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Renovação celular

As células têm capacidade de replicar a informação


contida no se DNA, formando outra molécula idêntica à
original.

hipóteses
❤ Hipótese conservativa: a molécula-mãe mantém-se
íntegra, servindo de molde para a formação da
molécula-filha, que é formada por duas novas cadeias
de nucleótidos.
❤ Hipótese dispersiva: cada molécula-filha é formada
por porções da molécula-mãe e por novas porções
sintetizadas de forma aleatória. Interpretação de resultados:
❤ Hipótesesemiconservativa: cada cadeia serve de ✦ As bactérias cultivadas em 15N incorporam este azoto
molde para a formação de uma nova cadeia. Assim, nos seus nucleótidos, formando um DNA com maior
cada molécula-filha é constituída por uma cadeia nova e densidade.
uma cadeia original. ✦ Quando as bactérias são transferidas para o meio
com azoto 14N, utilizam este azoto para produzirem
novas cadeias de DNA.
↬ Na primeira geração, cada molécula apresenta uma
cadeia pesada (proveniente da geração parental) e uma
cadeia de leve (formada com nucleótidos que
incorporam o azoto do meio), tendo uma densidade
intermédia.
↬ Na segunda geração, metade das moléculas é
formada por duas cadeias leves e a outra metade é
formada por uma cadeia leve e uma pesada.
↬ Estes dados apoiam o modelo semiconservativo.

A experiência de Meselson e Sthal permitiu esclarecer o


mecanismo de replicação do DNA.
1. Cultivaram E.coli num meio de cultura com azoto
pesado (15N).
2. Após várias gerações de bactérias se terem
desenvolvido no meio com azoto pesado, foram
transferidas para um meio com azoto normal (14N).
3. Foram retirada diferentes amostras, a diferentes
períodos de tempo após a transferência (0m, 20m,
40m), de onde se extraiu e centrifugou o DNA.

Nota: As bactérias incorporam o azoto do meio na


formação de novos nucleótidos usados para formar
novas cadeias.
A síntese proteica ocorre em duas fases:
mecanismo de replicação
❤ Transcrição:A informação contida em cada gene é
1. As helicases provocam a rutura das pontes de copiada para o mRNA (transcrição do DNA, maturação
hidrogénio, provocando a separação das duas cadeias e do mRNA e migração do mRNA).
dando origem a bolhas de replicação ao longo da
cadeia. ❤ Tradução: A informação contida nas moléculas de
mRNA é traduzida em sequências de aminoácidos
(iniciação, alongamento e finalização).

2. A RNA primase sintetiza uma porção de RNA (RNA


primer) nas duas cadeias.
3. A DNA polimerase III une-se ao RNA primer e vai
ligando nucleótidos livres no núcleo à cadeia na direção
5’→ 3’. transcrição
Transcrição do DNA: A RNA polimerase liga-se a uma
cadeia de DNA (molde) e sintetiza uma cadeia
complementar de mRNA na direção 5’→ 3’.

Quando a transcrição termina, o mRNA desprende-se


do DNA e a cadeia de DNA volta a emparelhar-se com a
sua complementar.

Como as cadeias são antiparalelas uma têm a direção


5’→ 3’ (cadeia líder) e a outra 3’→ 5’ (cadeia tardia).
↬ A cadeia líder é sintetizada continuamente.
↬ A cadeia tardia é sintetizada em vários fragmentos,
denominados fragmentos de Okasaki.

Maturação do mRNA: As sequências não codificantes do


mRNA – intrões – são excisadas e as sequências
codificantes – exões – são unidas entre si, formando o
4. A DNA polimerase I faz a remoção do RNA primer e mRNA funcional.
a sua substituição por fragmentos de DNA e a DNA
ligase une os fragmentos de Okasaki.

Nota: Helicase, RNA primase, DNA polimerase e DNA


ligase são enzimas.

A síntese proteica corresponde ao conjunto de


processos responsáveis pela formação de proteínas a Migração do mRNA: Passagem do mRNA funcional para
partir do DNA. o citoplasma.
Nota: Cada molécula de mRNA pode ser utilizada várias
vezes e estar ligada simultaneamente a diversos
ribossomas.

O código genético estabelece a relação entre os


nucleótidos (codões) e os aminoácidos.

Ou seja, é um quadro de correspondência entre os 64


codões possíveis e os 20 aminoácidos existentes nas
proteínas.
tradução
Iniciação: O mRNA liga-se à subunidade menor do
ribossoma, que o percorre até encontrar o codão de
iniciação (AUG).

