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Índice

Capa
Pá gina de direitos autorais
Pá gina de dedicaçã o
Cartas de Aprovaçã o
Carta do Mestre Geral
Conteú do
Ao Leitor
1. As Maravilhas do Santo Nome
2. O que signi ica o nome de Jesus?
3. O Mundo em Perigo Salvo pelo Santo Nome
4. A Peste em Lisboa: A Cidade Salva pelo Santo Nome
5. Genserico, o Gó tico
6. D. Melchior sorri para seus atormentadores
7. Os Santos e o Santo Nome
8. A Doutrina do Santo Nome
9. Podemos Pedir Tudo em Nome de Jesus
10. O Diabo e o Nome de Jesus
As maravilhas do
santo nome

Padre Paul
O'Sullivan, OP
Este livrinho é carinhosamente dedicado à Doce Mãe de Jesus.
Ninguém ama o nome de Jesus como ela .
CARTAS DE APROVAÇÃO

As Maravilhas do Santo Nome receberam a mais calorosa aprovaçã o


de muitos Arcebispos e Bispos. Citamos duas delas:

PALACIO DO CARDEAL, LISBOA


4 de março de 1947

Aprovo e recomendo de todo o coraçã o o livrinho intitulado “As


Maravilhas do Santo Nome”.
NUNCIATURA APOSTOLICA
EM PORTUGAL

7 de março de 1947

Meu querido padre Paul O'Sullivan,

Meus cordiais agradecimentos pela gentil oferta de seu belo livro,


As Maravilhas do Santo Nome , que li com muito interesse. Vejo que
explica com grande clareza e precisã o a doutrina do Santo Nome,
doutrina tã o cara à Igreja.
Certamente a leitura deste livro acenderá nos coraçõ es de seus
leitores uma con iança ilimitada na Onipotê ncia do Santo Nome.
Estou, portanto, muito feliz em aprovar calorosamente este seu
ú ltimo trabalho, que é um elo valioso na longa cadeia de suas zelosas e
ú teis publicaçõ es.
Abençoando-vos de todo o coraçã o, permaneço com a mais alta
estima,

Atenciosamente,
☩ PETER CIRIACI, Arcebispo de Tarso
Nú ncio Apostó lico
CARTA DO MESTRE GERAL DA ORDEM DOMINICANA

SANTA SABINA

29 de agosto de 1945

Ao Reverendo Padre Paul H. O'Sullivan

Reverendo Caro Pai:

Estamos cientes de como você se dedicou nos ú ltimos cinquenta


anos a todos os tipos de Propaganda Cató lica, especialmente a
Propaganda da Imprensa.
Sua atividade foi realmente maravilhosa. Agora você lançou uma
verdadeira cruzada em favor do Santo Nome de Jesus, uma cruzada que
foi coroada com muito grande sucesso.
Tudo isso enche nosso coraçã o de alegria, e por isso lhe enviamos
nossa bê nçã o paterna e a bê nçã o de nosso Santo Padre Sã o Domingos.
Pedimos-lhe que aceite a garantia do nosso sincero afecto.

Pe. MS Gillet, OP
Mestre Geral
Conteúdo

Cartas de Aprovaçã o

Carta do Mestre Geral

Ao Leitor

1. As Maravilhas do Santo Nome

2. O que signi ica o nome de Jesus?

3. O Mundo em Perigo Salvo pelo Santo Nome

4. A Peste em Lisboa: A Cidade Salva pelo Santo Nome

5. Genserico, o Gó tico

6. D. Melchior sorri para seus atormentadores

7. Os Santos e o Santo Nome

8. A Doutrina do Santo Nome

9. Podemos Pedir Tudo em Nome de Jesus

10. O Diabo e o Nome de Jesus


Ao Leitor

Querido amigo,

Leia este livrinho devagar e com atençã o, nã o uma vez, mas muitas
vezes, e você agradecerá a Deus pelo resto de sua vida.

Ele lhe dará muita felicidade e lhe permitirá obter de Deus


maravilhosas graças e bê nçã os.

Ensina as maravilhas do Santo Nome de Jesus, que poucos cristã os


entendem.

A repetiçã o frequente deste nome divino o salvará de muito


sofrimento e grandes perigos.

O mundo está agora ameaçado com as mais terrı́veis calamidades.


Cada um de nó s pode fazer muito para se salvar dos males iminentes, e
podemos fazer muito para ajudar o mundo, a Igreja e nosso Santo
Padre, o Papa, simplesmente repetindo com frequê ncia: “ Jesus, Jesus,
Jesus ”. (Consulte a pá gina 3).

-O autor
Capítulo 1

As maravilhas do santo nome

Temos ouvido e repetido desde a infâ ncia o Santo Nome de Jesus,


mas, infelizmente, muitos, muitos, nã o tê m idé ia adequada das grandes
maravilhas deste Santo Nome!
O que você sabe, Caro Leitor, sobre o Nome de Jesus? Você sabe que
é um nome sagrado e que deve inclinar a cabeça com reverê ncia ao
pronunciá -lo. Isso é muito pouco. E como se você olhasse para um livro
fechado e apenas olhasse o tı́tulo na capa. Você nã o sabe nada de todos
os belos pensamentos do pró prio livro.
Mesmo assim, quando você pronuncia o Nome de Jesus você
conhece muito pouco dos tesouros escondidos nele.
Este Nome Divino é na verdade uma mina de riquezas; é a fonte da
mais alta santidade e o segredo da maior felicidade que um homem
pode esperar desfrutar nesta terra. Leia e veja.
E tã o poderoso, tã o certo, que nunca deixa de produzir em nossas
almas os mais maravilhosos resultados. Consola o coraçã o mais triste e
fortalece o pecador mais fraco. Obté m para nó s todos os tipos de
favores e graças, espirituais e temporais.
Duas coisas que devemos fazer. Antes de tudo, devemos entender
claramente o signi icado e o valor do Nome de Jesus.
Em segundo lugar, devemos adquirir o há bito de dizê -lo com
devoçã o, com frequê ncia, centenas e centenas de vezes todos os dias.
Longe de ser um fardo, será uma imensa alegria e consolaçã o.
Capítulo 2

O que signi ica o nome de Jesus?

O Santo Nome de Jesus é , antes de tudo, uma oraçã o todo-


poderosa. Nosso pró prio Senhor solenemente promete que tudo o que
pedirmos ao Pai em Seu Nome, receberemos. Deus nunca deixa de
cumprir Sua palavra.
Quando, portanto, dizemos “Jesus”, peçamos a Deus tudo o que
precisamos com absoluta con iança de sermos ouvidos.
Por isso, a Igreja termina a sua oraçã o com as palavras “atravé s de
Jesus Cristo”, o que confere à oraçã o uma e icá cia nova e divina.
Mas o Santo Nome é algo ainda maior.

Cada vez que dizemos “Jesus”, damos a Deus in inita alegria e


gló ria, pois oferecemos a Ele todos os mé ritos in initos da Paixã o e
Morte de Jesus Cristo.
Sã o Paulo nos diz que Jesus mereceu o Nome de Jesus por Sua
Paixã o e Morte.

Cada vez que dizemos "Jesus", desejemos claramente oferecer a


Deus todas as Missas que estã o sendo rezadas em todo o mundo para
todas as nossas intençõ es. Assim, participamos dessas milhares de
Missas.
Cada vez que dizemos “Jesus”, ganhamos 300 dias de indulgê ncia, *
que podemos aplicar à s almas do Purgató rio, aliviando e libertando
muitas dessas santas almas de suas terrı́veis dores. Tornam-se assim
nossos melhores amigos e rezam por nó s com um fervor incrı́vel.

Cada vez que dizemos “Jesus”, é um ato de amor perfeito, pois


oferecemos a Deus o amor in inito de Jesus.

