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ræûtoô dÊ onda de de Broglie são suf¡cientemente gandes para ærem comparáveis às dimensões Os físicos clássiggq¡¡¡gygn]. poÍal!9r_þ$hlq. qejggp"r-q.

dg-s" qq¡g
_agl3l-
gue Pa¡a gnlel'
car¡cÍcrf¡tÍcas do sisþm¿ considerado, tal como um átomo, e aspropriedades ondulatórias são ¿craiffi @ipr¡ì¡.-u1t:f:äCigi<iip-ú-iõil-ueär-.te*Ag-$,3f ões,comonb
obæ¡rúrci¡ experirnentaknent€ em scus mov¡næntos. Mas nlo devcmos nos esquecer que, tanto ffi¡ompton, e a tlm ¡no¿eto ondulatório €m outr:rs, co¡no.na dff¡açâ'g !e-rpi.-qs.-f. Talvez :'l
pare r ndiação como pars a matérie, em suæ intcrações (por exemplo, quando são detectadas), ;¡¡s ¡oæ-tsejã-o-fãtô ¿c quc essa mes¡na dualidade onda-partfcula æ aplica tanto à matéria /\l
que ele
rr propricdades corpuscul¡res são preponderutes, mes¡no para grudes comprimentos de onda. otu¡rto à radiação. A razão cnùe a ci¡rga e a rnassa do elétron e o rírstro de ionização
jeixa na matéria (uma segäência de colisões tocali?adaÐ sugercm um modelo corpuscul¡¡r, mas a ,l*\

EreXPLO3.2 difração de elétrons suger€ um modelo ondulatório. Os ffsicos sabem agora que são compelidos
Nr¡ cxperlôncl¡r ¡nle¡io¡mente clt¡da¡ com ¡ltomo¡ de hélio, foi obtido um feixe de átomos com velo- a us.¡ arnUot os modelos P¡ua o mesmo ente. E-Eg¡to importante notår. n n-
cHedc Arrticemcntc con¡tratc do 1,635 x l0r c¡¡/¡ friondo-cc com quc gár hélb cscapasæ, por um pequcno
oriffdo m recipientc guo o oonl¡nhe, pars uma ém¡¡¡ n¡ qual havia ¡ldo fclûo vlcuo. Depois o feixe prsu
oualquer medida feita apcnas æ aplica um modelo -os dois modelos não são usados sob as