O tRNA que possui o anticodão complementar (UAC) e


transporta o aminoácido metionina liga-se ao codão de
iniciação. A subunidade maior anexa-se à menor e o
ribossoma fica funcional.

Um codão é um grupo de três nucleótidos de mRNA que


codificam um determinado aminoácido ou o início/fim
da síntese proteica.
Alongamento: Sequencialmente, outros tRNA
transportam novos aminoácidos até ao ribossoma, Características do código genético:
ligando-se a codões (á medida que uns se ligam, outros ✦ Universalidade: um determinado codão tem o mesmo
desprendem-se). significado para a maioria dos organismos.
Os aminoácidos vão se ligando por ligações peptídicas, ✦ Redundância: o mesmo aminoácido é codificado por
formando cadeias polipeptídicas. vários codões.
✦ Não é ambíguo: cada codão codifica apenas um
aminoácido.
✦ Tripleto AUG tem dupla função: é o codão de
iniciação e codifica o aminoácido metionina.
✦ TripletosUAA, UAG e UGA são codões de finalização:
estes codões não corresponde a nenhum aminoácido,
provocando o fim da síntese proteica.

Nota: O ribossoma avança 3 bases no mRNA (codão) de


cada vez, na direção 5’→ 3’.

Finalização: Os codões de finalização não têm anticodão, As mutações génicas são alterações na sequência
pelo que, quando o ribossoma atinge um deles a síntese nucleotídica de um gene.
acaba e a cadeia polipeptídica destaca-se.
Resultam da adição, perda ou substituição de um
nucleótido da sequência que constitui um gene, podendo
conduzir á produção de proteínas mutantes.
As mutações génicas podem originar vários resultados: O ciclo celular compreende duas fases:
❤ Não altera a proteína, devido à redundância do código ➥ Interfase: período entre fim de uma divisão celular e
genético. Denomina-se mutação silenciosa. o início da seguinte (G1, S, G2).
❤A mutação não altera a proteína de forma ➥ Fase Mitótica: período em que ocorre a divisão
significativa. celular (profase, metafase, anafase, telofase e citocinese).
❤ A proteína mutante beneficia o organismo (evolução).
❤A proteína mutante prejudica o organismo (doença).

As mutações podem ser:


↬ Germinais: ocorrem nos gâmetas e podem ser
transmitidas às gerações seguintes
↬ Somáticas: ocorrem nas células somáticas e não são
transmitidas às gerações seguintes

interfase
Fase G1: Síntese de RNA, proteínas, lípidos e glícidos e
formação de organitos.
Nota: Existe uma fase G0, em que a célula permanece
indefinidamente na interfase (não passa para a fase S)

Fase S (Replicação do DNA): Cada cromossoma é


duplicado, passando a ser formado por dois cromatídeos
ligados por um centrómero.
O ciclo celular é o conjunto de fases que ocorrem desde
a formação da célula até à sua divisão, dando origem a Fase G2: Síntese das fibras do fuso acromático e
duas células. duplicação das estruturas membranares, que serão
utilizadas nas células-filhas.
Nos seres unicelulares, a divisão celular permite a
reprodução assexuada.
Nos seres pluricelulares, a divisão celular permite o
crescimento do organismo e a renovação celular.

mitose
Prófase- Os cromossomas condensam-se, tornando-se
grossos e individualizados.

Os dois pares de centríolos (centrossomas) migram


para polos opostos, formando entre eles o fuso
acromático.
O invólucro nuclear desintegra-se e os nucléolos Nota: Na telofase, a célula fica constituída por dois
desaparecem. núcleos.

Citocinese: Divisão do citoplasma da célula devido à


fissão da membrana plasmática.
Nas células animais ocorre por estrangulamento da
membrana.
Nas células vegetais, vesículas golgianas alinham-se no
plano equatorial e fundem, originando uma placa
celular.

Metafase: Os cromossomas ligados ao fuso acromático,


dispõem-se no plano equatorial da célula, alinhados
pelos centrómeros. Nota: As células vegetais não possuem centríolos. As
fibras do fuso acromático são formadas a partir de
centros organizadores de microtúbulos.

