EMILIA EM CHILOÉ

JACQUELINE BALCELLS/ ANA MARIA GÜIRALDES

Resumo

Emília e Diego viajam para Castro, na ilha de Chiloé, para visitar

sua madrinha, tia Matilde, que era muito amada e respeitada na
cidade por sua sabedoria em curar doenças com ervas naturais.
Em Chiloé há muitos mitos e lendas e as pessoas de lá acreditam
fielmente nessas coisas um pouco mágicas e misteriosas e as de
Santiago têm dificuldade em acreditar nessas coisas.

Tia Matilde reúne seus amigos no Hostal Lucerna, na Ilha Tranqui,

para um jantar de boas-vindas para seu sobrinho e Diego e sua
namorada Emilia.

Na primeira noite morre em circunstâncias estranhas um dos

convidados, Aparício, que era um rico empresário de pesca, um
pouco mesquinho, casado com Vilma e que também teve um filho
com Pola, órfã que era protegida de Sara, a dona da Lucerna.

Pois a estranha morte chega ao inspetor do hotel Santelíces para

entrevistar as testemunhas e percebe que aparentemente foi um
assassinato. Na segunda noite, Pola morre na mesma forma que
Aparício.

Emília havia ajudado o inspetor a resolver casos em outras

ocasiões, por isso, nesta ocasião, também em deixá-la participar
da investigação escondida dos outros.

Finalmente, depois de interrogar a todos, havia apenas 3 pessoas

que não se beneficiaram da morte de Emília, Diego e Matilde.
Emília que é muito observadora foi ligando algumas pontas e no
final acabou sendo Vilma, a escultora e dama de Aparício que
cometeu os dois assassinatos. Aparício foi morto para ficar com a
herança e, assim, poder montar uma galeria de arte para suas
obras. Ele matou Pola para fazer parecer que ela havia
assassinado Aparício porque ela não lhe deu dinheiro suficiente
para sustentar o filho doente que eles tinham em comum. Assim
foi como um assassino Pola que mais tarde comete suicídio e
seria o crime perfeito se não fosse por Emília que a descobriu.

OS PERSONAGENS

Principal
Emília era uma menina jovem, alegre e muito observadora,
sempre tomando nota mental das coisas que aconteciam ao seu
redor. Ela também era muito perspicaz com as pessoas, notava
pequenos detalhes que os outros passavam despercebidos.essas
coisas faziam dela uma pesquisadora muito boa Diego, namorado
de Emília, era sorridente e alegre, ria das coisas que sua tia dizia
porque não acreditava em maldade ou magia. Ele era muito
carinhoso com a namorada e a tia, apesar de fazer piadas com
elas. O inspetor Santelices é um homem sólido e negro que
pertencia à brigada de homicídios. Ele era conhecido de Emília e
Diego antes e chega à Ilha de Tranqui após a misteriosa morte de
Aparício para investigar.

Era um homem de poucas palavras, gostava de ir direto ao ponto,

também era muito observador, o que o tornava um bom detetive.

Lado
Juaco e seu filho Poroto.

Juaco era um homem baixinho, de ombros largos, era muito bom

e estava sempre tentando proteger seu filho. O Poroto era
preguiçoso, e nada parecia importar muito para ele. Aparício, que
era seu chefe, o havia demitido como ladrão.

Adrián era um antropólogo um tanto conflituoso, tia Matilde dizia

que ele podia se tornar violento quando se irritava, estava
secretamente apaixonado por Vilma.

Aparício era um rico industrial pesqueiro, marido de Vilma e pai do

filho de Pola. Ele era um homem mesquinho que mantinha as
coisas trancadas, ele brigava com Pola porque ela lhe pedia
dinheiro. Tia de Matilde Diego era encantadora, carinhosa com
todos principalmente com o sobrinho e a namorada, também era
misteriosa, sabia muito sobre plantas para curar doenças e
acreditava nos mitos e lendas de Chiloé.

Vilma, uma jovem loira e bonita escultora que parecia frágil, mas
tinha muita força, era musculosa e ambas usavam ferramentas
pesadas para esculpir. Era dona Aparício, era bem mais nova.
Que ele.
A dona da pousada Sara, amiga de Matilde, era carinhosa com os
amigos e protegia Pola que era órfã e morava com ela com o filho
de Aparício. Pola era ordeira e meticulosa e falava muito pouco
com as pessoas porque sua vida tinha sido muito triste.

- Este romance policial demonstra como é importante ser um bom

observador das coisas que acontecem e dos detalhes do
comportamento das pessoas. Às vezes, as pessoas com suas
atitudes dizem mais do que dizem com palavras. Também mostra
como no mesmo país existem crenças tão diferentes, em Chiloé a
medicina natural é muito usada e algumas pessoas acreditam em
males distantes e feiticeiros. É preciso aceitar a diversidade e
respeitar as diferentes crenças.