O Santo Nome de Jesus nos salva de inú meros males e nos livra
especialmente do poder do diabo, que está constantemente procurando
nos fazer mal.

O Nome de Jesus gradualmente enche nossas almas com uma paz


e uma alegria que nunca tivemos antes.

O Nome de Jesus nos dá tanta força que nossos sofrimentos se


tornam leves e fá ceis de suportar.

O que devemos fazer?

Sã o Paulo nos diz que devemos fazer tudo o que fazemos, seja em
palavras ou obras, em Nome de Jesus. “Tudo o que izerem em palavra
ou em obra, façam-no em nome do Senhor Jesus Cristo . . .” ( Col. 3:17).
Desta forma, cada ato se torna um ato de amor e mé rito e, alé m
disso, recebemos graça e ajuda para fazer todas as nossas açõ es com
perfeiçã o e bem.
Devemos, portanto, fazer o nosso melhor para formar o há bito de
dizer: “Jesus, Jesus, Jesus”, muitas vezes todos os dias. Podemos fazê -lo
ao nos vestir, ao trabalhar – nã o importa o que estejamos fazendo – ao
caminhar, nos momentos de tristeza, em casa e na rua, em todos os
lugares.
Nada é mais fá cil se o izermos metodicamente. Podemos dizer isso
inú meras vezes todos os dias.

Tenha em mente que cada vez que dizemos “Jesus” com devoçã o,
1) damos grande gló ria a Deus, 2) recebemos grandes graças para nó s
mesmos, 3) e ajudamos as almas do Purgató rio.
Citaremos agora alguns exemplos para mostrar o poder do Santo
Nome.
Capítulo 3

O mundo em perigo salvo pelo santo nome

No ano de 1274 grandes males ameaçavam o mundo. A Igreja foi


assaltada por inimigos ferozes de dentro e de fora. Tã o grande era o
perigo que o Papa Gregório X, que entã o reinava, convocou um
concı́lio de bispos em Lyon para determinar o melhor meio de salvar a
sociedade da ruı́na que a ameaçava. Entre os muitos meios propostos, o
Papa e os Bispos escolheram o que consideraram o mais fá cil e e icaz de
todos, a saber, a repetiçã o frequente do Santo Nome de Jesus.
O Santo Padre pediu entã o aos Bispos do mundo e aos seus
sacerdotes que invocassem o Nome de Jesus e exortassem os seus
povos a depositar toda a sua con iança neste Nome todo-poderoso,
repetindo-o constantemente com con iança ilimitada. O Papa con iou
especialmente aos dominicanos a gloriosa tarefa de pregar as
maravilhas do Santo Nome em todos os paı́ses, obra que realizaram
com zelo sem limites.
Seus irmã os franciscanos os apoiaram habilmente. Sã o Bernardino
de Siena e Sã o Leonardo de Port- Maurı́cio foram apó stolos fervorosos
do Nome de Jesus.
Seus esforços foram coroados de sucesso para que os inimigos da
Igreja fossem derrubados, os perigos que ameaçavam a sociedade
desaparecessem e a paz voltasse a reinar suprema.
Esta é uma liçã o muito importante para nó s porque, nestes nossos
dias, sofrimentos terrı́veis estã o esmagando muitos paı́ses, e males
ainda maiores ameaçam todos os outros.
Nenhum governo ou governos parecem fortes e sá bios o su iciente
para conter essa terrı́vel torrente de males. Há apenas um remé dio, que
é a oração .

Todo cristão deve se voltar para Deus e pedir a Ele que tenha
misericó rdia de nó s. A mais fá cil de todas as oraçõ es, como vimos, é o
Nome de Jesus.
Todos, sem exceçã o, podem invocar este santo nome centenas de
vezes por dia, nã o apenas por suas pró prias intençõ es, mas també m
para pedir a Deus que liberte o mundo da ruı́na iminente.
E incrı́vel o que uma pessoa que reza pode fazer para salvar seu
paı́s e salvar a sociedade. Lemos nas Sagradas Escrituras como Moisés
salvou o povo de Israel da destruiçã o com sua oraçã o, e como uma
mulher piedosa, Judite de Betulia, salvou sua cidade e seu povo
quando os governantes estavam desesperados e prestes a se render aos
inimigos.
Novamente, sabemos que as duas cidades de Sodoma e Gomorra,
que Deus destruiu pelo fogo por seus pecados e crimes, teriam sido
perdoadas se houvesse foram apenas dez homens bons para orar por
eles!
Repetidamente lemos sobre reis, imperadores, estadistas e
famosos comandantes militares que depositaram toda a sua con iança
na oraçã o, fazendo assim maravilhas. Se as oraçõ es de um homem
podem fazer muito, o que nã o farã o as oraçõ es de muitos?
O Nome de Jesus é a mais curta, a mais fá cil e a mais poderosa das
oraçõ es. Todos podem dizê -lo, mesmo no meio do seu trabalho diá rio.
Deus nã o pode se recusar a ouvi-lo.
Invoquemos entã o o Nome de Jesus, pedindo-Lhe que nos salve das
calamidades que nos ameaçam.
Capítulo 4

A Peste em Lisboa: A Cidade Salva pelo Santo Nome

Uma praga devastadora eclodiu em Lisboa em 1432. Todos os que


puderam fazê -lo fugiram aterrorizados da cidade e assim levaram a
praga a todos os cantos de Portugal.
Milhares de homens, mulheres e crianças de todas as classes foram
varridos pela doença cruel. A epidemia era tã o virulenta que os homens
morriam por toda parte, à mesa, nas ruas, em suas casas, nas lojas, nos
mercados, nas igrejas. Para usar as palavras dos historiadores, ele
brilhou como um relâ mpago de homem para homem, ou de um casaco,
um chapé u ou qualquer roupa que tenha sido usada pelos atingidos
pela peste. Sacerdotes, mé dicos e enfermeiras foram levados em tal
nú mero que os corpos de muitos icaram insepultos nas ruas, de modo
que os cã es lambiam o sangue e comiam a carne dos mortos, tornando-
se assim infectados com a terrı́vel doença e se espalhando ainda mais
amplamente entre as pessoas desafortunadas.
Entre os que assistiam os moribundos com incansá vel zelo estava
um venerá vel bispo, Monsenhor André Dias, que viveu no Convento ou
Mosteiro de S. Domingos. Este santo homem, vendo que a epidemia,
longe de diminuir, crescia a cada dia em intensidade, e desesperado por
ajuda humana, exortou os infelizes a invocar o Santo Nome de Jesus.
Ele foi visto onde quer que a doença fosse mais feroz, instando,
implorando aos doentes e moribundos, bem como à queles que ainda
nã o haviam sido abatidos, que repetissem: “Jesus, Jesus”. “Escreva em
cartõ es”, disse ele, “e mantenha esses cartõ es em suas pessoas; coloque-
os à noite sob seus travesseiros; coloque-os em suas portas; mas acima
de tudo, invoque constantemente com seus lá bios e em seus coraçõ es
este nome poderoso”.
Ele andava como um anjo de paz enchendo de coragem e con iança
os doentes e os moribundos. Os pobres sofredores sentiam dentro de si
uma nova vida e, invocando Jesus, levavam as cartas no peito ou
carregavam-nas nos bolsos.
Convocando-os entã o para a grande Igreja de Sã o Domingos, falou-
lhes mais uma vez do poder do Nome de Jesus e da á gua benta no
mesmo Santo Nome, ordenando a todo o povo que se borrifasse com ela
e aspergisse sobre os rostos. dos doentes e dos moribundos. Maravilha
das maravilhas! Os doentes icaram bons, os moribundos se levantaram
de suas agonias, a peste cessou e a cidade foi libertada em poucos dias
do lagelo mais terrı́vel que já a havia visitado.
A notı́cia se espalhou por todo o paı́s e todos começaram, de
comum acordo, a invocar o Nome de Jesus. Num tempo incrivelmente
curto, todo o Portugal icou livre da terrı́vel doença.
As pessoas agradecidas, conscientes das maravilhas que
testemunharam, continuaram seu amor e con iança no Nome de nosso
Salvador, de modo que em todas as suas tribulaçõ es, em todos os
perigos, quando os males de qualquer espé cie os ameaçavam,
invocavam o Nome de Jesus. Confrarias foram formadas nas igrejas,
procissõ es do Santo Nome foram feitas mensalmente, altares foram
erguidos em homenagem a este bendito nome, para que a maior
maldiçã o que já havia caı́do sobre o paı́s se transformasse na maior
bê nçã o.
Por longos séculos esta grande con iança no Nome de Jesus
continuou em Portugal e daı́ se espalhou para a Espanha, para a França
e para o mundo inteiro.
capítulo 5