Os mecanismos de regulação do ciclo celular atuam em


três pontos:
Anafase: Os microtúbulos do fuso acromático encurtam, ✦ Fase G1: célula avalia se possui tamanho adequado ou
rompendo os centrómeros, os cromatídeos são se o DNA sofreu donos.
separados, migrando para polos opostos da célula. ↬ Se for positiva, o ciclo prossegue.
↬ Se for negativa, entra em período G0 ou sofre
apoptose.

✦ Fase G2: célula avalia se a replicação do DNA ocorreu


corretamente.
↬ Se for positiva, o ciclo prossegue.
↬ Se for negativa, sofre apoptose.

✦ Mitose: célula avalia se a distribuição dos


cromossomas ocorreu de forma equitativa.
Telofase: Formam-se invólucros nucleares e aparecem
↬ Se for positiva, o ciclo prossegue (ocorre a
nucléolos, ocorre a descondensação dos cromossomas e
citocinese).
a desorganização do fuso acromático.
↬ Se for negativa, a célula sofre apoptose.
Quando estes mecanismos falham, podem ocorrer erros
e originar células cancerosas.

As células cancerosas dividem-se descontroladamente, A mitose garante que, a partir de uma célula, se formem
formando aglomerados, designados tumores. duas células geneticamente idênticas entre si e idênticas
á progenitora.
Estas células podem invadir tecidos vizinhos (metástase),
impedindo o funcionamento normal de órgãos ou
A diferenciação é o processo no qual as células se
causando a morte.
especializam para realizarem certas funções.

Certos fatores interagem com os genes, levando a que


alguns permaneçam ativos, enquanto outros são
bloqueados.

Uma célula pode ser classificada como:


❤ Indiferenciada: não sofreu diferenciação, podendo dar
origem a qualquer tipo de células especializadas.
Na fase G1, cada cromossoma tem um cromatídeo → ❤ Especializada: sofreu diferenciação, apresentando uma
2Q. função específica no organismo

Na fase S, o DNA replica-se (informação genética


duplicada) e cada cromossoma passa a ter dois
cromatídeos → 4Q.
Na anafase, ocorre a separação dos cromatídeos de
cada cromossoma (informação genética reduz-se a
metade. Os cromossomas de cada célula-filha têm
apenas um cromatídeo → 2Q.

Nota: Q é a quantidade de DNA.

Nota: O número de cromossomas mantém-se constante


durante o ciclo celular → 2n.
Reprodução
❤ Gemulação: Formação de gomos que se desenvolvem
e destacam, originando novos seres.

A reprodução assexuada define-se pelo desenvolvimento


de novos seres a partir de um único progenitor, sem
ocorrer fusão de gâmetas (sem fecundação).

Este tipo de reprodução realiza-se através de mitose e


origina clones → não contribui para a variabilidade
genética das populações.
❤ Partenogénese: Formação de um novo ser a partir de
um óvulo não fecundado.

Nota: Clones são seres geneticamente iguais ao


organismo que os originou. ❤ Esporulação: Formação de esporos que originam
novos seres vivos.
Existem vários mecanismos de reprodução assexuada:
❤ Bipartição: A célula-mãe divide-se em duas células-
filhas de dimensões idênticas.

❤ Multiplicação vegetativa: Formação de novos seres a


❤ Divisão múltipla: A célula-mãe dá origem a várias partir do desenvolvido de certas estruturas vegetativas,
células-filhas, que são libertadas quando a sua como raízes, caules e folhas.
membrana se rompe.
Ocorre devido à existência de meristemas, que mantêm
a capacidade de diferenciação.

Pode ser natural: a partir de folhas, caules prostrados


(estolhos) e caules subterrâneos (rizomas, tubérculos e
bolbos).

❤ Fragmentação: Separação de fragmentos do corpo,


originando cada fragmento um novo indivíduo por
regeneração.

Pode ser artificial: estacaria – introdução de fragmentos


da planta (estacas) no solo, mergulhia – dobrar e
enterrar um ramo no solo e enxertia – junção de
superfícies cortadas de duas plantas diferentes.
A meiose é um processo de redução cromossómica
(para metade), a partir do qual uma célula diploide (2n)
origina quatro células haploides (1n).

vantagens
➥ Reprodução em grande quantidade;
➥ Reprodução rápida;
➥ Descendentes conservam as características
pretendidas.
Nota: Cromossomas homólogos - cromossomas com
forma e estrutura semelhante e são portadores de
desvantagens genes para os mesmos caracteres, constituindo um par.
➥ A ausência de variabilidade genética é perigosa para
a sobrevivência da espécie, visto que, o aparecimento de
mudanças ambientais desfavoráveis pode levar à sua
extinção.