¡t¡vÉ¡ do fc¡d¡¡ ctbcltrs cm dlscor clrarlarer panlolos girando, próximo¡ uns ¡o¡ out¡os (um æleto¡ mecåni-
;reïasEcunstñAi¡;-<Ir¡uidó ¡'énte ¿ ¿ete
sentido quc é localizadq; @49..çs!{ s€lnqv.€ndet ase como !mCgr¡dat-49
co dc ælocùleder). Ob¡c¡rou¿o quc um foixc fortemcntc dif¡at¡do ds ¡ltomo¡ dc hélio cmergiu dâ stperffcie "iñiãJtfcúla-nb
do c¡il¡l dc fluo¡Gto dG lfib rob¡e e qual os ltomos cstsvsrn ¡¡c¡dindo. O fclxc dif¡ctado foi detectado com se--gþ.prvaqr
sç-[t¡{q_qgg d9 inÇ¡f9¡f49!g¡, obviamente, uma onda tem extengo, e ,q
ficnômenos
um mr¡ômcl¡o cxtsomûr¡ontr ¡ensfvel A ¡rullísc us¡¡I do¡ ¡csultados cxpcr¡mcnta¡s de difração pelo crlstal ¡íoéloc¿lizada.
i¡d¡nru¡ un compr¡¡¡cnto dc ond¡ de 0,600 x l0-¡ c¡¡r. Qual a relaSo cnt¡c esse ¡esultado e o comprirnen- &Llo_lf:gfqrgu_qjlUfçep em æu princípto ù..gsü.Wlet¡t3ttßrídade-O+-nøelos¡or.
todcodrdcdc Brog[d sfo complementares; se uma medide prova o çardtçr ondulatório.da¡a:.
puscuþI1,_ondqla-t-ório
A n¡¡s¡ dc um ltomo dc hélio é
C¡.¡Cryg_g_4iria, entõo é imposfvel ProYar g caráter corpuscular na mesma medidå, € vice- t.
ìt {,00 g¡lmol ygfs.-A escolha de que modelo usar é dcterminada pela natureza da medida. Além disso, nossa I ¡gr
m=-= = 6,65 r ¡9-rr ¡t compreensão da radiação ou da matéria está ¡ncompleta a menos que levemos em cons¡deração
il. 6O2 x lOtt ltomo¡/mol
tento as medidas que revelem os aspectos ondulatórios quånto as que revelem os aspectos cor-
IÞ aoo¡do com a equação de de Broglle, o compr¡mento de onda é pusculares. Portanto, radiação e matéria não säo apenas ondas ou apenas putlcnlas. tln-¡nodelo ,:.
¡¡4llg¡3þ, para a mentalidade clásica, qailgggr¡-l¡c?d9,.{.nççess{rjq pafa-delcrever æu com'
h h 6,63 r l0-¡' j-s p.o¡amg!!g, embora em situações extremr¡s possa ser aplicado um modelo ondulatório simples,
À-- ? kg r 1,635 x l0r ou um modelo corpuscular simples.
p mv 6,65 r l0-¡ m/s
L !!gação entre os.nlqdefoq corpuscular e o¡rdulatório é feita por meio de.uma-inJerpre-t¡-
=0,609 x lO-tc m= 0,609 x l0-¡ cm
probabilfstica da dualidade o_nig:p¡_ú!ÍC$C.No caso da radiação, foi Einstein quem unificou
ção
está dent¡o dos limites dc er- as tecrias ondulatória e corpuscutar; a seguir, Max Born aplicou um argumento semelhante para
Estc r€¡u¡trdo, que é 1,596maior do quc o valor mcdido na diftação pelo øiflal,
ro dacrperiência. unificar as teorias ondulatória e corpuscular da matéria
^
No modelo ondulatóriO a intãnsidade da radiação, /, é proporcionat a'ã'2, ondeã2 é o va.
Experiências como ¡ conside¡sda nç exemplo 3.2 são.bastante diffceis pois as ir¡tensidades obtidas lor médio, sobre um perfodo, do quadrado do campo elétric<¡ da onda. (/ é o valor médio do
com fcixcs atôm¡cor rão bsstsnte baixas Experiências de difrafo de nêutrons, usando cristais com scparação
Gnt¡G o¡ pl¡so¡ conhocld¡, confirmam a cxi¡tênci¡ de ond¡s dc matéri¡ e confi¡mam com precisão a equação
ctramado vetor de Poynting, e usamos o símbolo I em vez de E pala o camPo elétrico para evi' .r.t
dc dr &oglie. A pæciÉo dew{e ¡o fato de que æsto¡es nucleåres fo¡necem nêut¡ons de forma abundante. ta¡ confusões com a energia total .E.) No modelo do fóton, ou corpuscular, a intensidade da ra'
Atu¡hcatc r difreção do nêut¡ons é um método importante de cstudo d¡ cst¡utura cristalina. Cc¡tos c¡istais, diação é escrita ! = Nhv,onde /V é o número médio de fótons por unidade de tempo que cruzam
t¡i¡ como os orgânlcos hidrogenados, €o garticutarmente apropriedos pa¡¡ ¡ruílise por difração de nêut¡ons, uma unidade de área perpendicular à direção de propagação. eiE¡¡5lgiSSCgm su'seriu-qgg €.',
pob o¡ r¡ôut¡ons sÍo foftementc ospalhados por átomos de hidrog€nio, e¡rguanto que ¡aios X o salo fracamen' que na teoria eletromagnética é proporcional à energia radiante contida em uma unidade de
tc. os nios x intcragem prlncþtmente com os elétrons ¡¡o átomo; elétrons ¡nte¡agem por forças elctromagné- volume, poderia ær !¡Efplç!ê!9-cp-EC.!¡tBlrlç-4lCa-d-o-¡únç¡s md-d-ip-.dp léto-ns+o¡-unidade de
tict¡ l¡¡to com ¡ ca¡g¡ nucle¡¡ do átomo quanto com os demais elét¡ons, dc modo que sua interação com os
Itomo¡ dc hitt¡ogênio é freca, pois a cerga é peguena. No entanto os nêutrons interagem por forças nucleares Ydülsg.
prL¡cipô¡glente corn o núcloo do dtomo. e esta intÊr8Éo é fo¡te.