Genserico, o gótico

No reinado de Genserico, o rei ariano dos godos, um dos cortesã os


favoritos do rei, o conde de Armogasto, converteu-se do arianismo e
ingressou na Igreja Cató lica.
O rei, ao saber do fato, caiu em uma fú ria violenta e, chamando o
jovem nobre à sua presença, tentou por todos os meios ao seu alcance
induzi-lo a se retratar e retornar à seita ariana. Nem ameaças nem
promessas valeram. O conde recusou todas as propostas e se apegou à
sua fé recé m-descoberta. Genseric entã o deu vazã o à sua fú ria e
ordenou que o jovem fosse amarrado com cordas fortes tã o irmemente
quanto os carrascos musculosos pudessem puxá -las. O tormento era
intenso, mas a vı́tima nã o mostrava nenhum sinal de dor. Ele repetiu
duas ou trê s vezes: “Jesus, Jesus, Jesus”, e eis que as cordas se
romperam como teias de aranha e caı́ram aos seus pé s!
Enfurecido alé m da medida, o tirano agora ordenou que os tendõ es
dos bois, duros e duros como arame, fossem trazidos. O conde foi
novamente amarrado, e o rei ordenou aos carrascos que usassem sua
força má xima. Mais uma vez sua vı́tima invocou o Nome de Jesus, e as
novas correias, como as antigas, arrebentou como ios. Genseric,
espumando de raiva, ordenou que o má rtir fosse amarrado pelos pé s e
pendurado nos galhos de uma á rvore, de cabeça para baixo.
Sorrindo com esta nova forma de tortura, o Conde Armogasto
cruzou os braços sobre o peito e, repetindo o Santo Nome, caiu num
sono tranquilo, como se estivesse deitado num sofá macio e confortá vel.
Capítulo 6

D. Melchior sorri para seus algozes

Temos outro incidente de tipo semelhante narrado do má rtir


chinê s, o Venerá vel Bispo dominicano, D. Melchior.
Em uma das muitas perseguiçõ es que se alastraram na China e que
deram tantos santos à Igreja, este santo bispo foi preso e, depois de ter
sofrido os mais brutais tormentos, foi condenado a uma morte cruel.
Ele foi arrastado para o mercado no meio de uma multidã o uivante,
que veio se regozijar com seus sofrimentos.
Eles o despojaram de suas vestes, e cinco carrascos, armados com
espadas á speras, começaram a cortar seus dedos um por um, junta por
junta, depois seus braços, depois suas pernas, causando-lhe uma agonia
excruciante. Finalmente, eles cortaram a carne de seu pobre corpo e
quebraram seus ossos.
Durante este martı́rio prolongado, nenhum sinal de dor foi visı́vel
no semblante do Bispo. Ele estava sorrindo e dizendo em voz alta,
lentamente: “Jesus, Jesus, Jesus” , o que, para espanto de seus
carrascos, deu-lhe esta força maravilhosa.
Nem choro nem gemido escaparam de seus lá bios até que
inalmente, depois de horas de tortura, ele calmamente deu seu ú ltimo
suspiro, com o mesmo sorriso encantador em seu rosto.
Que consolaçã o maravilhosa nó s també m nã o sentirı́amos, quando
con inados à cama com doença ou atormentados pela dor, se
repetissemos devotamente o Nome de Jesus.
Muitas pessoas tê m di iculdade para dormir.
Eles encontrarã o ajuda e consolo invocando nestes momentos
insones o Santo Nome, e muito provavelmente cairã o em um sono
tranquilo.

São Alexandre e os Filósofos Pagãos

Durante o reinado do imperador Constantino, a religiã o cristã


estava em constante e rá pido progresso,
Na pró pria Constantinopla, os iló sofos pagã os sentiram-se muito
magoados ao ver muitos de seus adeptos abandonando a velha religiã o
e se juntando à nova. Eles imploraram ao pró prio imperador, exigindo
que, na justiça, fossem ouvidos e autorizados a realizar uma
conferê ncia pú blica com o bispo dos cristã os. Santo Alexandre, que na
é poca governava a Sé de Constantinopla, era um homem santo, mas nã o
um ló gico perspicaz.
Por isso nã o temeu encontrar o representante dos iló sofos pagã os,
que era um dialé tico astuto e um orador eloquente. No dia marcado,
diante de uma vasta assemblé ia de eruditos homens, o iló sofo iniciou
um ataque cuidadosamente preparado ao ensinamento cristã o. O santo
bispo escutou por algum tempo e então pronunciou o Nome de Jesus,
o que imediatamente confundiu o iló sofo, que nã o apenas perdeu
completamente o io de seu discurso, mas foi totalmente incapaz,
mesmo com a ajuda de seus colegas, de retornar ao ataque.

Santa Cristiana, uma jovem cristã , era escrava no Curdistã o, regiã o


quase inteiramente pagã . Era costume naquele paı́s, quando uma
criança estava gravemente doente, que a mã e a levasse nos braços à s
casas de seus amigos e lhes perguntasse se conheciam algum remé dio
que pudesse bene iciar ou curar o pequeno. Em uma dessas ocasiõ es,
uma mã e trouxe seu ilho doente para a casa onde Christiana morava.
Ao ser perguntada se conhecia algum remé dio para aquela doença,
ela olhou para a criança e disse: “Jesus, Jesus”.
Em um instante a criança moribunda sorriu e pulou de alegria.
Ficou completamente curado.
Este fato extraordiná rio logo se tornou conhecido e chegou aos
ouvidos da rainha, que també m era invá lida. Ela deu ordens para que
Christiana fosse trazida à sua presença,
Ao chegar ao palá cio, Christiana foi questionada pelo paciente real
se poderia com o mesmo remé dio curar sua pró pria doença, que
confundia a habilidade dos mé dicos. Mais uma vez Christiana
pronunciou com grande con iança: “Jesus, Jesus”, e novamente este
Nome divino foi glori icado. A rainha recuperou instantaneamente sua
saú de.
Uma terceira maravilha ainda estava para ser trabalhada. Alguns
dias apó s a cura da rainha, o rei se viu subitamente diante da morte
certa. A fuga parecia impossı́vel. Consciente do poder divino do Santo
Nome, que ele havia testemunhado na cura de sua esposa, Sua
Majestade clamou: “Jesus, Jesus”, ao que foi arrebatado do terrı́vel
perigo. Chamando por sua vez a pequena escrava, ele aprendeu com ela
as verdades do cristianismo, que ele e uma grande multidã o de seu
povo abraçaram.
Christiana tornou-se Santa, e sua festa é celebrada no dia 15 de
dezembro.