A reprodução sexuada define-se pelo desenvolvimento


de novos seres a parir da fusão de dois gâmetas - É precedida pela interfase (G1, S e G2) onde ocorre a
fecundação. duplicação do DNA.

A fecundação é um processo de duplicação


cromossómica, a partir do qual duas células haploides
(gâmetas 1n) se unem formando uma célula diploides A meiose compreende duas etapas:
(ovo 2n). ✦ Meiose I: separação dos cromossomas homólogos →
divisão reducional (2n → 1n).
O processo que permite a formação de gâmetas é a
✦ Meiose II: separação dos cromatídeos irmãos →
meiose → contribui para a variabilidade genética das
populações. divisão equacional (1n → 1n).
meiose I
Profase I: Os cromossomas condensam-se, tornando-se
grossos e individualizados.

Os cromossomas homólogos emparelham-se (sinapse),


formando bivalentes e estabelecem pontos de quiasma.

Nota: Bivalentes são tétradas cromatídicas.

Nos pontos de quiasma ocorrem trocas de segmentos


dos cromatídios – crossing-over.

Telofase I: Formam-se invólucros nucleares e aparecem


nucléolos, ocorre a descondensação dos cromossomas e
a desorganização do fuso acromático.

Os centrossomas migram para polos opostos, formando


entre eles o fuso acromático.

O invólucro nuclear e os nucléolos desaparecem.

Nota: A citocinese pode ocorrer no final da divisão I ou


no final da divisão II.
Metafase I: Os bivalentes ligados ao fuso acromático
pelos centrómeros, dispõem-se no plano equatorial da
célula, alinhados pelos pontos de quiasma. meiose II (igual á mitose)
Profase II: Prófase- Os cromossomas condensam-se,
tornando-se grossos e individualizados.
Os centrossomas migram para polos opostos, formando
entre eles o fuso acromático.
O invólucro nuclear desintegra-se e os nucléolos
desaparecem

Anafase I: Os microtúbulos do fuso acromático


encurtam, rompendo os pontos de quiasma, os
cromossomas homólogos são separados, migrando para
polos opostos da célula.
Metafase II: Os cromossomas ligados ao fuso
acromático, dispõem-se no plano equatorial da célula,
alinhados pelos centrómeros

❤ Junção aleatória dos gâmetas na fecundação.

Anafase II: Os microtúbulos do fuso acromático


encurtam, rompendo os centrómeros, os cromatídeos
são separados, migrando para polos opostos da célula.
vantagens
➥ Grande variabilidade de características na
descendência.
➥ Favorece a evolução da espécie.
➥ Maior capacidade de sobrevivência em caso de haver
uma alteração no meio.

Na fase G1, cada cromossoma tem um cromatídeo →


2Q.
Telofase II: Formam-se invólucros nucleares e
aparecem nucléolos, ocorre a descondensação dos Na fase S, o DNA replica-se (informação genética
cromossomas e a desorganização do fuso acromático. duplicada) e cada cromossoma passa a ter dois
cromatídeos → 4Q.
Na anafase I, ocorre a separação dos cromossomas
homólogos (informação genética reduz-se a metade) →
2Q.
Na anafase II, ocorre a separação dos cromatídeos de
cada cromossoma (informação genética reduz-se a
metade). Os cromossomas de cada célula-filha têm
apenas um cromatídeo → Q.

Fatores da meiose e fecundação que contribuem para a


variabilidade genética:
❤ Crossing-over na profase I permite a permuta de
genes entre cromatídeos dos cromossomas homólogos.

❤ Segregação aleatória dos cromossomas na anafase I.


As mutações são uma fonte importante de variabilidade
genética, que permite a diversidade de organismos e a
evolução da espécie.
As mutações cromossómicas são alterações na estrutura
(estruturais) ou número (numéricas) dos cromossomas.

Mutações numéricas: alterações do número de


cromossomas.
Mitose:
Resultam da não separação de cromossomas ✦ Ocorre para produção de células somáticas.
homólogos na divisão I ou da não separação de
✦ Origina duas células-filhas, cujo número de
cromatídeos irmãos na divisão II.
cromossomas é igual à da célula mãe.
✦ A quantidade de DNA das células-filhas é igual à da
célula-mãe.
✦ A informação genética das células-filhas é idêntica à
da célula-mãe.

