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OS PERSONAGENS.
a) PRINCIPAL:
- Guia e narrador (ler).
- Jesus.
- Caifás (Sumo Sacerdote).
- Soldados 1 e 2 (podem ser distribuídos entre várias cenas diferentes).
- Longinus (chefe dos soldados).
SEGUNDA ESTAÇÃO
JESUS CARREGA A CRUZ
Longinos: Tira a cana de Jesus, e veste-a, e veste a sua túnica. Amarre a cruz aos ombros e pendure
a placa no pescoço. Quatro soldados cercarão cada prisioneiro. Os outros cercarão com suas lanças
para que as multidões não se aproximem deles. Os que estão a cavalo presidem a caravana e
terminam a guarda. Lembre-se das regras: um soldado que fere mortalmente um condenado, ou que
permite que alguém o faça, será responsável perante o Império, e até pagará com a própria vida.
Jesus: Quem quiser seguir-Me negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz diária e siga-Me.
Longinos: Tende, Jesus, um pouco de água com fel; far-vos-á bem; Você está sangrando, o
caminho é longo e está quente.
Jesus: Deus retribui sua caridade, mas você pode precisar dela; Não me priveis da dor necessária
para expiar o pecado do mundo. Vou dizer ao Pai: "Livrai-me desta Hora" se eu vim para esta
Hora?
Longinos: Pelo menos um gole, para me mostrar que você não odeia pagãos.
Jesus: Nem um copo de água dado em meu nome ficará sem recompensa (tente, mas não beba).
Longinos: Para constar, eu só executo ordens; Não tenho nada contra você. Tentarei fazer-vos
sofrer o mínimo possível. Tenho muita experiência nessas execuções. Soldados: vamos pelo
caminho mais curto, porque o Nazareno pode não resistir.
Sumo sacerdote: Você não pode fazer isso, é ilegal. As leis dizem que os condenados devem ser
vistos por toda a cidade que poluíram com suas infâmias. Que se caminhe pela cidade.
Pueblo: Deixe-o passear pela cidade!
TERCEIRA ESTAÇÃO
O PESO DA CRUZ
Longinos: Ajude o prisioneiro com a cruz, que já está arrastando os pés e tropeçando com
frequência, é muito fraco, traz febre, e o chão é irregular, não caia.
Sumo sacerdote: O lixo é jogado no chão, deixa cair, bota na pressa.
Longinos: Cuidado, soldados (Jesus cai) Mas do que vocês estão cuidando, soldados estúpidos?
Soldado 1: Ele foi empurrado e caiu.
Longinos: Como grão de trigo caído no sulco; como pão de criança jogado aos cães; como um
verme, não um homem.
QUARTA ESTAÇÃO
JESUS E SUA MÃE
Longinos: Deixe passar a mãe do condenado.
Sumo sacerdote: Pena de morte também para quem deu à luz criminosos. Fora com essa mãe!
Gente: Fora essa mãe!
Sumo sacerdote: Que também preguem na cruz o ventre que o carregava e os seios que o
amamentavam.
Gente: Fora essa mãe!
Sumo sacerdote: Vamos limpar Israel das mulheres que se unem às cabras e das víboras que deram
à luz demônios.
Gente: Fora essa mãe!
Maria: Meu filho.
Jesus: Mãe, chegou a hora.
QUINTA ESTAÇÃO
SIMÃO DE CIRENE AJUDA JESUS COM A CRUZ
Longinos: Ei , você, venha aqui! Sim, não faça isso, estou falando com você. Você é forte,
enquanto o condenado não pode mais continuar. Então pegue a cruz e leve-a até o topo!
Cireneu: Não posso, tenho um emprego pendente e devo voltar logo.
Longino: É uma ordem, tome a cruz!
Cireneu: Seria uma vergonha para mim ajudar um criminoso, e em público. Realmente: não tenho
tempo.
Longinos: Dê-lhe 20 chibatadas e leve seus pertences!
Cireneu: Ok, tudo bem, eu vou te ajudar; Então, para o bem, todos nós puxamos.
Longinos: O que você está murmurando sob sua respiração?
Cireneu: Que eu vou te ajudar. Mas, para constar, não tenho nada a ver com a causa dessa
execução, está claro? Afinal, eles nem agradecem.