São Gregório de Tours relata que quando era menino seu pai
adoeceu gravemente e morreu. Gregory orou fervorosamente por sua
recuperaçã o. Quando Gregó rio estava dormindo à noite, seu Anjo
Guardiã o apareceu para ele e lhe disse para escrever o Nome de Jesus
em um cartã o e colocá -lo sob o travesseiro do doente.
Pela manhã , Gregó rio familiarizou sua mã e com a mensagem do
anjo, que ela o aconselhou a obedecer. Ele assim o fez e colocou o cartã o
sob a cabeça do pai, quando, para deleite de toda a famı́lia, o paciente
melhorou rapidamente.
Poderı́amos encher pá ginas e pá ginas com os milagres e
maravilhas operados pelo Santo Nome em todos os tempos e em todos
os lugares, nã o apenas pelos santos, mas por todos que invocam este
Nome Divino com reverê ncia e fé .
Marchese diz: “Eu me abstenho de relatar aqui os milagres
realizados e as graças concedidas por Nosso Senhor aos que foram
devotos do Seu Santo Nome, porque Sã o Joã o Crisó stomo me lembra
que Jesus é sempre nomeado quando os milagres sã o operados por
homens santos; portanto, tentar enumerá -los seria tentar dar uma lista
dos incontá veis milagres que Deus realizou atravé s dos tempos, seja
para aumentar a gló ria de Seus santos ou para plantar e fortalecer a Fé
no coraçã o dos homens”.

Cartas do Santo Nome

Cartas com o Santo Nome inscrito nelas tê m sido usadas e


recomendadas pelos grandes amantes do Santo Nome, como Mons.
André Dias (ver pá gina 9), Sã o Leonardo de Port Maurı́cio e Sã o
Gregó rio de Tours, acima mencionados.
Nossos leitores fariam bem em usar esses cartõ es, carregando-os
consigo durante o dia, colocando-os debaixo dos travesseiros à noite e
colocando-os nas portas dos quartos.
Capítulo 7

Os Santos e o Santo Nome

Todos os santos tinham um imenso amor e con iança no Nome de


Jesus. Viram neste nome, como numa visã o clara, todo o amor de Nosso
Senhor, todo o Seu Poder, todas as coisas belas que Ele disse e fez
quando esteve na terra.
Eles izeram todas as suas obras maravilhosas no Nome de Jesus.
Faziam milagres, expulsavam demô nios, curavam enfermos e
consolavam a todos, usando e recomendando a todos o há bito de
invocar o Santo Nome. Sã o Pedro e os Apó stolos converteram o mundo
com este Nome todo-poderoso.
O Príncipe dos Apóstolos começou sua gloriosa carreira
pregando o amor de Jesus aos judeus nas ruas, no Templo, em suas
sinagogas. Seu primeiro milagre notá vel ocorreu no primeiro Domingo
de Pentecostes, quando ele estava entrando no Templo com Sã o Joã o.
Um homem coxo, bem conhecido dos judeus, que freqü entava o Templo,
estendeu a mã o esperando receber uma esmola. Sã o Pedro lhe disse:
“Prata e ouro nã o tenho; mas o que eu tenho, eu dá -te: Em nome de
Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”. ( Atos 3:6).
E instantaneamente o coxo icou de pé e saltou de alegria.
Os judeus icaram surpresos, mas o grande Apó stolo lhes disse: Por
que sua admiraçã o e surpresa, como se izé ssemos este homem soar
por nosso pró prio poder? Nã o, é pelo poder de Jesus que este homem
anda.
Inú meras vezes desde os dias do Apó stolo o Nome de Jesus foi
glori icado.
Citaremos alguns desses inú meros exemplos, que nos mostram
como os santos extraı́ram toda a sua força e consolaçã o do Nome de
Jesus.

São Paulo

São Paulo foi de uma maneira muito especial o pregador e doutor


do Santo Nome. No inı́cio ele era um feroz perseguidor da Igreja,
movido por um falso zelo e ó dio por Cristo. Nosso Senhor apareceu a
ele no caminho de Damasco e o converteu, fazendo dele o grande
Apó stolo dos gentios e dando-lhe sua gloriosa missã o, que era pregar e
dar a conhecer o Seu Santo Nome a prı́ncipes e reis, a judeus e gentios,
a todas as naçõ es e povos.
Sã o Paulo, cheio de um amor ardente por Nosso Senhor, começou
sua grande missã o - erradicar o paganismo, derrubar os falsos ı́dolos,
confundir os iló sofos da Gré cia e Roma, nã o temer inimigos e vencendo
todas as di iculdades - tudo em Nome de Jesus.
São Tomás de Aquino diz dele: “S. Paulo levava na testa o Nome de
Jesus porque se gloriava em proclamá -lo a todos os homens; levava-o
nos lá bios porque adorava invocá -lo; nas mã os, pois adorava escrevê -lo
em suas epı́stolas; em seu coraçã o, pois seu coraçã o ardia de amor por
ela. Ele mesmo nos diz: 'Eu vivo, mas nã o eu, mas Cristo vive em mim'. ”
Sã o Paulo nos diz à sua maneira bela duas grandes verdades sobre
o Nome de Jesus.
Antes de tudo, ele nos fala do poder in inito deste Nome. “Em nome
de Jesus todo joelho se dobrará no cé u, na terra e no inferno”.
Cada vez que dizemos “Jesus”, damos alegria in inita a Deus, a todo
o Cé u, à Santı́ssima Mã e de Deus e aos Anjos e Santos.
Em segundo lugar, ele nos diz como usá -lo. “Tudo o que você izer
em palavra ou em trabalho, faça tudo em Nome de Nosso Senhor Jesus
Cristo.” Ele acrescenta: Quer você coma ou beba, ou faça qualquer
outra coisa, faça tudo em Nome de Jesus.
A este conselho todos os santos seguiram, de modo que todos os
seus atos foram feitos por amor a Jesus e, portanto, todos os seus atos e
pensamentos lhes granjearam graças e mé ritos. Foi por este nome que
eles se tornaram santos. Se seguirmos este mesmo conselho do
Apó stolo, també m alcançaremos um grau muito alto de santidade.
Como devemos fazer tudo em Nome de Jesus? Adquirindo o há bito,
como dissemos, de repetindo o Nome de Jesus com freqü ê ncia no
decorrer do dia. Isso nã o apresenta nenhuma di iculdade — exige
apenas boa vontade.

Santo Agostinho, o grande Doutor da Igreja, se deleitava em


repetir o Santo Nome. Ele mesmo nos diz que encontrou muito prazer
em livros que faziam mençã o frequente a este Nome consolador.

São Bernardo sentiu uma alegria e uma consolaçã o maravilhosas


ao repetir o Nome de Jesus. Ele sentiu, como diz, como mel em sua boca
e uma deliciosa paz em seu coraçã o. També m nó s sentiremos imensa
consolaçã o e sentiremos a paz invadir nossas almas se imitarmos Sã o
Bernardo e repetirmos frequentemente este Santo Nome.

São Domingos passou seus dias pregando e discutindo com


hereges. Ele sempre ia a pé de um lugar para outro, tanto no calor
opressivo do verã o quanto no frio e chuva do inverno. Os hereges
albigenses, a quem ele tentou converter, eram mais como demô nios
soltos do inferno do que homens mortais. Sua doutrina era infame e
seus crimes enormes. No entanto, como outro Sã o Paulo, ele converteu
100.000 desses homens ı́mpios, de modo que muitos deles se tornaram
eminentes pela santidade. Cansado da noite com seus trabalhos, ele
pediu apenas uma recompensa, que era passar a noite diante do
Santı́ssimo Sacramento, derramando sua alma em amor por Jesus.
Quando seu pobre corpo nã o resistiu mais, encostou a cabeça no altar e
descansou um pouco, depois do que recomeçou sua conversa ı́ntima
com Jesus. Pela manhã celebrou a missa com ardor de sera im, de modo
que à s vezes seu corpo se elevava no ar em ê xtase de amor. O Nome de
Jesus encheu sua alma de alegria e deleite.