3.2 ADUALIDADEONDA-PARTÍCI'LA
t'
Na ffsica clássica, s energia é trursportada ou por ondas ou por palfculas, Os flsicos clás-
sicos observa¡¡m ondas de água transportando energia sobre a superffcie da água, ou balas trans'
ferindo energia do revólver para o alyo. Á, part¡r dessas experiências, eles construlram um mode'
lo ondulatório para certos feñômenos macroscópicos e lrm modelo corpuscular para outros, e de i*
forma bem natural estendera¡n essês mod€los para ægiões visus¡mcntic mÊnos acesíveis. Assim,
eles cxplicaram a pfopagação dc som em termos dc um modelo ondulatório e pressóes de gaæs
em tennos de um modelo corpuscular (teo¡ia c¡¡rética). O fato de tprem obtido sucesso os con'
diciqou a esper¡u que todos os entes fossem ou partlculas ou ondås. Continuaram sendo b€m
sr¡ccdidos até o inÍcio do século XX com as aplicações da teoria ondulstória de Maxwell à radiação I eneryia .- há apenas fótons * m¡¡s são uma grandeza cuja intensidade mede o número médio
i tle fótons por unidadc de volume.
e a dcscobcrta de putfculas elementares de matéria, t¿is como o nêutron e o pósitron'

95 -1

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Usamos a patavra .'médial' lgjgug_ qs proæssos_93-..1j-Sg$.J .¿_._$!y_"f .gl!-.tll!g:
Não cspccifìcamos cxetamente quantos fótons cruzam uma unidrde de área cm uma unloaoe dê

i.rpo;;*;¡ncamõ-s¿p€nái seu nf-¡rerolfräF-;õ_ngmeio_9iCto þdè ftuiuar no tempo ã.-nõ-


g¡prço" .nir .ðm¿ ìäor¡ã cinética dos gases ñá nutuaçõci em iomo dc um valor méd¡d dì

rnuitas quantidades. Podemos dizer de forma defìnitiva, no entanto, que a probabílidade de que
um fóton cnrze uma unidade de â¡ea a 3 m de distância da fonte é éxatamente um nono da pro
babitidade de que um fóton cruz¡ uma unidade de área a I m da fonte. Ng-fógU!¿l=Mu' en.
tão, d-ç. -ug_1Cqf ¡¡{Ciq.e-é-Ugt¡-4e.Ûda $-plo!BÞ.i!!{ele de que um fóton atravesse uma uni'
d-ade-¡þ-årsa-eF.q¡¡a- qid-q{g.-de temPo. Se igualarmos a exPressão ondulatória à expressão
cot'
puscular teremos

I = (l lpoc) 82 = hvN

de forma que ET é proporcional a y'ú. A interpretação de Einstein de ã'f como uma medida pro
babilística da densidade de fótons então se toma clara. Esperamos que, assim como acontece na
do com base nas idéiæ da mecânica clásica. Devido ao fato de que ondas podem $ sup€rpor
teoria cinética, as flutuações em torno da média se tomem mais observáveis a baixas intensida-
tanto construdvamente (em fase) quanto destrutivamente (fora de fase), duas ondaspodemæ
des do que a altas, de forma que a baixas intensidades os fenômenos quânticos contradigam
combinu ou p¡¡ra da¡em uma onda resultante de grande intensidade ou pera se cancelarem, mas
mais dramaticamente a interPretaçäo contínua clásícá.
unifìø' duas partlculas clássicas de matéria não podem se combinar de forma a se cancelarcm.
E ø¡na¡oéþeaåinleprç-ta.çãç.d-e-El¡r!e[-fuCdteC@¡&¡-!.o-S-P¡ç!9lu..ma
O estudante pode aceitar a lógica dessa fusão dos conceitos de onda c partfcula, mas ainda
pn-da:Pa¡¡Lisulsrlr ¡q¿ts¡ia-Ela¡U-r8tu-Builo¡-anos depois de
@.-Sgm.elhar,r-qe-Fje-e-4Biidade aslm perguntar se æ faz necesM¡ia uma interpretação estatfstica ou probabilfstica. Foram
s@-agsg1 tlr dese-nrolvido_1ua.g.e-l-elal!4ção_qg¡.ostulado de de Broglie, a chamada mecili-
Heiænberg e Bohr quem, em 1927, pela primeira vez mostraram quão esscncial era o conceito
ca quânt¡ca. Vamos examinar a teoria de Schroedinger quantitativamente em capítulos posterio
de probabilidade para a união das descrições ondulatória e corpuscular da matéria e radiação.
res. Aqui queremos ap€nas us.Ílr a idéia de Born em uma forma qualitativa para dar a base con'
Vamos investigar esses assuntos nas próximas seções.
ceitual necesMria à análiæ detalhada subseqüente.
V¡¡gs_¡_ltogLtl_ryU_lglue apenas comprimento ge :n4-a e [¡-e-g1iênçi¡ ås gndas de 19¡!
ria. Faæmos isto introduzinão uma função que representa a onda de de Broglie, chamada/t¡n- }3 OPRTNCÞIO DA INCERTEZA
çõo de onda V. Para partlculái-quãEñõñin-ña direçao x com um valor preciso do momento O uso de considerações probabilfstiças não é estranho à ffsic¿ clássic¿. Por exemplo, a me-
e da energia, por exemplo, a funS'o de onda pode ær escrita como uma função ænoidal sim- dnic6 estatística clásica se utiliza da teoria de probabilidades. Entretanto, na ffsica clássica æ
ples de amplitude l,tal como lcls bádcas (tais como as leis de Newton) são determinfsticas, e a análise estatfstica é ep€nõ um