SEXTA ESTAÇÃO
VERÔNICA E O ROSTO DE JESUS
Verônica: (faz seu caminho através dos soldados da cerca) Tua face eu buscarei, Senhor, não
esconda a tua face de mim.
Jesus: Não escondi o rosto dos insultos e das cusparadas; Tomei sobre mim os crimes do mundo.
Veronica: Tu és o mais belo dos homens; a imagem viva do Pai; A graça é derramada em seus
lábios.
Jesus: Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
(Verônica está enxugando o rosto)
Sumo sacerdote: Tira aquela mulher que está nos divertindo. Esta tarde começa a grande festa da
Páscoa e pede que morram antes do pôr do sol.
Gente: tira, tira, tira!
Sumo sacerdote: Hanseníase para leprosos; É preciso acabar com os cúmplices dos que
desrespeitam a lei.
Longinos: Soldados! Tire essa mulher de lá.
Veronica: Aqui está o rosto do Senhor impresso em minha tela. Imprima seus sentimentos em
mim.
SÉTIMA TEMPORADA
A CRUZ FICOU MAIS PESADA
Longinos: Soldados, o prisioneiro está se recuperando muito! Ajude-o a não cair! (Jesus cai) Por
que não o detiveram, soldados inúteis? Querem ser recompensados com castigo?
Soldado 1: Não podíamos parar. Parece que ele lhe deu uma convulsão, uma síncope.
Soldado 2: Traga água para jogá-lo, caso seja insolação.
Longinos: Limpe a área para que os curiosos não tirem o ar.
Sumo sacerdote: Tanta doutrina lhe passou pela cabeça, e ele começou a tropeçar e cair no erro.
Um cego que se torna um guia para os cegos, mais cedo ou mais tarde, cai no buraco. Morda a
poeira, veja se é igual!
Gente: Deixa ele comer sujeira!
OITAVA ESTAÇÃO
AS MULHERES CHORAM QUANDO ENCONTRAM JESUS
Mulher 1: Pobre de você, Jesus, olha como eles te deixaram!
Mulher 2: Não há esperança de que você sobreviva.
Longinos: Avante, para frente, avançando, soldados, não parem, soldados, está ficando tarde.
Soldado 1: É que o preso parou na frente de algumas mulheres.
Longinos: Retire essas mulheres.
Soldado 2: É que entre eles está a nobre Joana, a esposa de Cusa, o administrador de Herodes e
outras pessoas influentes.
Longinos: Então espere um momento e seja educado.
Mulher 1: Sem ti nos sentiremos muito sós, Jesus.
Mulher 2: Mal havíamos encontrado a felicidade, quem nos guiará agora em apuros?
Soldado 1: O que você ganha chorando? Eles estariam no julgamento intercedendo por ele ou
colocando suas influências em jogo.
Mulher 1: Por que você é tão maltratado, Jesus, se você é inocente?
Mulher 2: Por que a injustiça triunfa sobre o bem?
Jesus: Obrigada, Juana, Nique, Marcela, Elisa, Lídia, Valéria, Ana, filhas de Jerusalém. Não
choreis por mim, mas chorai por vós mesmos, pelos vossos pecados e pelos dos vossos filhos, dos
carrascos, dos da cidade.
Mulher 1: Beba, Jesus, desta mirra, que te entorpece um pouco e te faz sofrer menos.
Jesus: Agradeço e agradeço a todos. Mas quero provar o cálice da ira de meu Pai totalmente são.
Mulher 2: Agora abençoa-nos, Jesus, pois sem ti ficaremos na maldição.
Jesus: Estão enganados, pois é agora que se manifesta a glória de meu Pai. Abençoe a Deus, Joana,
por não ter filhos que sofrem isso. Mães, chorem por seus filhos, pois esta hora não ficará impune...
E que castigo! Se isso acontecer com os inocentes, o que acontecerá com os culpados? As mães
daquela hora hão de chorar por terem seus filhos vivos; E será sorte quem cair sob os escombros.
Eu te abençoo.
Longinos: Chega, acabou a licença, temos que seguir em frente. Mulheres, afastem-se!