Meiose:
❤ Ocorre para produção de células sexuais – gâmetas e
esporos.
❤ Origina quatro células-filhas, cujo número de
cromossomas é metade do da célula mãe.
❤ A quantidade de DNA das células-filhas é metade da
célula-mãe.
❤ Há emparelhamento de cromossomas homólogos
com possibilidade de crossing-over.
❤ A informação genética das células-filhas é diferente
Mutações estruturais: envolvem alterações no número entre si e da célula-mãe, devido à separação aleatória
ou arranjo dos genes, mas mantêm o número de os homólogos e ao crossing-over.
cromossomas.

Podem ser: deleção, duplicação, inversão ou


translocação.

Nota: Não dão origem a novos tipos de genes (o que


acontece nas mutações génicas), possibilitam novas
combinações génicas. Nos animais, as estruturas que produzem gâmetas
designam-se por gónadas.
As gónadas femininas são os ovários, onde se produzem
óvulos. As gónadas masculinas são os testículos, onde se
produzem espermatozoides.

Existem diversas estratégias reprodutivas:


✦ Hermafrodita: mesmo individuo apresenta testículos e
ovários (monoico).
↬ Suficiente: fecundação ocorre entre gâmetas do
mesmo indivíduo - autofecundação.
↬ Insuficiente: fecundação ocorre entre gâmetas de As plantas podem ser hermafroditas ou unissexuadas.
dois progenitores hermafroditas distintos.
A polinização é transporte de grãos de pólen para os
carpelos e pode ser:
Direta: transporte do pólen da antera para o carpelo da
mesma flor – autofecundação.

✦ Unissexual: indivíduo apresenta testículos ou ovários


(dioico).
Produção de gâmetas ocorre distintamente em dois
progenitores.
Cruzada: transporte do pólen da antera para o carpelo
↬ Fecundação externa: machos e fêmeas lançam os de outra flor.
gâmetas para o meio aquático, onde ocorre a
fecundação.
↬ Fecundação interna: o macho deposita os
espermatozoides no interior do organismo da fêmea,
onde ocorre a fecundação.

O ciclo de vida de um ser inicia-se na sua fecundação e


vai até à produção da sua própria descendência.

Dos fenómenos de meiose e fecundação resulta sempre


uma alternância de fases nucleares – fase haploide (n)
e fase diploide (2n) .

A fecundação promove a passagem à diploidia e a


meiose promove a passagem à diploidia.

Nas plantas as estruturas que produzem gâmetas


designam-se por gametângios.

Os gametângios femininos são os ovários, onde se


formam os óvulos. Os gametângios masculinos são as
anteras, onde se produzem grãos de pólen.

Nota: Os órgãos reprodutores femininos são os carpelos.


Os órgãos reprodutores masculinos são os estames.
Existem três tipos de ciclo de vida: Nota: Os esporos originam um ser multicelular sem se
❤ Haplonte: A mitose produz gâmetas haploides, que se fundir com outra célula.
unem na fecundação, originando um zigoto diploide. Nota: As plantas e algumas algas têm um ciclo de vida
haplodiplonte. Ex: Polipódio (feto)
A meiose ocorre logo a seguir à formação do zigoto
diploide – meiose pós-zigótica.
❤ Diplonte:A meiose produz os gâmetas haploides –
Esta meiose produz células haploides que se dividem por meiose pré-gamética – que se unem na fecundação,
mitose para dar origem a um organismo multicelular originando um zigoto diploide.
haplonte.
O zigoto diploide divide-se por mitose para dar origem a
O zigoto é a única célula haploide. um organismo multicelular diplonte.
Os gâmetas são as únicas células haploides.

Nota: Os fungos e algumas algas, têm um ciclo de vida Nota: Os animais têm um ciclo de vida diplonte. Ex:
haplonte. Ex: Espirogira. Humano

