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Igreja, o Povo Que Deus Acolheu!

At. 9.31

Objetivo: Ensinar que a paz para o povo de Deus


independe de circunstâncias, mas é obra de Deus
em Cristo.

Introdução: Concurso de quadros que definam a


idéia de paz. O vencedor foi o que apresentou um
raminho com um ninho de beija-flor à beira de uma
turbulenta e assustadora cachoeira.

Contexto: Lucas está narrando o avanço da Igreja


após o Pentecoste no cumprimento de sua missão.
Faz um sumário da Igreja até aqui.
A Igreja já havia transposto os muros de Jerusalém,
a região da Judéia, a região de Samaria e da Galileia.
O próximo passo na narrativa de Lucas será
demonstrar o avanço da Igreja fora dos limites do
povo de Israel alcançando os gentios e chegando até
aos confins da terra.
Nesse avanço, a Igreja padeceu oposições e
perseguições, mas nesse momento desfrutava de
paz.

Transição: Como paz, se estava sendo perseguida?


Que circunstâncias mudaram? Que povo é este que
mesmo em meio a perseguições e mortes ainda
desfruta de paz? Quero vos falar nesta oportunidade
sobre ‘Igreja, o Povo Que Deus Acolheu’.
I – A Igreja, o Povo Que Deus Acolheu
Experimenta a Verdadeira Paz.

a – Situações de conflitos e inquietações aos cristãos


primitivos.

1. Os judeus.
1.1 – Oposição dos judeus para com os cristãos,
existiu, pode-se dizer, desde os dias de Cristo,
quando os judeus já perseguiam o próprio
Jesus.
1.2 – A Igreja cristã veio para ficar. Começou a
expandir através de uma vida dinâmica;
a) Reunia-se nas casas em pequenos grupos
distribuídos por toda a cidade de Jerusalém.
b) Além de vibrante espiritualidade,
manifestada através de intensa vida de
oração, de estudo da Palavra, de comunhão,
de relacionamentos contagiantes, a Igreja
estava influenciando e transformando a vida
social de Jerusalém.
• Os necessitados eram assistidos.
• As viúvas que não tinham plano de
aposentadoria (e quem tinha?), eram
assistidas pela diaconia da Igreja.
• Enfermos eram curados.
• Sinais e maravilhas eram vistos e
conhecidos de todos, todos os dias, em
Jerusalém.
1.3 – Nos capítulos sete e oito, temos
demonstrações fortes de oposição e
perseguição dos judeus contra os cristãos
primitivos:
a) Estevão, homem cheio do Espírito Santo,
de fé, de sabedoria e de intrepidez, é
martirizado através de apedrejamento.
b) Grande perseguição insurge contra a
Igreja (At. 8.1).
1.4 – A ausência de paz, o medo e a inquietação
podiam ser fortes inibidores dessa pujante e
dinâmica Igreja.

2. Paulo, o perseguidor.
2.1 – Aliado à perseguição dos judeus, percebe-
se a presença de um algoz e desumano
inquisitor, de forma especial: um senador
chamado Saulo.
a) Homem culto, formado e pós-graduado
na melhor universidade de Jerusalém, que
estava entre os melhores pontos de
referência cultural do mundo antigo (Roma,
Alexandria, Atenas, Jerusalém).
b) Teve como mestre o sábio Gamaliel,
entendedor de todas as leis romanas e
judaicas, de todos os pontos culturais e
teológicos do judaísmo, era uma espécie de
pós-doctor do academicismo ierosalomita.
c) Saulo, além de culto, ocupando
possivelmente o posto de membro do
Sinédrio, era opositor ferrenho ao
cristianismo, pois o via como afronta à
religião judaica instituída.
2.2 – O testemunho posterior do próprio
perseguidor:
a) At. 9.1 ‘Enquanto isso, Saulo ainda
respirava ameaças de morte contra os
discípulos do Senhor’.
b) At. 22.3-4 ‘Sou judeu, nascido em Tarso
da Cilícia, mas criado nesta cidade. Fui
instruído rigorosamente por Gamaliel na
lei de nossos antepassados, sendo tão zeloso
por Deus quanto qualquer de vocês hoje.
Persegui os seguidores deste Caminho até a
morte, prendendo tanto homens como
mulheres...’.
c) At. 26.9-11 ‘Eu também estava
convencido de que deveria fazer todo o
possível para me opor ao nome de Jesus, o
Nazareno. E foi exatamente isso que fiz em
Jerusalém. Com autorização dos chefes dos
sacerdotes, lancei muitos santos na prisão,
e quando eles eram condenados à morte, eu
dava o meu voto contra eles. Muitas vezes
ia de uma sinagoga para outra a fim de
castiga-los, e tentava forçá-los a blasfemar.
Em minha fúria contra eles, cheguei a ir a
cidades estrangeiras para persegui-los’.
d) Gl.1.13 ‘Vocês ouviram qual foi o meu
procedimento no judaísmo, como perseguia
com violência a Igreja de Deus, procurando
destruí-la’.
2.3 – Com um perseguidor deste quilate, como
poderia a Igreja ter paz? Essa ausência de paz,
o medo e a inquietação poderiam ter sido
fortes inibidores da Igreja?

b – As alternativas de Deus.