Jesus: Não choreis por Mim, mas por vós mesmos e pelos vossos filhos. Se isso acontecer com a
árvore verde, o que acontecerá com a seca? Vá para casa e peça meu trabalho.
Nona ESTAÇÃO
O PESO DA CRUZ TORNOU-SE INSUPORTÁVEL
(Jesus cai)
Longinos: Largaram de novo?
Soldado 1: E desta vez ele parece morto.
Soldado 2: É que ele já está muito fraco. Era muito açoitá-lo e depois mandá-lo para a cruz.
Longinos: Levante-o e amarre cordas em sua cintura para ajudá-lo; A palavra de ordem é que ele
chegue vivo ao local da execução.
Sumo sacerdote: Ele deve morrer somente na Cruz.
Gente: Que ele não morra fora da cruz!
DÉCIMA ESTAÇÃO
SOLDADOS TIRAM AS ROUPAS DE JESUS
Longinos: Tire a roupa do sentenciado para executá-lo. Lembre-se que se há algo bom, é o seu
saque e pagamento pelo seu trabalho.
Soldado 1: Túnica artesanal, em peça única, ajustada ao seu tamanho Vale a pena manter!
Soldado 2: Sem dúvida, sua mãe a teceu com amor. Mas vai doer quando você arrancar, porque
grudou nas feridas e vai reabri-las.
Longinos: Não importa que as feridas sejam reavivadas, afinal, a hora da morte está se
aproximando.
Sumo sacerdote: Suas vergonhas serão expostas, amaldiçoadas do Altíssimo, como Adão e Eva
quando pecaram, e você não terá ninguém para resgatá-lo ou cobri-lo. Como as prostitutas que
ensinam seu despudor.
Jesus: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu voltarei a Ele; bendito seja o nome do Senhor.
Sumo sacerdote: Todos terão vergonha de vê-lo e desviar o rosto, porque Deus lhe negou Sua face
e você morre sob Sua maldição.
Jesus: Nosso corpo é o templo de Deus, e o templo de Deus é santo. Glorificai o Pai com vossos
corpos.
ESTAÇÃO ELEVENTH
JESUS, OS PREGOS E A CRUZ
Longinos: Vamos começar bem o trabalho, e eu não quero que nenhum deles fique atolado, ok?
Um de vocês é montado em sua cintura para evitar que você se mova muito nas convulsões que
causarão as unhas e parar seus braços. Dois cuidarão da mão esquerda: um para e outro crava a
unha no lugar que eu indicar. Os outros dois no outro braço. Assim que terminarem, vamos elevá-lo
à altura adequada. (Eles estão executando a operação.)
Narrador: Uma crucificação era um espetáculo brutal de carnificina, sangue, blasfêmias e gritos. O drama do Calvário
é uma tragédia. Jesus sente-se tremendamente sozinho, com o horror daqueles que morrem jovens, sem ver seu trabalho
feito, odiado, desprezado, desacompanhado e tremendamente consciente. Cada movimento multiplica as dores em suas
mãos; o peso de seu corpo prolonga suas feridas; luta para endireitar o ar; O afundamento do corpo produz
sufocamento e estertores.
Soldado 1: Parece que sua única riqueza são pregos e madeira, porque tudo foi tirado de você.
Sumo Sacerdote: Você não veio como Messias e salvador da humanidade? Por que você não se
salva?
fariseu: Seu padrinho Belzebu já o abandonou? Há apenas cinco dias você pediu que ele te
glorificasse, por que você não o lembra de sua promessa?
Sumo Sacerdote: Blasfemo; Ele disse que salvou os outros com a ajuda de Deus e agora não pode
se salvar.
Soldado 2: Afaste-se, você nos impede de erguê-lo.
Sumo sacerdote: A Torá diz bem: Amaldiçoado é aquele que está pendurado em uma árvore.
Fariseu: Ele depositou sua confiança em Deus; se Deus o ama, que o liberte, pois Ele mesmo disse:
Eu sou o Filho de Deus.
Sumo sacerdote: Ele salvou os outros e não pode salvar a si mesmo. Vejamos, que o rei de Israel
desce agora da Cruz e nós creremos nele.
Fariseus: Olá! vós que derrubais o templo e o reedificais em três dias, libertai-vos da tortura, descei
da cruz se sois o Filho de Deus.