O Beato Jordão da Saxônia, que sucedeu Sã o Domingos como


Mestre Geral da Ordem, foi um pregador de grande renome. Suas
palavras foram direto ao coraçã o de seus ouvintes, sobretudo quando
lhes falou de Jesus.
Eruditos professores das cidades universitá rias vinham com prazer
ouvi-lo, e tantos deles se tornaram frades dominicanos que outros
temiam vir, para que també m nã o fossem induzidos a ingressar em sua
Ordem. Tantos foram atraı́dos pela eloquê ncia irresistı́vel do Beato
Jordã o que, quando foi anunciada a sua visita a uma cidade, o prior do
convento comprou imediatamente uma grande quantidade de panos
brancos para fazer há bitos para aqueles que certamente procurariam
entrar na Ordem. O pró prio bem-aventurado Jordã o recebeu mil
postulantes ao há bito, entre os quais os mais eminentes professores das
universidades europeias.

São Francisco de Assis, esse ardente Sera im de amor, encontrou


seu prazer em repetir o amado Nome de Jesus. Sã o Boaventura diz que
seu rosto se iluminou com a alegria e sua voz mostravam por seus
suaves acentos o quanto ele gostava de invocar este Santı́ssimo Nome.
Nã o admira, pois, que tenha recebido nas mã os e nos pé s e no lado
as marcas das cinco Chagas de Nosso Senhor, recompensa do seu amor
ardente. *

Santo Inácio de Loyola foi inigualá vel em seu amor pelo Santo
Nome. Ele deu à sua grande Ordem nã o seu pró prio nome, mas a
chamou de “Sociedade de Jesus”. Este Nome divino tem sido, por assim
dizer, um escudo e defesa da Ordem contra seus inimigos e uma
garantia da santidade e santidade de seus membros. Gloriosa, de fato, é
a grande Companhia de Jesus.
São Francisco de Sales nã o hesita em dizer que quem tem o
costume de repetir o Santo Nome com frequê ncia pode ter a certeza de
ter uma morte santa e feliz.
E, de fato, nã o pode haver dú vida disso, porque cada vez que
dizemos “Jesus”, aplicamos o Sangue salvador de Jesus em nossas almas,
enquanto ao mesmo tempo imploramos a Deus que faça o que Ele
prometeu, concedendo-nos tudo o que peça em Seu Nome. Todos os
que desejar uma morte santa pode protegê -la pela repetiçã o do Nome
de Jesus. Essa prá tica nã o apenas nos dará uma morte santa, mas
diminuirá notavelmente nosso tempo no Purgató rio e pode muito
possivelmente nos livrar completamente desse fogo terrı́vel.
Muitos santos passaram seus ú ltimos dias repetindo
constantemente: “Jesus, Jesus”.
Todos os Doutores da Igreja concordam em nos dizer que o diabo
reserva suas tentaçõ es mais ferozes para nossos ú ltimos momentos, e
entã o ele enche a mente do moribundo de dú vidas, medos e tentaçõ es
terrı́veis - na esperança, inalmente, de levar o alma infeliz para o
inferno. Felizes aqueles que na vida se certi icaram de adquirir o há bito
de invocar o Nome de Jesus.
Fatos como esses que acabamos de mencionar podem ser
encontrados na vida de todos os grandes servos de Deus que se
tornaram santos e alcançaram os mais altos graus de santidade por
esse meio simples e fá cil.

São Vicente Ferrer, um dos pregadores mais famosos que o


mundo já ouviu, converteu os criminosos mais abandonados e os
transformou nos cristã os mais fervorosos. Ele converteu 80.000 judeus
e 70.000 mouros, um prodı́gio que lemos na vida de nenhum outro
santo. Trê s milagres sã o exigidos pela Igreja para a canonizaçã o de um
santo; enquanto na bula de canonizaçã o de Sã o Vicente, 873 sã o
mencionados.
Este grande Santo ardeu de amor pelo Nome de Jesus e com este
Nome Divino operou maravilhas extraordiná rias.
Nó s, portanto, pecadores como somos, podemos, com este Nome
Onipotente, obter todo favor e toda graça. Os mortais mais fracos
podem tornar-se fortes, os mais a litos encontram nele consolo e
alegria.
Quem, entã o, pode ser tã o tolo ou negligente a ponto de nã o
adquirir o há bito de repetir constantemente “Jesus, Jesus, Jesus”. Nã o
nos rouba tempo, nã o apresenta di iculdade e é um remé dio infalı́vel
para todos os males.

Beato Gonçalo de Amarante atingiu um grau de santidade muito


eminente pela repetiçã o frequente do Santo Nome.

bem-aventurado Giles de Santarém sentiu tanto amor e prazer


em dizer o Santo Nome que foi elevado no ar em ê xtase.
Aqueles que repetem com frequê ncia o Nome de Jesus sentem
uma grande paz em sua alma, “aquela paz que o mundo nã o pode dar”,
que só Deus dá , uma paz “que excede todo o entendimento”.

São Leonardo de Port Maurice nutria uma terna devoçã o ao


Nome de Jesus e em suas missõ es contı́nuas ensinou as pessoas que se
aglomeravam para ouvi-lo as maravilhas do Santo Nome. Isso ele fez
com tanto amor que lá grimas escorriam de seus olhos e dos olhos de
todos os que o ouviam.
Ele implorou para eles colocarem um cartã o com este Divino Nome
em suas portas. Isso foi acompanhado com os resultados mais felizes,
pois muitos foram assim salvos de doenças e desastres de vá rios tipos.
Um, infelizmente, foi impedido de fazê -lo, pois um judeu, co-
proprietá rio da casa em que morava, recusou-se terminantemente a
colocar o Nome de Jesus na porta. Seu companheiro de alojamento
entã o decidiu que ele iria escrever em suas janelas, o que ele fez. Alguns
dias depois, um grande incê ndio irrompeu no pré dio, que destruiu
todos os apartamentos pertencentes ao judeu; enquanto que os quartos
pertencentes ao seu vizinho cristã o de modo algum sofreram com a
con lagraçã o.
Este fato foi tornado pú blico e aumentou cem vezes a fé e a
con iança no Santo Nome de nosso Salvador. Aliá s, toda a cidade de
Ferrajo foi testemunha desta extraordiná ria proteçã o.

São Edmundo tinha uma devoçã o especial ao Nome de Jesus, que o


pró prio Nosso Senhor lhe ensinou.
Um dia, quando ele estava no campo e separado de seus
companheiros, uma linda criança parou ao lado dele e perguntou:
“Edmund, você nã o me conhece?” Edmundo respondeu que nã o. Entã o
respondeu a criança: “Olhe para mim e você verá quem eu sou”.
Edmundo olhou como lhe foi ordenado e viu escrito na testa do Menino:
“Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”. “Saiba agora quem eu sou”, disse a
Criança. “Todas as noites faça o Sinal da Cruz e diga estas palavras:
'Jesus de Nazaré , Rei dos Judeus'. Se você izer isso, esta oraçã o livrará
você e todos os que a izerem de mortes repentinas e nã o previstas”.
Edmundo fez ielmente como Nosso Senhor lhe disse. O diabo uma
vez tentou impedi-lo e segurou suas mã os para que ele nã o pudesse
fazer o sinal sagrado. Edmundo invocou o Nome de Jesus, e o diabo
fugiu aterrorizado, deixando-o incó lume no futuro.
Muitas pessoas praticam essa devoçã o fá cil e assim se salvam de
mortes infelizes. Outros, com o dedo indicador, imprimem na testa com
á gua benta as quatro letras “INRI”, para signi icar Jesus Nazareno, Rex
Judaeorum , as palavras escritas por Pilatos para a Cruz de Nosso
Senhor.
Santo Afonso recomenda seriamente ambas as devoçõ es.