Resumo por capítulos

Capítulo Um "ENTRE O AZUL E O VERDE"

Diego e Emilia viajam para a ilha de Chiloé, para a cidade de

Castro, uma das cidades mais antigas do Chile para visitar a tia de
Diego. Emília estava um pouco nervosa como muitas histórias de
Chiloé são contadas. Para atravessar para Chiloé, eles tiveram
que embarcar em uma balsa no Canal de Chacao.

Lá eles conheceram um homem chamado Adrian que ajudou

Emília quando ela quase caiu.

Capítulo Dois "BEM-VINDO A CHILOÉ"

Os viajantes chegam a Castro, no caminho eles vêem a famosa

igreja de Castro, um patrimônio mundial. Quando o ônibus para,
eles veem a tia Matilde que os recebe carinhosamente e pede que
eles voltem para casa na van de seu vizinho Juaco e a esperem
lá.
Juaco conhece o filho do feijão e eles deixam Diego e Emília para
se instalarem na casa da tia Matilde.

Capítulo três"AMIGOS QUE NÃO SÃO"

Diego e Emília esperavam a chegada de Matilde afundada entre

as almofadas Emília queria visitar muitos lugares da ilha, o Parque
Nacional do Cucao, as igrejas, comer curanto e chapaleles. Em
seguida, a tia chegou acompanhada de outro vizinho, Aparício a
quem o apresentou, o homem disse que sua esposa, Vilma estava
um pouco ruim e coisas estranhas estavam acontecendo com ela.

Lá souberam que a tia havia organizado um jantar no restaurante

Lucerna, na Ilha de Tranqui, com várias pessoas para comemorar
a chegada do sobrinho Diego e da namorada Emília. Para esse
jantar iriam Juaco e seu filho Porto, Aparício e sua esposa Vilma,
Adrián, o antropólogo, Sara, a dona do restaurante e sua
protegida Pola, mãe do único filho de Aparício. Curiosamente os
convidados não se davam muito bem uns com os outros, mas
eram amigos de Matilde.

Capítulo quatro"DIA DO MERCADO"

Naquele dia, Emília dormiu tarde e quando acordou havia um

bilhete para ela encontrar Diego e Matilde onde Juaco. Eles foram
ao mercado de artesanato de Castro e Emília ficou encantada
com os xales, chapéus, meias e lenços de cores, poços e
saladeiras esculpidas em madeira, ervas de todos os tipos. Lá
conheceu Vilma, esposa de Aparício, que os convidou para tomar
um aperitivo em sua casa e disse que estava se sentindo mal,
como se alguém estivesse lhe fazendo mal.

Capítulo cinco" MALDITOS DIUCONES"

Tia Matilde estava conversando com Diego e Emília sobre os

males que existiam em Chiloé, o mal do susto, a doença do
duende, sajaduras, a caverna dos feiticeiros etc., enquanto eles
riam, Matilde lhes disse que quando saíssem da ilha grande
teriam um olhar diferente e muitas perguntas.

Iam tomar um aperitivo na casa de Aparício e Vilma e pareciam

dezenas de pássaros chamados diucones que, segundo a tia
Matilde, pressagiavam infortúnios.

Capítulo Sexto"AMEAÇAS E DISCUSSÕES"

Aparício disse a eles que havia disparado o feijão porque o havia

roubado. Vilma de repente se sentiu muito mal e desmaiou e teve
que chamar o médico.

Emília ficou com a sensação de que algo lhe faltava, detalhes dos
quais não se lembrava.

Capítulo sete"TURISMO E OUTRA COISA"

Diego e Emília foram visitar a catedral de Castro e encontraram

Vilma e Adrián sussurrando na igreja o que lhes parecia muito
estranho. Mais tarde, encontraram-se com a tia Matilde para
apanhar um barco e atravessar para a Ilha Tranqui.

Capítulo oito"ILHA TRANQUI"

Quando chegaram à Ilha de Tranqui viram na colina uma casa que

parecia um barco, era o restaurante Lucerna de Sara. Aos poucos
os convidados foram chegando.

Capítulo nove

Comiam chupe de frutos do mar e torravam. Novamente Vilma

desmaiou e foi levada para o quarto no hotel. Como chovia muito
ninguém conseguia voltar para a Ilha Grande, a maioria foi dormir,
exceto Aparício que já estava com várias bebidas no corpo e foi
sozinho para o terraço.

Capítulo dez"DONDE ESTA APARICIO"

Todos foram dormir, e Emília acordou com sede no meio da noite

e foi para a cozinha em busca de algo. Ao avistarem a figura de
Aparício que parecia estar conversando consigo mesmo, de volta
ao seu quarto ouviram um grito que pensaram ser de um pássaro.