Sumo Sacerdote: Você não sabia que o glorioso templo de Israel é intocável e é por isso que você
está morrendo?
Fariseu: Louco você destrói e reconstrói, desce da cruz e nós acreditaremos em você. Quer que
acreditemos em você? Faça o milagre. Não pode, né? Bem, suas mãos estão pregadas e você está
nu.
Sumo sacerdote: Fulmina-nos se você é Deus. Não temos medo de você, pelo contrário, olhe,
cuspimos em você.
Longinos: Soldados, retirem essa ralé, que vocês não deixam funcionar.
Soldado 1: Como incomodam aqueles que só vêm a um show de morbidez e sangue e não deixam o
trabalho à vontade.
Soldado 2: E três meses depois, ninguém se lembra do executado.
Soldado 1: Vamos jogar dados, por que não sorteamos nossas roupas?
Sumo sacerdote: Cuidado com suas feitiçarias, você, que tem suas roupas, pois dentro está o sinal
do inferno.
Longinos: Um é tocado pelas sandálias do prisioneiro; a outro o manto; a outro, o véu da cabeça; a
outro, o cinto de couro.
Soldado 2: O único problema é a túnica, sem costura, à sua medida, em uma só peça; Seria quase
um pecado rasgá-lo em pedaços.
Soldado 1: Não importa que não seja um manto de rei, vamos jogá-lo em lotes, para ver em quem
ele toca. Jogue os dados no capacete e vamos começar.
Soldado 2: Mas vamos ficar longe da cruz, porque aquela maldita gota de sangue incomoda.
Soldado 1: Um sangue que nunca voltará às suas veias.
Soldado 2: Traga o vinho e vamos celebrar o triunfo, ou a derrota.
Longinos: Os outros soldados têm o pagamento dado a eles pelo Império. Pare as pessoas, não se
aproxime.
DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO
JESUS MORRE NA CRUZ
CENA 1
Soldado 1: Achei algo estranho nesse prisioneiro. Aqueles que o enviaram para a cruz perderam a
cabeça por causa do ódio acumulado, enquanto o condenado está muito calmo.
Soldado 2: Desça, e Roma o colocará no Capitólio e o adorará como divindade.
Sumo Sacerdote: Como é doce a vingança! Finalmente podemos dormir em paz.
Narrador: Jesus não implora para ser retirado da cruz, nem para apressar sua morte, nem para a compreensão de seus
inimigos ou de seus discípulos, mas perdão para Anás, Caifás, Judas, os sacerdotes e escribas, Pilatos e nós. Fiel aos
seus ensinamentos, não há rancor em seu coração, mas amor ao extremo. Ele morre para nos salvar. Apostou em nós
quando podia nos condenar.
Jesus: Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que estão fazendo.
CENA 2
Narrador: Os ladrões não eram trupes de teatro, mas dois bandidos debatendo a morte como punição por seus erros
obstinados, rebeldes a estruturas injustas, raivosos contra si mesmos e contra tudo.
Ações: Porra a hora que eu nasci. Amaldiçoado é o governador romano. Maldita é a sociedade
hipócrita, inimiga de todos os miseráveis, que sempre protegeu os ricos e se volta contra nós.
Malditos todos vocês. Se pudesse, golpeava-os com a cruz na cabeça, a começar pelo centurião.
Dimas: É muito difícil ter que terminar assim, Gestas, mas o que valeriam as leis sem punição?
Roubamos, roubamos, estupramos e agredimos, e sofremos as consequências de nossa
impertinência. Não adianta reclamar; Morreremos como vivemos. A dignidade deste profeta da
Galileia nada lhe diz?
Gestas: Que escravo desprezível! Se tudo o que é dito sobre ele é verdade, e ele opera milagres,
por que ele não faz uma façanha de magia e se livra da maldita cruz? Ele caminha humildemente
em direção à sua morte como um indefeso. Então você é o Cristo? Salve-se e salve-nos.
Dimas: Você não teme a Deus enquanto está na mesma tortura? Nós merecemos; Mas não fez nada
de errado.
Narrador: Dismas jogou a última cartada ao sair de sua tragédia, descobrindo a dignidade de Jesus e a justiça.