Santa Francisca de Roma desfrutou do extraordiná rio privilé gio


de constantemente ver e falar com seu Anjo Guardiã o. Quando ela
pronunciou o Nome de Jesus, o Anjo estava radiante de felicidade e se
inclinou em amorosa adoraçã o.
As vezes o diabo ousava aparecer para ela, procurando assustá -la e
fazer-lhe mal. Mas quando ela pronunciou o Santo Nome, ele icou cheio
de raiva e ó dio e fugiu aterrorizado de sua presença.

Santa Joana Francisca de Chantal, querida amiga de Sã o


Francisco de Sales, teve muitas belas devoçõ es ensinadas por este santo
Doutor, que durante muitos anos foi seu conselheiro espiritual. Ela tã o
amava o Nome de Jesus que ela realmente o escreveu com um ferro
quente em seu peito. O Beato Henrique Suso tinha feito o mesmo com
uma vara de aço pontiaguda.
Nã o podemos aspirar a esta santa ousadia; podemos, com razã o,
nã o ter a coragem de inscrever o Santo Nome em nosso peito. Isso
precisa de uma inspiraçã o especial de Deus. Mas podemos seguir o
exemplo de outra querida Santa, a saber, a Beata Catarina de Racconigi,
ilha de Sã o Domingos, que repetiu com frequê ncia e amor o Nome de
Jesus, de modo que depois de sua morte, o Nome de Jesus foi
encontrado gravado em letras de ouro em seu coraçã o. Todos nó s
podemos fazer como ela fez, e assim o Nome de Jesus será estampado
em nossas almas por toda a Eternidade à vista dos Santos e Anjos no
Cé u.

Santa Gema Galgani. Quase em nossos dias esta querida Santa


també m teve o privilé gio de conversar freqü ente e ı́ntima com seu Anjo
Guardiã o. As vezes, o Anjo e Gemma entravam em uma disputa sagrada
sobre qual deles poderia dizer com mais amor o Nome de Jesus.
Suas entrevistas com o querido Anjo eram de natureza simples e
familiar. Ela conversou com ele, olhou em seu rosto, fez-lhe muitas
perguntas, à s quais ele respondeu com amor e carinho inefá veis.
Ele levou mensagens dela para Nosso Senhor, para a Santı́ssima
Virgem e os Santos e trouxe de volta suas respostas.
Alé m disso, este glorioso Anjo levou o mais terno cuidado de seu
protegido. Ele a ensinou a rezar e meditar, especialmente sobre a
Paixã o e os sofrimentos de Nosso Senhor. Ele lhe deu conselhos
admirá veis e a repreendeu amorosamente quando ela cometeu
pequenas faltas. Sob sua orientaçã o, Gemma rapidamente alcançou um
alto grau de perfeiçã o.
Capítulo 8

A Doutrina do Santo Nome

Vamos agora explicar a doutrina do Santo Nome — o capı́tulo mais


importante deste livreto — para mostrar aos nossos leitores de onde
vem o poder e o valor divino desse nome e como os santos izeram suas
maravilhas por ele e como nó s mesmos podemos obter por seus meios
toda graça e bê nçã o.
Você pode perguntar, caro leitor, como é que uma palavra pode
operar tais prodı́gios?
Eu respondo isso com uma palavra que Deus fez o mundo. Com Sua
palavra, Ele chamou do nada o sol, a lua, as estrelas, as altas montanhas
e os vastos oceanos. Por Sua palavra Ele sustenta todo o universo em
existê ncia.
O padre també m, na Santa Missa, nã o faz um prodı́gio de prodı́gios;
ele nã o transforma a pequena hoste branca no Deus do cé u e da terra
pelas palavras da Consagraçã o; e embora só Deus possa perdoar o
pecado, o padre també m no confessioná rio nã o perdoa os pecados mais
negros e os crimes mais terrı́veis?
Como? Porque Deus dá à s suas palavras esse poder in inito.
Assim també m Deus em sua imensa bondade dá a cada um de nós
uma palavra todo-poderosa com a qual podemos fazer maravilhas por
Ele, por nó s mesmos e pelo mundo. Essa palavra é “Jesus”.
Lembre-se do que Sã o Paulo nos diz sobre isso. Que é “um nome
acima de todos os nomes”, e que . . .
“Em nome de Jesus, todo joelho se dobrará no cé u, na terra e no
inferno”.
Mas por que?
Porque “Jesus” signi ica “Deus-feito-homem”, isto é , a Encarnaçã o.
Quando o Filho de Deus se fez homem, foi chamado “Jesus”, de modo
que quando dizemos “Jesus” , oferecemos ao Pai Eterno o amor in inito,
os mé ritos in initos de Jesus Cristo; em uma palavra, oferecemos a Ele
Seu pró prio Filho Divino; oferecemos-Lhe o grande Misté rio da
Encarnaçã o. Jesus E a Encarnaçã o!
Quã o poucos cristã os tê m alguma idé ia adequada deste misté rio
sublime, e ainda assim é a maior prova de que Deus nos deu, ou poderia
nos dar, de Seu amor pessoal por nó s. É tudo para nó s.

A Encarnação

Deus se fez homem por amor a nó s, mas de que nos serve se nã o
compreendermos esse amor?
Deus, o Deus In inito, Imenso, Eterno, Todo-Poderoso, o poderoso
Criador, o Deus que enche o Cé u com Sua Majestade, escondeu todo Seu
poder, Sua Majestade, Sua grandeza, e se tornou uma criança para
tornar-se como nó s e assim ganhar o nosso amor.
Ele entrou no ventre puro da Virgem Maria e ali icou escondido
por nove meses inteiros. Entã o Ele nasceu em um está bulo entre dois
animais. Ele era pobre e humilde. Ele passou 33 anos trabalhando,
sofrendo, orando, ensinando Sua bela Religiã o, fazendo milagres,
fazendo o bem a todos. Ele fez tudo isso para provar Seu amor por cada
um de nó s e assim nos constranger a amá -Lo.
Este estupendo ato de amor foi tã o grande que nem mesmo os
mais altos anjos do cé u poderiam concebê -lo possı́vel, se Deus nã o o
tivesse revelado a eles.
Foi tã o grande que os judeus, povo escolhido de Deus, que
esperavam um Salvador, se escandalizaram com o pensamento de que
Deus pudesse se humilhar tanto.
Os iló sofos gentios, apesar de sua alardeada sabedoria, diziam que
era loucura pensar que o Deus Todo-Poderoso pudesse fazer tanto por
amor ao homem.
Sã o Paulo diz que Deus esgotou todo o seu poder, sabedoria e
bondade ao se tornar homem por nó s: “Ele se esvaziou”.
Nosso Senhor con irma as palavras do Apó stolo, pois Ele diz: “O
que mais eu poderia fazer?”
Tudo isso Deus fez, nã o por todos os homens em geral, mas por
cada um de nó s em particular. Pense, pense nisso.
Você acredita, você entende, caro leitor, que Deus te ama tanto, que
Ele te ama tanto intimamente, tã o pessoalmente. Que alegria, que
consolo se você realmente soubesse e sentisse que o grande Deus te
ama – você , tã o sinceramente!
Nosso Senhor fez ainda mais, pois nos entregou todos os Seus
mé ritos in initos para que possamos oferecê -los ao Pai Eterno quantas
vezes quisermos, cem, mil vezes por dia.
E é isso que podemos fazer cada vez que dizemos “Jesus”, se
apenas nos lembrarmos do que estamos dizendo.