1. Ação de Calígula.
1.1 – Deus transita por caminhos inusitados
para atender o clamor e socorrer o seu povo.
1.2 – Por volta do ano 39 d. C., o imperador
romano, Calígula (37-41), resolveu colocar
uma imagem sua no Templo em Jerusalém
para que fosse ali adorada; e isso agitou
tremendamente o povo judeu. Assim sendo,
temporariamente, a atenção dos judeus se
desviou dos cristãos.
1.3 – É bem provável que, durante esse período
de trégua, muitos cristãos que haviam fugido
de Jerusalém, puderam voltar à capital.

2. Conversão de Paulo.
2.1 – Outra ação inusitada do Senhor para dar
descanso ao seu povo que vinha sendo
perseguido, foi converter o perseguidor: Saulo.
2.2 – Em face da conversão de Saulo de Tarso,
cessou, pelo menos temporariamente, o
período de perseguição aos crentes.
2.3 – Houve um período de descanso, durante o
qual se tornou possível aos crentes ensinar e
buscar ao Senhor com tranquilidade.
2.4 – ‘O lobo não mais assaltava as ovelhas’
(Robertson).

3. Que alternativas Deus pode usar para trazer


paz à sua vida não temos com prever, contudo o
que se sabe é que Ele não dorme nem cochila
enquanto passamos pelos lugares e situações
difíceis em nossa caminhada.

4. Além do que a verdadeira paz para o cristão


não depende das circunstâncias, mas reflete
aquela confiança serena em Deus mesmo que
seja diante do próprio martírio.

I – A Igreja, o Povo Que Deus Acolheu Colhe


os Frutos de Andar Com Deus.

a – Edifica-se.

1. O andar com Deus produz edificação.


1.1 – A Bíblia narra história de pessoas que
andaram com Deus: Enoque, Noé, Abraão,
etc...
1.2 – A Bíblia não esconde seus pecados ou
erros.
1.3 – A Bíblia não omite suas dificuldades e
tribulações e os coloca numa redoma
vitoriana.
1.4 – A Bíblia deixa a vista de todos que o povo
de Deus sempre passou e sempre passará por
oposições e aflições.
1.5 – A Bíblia mostra o visível avanço que cada
um deles teve no conhecimento e no
relacionamento com Deus.

2. O valor da edificação para o cristão.


2.1 – O cristão edificado, tem base para suportar
pressões e problemas.
2.2 – O cristão edificado tem bases para
suportar oposições e afrontas por causa de sua
fé.
2.3 – O cristão edificado tem fundamento para
testemunhar e proclamar sua fé. levando
outros a Jesus.

b – Tem o conforto do Espírito Santo.

1. O conforto do Espírito Santo redunda em


tranquilidade diante das lutas.
1.1 – Olhe para Pedro na prisão, mesmo depois
de ter visto Tiago ser decapitado, e saber que
ele seria o próximo, conseguia dormir
tranquilamente.
1.2 – Olhe para Paulo na prisão quando mesmo
depois de recortado por chicotadas, podia
cantar louvores a Deus.
1.3 – Olhe para João na ilha de Patmos, velho,
quebrando pedras para o império, e olhando
para o outro lado do mar e dizendo às suas
ovelhas: ‘O Senhor enxugará dos nossos olhos
toda lágrima...’.

2. O conforto do Espírito Santo redunda em


proclamação.
2.1 – Onde o Espírito do Senhor atua, ai há
proclamação.
2.2 – Veja os apóstolos que enfrentaram o
mundo e a morte e levaram o Evangelho até os
confins em sua época.
2.3 – Veja a história da Igreja em seus avanços
missionários (Até os confins – Ruth
Tuker).
2.4 – Veja a história da IPB. Precisamos avançar
mais. A Igreja não pode parar.

c – Cresce em números.

1. Crescimento é sinal de saúde e vitalidade.


1.1 – Se a vitalidade é uma realidade na vida de
cada um de nós, a Igreja estará
experimentando crescimento numérico
também.
1.2 – Doentes não se reproduzem.

2. Crescimento é fruto de suor e trabalho da


Igreja.
2.1 – Nossa Igreja local só irá crescer quando
cada um de nós estiver cônscio de que temos
que suar a camisa.
2.2 – Crescimento é fruto de trabalho, suor e
lágrimas do povo de Deus.

3. Crescimento é favor de Deus.


3.1 – À medida que andamos no temor do
Senhor, no conforto do Espírito Santo, e em
ardente trabalho pelo nosso Mestre, Deus nos
brindará com o aumento.
3.2 – Foi assim na Igreja Primitiva: ‘Enquanto
isso acrescentava-lhes o Senhor, dia-a-dia, os
que iam sendo salvos. (At. 2.47)’.

Conclusão: Tens passado por angústias e aflições?


Coloque-se diante do Senhor.
Creia na soberana suficiência de nosso Deus.
Disponha-se a proclamar.
Disponha-se a ser uma testemunha viva de Cristo.

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