❤ Haplodiplonte:A mitose ocorre no gametófito (n) e Os ciclos são determinados pela fase do organismo
produz gâmetas haploides, que se unem na fecundação, multicelular.
originando um zigoto diploide. ✦ Ciclo haplonte → organismo multicelular haplonte;
✦ Ciclo haplodiplonte → organismo multicelular
O zigoto diploide divide-se por mitose para dar origem a
um organismo multicelular diplonte – esporófito (2n). haplonte (gametófito) e organismo multicelular diplonte
(esporófito);
A meiose ocorre no esporófito e dá origem a células ✦ Ciclo diplonte → organismo multicelular diplonte.
haploides (esporos) – meiose pré-espórica - , que por
mitose dão origem a um ser multicelular haploide –
gametófito.
Evolução
✦ Mitocôndrias e cloroplastos produzem as suas
próprias membranas internas e replicam-se por um
processo semelhante à bipartição, que ocorre nas
Existem duas hipóteses que explicam a génese da célula bactérias.
eucariótica a partir da célula procariótica.
✦ Os ribossomas das mitocôndrias e dos cloroplastos
são mais semelhantes aos dos procariontes do que aos
➥ Hipótese autogénica: A célula eucariótica surgiu a
dos eucariontes.
partir de invaginações sucessivas da membrana de uma
célula procariótica, seguidas de especialização. ✦ Atualmente, é possível encontrar associações
simbióticas obrigatórias entre bactérias e eucariontes.

A célula não pode aumentar indefinidamente de


tamanho sem prejudicar a eficácia de trocas com o
➥ Hipótese endossimbiótica: A célula eucariótica surgiu meio externo e a eficácia de mobilização de substâncias
a partir de invaginações da membrana de uma célula no seu interior.
procariótica e da incorporação de procariontes livres
(mitocôndrias e cloroplastos) através de uma relação de
simbiose, por parte desta célula.

As relações simbióticas foram estabelecidas de forma


sequencial. As primeiras terão sido estabelecidas com os
ancestrais das mitocôndrias e as segundas terão sido
estabelecidas com os ancestrais dos cloroplastos

Em termos evolutivos, esta contrariedade foi


ultrapassada através do surgimento de colónias e da
multicelularidade.

Nota: Uma colónia é uma associação de organismos


unicelulares, que se reproduzem e mantêm ligações de
ordem estrutural e funcional.

A multicelularidade resultou de uma progressiva


A hipótese endossimbiótica é a mais apoiada pela especialização morfológica e fisiológica dos seres
comunidade científica. coloniais.

Nota: As invaginações membranares originaram o


núcleo e o sistema endomembranar.

Nota: Endossimbiótica porque células vivem no interior


de outras, estabelecendo uma relação de simbiose entre
si.

evidências da endossimbiose
✦ Mitocôndrias e cloroplastos têm dimensões
vantagens
semelhantes às das bactérias. ❤ Maiores dimensões;
✦ Mitocôndrias e cloroplastos possuem o seu próprio ❤ Maior diversidade, o que proporciona melhor
material genético (DNA). capacidade de adaptação a diferentes ambientes;
❤ Maior independência relativamente ao meio, devido à mais apto – e de se reproduzir, passando as suas
possibilidade de homeostasia. características à descendência – reprodução diferencial.
❤ Diminuição da taxa metabólica com aproveitamento Este processo de eliminação dos indivíduos com
mais eficaz da energia. características menos favoráveis designa-se seleção
natural.
A reprodução diferencial permite uma lenta
acumulação de determinadas características que, ao fim
de várias gerações, conduz ao aparecimento de novas
As teorias evolucionistas baseiam-se na ideia de que as espécies.
diferentes espécies resultam de alterações graduais dos
seres vivos que existiram no passado, possuindo
relações de parentesco.

lamarckismo
As variações ambientais induzem novas necessidades
nos organismos, que adaptam o seu comportamento.
Nota: Darwin foi influenciado pela teoria do
Esta adaptação leva à hipertrofia de alguns órgãos, por uniformitarismo, aplicando-a à Biologia.
aumento do seu uso, e à atrofia de outros por desuso →
Lei do uso e desuso. Críticas:
As modificações que os indivíduos adquiriram durante a ➥ Não explica a origem das variações entre os seres
vida são transmitidas à descendência → Lei da vivos.
transmissão dos carateres adquiridos.

lamarckismo vs darwinismo
❤ Segundo o lamarckismo, o meio cria necessidades
que determinam mudanças na morfologia dos
indivíduos, pelo seu uso, tornando-os mais bem
adaptados e sendo transmitidas aos seus descendentes.