v(x,t)= ¡"" ,6- ,) (3aa)


utlffc'io prático para trata¡ sistemas muito complicados. De aco¡do com Heiænberg e Bohr, no
çntrnto, a interpretação probabilfstica é fundamental emmecânicaquåntica,e deve.æ abando-
nu o determinismo. Vejamos de que forma se chega a esa conclusão. ..r .:
Istoéoanálogode lþ-:g9.å"¡*_._t4si_ca, a_s equações 3e
8(x,t)=A"" r(+-,) (34b) atualq_!g!&_glq.p9qg-r1t_qçr r_eso_l-údæ -dS.fqrU!_a-da¡ cpesiÉo_e_qÃome¡te_de uma partldilê_
oup todos os valor_qg_dp_tq¡¡po, Tudo que é necesário saber é a posiSo c o momento preclsos
da partlorla em um ærto instante t = 0 (as condições iniciais), e asim o movimento futuro fìca
para o campo elétrico de uma onda eletromagnética senoidal de comprimento de onda )\, e [re' detcrminado de forma exata. Esta mecânica foi utilizada com grande succsso ho mundo mactos
qtiência u, æ movendo no sentido positivo do eixo ¡. 4 granlgza iÍrvai. p9-B-3t-o-4-4af dç--ry1ø oópico, por exemplo, na astionomia, pi¡ra prever os movimentos subsÊqi¡entes de objetos em
rìa, desempenhar um papel análogo ao deæmpenhad-o]P.-ol$l .pa'¡¡1¡.1 -ol!p,de radiação' Esu firn$o de æus movimentos i¡iiciais. Observemos, no entanto, quc g9.p-t!1$g_d¡-lp3!33fSÞse¡-
gr.nd.@áeondaparaondasdematéria,éumamedidadapro j
nÉ.t glgEqgljn]|g¡ggg_qn.o. siste¡n4. Um exemplo da astrono¡rüà-tontemporânea é a
babilidade de encont¡ar uma partícula em uma unidade de volume èm um dado Ponto e instan' nediSo precisa da posição da Lua pela ¡eflexão de rada¡. A posição da Lua é perturbada pela
te de tempo. Assim como é uma função de espaço'e do tempo, também o é v;e, como vamos
I medida, mas, devido à sua gande massa, ess¡r perturbação pode ser ignorada. Em uma escala um
ver mais tarde, assim como 6 satisfaz à equação de onda, também a satisfaz Ú (à equação de tanto menor, como por exemplo uma experiência maøoscópica cuidadosamente planejada na
Schroedinger). A grandeza é uma onda (de radiaçâo) associada â um fóton,e Vé umaonda
I Tena, tais perturba@es também são normalmente pequenas, ou ao menos controláveis, e po-
(de matéria) associada a uma Partícula material. dem ser previstas acuradamente por cJlculos conwnientes. Portanto, urna hipóteæ natu¡al¡nen.
( ¡ Segundo Born: "De acordo com essa interpretação, toda a evolução dos eventosé deter' te feiþ pelos flsicos clásicos foi que para sistema microscópicos, a posição e o momento de um
,', minada pelas leis da probabilidade; a um estado no espaço corresponde uma probabilidade defi' objeto, por exempto um elétron, poderiam de maneira andloga ær determinados de forma preci-
, nida, que é dada pela onda de de Broglie associada ao estado. Um pfocesso mecånico é portanto ra pelas obærva@es. Heiænberg e Bolu questionuam essa hipóteæ.
i a.omprnhrdo por um processo ondulatório, a onda 'condutora', descrita pela equação de A situação é algo æmelhante à existente quando do nascimento da teoria da relatividade.

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