Você talvez esteja surpreso com essa doutrina maravilhosa; você


pode nunca ter ouvido isso antes?
Mas agora que você conhece as in initas maravilhas do Nome de
Jesus , diga este Santo Nome constantemente; dizê -lo com devoçã o.
E no futuro, quando você disser “Jesus”, lembre-se de que você está
oferecendo a Deus todo o amor e mé ritos in initos de Seu Filho. Você
está oferecendo a Ele Seu pró prio Filho Divino. Você nã o pode oferecer
a Ele nada mais santo, nada melhor, nada mais agradá vel a Ele, nada
mais meritó rio para si mesmo.
Quã o ingratos sã o aqueles cristã os que nunca agradecem a Deus
por tudo que Ele fez por eles. Homens e mulheres vivem 30, 50, 70 anos
e nunca pensam em agradecer a Deus por todo o Seu maravilhoso amor.
Quando você disser o Nome de Jesus, lembre-se també m de
agradecer ao Nosso Doce Senhor por Sua Encarnaçã o.
Quando Ele estava na Terra, Ele curou dez leprosos de sua doença
repugnante. Eles icaram encantados e foram embora cheios de alegria
e felicidade, mas apenas um voltou para agradecer a Ele! Jesus icou
muito magoado e disse: “Onde estã o os outros nove?”
Ele nã o tem muito mais motivos para se sentir magoado e magoado
com você e comigo, que agradecemos tã o pouco por tudo o que Ele fez
por nó s na Encarnaçã o e em Sua Paixã o?
Santa Gertrudes costumava agradecer a Deus muitas vezes, com
uma pequena ejaculaçã o, por Sua bondade em se tornar homem por
ela. Um dia Nosso Senhor apareceu a ela e disse: “Minha querida ilha,
toda vez que você honra Minha Encarnaçã o com aquela pequena
oraçã o, eu me dirijo a Meu Pai Eterno e ofereço todos os mé ritos da
Encarnaçã o por você e por todos aqueles que fazem como Você faz."
Nã o devemos entã o tentar dizer muitas vezes: “Jesus, Jesus,
Jesus”, certos de receber uma graça igualmente maravilhosa.

A paixão

O segundo signi icado da palavra “Jesus” é “Jesus morrendo na


Cruz”, pois Sã o Paulo nos diz que Nosso Senhor mereceu este
Santı́ssimo Nome por Seus sofrimentos e morte.
Portanto, quando dizemos “Jesus”, devemos també m querer
oferecer a Paixã o e Morte de Nosso Senhor ao Pai Eterno para sua
maior gló ria e para nossas pró prias intençõ es.
Assim como Nosso Senhor se fez homem por cada um de nó s, como
se cada um de nó s fosse o ú nico existente, assim Ele morreu, nã o por
todos os homens em geral, mas por cada um em particular. Quando Ele
estava pendurado no Cruz, Ele me viu, Ele viu você , Caro Leitor, e
ofereceu cada pontada de Sua terrı́vel agonia, cada gota de Seu Precioso
Sangue, todas as Suas humilhaçõ es, todos os insultos e ultrajes que Ele
recebeu, por mim , por você , por cada um de nós! Ele nos deu todos
esses mé ritos in initos como nossos. Podemos oferecê -los centenas e
centenas de vezes todos os dias ao Pai Eterno — por nó s mesmos e pelo
mundo.
Fazemos isso toda vez que dizemos “Jesus”. Ao mesmo tempo,
queremos agradecer a Nosso Senhor tudo o que Ele sofreu por nó s.
E espantoso que muitos cristã os saibam tã o pouco deste Santo
Nome e de tudo o que ele signi ica. Como resultado, eles estã o
perdendo graças preciosas todos os dias e estã o perdendo as maiores
recompensas no Cé u. Triste e deplorá vel ignorâ ncia!

Como Compartilhar em 500.000 Massas

A terceira intençã o que devemos ter ao dizer “Jesus” é oferecer


todas as Missas que estã o sendo rezadas em todo o mundo para a gló ria
de Deus, para nossas pró prias necessidades e para o mundo em geral.
Cerca de 500.000 missas sã o celebradas diariamente. E podemos e
devemos compartilhar tudo isso.
A Missa traz Jesus aos nossos altares. Em cada Missa Ele está mais
uma vez presente aqui na terra, como quando se fez homem no ventre
de Sua Mã e. Ele també m se sacri ica no Altar tã o real e
verdadeiramente como Ele fez no Calvá rio, embora de forma mı́stica,
maneira nã o sangrenta. A Missa é rezada, nã o só por todos aqueles que
a assistem na igreja, mas por todos aqueles que desejam ouvi-la e
oferecê -la com o sacerdote.
Basta dizer com reverê ncia “Jesus, Jesus”, com a intençã o de
oferecer essas Missas e participar delas. Ao fazer isso, temos uma
participaçã o em todos eles.
E uma graça maravilhosa assistir e oferecer uma Missa; o que nã o
será oferecer e compartilhar 500.000 missas todos os dias!
Portanto, toda vez que dissermos “Jesus”, seja nossa intençã o
1. Oferecer a Deus todo o amor e mé ritos in initos da Encarnaçã o.
2. Oferecer a Deus a Paixã o e Morte de Jesus Cristo.
3. Oferecer a Deus todas as 500.000 Missas celebradas no mundo –
para Sua gló ria e nossas pró prias intençõ es.

Tudo o que temos que fazer é dizer uma palavra, “Jesus”, mas
sabendo o que estamos fazendo.
Santa Mechtilde costumava oferecer a Paixã o de Jesus em uniã o
com todas as Missas do mundo pelas almas do Purgató rio.
Nosso Senhor uma vez mostrou seu Purgató rio aberto e milhares
de almas subindo ao Cé u como resultado de sua pequena oraçã o.
Quando dizemos “Jesus”, podemos oferecer a Paixã o e as Missas do
mundo, seja por nó s mesmos ou pelas almas do Purgató rio, ou por
qualquer outra intençã o que nos agrade.
Devemos sempre , també m, oferecê -los para o mundo em geral e
nosso pró prio paı́s em particular.
Capítulo 9

Podemos Pedir Tudo Em Nome de Jesus

Os Anjos sã o nossos mais queridos e melhores amigos e estã o mais


prontos e capazes de nos ajudar em todas as di iculdades e perigos.
E muito lamentá vel que muitos cató licos nã o conheçam, amem e
peçam ajuda aos Anjos. A maneira mais fá cil de fazer isso é dizer o
Nome de Jesus em sua honra. Isso lhes dá a maior alegria. Eles, em
troca, nos ajudarã o em todos os nossos problemas e nos manterã o a
salvo de muitos perigos.
Digamos o Nome de Jesus em homenagem a todos os Anjos, mas
principalmente em homenagem ao nosso querido Anjo Guardiã o, que
tanto nos ama.
Nosso Doce Senhor está presente em milhõ es de Hó stias
consagradas nas inú meras igrejas cató licas do mundo. Durante muitas
horas do dia agitado e durante as longas noites, Ele é esquecido e
deixado sozinho.
Podemos fazer muito para consolá -lo e consolá -lo dizendo: “Meu
Jesus, eu Vos amo e Vos adoro em todas as Hó stias Consagradas do
mundo, e Vos agradeço de todo o coraçã o por permanecer em todos os
altares do mundo por amor de nó s." Entã o diga vinte, cinquenta ou mais
vezes o Nome de Jesus com esta intençã o.
Podemos fazer a penitência mais perfeita por nossos pecados
oferecendo a Paixã o e o Sangue de Jesus muitas vezes por dia por esta
intençã o.
O Precioso Sangue puri ica nossas almas e nos eleva a um alto grau
de santidade. E tudo tã o fá cil! Temos apenas que repetir com amor,
alegria e reverê ncia: “Jesus, Jesus, Jesus”.

Se estamos tristes ou abatidos, se estamos preocupados com


medos e dú vidas, este Nome Divino nos dará uma paz deliciosa. Se
formos fracos e vacilantes, isso nos dará uma nova força e energia. Nã o
andou Jesus, quando na Terra, consolando e confortando todos aqueles
que estavam infelizes? Ele ainda está fazendo isso todos os dias para
aqueles que Lhe pedem.