❤ Segundo o darwinismo, entre os indivíduos de uma


Críticas: espécie existem variações. O meio exerce uma seleção
natural que favorece indivíduos que possuem
➥ A explicação têm um caracter animista, isto é, infere
características mais apropriadas ao meio, tornando-os
que existe uma finalidade e intenção na evolução.
mais aptos, sendo mais provável que se reproduzam
➥ A lei do uso e desuso, embora válida para alguns passando as suas características aos descendentes. Os
órgãos (ex: músculos), não explica todas as todas as indivíduos menos aptos são eliminados gradualmente.
modificações.
➥ A lei dos carateres adquiridos não é válida. A
hipertrofia ou atrofia de um órgão adquirida durante a
vida de um ser vivo não é transmitida à descendência.

Nota: Só o material genético e as características nele


inscritas são transmitidas à descendência.

darwinismo
Indivíduos da mesma espécie apresentam variações
(não explica a origem das mesmas) e numa espécie
originam-se mais descendentes do que os capazes de
sobreviver.
Ocorre a luta pela sobrevivência e os indivíduos com
características adaptativas ao meio mais vantajosas têm
maior probabilidade de sobreviver – sobrevivência do
✦ As espécies sujeitas a evolução convergente
apresentam estruturas análogas.

A Teoria da Evolução (Darwinismo) baseou-se, A evolução convergente ocorre quando organismos de


inicialmente, em dados fornecidos pela Anatomia espécies diferentes são sujeitos a pressões seletivas
Comparada, Paleontologia e Embriologia. semelhantes.

Posteriormente, dados fornecidos pela Bilogia Molecular


vieram a apoiar as conceções evolucionistas.

anatomia comparada
✦ Animais pertencentes a grupos distintos evidenciam
semelhanças anatómica, o que indica um ancestral
comum.
Estruturas análogas são órgãos com origem
✦ Espécies sujeitas a evolução divergente apresentam embrionária e estrutura distintas, mas com funções
estruturas homólogas. idênticas.

Evolução divergente ocorre quando organismos da


mesma espécie são sujeitos a pressões seletivas distintas
→ divergência de organismos a partir de um ancestral
comum.

✦ As estruturas vestigiais não desempenham uma


função no organismo, no entanto, representam uma
ligação a um ancestral em que essa estrutura possuiu
relevância.

As estruturas homólogas são órgãos com origem


embrionária, estrutura e posicionamento idênticos, mas
funções distintas.

paleontologia
➥ Os fósseis de formas intermédias/sintéticas
apresentam características que existem, na atualidade,
em pelo menos dois grupos de seres vivos.

➥ Alguns fósseis de formas intermédias, os fósseis das


formas de transição encontram-se na divergência entre
dois grupos taxonómicos distintos.

As estruturas homólogas permitem construir séries


filogenéticas, que traduzem a evolução dessas estruturas
em diferentes seres vivos.

As séries filogenéticas podem ser:


↬ Progressivas: órgãos homólogos tornam-se,
progressivamente, mais complexos.
↬ Regressivas: órgãos homólogos tornam-se,
progressivamente, mais simples.
As alterações do fundo genético promovem a evolução e
embriologia podem ser causadas por seleção natural, mutações,
❤ Nas fases iniciais do desenvolvimento embrionário, migrações, deriva genética e cruzamentos não
organismos de diferentes espécies evidenciam estruturas aleatórios.
semelhantes. As diferenças acentuam-se á medida que o
processo de diferenciação continua.
seleção natural
O conjunto de genes que um indivíduo possui torna-o
mais o menos adaptado a um determinado ambiente. Se
esse conjunto de genes lhe conferir vantagens, esses
indivíduos reproduzem-se mais e os seus genes tendem
a surgir com mais frequência em gerações seguintes.

Se esse conjunto de genes lhe conferir desvantagens,


esses indivíduos deixará menos descendentes e a
frequência dos seus genes tenderá a diminuir nas
gerações seguintes.

biologia molecular
✦ Todos os seres vivos são compostos pelas mesmas
moléculas orgânicas (glícidos, lípidos, proteínas e ácidos
nucleicos).

✦ O código genético e o mecanismo de síntese proteica


são comuns a todos os seres vivos (universais),

✦ Através da hibridação do DNA é possível determinar a Nota: A seleção natural atua sobre os fenótipos.
proximidade entre espécies.

migrações
Deslocações de indivíduos de uma população para outra,
podem ser emigratórias e imigratórias. Ocorre fluxo de
genes entre populações.

