente completa o que seja a AP. Porem devemos saber de uma forma
mais direta e conceitual e eu gosto muito da seguinte explicação:

Como o próprio nome já diz, a Agricultura de Precisão é uma forma precisa de monitorar
atividades agrícolas por meio de tecnologias avançadas. Através dela, é possível tratar a
propriedade metro a metro, considerando que cada pedaço da fazenda tem características únicas
e não mais como um todo, como na agricultura convencional, em que a área produtiva é vista
como um terreno homogêneo. Um exemplo prático e simples de Agricultura de Precisão é a
análise do solo para entender quais são as características químicas e físicas de cada pedaço de
terra da propriedade e, assim, tratar cada local do terreno de acordo com as suas necessidades.
Hoje, a Agricultura de Precisão usa desde sensores comuns como um pluviômetro até
Inteligência Artificial para tornar o cultivo automatizado, inteligente e independente. Fonte: G1
7.1 - Dados e números

Com a utilização da agricultura de precisão, o produtor rural, seja pequeno, médio ou


grande, consegue ter um aumento de até 29% na produtividade e uma redução média de
23% nos gastos com insumos. Além desses benefícios, a produção passa a ser mais
sustentável a partir do uso racional de fertilizantes e produtos fitossanitários. A constatação
é de um levantamento feito pelo departamento técnico da Federação da Agricultura e
Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul).

Além disso O mercado de agricultura de precisão deve crescer de US$ 12,9 bilhões (R$
72,2 bilhões) em 2021 para US$ 20,8 bilhões (R$ 116,4 bilhões) em 2026 com um ritmo
de 10,1% ao ano, segundo a consultoria Market andMarkets.
As fazendas de médio porte devem liderar o próximo avanço do mercado de agricultura
inteligente até 2026, uma vez que as grandes propriedades já tiveram tais avanços em boa
medida.

E é aqui que deve estar nosso foco, nas médias propriedades, afinal as grandes já estão
com a Agricultura de Precisão a todo vapor. Para implantar a AP em uma área de 20 mil há
sendo essa área de apenas uma fazenda são necessários poucos profissionais de AP, agora,
para implantar nos mesmos 20 mil há sendo 200 propriedades diferentes são necessários
MUITOSS profissionais.
A demanda por profissionais que saibam fazer projetos de sulcacão irá explodir ao longo
dos próximos anos, e você DEVE estar preparado.

Outro ponto são as alianças internacionais e a tendencia do mundo em busca de uma


agricultura mais eficiente e com menos utilização de Agroquímicos, o Brasil e o Japão
partir de um entendimento mútuo, ambas as partes acordam em estabelecer o "Projeto
de Desenvolvimento Colaborativo da Agricultura de Precisão e Digital para o
Fortalecimento do Ecossistema de Inovação e a Sustentabilidade do Agro Brasileiro”,
tendo como pilares a inovação e a sustentabilidade no agronegócio brasileiro. A
agricultura de precisão faz uso da tecnologia para planear a produção agrícola, reduzir
custos, aumentar a produtividade e diminuir os impactos ambientais, sendo um dos
pilares da agropecuária do futuro.
Além do Japão o Brasil também firma parceria com o canada após um encontro
articulado por Alexandre Varella, coordenador do Labex EUA, foi identificar
prioridades de interesse comum que direcionem os projetos de cooperação entre os dois
países a partir do ano que vem. A apresentação oficial dos resultados para as diretorias
das respectivas instituições está confirmada para 30 de novembro. O memorando de
entendimento para a cooperação foi firmado em julho.

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