Somente a morte de uma pessoa justa pode fazer o mundo girar. E, pelo seu ato de fé, Jesus lhe dá sua glória
imediatamente.
Dismas: Jesus, lembra-te de mim quando chegares ao teu Reino!
Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Hoje estareis Comigo no paraíso.
CENA 3
Narrador: Chegou a hora de Jesus e sua Mãe reaparece, pois ela terá um lugar central na história da salvação. Jesus a
convoca ao Calvário para confiar-lhe uma nova missão.
Longinos: Deixe a mãe do executado se aproximar de seus companheiros.
Jesus: Nova Eva, mãe dos vivos, que órfão o mundo será agora que estou partindo! Mulher, aí está
seu filho. Amado discípulo, pródigo para que voltes a ser filho: aí está a vossa Mãe. Receba-o em
casa e conte-o entre seus pertences íntimos. Você vai fazer o meu lugar.
Narrador: Maria sente novamente o seu ventre rebentar de fecundidade, como na Anunciação. A Morte de Jesus é
agonia e parto; Maria está nos dando à luz em meio a grandes dores.
CENA 4
Soldado 1: Este prisioneiro não foi morto por desidratação.
Jesus: Se você conhecia o dom de Deus e quem é que lhe pede para beber. Eu estou com sede! Eu
estou com sede! Eu estou com sede!
Longinos: Mergulhe uma esponja em vinho agridoce e coloque-a nos lábios.
Narrador: Com milhares morrendo, Jesus profere esta frase. Ele tem uma sede imensa de nossa salvação; Não se
contenta com água e vinagre, mas com a nossa mudança de mentalidade e de vida.
CENA 5
Soldado 1: Que praga de mosquitos tão irritantes! Eles são atraídos pelo cheiro de sangue e suor.
Soldado 2: Vamos ver se eles se acalmam com as chuvas, porque está nublado a partir do meio-dia,
há tempo quente e vento frio, e tempestades de terra preta.
Narrador: Amós havia anunciado: "Escurecerei a terra ao meio-dia" (Amós 8:9). O silêncio de Deus doeu-lhe a alma.
A ausência de seu Pai não é um inferno? Jesus, carregando os pecados da humanidade, é o objeto da ira de Deus, uma
maldição, e isso causa angústia e temor pela própria salvação. Cristo tornou-se uma maldição para nós (Gálatas 3:13),
tornou-se pecado (2 Coríntios 5:21), Jesus na cruz experimenta a si mesmo um pecador. Como se suas mãos tivessem
esfaqueado inocentes e metralhado nas quatorze mil guerras da história. Como se seus lábios tivessem contado todas as
mentiras da história, todas as blasfêmias, todos os insultos, e tivessem dado todos os beijos sujos. Como se seu coração
fosse um bloco de ódio, inveja, ganância, incredulidade e crueldade. E recite o salmo conosco pecadores.
Jesus: Ahhhh! Ahhhh!
Soldado 1: Que estranho! sofreu açoites sem gritar; E ele não gritou durante a cruel execução.
Soldado 2: Sem dúvida, uma grande dor moral agora o assombra.
Jesus: Helói, Elói, Sabactani lamah!
Soldado 1: Parece que ele chama Elias, quem será?
Soldado 2: Um profeta que viria antes do julgamento. Vamos ver se vem.
Jesus: Meu Deus, meu Deus! Por que você me abandonou?
CENA 6
Narrador: Morrer não é um salto trágico para o vazio, mas descansar nos braços fortes e amorosos de um Pai,
dedicado a ser pai, pai único, antes de tudo pai, acima de tudo pai e pai central. Jesus veio para cumprir a vontade de
Seu Pai. Jesus aproveitou a experiência de todos os moribundos da terra, para devolvê-la ao Pai como oferta.
Jesus: Tudo se cumpre. Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.
Longinos: Jesus de Nazaré morreu. Inclinando a cabeça, entregou o espírito. Verdadeiramente este
homem era o Filho de Deus (ajoelha-se).
Soldado 1: A ordem veio para quebrar os pés dos executados para que morram asfixiados e se
joguem na vala comum hoje, antes que o grande descanso comece.
Longinos: Jesus já está morto. Vamos dar a ele o pitch de certificação (ele recebe o lançado).