A Teoria Sintética da Evolução vê a seleção natural


como o mecanismo principal na evolução e explica a
existência as variações nas populações devido á
ocorrência de mutações e recombinação genética
(durante a meiose e fecundação).
deriva genética
A unidade evolutiva é a população, não o indivíduo, que
Alteração da frequência de genes devido ao acaso e não
possui um fundo genético – conjunto de genes de todos
a qualquer tipo de seleção.
os indivíduos da população.
Nota: A deriva genética só altera o fundo genético de seleção artificial
forma significativa quando a ocorre uma diminuição O Homem pode interferir no processo evolutivo através
drástica da população. da seleção artificial – escolha intencional de indivíduos
que se pretendem cruzar, de modo a privilegiar certas
Exemplos principais de deriva genética: características.
↬ Efeito fundador: um número restrito de indivíduos, de
Este processo tende a reduzir a variabilidade genética
uma determinada população, desloca-se para uma nova
da população.
área, transportando uma parte do fundo genético da
população original.

Nota: As teorias fixistas baseiam-se na ideia de que as


↬ Efeito gargalo: uma população sofre uma diminuição espécies são imutáveis, perfeitas e não sofrem evolução.
brusca de tamanho devido a fatores ambientais. O
conjunto dos genes que os sobreviventes possuem Nota:
seráconvergente vs convergente:
Evolução
o predominante da nova população, enquanto os outros
genes foram eliminados.

Estruturas homólogas vs análogas:

cruzamentos
Quando os cruzamentos entre indivíduos de uma
população ocorrem de forma aleatório, não sendo o
parceiro reprodutor privilegiado pelas suas
características, o fundo genético mantêm-se.

Quando os cruzamentos ocorrem de forma não


aleatória, havendo tendência para privilegiar certas
características num parceiro reprodutor, a frequência do
conjunto de genes que os indivíduos escolhidos possuem
tenderá a aumentar, alterando o fundo genético.
Sistemática
A espécie é o único táxon natural, pois representa um
conjunto de indivíduos morfologicamente semelhantes,
que partilham o mesmo fundo genético e que se podem
Os sistemas de classificação são métodos de cruzar entre si, originando descendência fértil.
classificação e agrupamento de seres vivos.

Podem ser horizontais (fenéticos) ou verticais regras da nomenclatura


(filogenéticos): ✦ A designação dos grupos taxonómicos é feita em
➥ Fenéticos: a classificação é feita com base nas latim.
similaridades fenotípicas, utilizando o máximo de ✦ Os nomes genéricos, específicos e subespecíficos
características possíveis, sem ter em conta relações devem ser escritos em itálico ou devem ser sublinhados.
evolutivas.
✦ A espécie possui uma nomenclatura binomial, o
primeiro nome indica o género e o seguinte indica a
espécie (restritivo específico).
✦ Quando a espécie possui subespécies, utiliza-se
nomenclatura trinominal.
✦ Todos os taxa superiores à espécie possuem
➥ Filogenéticos: a classificação é feita com base nas nomenclatura uninominal.
relações evolutivas.

Baseia-se em três critérios principais: nível de


organização celular, modo de nutrição e tipo de
interações nos ecossistemas.

A taxonomia agrupa seres vivos semelhantes em


categorias taxonómicas, que vão desde a espécie até ao
reino.

Os taxa são: espécie, género, família, ordem, classe, filo e


reino.

Características dos diferentes reinos:


❤ Monera: Seres procariontes unicelulares podem ser
autotróficos (fotossíntese e quimiossíntese) e produtores
ou heterotróficos (absorção) e microconsumidores.
Ex: Bactérias e cianobactérias.
❤ Protista: Seres eucariontes unicelulares ou
pluricelulares podem ser autotróficos (fotossíntese) e
produtores ou heterotróficos (absorção e ingestão) e
microconsumidores/macroconsumidores.
Ex: Protozoários e algas.

❤ Fungi: Seres eucariontes unicelulares ou pluricelulares


heterotróficos (absorção) e microconsumidores.
Ex: Leveduras, bolores e cogumelos

❤ Plantae: Seres eucariontes pluricelulares autotróficos


(fotossíntese) e produtores.
Ex: Musgos, fetos, plantas com flor.

❤ Animalia: Seres eucariontes pluricelulares


heterotróficos (digestão) e macroconsumidores. →

Ex: Minhoca, periquito, homem

Sistema composto por 3 domínios – Bacteria, Archea e


Eukarya - a e 6 reinos.

Os procariontes são divididos em dois reinos:


Arquebacteria e Eubacteria devido às suas diferenças
moleculares.

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