Do quarto ouviu alguns sussurros e uma tosse no corredor foi

olhar e não havia ninguém e percebeu que os sapatos de Adriano
estavam fora do lugar. No dia seguinte, chovia furiosamente e
alguns comentaram que tinham dormido mal. Vilma perguntou se
tinham visto o marido, ela ficou preocupada. Ninguém o tinha visto
e começaram a procurá-lo.

Diego e Emília foram até o terraço e notaram que nas pedras

havia algo vermelho como a camisa de Aparício.

Capítulo Onze "NÃO DEIXE NINGUÉM SE MEXER"

A chuva não parou e eles resolveram descer para olhar e ver qual
era aquela mancha. Vermelho Que se
Serra.
Emília, Diego e Adrián desceram os degraus de madeira,
caminharam até finalmente perceberem que era o corpo. de
Aparício morto.
Diego avisou a polícia e eles enviaram um helicóptero que veio
buscar o corpo, pois tinham que investigar. A polícia ordenou que
eles ficassem em Lucerna, pois tinham que questioná-los todos.

Capítulo Doze"BEM-VINDO, INSPETOR SANTELICES"

Santelíces chega para provar ou descartar um acidente, um

suicídio ou um homicídio, por isso deve inspecionar o local e
interrogar as testemunhas.
O inspetor constatou que era difícil que ele tivesse caído ou
jogado, já que o corrimão era alto e o morto estava baixo e ainda
tinha parte da taça de vinho em uma das mãos. Antes de dormir,
muitos foram para a cozinha e, de repente, apareceu uma coruja
na janela que os assustou muito.

Capítulo Treze "UM FEITICEIRO NA JANELA"

Matilde conseguiu tirar a Coruja e disse que ele era um feiticeiro.

Todos, até o inspetor ficaram confusos com o assunto dos
pássaros ameaçadores, feiticeiros e males distantes de que falava
a tia Matilde.

Emília estava assustada e teve dificuldade em adormecer naquela

noite.

Capítulo Quatorze "GRITOS AO AMANHECER"

Ao amanhecer, com um grito de Sara, souberam que Pola

também havia morrido da mesma forma que Aparício. Os
convidados ficaram consternados e enquanto Emília os estudava
em silêncio.

Capítulo Quinze "AGORA EU FAÇO ISSO POR MIM"

O inspetor verificou o quarto de Pola e encontrou um papel que

dizia:
"Eu fiz isso pelo meu filho primeiro. Agora eu faço isso por mim.
Não mais....". Emília conta ao inspetor que na noite em que
Aparício morreu eles ouviram um grito e pensaram que era um
pássaro, ela também contou a ele sobre a porta do quarto de
Juaco e Poroto, os sapatos bagunçados do lado de fora da porta
de Diego e Adrián e a figura de Aparício na varanda bêbado e
balbuciando palavras ternas e, finalmente, O sussurro de duas
pessoas no corredor.
Capítulo Dezesseis "O INTERROGATÓRIO"

Emília e Diego se esconderam para ouvir os interrogatórios do

inspetor. Todos foram questionados, mas ainda era muito difícil
tirar conclusões.

Capítulo Dezessete" O INTERROGATÓRIO CONTINUA"

O inspetor percebe que apenas Emília, Diego e sua tia não

favorecem a morte de Aparício ou Pola. Emília e Diego estavam
muito cansados e sentaram-se em uma poltrona e Emília
encontrou um pequeno tubo de vidro que a intrigou.

Capítulo Dezoito "UMA A UMA AS NUVENS SE DISSIPAM"

Emília e Diego reuniram-se com o inspetor e contaram-lhe as suas

impressões e ele deu-lhe a possibilidade de reunir pessoas e
tentar desvendar este caso.

O inspetor depois de reuni-los disse que o assassino estava entre

eles e que ele havia tido ajuda para resolver o caso. Um a um, ele
contou como eles se beneficiaram das duas mortes.

Capítulo DEZENOVE" ATO FINAL"

O inspetor dá a palavra a Emília e ela dá as razões que tem para

pensar que a culpada foi Vilma. Ela pula furiosamente em Emília e
a enforca e eles tiveram que ajudar Diego, o inspetor e o feijão, já
que Vilma tinha muita força.

Capítulo Vinte "ATÉ BREVE, CHILOÉ"

Emília diz a Diego que não é um gênio, apenas é muito

observadora e olha para os detalhes.

Diego pergunta a Emília como aconteceu em Chiloé e ela diz-lhe

que preferia não ter de ver os assassinatos, mas que, por outro
lado, lhe permitiu conhecer um lugar onde tudo é mágico e
ninguém pode garantir que não é verdade. Eles deixam este lugar
mágico onde passaram aventuras tão incríveis.