Se estamos sofrendo de saúde fraca , se estamos com dor, se


alguma doença está tomando conta de nossos corpos pobres, Ele pode
nos curar. Ele nã o curou os doentes, os coxos, os cegos, os leprosos? Ele
nã o nos diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu os aliviarei”. Muitos poderiam ter boa saú de se
apenas pedissem a Jesus. Por todos os meios consulte mé dicos, use
remé dios, mas acima de tudo invoque Jesus!

O Nome de Jesus é a mais curta, a mais fá cil, a mais poderosa de


todas as oraçõ es. Nosso Senhor nos diz que qualquer coisa que pedimos
ao Pai em Seu Nome, a saber, no Nome de Jesus, receberemos. Toda vez
que dizemos “Jesus”, estamos fazendo uma oraçã o fervorosa por todos,
por tudo o que precisamos.

As Almas do Purgatório. E muito lamentá vel que tantos cristã os


esqueçam e negligenciem as almas do Purgató rio. E possı́vel que alguns
de nossos queridos amigos estejam sofrendo nestes terrı́veis incê ndios,
esperando, esperando por nossas oraçõ es e ajuda - que tã o facilmente
poderı́amos dar a eles e nã o dar.
Temos pena dos pobres que vemos nas ruas, dos famintos e de
todos os que sofrem. Ningué m sofre tã o terrivelmente como as almas
do Purgató rio, pois o fogo do Purgató rio, como nos diz Sã o Tomá s, é o
mesmo que o fogo do Inferno!
Com que frequê ncia, Caro Leitor, você reza pelas Santas Almas?
Dias e semanas e talvez meses passam e você faz pouco, talvez nada,
por eles!
Você pode ajudá -los facilmente se você disser frequentemente o
Nome de Jesus, porque a) você oferece por eles o Preciosı́ssimo Sangue
e sofrimento de Jesus Cristo, como explicamos, b) você ganha 300 dias
de indulgê ncia * cada vez que você diz “ Jesus."
Tendo o costume de repetir muitas vezes o Santo Nome, você pode,
como Sã o Mechtilde, aliviar milhares de almas, que depois nunca
deixarã o de rezar por você com incrı́vel fervor.

O terrível crime da ingratidão

Agradecemos efusivamente aos nossos amigos por qualquer


pequeno favor que nos façam, mas esquecemos ou deixamos de
agradecer a Deus por Seu imenso amor por nó s, por se tornar homem
por nó s, por morrer por nó s, por todas as Missas que podemos ouvir e o
Santo Comunhõ es que podemos receber — e nã o recebemos. Que
ingratidã o negra!
Repetindo frequentemente o Nome de Jesus, corrigimos esta falha
grave e agradecemos a Deus e damos-Lhe grande alegria e gló ria.
Você nã o deseja dar alegria a Deus? Você faz? Entã o, caro amigo,
obrigado, graças a Deus! Ele está esperando por seus agradecimentos.

Deus ama cada um

Dissemos que Nosso Senhor nos terrı́veis sofrimentos da sua


Paixã o, na agonia do jardim, quando estava pendurado na cruz, viu-nos
a todos e ofereceu por cada um de nós cada pontada de dor, cada gota
do seu preciosı́ssimo sangue .
Será possı́vel que Deus seja tã o bom que pense em cada um de nó s,
que ame tanto cada um de nó s?
Nossos pobres coraçõ es e mentes sã o pequenos e mesquinhos e
acham difı́cil acreditar que Deus pode ser tã o bom, que Ele se preocupa
conosco.
Mas Deus, como Ele é Onipotente, como Ele é in initamente sá bio,
també m é in initamente bom e generoso e amoroso . Para entender como
Deus pensou em cada um de nó s durante a Paixã o, quando Ele estava
pendurado na Cruz, basta lembrar o que acontece nas milhõ es de
Sagradas Comunhõ es recebidas todos os dias.
Deus vem a cada um de nó s, com toda a plenitude da Divindade. Ele
entra em cada um tã o plena e inteiramente quanto está no cé u. Ele
entra em cada um de nó s como se aquela pessoa fosse a ú nica que O
recebeu naquele dia. Ele vem com amor in inito e pessoal! Que todos
nó s acreditamos.
E como Ele entra em nó s? Ele nã o entra meramente em nossas
bocas, nossos coraçõ es - Ele vem em nossas almas, Ele se une a nossas
almas tã o intimamente que Ele se torna de uma maneira maravilhosa
um conosco.
Pensemos por um momento em como o Grande, Todo-Poderoso,
Eterno Deus está em nossa alma da maneira mais ı́ntima possı́vel, que
Ele está lá com todo Seu amor in inito, que Ele permanece lá , nã o por
um momento, mas por cinco, dez minutos ou mais — e isso nã o uma
vez, mas todos os dias, se assim o desejarmos.
Se pensarmos e entendermos isso, será fá cil ver como Ele ofereceu
todos os Seus mé ritos e todos os Seus sofrimentos por cada um de nó s.
Capítulo 10

O Diabo e o Nome de Jesus

O grande, grande mal, o grande perigo que ameaça cada um de nó s


todos os dias e todas as noites de nossas vidas, é o diabo .
Sã o Pedro e Sã o Paulo nos advertem na linguagem mais forte para
ter cuidado com o diabo, pois ele está usando todo o seu tremendo
poder, sua poderosa inteligê ncia para nos arruinar, prejudicar, nos ferir
de todas as maneiras. Nã o há perigo, nenhum inimigo no mundo que
devemos temer como devemos temer o diabo.
Ele nã o pode atacar a Deus, entã o ele volta todo o seu ó dio e
malı́cia implacá veis contra nó s.
Estamos destinados a tomar os tronos que ele e os outros anjos
maus perderam. Isso o chicoteia em fú ria selvagem contra nó s. Muitos
cató licos tolos e ignorantes nunca pensam nisso; eles nã o se preocupam
em se defender e, assim, permitem que o diabo lhes in lija danos
in initos e lhes cause sofrimentos incalculá veis.
Nosso melhor, nosso remédio mais fácil é o Nome de Jesus. Faz
com que o diabo fuja do nosso lado e nos salva de incontá veis males.
Oh, queridos leitores, digam constantemente este todo-poderoso
Nome e o diabo nã o podem fazer mal a você . Diga-o em todos os
perigos, em todas as tentaçõ es. Acorde se estiver dormindo. Abra seus
olhos para o terrı́vel inimigo que está sempre buscando sua ruı́na.
Os sacerdotes devem pregar com frequê ncia sobre esse assunto
tã o importante. Devem advertir seus penitentes no confessioná rio
contra o diabo. Eles aconselham as pessoas a evitarem má s
companhias, que as fazem levar uma vida ruim. Incomparavelmente
mais terrı́vel é a in luê ncia do diabo sobre eles.
Professores, catequistas e mães devem alertar constantemente
seus ilhos contra o diabo.
Todos os seus esforços serã o muito pouco!
* Embora os regulamentos da Igreja sobre as indulgê ncias, incluindo os relativos à s ejaculaçõ es,
tenham mudado, talvez ainda possamos esperar obter essas mesmas indulgê ncias de Deus se as
pedirmos com grande con iança. — Editor , 1993.
* Aqui també m devemos mencionar Sã o Bernardino de Sena (1380-1444), um padre franciscano
que possivelmente foi o maior propagador da devoçã o ao Santo Nome de Jesus. Os ardentes
sermõ es de Sã o Bernardino atraı́ram grandes multidõ es em toda a Itá lia enquanto ele pregava a
devoçã o ao Santo Nome. — Editor , 1993.
* Ver nota de rodapé na pá gina 4. — Editor , 1993.

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